sumÁrio apresentaÇÃo parte i -...

92
1 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................................................................................3 INTRODUÇÃO...............................................................................................................................5 PARTE I Identificação do Município..............................................................................................................20 Caracterização Física.......................................................................................................................22 MAPA 1 Localização Geográfica do Município de Curvelo.......................................................25 MAPA 2 Caracterização do Território.........................................................................................26 MAPA 3 Município de Curvelo...................................................................................................27 Característica da População.............................................................................................................30 Aspectos Populacionais...................................................................................................................30 QUADRO 1 Dinâmica da População em 2010............................................................................30 Aspectos Culturais...........................................................................................................................31 Aspectos Geográficos......................................................................................................................31 Aspectos Históricos.........................................................................................................................32 Aspectos Econômicos......................................................................................................................33 Aspectos Educacionais....................................................................................................................33 QUADRO 2 Levantamento das Instituições Escolares em funcionamento Zona Urbana..............................................................................................................................................37 QUADRO 3 Levantamento das Instituições Escolares em funcionamento Zona Rural................................................................................................................................................38 QUADRO 4 Panorama da Matrícula atual Ensino Superior.....................................................39 QUADRO 5 Panorama da Matrícula atual - Rede Particular......................................................39 QUADRO 6 - Panorama da Matrícula atual Rede Estadual.........................................................40 QUADRO 7 - Panorama da Matrícula atual Rede Municipal Zona Urbana.............................41 QUADRO 8 - Panorama da Matrícula atual Rede Municipal Zona Rural................................42 QUADRO 9 Matrícula por dependência administrativa no Ensino Fundamental.......................44 QUADRO 10- Evolução da Matrícula na Educação Básica nas Redes: Municipal, Estadual e Particular..........................................................................................................................................45 QUADRO 11- Evolução da Matrícula na Educação de Jovens e Adultos nas Redes: Municipal e estadual............................................................................................................................................46 QUADRO 12 Evolução da Matrícula na Educação Infantil nas Redes: Municipal, Estadual e Particular..........................................................................................................................................46

Upload: others

Post on 02-Sep-2019

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

1

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO........................................................................................................................3

INTRODUÇÃO...............................................................................................................................5

PARTE I

Identificação do Município..............................................................................................................20

Caracterização Física.......................................................................................................................22

MAPA 1 – Localização Geográfica do Município de Curvelo.......................................................25

MAPA 2 – Caracterização do Território.........................................................................................26

MAPA 3 – Município de Curvelo...................................................................................................27

Característica da População.............................................................................................................30

Aspectos Populacionais...................................................................................................................30

QUADRO 1 – Dinâmica da População em 2010............................................................................30

Aspectos Culturais...........................................................................................................................31

Aspectos Geográficos......................................................................................................................31

Aspectos Históricos.........................................................................................................................32

Aspectos Econômicos......................................................................................................................33

Aspectos Educacionais....................................................................................................................33

QUADRO 2 – Levantamento das Instituições Escolares em funcionamento Zona

Urbana..............................................................................................................................................37

QUADRO 3 – Levantamento das Instituições Escolares em funcionamento Zona

Rural................................................................................................................................................38

QUADRO 4 – Panorama da Matrícula atual – Ensino Superior.....................................................39

QUADRO 5 – Panorama da Matrícula atual - Rede Particular......................................................39

QUADRO 6 - Panorama da Matrícula atual – Rede Estadual.........................................................40

QUADRO 7 - Panorama da Matrícula atual – Rede Municipal – Zona Urbana.............................41

QUADRO 8 - Panorama da Matrícula atual – Rede Municipal – Zona Rural................................42

QUADRO 9 – Matrícula por dependência administrativa no Ensino Fundamental.......................44

QUADRO 10- Evolução da Matrícula na Educação Básica nas Redes: Municipal, Estadual e

Particular..........................................................................................................................................45

QUADRO 11- Evolução da Matrícula na Educação de Jovens e Adultos nas Redes: Municipal e

estadual............................................................................................................................................46

QUADRO 12 – Evolução da Matrícula na Educação Infantil nas Redes: Municipal, Estadual e

Particular..........................................................................................................................................46

2

PARTE II

NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO

Educação Infantil.............................................................................................................................48

QUADRO 13 – Evolução da Matrícula da Educação Infantil – Rede Municipal...........................49

Ensino Fundamental........................................................................................................................50

QUADRO 14 - Evolução da Matrícula da Educação do Ensino Fundamental – Rede

Municipal.........................................................................................................................................51

Ensino Médio...................................................................................................................................53

Educação Especial/Inclusiva...........................................................................................................53

QUADRO 15 – Política de Inclusão................................................................................................54

Educação de Jovens e Adultos.........................................................................................................55

QUADRO 16 – Evolução da Matrícula da Educação de Jovens e Adultos – Rede

Municipal.........................................................................................................................................57

Educação Tecnológica e Formação Profissional.............................................................................57

Educação Superior...........................................................................................................................58

QUADRO 17 – Instituições Educacionais de Curvelo....................................................................58

PARTE III

TEMAS ESPECIAIS

Indicadores de Qualidade................................................................................................................60

TABELA 1 – Indicadores de Qualidade..........................................................................................60

QUADRO 18 – Resultados e Metas – IDEB –Estado.....................................................................64

QUADRO 19 – Resultados e Metas – IDEB – Município..............................................................64

Gestão e Profissionais da Educação................................................................................................66

QUADRO 20 – Funções Docentes existentes na Rede Municipal..................................................66

QUADRO 21- Funções não Docentes existentes na Rede Municipal.............................................67

QUADRO 22 – Cargos e Salários de Magistério da Rede Municipal.............................................67

Despesas com a Educação...............................................................................................................68

QUADRO 23 – Dados Financeiros do Município...........................................................................68

PARTE IV

METAS E ESTRATÉGIAS............................................................................................................70

PARTE V

ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE

EDUCAÇÃO...................................................................................................................................88

3

APRESENTAÇÃO

Em várias realizações humanas, o planejamento é definido como um ato ou processo de

estabelecer objetivos, metas, diretrizes e procedimentos para que “as esperanças e

expectativas em torno de um futuro desejável, aconteçam”.

O resultado desse processo constitui-se num plano que sistematicamente apresenta as

intenções e o percurso necessário à concretização do que se pretende.

Em 1932, o “Manifesto dos Pioneiros da Educação” recomendou que se elaborasse um

plano amplo e unitário para promover a reconstrução da educação do País. A partir daí,

educadores têm se dedicado a estudos e pesquisas com vistas à formulação de um Plano

Decenal de Educação, o que resultou na inclusão de um artigo na Constituição Federal de

1934, que determinava à União esta competência. Determinação que, com exceção de 1937,

reaparece em todas as demais Cartas Constitucionais.

Entretanto, somente com a Constituição de 1988, cinquenta e quatro anos após a primeira

tentativa oficial, é que ressurgiu a ideia de um plano nacional de longo prazo, com força de

lei, capaz de conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de educação.

A LDB de 1996 – Lei 9.394/96 – insiste na necessidade de elaboração de um plano nacional

com duração de dez anos, e estabelece que a União o encaminhe ao Congresso Nacional, um

ano após a sua publicação, estabelecendo diretrizes e metas para todos os níveis e

modalidades de ensino.

Em 09 de janeiro de 2001, o Presidente da República aprova o Plano Nacional de Educação

– PNE – Lei Nº 10.172, que, em seu art. 5º, estabelece a obrigatoriedade dos Estados e

Municípios elaborarem a proposta de um Plano Decenal próprio, constituído a partir dos eixos

abaixo descritos, submetendo-a a apreciação e aprovação do Poder Legislativo

correspondente:

• Educação como direito de todos;

• Educação como instrumento de desenvolvimento econômico e social;

• Educação como fator de inclusão;

• A democratização da Gestão do Ensino Público nos estabelecimentos oficiais.

Partindo dos objetivos propostos no Plano Nacional de Educação, instituídos pela Lei

10.172/01, os quais visam:

- Melhorar a qualidade do ensino em todos os níveis;

4

- Reduzir as desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso, permanência e sucesso

escolar.

O município de Curvelo se vê imbuído do compromisso de elaborar seu Plano Municipal de

Educação.

Tarefa que propomos realizar com o entusiasmo de um povo, que acredita na Educação

como passaporte para acesso a um mundo melhor. Onde desigualdades sociais se estreitam

dia a dia, possibilitando o alvorecer de um Brasil mais justo e mais humano.

Sabedores de que grande é o caminho e não menos árduo será vencer os obstáculos para

transpô-lo, nos colocamos em caminhada; na certeza de que juntos, na busca de parcerias,

vislumbraremos, em nosso município, uma Educação pautada numa qualidade cada vez

maior.

Vanessa Gonçalves Diniz

Secretária Municipal de Educação

5

INTRODUÇÃO

“ ... mire, veja: o mais importante e bonito do mundo é isto;

que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas,

mas que elas vão sempre mudando.

Afinam ou desafinam. Verdade maior, é o que a vida me ensinou.”

João Guimarães Rosa , Grande Sertão – Veredas.

Histórico do Plano Municipal de Educação

Contexto Nacional

Contexto Estadual

Contexto Municipal

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento a todas as determinações legais, Curvelo iniciou, com o trabalho de

construção do seu Plano Municipal. Com a participação de comissões constituídas por

representantes de diferentes segmentos da sociedade. A Secretaria Municipal de Educação,

em parceria com a Superintendência Regional de Ensino, assumiu a coordenação dos

trabalhos norteando os caminhos e orientando à tomada de decisões. Resultante de um

processo democrático de construção, o PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE

CURVELO, que ora, apresentamos e entregamos à sociedade, será o documento orientador de

todas as Políticas de Educação do Município. A partir dele, cria-se, um amplo e novo espaço

de discussão e decisão de compromissos e ações necessárias ao desenvolvimento da educação

de nosso município. Este espaço será constituído não só pelas autoridades educacionais, pelo

poder público constituído e diferentes segmentos da educação, como também, por

representantes de outros setores organizados da sociedade envolvidos com a educação. Assim,

procura-se pensar, pesquisar e trabalhar em equipe entendendo “a educação como direito de

todos e dever do Estado e da família, promovida e incentivada com a colaboração da

sociedade.”

Por fim, é fundamental esclarecer que este não é um plano para o Sistema Municipal de

Educação ou para esta gestão, mas um plano de longo prazo para a Educação do Município.

Coerente e cooperativamente integrado e articulado aos Planos Nacional e Estadual, o

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CURVELO constitui-se no documento-

referência da Política Educacional assumida pelo Município para todos os níveis e

modalidades de ensino das diferentes esferas administrativas, em busca de um atendimento

qualitativo de todas as demandas locais. Apresenta, também, questões de gestão e

financiamento e de formação e valorização do magistério da Educação Básica e, no último

6

capítulo, propõe formas para o seu acompanhamento e avaliação. Sabe-se, entretanto, que o

cumprimento das metas nele estabelecidas dependerá não apenas da colaboração entre as

instâncias do poder público: União, Estado e Município – mas, sobretudo, da capacidade de

mobilização da sociedade Curvelana em busca do atendimento das suas necessidades e

expectativas. Em função disso, no momento em que como agentes públicos o entregamos à

sociedade, conclamamos a cada munícipe a se assumir como seu signatário, tornando-se

responsável por fiscalizar a sua execução. Para que o município de Curvelo continue sendo

exemplo de uma educação de qualidade, com a participação democrática a sociedade

Curvelana.

7

HISTÓRICO DO PLANO MUNICIPALDE EDUCAÇÃO

CONTEXTO NACIONAL

A Instalação da República no Brasil e o surgimento das primeiras ideias de um plano que

tratasse da educação para todo o território nacional aconteceram simultaneamente. À

medida que o quadro social, político e econômico do início deste século se desenhava, a

educação começava a se impor como condição fundamental para o desenvolvimento do país.

Havia grande preocupação com a instituição, nos seus diversos níveis e modalidades. Nas

duas primeiras décadas, as várias reformas educacionais ajudaram no amadurecimento da

percepção coletiva da educação como um problema nacional.

Em 1932, educadores e intelectuais brasileiros lançaram um manifesto ao povo e ao

governo, que ficou conhecido como “Manifesto dos Pioneiros da Educação”. Propunham a

reconstrução educacional, de “grande alcance e de vastas proporções [...] um plano com

sentido unitário e de bases científicas [...]”. O documento teve grande repercussão e motivou

uma campanha que resultou na inclusão de um artigo específico na Constituição Brasileira de

1937, incorporaram, implícita ou explicitamente, esta idéia e havia, subjacente, o consenso de

que o plano devia ser fixado por lei.

Esta ideia, entretanto, não se concretizou, apesar das iniciativas tomadas em 1962 e 1967.

Somente com a Constituição Federal de 1988, cinquenta anos após a primeira tentativa

oficial, ressurgiu a ideia de um plano nacional de longo prazo, com força de lei, capaz de

conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de educação.

Entre 1993 e 1994, após a conferência Mundial de Educação em Jontiem, Tailândia, e por

exigência dos documentos resultantes desta conferência foi elaborado o Plano Nacional de

Educação para Todos, num amplo processo democrático coordenado pelo MEC. O plano foi

aprovado no final do governo Itamar Franco e esquecido pelo governo que o sucedeu.

Em 1996, é aprovado à segunda LDBEN – Lei 9.394/ 96, que insiste na necessidade de

elaboração de um Plano Nacional em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação

para Todos, com duração de dez anos, para reger a Educação na Década da Educação.

Estabelece, ainda, que a União encaminhe o plano ao Congresso Nacional, um ano após a

publicação da citada Lei, com diretrizes e metas para todos os níveis e modalidades de ensino.

Em fevereiro de 1998, chegam a Câmara dos Deputados dois projetos de Lei visando à

instituição do Plano Nacional de Educação: O Projeto nº 4.155/ 98 apresentado pelo

Deputado Ivan Valente e o Projeto nº 4.173/ 98 apresentado pelo MEC.

8

Ao final de um longo processo de discussões o relator da Comissão de Educação opta por

redigir um substitutivo, incorporando as contribuições dos dois projetos, que em 14/12/2000

foi aprovado.

Em 09 de janeiro de 2001, o Presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei

10.172 que institui o Plano Nacional de Educação PNE, e que estabelece a obrigatoriedade

dos Estados e Municípios elaborarem e submeterem à apreciação e aprovação do Poder

Legislativo correspondente, a proposta de um Plano Decenal próprio.

Em 25 de junho de 2014, a presidente, sancionou a Lei nº 13.005, que aprova o Plano

Nacional de Educação, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da publicação da Lei.

Quatro premissas orientaram a elaboração do PNE:

1- Educação como direito de todos;

2- Educação como fator de desenvolvimento social econômico do País;

3- Redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e a permanência, com

sucesso, na educação pública;

4- Democratização da gestão do ensino público nos estabelecimentos oficiais.

São Diretrizes do Plano Nacional da Educação:

Erradicação do analfabetismo;

Universalização do atendimento escolar;

Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na

erradicação de todas as formas de discriminação;

Melhoria da qualidade da educação;

Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos

em que se fundamenta a sociedade;

Os objetivos estabelecidos pelo Plano Nacional de Educação são:

Elevação do nível de escolaridade da população;

Melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis e modalidades;

Redução de desigualdades sociais e regionais;

Democratização da gestão do ensino.

9

Considerando a escassez de recursos, o PNE/01 estabeleceu as seguintes prioridades:

Garantia do Ensino Fundamental obrigatório de nove anos a todas as crianças de 6 a

14 anos (Lei nº 11.274/2006 de 06 de fevereiro de 2006);

Garantia de Ensino Fundamental a todos que a ele não tiveram acesso na idade

própria, ou que não o concluíram. ( Lei nº 9.394 de LDB);

Ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino: a Educação Infantil, o Ensino

Médio e a Educação Superior;

Valorização dos profissionais da educação;

Desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos os níveis e

modalidades de ensino.

CONTEXTO ESTADUAL

O Plano de Educação do Estado de Minas Gerais – PEMG – resulta não apenas dessa

determinação legal, mas também do fato de que a educação deve ser a mola propulsora do

desenvolvimento do Estado.

A educação e a disseminação do conhecimento são fatores decisivos para o

desenvolvimento por estarem fortemente associadas ao crescimento da eficiência e da

produtividade e constituem o aparato mais eficaz para o sucesso das políticas públicas que

visam à democratização das oportunidades e à inclusão social.

Como entes federados autônomos, os Municípios poderiam iniciar a elaboração dos seus

planos sem a necessidade de aguardar a iniciativa da esfera estadual; no entanto, um plano

estadual de educação que não esteja em sintonia nem articulado com os planos municipais se

reduz a um instrumento burocrático, sem poder de orientar as políticas de transformação que a

educação mineira demanda e incapaz de dar suporte ao processo de desenvolvimento

sustentável do Estado e dos Municípios.

Assim, tão importante quanto um plano que oriente a educação nos próximos dez anos é o

próprio processo de elaborá-lo, que deve envolver todas as prefeituras, mobilizando escolas e

organizações da sociedade civil, de forma que todos aprendam a planejar juntos. Em Minas, a

riqueza desse processo não foi perdida nem menosprezada.

10

A partir de 2005, a Secretaria de Estado de Educação, em colaboração com a União Nacional

de Dirigentes Municipais de Educação, Seção MG – Undime-MG –, desencadeou um

processo de mobilização que, em seu primeiro momento, atingiu os 853 Municípios na

construção dos planos municipais de educação.

Em seguida, envolveu toda a sociedade mineira em um processo coletivo de elaboração do

plano estadual, para o qual foram convidados a participar professores, especialistas,

estudantes, dirigentes da educação, ao lado de representantes de diferentes segmentos

organizados da sociedade e do poder público constituído, culminando com a realização do

Congresso Mineiro de Educação em 2006.

Os planos educacionais, embora garantidos por preceitos constitucionais, têm a sua

implementação ameaçada por conhecidas restrições orçamentárias. Além disso, nem sempre

contam com o devido compromisso e empenho das autoridades constituídas.

O processo de elaboração do Plano Municipal de Educação adotado em Minas torna todos

os que dele participaram em formais signatários e, sobretudo, em defensores qualificados e

legítimos de sua implementação.

Ao mesmo tempo, por resultar de um processo coletivo e democrático de planejamento, o

PEMG constitui-se em um documento orientador, articulador e propositivo das políticas

públicas para a educação mineira.

Elaborado para um horizonte de dez anos, as diretrizes, os objetivos e as metas consolidadas

neste documento se fundamentam em estudos de diagnóstico que traçam perfis realistas de

toda a educação do Estado.

Seu caráter, a um só tempo articulado e autônomo, permite apontar uma estreita vinculação

entre as políticas públicas nacionais e as necessidades e expectativas regionais. Por

conseguinte, este Plano assume necessários compromissos para com a educação dos mineiros,

traduzidos em termos de metas claras, objetivas e realistas, na expectativa de que, numa

década, possa atingir o desempenho almejado, em quantidade suficiente e qualidade

recomendável, sem abrir mão da ousadia requerida para projetá-la a um patamar de justiça e

equidade.

Ao ser proposto como instrumento técnico e político em vista das medidas educacionais que

objetiva implementar, o PEMG legitima-se tanto pelo processo coletivo de sua elaboração

quanto pelos princípios que forjam este documento:

- A democracia.

11

- A defesa intransigente da qualidade da educação e a consolidação da equidade e da

justiça social.

É importante reconhecer que, por mais que este Plano identifique problemas, defina

prioridades e aponte soluções, a efetivação de seus objetivos e metas depende de iniciativas

que congreguem os diversos setores do poder público, assim como os setores organizados da

sociedade civil direta ou indiretamente relacionados com a educação. Para tanto, destaca-se,

como elemento fundamental, a responsabilidade social do Estado e dos setores organizados da

sociedade, tomada não como mera retórica “democratista”, mas como condição para a

conquista dos avanços que este Plano propõe.

Mais uma vez Minas faz a diferença.

Embora a recomendação legal da LDB/ 96, no seu art. 10 seja: “Os Estados incumbir-se-ão

de (...) elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e

planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos Municípios,”

a Secretaria de Estado da Educação, em respeito à autonomia dos municípios, enquanto entes

federados autônomos, e à política de Cooperação-Mútua – iniciada neste Estado na década de

90 – optou por sugerir, de comum acordo com a União Nacional de Dirigentes Municipais de

Educação, Seção MG – UNDIME/MG, um percurso crítico de planejamento, a partir de uma

determinada filosofia de trabalho e de trilhas consideradas mais eficazes na construção

democrática dos Planos Decenais de Educação de Minas Gerais.

Tal percurso pressupôs que os municípios traçassem ao mesmo tempo em que o Estado e

em ação articulada com o Plano Nacional (e Estadual de Educação), diretrizes e objetivos

gerais para a Educação e, em ação autônoma, elaborassem, a partir de um amplo diagnóstico,

os objetivos, metas e ações específicas que respondessem às expectativas de cada um dos seus

níveis e modalidades de ensino.

À SEE/MG, como coordenadora do processo, coube, a partir do diagnóstico, a

responsabilidade de definir as prioridades para o PEEMG, a saber:

• A superação do analfabetismo no Estado, com garantia de continuidade de escolarização

básica para os jovens e os adultos;

• A elevação geral do nível de escolarização da população, garantida a universalização dos

Ensinos Fundamental e Médio;

• A melhoria da qualidade em todas as etapas e modalidades da Educação Básica;

• A redução das desigualdades educacionais, com a promoção da equidade;

12

• A implantação gradativa da educação de tempo integral na rede pública;

• A formação e valorização dos profissionais da educação;

• O fortalecimento da democratização da gestão educacional;

• A melhoria da infra-estrutura das escolas públicas, com prioridade para as regiões, definidas

neste Plano, como de maior vulnerabilidade social;

• A institucionalização das regras do Regime de Cooperação Estado-Município;

• O desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação;

• O acompanhamento e a apropriação da evolução tecnológica.

Esta proposta representa o reflexo de idas e vindas de discussões entre os atores mais

relevantes, envolvidos no processo, durante um tempo de pré–planejamento como processo

democrático, baseado no diálogo e na troca de experiências, a partir dos dados da

realidade.

Os objetivos a serem contemplados pelo Plano Estadual de Educação – PEE/MG já se

encontram explicitados no Art. 204 da Constituição Estadual CE/89 e são os seguintes:

I. Reduzir a taxa do analfabetismo;

II. Universalização do atendimento escolar;

III. Melhoria da qualidade do ensino;

IV. Formação para o trabalho;

V. Promoção humanística, científica e tecnológica.

Além desses objetivos, a SEE já anunciou, através, inclusive, de políticas já implementadas,

algumas das prioridades do PEE/MG. Entre elas ressaltamos:

A racionalização e modernização da administração do sistema;

A ampliação e melhoria do Ensino Fundamental;

A universalização e melhoria do Ensino Médio;

A adequada atenção a Educação de Jovens e Adultos;

A progressiva ampliação do tempo de permanência na escola;

A redução das desigualdades sociais e regionais, no tocante ao acesso e à

permanência, com sucesso, na educação pública, com a promoção da equidade;

A valorização e formação continuada dos profissionais da educação;

A democratização da gestão do ensino público;

A manutenção de programas existentes e aprovados;

A ouvidoria educacional;

O fortalecimento do regime de colaboração entre Estado e os Municípios.

13

CONTEXTO MUNICIPAL

A IMPORTÂNCIA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Traçar as diretrizes para a Educação do Município no período de 2015 a 2024 é tarefa

atribuída a vários segmentos da sociedade, para que, de maneira participativa possamos

contemplar os Programas e as Ações que constituem prioridades e que devem ser

concretizadas em busca da qualidade da Educação deste Município.

A garantia de padrão de qualidade é um princípio constitucional (art.206, VII, da CF)

e como tal precisa ser tratada com seriedade por todos, principalmente pelos

governantes. O direito à educação não é só a vaga na Escola, mas sim o direito de

aprender, transformando o cidadão em um ser crítico, analítico e participativo. É o

direito do ingresso, regresso, permanência e sucesso de todos, na Escola. E esse direito é

por demais relevante para permanecer entregue, com exclusividade, ao sistema

educacional. É necessário que a sociedade se mobilize em defesa da escola pública de

qualidade, dando a sua parcela de contribuição. Mais do que nunca, a família é

primordial na vida escolar, contribuindo, assim para a melhoria da Educação do

Município em benefício de seus filhos.

Neste contexto também haverá a valorização do educador, com a recuperação de sua auto-

estima cabendo a este da mesma forma, exercer o seu magistério com responsabilidade e

compromisso.

Quando o poder público, a sociedade, e os agentes de educação unirem as suas mãos, seus

passos serão mais firmes. Só assim, teremos uma Educação de Qualidade Para Todos. Será

com certeza o passaporte para a cidadania.

Curvelo dedica-se a esta Ação, comprometendo-se, dentro de seus limites-legais, financeiros

e técnicos - a cumprir as suas prioridades elencadas.

Os objetivos gerais do PME de Curvelo não diferem dos estabelecidos no Plano Nacional de

Educação e os seus objetivos específicos podem ser enunciados a partir dos desafios por ele

colocados aos municípios:

Ampliação do atendimento e promoção da equidade;

Busca da eficiência, melhoria da qualidade da educação e valorização do magistério;

Descentralização, autonomia da escola e participação da sociedade na gestão

educacional;

14

Elevar a qualidade da educação em todos os níveis e modalidades de ensino;

Investir na formação e valorização dos profissionais da educação;

Garantir investimentos adequados com acompanhamento e controle dos recursos da

educação;

Garantir a atuação de professores habilitados em todos os níveis e modalidades de

ensino;

Elevar a taxa de atendimento na Educação Infantil e na Educação Inclusiva.

Considerando o estágio de desenvolvimento em que se encontra o Município de Curvelo,

evidenciado pelo seu diagnóstico educacional, as expectativas da sua população e a escassez

de recursos, este PME aponta pontos a serem considerados:

Melhoria da qualidade em todos os níveis e modalidades de ensino, com a garantia de

desempenho acadêmico satisfatório para todos os alunos;

Superação do analfabetismo com garantia de continuidade da escolarização básica

para jovens e adultos;

Formação e valorização dos profissionais da educação;

Fortalecimento da democratização da gestão do Ensino Público;

Adequação da oferta do transporte escolar na Rede Pública;

Institucionalização de um sistema municipal de informação e avaliação do ensino;

Melhoria e adequação da infra-estrutura das escolas públicas;

Apropriação das tecnologias da informação e da comunicação pelas escolas da rede

pública.

Como se percebe, este Plano não é um plano da Secretaria de Educação para o Sistema

Municipal. Os objetivos e as metas que nele estão fixados são objetivos e metas dos cidadãos

e das organizações da sociedade civil existentes no Município e dizem respeito à educação de

Curvelo, em todos os seus níveis e modalidades de ensino e não apenas àqueles referentes à

sua responsabilidade constitucional de oferta.

Ao ser instituído por Lei Municipal, este PME tem as melhores chances políticas de uma

boa execução. Chances essas ampliadas e melhor asseguradas pela imediata criação de uma

Comissão executiva para o seu permanente acompanhamento e avaliação. Neste plano,

Curvelo faz o diagnóstico e traça objetivos e metas referentes aos seguintes tópicos:

1. Educação Infantil;

2. Ensino Fundamental;

3. Ensino Médio;

15

4. Educação Superior;

5. Educação de Jovens e Adultos;

6. Educação Inclusiva.

DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À ESCOLA E A GARANTIA DE PERMANÊNCIA:

Nas diferentes etapas e modalidades da Educação Básica pelas quais o Município é

constitucionalmente responsável (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de

Jovens e Adultos e Educação Inclusiva), a democratização do acesso e a garantia de

permanência deverão estar articuladas com as diretrizes da Qualidade Social da Educação e da

Democratização da Gestão. Serão interfaces indissociáveis. Sendo assim, a gestão de Curvelo

define, para a rede municipal, uma política de atendimento qualificado à demanda escolar que

prioriza o acesso de crianças, adolescentes e adultos à escola, bem como a sua permanência,

incluindo aqueles com necessidades educacionais especiais e os que estão cumprindo medidas

sócio-educativas (adolescentes em liberdade assistida ou prestando serviços à comunidade).

Dessa forma, a Secretaria Municipal de Educação pretende:

1. Na Educação Infantil, tomar para si a responsabilidade de atendimento da primeira etapa da

Educação Básica, consolidando, assim, um direito constitucional;

2. No Ensino Fundamental manter a oferta de vagas do 1º ao 5º ano e a garantia da

permanência com qualidade, com a adoção de medidas de combate à exclusão escolar;

3. Na Educação de Jovens e Adultos: consolidar a oferta visando, não apenas erradicar o

analfabetismo, mas, sobretudo, promover, para essa clientela, uma educação que perdure para

toda a vida, proporcionando-lhe habilidades para enfrentar as céleres transformações da

economia, da cultura e da sociedade na era da globalização, tendo em vista as exigências cada

vez mais acentuadas do mercado de trabalho com relação à mão-de-obra qualificada e ao

domínio da cultura letrada pelo trabalhador.

REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL: considerando que os recursos que financiam a educação

saem em última instância, do bolso do povo, fica claro que se existe alguém com autoridade

para entrar na escola, participar das decisões e cobrar a realização das mesmas, esse alguém é

a população, é a comunidade à qual a escola serve. Essa diretriz tem o compromisso de fazer

com que a educação se firme como prioridade da sociedade, ultrapassando os muros das

unidades educacionais. No Município, convive com as escolas municipais, escolas federais,

estaduais e particulares. Cabe ao Poder Público local iniciar, consolidar ou liderar ações

integradas de cooperação com o Estado, a União e engajar empresários, trabalhadores,

16

universidade e escolas de ensino superior na tarefa de construir uma educação pública de

qualidade e acessível a todas as crianças e jovens. Nessa perspectiva, várias providências

serão necessárias:

1. Abrir o portão da escola e deixar que a comunidade entre, pois o espaço escolar é

propriedade da população;

2. Fortalecer os Conselhos Escolares, fazendo com que as decisões administrativas,

pedagógicas e financeiras da escola sejam tomadas pelos representantes, de fato, envolvidos

com a educação;

3. Trazer os valores da comunidade para dentro das salas de aula, permitindo que todos os

moradores possam prestar depoimentos ou apresentar trabalhos sobre a história e a cultura do

entorno da escola;

4. Valorizar os grêmios estudantis e apoiá-los, exercitando, assim, a cidadania dos alunos;

5. Utilizar os meios de comunicação de massa para mobilizar a comunidade em defesa da

expansão e melhoria da escola pública, informando sobre os seus resultados, uma vez que ela

é financiada com o dinheiro do povo;

2–PRESSUPOSTOS DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.

2.1– PRESSUPOSTOS POLÍTICOS – INSTITUCIONAIS.

Os marcos políticos – institucionais responsáveis pela criação do Plano Municipal de

Educação – PME são:

*A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – CF / 88 estabelece no seu Art. 214: “Fixação,

por lei, de um Plano Nacional de Educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao

desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do poder

público”.

*A LEI DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDB / 96 – estabelece

no seu Art. 9º: “A União incumbir-se-á de elaborar o Plano Nacional de Educação, em

colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios”.

Art. 10: “Os Estados incumbir-se-ão de (...) elaborar e executar políticas e planos

educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e

coordenando as suas ações e as dos Municípios”.

17

*A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL MG/89 no seu Art. 204 estabelece: “O plano estadual

de educação, de duração plurianual, visará à articulação e o desenvolvimento do ensino em

seus diversos níveis, à integração das ações do Poder Público e à adaptação ao Plano

Nacional”.

*A LEI FEDERAL 10.172/01 QUE INSTITUI O PNE fez um diagnóstico, dispôs sobre

diretrizes, objetivos e metas sobre os seguintes temas:

Gestão e o financiamento da educação;

Níveis e modalidades de ensino;

Formação e valorização do magistério e demais profissionais da educação.

Na sua última sessão, o PNE dispõe: “Será preciso, de imediato, iniciar a elaboração dos

PLANOS ESTADUAIS em consonância com este Plano Nacional e, em seguida, dos

PLANOS MUNICIPAIS também coerentes com o plano do respectivo Estado. Os três

documentos deverão compor um conjunto integrado e articulado. Integrado quanto aos

objetivos, prioridades, diretrizes e metas aqui estabelecidas. E articulado nas ações”.

*COMPROMISSOS INTERNACIONAIS. Além dos instrumentos legais nacionais, ainda

constituem pressupostos políticos – institucionais do PME, os compromissos internacionais

firmados pelo Brasil mais diretamente relacionados à educação, que são os seguintes:

Conferência Mundial de Educação para todos, realizada em Jontiem na Tailândia em

1990;

Declaração de Cochabamba, dos Ministros da Educação da América Latina e Caribe,

sobre Educação para Todos (2000);

Conferência de Dacar sobre Educação para Todos, promovida pela UNESCO, em

Maio de 2000.

Finalmente, constitui marco político – institucional do município de Curvelo a Portaria

Municipal Nº 2544 de 19 de MARÇO de 2015, que institui a COMISSÃO

REPRESENTATIVA da sociedade e a equipe técnica para a elaboração do PLANO

MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO de Curvelo/MG e dá outras providências.

PRESSUPOSTOS CONCEITUAIS

Educar é tarefa que pressupõe concepções estruturadas e explícitas de homem, mundo,

sociedade escolar, relação professor-aluno, método, teoria pedagógica, didática e avaliação.

18

Neste PME, o que se busca é deixar claro, embora em síntese, concepções que estarão

sedimentando comportamentos Político-Administrativos e Político-Pedagógicos na

construção da Política Educacional do Município de Curvelo.

PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS

O que se desenvolveu até aqui, resumidamente, aponta para a vontade política da

administração, com vistas a um planejamento democrático dessa função de governo.

Sem se restringir a uma atitude técnico-burocrática, o Plano Municipal de Educaçãode

Curvelo, para o período 2015–2024 construído numa perspectiva democrática de

planejamento.

19

PARTE I

IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

CARACTERÍSTICA DA POPULAÇÃO

ASPECTOS POPULACIONAIS

ASPECTOS CULTURAIS

ASPECTOS GEOGRÁFICOS

ASPECTOS HISTÓRICOS

ASPECTOS ECONÔMICOS

ASPECTOS EDUCACIONAIS

20

PARTE I

1 - IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1 - DADOS DO MUNICÍPIO DE CURVELO

01 – Nome do Município: Curvelo

02 – Estado a que pertence: Minas Gerais

03 – Síntese histórica:

Nos anos de 1700, baianos subiam os rios São Francisco e Guaicuí, e paulistas os desciam,

uns estabelecendo currais de gado às sua margens, outros viajando à cata de ouro e de pedras

peciosas. Alguns fixaram residências por a aqui. Ergueram uma capelinha de madeira tosca,

coberta de palha de coqueiro, dedicada a Santo Antônio, o taumaturgo Lisboa, e, ao seu redor,

o povoado foi crescendo. Reza a tradição oral, de que não há documento escrito, que os

primeiros habitantes foram, na verdade, os índios Arrepiados ou coroados e os Goianases.

Mais provavelmente fugindo às febres palustres, o Padre Antônio Corvello de Ávila,em

suas andanças, chegou a este lugarejo, que era posada obrigatória nas rotas dos tropeiros.

Baiano do rio real, ele viria a falecer a 20 de setembro de 1749. Na região, à margem direita

do ribeirão Santo Antônio, acima da barra do Riacho Fundo, o clérigo instalou um sítio a que

denominou Santo Antônio e reconstruiu ( ou reformou) a referida capela.

A emancipação político-administrativa de Curvelo se deu em 1932, em cumprimento a

decreto baixado pela Regência Trina Permanente em 13 de outubro do ano anterior. Curvelo

se desmembrou de Sabará, tendo sua Câmara de Vereadores instalada em 30 de julho de 1832.

Neste mesmo ano, em 7 de dezembro, houve a ereção do Pelourinho, símbolo, símbolo

definitivo da autonomia municipal. Em 15 de novembro de 1875, a sede do Município, então

Vila, foi elevada à categoria de Cidade pela Lei 2.153.

OS PRIMEIROS HABITANTES

Como se viu os primeiros habitantes do nosso município foram, consoante a tradição

oral, os índios Coroados e os Goianáses. Também participaram do povoamento da localidade

os viajantes que iam para a Bahia, vindos de São Paulo, e vice-versa, comerciantes que

percorriam o interior de Minas, tropeiros em busca de ouros e pedras preciosas, criadores que

estabeleciam currais de gado nestas paragens.

21

Aliás, naquela época, as atividades consistiam em criação de gado, agricultura e

comércio.

NOMES QUE A NOSSA CIDADE JÁ TEVE

1º - Povoado de Santo Antônio da Estrada;

2º - Arraial de Santo Antônio;

3º - Freguesia de Santo Antônio do Corvelo;

4º - Vila de Santo Antônio do Corvelo;

5º - Curvelo;

MAIS CURIOSIDADES

1ª Igreja – Capela de Nossa Senhora do Rosário (hoje se encontra a Basílica de São

Geraldo).

2º Vigário – Padre Carlos José de Lima enviado preso a Portugal por ter participado da

chamada Inconfidência do Corvelo.

1º Jornal – “O Curvelano” (editado pelo Major Salvo)

1ª rua – Rua Direita (Trecho que corresponde à parte da Avenida Dom Pedro II, Praça

Tiradentes à Praça São Geraldo).

1º Bairro – Curiango.

1ª Praça – Praça dos Voluntários da Pátria (Praça São Geraldo).

1º grupo – Grupo Escolar “Dr. Viriato Diniz Mascarenhas”.

1º Banco – Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais.

As primeiras famílias a se constituírem em Curvelo:

Mascarenhas;

Álvares Fernandes;

Pinto de Carvalho;

Martins do Rego;

Viana;

Marquês;

Diniz;

Pena;

Pereira da Silveira;

Salvo, entre outras.

22

1.2 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICA

Sua população estimada em 2013 era de 77.824 habitantes. encontra-se situado na

mesorregião central de Minas Gerais, na microrregião de Curvelo, com uma área de 3.306,1

km², distante aproximadamente 170 Km da capital mineira.

Tem localização privilegiada numa região servida por importantes sistemas rodoviários,

onde se destaca a rodovia BR - 040 que faz a ligação entre Brasília, Belo Horizonte e Rio de

Janeiro, a BR - 135(Trajeto Rio/Bahia) e BR – 259 (acesso à Diamantina).

É servida ainda pela ferrovia que liga Minas à Bahia e que também alcança o São Francisco,

na altura de Pirapora, através de uma bifurcação na cidade de Corinto.

Curvelo tem em sua característica geográfica o marco de “Coração de Minas” por se situar no

centro deste Estado.

Curvelo tem em sua história, grandes nomes que simbolizaram um marco no seu

desenvolvimento. Destacando entre seus habitantes o cunho político, presente nos dias atuais

em muitos que aqui nasceram ou aqui chegaram, adotando como sua, esta cidade acolhedora e

de gente hospitaleira.

04 – Localização: A cidade de Curvelo está situada na Zona Alto São Francisco.

05 – Posição: O município de Curvelo está situado no centro do Estado de Minas Gerais,

como demonstra o marco geodésico cravado ao lado da Igreja Imaculada Conceição no bairro

Tibira,a 633m de altitude, 18º 45’30” de latitude Sul e 44º 25’ 45”, de longitude a Oeste de

W.Gr.

06 – Aspecto Geográfico:

a) Limites: Ao Norte – Santo Hipólito, Corinto e parte de Morro da Garça e Presidente

Juscelino.

Ao Sul – Papagaios, Paraopeba, Cordisburgo e parte de Pompéu.

A Leste – Inimutaba, parte de Presidente Juscelino, Santana de Pirapama e parte de

Cordisburgo.

A Oeste – Morro da Garça, Felixlândia e Pompéu.

b) Superfície: O município de Curvelo, em todo o seu território ocupa uma área de 3.289

Km2.

c) Constituição: Do ponto de vista administrativo é constituído por quatro distritos: o da

Sede, Angueretá, Santa Rita do Cedro e Tomaz Gonzaga.

23

d) Relevo: O município tem relevo de pouca amplitude e bastante regular, não possuindo

serras propriamente ditas, por estar situado no grande chapadão do centro de Minas. O

relevo é formado por extensas chapadas, colinas e escarpas. (Ladeira íngrime).

Registramos também a presença das grutas do Tamboril, Cachoeira e Lapa do Distrito

de Santa Rita do Cedro.

e) Vegetação: A vegetação original do município é a dos campos e cerrados,

predominando os aspectos arbóreos, herbáceos e gramíneos, que em algumas áreas se

encontram preservados, enquanto que em outras foram quase que substituídos pelo

reflorestamento de eucaliptos. Nas regiões ocupadas pela agricultura e pecuária o

cerrado deu lugar às lavouras e pastagens.

As nascentes são, em geral, de mata natural. Alguns cursos de água apresentam matas

(galerias) bastante densas ao longo de seus valores. Infelizmente nos últimos tempos a

intensa atividade carvoeira vem modificando a paisagem natural para um cerrado de

vegetação esparsa e pobre, dando lugar às gramíneas.

f) Hidrografia: A rede hidrográfica de nosso município é formada por cursos d’água

extensos, pois se acha localizado entre duas bacias principais. A leste a Bacia do Rio

das Velhas e a Oeste a Bacia do Rio Paraopeba. Temos ainda cursos d’água um pouco

menores como os ribeirões Santo Antônio, Maquiné, Picão, das almas, do Leitão, das

Pedras, da Estiva e mais alguns córregos como Jaboticaba, Gomes, Paiol, Meleiros,

Saco Novo, Retiro, Mocambo, Riacho, Tatu, Salobrinho, Gameleiro, Quilombo,

Primavera, Rodrigues, Cerquinha, Luiz Pereira. Há ainda a cachoeira do choro e mais

para o sul do município, algumas lagoas que em sua maior parte são temporárias.

Entre elas destacamos as principais: Lagoa Grande, Lagoa do Cupim, Lagoa do Poço

Azul e Lagoa do Jacaré.

g) Clima: O clima do município é tropical, apresentando verões quentes e úmidos e

invernos secos. As chuvas ocorrem entre outubro e março.

h) População: A população de Curvelo tem crescido regularmente, mas a cada ano que

passa o seu crescimento apresenta índices menores. Em fonte oferecida pelo IBGE na

última pesquisa, em 2013 a população do município era de 77.824 habitantes. A

densidade populacional foi de 22.5 habitantes por km2.

24

07 – Organização Econômica

a) Agro-Pecuária: O município de Curvelo, nos últimos vinte anos, apresentou uma

profunda transformação nos processos e métodos aplicados na agro-pecuária local,

utilizando mais intensamente o solo agrário. Quanto à pecuária podemos dizer que é

um município tradicionalmente famoso neste setor com o gado misto para carne e

leite. Com um volumoso rebanho, os criadores vêm, há muito, conquistando os

melhores e maiores prêmios em todas e diversas exposições do país.

A pecuária, principal atividade econômica do município, atualmente conta com um

rebanho resultante do cruzamento do gado zebu com o holandês que proporcionou um

aumento quantitativo e qualitativo do mesmo. A pecuária, ultimamente, vem sofrendo

grandes transformações e entre os fatores responsáveis por elas estão a Cooperativa

Agro-Pecuária dos Produtores Rurais, o dinamismo da EMATER (Empresa de

Assistência Técnica e Extensão Rural/MG) e aos programas de desenvolvimento

regional implantados pelos governos federal e estadual.

b) Riquezas Naturais: O município não prima em riquezas minerais, encontrando-se

entretanto cristal de rocha (quartzo), ardósia, calcário, areia, pedras para construção e

calçamento e argila. Na flora, vamos encontrar madeira de lei de ótimas qualidades

como: aroeira, paud’arco, jacarandá, sucupira, amburana, cedro, angico, peroba – rosa,

pau-ferro, vinha-tico e outros. Na fauna, os animais encontrados são característicos da

região central de Minas Gerais e a pesca bastante explorada nos rios das Velhas e

Paraopeba.

c) Indústria: Apesar de sua tradição no setor fabril, que vem desde o século passado,

Curvelo não se destaca hoje no cenário industrial do Estado. Tem havido pouco

dinamismo nos gêneros fabris tradicionais: algumas indústrias existentes no passado

desaparecem e o número de pessoas ocupadas na indústria tem decrescido.

d) Comércio: O comércio de Curvelo constitui hoje o setor de maior destaque e o mais

importante na economia do município na geração de Imposto sobre Circulação de

Mercadoria. Alguns dos estabelecimentos comerciais da Microregião Médio Rio das

Velhas estão localizados em Curvelo e a maioria deles concentram-se na sede urbana.

Tipos de estabelecimentos mais comuns em Curvelo:

Armarinho (vestuário, tecidos e calçados);

Gêneros alimentícios;

Bares e Restaurantes.

25

MAPA 1 – LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE CURVELO, NO

ESTADO DE MINAS GERAIS.

26

MAPA 2 – CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO

27

MAPA 3 - MAPA DO MUNICÍPIO DE CURVELO

28

BANDEIRA E BRASÃO DO MUNICÍPIO DE CURVELO

Município à categoria de Cidade. O Sr. Milton Joaquim Diniz era o prefeito e o Sr. Francisco

Gabriel Jovita, o presidente da Câmara de Vereadores.

“O brasão representa o Governo Municipal, e o círculo onde se situa, simboliza a própria

Cidade-Sede do Município. O círculo, por ser uma figura geométrica, sem princípio e sem

fim, caracteriza a eternidade. A cor branca significa a paz, o trabalho, a prosperidade e a

religiosidade, que devem permanecer na comunidade. As faixas brancas carregadas de

sobrefaixas vermelhas, ao esquartelarem a bandeira, simbolizam a irradiação do Poder

Municipal, cuja autoridade se espalha pelos quatro cantos do seu território. A cor vermelha

caracteriza a dedicação, o amor pátrio, a audácia, a intrepidez, a coragem, a valentia que todo

curvelano deve ter, na luta pela conquista da vida. Os quartéis verdes têm sentido muito

especial, ao representarem as propriedades rurais espalhadas pelo território municipal. A cor

verde simboliza a esperança, ao identificá-la com os campos verdes e floridos.

A coroa mural que o sobrepõe representa o símbolo universal dos brasões de domínio. Sendo

de prata, de oito torres, com apenas cinco visíveis em perspectiva no desenho, classifica a

cidade, representada na segunda grandeza, como Sede de Comarca. A iluminura, de vermelho,

identifica os predicados próprios dos dirigentes da comunidade. A cor verde do campo do

escudo simboliza a honra, civilidade, cortesia, alegria, abundância. Bem no centro do coração

do escudo, a iconografia do mapa do Estado de Minas Gerais, em prata, lembra o orgulho do

povo curvelano de integrar o grande Estado da Federação. Sobre o mapa, a cruz “TAU”, de

vermelho, caracteriza o símbolo heráldico de Santo Antônio, Padroeiro do Município. Na

A Bandeira de Curvelo – MG, trabalho

do heraldista professor Arcino Peixoto

de Faria, foi criada pela Lei nº 19/75,

de 26 de setembro de 1975, do ano do

centenário da elevação da sede do

“Quanto ao brasão, é representado pelo escudo semítico.Foi

o primeiro estilo de escudo a penetrar em Portugal, por

influência francesa herdado pela heráldica brasileira, e

conclama a principal raça que constitui a nossa nacionalidade.

29

parte inferior do escudo, as esfinges de bois – salientando as raças caracu e zebu –

representam a pecuária, base da economia do Município. Nas partes exteriores encontram-se a

cana-de-açúcar e o milho, importantes produtos agrícolas da região municipal. No listel

vermelho, em letras prateadas, inscreve-se o topônimo identificador “Curvelo”, ladeado pela

data de sua emancipação política: 13 de outubro de 1831. Entretanto, o decreto régio de 13 de

outubro de 1831, que criou não só o município de Curvelo, como também outros municípios,

nada tem a ver com a sua emancipação política.. Em 30 de julho de 1832, foi instalada a

Câmara Municipal, e em 7 de dezembro de 1832, com o levantamento do Pelourinho, símbolo

do poder público, o município de Curvelo tornou-se autônomo e definitivamente instalado.

“De fato, esta é a data correta que deveria ser inscrita na bandeira, pois celebra a emancipação

política do município de Curvelo.”

30

1.3 - CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO

ASPECTOS POPULACIONAIS

Curvelo conta com uma estimativa populacional fornecida pelo IBGE /28 de agosto de 2013

com 77.824 habitantes. A população do município tem se mantido relativamente instável nos

últimos anos; e segundo os resultados preliminares do censo/2010 a distribuição por faixa

etária é a seguinte:

Dinâmica da população em 2010

QUADRO 1- Curvelo/MG

Fonte: IBGE – Censo Demográfico de 2010 (último censo)

População

População

de 0 a 4

anos

População de 5 a 9 anos

População

de 10 a 14

anos

População

de 15 a 19

anos

População

de 20 a 24

anos

População

de 25 a29

anos

População

de 30 a 34

anos

População

de 35 a39

anos

2010

3.879

5.687

6.550

6.831

6.488

9.123

5.583

5.315

População

de 40 a 44

anos

População

de 45 a 49

anos

População

de 50 a 54

anos

População

de 55 a 59

anos

População

de 60 a 64

anos

População

de 65 a 69

anos

População

de 70 a 74

anos

População

de75 a7 9

anos

5.336

4.975

4.101

3.291

2.648

2.089

1.715

1.246

População

de 80a 84

anos

População

de 85 a 89

anos

População

de 90 a 94

anos

Mais de

95 a 99 anos

Mais de

100 anos

758

421

181

54

12

31

1.4 - ASPECTOS CULTURAIS

a) Cultura: Festas do Calendário Municipal:

Exposição Agropecuária de Curvelo – Maio;

Dia do Padroeiro da Cidade – Santo Antônio – 13/06;

Forró de Curvelo – Julho;

Festa de São Geraldo – 1º domingo de setembro.

O centro cultural de Curvelo situa-se na Praça Central do Brasil, onde são realizadas

exposições de quadros, apresentações artísticas, no seu interior encontra-se o Museu de

Curvelo, a Biblioteca Infantil e no espaço externo funciona uma feirinha na sexta-feira com

produtos artesanais e da culinária curvelana.

A Biblioteca Pública Municipal está instalada na rua Cândido de Oliveira, 32. Acontece

também às quartas e sábados na feira do Produtor e domingo no bairro Bela Vista uma feira

movimentada com produtos da região.

1.5 - ASPECTOS GEOGRÁFICOS

O Município de Curvelo possui território de 3.306 Km², a sede do Município está a 633m

de altitude com posição geográfica de 18º 45’ de latitude sul em sua interseção com o

meridiano de 44º 25’ de longitude oeste.

Situa-se no grande chapadão do centro de Minas, localizado entre as bacias do Rio São

Francisco, Rio das Velhas, Paraopeba, Cipó e Bicudo.

Faz limites com Corinto, Felixlândia, Inimutaba, Monjolos, Morro da Garça, Presidente

Juscelino e Santo Hipólito.

O clima da cidade é considerado seco com temperatura média anual em torno de 28º, e

índice pluviométrico médio de 1.126 mm.

A vegetação original é o cerrado com faixas de mata Atlântica, modificado pela expansão

das pastagens e principalmente pelo aumento constante de ocupação de suas áreas para a

plantação de eucaliptos, segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a cidade de Curvelo

é uma das mais arborizadas do estado, onde predominam espécies como Sibipiruna e Oiti.

A maior parte das árvores da avenida principal tem mais de 60 anos.

Na regionalização do sertão/cerrado a população de toda a região conta com uma gama de

frutos típicos do cerrado entre os principais (Pequi, Araticum, Gabiroba, Jatobá, Buriti,

Mangaba, Cagaita, Murici).

32

Suas terras são banhadas pelo Rio Santo Antônio, que na zona urbana perde sua

característica de águas límpidas, uma vez que recebe todo o esgoto da cidade.

1.6 - ASPECTOS HISTÓRICOS :

A literatura existente nos remete a uma interessante reflexão sobre a formação do Município

de Curvelo, valendo a pena ressaltar o Pe. Alberto Vieira de Araújo, CEER., que assim

descreve:

Baianos, que subiam os rios São Francisco e o Guaicuí; paulistas que desciam, uns

povoando as suas margens com currais de gado; outros à cata de ouro e pedras

preciosas tinham eles como um dos seus pousos a margem do Ribeirão Santo

Antônio, situado no Sertão dos Gerais, na microrregião do Médio Rio das Velhas.

Nestas suas paradas, alguns foram ficando pelo lugar e, assim, formou-se um

povoado, que viria a ser o Arraial de Santo Antônio da Estrada, queoriginou avila e,

mais tarde, a cidade de Curvelo.

Levantaram uma Capelinha de madeira tosca, coberta de palhas de coqueiro e, ao

seu redor, o povoado foi crescendo.Isto em fins do século XVII.

Reza a tradição oral – de que não há documento escrito – que os primeiros

habitantes da região foram os Índios Arrepiados ou Coroados e os Goianeses.

Entre 1710 e 1720, chegou ao povoado o Padre Antônio Corvelo de Ávila, dos

Garcia de Ávila da Casa da Torre, baiano de Rio Real, divisa com Sergipe.

Era ele na época, vigário calado da Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso e

Almas, com sede na Barra do Guaicuí, naquele tempo subordinada ao Governo e ao

Arcebispo da Bahia.

Nas suas andanças veio ter ao povoado.

Tendo gostado do sítio e, na certeza de que era um prolongamento de sua

circunscrição, resolveu fixar residência no lugar.

E foi à beira daquele “Caminho dos Currais”, num lugar de pousada dos vaqueiros,

onde o Córrego Santo Antônio faz uma curva fechada, na zona norte da cidade de

Curvelo, que o Pe. Antônio Corvelo de Ávila reconstruiu (ou reformou) uma

pequena capela, dedicada a seu santo homônimo, e fundou (1714) o Povoado de

Santo Antônio da Estrada.

33

Por Carta Régia de 16 de março de 1720, foi instituída a Freguesia de Santo Antônio

do Corvelo; e, por outra Carta do mesmo dia, foi para Curvelo transferida a sede do

julgado do Papagaio. A nova Paróquia tinha dez Capelas Filiais com 3.201 fogos e

16.023 habitantes, e teve como primeiro Pároco o Pe. Antônio Corvelo de Ávila, que

administrou a paróquia durante 30 anos.

Por alvará de 11 de setembro de 1816, o Príncipe Regente Dom João concedeu a

Curvelo o foral de Vila. O município, porém, foi criado por decreto da Regência

Trina, de 13 de outubro de 1831.

No dia 30 de julho de 1832, inaugurou-se o novo Município com a instalação da sua

primeira Câmara, composta dos seguintes vereadores:

João Marciano de Lima, presidente, Pe. Manoel de Abreu e Lima, Luiz Emílio de

Azevedo, Jerônimo Martins do Rego, José Álvares Fernandes, José Luiz da Cunha e

João Nepomuceno Pinto de Carvalho.

Curvelo foi elevado à Cidade pela Lei nº 2.153, de 15 de novembro de 1875.

1.7 -ASPECTOS ECONÔMICOS

Suas principais atividades econômicas estão voltadas para a produção de gado misto – gado

leiteiro e para o abate.

No setor industrial, Curvelo apresenta muitas vantagens competitivas para os

empreendimentos industriais e comerciais.

A localização próxima à BR 040 (Rio-Brasília) e a proximidade com a capital mineira são

excelentes atrativos para empresários.

A cidade é centro regional de serviços públicos e privados, de saúde e educação.

Possui uma boa rede comercial, algumas fábricas de pequeno porte e a Fábrica de Tecidos

Maria Amália cuja pedra fundamental de sua construção, foi lançada no dia 15 de setembro de

1941.

1.8 -ASPECTOS EDUCACIONAIS

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO

O histórico da Educação Curvelana dista de tempos anteriores à Proclamação da República

Brasileira, fato que em muito enriquece nossa história e vem integrar este PDME, graças à

contribuição do Pe.Antônio Vieira de Araújo, C.SS.R.em seu livro: “Curvelo de Padre

Corvelo”.

34

Em agosto de 1834 o Governo Federal promulgou um Ato Adicional à Constituição,

pelo qual se outorgava às Assembléias Provinciais competências de legislar sobre a

instituição pública, exceto a superior.

Embora tal lei estivesse em plena vigência, Curvelo dela se valeu somente em março

de 1847, com a criação de uma Escola de Gramático, Latinidade e Poética. Em 1848

é primeiro ocupante da cadeira o Pe.Olímpio Machado Ribeiro e 1855 o

Prof.Ludovico Gramático, transferido de Campanha para Curvelo. Suprimida a

cadeira, foi restaurada (acrescida da de Francês) em 1860. Dessa data até 1875

(Curvelo é elevada a cidade), foram ocupantes da cadeira: o curvelano Pe.Francisco

de Paula Martins do Rego (1861 a 1864),Francisco de Paula Oliveira e Miguel

Pereira da Fonseca Neto (1870).

Quando Curvelo se tornou cidade, mantinha aqui um colégio o eminente Prof.Emilio

Soares de Gouveia Horta, falecido em Juiz de Fora (1907).

Em 1878 foi criada a cadeira de Francês e Matemática em substituição à de Latim e

Francês, que havia sido suprimida. Posta em concurso a cadeira, não sabemos quem

a ocupou.

COLÉGIO BOA ESPERANÇA

Com este nome e “sob os auspícios do Sagrado Coração de Jesus”, em 1883

fundaram, aqui em Curvelo, um colégio, o Pe.Severiano de Campos Rocha (Diretor)

e o Pe. Xavier Rolim (Vice-diretor).

[...] Em agosto de 1884, Pe.Rolim é eleito Diretor em substituição ao Pe.Severiano

de Campos Rocha. Seus professores: Pe. Rolim, Pe. Domingos Mendes dos Santos,

Simpliciano Pinto da Silva, Pedro Marcelino de Sousa.e Ulisses Rolim (irmão de

Pe.Rolim).

Com o tempo inteiramente absorvido pelos trabalhos na paróquia e na provedoria da

Santa Casa, o Pe. Rolim não pôde manter o colégio. Teve que optar pelo seu

fechamento (03-07-1886), com profundo pesar seu e de toda a população.

NOVO INTERNATO

Em 1888 inaugura-se o Internato Curvelano. Seus fundadores: Prof. Clarindo Jorge

de Lima, tendo como auxiliares os Professores Simpliciano Pinto da Silva e Antônio

Salvo. Em 1891 é ampliado com um externato. Em 1898 este era o corpo docente do

externato sob a direção do Prof. Simpliciano Pinto da Silva.

ESCOLA DO LUIZ DA PAZ

Em 1895 o Prof.Luiz da Paz inaugurou sua “Escola Teórica e Prática”, onde

ministrava o Ensino Primário, Português, Francês e História –Pátria.

35

CURSO SECUNDÁRIO.

Fundado em 1901 por Maria Hermenegilda de Sousa, sendo sua diretora, pouco

depois substituída por José Americano de Moura.

ESCOLA NORMAL LIVRE DE CURVELO

A idéia da fundação desta Escola Normal surgiu na Sociedade Beneficente União

Operária – SBUO. Em 1911, achando-se a entidade sob a presidência do Cel. José

Diniz Júnior formou-se uma comissão para entrosamento com o Presidente do

Estado, Júlio Bueno Brandão, e pedir-lhe apoio, inclusive para a criação de um

grupo escolar em Curvelo. Mas a escola não saiu. Somente em 1913 foi que se

concretizou parcialmente a fundação com o Curso Secundário Ginasial e Normal, e

estando a SBUO sob a presidência de Felicíssimo Moreira da Costa. O corpo

docente de primeira: Côn.Xavier Rolim, Dr. Américo Salgueira Autran, Dr. Euclides

Gonçalves de Mendonça, Dr. Nicolino Guimarães Moreira, Dr. Alexandrino Diniz,

Dr. José Lourenço Viana, Dr. Juvenal Gonzaga Pereira da Fonseca, Dr. Dâmaso José

do Santo Brochado e o historiador Antônio Gabriel Diniz, além de outros ilustres

professores e professoras de então.

[...] Felicíssimo Moreira da Costa e Nicolino Guimarães Moreira generosamente

ofereceram o antigo sobrado de D. Jerônima na praça Cesário Alvim,

(posteriormente foi demolido o velho sobrado e , no local, acha-se hoje o Grupo

Escolar Viriato Diniz Mascarenhas). Funcionou a Escola Normal com perfeita

regularidade até dezembro de 1927, tendo como último Prof. Antônio Gabriel Diniz.

Por decreto de 10-01-1928 a Escola foi entregue à Direção das Irmãs Clarissas

Franciscanas. Funciona admiravelmente até hoje com o nome de Escola Normal de

Santo Antônio.

[...] A Escola Normal Oficial foi fundada aos 14 de fevereiro de 1929 e instada aos

13 de Maio do mesmo ano, sendo suprimida em 1938, para se reabrir, graças aos

esforços do Prof. Claudovinio de Carvalho aos 26 de setembro de 1956.

GINÁSIO PE.CURVELO

Em 1927 o Prof. Érico de Barcelar e Sousa mantinha em Belo Horizonte o Liceu

Mineiro. Resolveu transferi-lo para Curvelo. Aos 7 de setembro do mesmo ano já

estava instalado no grande sobrado, antiga residência do Dr. Pacífico Mascarenhas

na Avenida Pedro II.

Em 1930, o Prof. Barcelar mudou-se de Curvelo. Dando continuidade ao Liceu, foi

organizada a “Liceu Mineiro Sociedade Ltda.”. Construíram-se novas dependências

no prédio da Rua João Pessoa. Em abril de 1942, passou a denominar-se “Ginásio

Padre Curvelo”. Sua direção foi entregue aos Padres da Congregação do Espírito

Santo e do Imaculado Coração de Maria.posteriormente por ele passaram diversos

sacerdotes, quer como diretores: Mons. João Tavares, Pe. Celso de Carvalho e Côn.

36

José Ávila de Garcia; quer como professores: Pe. Argel Dias de Azevedo, Pe. Paulo

Rutten e vários outros sacerdotes seculares e redentoristas. Merece ser lembrado

como benemérito o nome do professor Dr. Sebastião Gomes de Lisboa, dentre os

fundadores da Escola Técnica de Comércio.

FACULDADE DE FILOSOFIA

O dia 29 de abril de 1968 passou a ser marco histórico para Curvelo. Com a aula

inaugural proferida pelo magnífico Reitor da Universidade Católica, Dom Serafim

Fernandes de Araújo, estavam fundados aqui os cursos da Faculdade de Filosofia

Santa Maria, da Universidade Católica de Belo Horizonte.

[...] Os diversos cursos polivalentes da Faculdade de Filosofia Santa Maria estavam

sob a direção do catedrático Pe. Orlando Vilela. A coordenação foi entregue à Irmã

Silvana Rodrigues, Clarissa Franciscana. O Côn. José de Ávila Garcia, professor de

Filosofia: os demais professores vêm de Belo Horizonte.

Os cursos contavam, já de partida, com 110 alunos. A nova Faculdade funcionava

nos prédios e anexos do Orfanato Santo Antônio. Mais uma valiosa contribuição a

ser creditada à Igreja e às Irmãs Clarissas Franciscanas, pela promoção cívica,

cultural e cristã de Curvelo.

37

Os levantamentos abaixo têm como fonte o livro:”Curvelo do Padre Corvelo” págs.229 a

232, sendo feitas algumas correções quanto ao ano de fundação de algumas Instituições

Educacionais.

Quadro -2

LEVANTAMENTO DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES EM FUNCIONAMENTO

ANO: 1970 – ZONA: URBANA

INSTITUIÇÃO

ANO DE

FUNDAÇÃO

ALUNOS

1970

SITUAÇÃO

ATUAL –2015

01 – Faculdade de Filosofia 1968 109 Extinto

02 – Colégio Padre Curvelo 1960 191 Em funcionamento

03 – Colégio Estadual de Curvelo 1963 900 Extinto

04 – Colégio Industrial de Curvelo 1966 253 Extinto

05 – Ginásio Othon Bezerra de Melo 1964 596 Extinto

06 – Instituto de Madureza de Curvelo 1969 084 Extinto

07 – Grupo Escolar Dr. Viriato Diniz Mascarenhas * 1917 502 Em funcionamento

08 – Grupo Escolar Mon. Rolim 1944 476 Extinto

09 – Grupo Escolar Interventor Alcides Lins** 1947 1.070 Em funcionamento

10 – Grupo Escolar Maria Amália* 1948 372 Em funcionamento

11 – Grupo Escolar Dom Joaquim 1960 523 Extinto

12 – Grupo Escolar Major Antônio Salvo** 1964 820 Em funcionamento

13 – Grupo Escolar São Vicente de Paulo** 1965 446 Em funcionamento

14 – Grupo Escolar Eurípedes de Paula** 1967 968 Em funcionamento

15 – Escolas Reunidas São Geraldo** 273 Em funcionamento

16 – Escolas Combinadas do Colégio Estadual 147 Extinta

17 – Escolas Combinadas do Alto do Barreiro 68 Extinta

18 – Escolas Combinadas do Alto do Bom Jesus 74 Extinta

19 – Jardim Cônego José Alves 82 Extinto

20 – Jardim Pequeno Príncipe 75 Extinto

21 – Jardim Alto do Bom Jesus 46 Extinto

22 – Jardim Padre João Tavares 30 Extinto

23 – Jardim Francisco de Assis 50 Extinto

24 – Jardim Angelina Dotti 90 Extinto

25 – Pré-Primário Dom Joaquim 30 Extinto

26 – Pré-Primário Eurípedes de Paula 25 Extinto

27 – Pré-Primário Chapeuzinho Vermelho 45 Extinto

28 – Pré-Primário São Vicente de Paulo 50 Extinto

29 – Pré-Primário Interventor Alcides Lins 50 Extinto Fonte: Livro “Curvelo de Padre Curvelo”

Legenda:

* Municipalizado com alteração da denominação

** Estadual com alteração da denominação

38

Quadro - 3

Legenda: Fonte: Livro “Curvelo de Padre Corvelo”

*Municipalizadas com alteração de nome.

** Estaduais com alteração de nome.

LEVANTAMENTO DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES EM FUNCIONAMENTO

ANO: 1970 – ZONA: RURAL

INSTITUIÇÃO

ANO DE

FUNDAÇÃO

NºALUNOS

1970

SITUAÇÃO

ATUAL 2015

01 – Escolas Combinadas de Tomaz Gonzaga 1965 124 Extinto

02 – Escolas Combinadas José Pereira de Matos 1984 92 Extinto

03 – E. Combinadas Basílio Francisco Xavier ** 1948 131 Em funcionamento

04 – Escolas Combinadas Santa Rita do Cedro* 1977 93 Em funcionamento

05 – Escolas Combinadas de Angueretá 1980 204 Extinta

06 – Escolas Combinadas da Fazenda Santa Cruz ---- 123 Extinta

07 – JK – Escolas Reunidas Pe. Augusto Horta** 1967 513 Em funcionamento

08 – Escolas Combinadas Engenheiro Simão Tamm ---- 58 Extinta

09 – Escolas Combinadas Saco Novo ---- 70 Extinta

10 – Escolas Combinadas Angicos ---- 65 Extinta

11 – Escolas Combinadas de Aguadinha ---- 75 Extinta

12 – Escolas Combinadas Roça do Brejo ---- 70 Extinta

13 – Escolas Combinadas Olhos D’Água ---- 78 Extinta

14 – Escola Ana Dalle Mascarenhas ---- 48 Extinta

15 – Escola da Tapera * ---- 35 Em funcionamento

16 – Escola Capitão Evaristo ---- 34 Extinta

17 – Escola do Horta ---- 29 Extinta

18 – Escola Brejinho de Cima ---- 31 Extinta

19 – Escola Paiol de Cima ---- 40 Extinta

20 – Escola de Joaquim Daniel ---- 30 Extinta

21 – Escola Mascarenhas * ---- 38 Em funcionamento

22 – Escola Ana Teodora Oliveira ---- 26 Extinta

23 – Escola Atoleiro ---- 32 Extinta

24 – Escola Retiro Bravo ---- 23 Extinta

25 – Escola Fazenda Canoas ---- 25 Extinta

26 – Escola Gameleira ---- 22 Extinta

27 – Escola Sagrada Família ---- 50 Extinta

28 – Escola de Currais ---- 31 Extinta

29 – Escola Barra do Jataí ---- 35 Extinta

30 – Escola Mato do Meio ---- 16 Extinta

31 – Escola Cel. Aristides Mascarenhas ---- 18 Extinta

32 – Escola de Limeira ---- 32 Extinta

33 – Escola de Poções ---- 43 Extinta

34 – Escola de Capão da Ripa ---- 35 Extinta

35 – Escola Sebastião Bueno ---- 49 Extinta

36 – Escola do Buriti ---- 16 Extinta

37 – Escola de Várzea do Falcão ---- 48 Extinta

38 – Escola São Geraldo de Jataí * ---- 45 Em funcionamento

39

PANORAMA DA MATRÍCULA ATUAL

Abaixo, apresenta-se a situação atual das Instituições Educacionais de Curvelo em 2015, ano

de aprovação deste PME.

Quadro - 4

ENSINO SUPERIOR

INSTITUIÇÃO

CURSOS

ADMINISTRADOS

ANO DE

FUNDAÇÃO

MAT

2015

01 – Faculdade de Ciências Administrativas de Curvelo

Administração

Direito

Ciências Contábeis

1990

03 – FACIC – Faculdade de Ciências Humanas

Enfermagem

Curso Técnico

1968

129

130

04 – UNOPAR – Universidade Norte do Paraná

Graduação e Pós

Graduação

2004

1.262

05 – CEFET Graduação

Curso Técnico

219

302

Fonte: Secretarias das Instituições supramencionadas.

Quadro - 5

EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – REDE PARTICULAR

INSTITUIÇÃO

MODALIDADE

DE

ENSINO

ANO DE

FUNDAÇÃO

MATRIC.

2015

01 – ISA – Colégio Franciscano

Educação Infantil

Ensino Fundamental I

Ensino Fundamental II

Ensino Médio

1921

81

195

129

83

02 – Colégio Padre Curvelo

Educação Infantil

Ensino Fundamental I

Ensino Fundamental II

Ensino Médio

1927

23

68

61

45

03 – DARWIM – Colégio Cidade de Curvelo

Ensino Fundamental I

Ensino Fundamental II

Ensino Médio

2000

89

138

99

05 – Instituto EDIFICAR -

Fund. Anos Iniciais

48

06 – Instituto Pequeno Príncipe Expansão

Educação Infantil

Ensino Fundamental I

Ensino Fundamental II

Ensino Médio

1969

20

66

94

51

40

07 – Instituto Carrossel Ltda.

Educação Infantil

Ensino Fundamental I

1992

21

8

08 – Centro Educacional Bom Começo

Educação Infantil

Creche

1º Ano

1996

74

35

09 – Instituto Educacional Imaculada

Conceição

Educação Infantil

Ensino Fundamental

1999

8

24

10 – Instituto Educacional Palacinho dos

Carneirinhos

Educação Infantil

Ensino Fundamental

1999

5

34

11 – APAE EJA – Fund. Anos Iniciais

Educação Infantil

Fund. Anos Iniciais

87

6

14

12 – EDUCAR Educação Infantil

Creche

Fund. Anos Iniciais

22

5

25 Fonte: Secretarias das Instituições supramencionadas

Quadro - 6

ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO – REDE ESTADUAL

INSTITUIÇÃO

MODALIDADE

DE

ENSINO

ANO DE

FUNDAÇÃO

MATRIC.

2015

01 – EE Bolivar de Freitas

Ensino. Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

EJA Ensino Fund.

EJA Ensino Médio

1929

937

866

135

327

02 – EE Interventor Alcides Lins

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

1947

732

702

03 – EE São Geraldo

Ensino Fundamental Anos Finais

1947

308

04 – EE São Vicente de Paulo

Ensino Fundamental

Ensino Médio

EJA -

1949

198

105

98

05 – EE Major Antônio Salvo

Ensino. Fundamental. Anos Finais

Ensino Médio

1964

529

305

06 – EE Eurípedes de Paula

Ensino Fundamental Anos Finais

1967

41

07 – EE Pe. Augusto Horta

Ensino Fundamental Anos Finais

EJA-Ensino. Fund. Anos Finais

Ensino Médio

1967

352

18

182

08 – EE Irmã Raimunda Marques

Ensino Fundamental Anos Finais

1976

143

09 – EE Irmã Clarentina

Ensino Fundamental.

Ensino Médio

EJA Fund Anos Finais

EJA Fund. Médio

1978

448

294

47

84

10 – EE Sérgio Eugênio

Ensino Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

1996

86

38

11 – EE Basílio Francisco Xavier

Fundamental Anos Iniciais

Fundamental Anos Finais

Ensino Médio

EJA Fund.

EJA Médio

1948

104

115

86

18

15 Fonte: Secretarias das Escolas

Quadro - 7

EDUCAÇÃO INFANTIL – ENSINO FUNDAMENTAL – EJA – REDE MUNICIPAL

ZONA URBANA

ESCOLA MUNICIPAL

MODALIDADE

DE

ENSINO

ANO DE

FUNDAÇÃO

MATRIC.

2015

01 – E. M .Angelina Dotti

Educação. Infantil

Ensino. Fund. Anos Iniciais

1952

73

240

02 – E. M. Antonino Diniz Couto

Educação Infantil

Ensino. Fund. Anos Iniciais

*

**

149

456

03 – E. M. Antônio Frederico Ozanam

Educação Infantil

Ensino. Fund. Anos Iniciais

1988

16

52

04 – E. M. Boaventura Pereira Leite

Educação Infantil

Ensino. Fund. Anos Inicias

EJA Fund. Anos Iniciais

1960

150

659

40

05 – E. M. Carmelita Arrieiro

Educação Infantil

Ensino. Fund. Anos Iniciais

1995

94

275

06 – E. M. Centro Infantil Dona Joaninha

Educação Infantil

1990

165

07 – E. M. Filomena Oliveira Leite

Educação Infantil

Ensino. Fund. Anos Iniciais

1958

43

200

42

08 – E. M. Maria Amália

Educação Infantil

Ensino. Fund. Anos Iniciais

*1948

**2002

62

435

09 – E. M. Pe. Celso de Carvalho –

CEFACS

Ensino. Fund. Anos Iniciais

Educação de Jovens e

Adultos

2002

624

72

10 –E. M. Dr. Viriato Diniz Mascarenhas

Educação Infantil

Ensino. Fund. Anos Iniciais

*1917

**2002

126

496

11 – E. M. Dr. Viriato Mascarenhas

Gonzaga – CAIC

Educação Infantil

Ensino Fund. Anos Iniciais

1994

296

973

12 – E. M. Pré-Escolar Criança Feliz

Educação Infantil

1991

72

45

13 – E. M.Pré-Escolar Pequeno Universo –

CSU

Educação Infantil

1979

74

177

Fonte: Secretaria Municipal de Educação

Legenda:

*Ano de Fundação / **Ano de Municipalização

Quadro - 8

EDUCAÇÃO INFANTIL – ENSINO FUNDAMENTAL – EJA – REDE MUNICIPAL

ZONA RURAL

ESCOLA MUNICIPAL

MODALIDADE

DE

ENSINO

ANO DE

FUNDAÇÃO

MATRIC.

2015

01 – E. M.Antônio Teixeira Guimarães

Educação Infantil

Ensino Fundamental Anos Iniciais

1948

2

21

02 –E. M. Dona Fininha

Educação Infantil

Ensino Fundamental Anos Iniciais

1941

6

22

03 – E. M. Cel. Modestino Carlos da

Fonseca

Educação Infantil

Ensino Fundamental Anos Iniciais

6

30

04 – E.M.Getúlio Diniz Vale

Educação Infantil

Ensino Fundamental Anos Iniciais

1940

8

32

05 – E. M. Guimarães Rosa

Educação Infantil

Ensino Fundamental Anos Iniciais

1943

3

13

06 – E. M. João Batista

Educação Infantil

Ensino Fundamental Anos Iniciais

1949

22

108

43

07 – E. M. Serafim José Maia

Educação Infantil

Ensino Fundamental Anos Iniciais

1991

130

374

08 – Pré-Escolar Abelhinha Sabida Educação Infantil 25

09– Pré – Escolar Mundo Mágico Educação Infantil 29

Fonte: Secretaria Municipal de Educação

O Município de Curvelo conta ainda com várias Escolas de Língua Estrangeira, Escolas de Informática, assim

como com Cursos periódicos preparatórios para Concursos Públicos.

O atendimento às creches fica a cargo do Departamento de Desenvolvimento Social e conta com crianças na

faixa etária de 0 a 3 anos, atendidas no ano de 2015.

O Município de Curvelo sedia uma das Superintendências Regionais de Ensino, Órgão da Secretaria de Estado

da Educação, sob o qual, encontram-se jurisdicionadas todas as Instituições Escolares, particulares, municipais e

estaduais dessa Esfera Administrativa.

44

Quadro- 9

Matrículas por Dependência Administrativa no Ensino Fundamental – 2014/2015

ANOS

DEPENDÊNCIA

ADMINISTRATIVA

ENSINO

FUNDAMENTAL

2014

2015

2014/2015

ESTADUAL

Anos Iniciais

169 104

Anos Finais

4.368 3.848

MUNICIPAL

Anos Iniciais

4.965 5.129

Anos Finais 0 0

PARTICULAR

Anos Iniciais

577 595

Anos Finais 420 422

45

Quadro 10 – Evolução da Matrícula na Educação Básica nas Redes Municipal, Estadual e Particular, no período de 2010 a 2015

Ano de

Referência

Nº de

matrículas Fundamental

Municipal 1º ao 5º

Nº de

Matriculas Fundamental

Estadual 1º ao 5º

Nº de

Matrículas Fundamental

Particular 1º ao 5º

Nº de

Matrículas Fundamental

Estadual 6º ao 9º

Nº de

Matrículas Fundamental

Particular 6º ao 9º

Nº de

Matrículas Médio

Estadual

Nº de

Matrículas Médio

Particular

Nº de

Matriculas Médio

Federal

Total

2010

4.852

850

541

5.052

484

3.137

321

120

15.357

2011

5.045

540

534

4.887

463

3.315

300

214

15.298

2012

4.850

402

561

4.549

475

3.053

294

271

14.455

2013

4.853

277

555

4.314

416

3.190

254

290

14.149

2014

4.965

169

577

4.368

420

2.891

264

272

13.772

2015

5.129

104

544

3.848

422

2.578

278

302

13.205

Fonte: Inep

Quadro 11- Evolução da Matrícula na Educação de Jovens e Adultos nas Redes Municipal e Estadual de 2010 a 2015

46

Ano de

Referência

Fundamental 2

(presencial)

Estadual

Fundamental 2

(presencial)

Municipal

Médio 2

(presencial)

Estadual .

Fundamental

Estadual

(semi-presencial)

Médio

Estadual

(semi-presencial)

2010 660 117 857 181 193

2011 595 104 857 167 236

2012 522 86 719 179 207

2013 556 118 668 181 202

2014 428 143 705 151 208

2015 845 114 426 208 151

Quadro 12- Evolução da Matricula na Educação Infantil nas Redes Municipal, Estadual e Privada de 2010 a 2015

Ano de

Referência

Estadual Municipal Privada

Creche

(0 a 3 anos)

Educação Infantil Creche

(0a 3 anos)

Educação Infantil

2010 - 183 1473 655 207

2011 - 183 1618 631 203

2012 - 226 1603 689 230

2013 - 229 1602 706 243

2014 - 218 2.126 628 293

2015 - 219 1.632 615 158

2015

TOTAL GERAL:

2014 -7.234 Alunos

2015- 6.875 Alunos

47

PARTE II

NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO

EDUCAÇÃO INFANTIL

ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO MÉDIO

EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO

PROFISSIONAL

EDUCAÇÃO SUPERIOR

48

2 –NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO

2.1- EDUCAÇÃO INFANTIL

Diagnóstico.

A expansão da Educação Infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de forma crescente

nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a participação da mulher

no mercado de trabalho e as mudanças na organização e estrutura das famílias. Por outro lado,

a sociedade está mais consciente da importância das experiências na primeira infância, o que

motiva demandas por uma educação institucional para crianças de zero a cinco anos.

Reafirmando essas mudanças, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº

9.394, promulgada em dezembro de 1996, estabelece de forma incisiva o vínculo entre o

atendimento às crianças de zero a cinco anos e a educação. Aparecem, ao longo do texto,

diversas referências específicas à educação infantil.

A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da Educação Básica (título V, capítulo

II, seção II, art. 29), tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco

anos de idade. O texto legal marca ainda a complementaridade entre as instituições de

educação infantil e a família.

Considerando-se as especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das crianças

de zero a cinco anos, a qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o

exercício da cidadania devem estar embasadas nos seguintes princípios:

• O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças

individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.;

• O direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação

e comunicação infantil;

• O acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento

das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à

ética e à estética;

• A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas

práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma;

• O atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de

sua identidade.

49

Quadro- 13

Evolução da Matrícula da Educação Infantil nas Escolas da Rede Municipal de Curvelo,

no período de 2014 a 2015.

A Rede Municipal de Educação de Curvelo na perspectiva da Educação Infantil tem como

objetivo, assegurar a matrícula escolar de alunos de 3 a 5 anos, orientando as escolas da rede

municipal para garantir a participação, a aprendizagem e continuidade nos níveis mais

elevados de ensino; a participação da família e da comunidade, e mobiliário para as salas de

aula. Promovendo assim, o desenvolvimento integral e o processo de aprendizagem,

ampliando suas perspectivas educacionais, sociais e culturais, bem como a melhoria da

qualidade de vida pessoal e familiar, onde buscamos promover o desenvolvimento pleno do

ser humano nas suas mais diversas competências nos primeiros anos de vida escolar. Aqui

começa nosso trabalho percebendo a necessidade de apoiar e incentivar as habilidades e os

valores inerentes à criança pequena, respeitando sempre sua individualidade.

Diante do exposto o município trabalha com o objetivo de garantir que o aluno da Educação

Infantil desenvolva as seguintes habilidades;

Desenvolver uma imagem positiva de si;

Descobrir e conhecer progressivamente seu corpo;

Estabelecer vínculos afetivos e trocas com adultos e crianças;

Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais;

Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade;

Brincar expressando sentimentos, emoções, pensamentos desejos e necessidade;

2014 1º Período 2º Período Total de turmas

94 Nº de Turmas 38 56

Nº de Alunos

801

1.325

Total de alunos

2.126

2015 Total

Nº de Turmas 37 44 81

Nº de Alunos 711 921 1632

50

2.2 - ENSINO FUNDAMENTAL

Diagnóstico

O Ensino Fundamental é um dos níveis da Educação Básica no Brasil. O Ensino

Fundamental é obrigatório, gratuito (nas escolas públicas), e atende crianças a partir dos 6

anos de idade.

O objetivo do Ensino Fundamental Brasileiro é a formação básica do cidadão. Para isso,

segundo o artigo 32 da LDB, é necessário:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio

da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e

dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, passou a ser de 9

anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9395/96) foi alterada em seus artigos 29,

30, 32 e 87, através da Lei Ordinária 11.274/2006, e ampliou a duração do Ensino

Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo para implementação da Lei pelos

sistemas de ensino, o ano de 2010.

Atendendo a legislação vigente o município de Curvelo passa a atender as crianças a partir

de seis anos de idade, no Ensino Fundamental Anos Iniciais, conforme quadro abaixo:

Quadro - 14

51

Evolução da Matrícula do Ensino Fundamental, das Escolas da Rede Municipal de

Curvelo, no período de 2014 a 2015.

O currículo para o Ensino Fundamental Brasileiro tem uma Base Nacional Comum, que deve

ser complementada por cada sistema de ensino, de acordo com as características regionais e

sociais, desde que obedeçam as seguintes diretrizes:

I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos,

de respeito ao bem comum e à ordem democrática;

II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;

III - orientação para o trabalho;

IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. (ART.

27º, LDB 9394/96)

A responsabilidade pela matrícula das crianças, obrigatoriamente aos 6 anos de idade, é dos

pais. É dever da escola, tornar público o período de matrícula.

Além da LDB, o Ensino Fundamental é regrado por outros documentos, como as Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano Nacional de Educação (Lei nº

10.172/2001), os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) e as

legislações de cada sistema de ensino.

A Prefeitura Municipal de Curvelo, junto com a Secretaria Municipal de Educação, atende

hoje: 13 (treze) escolas na Zona Urbana e 9 ( nove) na Zona Rural nas seguintes modalidades

de ensino: Creche, Educação Infantil ao Ensino Fundamental Anos Iniciais (1º ao 5º ano),

EJA ( Educação de Jovens e Adultos) com um total de: 7.639 alunos.

Programas Municipais de Educação

2014

Nº Turmas

1º Ano

43

2º Ano

39

3º Ano

42

4º Ano

40

5º Ano

48

Total de turmas

212

Nº Alunos

950

932

946

971

1.166

Total de alunos

4.965

2015

Nº Turmas

53

41

42

38

41

Total de turmas

215

Nº Alunos

1.302

954

1.021

866

986

Total de alunos

5.129

52

PIP (Programa de Intervenção Pedagógica)

O PIP municipal é uma parceria entre os municípios e o estado para garantir que todas as

crianças estejam lendo e escrevendo até os 8(oito) anos de idade.

E consequentemente alcance as metas recomendadas pelas avaliações externas.

Funcionamento:

A Equipe Pedagógica, visita as escolas realizando as seguintes atividades:

Orientação e apoio aos professores;

Análise dos resultados do PROALFA, com diretores, especialistas e professores;

Elaboração conjunta com Equipe da Escola de um Plano de Ação, com o objetivo de

recuperar alunos que estão abaixo do nível recomendado.

Aulas de reforço em Língua Portuguesa e Matemática, com professor recuperador;

Avaliações diagnósticas a cada 15 dias, para detectar avanços;

Adesão as avaliações externas.

Avaliações Externas:

Recurso usado pela Secretaria de Estado de Educação (SIMAVE – Sistema Mineiro de

Avaliação), que visa medir a proficiência média de cada município e de cada escola,

possibilitando aos mesmos intervir onde for necessário.

PROALFA: (Programa de Avaliação da Alfabetização) verifica os níveis de alfabetização

alcançados pelos alunos dos anos iniciais de Ensino fundamental, da rede pública, sendo

censitária no 3º ano. Os resultados dessa avaliação são usados para embasar as intervenções

necessárias no processo alfabetização/letramento dos alunos.

Programas para atender pessoas que necessitam de Educação Especial

Salas de AEE ( Atendimento Educacional Especializado)

O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola, é

oferecida a todos os estudantes que delas se beneficiem, sem prejuízo das atividades em sala

de aula comum e do atendimento educacional especializado, caso o estudante seja público

alvo da educação especial. (cada aluno tem sua ficha, com o cronograma de atendimento).

A Rede Municipal de Educação de Curvelo na perspectiva da Educação Inclusiva tem como

objetivo, assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiências e transtornos globais do

desenvolvimento, nas turmas comuns do ensino regular, orientando as escolas da rede

53

municipal para garantir a participação, a aprendizagem e continuidade nos níveis mais

elevados de ensino; a participação da família e da comunidade, a acessibilidade arquitetônica,

o transporte escolar e mobiliário para as salas de AEE. Promovendo assim, o desenvolvimento

integral e o processo de aprendizagem, ampliando suas perspectivas educacionais, sociais e

culturais, bem como a melhoria da qualidade de vida pessoal e familiar.

2.3 – ENSINO MÉDIO

Diagnóstico

A matrícula no Ensino Médio, no município é atendida pelas Redes : Estadual, Particular e

Federal. Cabendo a Rede estadual o maior efetivo da matrícula, no ano de 2015, com 2.578

alunos, a Rede Particular com 278 alunos e a Rede Federal com 302.

2.4 – EDUCAÇÃO ESPECIAL/ INCLUSIVA

Diagnóstico

A Educação Inclusiva no município de Curvelo, funciona com uma ação política, cultural,

social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos,

aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A Educação Inclusiva

constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que

conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de

equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro

e fora da escola. Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas na Rede Municipal de Ensino

evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para

superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade

contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. Nesta perspectiva, o

município de Curvelo vem gradativamente ocupando seus espaços.

Atualmente, contamos com salas de AEE na maioria das escolas da zona urbana da Rede

Municipal de Educação.

Trabalhamos com uma política de Inclusão conforme quadro abaixo.

Quadro 15 -

Institucionalização do AEE

na Rede Municipal.

Regimento Escolar, Projeto Político

Pedagógico, Plano de Ação.

Profissionais que atuam no

AEE

Professor de ensino comum, professor de apoio,

intérprete e monitor.

54

Ofertas do AEE Na própria escola.

Atuação do professor de

AEE

- O professor de AEE, faz o seu planejamento

de forma flexível, para oportunizar

modificações efetivas, sem contudo, minimizar

a qualidade de sua aula, considerando cada

característica especifica de aprendizagem,

passando por ações práticas na realização da

aula, buscando metodologias, estratégias e

recursos condizentes com as necessidades

individuais.

-O professor de apoio, presta auxilio

individualizado aos alunos que não realizam

atividades com independência, trabalha de

forma articulada com o professor do aluno e da

sala comum.

- As atividades do professor tradutor e

interprete de Libras seguem regulamentação

própria.

Estratégias Pedagógicas

adotadas pelas escolas

Os planos de aulas são adaptados às

necessidades dos alunos, com uma didática

provocativa que estimule a sequência lógica do

pensamento. São oferecidas também, opções

curriculares que se adaptem às crianças com

capacidade e interesses diferentes, observando-

se as habilidades sociais, práticas e intelectuais

e também a Base Nacional Comum,

proporcionando condições adequadas e

favoráveis ao desenvolvimento nas dimensões

emocional, cognitiva e social.

Acessibilidade nos diversos

ambientes e contextos

As escolas estão passando por um processo de

adaptação do espaço físico interno e externo

para atender crianças com NEE, conforme

normas de acessibilidade.

Análise

Análise das barreiras identificadas e da organização dos serviços da rede de ensino.

Arquitetônicas: A Rede Municipal está em processo de adaptação das escolas regulares, para

atender às necessidades dos diferentes alunos, o espaço escolar está sendo preparado de forma

a receber o aluno, oferecendo condições próprias para o seu aprendizado. (está em processo

de viabilização, banheiros e vias de acesso, sinalização táctil e visual) já estão pronto rampas

de acesso, corrimões).

Atitudinal: As escolas da Rede Municipal trabalham com a prevenção e eliminação de

preconceitos, estigmas, estereótipos, discriminações, com a criação de ambientes inclusivos,

55

onde todos aprendem a conviver com as diferenças e passam a respeitar uns aos outros,

reestruturando a escola tradicional e introduzindo novos métodos de ensino, novos objetivos.

Trabalha também com a boa relação escola/comunidade, porque a vida do aluno não é só na

escola, mas também fora dela.

Metodológica:O município está buscando em sua rede de ensino, a adequação de técnicas,

teorias, abordagens e métodos.

Ações de formação por parte dos professores e dos restantes profissionais implicados neste

processo de interação.

Trabalhar com os pais para que os mesmos apresentem interesse pela educação do aluno.

2.5 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

Diagnóstico

A EJA, atualmente reconhecida pela Legislação Educacional, enquanto modalidade de ensino

foi predominantemente marcada desde 1940 por campanhas de alfabetização consolidando-se

como assunto de política nacional, por força da Constituição de 1934 que estabeleceu a

obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário para todos. Este novo período na educação

de adultos caracterizou-se por intensa preocupação na condução metodológica e de inovações

importantes nesse campo; pelo destaque da reflexão sobre o social no pensamento pedagógico

brasileiro e pelos esforços realizados pelos mais diversos grupos, em favor da educação da

população adulta para a participação na vida política do país.

Apesar das profundas transformações que ocorreram e estão ocorrendo nas políticas

educacionais, a Rede Municipal de Educação de Curvelo procura inserir a escola nesse novo

contexto, significa pensar na necessidade de rever continuamente o já sabido, reorganizando

em novas bases todo o saber acumulado, a fim de potencializar a aprendizagem de forma

significativa, analisando o papel dos professores da EJA, suas práticas pedagógicas, seus

modos próprios de reinventar a didática cotidiana, desafiando-os a novas buscas e conquistas.

Tendo em vista os objetivos Nacionais da Educação de Jovens e Adultos, a Rede Municipal

tem como objetivo:

- Oportunizar aos jovens, adultos, idosos, pessoas com deficiência, e jovens fora da faixa

etária da escolaridade regular, a conclusão e continuidade de estudos;

- Priorizar a formação integral voltada para o desenvolvimento de capacidades e competências

adequadas, para que todos possam enfrentar, no marco do desenvolvimento sustentável, as

novas transformações científicas e tecnológicas e seu impacto na vida social e cultural;

56

- Contribuir para a formação de cidadãos democráticos, mediante o ensino dos direitos

humanos, o incentivo à participação social ativa e crítica, o estímulo à solução pacífica de

conflitos e a erradicação dos preconceitos culturais e da discriminação, por meio de uma

educação de qualidade.

A Rede Municipal considera o perfil dos alunos e sua faixa etária assegurando:

• Equidade: distribuição específica dos componentes curriculares, a fim de propiciar um

patamar igualitário de formação e restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades em

face do direito à educação;

• Diferença: identificação e reconhecimento da alteridade própria e inseparável dos jovens

e dos adultos em seu processo formativo, da valorização do mérito de cada um e do

desenvolvimento de seus conhecimentos e valores.

2.5.1 - PÚBLICO ALVO

O público alvo da EJA é caracterizado por jovens com 15 anos completos (Ensino

Fundamental) e 18 anos completos (Ensino Médio), adultos e idosos, pessoas com deficiência,

que não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria, aos educandos jovens,

adultos e idosos, como sujeitos de conhecimento e aprendizagem, de sua história e condição

socioeconômica, sua posição nas relações de poder, sua diversidade étnico-racial, territorial,

geracional e cultural, dentre outras.

Quadro -16

Evolução da Matrícula da Educação de Jovens e Adultos nas Escolas da Rede Municipal

de Curvelo, no período de 2014 a 2015

2014 1º Período 2º Período 3º Período 4º Período Total de turmas

57

2.6 - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Diagnóstico

A Educação Profissional e Tecnológica constitui uma das dimensões que melhor evidencia

as inter-relações do sistema educativo e de outros sistemas sociais. A consideração de tais

inter-relações vem sendo dominada pela atitude que as equaciona, colocando num dos termos

o sistema educativo e no outro o sistema econômico. A questão não é acadêmica, é política.

Diz respeito às finalidades estratégicas. Os que interrogam esta modernização econômica

esquecem-se, via de regra, de questionar esta modernização do ponto de vista do

desenvolvimento social, no sentido mais amplo do conceito. E é da perspectiva deste

desenvolvimento que devemos considerar e intervir no sistema educativo. No município de

Curvelo, temos poucas escolas de nível profissionalizante, buscamos estratégias de política

educativa que podem explorar as margens de autonomia do sistema educativo, aumentando

gradativamente o número de escolas, reforçando a idéia de que a educação profissional e

tecnológica tem de ter, necessariamente, a intencionalidade estratégica do desenvolvimento,

preparando os educandos para o mercado de trabalho.

2.7- ENSINO SUPERIOR

Diagnóstico

O ensino universitário é orientado por uma constante perspectiva de investigação e de criação

do saber. Visa assegurar uma sólida preparação científica e cultural e proporcionar uma

Nº de

Turmas

3

3 3 3 12

Nº de

Alunos

37

41

35

30

Total de alunos

143

2015

Nº de

Turmas

2 2 2 2 08

Nº de

Alunos

19

33

32

30

114

58

formação técnica que habilite para o exercício de atividades profissionais e culturais e

fomente as capacidades de concepção, de inovação e de análise crítica.

As tendências de mudanças na economia mundial colocam a educação em posição de

extrema importância.

A oferta de Ensino Superior conforme exposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional, nº 9.394/96, é de competência do Poder Público Federal. No entanto o município

de Curvelo, reconhece seu papel e participação nessa modalidade de ensino, reconhece este

fato e age no sentido de implementar medidas que garantam uma adequação maior do ensino

às exigências da realidade atual. Considera como definitivo que o ensino em geral ocupa

posição privilegiada entre as formas de viabilizar o desenvolvimento do Município e,

especialmente o Ensino Superior, que é capaz de gerar, ao mesmo tempo, o aprimoramento na

qualificação profissional e tecnológica, bem como promover mudanças significativas nos

outros níveis de ensino, já que é através do Ensino Superior que se forma a geração dos

educadores do Ensino Fundamental e Médio.

Abaixo, apresenta-se a situação atual das Instituições Educacionais de Curvelo em 2015,

ano de aprovação deste PME.

Quadro - 17

INSTITUIÇÃO

CURSOS

ADMINISTRADOS

01 – Faculdade de Ciências Administrativas de

Curvelo

Administração

Direito

Ciências Contábeis

03 – FACIC – Faculdade de Ciências

Humanas

Enfermagem

Curso Técnico

04 – UNOPAR – Universidade Norte do

Paraná

Graduação e Pós Graduação

05 – CEFET Graduação

Curso Técnico

PARTE III

TEMAS ESPECIAIS

59

1 - INDICADORES DE QUALIDADE

2 - GESTÃO E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

3 - DESPESAS COM A EDUCAÇÃO

PARTE III

3. TEMAS ESPECIAIS

3.1 - INDICADORES DE QUALIDADE

Aprendizado dos alunos: Curvelo

Com base nos resultados da Prova Brasil 2013, é possível calcular a proporção de alunos com

aprendizado adequado à sua etapa escolar

60

Português, 5º ano

59% É a proporção de alunos que aprenderam o adequado na competência de leitura e

interpretação de textos até o 5º ano na Rede Municipal de Ensino.

Dos 982 alunos, 578 demonstraram o aprendizado adequado.

Matemática, 5º ano

58% É a proporção de alunos que aprenderam o adequado na competência de resolução de

problemas até o 5º ano na rede municipal de ensino.

Dos 982 alunos, 565 demonstraram o aprendizado adequado.

Referência Essa é a proporção de alunos que deve aprender o adequado até 2022, segundo o

movimento Todos Pela Educação.

70%

Legenda:

Fonte: Prova Brasil 2013, Inep. Organizado por Meritt. Classificação não oficial.

61

Curvelo – Escolas Municipais – Evolução do 5º Ano – Língua

Portuguesa.

2009

50%

+7pontos percentuais

2011

57%

+2pontos percentuais

2013

59%

Brasil

2009

30%

+5pontos percentuais

2011

35%

+3pontos percentuais

2013

38%

62

Minas Gerais

2009

45%

+5pontos percentuais

2011

50%

+3pontos percentuais

2013

53%

– 5º ANO - MATEMÁTICA

2009

52%

+1pontos percentuais

2011

53%

+5pontos percentuais

2013

58%

63

Brasil

2009

28%

+3pontos percentuais

2011

31%

+1pontos percentuais

2013

32%

Minas Gerais

2009

47%

+2pontos percentuais

2011

49%

0pontos percentuais

2013

49%

IDEB – Resultados e Metas

ESTADO: Minas Gerais

64

Quadro -18

MUNICÍPIO: Curvelo

Quadro 19 -

Conclusão: O maior desafioda Rede Municipal de Curvelo , é garantir a qualidade de ensino,

para isso o mesmo tem se empenhado na qualificação do profissional de educação, através de

cursos e capacitações, promovidos em parceria com a Superintendência Regional de Ensino.

Em relação a qualidade dos serviços prestados, o município vem se empenhando em

melhorar os rendimentos dos educandos. Em consequência da qualidade o município tem

como prioridade :

- Elevar as taxas de aprovação, assegurando ao aluno o pleno exercício da cidadania e

garantindo a permanência do aluno na escola.

Os dados acima descritos, reafirma o compromisso do município de Curvelo como uma

educação de qualidade, pois observamos um aumento gradativo na evolução da

aprendizagem.

Analisando os resultados, percebemos que em Lingua Portuguesa, o município em 2009,

apresentava um índice de 50%, sendo que em 2013, subiu 9 pontos percentuais, alcançando a

meta de 59%.

Em Matemática, em 2009, apresentava um índice de 52%, sendo que em 2013, subiu 6

pontos percentuais, alcançando a meta de 58%.

PROALFA - Verifica os níveis de alfabetização alcançados pelos alunos dos anos iniciais do

Ensino Fundamental, da rede pública, sendo censitária no 3º ano. Os resultados dessa

Ideb Observado Metas Projetadas

Rede Estadual

4ª Série/5º ano

2007

2009

2011

2013

2007

2009

2011

2013

2015

2017

2019

2021

4.9 5.8 6.0 6.2 5.0 5.3 5.7 5.9 6.2 6.4 6.6 6.8

Ideb Observado Metas Projetadas

Rede

Municipal de

Curvelo

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

4.6 5.2 5.9 6.2 4.0 4.4 4.8 5.0 5.3 5.6 5.9 6.1

65

avaliação são usados para embasar as intervenções necessárias no processo

alfabetização/letramento dos alunos.

As metas projetadas para a Rede Municipal de Curvelo são:

Meta 2013 Meta 2014 Meta 2015 Meta 2016

A média da Rede Municipal de Curvelo em 2013 foi de 593,8

Percentual dos alunos no nível recomendado da Rede Municipal de Curvelo

Meta 2013 Meta 2014 Meta 2015 Meta 2016

O percentual de alunos no nível recomendado da Rede Municipal de Curvelo em 2013, foi de 87,1

Estes resultados são consequências de um trabalho desenvolvido pelas equipes das Escolas

Municipais, equipe da Secretaria Municipal de Educação e equipe da Superintendência

Regional de Ensino.

Passos importantes e significativos foram dados na direção de uma melhor educação, mas

há ainda muito a ser feito no sentido de assegurar a universalização da oferta e uma educação

de qualidade.

3.2 - GESTÃO E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE CURVELO

581 591 600 610

80,5 82,7 85,0 87,4

66

A Rede Municipal de Educação vem priorizar uma das mais fortes e atuais condições

de nossas ações democráticas em prol da transparência do processo administrativo e da

valorização do magistério.

Atuando sempre no sentido de:

Valorizar os profissionais do Magistério, zelando pela aplicação do Plano de Carreira e

pela permanente formação continuada de professores, diretores e especialistas;

Garantir uma gestão que permeie não só a transparência do conjunto como também a

interligação das ações e suas efetivas conquistas;

Cumprir sua função social atuando em parceria com o Conselho de Acompanhamento

e Controle Social do FUNDEB.

VALORIZAÇÃO E FORMAÇÃO DO PESSOAL DO MAGISTÉRIO

Quadro - 20

Funções Docentes existentes na Rede Municipal de Ensino/2015

ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO REGIME DE TRABALHO

Efetivos Contratados Total

Educação Infantil (Creche) ___ ___ ___

Educação Infantil (Pré-escola) 62 40 102

Ensino Fundamental (1º ao 5º) 238 128 366

Ensino Fundamental (6º ao 9º) ------ ------ ------

Ensino Médio ------ ------ ------

Educação de Jovens e Adultos 6 ------ 6

Ensino Profissionalizante ------ ------- -------

TOTAL 306 168 474

Fonte: SME

Quadro – 21

Tabela Pessoal Não Docente da Rede Municipal de Ensino – 2015

67

FUNÇOES

REGIME DE TRABALHO

Efetivos Contratados TOTAL

Diretor 19 ____ 19

Vice- Diretor 10 ____ 10

Supervisor 25 13 38

Orientador ____ ____ ____

Técnico Administrativo ____ ____ ____

Serviços Gerais 161 90 251

TOTAL 215 103 318

Fonte: SME

Quadro - 22

Cargos e Salários do Quadro de Magistério da Rede Municipal de Ensino 2015.

CARGO

PISO INICIAL (R$)

Professor 1.135,22

Diretor 2.570,45

Supervisor 1.929,49

Orientador

Auxiliar de Serviços 788,00 + 30%

Fonte: SME

3.3 - DESPESAS COM A EDUCAÇÃO

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos

Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica.. Substituto do Fundo de

68

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

(Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o Fundeb está em vigor desde janeiro de 2007 e se

estenderá até 2020.

A destinação dos investimentos é feita de acordo com o número de alunos da educação básica,

com base em dados do censo escolar do ano anterior. O acompanhamento e o controle social

sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitos em

escalas federal, estadual e municipal por conselhos criados especificamente para esse fim.

O Ministério da Educação promove a capacitação dos integrantes dos conselhos.

Os recursos do Fundeb destinam-se ao financiamento de ações de manutenção e

desenvolvimento da educação básica pública

No município de Curvelo as receitas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da

Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, são

destinadas aos profissionais do magistério e outros, conforme o quadro a seguir:

Quadro -23

Dados Financeiros do Município – 2014

ESPECIFICAÇÃO DA DESPESA

Educação (25% ou mais) 26,10%

Ensino Fundamental 4.557.981,21

Transporte Escolar 259.900,05

Educação Infantil

1º e 2º Período

1.342.880,98

Total 7.455.275,82

Nº total de alunos em 2014 7.234

Custo/aluno/ano R$ 1.030,59

Custo/aluno/mês R$ 85,88

Fonte: Orçamento Municipal

PARTE IV

69

METAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS

META 1-

EDUCAÇÃO INFANTIL:

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até

2020, a oferta de Educação Infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.

Estratégias

70

1.1 -Definir, padrões básicos de atendimento da Educação Infantil relacionados com a

infraestrutura física, o mobiliário, os equipamentos, os recursos didáticos, o número de alunos

por turma como rege a resolução nº 02/2011 do Conselho Estadual de Educação - CEE, a

gestão escolar e os recursos humanos indispensáveis à forma de uma educação de qualidade.

1.2 - Estabelecer em até dois anos, mediante discussão com os profissionais da educação, as

habilidades e competências a serem adquiridas pelos alunos e as metas a serem alcançadas

pelos professores em cada ano escolar, a fim de garantir o progresso do aluno.

1.3 -Desenvolver formas de capacitação para os profissionais da Educação Infantil, com

políticas de incentivo, articulando teoria/prática para estes profissionais.

1.4 - Garantir a oferta da Educação Infantil, atendendo toda demanda existente no município,

ampliando a mesma, conforme a necessidade, com ampliação da rede física uma vez que o

município já atende 100% da população de quatro a cinco anos de idade.

1.5 -Estabelecer, a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, parâmetros de qualidades

dos serviços de Educação Infantil, como referência para orientação, acompanhamento e

avaliação.

1.6 – Estimular, fomentar, partilhar em fóruns específicos para a Educação Infantil,

proporcionando sensibilização Escola/Família sobre a importância da 1ª etapa da Educação

Básica.

1.7 – Ampliar o regime de colaboração constante entre órgãos, entidades sem fins lucrativos,

associações e demais setores afins, proporcionando pleno envolvimento e engajamento social.

1.8 – Cumprir com a Política Nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação

Infantil- DCNEI, Programa e Projetos favorecedores do processo educacional das crianças.

1.9 – Continuar inserido no processo formativo da criança, elementos favorecedores da

cultura da paz, do campo artístico e estético, do cuidado com o meio ambiente, da sociedade

da ética e da justiça.

1.10 – Aderir a Programas de capacitação nas esferas: Municipal, federal e Estadual, com

fundo previsto no orçamento.

1.11 – capacitação Anual dos profissionais destinados ao trabalho com crianças de 0 (zero) à

3 (três) anos.

META 2 -

71

ENSINO FUNDAMENTAL

Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos, e

garantir que 100% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último

ano de vigência desse PME.

Estratégias

2.1- Regularizar o fluxo escolar, buscando manter a redução já existente com pretensão a

redução de 2% ao ano, a partir da vigência deste PME, com foco nas taxas de repetência,

evasão, abandono e distorção idade/série, através de programas de aceleração da

aprendizagem e recuperação, garantindo efetiva aprendizagem aos alunos com menor

desempenho escolar.

2.2 - Assegurar, que a partir do primeiro ano de Vigência deste Plano, todas as Instituições de

Ensino Fundamental, inclusive as particulares, estejam executando os seus Projetos Político-

Pedagógicos.

2.3- Continuar assegurando, a partir do 1º ano de vigência deste PME, o serviço de transporte

escolar a todos os alunos que dele necessitarem, negociando com o Estado a melhor parceria

procurando reduzir os custos para o Município.

2.4- Elevar progressivamente o nível de desempenho dos alunos em pelo menos 3% ao ano,

até o final da década, a partir do 1º ano de implementação deste PME, mantendo a

participação da Rede Municipal de Ensino no Programa Estadual de Avaliação Externa.

2.5- Prover as escolhas de livros didáticos, material pedagógico, de apoio ao professor,

ampliando em 70% o acervo das bibliotecas escolares até o final da década.

2.6- Garantir que a educação física seja ministrada nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,

nos estabelecimentos da rede municipal, por professores habilitados, conforme o projeto

pedagógico adotado.

2.7- Universalizar, até o final da década, em articulação com as áreas de saúde e de assistência

social, com as instituições de ensino superior e com os Municípios, a aplicação dos exames de

acuidade visual e auditiva e a avaliação postural, funcional, nutricional e cognitiva dos alunos

da rede municipal de educação.

2.8- Implantar, em 50% (cinquenta por cento) das escolas de Ensino Fundamental,

prioritariamente nas áreas de maior vulnerabilidade social, padrões básicos de atendimento

relativos à infraestrutura, ao mobiliário, aos equipamentos, aos recursos didáticos, à gestão

escolar, ao número de alunos por turmas e aos recursos humanos, em até cinco anos, e em

100% (cem por cento) das escolas, em até dez anos.

2.9- Ampliar progressivamente o número de escolas públicas municipais que desenvolvam

projetos sociais, esportivos, culturais e de lazer, em horário extraturno e nos finais de semana,

priorizando as regiões de maior vulnerabilidade social.

2.10- Garantir a participação de todas as escolas da Rede Municipal em Programas Nacionais

e Estaduais de Avaliação Educacional.

72

2.11- Garantir, em até dois anos, que todos os alunos matriculados no terceiro ano do ensino

fundamental saibam ler e escrever.

2.12- Implementar a partir do 1º ano de vigência deste Plano, Programas Especiais de

Alfabetização, visando atender alunos não-alfabetizados, que se encontram matriculados no

Ensino Fundamental.

2.13- Aumentar para 95% (noventa e cinco por cento), em até cinco anos, o percentual de

alunos do 5º ano com desempenho acima do nível recomendado em Língua Portuguesa e

Matemática, com base em resultados do Programa de Avaliação da Rede Pública da Educação

Básica – PROEB.

2.14- Reduzir a taxa de distorção idade-ano nos anos iniciais em até dois anos em 100% (cem

por cento).

2.15- Reduzir a taxa de abandono no ensino fundamental para 2% (dois por cento), em até

cinco anos, e para 1% (um por cento), em até 10 anos.

2.16- Incluir no currículo da Rede Municipal de Ensino, a obrigatoriedade da temática

“História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, em cumprimento a Lei Federal nº 11. 645,

como também a 10.639/2003 Afro-Descendente e Africana como parte complementar de todo

contexto.

2.17- Acompanhar e buscar apoio nas ações estabelecidas pelo PAR – Plano de Ações

Articuladas, mediante as responsabilidades estabelecidas.

2.18- Fortalecer o monitoramento do acesso e da permanência do aluno na escola por parte

dos beneficiários dos programas de transferência de renda, intensificando o motivo de

ausência e baixa frequência , garantindo apoio à aprendizagem.

META 3

ENSINO MÉDIO.

Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e

elevar, até o final de período de vigência deste plano, a taxa líquida de matrículas no ensino

médio para 85%.

73

Estratégias

3.1 - Negociar com a SEE a partir do primeiro ano de vigência do PME a:

Universalização do atendimento da demanda deste nível de ensino;

Implementação de cursos de habilitação profissional;

Elaboração de padrões mínimos de infra-estrutura para o ensino médio, compatíveis

com a realidade local.

3.2- Assegurar junto ao Estado o desenvolvimento de ações que visem garantir o

aproveitamento dos alunos do ensino médio de forma a atingir, no prazo de dois anos, níveis

satisfatórios de desempenho definidos pelo Sistema Estadual e Nacional de Avaliação e pelo

Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

3.3- Solicitar do Estado o estudo das causas de reprovação e abandono dos alunos do Ensino

Médio, adotando medidas corretivas que elevem a qualidade e eficácia do ensino no sentido

de procurar reduzir, no Município, a partir do primeiro ano de vigência deste PDME, em 10%

ao ano, a taxa de repetência, abandono e evasão.

3.4- Solicitar à SEE, que articule, a partir do 2º ano de implementação deste PDME, com as

Escolas responsáveis por esta modalidade de ensino, uma revisão da organização curricular

didático-pedagógica e administrativa do ensino noturno, de forma a adequá-lo às necessidades

do aluno trabalhador, sem prejuízo da qualidade de ensino. .

3.5 -Fomentar a expansão da oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica

de nível médio por parte das entidades privadas de formação profissional vinculadas ao

sistema sindical, de forma concomitante ao ensino médio público

3.6 -Estimular a expansão do estágio para estudantes da educação profissional técnica de nível

médio e do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao

itinerário formativo do estudante, visando ao aprendizado de competências próprias da

atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento do estudante para a

vida cidadã e para o trabalho.

META 4

EDUCAÇÃO ESPECIAL/ INCLUSIVA

Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com

deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na

rede regular de ensino, garantindo o atendimento educacional especializado em salas de

recursos multifuncionais.

74

Estratégias

4.1 - Organizar no prazo de 02 anos, após a implantação deste plano, um banco de dados que

contemple a demanda real de atendimento de alunos com necessidades educacionais

especiais.

4.2 -Continuar apoiando e propondo programas para equipar adequadamente, a partir da

aprovação deste PME, em parceria com o Estado, União e com a iniciativa privada, as escolas

(de todos os níveis e Unidades Administrativas) que atendam educandos com necessidades

educacionais especiais, tanto com recursos materiais e pedagógicos especiais, quanto com

recursos humanos especializados, atendendo as especificidades de cada um e como determina

a legislação e ainda, com as necessárias adaptações das barreiras arquitetônicas em todas as

Unidades Escolares.

4.3 -Continuar ofertando o AEE (Atendimento Educacional Especializado, por pólo ou por

escolas, os serviços de apoio especializado para o atendimento eficaz dos alunos portadores

de necessidades educacionais especiais, a fim de se diminuir o impacto da reprovação e da

defasagem idade/série.

4.4 -Implantar, a partir do 1º ano da aprovação deste Plano, em parceria com a Secretaria

Municipal de Saúde, Assistência Social e APAE, programas destinados à ampliação do

atendimento aos educandos com necessidades especiais.

4.5 -Garantir em todas as escolas a partir do 1º ano de vigência do PME, os padrões mínimos

de infra-estrutura para o atendimento aos alunos especiais.

4.6 -Assegurar que a Rede Municipal atualize com a participação dos profissionais de

educação, em até dois anos, seus projetos pedagógicos, garantindo-se sua atualização

periódica.

4.7 -Implantar programa de avaliação adequado às especificidades dos alunos da educação

especial.

4.8 -Ampliar a oferta de atendimento educacional ao aluno com deficiência nos

estabelecimentos de ensino regular, garantido a inclusão escolar.

4.9 -Criar instrumentos de divulgação de experiências bem sucedidas na formação de alunos

com deficiência.

4.10 - Apoiar iniciativas que envolvem capacitações para professores de NEE(Necessidades

Educacionais Especiais), no intuito de reforçar o trabalho já existente, privilegiando a

excelência do trabalho do atendimento prioritário.

META 5 –

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

75

Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade.

Estratégias

5.1 – Participar da Prova ANA ( Avaliação Nacional de Alfabetização) aplicada pelo Instituto

N acional de Estatística e Pesquisa (INEP), para aferir a alfabetização dos alunos,

aplicados a cada ano, bem como estimular as escolas a criarem os respectivos instrumentos de

avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os

alunos até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental.

5.2 – Selecionar e ampliar a aquisição de tecnologias educacionais para a alfabetização de

alunos, assegurando a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o

acompanhamento dos resultados pelos responsáveis.

5.3 – Assegurar, na Proposta Curricular dos órgãos competentes, os processos pedagógicos de

alfabetização nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os com as estratégias

desenvolvidas na pré escola, com qualificação e valorização de professores alfabetizadores e

com apoio pedagógico específico, afim de garantir a alfabetização plena de todos os alunos.

5.4 – Promover ações que visem a alfabetização de pessoas com deficiência, considerando as

suas especificidades, inclusive a alfabetização bilingue de pessoas surdas, sem

estabelecimento de terminalidade temporal, com maior investimento na capacitação e

formação de profissionais.

5.5 – Acompanhar de perto o resultado dos gráficos fornecidos pelo estabelecimento, a fim de

adotar medidas corretivas em tempo hábil.

5.6 – Continuar ofertando as crianças com dificuldades de aprendizagem o reforço escolar em

contra turno ou reenturmação com acompanhamento pedagógico supervisionado para garantir

a aprendizagem.

5.7 – Troca de experiências e estudo dos profissionais do município.

META 6

EDUCAÇÃO INTEGRAL

Oferecer educação em tempo integral em no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a

atender, pelo menos 25% dos alunos da Educação Básica.

Estratégias

76

6.1 – Instituir, em regime de colaboração, a partir deste PME, Programa de construção de

escolas com padrão arquitetônico e de mobiliários adequados para atendimento em tempo

integral, prioritariamente em comunidade pobres ou com crianças e adolescentes em situação

de vulnerabilidade social.

6.2 – Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola,

direcionando a expansão da jornada escola, combinado com atividades recreativas, esportivas

e culturais a medida do andamento dos processos.

6.3 – Estimular a oferta de atividades voltadas a ampliação da jornada escolar de alunos

matriculados nas escolas da rede pública de Educação Básica, por partes das entidades

privadas, de serviço social, em articulação com a Rede pública de Ensino.

6.4 – Buscar parcerias nas esferas Estadual e Federal, na implementação e manutenção das

escolas com Educação Integral.

META 7

APRENDIZADO ADEQUADO NA IDADE CERTA

Elevar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidade, com melhoria do

fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias IDEB 2015, 2017,

2019, 2021.

Quadro 24 -

MUNICÍPIO: Curvelo

Ideb Observado Metas Projetadas

Rede

Municipal

de

Curvelo

2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

4.6 5.2 5.9 6.2 4.0 4.4 4.8 5.0 5.3 5.6 5.9 6.1

Estratégias

7.1 – Assegurar a participação das escolas nos processos de avaliação da qualidade da

Educação Básica, e utilizar os resultados das avaliações nacionais nas redes de ensino, para a

melhoria das práticas pedagógicas.

7.2 – Acompanhar e divulgar os resultados pedagógicos dos indicadores do SAEB e do

IDEB, relativos às escolas, planejando, a partir dos resultados, as estratégias metodológicas

77

que assegurem a ampliação do nível de qualidade ensino, garantido a contextualização desses

resultados.

7.3 – Induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de Educação Básica, por meio

da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas,

destacando-se a atualização do PPP ( Projeto Político Pedagógico), a melhoria contínua da

qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais de educação.

7.4 – Orientar e monitorar as Unidades Escolares para que atinjam as metas do IDEB,

diminuindo a diferença entre as escolas com menores índices e a média municipal, garantindo

equidade da aprendizagem.

7.5 - A partir dos resultados das avaliações externas, construir junto à equipe pedagógica, em

parceria com a Superintendência Regional de Ensino, mecanismos de práticas pedagógicas,

que visem melhorar sistematicamente a aprendizagem dos alunos.

7.6 – garantir o acesso, a permanência e o atendimento às especialidades dos estudantes de

todo o sistema de ensino, visando a efetivação do direito à educação e a redução das

desigualdades educacionais.

7.7 – Ampliar as ações de combate a violência e ao uso de drogas nas escolas em parcerias

múltiplas com órgãos e secretarias aliados a esse tema, buscando a cultura de paz no ambiente

escolar.

7.8 – Executar o PAR – Plano de Ações Articuladas em consonância com o PME - Plano

Municipal de Educação, tendo em vista as metas estabelecidas para a Educação Básica.

META 8

ESCOLARIDADE MÉDIA

Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no

mínimo, 12 anos de estudo para a comunidade carente do município de Curvelo , bem

como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da

desigualdade educacional.

78

Estratégias

8.1 -Fomentar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos

populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade série.

8.2 – Garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos

fundamental e médio.

8.3 -Fomentar a expansão da oferta de matrículas gratuitas de educação profissional

técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de formação profissional

vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino público, para os

segmentos populacionais considerados.

8.4 – Institucionalizar e desenvolver Programas para correção de fluxo, Classificação e

Reclassificação, acompanhamento pedagógico individualizado e recuperação, bem como

priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades

dos segmentos populacionais considerados.

8.5 – Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social a busca escolar

ativa, assegurando o acompanhamento e monitoramento de acesso e permanência na

escola, bem como, identificar causas de afastamento e abandono.

META 9 –

ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO DE JOVENS E ADULTOS

Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015

e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de

analfabetismo funcional.

Estratégias

79

9.1 -Recensear e fazer o cadastramento anual, em parceria com o Sistema Estadual de

Educação, da demanda a ser atendida na Educação de Jovens e Adultos, a partir da

implantação deste Plano.

9.2 -Reduzir, a partir do 1º ano de implementação deste PME, em 10% ao ano, o

analfabetismo da população de 14 anos ou mais, objetivando atingir a população

analfabeta, desenvolvendo para isto parceria, com entidades não governamentais,

instituições privadas de ensino, fundações de ensino e outras instituições.

9.3 -Expandir gradativamente, em 10% (dez por cento) ao ano, de forma articulada com o

Estado, a partir do 1º ano de implantação do PME, a oferta de vagas na Educação de

Jovens e Adultos, garantindo as etapas correspondentes ao Ensino Fundamental e Médio a

todos que foram excluídos do processo de ensino ou os que não tiveram a oportunidade

em idade própria de frequentar a escola. Em cinco anos, 50% (cinquenta por cento) e em

dez anos, 100% ( cem por cento)da demanda potencial a ser atendida, nas duas etapas

(Fundamental e Médio) da Educação Básica.

9.4 -Elaborar, em conjunto com o Estado, a partir da aprovação do PME, Proposta

Curricular orientadora para a EJA (Fundamental e Médio) subsidiando os Projetos

Politico-Pedagógicos das escolas públicas.

9.5 -Incentivar a contínua implementação do processo de avaliação sistêmica que atenda

às especificidades da educação de jovens e adultos, considerando-se as vivências dos

educandos, a infra-estrutura das escolas e a diversidade dos projetos pedagógicos.

9.6 -Prosseguir com a implementação de projeto pedagógico com recursos didáticos e

metodologia específica para a educação de jovens e adultos, de forma a desenvolver as

habilidades e competências dos alunos, garantindo-se a oferta continuada de cursos.

9.7 -Garantir a continuidade, a partir da aprovação do PME, junto aos órgãos competentes

o compromisso de ofertar a merenda escolar aos alunos da Educação de Jovens e Adultos.

9.8 -Reduzir em até 60% (sessenta por cento) a taxa de analfabetismo, em até cinco anos,

e erradicá-lo ao final de dez anos.

META 10

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS INTEGRADA À EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL

Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de Educação de Jovens e Adultos na forma

integrada à Educação Profissional nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino

Médio.

Estratégias

80

10. 1- Manter Programa Nacional de Educação de Jovens e Adultos voltado à conclusão do

ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da

educação básica.

10.2 - Fomentar a expansão das matrículas na Educação de Jovens e Adultos de forma a

articular a formação inicial e continuada de trabalhadores e a educação profissional,

objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador.

10.3- Fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em

cursos planejados de acordo com as características e especificidades do público da educação

de jovens e adultos, inclusive na modalidade de educação a distância.

10.4- Institucionalizar programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos

voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de

jovens e adultos integrada à educação profissional.

10.5- Fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de currículos e

metodologias específicas para avaliação, formação continuada de docentes das redes públicas

que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional.

10.6 -Fomentar a diversificação curricular do ensino médio para jovens e adultos, integrando

a formação integral à preparação para o mundo do trabalho e promovendo a inter-relação

entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania,

de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequados às características de jovens e

adultos por meio de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específico e

formação continuada de professores.

10.7 – Apoiar ações de incentivo aos programas de aprendizagem, estágio e do 1º emprego

aos Jovens e Adultos junto a entidades diversas.

META 11

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Triplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, assegurando a

qualidade da oferta e pelo menos 50% ( cinquenta por cento)da expansão do segmento

público.

Estratégias

11.1 - Estabelecer, no segundo ano de vigência deste PME, em colaboração com empresários

e trabalhadores, com as escolas e com todas as instâncias do governo, uma política de

81

desenvolvimento local de cursos básicos, técnicos e superiores da Educação Profissional,

observadas a vida econômica do município e as ofertas do mercado de trabalho.

11.2 - Solicitar ao Poder Público Estadual, a partir do 2º ano de vigência deste Plano, a

criação de um Centro de Formação Profissional no Município.

11.3 - Estabelecer parcerias com os sistemas: Federal e Estadual, e a iniciativa privada, para

implantar e incentivar a oferta de Educação Profissional.

11. 4 -Fomentar a expansão da oferta de Educação Profissional Técnica de Nível Médio nas

Redes Públicas Estaduais de ensino.

11.5- Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio na

modalidade de educação a distância, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o

acesso à educação profissional pública e gratuita.

11.6- Ampliar a oferta de programas de reconhecimento de saberes para fins da certificação

profissional em nível técnico

META 12

EDUCAÇÃO SUPERIOR

Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% ( cinquenta por cento) e

a taxa líquida para 33%( trinta e três) da população de 18 a 24 anos, assegurando a

qualidade da oferta e expansão para, pelo menos 40%( quarenta por cento) das novas

matrículas , no segmento público.

Estratégias

12.1 – Compatibilizar as políticas e ações da educação superior com as expectativas e

necessidades de desenvolvimento econômico, social e cultural do estado, priorizando-se as

áreas de vulnerabilidade social.

12.2 – Ampliar as vagas de estágios supervisionados, por meio de convênios entre as

Instituições de Ensino Superior e a Rede Municipal de Educação.

12.3 - Firmar parcerias entre as Instituições de Ensino Superior e a Rede Municipal de

Educação,até o final da década, em articulação com as áreas de saúde e de assistência social, a

aplicação dos exames de acuidade visual e auditiva e a avaliação postural, funcional,

nutricional e cognitiva dos alunos da rede municipal de educação.

META 13

QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Elevar a qualidade da Educação Superior no Município

Estratégias

13.1 – Colaborar com o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Avaliação da Educação

Superior – SINAES, de que trata a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, fortalecendo as

ações de avaliação, regulação e supervisão.

82

13.2 – Colaborar com a promoção da melhoria da qualidade dos Cursos de Licenciaturas, por

meio da aplicação de instrumento próprio de avaliação aprovado pela Comissão Nacional de

Avaliação da Educação Superior ( CONAES).

13.3- Integrar às demandas e necessidades das redes de Educação Básica, de modo a permitir

aos graduandos a aquisição das qualificações necessárias a conduzir o processo pedagógico de

seus futuros estudantes.

13.4 – Promover formação geral e específica com prática didática, além da Educação para as

Relações Étnico-Raciais ( ERER), adversidade e as necessidades das pessoas com deficiência.

13.5 – Estabelecer políticas de comunicação das ações internas e externas, das IES –

Instituições de Ensino Superior, potencializando meios e formas de socializar os saberes e

fazeres produzidos nas ações de pesquisa, ensino e extensão dos professores, mestres e

doutores.

META 14

PÓS-GRADUAÇÃO

Incentivar o aumento gradual de matricula na Pós-Graduação STRICTO SENSU, a fim

de obter qualidade no ensino tanto na Educação Básica, quanto na Educação Superior.

Estratégia

14.1 – Promover em regime de colaboração com os entes federados, plano de incentivo à

participação de professores nos cursos de Pós-Graduação STRICTO SENSU na área da

Educação.

14.2 – Criar parcerias entre os entes federados, possibilitando bolsa de estudo de estudo e/ou

remuneração integral com afastamento de suas atividades para o profissional participante em

curso de formação STRICTO SENSU, durante a vigência deste Plano.

META 15

FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, que todos os professores da

Educação Básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de

licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Estratégias

15.1 – Apoiar a ampliação e divulgação das plataformas eletrônicas ( a exemplo da

Plataforma Paulo Freire), para organizar a oferta e as matrículas em curso de formação inicial

e continuada de profissionais da educação, bem como para divulgar e atualizar seus currículos

eletrônicos.

15.2 - Reconhecer as práticas de ensino e os estágios realizados nos cursos de formação de

pessoal que atua nos níveis médios e superiores, visando o trabalho sistemático de articulação

entre a formação acadêmica e as demandas da Educação Básica.

15.3 – Apoiar a implementação dos cursos e Programas especiais para assegurar formação

específica na Educação Superior.

83

15.4 –Apoiar e participar no desenvolvimento de modelos de formação docente para à

Educação Profissional, que valorizem a experiência prática, por meio da oferta nas redes

federal e estadual de Educação profissional, de cursos voltados a complementação e

certificação didático-pedagógica de profissionais experientes.

15.4 – Aprimorar as práticas dos estágios realizados nas instituições da Educação Básica e

Superior.

META 16

FORMAÇÃO CONTINUADA E PÓS-GRADUAÇÃO DE PROFESSORES

Garantir, em nível de Pós- graduação, 50% ( cinquenta por cento) dos professores da

Educação Básica até o último ano de vigência deste PME e garantir a todos os

profissionais da Educação Básica,possuam formação continuada em sua área de atuação.

Estratégias

16.1 -Promover a formação continuada de professores que atuam na Educação Infantil e nos

Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Educação Básica, desenvolvendo uma visão global e

interdisciplinar dos aspectos que norteiam uma educação integral das crianças.

16 .2 - Incentivar e possibilitar meios eficazes para que os professores da Rede Municipal de

Educação estejam em constante processo de formação ( Formação Continuada e Pós-

Graduação) contribuindo para a melhoria de sua prática docente e seus conhecimentos

profissionais.

16.3-Identificar e mapear, a partir do primeiro ano deste plano, os professores em exercício no

município, que não possuem, no mínimo, a habilitação de nível médio para o magistério, de

modo a elaborar-se, em dois anos, o dialógico da demanda de habilitação de professores e

organizar-se, em todos os sistemas de ensino, programas de formação de professores,

possibilitando-lhes a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,

em seu art. 87.

16.4- Buscar nas esferas estaduais e federais a criação de cursos de formação em nível

superior de todos os profissionais que não possuem o curso necessário para o atendimento

das necessidades do ensino, estabelecer cursos de nível médio, em instituições específicas,

que observem os princípios definidos na LDB e preparem pessoal qualificado para a

Educação Infantil, para a Educação de Jovens e Adultos e para os Anos Iniciais do Ensino

Fundamental, prevendo a continuidade dos estudos desses profissionais em nível superior.

16.5- Promover parcerias com as universidades e demais instituições formadoras para que

ofereçam no município, cursos de formação de professores, de modo a atender à demanda

local e regional por profissionais do magistério graduados em nível superior.

META 17

VALORIZAÇÃO DE PROFESSORES

84

Valorizar os profissionais do magistério da Rede Municipal a fim de equiparar seu

rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do

quarto ano de vigência deste PDE .

Estratégias

17.1 – Formação profissional que assegure o desenvolvimento do educador, enquanto

cidadão e profissional, o domínio do conhecimento específico – objeto de trabalho com os

alunos – e dos métodos pedagógicos que promovam a aprendizagem;

17.2 - Sistema de educação continuada que permita ao professor um crescimento constante

dentro de uma visão crítica e de uma perspectiva humanista do trabalho educativo;

17.3-Compromisso social e político do magistério.

17.4- Realizar um estudo em parceria com o Estado, a Rede Municipal e as Entidades

Privadas de Educação sobre a formação dos professores da Educação Infantil e Anos Iniciais

do Ensino Fundamental para a proposição de formação mínima adequada a legislação e

formação continuada em serviço.

17.5 -Instituição de programas e atividades que reconheçam o potencial do professor e que ,

estimulem a sua criatividade e proporcionem bem estar no trabalho.

17.6- Estimular as ações que promovam um ambiente de trabalho decente, a criatividade, a

produtividade, a eficiência, a economicidade e a melhoria da qualidade do serviço nas escolas.

17.7-Trabalhar coma perspectiva de preservação da saúde e integridade dos professores por

meio de ações que abrangem desde o reconhecimento, avaliação e controle da ocorrência de

potenciais agravos à saúde dos mesmos, relacionados às condições e ambiente de trabalho,

incluindo aqueles relativos à ergonomia e fatores relacionais até a implementação de ações

sócio-culturais com o incentivo a prática de esporte promovendo o bem estar do servidor.

17. 8- Somente admitir professores e demais profissionais de educação que possuam as

qualificações mínimas exigidas no art. 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

17.9 – Garantir a formação continuada e serviço específico sobre História Afro-Brasileira e

Indígena, ECA, Estatuto do Idoso, Educação para o Trânsito aos professores que atuam em

todas as áreas do conhecimento.

17.10 –Garantir a todos os profissionais do magistério os avanços trazidos pela lei do Piso,

assegurando a cooperação entre Estados, Município e União, durante a vigência deste Plano.

META 18 –

PLANO DE CARREIRA

Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais

do magistério da Rede Municipal de Educação, tomar como referência o piso salarial

85

nacional profissional, definido em Lei federal, nos termos do inciso VIII do Artigo 206 da

Constituição Federal.

Estratégias

18.1 -Garantir o cumprimento, já a partir do primeiro ano deste plano, do Plano de Carreira e

Remuneração do Magistério Público de Curvelo, elaborado e aprovado de acordo com as

determinações da Lei.

18.2. Revisar de dois em dois anos o Plano de Carreira do Magistério Publico Municipal, com

a participação da categoria, do executivo, legislativo e representante do sindicato,

fundamentado na legislação vigente, de modo a tornar a carreira mais atraente e valorizar a

formação continuada.

18.3-Garantir o cumprimento dos percentuais estabelecidos no Plano de Carreira do

Magistério Público Municipal, para os professores que atuam no Ensino Fundamental.

18. 4 -Somente admitir professores e demais profissionais de educação que possuam as

qualificações mínimas exigidas no art. 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

18.5 – Criar critérios transparentes para contratação de profissionais do Magistério.

18.6 - Garantir que na revisão dos critérios de avaliação estabelecidos no Plano de Carreira do

Magistério Público Municipal haja participação dos profissionais em Comissão específica.

META 19

GESTÃO DEMOCRÁTICA

Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da Gestão Democrática,

da Educação, associada a critérios técnicos de méritos e desempenho e à consulta pública à

comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas municipais, prevendo recursos e apoio

técnico da União para tanto.

Estratégias

19.1 - Garantir que todos participem ativamente das atividades da escola garantindo a

promoção de planejamentos participativos bem como a integração de professores e

funcionários, pais e alunos, uma vez que o planejamento participativo é fundamental para o

desenvolvimento de um trabalho pedagógico de qualidade, promovendo a expressão e

participação nas decisões.

19.2 - Garantir o cumprimento do Projeto Político Pedagógico da escola, construído

democraticamente pelos profissionais da educação, alunos e comunidade , buscando

interagir cotidianamente nos processos de constituição de novas identidades e solidariedade,

na produção e socialização de códigos e conteúdos culturais, de informações e de experiências

e em fim a consolidação das aspirações de novas formas de ação coletiva.

86

19.3 -Incorporar um repertório rico e variado de metodologias de ensino, dentre eles a

valorização do contexto histórico, político, econômico e social dos discentes . Investindo na

realidade dos alunos, facilitando aos docentes a resolução das diversidades e de necessidades

educativas dentro e fora da sala de aula.

19.4- Identificar as oportunidades apropriadas para a ação e decisão compartilhada;

19.5- Estimular a participação dos membros da comunidade escolar, através da criação dos

Colegiados Escolares.

19.6 - Estabelecer normas de trabalho em equipe e orientar a sua efetivação;

19.7 - Transformar boas ideias individuais em ideias coletivas;

19.8 - Facilitar e estimular a participação dos pais, alunos, professores e demais funcionários,

na tomada de decisão e implementação de ações;

19.9- Promover a comunicação aberta, construindo equipes participativas;

19.10- Incentivar a capacitação e desenvolvimento dos funcionários de todos da escola;

19.11-Criar um clima de confiança e receptividade nas escolas, mobilizando energia, dinamismo e

entusiasmo.

19.12- Garantir os recursos necessários para apoiar os esforços participativos;

19.13- Promover reconhecimento coletivo pela participação e pela conclusão de tarefas.

19.14- Fazer política da justiça, da imparcialidade e da boa convivência, buscando sempre

colaboradores (alunos, professores, profissionais, pedagogos e pais de alunos) sempre em busca

de solução coletiva.

19.15 – Instituir através de decreto a criação de Conselhos Escolares nas Instituições de ensino

municipal em consonância com o PAR - Plano de Ações Articuladas.

19.16 – Criar mecanismos de escolha de Diretor, tendo como base a consulta à comunidade

escolar e critérios técnicos pré estabelecidos, durante a vigência deste Plano.

META 20

FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO

Mobilizar a sociedade civil organizada para garantir a aplicação de investimento público

em Educação Pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno

bruto do país, no 5º ( quinto ano) de vigência desta Lei e, no mínimo o equivalente a 10%

(dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Estratégias

20-1- Garantir a participação da comunidade no acompanhamento e na fiscalização dos

recursos destinados à educação e, particularmente à manutenção e ao desenvolvimento no

ensino.

87

20.2- Fazer incidir a alíquota de no mínimo 25% sobre toda a receita de impostos (próprios e

transferidos)

20.3- Fortalecimento dos Conselhos Escolares (FUNDEB, CAE, CME) por meio da

efetivação de uma gestão financeira participativa e transparente, contribuindo com a

progressiva autonomia das Unidades Escolares e, desse modo, fortalecer o papel da Escola

Pública Municipal na oferta da educação básica de qualidade.

20.4-Garantir que a receita vinculada para Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE),

seja cumprida conforme determina a Legislação:

I – Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação;

II – Aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos

necessários ao ensino;

III – Uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;

IV –Levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando principalmente ao

aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;

V – Realização de atividades necessárias ao funcionamento do sistema de ensino;

VI – Amortização e custeio de operações de créditos destinadas a atender ao disposto nos

incisos deste artigo;

VII – Aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte

escolar.

VIII – Definição durante a vigência deste plano, do número máximo de alunos por turma em

todos os níveis de ensino.

20.5 - Compreender as bases de efetivação da democratização da Gestão Educacional e

Escolar (administrativa, pedagógica e financeira), destacando, entre outros mecanismos de

participação e decisão na escola, a importância do Projeto Político-Pedagógico e do e

dimensionamento do papel do Conselho Escolar.

MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME

Um plano da importância do PME (2015-2024), representa um instrumento norteador,

repleto de mecanismos de acompanhamento e avaliação que lhe dêem segurança no

prosseguimento das ações ao longo do tempo e nas diversas circunstâncias em que se

desenvolverá. Adaptações e medidas corretivas, conforme a realidade for mudando ou com o

surgimento de novas exigências, dependerão de um bom acompanhamento e de uma constante

avaliação de percurso. O “acompanhamento e avaliação”, na estrutura do Plano Municipal de

Educação, serão processuais, visto a necessidade de ocorrerem permanentemente, ao longo de

todo o processo de implementação do plano. As atividades de acompanhamento e avaliativas

devem ser feitas com a finalidade de garantir o cumprimento das metas estabelecidas para os

88

próximos 10 (dez) anos. Como o Plano é decenal, poderá haver mudanças da realidade

educacional local, levando à necessidade de se adotar medidas corretivas ou proceder a

algumas adaptações àquelas já elencadas. Nesse sentido, é indispensável a garantia de um

acompanhamento constante durante o processo de implementação do PME com avaliações

periódicas. É importante lembrar que a metodologia utilizada contemplou mecanismos de

participação bastante estimuladores e os interessados puderam manifestar – se de diversas

formas, expondo seus interesses e necessidades e dando contribuições relevantes. Esse plano

ao ser apreciado e votado pela Câmara Municipal deve ter sua essência respeitada e

reconhecida como um documento legítimo, construído coletivamente e que traduz os anseios

por uma educação de melhor qualidade para a sociedade Curvelana. O Plano Municipal de

Educação de Curvelo/ MG, durante todo o período de sua execução e desenvolvimento será

acompanhado e avaliado por uma Comissão Executiva formada com representantes do

Conselho Municipal de Educação e das instituições participantes na elaboração deste Plano,

sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação. A Comissão Executiva terá por

objetivos a realização das seguintes tarefas:

1. Organizar o sistema de acompanhamento e controle da execução do PME, estabelecendo,

inclusive, os instrumentos específicos para avaliação contínua e sistemática das metas

previstas.

2. Realizar anualmente a avaliação das metas e dos objetivos do PME, com o envolvimento

dos segmento de educação e da sociedade que participaram do processo de elaboração do

mesmo.

3. Analisar os resultados obtidos nas avaliações e comparar com os objetivos e com as metas

propostas no PME, identificando pontos de maior dificuldade e propondo ações para correção

e adequação dos mesmos.

4. Encaminhar ao Prefeito Municipal, ao final de cada ano, relatório sobre a execução do

PME, contendo análise das metas alcançadas e os problemas evidenciados, com as devidas

propostas de solução.

5. Analisar os resultados obtidos nas avaliações e comparar com os objetivos e metas

propostos no PME, identificando pontos de estrangulamento e propondo ações para correção

de rumos. Para avaliar especificamente a meta relativa à melhoria da qualidade do ensino, que

pressupõe, entre outros itens, a melhoria do desempenho dos alunos, conforme previsto neste

PME, o Município realizará, pelo menos ao final de cada ano letivo, uma avaliação da

89

aprendizagem dos alunos de cada ano, sobretudo, nos conteúdos de Português e Matemática

(nos primeiros anos do Ensino Fundamental), nas escolas municipais. Esta avaliação da

aprendizagem não exclui as avaliações externas a serem realizadas pela SEE/MG, para todas

as escolas públicas de Minas Gerais e a avaliação nacional realizada pela Prova Brasil.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.

BRASIL, Declaração Mundial sobre Educação para todos. Plano de Ação para Satisfazer

as Necessidades Básicas da Aprendizagem. Jomtien, Tailândia, 190

BRASIL, Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º 9394, Brasília, 1996.

BRASIL, Plano Nacional de Educação. Lei n.º172 de 09/01/2001.

BRASIL, Plano Nacional de Educação. Lei nº 13.005 de 25/06/2014

MINAS GERAIS, Plano Estadual de Educação. Lei 19.481 de 12/01/2011

90

BRASIL/CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Parecer

n.º 05/2009, Brasília, 2009.

BRASIL/CNE/CEB. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil, Parecer n.º 20/2009, Brasília, 2009.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Infantil – Brasília, 2006

BRASIL/CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica,

Parecer n.4/2010, Brasília, 2010.

BRASIL/CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica,

Resolução nº. 7/2010, Brasília, 2010.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental – Brasília,

1997

BRASIL, Ampliação do Ensino Fundamental para 9 (nove) anos. Lei 11.274/2006 –

Brasília, 2006

BRASIL, Obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”

Lei 11.645/2008 – Brasília, 2008

BRASIL/CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, Resolução

n.º2/2012, Brasília, 2012.

BRASIL/CNE/CEB. Diretrizes Operacionais para o atendimento Educacional

Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial, Resolução nº 4/2009,

Brasília.

BRASIL/CNE/CEB. Dispõe sobre a Educação Especial, o atendimento educacional

especializado e dá outras providências, Decreto, Nº 7.611/2011, Brasília, 2011

BRASIL/CNE/CEB. Altera a redação do art.26 – LDB – Educação Física, Lei nº

10.193/2003, Brasília, 2003.

MINAS GERAIS/CEE/MG. Fixa normas para a Educação Especial no Sistema Estadual

de Ensino, Resolução nº451/2013.

BRASIL/CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e

Adultos. Resolução n.º 1/2000, Brasília, 2000.

BRASIL/CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e

Adultos. Resolução n.º3/2010, Brasília, 2010.

BRASIL/CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de

Nível Técnico. Resolução n.º 6/2012, Brasília, 2012

91

BRASIL, Censo Escolar – 2012, IBGE, Brasília, 2012.

MINAS GERAIS, Atlas Educacional de Minas Gerais, Fundação João Pinheiro, 2005.

MINAS GERAIS, Constituição do Estado de Minas Gerais. Minas Gerais, 1989.

PÚBLICA, Escola revista, Plano para a Educação. Ano 8, Número 40. Agosto/Setembro,

2014

SAVIANI, DERMEVAL. A Nova lei da Educação: Trajetória Limites e Perspectivas.

Coleção Educação Contemporânea. Campinas, SP. Editora Autores Associados, 1988.

Da nova LDB ao novo Plano Nacional de Educação: por outra política educacional.

2ªEd. São Paulo: Autores Associados, 1999.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS Política

Educacionalde Educação do Estado de Minas Gerais. Proposta, 2003

BRASIL, Estatuto da Criança e Adolescente, Lei nº 8.069/1990, Brasília, 1990

ARAÚJO, Pe. Alberto Vieira de - Curvelo do Padre Corvelo, 1º Edição.

EQUIPE DE ELABORAÇAO E REDAÇÃO

- Secretária Municipal de Educação

- Comissão do Plano Decenal

CURVELO, 28 DE ABRIL DE 2015

92