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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................3
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................5
PARTE I
Identificação do Município..............................................................................................................20
Caracterização Física.......................................................................................................................22
MAPA 1 – Localização Geográfica do Município de Curvelo.......................................................25
MAPA 2 – Caracterização do Território.........................................................................................26
MAPA 3 – Município de Curvelo...................................................................................................27
Característica da População.............................................................................................................30
Aspectos Populacionais...................................................................................................................30
QUADRO 1 – Dinâmica da População em 2010............................................................................30
Aspectos Culturais...........................................................................................................................31
Aspectos Geográficos......................................................................................................................31
Aspectos Históricos.........................................................................................................................32
Aspectos Econômicos......................................................................................................................33
Aspectos Educacionais....................................................................................................................33
QUADRO 2 – Levantamento das Instituições Escolares em funcionamento Zona
Urbana..............................................................................................................................................37
QUADRO 3 – Levantamento das Instituições Escolares em funcionamento Zona
Rural................................................................................................................................................38
QUADRO 4 – Panorama da Matrícula atual – Ensino Superior.....................................................39
QUADRO 5 – Panorama da Matrícula atual - Rede Particular......................................................39
QUADRO 6 - Panorama da Matrícula atual – Rede Estadual.........................................................40
QUADRO 7 - Panorama da Matrícula atual – Rede Municipal – Zona Urbana.............................41
QUADRO 8 - Panorama da Matrícula atual – Rede Municipal – Zona Rural................................42
QUADRO 9 – Matrícula por dependência administrativa no Ensino Fundamental.......................44
QUADRO 10- Evolução da Matrícula na Educação Básica nas Redes: Municipal, Estadual e
Particular..........................................................................................................................................45
QUADRO 11- Evolução da Matrícula na Educação de Jovens e Adultos nas Redes: Municipal e
estadual............................................................................................................................................46
QUADRO 12 – Evolução da Matrícula na Educação Infantil nas Redes: Municipal, Estadual e
Particular..........................................................................................................................................46
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PARTE II
NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO
Educação Infantil.............................................................................................................................48
QUADRO 13 – Evolução da Matrícula da Educação Infantil – Rede Municipal...........................49
Ensino Fundamental........................................................................................................................50
QUADRO 14 - Evolução da Matrícula da Educação do Ensino Fundamental – Rede
Municipal.........................................................................................................................................51
Ensino Médio...................................................................................................................................53
Educação Especial/Inclusiva...........................................................................................................53
QUADRO 15 – Política de Inclusão................................................................................................54
Educação de Jovens e Adultos.........................................................................................................55
QUADRO 16 – Evolução da Matrícula da Educação de Jovens e Adultos – Rede
Municipal.........................................................................................................................................57
Educação Tecnológica e Formação Profissional.............................................................................57
Educação Superior...........................................................................................................................58
QUADRO 17 – Instituições Educacionais de Curvelo....................................................................58
PARTE III
TEMAS ESPECIAIS
Indicadores de Qualidade................................................................................................................60
TABELA 1 – Indicadores de Qualidade..........................................................................................60
QUADRO 18 – Resultados e Metas – IDEB –Estado.....................................................................64
QUADRO 19 – Resultados e Metas – IDEB – Município..............................................................64
Gestão e Profissionais da Educação................................................................................................66
QUADRO 20 – Funções Docentes existentes na Rede Municipal..................................................66
QUADRO 21- Funções não Docentes existentes na Rede Municipal.............................................67
QUADRO 22 – Cargos e Salários de Magistério da Rede Municipal.............................................67
Despesas com a Educação...............................................................................................................68
QUADRO 23 – Dados Financeiros do Município...........................................................................68
PARTE IV
METAS E ESTRATÉGIAS............................................................................................................70
PARTE V
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO...................................................................................................................................88
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APRESENTAÇÃO
Em várias realizações humanas, o planejamento é definido como um ato ou processo de
estabelecer objetivos, metas, diretrizes e procedimentos para que “as esperanças e
expectativas em torno de um futuro desejável, aconteçam”.
O resultado desse processo constitui-se num plano que sistematicamente apresenta as
intenções e o percurso necessário à concretização do que se pretende.
Em 1932, o “Manifesto dos Pioneiros da Educação” recomendou que se elaborasse um
plano amplo e unitário para promover a reconstrução da educação do País. A partir daí,
educadores têm se dedicado a estudos e pesquisas com vistas à formulação de um Plano
Decenal de Educação, o que resultou na inclusão de um artigo na Constituição Federal de
1934, que determinava à União esta competência. Determinação que, com exceção de 1937,
reaparece em todas as demais Cartas Constitucionais.
Entretanto, somente com a Constituição de 1988, cinquenta e quatro anos após a primeira
tentativa oficial, é que ressurgiu a ideia de um plano nacional de longo prazo, com força de
lei, capaz de conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de educação.
A LDB de 1996 – Lei 9.394/96 – insiste na necessidade de elaboração de um plano nacional
com duração de dez anos, e estabelece que a União o encaminhe ao Congresso Nacional, um
ano após a sua publicação, estabelecendo diretrizes e metas para todos os níveis e
modalidades de ensino.
Em 09 de janeiro de 2001, o Presidente da República aprova o Plano Nacional de Educação
– PNE – Lei Nº 10.172, que, em seu art. 5º, estabelece a obrigatoriedade dos Estados e
Municípios elaborarem a proposta de um Plano Decenal próprio, constituído a partir dos eixos
abaixo descritos, submetendo-a a apreciação e aprovação do Poder Legislativo
correspondente:
• Educação como direito de todos;
• Educação como instrumento de desenvolvimento econômico e social;
• Educação como fator de inclusão;
• A democratização da Gestão do Ensino Público nos estabelecimentos oficiais.
Partindo dos objetivos propostos no Plano Nacional de Educação, instituídos pela Lei
10.172/01, os quais visam:
- Melhorar a qualidade do ensino em todos os níveis;
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- Reduzir as desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso, permanência e sucesso
escolar.
O município de Curvelo se vê imbuído do compromisso de elaborar seu Plano Municipal de
Educação.
Tarefa que propomos realizar com o entusiasmo de um povo, que acredita na Educação
como passaporte para acesso a um mundo melhor. Onde desigualdades sociais se estreitam
dia a dia, possibilitando o alvorecer de um Brasil mais justo e mais humano.
Sabedores de que grande é o caminho e não menos árduo será vencer os obstáculos para
transpô-lo, nos colocamos em caminhada; na certeza de que juntos, na busca de parcerias,
vislumbraremos, em nosso município, uma Educação pautada numa qualidade cada vez
maior.
Vanessa Gonçalves Diniz
Secretária Municipal de Educação
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INTRODUÇÃO
“ ... mire, veja: o mais importante e bonito do mundo é isto;
que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas,
mas que elas vão sempre mudando.
Afinam ou desafinam. Verdade maior, é o que a vida me ensinou.”
João Guimarães Rosa , Grande Sertão – Veredas.
Histórico do Plano Municipal de Educação
Contexto Nacional
Contexto Estadual
Contexto Municipal
1. INTRODUÇÃO
Em cumprimento a todas as determinações legais, Curvelo iniciou, com o trabalho de
construção do seu Plano Municipal. Com a participação de comissões constituídas por
representantes de diferentes segmentos da sociedade. A Secretaria Municipal de Educação,
em parceria com a Superintendência Regional de Ensino, assumiu a coordenação dos
trabalhos norteando os caminhos e orientando à tomada de decisões. Resultante de um
processo democrático de construção, o PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
CURVELO, que ora, apresentamos e entregamos à sociedade, será o documento orientador de
todas as Políticas de Educação do Município. A partir dele, cria-se, um amplo e novo espaço
de discussão e decisão de compromissos e ações necessárias ao desenvolvimento da educação
de nosso município. Este espaço será constituído não só pelas autoridades educacionais, pelo
poder público constituído e diferentes segmentos da educação, como também, por
representantes de outros setores organizados da sociedade envolvidos com a educação. Assim,
procura-se pensar, pesquisar e trabalhar em equipe entendendo “a educação como direito de
todos e dever do Estado e da família, promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade.”
Por fim, é fundamental esclarecer que este não é um plano para o Sistema Municipal de
Educação ou para esta gestão, mas um plano de longo prazo para a Educação do Município.
Coerente e cooperativamente integrado e articulado aos Planos Nacional e Estadual, o
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CURVELO constitui-se no documento-
referência da Política Educacional assumida pelo Município para todos os níveis e
modalidades de ensino das diferentes esferas administrativas, em busca de um atendimento
qualitativo de todas as demandas locais. Apresenta, também, questões de gestão e
financiamento e de formação e valorização do magistério da Educação Básica e, no último
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capítulo, propõe formas para o seu acompanhamento e avaliação. Sabe-se, entretanto, que o
cumprimento das metas nele estabelecidas dependerá não apenas da colaboração entre as
instâncias do poder público: União, Estado e Município – mas, sobretudo, da capacidade de
mobilização da sociedade Curvelana em busca do atendimento das suas necessidades e
expectativas. Em função disso, no momento em que como agentes públicos o entregamos à
sociedade, conclamamos a cada munícipe a se assumir como seu signatário, tornando-se
responsável por fiscalizar a sua execução. Para que o município de Curvelo continue sendo
exemplo de uma educação de qualidade, com a participação democrática a sociedade
Curvelana.
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HISTÓRICO DO PLANO MUNICIPALDE EDUCAÇÃO
CONTEXTO NACIONAL
A Instalação da República no Brasil e o surgimento das primeiras ideias de um plano que
tratasse da educação para todo o território nacional aconteceram simultaneamente. À
medida que o quadro social, político e econômico do início deste século se desenhava, a
educação começava a se impor como condição fundamental para o desenvolvimento do país.
Havia grande preocupação com a instituição, nos seus diversos níveis e modalidades. Nas
duas primeiras décadas, as várias reformas educacionais ajudaram no amadurecimento da
percepção coletiva da educação como um problema nacional.
Em 1932, educadores e intelectuais brasileiros lançaram um manifesto ao povo e ao
governo, que ficou conhecido como “Manifesto dos Pioneiros da Educação”. Propunham a
reconstrução educacional, de “grande alcance e de vastas proporções [...] um plano com
sentido unitário e de bases científicas [...]”. O documento teve grande repercussão e motivou
uma campanha que resultou na inclusão de um artigo específico na Constituição Brasileira de
1937, incorporaram, implícita ou explicitamente, esta idéia e havia, subjacente, o consenso de
que o plano devia ser fixado por lei.
Esta ideia, entretanto, não se concretizou, apesar das iniciativas tomadas em 1962 e 1967.
Somente com a Constituição Federal de 1988, cinquenta anos após a primeira tentativa
oficial, ressurgiu a ideia de um plano nacional de longo prazo, com força de lei, capaz de
conferir estabilidade às iniciativas governamentais na área de educação.
Entre 1993 e 1994, após a conferência Mundial de Educação em Jontiem, Tailândia, e por
exigência dos documentos resultantes desta conferência foi elaborado o Plano Nacional de
Educação para Todos, num amplo processo democrático coordenado pelo MEC. O plano foi
aprovado no final do governo Itamar Franco e esquecido pelo governo que o sucedeu.
Em 1996, é aprovado à segunda LDBEN – Lei 9.394/ 96, que insiste na necessidade de
elaboração de um Plano Nacional em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação
para Todos, com duração de dez anos, para reger a Educação na Década da Educação.
Estabelece, ainda, que a União encaminhe o plano ao Congresso Nacional, um ano após a
publicação da citada Lei, com diretrizes e metas para todos os níveis e modalidades de ensino.
Em fevereiro de 1998, chegam a Câmara dos Deputados dois projetos de Lei visando à
instituição do Plano Nacional de Educação: O Projeto nº 4.155/ 98 apresentado pelo
Deputado Ivan Valente e o Projeto nº 4.173/ 98 apresentado pelo MEC.
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Ao final de um longo processo de discussões o relator da Comissão de Educação opta por
redigir um substitutivo, incorporando as contribuições dos dois projetos, que em 14/12/2000
foi aprovado.
Em 09 de janeiro de 2001, o Presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei
10.172 que institui o Plano Nacional de Educação PNE, e que estabelece a obrigatoriedade
dos Estados e Municípios elaborarem e submeterem à apreciação e aprovação do Poder
Legislativo correspondente, a proposta de um Plano Decenal próprio.
Em 25 de junho de 2014, a presidente, sancionou a Lei nº 13.005, que aprova o Plano
Nacional de Educação, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da publicação da Lei.
Quatro premissas orientaram a elaboração do PNE:
1- Educação como direito de todos;
2- Educação como fator de desenvolvimento social econômico do País;
3- Redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e a permanência, com
sucesso, na educação pública;
4- Democratização da gestão do ensino público nos estabelecimentos oficiais.
São Diretrizes do Plano Nacional da Educação:
Erradicação do analfabetismo;
Universalização do atendimento escolar;
Superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na
erradicação de todas as formas de discriminação;
Melhoria da qualidade da educação;
Formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos
em que se fundamenta a sociedade;
Os objetivos estabelecidos pelo Plano Nacional de Educação são:
Elevação do nível de escolaridade da população;
Melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis e modalidades;
Redução de desigualdades sociais e regionais;
Democratização da gestão do ensino.
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Considerando a escassez de recursos, o PNE/01 estabeleceu as seguintes prioridades:
Garantia do Ensino Fundamental obrigatório de nove anos a todas as crianças de 6 a
14 anos (Lei nº 11.274/2006 de 06 de fevereiro de 2006);
Garantia de Ensino Fundamental a todos que a ele não tiveram acesso na idade
própria, ou que não o concluíram. ( Lei nº 9.394 de LDB);
Ampliação do atendimento nos demais níveis de ensino: a Educação Infantil, o Ensino
Médio e a Educação Superior;
Valorização dos profissionais da educação;
Desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos os níveis e
modalidades de ensino.
CONTEXTO ESTADUAL
O Plano de Educação do Estado de Minas Gerais – PEMG – resulta não apenas dessa
determinação legal, mas também do fato de que a educação deve ser a mola propulsora do
desenvolvimento do Estado.
A educação e a disseminação do conhecimento são fatores decisivos para o
desenvolvimento por estarem fortemente associadas ao crescimento da eficiência e da
produtividade e constituem o aparato mais eficaz para o sucesso das políticas públicas que
visam à democratização das oportunidades e à inclusão social.
Como entes federados autônomos, os Municípios poderiam iniciar a elaboração dos seus
planos sem a necessidade de aguardar a iniciativa da esfera estadual; no entanto, um plano
estadual de educação que não esteja em sintonia nem articulado com os planos municipais se
reduz a um instrumento burocrático, sem poder de orientar as políticas de transformação que a
educação mineira demanda e incapaz de dar suporte ao processo de desenvolvimento
sustentável do Estado e dos Municípios.
Assim, tão importante quanto um plano que oriente a educação nos próximos dez anos é o
próprio processo de elaborá-lo, que deve envolver todas as prefeituras, mobilizando escolas e
organizações da sociedade civil, de forma que todos aprendam a planejar juntos. Em Minas, a
riqueza desse processo não foi perdida nem menosprezada.
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A partir de 2005, a Secretaria de Estado de Educação, em colaboração com a União Nacional
de Dirigentes Municipais de Educação, Seção MG – Undime-MG –, desencadeou um
processo de mobilização que, em seu primeiro momento, atingiu os 853 Municípios na
construção dos planos municipais de educação.
Em seguida, envolveu toda a sociedade mineira em um processo coletivo de elaboração do
plano estadual, para o qual foram convidados a participar professores, especialistas,
estudantes, dirigentes da educação, ao lado de representantes de diferentes segmentos
organizados da sociedade e do poder público constituído, culminando com a realização do
Congresso Mineiro de Educação em 2006.
Os planos educacionais, embora garantidos por preceitos constitucionais, têm a sua
implementação ameaçada por conhecidas restrições orçamentárias. Além disso, nem sempre
contam com o devido compromisso e empenho das autoridades constituídas.
O processo de elaboração do Plano Municipal de Educação adotado em Minas torna todos
os que dele participaram em formais signatários e, sobretudo, em defensores qualificados e
legítimos de sua implementação.
Ao mesmo tempo, por resultar de um processo coletivo e democrático de planejamento, o
PEMG constitui-se em um documento orientador, articulador e propositivo das políticas
públicas para a educação mineira.
Elaborado para um horizonte de dez anos, as diretrizes, os objetivos e as metas consolidadas
neste documento se fundamentam em estudos de diagnóstico que traçam perfis realistas de
toda a educação do Estado.
Seu caráter, a um só tempo articulado e autônomo, permite apontar uma estreita vinculação
entre as políticas públicas nacionais e as necessidades e expectativas regionais. Por
conseguinte, este Plano assume necessários compromissos para com a educação dos mineiros,
traduzidos em termos de metas claras, objetivas e realistas, na expectativa de que, numa
década, possa atingir o desempenho almejado, em quantidade suficiente e qualidade
recomendável, sem abrir mão da ousadia requerida para projetá-la a um patamar de justiça e
equidade.
Ao ser proposto como instrumento técnico e político em vista das medidas educacionais que
objetiva implementar, o PEMG legitima-se tanto pelo processo coletivo de sua elaboração
quanto pelos princípios que forjam este documento:
- A democracia.
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- A defesa intransigente da qualidade da educação e a consolidação da equidade e da
justiça social.
É importante reconhecer que, por mais que este Plano identifique problemas, defina
prioridades e aponte soluções, a efetivação de seus objetivos e metas depende de iniciativas
que congreguem os diversos setores do poder público, assim como os setores organizados da
sociedade civil direta ou indiretamente relacionados com a educação. Para tanto, destaca-se,
como elemento fundamental, a responsabilidade social do Estado e dos setores organizados da
sociedade, tomada não como mera retórica “democratista”, mas como condição para a
conquista dos avanços que este Plano propõe.
Mais uma vez Minas faz a diferença.
Embora a recomendação legal da LDB/ 96, no seu art. 10 seja: “Os Estados incumbir-se-ão
de (...) elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e
planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos Municípios,”
a Secretaria de Estado da Educação, em respeito à autonomia dos municípios, enquanto entes
federados autônomos, e à política de Cooperação-Mútua – iniciada neste Estado na década de
90 – optou por sugerir, de comum acordo com a União Nacional de Dirigentes Municipais de
Educação, Seção MG – UNDIME/MG, um percurso crítico de planejamento, a partir de uma
determinada filosofia de trabalho e de trilhas consideradas mais eficazes na construção
democrática dos Planos Decenais de Educação de Minas Gerais.
Tal percurso pressupôs que os municípios traçassem ao mesmo tempo em que o Estado e
em ação articulada com o Plano Nacional (e Estadual de Educação), diretrizes e objetivos
gerais para a Educação e, em ação autônoma, elaborassem, a partir de um amplo diagnóstico,
os objetivos, metas e ações específicas que respondessem às expectativas de cada um dos seus
níveis e modalidades de ensino.
À SEE/MG, como coordenadora do processo, coube, a partir do diagnóstico, a
responsabilidade de definir as prioridades para o PEEMG, a saber:
• A superação do analfabetismo no Estado, com garantia de continuidade de escolarização
básica para os jovens e os adultos;
• A elevação geral do nível de escolarização da população, garantida a universalização dos
Ensinos Fundamental e Médio;
• A melhoria da qualidade em todas as etapas e modalidades da Educação Básica;
• A redução das desigualdades educacionais, com a promoção da equidade;
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• A implantação gradativa da educação de tempo integral na rede pública;
• A formação e valorização dos profissionais da educação;
• O fortalecimento da democratização da gestão educacional;
• A melhoria da infra-estrutura das escolas públicas, com prioridade para as regiões, definidas
neste Plano, como de maior vulnerabilidade social;
• A institucionalização das regras do Regime de Cooperação Estado-Município;
• O desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação;
• O acompanhamento e a apropriação da evolução tecnológica.
Esta proposta representa o reflexo de idas e vindas de discussões entre os atores mais
relevantes, envolvidos no processo, durante um tempo de pré–planejamento como processo
democrático, baseado no diálogo e na troca de experiências, a partir dos dados da
realidade.
Os objetivos a serem contemplados pelo Plano Estadual de Educação – PEE/MG já se
encontram explicitados no Art. 204 da Constituição Estadual CE/89 e são os seguintes:
I. Reduzir a taxa do analfabetismo;
II. Universalização do atendimento escolar;
III. Melhoria da qualidade do ensino;
IV. Formação para o trabalho;
V. Promoção humanística, científica e tecnológica.
Além desses objetivos, a SEE já anunciou, através, inclusive, de políticas já implementadas,
algumas das prioridades do PEE/MG. Entre elas ressaltamos:
A racionalização e modernização da administração do sistema;
A ampliação e melhoria do Ensino Fundamental;
A universalização e melhoria do Ensino Médio;
A adequada atenção a Educação de Jovens e Adultos;
A progressiva ampliação do tempo de permanência na escola;
A redução das desigualdades sociais e regionais, no tocante ao acesso e à
permanência, com sucesso, na educação pública, com a promoção da equidade;
A valorização e formação continuada dos profissionais da educação;
A democratização da gestão do ensino público;
A manutenção de programas existentes e aprovados;
A ouvidoria educacional;
O fortalecimento do regime de colaboração entre Estado e os Municípios.
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CONTEXTO MUNICIPAL
A IMPORTÂNCIA DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Traçar as diretrizes para a Educação do Município no período de 2015 a 2024 é tarefa
atribuída a vários segmentos da sociedade, para que, de maneira participativa possamos
contemplar os Programas e as Ações que constituem prioridades e que devem ser
concretizadas em busca da qualidade da Educação deste Município.
A garantia de padrão de qualidade é um princípio constitucional (art.206, VII, da CF)
e como tal precisa ser tratada com seriedade por todos, principalmente pelos
governantes. O direito à educação não é só a vaga na Escola, mas sim o direito de
aprender, transformando o cidadão em um ser crítico, analítico e participativo. É o
direito do ingresso, regresso, permanência e sucesso de todos, na Escola. E esse direito é
por demais relevante para permanecer entregue, com exclusividade, ao sistema
educacional. É necessário que a sociedade se mobilize em defesa da escola pública de
qualidade, dando a sua parcela de contribuição. Mais do que nunca, a família é
primordial na vida escolar, contribuindo, assim para a melhoria da Educação do
Município em benefício de seus filhos.
Neste contexto também haverá a valorização do educador, com a recuperação de sua auto-
estima cabendo a este da mesma forma, exercer o seu magistério com responsabilidade e
compromisso.
Quando o poder público, a sociedade, e os agentes de educação unirem as suas mãos, seus
passos serão mais firmes. Só assim, teremos uma Educação de Qualidade Para Todos. Será
com certeza o passaporte para a cidadania.
Curvelo dedica-se a esta Ação, comprometendo-se, dentro de seus limites-legais, financeiros
e técnicos - a cumprir as suas prioridades elencadas.
Os objetivos gerais do PME de Curvelo não diferem dos estabelecidos no Plano Nacional de
Educação e os seus objetivos específicos podem ser enunciados a partir dos desafios por ele
colocados aos municípios:
Ampliação do atendimento e promoção da equidade;
Busca da eficiência, melhoria da qualidade da educação e valorização do magistério;
Descentralização, autonomia da escola e participação da sociedade na gestão
educacional;
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Elevar a qualidade da educação em todos os níveis e modalidades de ensino;
Investir na formação e valorização dos profissionais da educação;
Garantir investimentos adequados com acompanhamento e controle dos recursos da
educação;
Garantir a atuação de professores habilitados em todos os níveis e modalidades de
ensino;
Elevar a taxa de atendimento na Educação Infantil e na Educação Inclusiva.
Considerando o estágio de desenvolvimento em que se encontra o Município de Curvelo,
evidenciado pelo seu diagnóstico educacional, as expectativas da sua população e a escassez
de recursos, este PME aponta pontos a serem considerados:
Melhoria da qualidade em todos os níveis e modalidades de ensino, com a garantia de
desempenho acadêmico satisfatório para todos os alunos;
Superação do analfabetismo com garantia de continuidade da escolarização básica
para jovens e adultos;
Formação e valorização dos profissionais da educação;
Fortalecimento da democratização da gestão do Ensino Público;
Adequação da oferta do transporte escolar na Rede Pública;
Institucionalização de um sistema municipal de informação e avaliação do ensino;
Melhoria e adequação da infra-estrutura das escolas públicas;
Apropriação das tecnologias da informação e da comunicação pelas escolas da rede
pública.
Como se percebe, este Plano não é um plano da Secretaria de Educação para o Sistema
Municipal. Os objetivos e as metas que nele estão fixados são objetivos e metas dos cidadãos
e das organizações da sociedade civil existentes no Município e dizem respeito à educação de
Curvelo, em todos os seus níveis e modalidades de ensino e não apenas àqueles referentes à
sua responsabilidade constitucional de oferta.
Ao ser instituído por Lei Municipal, este PME tem as melhores chances políticas de uma
boa execução. Chances essas ampliadas e melhor asseguradas pela imediata criação de uma
Comissão executiva para o seu permanente acompanhamento e avaliação. Neste plano,
Curvelo faz o diagnóstico e traça objetivos e metas referentes aos seguintes tópicos:
1. Educação Infantil;
2. Ensino Fundamental;
3. Ensino Médio;
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4. Educação Superior;
5. Educação de Jovens e Adultos;
6. Educação Inclusiva.
DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À ESCOLA E A GARANTIA DE PERMANÊNCIA:
Nas diferentes etapas e modalidades da Educação Básica pelas quais o Município é
constitucionalmente responsável (Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de
Jovens e Adultos e Educação Inclusiva), a democratização do acesso e a garantia de
permanência deverão estar articuladas com as diretrizes da Qualidade Social da Educação e da
Democratização da Gestão. Serão interfaces indissociáveis. Sendo assim, a gestão de Curvelo
define, para a rede municipal, uma política de atendimento qualificado à demanda escolar que
prioriza o acesso de crianças, adolescentes e adultos à escola, bem como a sua permanência,
incluindo aqueles com necessidades educacionais especiais e os que estão cumprindo medidas
sócio-educativas (adolescentes em liberdade assistida ou prestando serviços à comunidade).
Dessa forma, a Secretaria Municipal de Educação pretende:
1. Na Educação Infantil, tomar para si a responsabilidade de atendimento da primeira etapa da
Educação Básica, consolidando, assim, um direito constitucional;
2. No Ensino Fundamental manter a oferta de vagas do 1º ao 5º ano e a garantia da
permanência com qualidade, com a adoção de medidas de combate à exclusão escolar;
3. Na Educação de Jovens e Adultos: consolidar a oferta visando, não apenas erradicar o
analfabetismo, mas, sobretudo, promover, para essa clientela, uma educação que perdure para
toda a vida, proporcionando-lhe habilidades para enfrentar as céleres transformações da
economia, da cultura e da sociedade na era da globalização, tendo em vista as exigências cada
vez mais acentuadas do mercado de trabalho com relação à mão-de-obra qualificada e ao
domínio da cultura letrada pelo trabalhador.
REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL: considerando que os recursos que financiam a educação
saem em última instância, do bolso do povo, fica claro que se existe alguém com autoridade
para entrar na escola, participar das decisões e cobrar a realização das mesmas, esse alguém é
a população, é a comunidade à qual a escola serve. Essa diretriz tem o compromisso de fazer
com que a educação se firme como prioridade da sociedade, ultrapassando os muros das
unidades educacionais. No Município, convive com as escolas municipais, escolas federais,
estaduais e particulares. Cabe ao Poder Público local iniciar, consolidar ou liderar ações
integradas de cooperação com o Estado, a União e engajar empresários, trabalhadores,
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universidade e escolas de ensino superior na tarefa de construir uma educação pública de
qualidade e acessível a todas as crianças e jovens. Nessa perspectiva, várias providências
serão necessárias:
1. Abrir o portão da escola e deixar que a comunidade entre, pois o espaço escolar é
propriedade da população;
2. Fortalecer os Conselhos Escolares, fazendo com que as decisões administrativas,
pedagógicas e financeiras da escola sejam tomadas pelos representantes, de fato, envolvidos
com a educação;
3. Trazer os valores da comunidade para dentro das salas de aula, permitindo que todos os
moradores possam prestar depoimentos ou apresentar trabalhos sobre a história e a cultura do
entorno da escola;
4. Valorizar os grêmios estudantis e apoiá-los, exercitando, assim, a cidadania dos alunos;
5. Utilizar os meios de comunicação de massa para mobilizar a comunidade em defesa da
expansão e melhoria da escola pública, informando sobre os seus resultados, uma vez que ela
é financiada com o dinheiro do povo;
2–PRESSUPOSTOS DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.
2.1– PRESSUPOSTOS POLÍTICOS – INSTITUCIONAIS.
Os marcos políticos – institucionais responsáveis pela criação do Plano Municipal de
Educação – PME são:
*A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – CF / 88 estabelece no seu Art. 214: “Fixação,
por lei, de um Plano Nacional de Educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao
desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do poder
público”.
*A LEI DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – LDB / 96 – estabelece
no seu Art. 9º: “A União incumbir-se-á de elaborar o Plano Nacional de Educação, em
colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios”.
Art. 10: “Os Estados incumbir-se-ão de (...) elaborar e executar políticas e planos
educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e
coordenando as suas ações e as dos Municípios”.
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*A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL MG/89 no seu Art. 204 estabelece: “O plano estadual
de educação, de duração plurianual, visará à articulação e o desenvolvimento do ensino em
seus diversos níveis, à integração das ações do Poder Público e à adaptação ao Plano
Nacional”.
*A LEI FEDERAL 10.172/01 QUE INSTITUI O PNE fez um diagnóstico, dispôs sobre
diretrizes, objetivos e metas sobre os seguintes temas:
Gestão e o financiamento da educação;
Níveis e modalidades de ensino;
Formação e valorização do magistério e demais profissionais da educação.
Na sua última sessão, o PNE dispõe: “Será preciso, de imediato, iniciar a elaboração dos
PLANOS ESTADUAIS em consonância com este Plano Nacional e, em seguida, dos
PLANOS MUNICIPAIS também coerentes com o plano do respectivo Estado. Os três
documentos deverão compor um conjunto integrado e articulado. Integrado quanto aos
objetivos, prioridades, diretrizes e metas aqui estabelecidas. E articulado nas ações”.
*COMPROMISSOS INTERNACIONAIS. Além dos instrumentos legais nacionais, ainda
constituem pressupostos políticos – institucionais do PME, os compromissos internacionais
firmados pelo Brasil mais diretamente relacionados à educação, que são os seguintes:
Conferência Mundial de Educação para todos, realizada em Jontiem na Tailândia em
1990;
Declaração de Cochabamba, dos Ministros da Educação da América Latina e Caribe,
sobre Educação para Todos (2000);
Conferência de Dacar sobre Educação para Todos, promovida pela UNESCO, em
Maio de 2000.
Finalmente, constitui marco político – institucional do município de Curvelo a Portaria
Municipal Nº 2544 de 19 de MARÇO de 2015, que institui a COMISSÃO
REPRESENTATIVA da sociedade e a equipe técnica para a elaboração do PLANO
MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO de Curvelo/MG e dá outras providências.
PRESSUPOSTOS CONCEITUAIS
Educar é tarefa que pressupõe concepções estruturadas e explícitas de homem, mundo,
sociedade escolar, relação professor-aluno, método, teoria pedagógica, didática e avaliação.
18
Neste PME, o que se busca é deixar claro, embora em síntese, concepções que estarão
sedimentando comportamentos Político-Administrativos e Político-Pedagógicos na
construção da Política Educacional do Município de Curvelo.
PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS
O que se desenvolveu até aqui, resumidamente, aponta para a vontade política da
administração, com vistas a um planejamento democrático dessa função de governo.
Sem se restringir a uma atitude técnico-burocrática, o Plano Municipal de Educaçãode
Curvelo, para o período 2015–2024 construído numa perspectiva democrática de
planejamento.
19
PARTE I
IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
CARACTERÍSTICA DA POPULAÇÃO
ASPECTOS POPULACIONAIS
ASPECTOS CULTURAIS
ASPECTOS GEOGRÁFICOS
ASPECTOS HISTÓRICOS
ASPECTOS ECONÔMICOS
ASPECTOS EDUCACIONAIS
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PARTE I
1 - IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO
1.1 - DADOS DO MUNICÍPIO DE CURVELO
01 – Nome do Município: Curvelo
02 – Estado a que pertence: Minas Gerais
03 – Síntese histórica:
Nos anos de 1700, baianos subiam os rios São Francisco e Guaicuí, e paulistas os desciam,
uns estabelecendo currais de gado às sua margens, outros viajando à cata de ouro e de pedras
peciosas. Alguns fixaram residências por a aqui. Ergueram uma capelinha de madeira tosca,
coberta de palha de coqueiro, dedicada a Santo Antônio, o taumaturgo Lisboa, e, ao seu redor,
o povoado foi crescendo. Reza a tradição oral, de que não há documento escrito, que os
primeiros habitantes foram, na verdade, os índios Arrepiados ou coroados e os Goianases.
Mais provavelmente fugindo às febres palustres, o Padre Antônio Corvello de Ávila,em
suas andanças, chegou a este lugarejo, que era posada obrigatória nas rotas dos tropeiros.
Baiano do rio real, ele viria a falecer a 20 de setembro de 1749. Na região, à margem direita
do ribeirão Santo Antônio, acima da barra do Riacho Fundo, o clérigo instalou um sítio a que
denominou Santo Antônio e reconstruiu ( ou reformou) a referida capela.
A emancipação político-administrativa de Curvelo se deu em 1932, em cumprimento a
decreto baixado pela Regência Trina Permanente em 13 de outubro do ano anterior. Curvelo
se desmembrou de Sabará, tendo sua Câmara de Vereadores instalada em 30 de julho de 1832.
Neste mesmo ano, em 7 de dezembro, houve a ereção do Pelourinho, símbolo, símbolo
definitivo da autonomia municipal. Em 15 de novembro de 1875, a sede do Município, então
Vila, foi elevada à categoria de Cidade pela Lei 2.153.
OS PRIMEIROS HABITANTES
Como se viu os primeiros habitantes do nosso município foram, consoante a tradição
oral, os índios Coroados e os Goianáses. Também participaram do povoamento da localidade
os viajantes que iam para a Bahia, vindos de São Paulo, e vice-versa, comerciantes que
percorriam o interior de Minas, tropeiros em busca de ouros e pedras preciosas, criadores que
estabeleciam currais de gado nestas paragens.
21
Aliás, naquela época, as atividades consistiam em criação de gado, agricultura e
comércio.
NOMES QUE A NOSSA CIDADE JÁ TEVE
1º - Povoado de Santo Antônio da Estrada;
2º - Arraial de Santo Antônio;
3º - Freguesia de Santo Antônio do Corvelo;
4º - Vila de Santo Antônio do Corvelo;
5º - Curvelo;
MAIS CURIOSIDADES
1ª Igreja – Capela de Nossa Senhora do Rosário (hoje se encontra a Basílica de São
Geraldo).
2º Vigário – Padre Carlos José de Lima enviado preso a Portugal por ter participado da
chamada Inconfidência do Corvelo.
1º Jornal – “O Curvelano” (editado pelo Major Salvo)
1ª rua – Rua Direita (Trecho que corresponde à parte da Avenida Dom Pedro II, Praça
Tiradentes à Praça São Geraldo).
1º Bairro – Curiango.
1ª Praça – Praça dos Voluntários da Pátria (Praça São Geraldo).
1º grupo – Grupo Escolar “Dr. Viriato Diniz Mascarenhas”.
1º Banco – Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais.
As primeiras famílias a se constituírem em Curvelo:
Mascarenhas;
Álvares Fernandes;
Pinto de Carvalho;
Martins do Rego;
Viana;
Marquês;
Diniz;
Pena;
Pereira da Silveira;
Salvo, entre outras.
22
1.2 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
Sua população estimada em 2013 era de 77.824 habitantes. encontra-se situado na
mesorregião central de Minas Gerais, na microrregião de Curvelo, com uma área de 3.306,1
km², distante aproximadamente 170 Km da capital mineira.
Tem localização privilegiada numa região servida por importantes sistemas rodoviários,
onde se destaca a rodovia BR - 040 que faz a ligação entre Brasília, Belo Horizonte e Rio de
Janeiro, a BR - 135(Trajeto Rio/Bahia) e BR – 259 (acesso à Diamantina).
É servida ainda pela ferrovia que liga Minas à Bahia e que também alcança o São Francisco,
na altura de Pirapora, através de uma bifurcação na cidade de Corinto.
Curvelo tem em sua característica geográfica o marco de “Coração de Minas” por se situar no
centro deste Estado.
Curvelo tem em sua história, grandes nomes que simbolizaram um marco no seu
desenvolvimento. Destacando entre seus habitantes o cunho político, presente nos dias atuais
em muitos que aqui nasceram ou aqui chegaram, adotando como sua, esta cidade acolhedora e
de gente hospitaleira.
04 – Localização: A cidade de Curvelo está situada na Zona Alto São Francisco.
05 – Posição: O município de Curvelo está situado no centro do Estado de Minas Gerais,
como demonstra o marco geodésico cravado ao lado da Igreja Imaculada Conceição no bairro
Tibira,a 633m de altitude, 18º 45’30” de latitude Sul e 44º 25’ 45”, de longitude a Oeste de
W.Gr.
06 – Aspecto Geográfico:
a) Limites: Ao Norte – Santo Hipólito, Corinto e parte de Morro da Garça e Presidente
Juscelino.
Ao Sul – Papagaios, Paraopeba, Cordisburgo e parte de Pompéu.
A Leste – Inimutaba, parte de Presidente Juscelino, Santana de Pirapama e parte de
Cordisburgo.
A Oeste – Morro da Garça, Felixlândia e Pompéu.
b) Superfície: O município de Curvelo, em todo o seu território ocupa uma área de 3.289
Km2.
c) Constituição: Do ponto de vista administrativo é constituído por quatro distritos: o da
Sede, Angueretá, Santa Rita do Cedro e Tomaz Gonzaga.
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d) Relevo: O município tem relevo de pouca amplitude e bastante regular, não possuindo
serras propriamente ditas, por estar situado no grande chapadão do centro de Minas. O
relevo é formado por extensas chapadas, colinas e escarpas. (Ladeira íngrime).
Registramos também a presença das grutas do Tamboril, Cachoeira e Lapa do Distrito
de Santa Rita do Cedro.
e) Vegetação: A vegetação original do município é a dos campos e cerrados,
predominando os aspectos arbóreos, herbáceos e gramíneos, que em algumas áreas se
encontram preservados, enquanto que em outras foram quase que substituídos pelo
reflorestamento de eucaliptos. Nas regiões ocupadas pela agricultura e pecuária o
cerrado deu lugar às lavouras e pastagens.
As nascentes são, em geral, de mata natural. Alguns cursos de água apresentam matas
(galerias) bastante densas ao longo de seus valores. Infelizmente nos últimos tempos a
intensa atividade carvoeira vem modificando a paisagem natural para um cerrado de
vegetação esparsa e pobre, dando lugar às gramíneas.
f) Hidrografia: A rede hidrográfica de nosso município é formada por cursos d’água
extensos, pois se acha localizado entre duas bacias principais. A leste a Bacia do Rio
das Velhas e a Oeste a Bacia do Rio Paraopeba. Temos ainda cursos d’água um pouco
menores como os ribeirões Santo Antônio, Maquiné, Picão, das almas, do Leitão, das
Pedras, da Estiva e mais alguns córregos como Jaboticaba, Gomes, Paiol, Meleiros,
Saco Novo, Retiro, Mocambo, Riacho, Tatu, Salobrinho, Gameleiro, Quilombo,
Primavera, Rodrigues, Cerquinha, Luiz Pereira. Há ainda a cachoeira do choro e mais
para o sul do município, algumas lagoas que em sua maior parte são temporárias.
Entre elas destacamos as principais: Lagoa Grande, Lagoa do Cupim, Lagoa do Poço
Azul e Lagoa do Jacaré.
g) Clima: O clima do município é tropical, apresentando verões quentes e úmidos e
invernos secos. As chuvas ocorrem entre outubro e março.
h) População: A população de Curvelo tem crescido regularmente, mas a cada ano que
passa o seu crescimento apresenta índices menores. Em fonte oferecida pelo IBGE na
última pesquisa, em 2013 a população do município era de 77.824 habitantes. A
densidade populacional foi de 22.5 habitantes por km2.
24
07 – Organização Econômica
a) Agro-Pecuária: O município de Curvelo, nos últimos vinte anos, apresentou uma
profunda transformação nos processos e métodos aplicados na agro-pecuária local,
utilizando mais intensamente o solo agrário. Quanto à pecuária podemos dizer que é
um município tradicionalmente famoso neste setor com o gado misto para carne e
leite. Com um volumoso rebanho, os criadores vêm, há muito, conquistando os
melhores e maiores prêmios em todas e diversas exposições do país.
A pecuária, principal atividade econômica do município, atualmente conta com um
rebanho resultante do cruzamento do gado zebu com o holandês que proporcionou um
aumento quantitativo e qualitativo do mesmo. A pecuária, ultimamente, vem sofrendo
grandes transformações e entre os fatores responsáveis por elas estão a Cooperativa
Agro-Pecuária dos Produtores Rurais, o dinamismo da EMATER (Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural/MG) e aos programas de desenvolvimento
regional implantados pelos governos federal e estadual.
b) Riquezas Naturais: O município não prima em riquezas minerais, encontrando-se
entretanto cristal de rocha (quartzo), ardósia, calcário, areia, pedras para construção e
calçamento e argila. Na flora, vamos encontrar madeira de lei de ótimas qualidades
como: aroeira, paud’arco, jacarandá, sucupira, amburana, cedro, angico, peroba – rosa,
pau-ferro, vinha-tico e outros. Na fauna, os animais encontrados são característicos da
região central de Minas Gerais e a pesca bastante explorada nos rios das Velhas e
Paraopeba.
c) Indústria: Apesar de sua tradição no setor fabril, que vem desde o século passado,
Curvelo não se destaca hoje no cenário industrial do Estado. Tem havido pouco
dinamismo nos gêneros fabris tradicionais: algumas indústrias existentes no passado
desaparecem e o número de pessoas ocupadas na indústria tem decrescido.
d) Comércio: O comércio de Curvelo constitui hoje o setor de maior destaque e o mais
importante na economia do município na geração de Imposto sobre Circulação de
Mercadoria. Alguns dos estabelecimentos comerciais da Microregião Médio Rio das
Velhas estão localizados em Curvelo e a maioria deles concentram-se na sede urbana.
Tipos de estabelecimentos mais comuns em Curvelo:
Armarinho (vestuário, tecidos e calçados);
Gêneros alimentícios;
Bares e Restaurantes.
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BANDEIRA E BRASÃO DO MUNICÍPIO DE CURVELO
Município à categoria de Cidade. O Sr. Milton Joaquim Diniz era o prefeito e o Sr. Francisco
Gabriel Jovita, o presidente da Câmara de Vereadores.
“O brasão representa o Governo Municipal, e o círculo onde se situa, simboliza a própria
Cidade-Sede do Município. O círculo, por ser uma figura geométrica, sem princípio e sem
fim, caracteriza a eternidade. A cor branca significa a paz, o trabalho, a prosperidade e a
religiosidade, que devem permanecer na comunidade. As faixas brancas carregadas de
sobrefaixas vermelhas, ao esquartelarem a bandeira, simbolizam a irradiação do Poder
Municipal, cuja autoridade se espalha pelos quatro cantos do seu território. A cor vermelha
caracteriza a dedicação, o amor pátrio, a audácia, a intrepidez, a coragem, a valentia que todo
curvelano deve ter, na luta pela conquista da vida. Os quartéis verdes têm sentido muito
especial, ao representarem as propriedades rurais espalhadas pelo território municipal. A cor
verde simboliza a esperança, ao identificá-la com os campos verdes e floridos.
A coroa mural que o sobrepõe representa o símbolo universal dos brasões de domínio. Sendo
de prata, de oito torres, com apenas cinco visíveis em perspectiva no desenho, classifica a
cidade, representada na segunda grandeza, como Sede de Comarca. A iluminura, de vermelho,
identifica os predicados próprios dos dirigentes da comunidade. A cor verde do campo do
escudo simboliza a honra, civilidade, cortesia, alegria, abundância. Bem no centro do coração
do escudo, a iconografia do mapa do Estado de Minas Gerais, em prata, lembra o orgulho do
povo curvelano de integrar o grande Estado da Federação. Sobre o mapa, a cruz “TAU”, de
vermelho, caracteriza o símbolo heráldico de Santo Antônio, Padroeiro do Município. Na
A Bandeira de Curvelo – MG, trabalho
do heraldista professor Arcino Peixoto
de Faria, foi criada pela Lei nº 19/75,
de 26 de setembro de 1975, do ano do
centenário da elevação da sede do
“Quanto ao brasão, é representado pelo escudo semítico.Foi
o primeiro estilo de escudo a penetrar em Portugal, por
influência francesa herdado pela heráldica brasileira, e
conclama a principal raça que constitui a nossa nacionalidade.
29
parte inferior do escudo, as esfinges de bois – salientando as raças caracu e zebu –
representam a pecuária, base da economia do Município. Nas partes exteriores encontram-se a
cana-de-açúcar e o milho, importantes produtos agrícolas da região municipal. No listel
vermelho, em letras prateadas, inscreve-se o topônimo identificador “Curvelo”, ladeado pela
data de sua emancipação política: 13 de outubro de 1831. Entretanto, o decreto régio de 13 de
outubro de 1831, que criou não só o município de Curvelo, como também outros municípios,
nada tem a ver com a sua emancipação política.. Em 30 de julho de 1832, foi instalada a
Câmara Municipal, e em 7 de dezembro de 1832, com o levantamento do Pelourinho, símbolo
do poder público, o município de Curvelo tornou-se autônomo e definitivamente instalado.
“De fato, esta é a data correta que deveria ser inscrita na bandeira, pois celebra a emancipação
política do município de Curvelo.”
30
1.3 - CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO
ASPECTOS POPULACIONAIS
Curvelo conta com uma estimativa populacional fornecida pelo IBGE /28 de agosto de 2013
com 77.824 habitantes. A população do município tem se mantido relativamente instável nos
últimos anos; e segundo os resultados preliminares do censo/2010 a distribuição por faixa
etária é a seguinte:
Dinâmica da população em 2010
QUADRO 1- Curvelo/MG
Fonte: IBGE – Censo Demográfico de 2010 (último censo)
População
População
de 0 a 4
anos
População de 5 a 9 anos
População
de 10 a 14
anos
População
de 15 a 19
anos
População
de 20 a 24
anos
População
de 25 a29
anos
População
de 30 a 34
anos
População
de 35 a39
anos
2010
3.879
5.687
6.550
6.831
6.488
9.123
5.583
5.315
População
de 40 a 44
anos
População
de 45 a 49
anos
População
de 50 a 54
anos
População
de 55 a 59
anos
População
de 60 a 64
anos
População
de 65 a 69
anos
População
de 70 a 74
anos
População
de75 a7 9
anos
5.336
4.975
4.101
3.291
2.648
2.089
1.715
1.246
População
de 80a 84
anos
População
de 85 a 89
anos
População
de 90 a 94
anos
Mais de
95 a 99 anos
Mais de
100 anos
758
421
181
54
12
31
1.4 - ASPECTOS CULTURAIS
a) Cultura: Festas do Calendário Municipal:
Exposição Agropecuária de Curvelo – Maio;
Dia do Padroeiro da Cidade – Santo Antônio – 13/06;
Forró de Curvelo – Julho;
Festa de São Geraldo – 1º domingo de setembro.
O centro cultural de Curvelo situa-se na Praça Central do Brasil, onde são realizadas
exposições de quadros, apresentações artísticas, no seu interior encontra-se o Museu de
Curvelo, a Biblioteca Infantil e no espaço externo funciona uma feirinha na sexta-feira com
produtos artesanais e da culinária curvelana.
A Biblioteca Pública Municipal está instalada na rua Cândido de Oliveira, 32. Acontece
também às quartas e sábados na feira do Produtor e domingo no bairro Bela Vista uma feira
movimentada com produtos da região.
1.5 - ASPECTOS GEOGRÁFICOS
O Município de Curvelo possui território de 3.306 Km², a sede do Município está a 633m
de altitude com posição geográfica de 18º 45’ de latitude sul em sua interseção com o
meridiano de 44º 25’ de longitude oeste.
Situa-se no grande chapadão do centro de Minas, localizado entre as bacias do Rio São
Francisco, Rio das Velhas, Paraopeba, Cipó e Bicudo.
Faz limites com Corinto, Felixlândia, Inimutaba, Monjolos, Morro da Garça, Presidente
Juscelino e Santo Hipólito.
O clima da cidade é considerado seco com temperatura média anual em torno de 28º, e
índice pluviométrico médio de 1.126 mm.
A vegetação original é o cerrado com faixas de mata Atlântica, modificado pela expansão
das pastagens e principalmente pelo aumento constante de ocupação de suas áreas para a
plantação de eucaliptos, segundo o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a cidade de Curvelo
é uma das mais arborizadas do estado, onde predominam espécies como Sibipiruna e Oiti.
A maior parte das árvores da avenida principal tem mais de 60 anos.
Na regionalização do sertão/cerrado a população de toda a região conta com uma gama de
frutos típicos do cerrado entre os principais (Pequi, Araticum, Gabiroba, Jatobá, Buriti,
Mangaba, Cagaita, Murici).
32
Suas terras são banhadas pelo Rio Santo Antônio, que na zona urbana perde sua
característica de águas límpidas, uma vez que recebe todo o esgoto da cidade.
1.6 - ASPECTOS HISTÓRICOS :
A literatura existente nos remete a uma interessante reflexão sobre a formação do Município
de Curvelo, valendo a pena ressaltar o Pe. Alberto Vieira de Araújo, CEER., que assim
descreve:
Baianos, que subiam os rios São Francisco e o Guaicuí; paulistas que desciam, uns
povoando as suas margens com currais de gado; outros à cata de ouro e pedras
preciosas tinham eles como um dos seus pousos a margem do Ribeirão Santo
Antônio, situado no Sertão dos Gerais, na microrregião do Médio Rio das Velhas.
Nestas suas paradas, alguns foram ficando pelo lugar e, assim, formou-se um
povoado, que viria a ser o Arraial de Santo Antônio da Estrada, queoriginou avila e,
mais tarde, a cidade de Curvelo.
Levantaram uma Capelinha de madeira tosca, coberta de palhas de coqueiro e, ao
seu redor, o povoado foi crescendo.Isto em fins do século XVII.
Reza a tradição oral – de que não há documento escrito – que os primeiros
habitantes da região foram os Índios Arrepiados ou Coroados e os Goianeses.
Entre 1710 e 1720, chegou ao povoado o Padre Antônio Corvelo de Ávila, dos
Garcia de Ávila da Casa da Torre, baiano de Rio Real, divisa com Sergipe.
Era ele na época, vigário calado da Freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso e
Almas, com sede na Barra do Guaicuí, naquele tempo subordinada ao Governo e ao
Arcebispo da Bahia.
Nas suas andanças veio ter ao povoado.
Tendo gostado do sítio e, na certeza de que era um prolongamento de sua
circunscrição, resolveu fixar residência no lugar.
E foi à beira daquele “Caminho dos Currais”, num lugar de pousada dos vaqueiros,
onde o Córrego Santo Antônio faz uma curva fechada, na zona norte da cidade de
Curvelo, que o Pe. Antônio Corvelo de Ávila reconstruiu (ou reformou) uma
pequena capela, dedicada a seu santo homônimo, e fundou (1714) o Povoado de
Santo Antônio da Estrada.
33
Por Carta Régia de 16 de março de 1720, foi instituída a Freguesia de Santo Antônio
do Corvelo; e, por outra Carta do mesmo dia, foi para Curvelo transferida a sede do
julgado do Papagaio. A nova Paróquia tinha dez Capelas Filiais com 3.201 fogos e
16.023 habitantes, e teve como primeiro Pároco o Pe. Antônio Corvelo de Ávila, que
administrou a paróquia durante 30 anos.
Por alvará de 11 de setembro de 1816, o Príncipe Regente Dom João concedeu a
Curvelo o foral de Vila. O município, porém, foi criado por decreto da Regência
Trina, de 13 de outubro de 1831.
No dia 30 de julho de 1832, inaugurou-se o novo Município com a instalação da sua
primeira Câmara, composta dos seguintes vereadores:
João Marciano de Lima, presidente, Pe. Manoel de Abreu e Lima, Luiz Emílio de
Azevedo, Jerônimo Martins do Rego, José Álvares Fernandes, José Luiz da Cunha e
João Nepomuceno Pinto de Carvalho.
Curvelo foi elevado à Cidade pela Lei nº 2.153, de 15 de novembro de 1875.
1.7 -ASPECTOS ECONÔMICOS
Suas principais atividades econômicas estão voltadas para a produção de gado misto – gado
leiteiro e para o abate.
No setor industrial, Curvelo apresenta muitas vantagens competitivas para os
empreendimentos industriais e comerciais.
A localização próxima à BR 040 (Rio-Brasília) e a proximidade com a capital mineira são
excelentes atrativos para empresários.
A cidade é centro regional de serviços públicos e privados, de saúde e educação.
Possui uma boa rede comercial, algumas fábricas de pequeno porte e a Fábrica de Tecidos
Maria Amália cuja pedra fundamental de sua construção, foi lançada no dia 15 de setembro de
1941.
1.8 -ASPECTOS EDUCACIONAIS
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR DO MUNICÍPIO
O histórico da Educação Curvelana dista de tempos anteriores à Proclamação da República
Brasileira, fato que em muito enriquece nossa história e vem integrar este PDME, graças à
contribuição do Pe.Antônio Vieira de Araújo, C.SS.R.em seu livro: “Curvelo de Padre
Corvelo”.
34
Em agosto de 1834 o Governo Federal promulgou um Ato Adicional à Constituição,
pelo qual se outorgava às Assembléias Provinciais competências de legislar sobre a
instituição pública, exceto a superior.
Embora tal lei estivesse em plena vigência, Curvelo dela se valeu somente em março
de 1847, com a criação de uma Escola de Gramático, Latinidade e Poética. Em 1848
é primeiro ocupante da cadeira o Pe.Olímpio Machado Ribeiro e 1855 o
Prof.Ludovico Gramático, transferido de Campanha para Curvelo. Suprimida a
cadeira, foi restaurada (acrescida da de Francês) em 1860. Dessa data até 1875
(Curvelo é elevada a cidade), foram ocupantes da cadeira: o curvelano Pe.Francisco
de Paula Martins do Rego (1861 a 1864),Francisco de Paula Oliveira e Miguel
Pereira da Fonseca Neto (1870).
Quando Curvelo se tornou cidade, mantinha aqui um colégio o eminente Prof.Emilio
Soares de Gouveia Horta, falecido em Juiz de Fora (1907).
Em 1878 foi criada a cadeira de Francês e Matemática em substituição à de Latim e
Francês, que havia sido suprimida. Posta em concurso a cadeira, não sabemos quem
a ocupou.
COLÉGIO BOA ESPERANÇA
Com este nome e “sob os auspícios do Sagrado Coração de Jesus”, em 1883
fundaram, aqui em Curvelo, um colégio, o Pe.Severiano de Campos Rocha (Diretor)
e o Pe. Xavier Rolim (Vice-diretor).
[...] Em agosto de 1884, Pe.Rolim é eleito Diretor em substituição ao Pe.Severiano
de Campos Rocha. Seus professores: Pe. Rolim, Pe. Domingos Mendes dos Santos,
Simpliciano Pinto da Silva, Pedro Marcelino de Sousa.e Ulisses Rolim (irmão de
Pe.Rolim).
Com o tempo inteiramente absorvido pelos trabalhos na paróquia e na provedoria da
Santa Casa, o Pe. Rolim não pôde manter o colégio. Teve que optar pelo seu
fechamento (03-07-1886), com profundo pesar seu e de toda a população.
NOVO INTERNATO
Em 1888 inaugura-se o Internato Curvelano. Seus fundadores: Prof. Clarindo Jorge
de Lima, tendo como auxiliares os Professores Simpliciano Pinto da Silva e Antônio
Salvo. Em 1891 é ampliado com um externato. Em 1898 este era o corpo docente do
externato sob a direção do Prof. Simpliciano Pinto da Silva.
ESCOLA DO LUIZ DA PAZ
Em 1895 o Prof.Luiz da Paz inaugurou sua “Escola Teórica e Prática”, onde
ministrava o Ensino Primário, Português, Francês e História –Pátria.
35
CURSO SECUNDÁRIO.
Fundado em 1901 por Maria Hermenegilda de Sousa, sendo sua diretora, pouco
depois substituída por José Americano de Moura.
ESCOLA NORMAL LIVRE DE CURVELO
A idéia da fundação desta Escola Normal surgiu na Sociedade Beneficente União
Operária – SBUO. Em 1911, achando-se a entidade sob a presidência do Cel. José
Diniz Júnior formou-se uma comissão para entrosamento com o Presidente do
Estado, Júlio Bueno Brandão, e pedir-lhe apoio, inclusive para a criação de um
grupo escolar em Curvelo. Mas a escola não saiu. Somente em 1913 foi que se
concretizou parcialmente a fundação com o Curso Secundário Ginasial e Normal, e
estando a SBUO sob a presidência de Felicíssimo Moreira da Costa. O corpo
docente de primeira: Côn.Xavier Rolim, Dr. Américo Salgueira Autran, Dr. Euclides
Gonçalves de Mendonça, Dr. Nicolino Guimarães Moreira, Dr. Alexandrino Diniz,
Dr. José Lourenço Viana, Dr. Juvenal Gonzaga Pereira da Fonseca, Dr. Dâmaso José
do Santo Brochado e o historiador Antônio Gabriel Diniz, além de outros ilustres
professores e professoras de então.
[...] Felicíssimo Moreira da Costa e Nicolino Guimarães Moreira generosamente
ofereceram o antigo sobrado de D. Jerônima na praça Cesário Alvim,
(posteriormente foi demolido o velho sobrado e , no local, acha-se hoje o Grupo
Escolar Viriato Diniz Mascarenhas). Funcionou a Escola Normal com perfeita
regularidade até dezembro de 1927, tendo como último Prof. Antônio Gabriel Diniz.
Por decreto de 10-01-1928 a Escola foi entregue à Direção das Irmãs Clarissas
Franciscanas. Funciona admiravelmente até hoje com o nome de Escola Normal de
Santo Antônio.
[...] A Escola Normal Oficial foi fundada aos 14 de fevereiro de 1929 e instada aos
13 de Maio do mesmo ano, sendo suprimida em 1938, para se reabrir, graças aos
esforços do Prof. Claudovinio de Carvalho aos 26 de setembro de 1956.
GINÁSIO PE.CURVELO
Em 1927 o Prof. Érico de Barcelar e Sousa mantinha em Belo Horizonte o Liceu
Mineiro. Resolveu transferi-lo para Curvelo. Aos 7 de setembro do mesmo ano já
estava instalado no grande sobrado, antiga residência do Dr. Pacífico Mascarenhas
na Avenida Pedro II.
Em 1930, o Prof. Barcelar mudou-se de Curvelo. Dando continuidade ao Liceu, foi
organizada a “Liceu Mineiro Sociedade Ltda.”. Construíram-se novas dependências
no prédio da Rua João Pessoa. Em abril de 1942, passou a denominar-se “Ginásio
Padre Curvelo”. Sua direção foi entregue aos Padres da Congregação do Espírito
Santo e do Imaculado Coração de Maria.posteriormente por ele passaram diversos
sacerdotes, quer como diretores: Mons. João Tavares, Pe. Celso de Carvalho e Côn.
36
José Ávila de Garcia; quer como professores: Pe. Argel Dias de Azevedo, Pe. Paulo
Rutten e vários outros sacerdotes seculares e redentoristas. Merece ser lembrado
como benemérito o nome do professor Dr. Sebastião Gomes de Lisboa, dentre os
fundadores da Escola Técnica de Comércio.
FACULDADE DE FILOSOFIA
O dia 29 de abril de 1968 passou a ser marco histórico para Curvelo. Com a aula
inaugural proferida pelo magnífico Reitor da Universidade Católica, Dom Serafim
Fernandes de Araújo, estavam fundados aqui os cursos da Faculdade de Filosofia
Santa Maria, da Universidade Católica de Belo Horizonte.
[...] Os diversos cursos polivalentes da Faculdade de Filosofia Santa Maria estavam
sob a direção do catedrático Pe. Orlando Vilela. A coordenação foi entregue à Irmã
Silvana Rodrigues, Clarissa Franciscana. O Côn. José de Ávila Garcia, professor de
Filosofia: os demais professores vêm de Belo Horizonte.
Os cursos contavam, já de partida, com 110 alunos. A nova Faculdade funcionava
nos prédios e anexos do Orfanato Santo Antônio. Mais uma valiosa contribuição a
ser creditada à Igreja e às Irmãs Clarissas Franciscanas, pela promoção cívica,
cultural e cristã de Curvelo.
37
Os levantamentos abaixo têm como fonte o livro:”Curvelo do Padre Corvelo” págs.229 a
232, sendo feitas algumas correções quanto ao ano de fundação de algumas Instituições
Educacionais.
Quadro -2
LEVANTAMENTO DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES EM FUNCIONAMENTO
ANO: 1970 – ZONA: URBANA
INSTITUIÇÃO
ANO DE
FUNDAÇÃO
Nº
ALUNOS
1970
SITUAÇÃO
ATUAL –2015
01 – Faculdade de Filosofia 1968 109 Extinto
02 – Colégio Padre Curvelo 1960 191 Em funcionamento
03 – Colégio Estadual de Curvelo 1963 900 Extinto
04 – Colégio Industrial de Curvelo 1966 253 Extinto
05 – Ginásio Othon Bezerra de Melo 1964 596 Extinto
06 – Instituto de Madureza de Curvelo 1969 084 Extinto
07 – Grupo Escolar Dr. Viriato Diniz Mascarenhas * 1917 502 Em funcionamento
08 – Grupo Escolar Mon. Rolim 1944 476 Extinto
09 – Grupo Escolar Interventor Alcides Lins** 1947 1.070 Em funcionamento
10 – Grupo Escolar Maria Amália* 1948 372 Em funcionamento
11 – Grupo Escolar Dom Joaquim 1960 523 Extinto
12 – Grupo Escolar Major Antônio Salvo** 1964 820 Em funcionamento
13 – Grupo Escolar São Vicente de Paulo** 1965 446 Em funcionamento
14 – Grupo Escolar Eurípedes de Paula** 1967 968 Em funcionamento
15 – Escolas Reunidas São Geraldo** 273 Em funcionamento
16 – Escolas Combinadas do Colégio Estadual 147 Extinta
17 – Escolas Combinadas do Alto do Barreiro 68 Extinta
18 – Escolas Combinadas do Alto do Bom Jesus 74 Extinta
19 – Jardim Cônego José Alves 82 Extinto
20 – Jardim Pequeno Príncipe 75 Extinto
21 – Jardim Alto do Bom Jesus 46 Extinto
22 – Jardim Padre João Tavares 30 Extinto
23 – Jardim Francisco de Assis 50 Extinto
24 – Jardim Angelina Dotti 90 Extinto
25 – Pré-Primário Dom Joaquim 30 Extinto
26 – Pré-Primário Eurípedes de Paula 25 Extinto
27 – Pré-Primário Chapeuzinho Vermelho 45 Extinto
28 – Pré-Primário São Vicente de Paulo 50 Extinto
29 – Pré-Primário Interventor Alcides Lins 50 Extinto Fonte: Livro “Curvelo de Padre Curvelo”
Legenda:
* Municipalizado com alteração da denominação
** Estadual com alteração da denominação
38
Quadro - 3
Legenda: Fonte: Livro “Curvelo de Padre Corvelo”
*Municipalizadas com alteração de nome.
** Estaduais com alteração de nome.
LEVANTAMENTO DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES EM FUNCIONAMENTO
ANO: 1970 – ZONA: RURAL
INSTITUIÇÃO
ANO DE
FUNDAÇÃO
NºALUNOS
1970
SITUAÇÃO
ATUAL 2015
01 – Escolas Combinadas de Tomaz Gonzaga 1965 124 Extinto
02 – Escolas Combinadas José Pereira de Matos 1984 92 Extinto
03 – E. Combinadas Basílio Francisco Xavier ** 1948 131 Em funcionamento
04 – Escolas Combinadas Santa Rita do Cedro* 1977 93 Em funcionamento
05 – Escolas Combinadas de Angueretá 1980 204 Extinta
06 – Escolas Combinadas da Fazenda Santa Cruz ---- 123 Extinta
07 – JK – Escolas Reunidas Pe. Augusto Horta** 1967 513 Em funcionamento
08 – Escolas Combinadas Engenheiro Simão Tamm ---- 58 Extinta
09 – Escolas Combinadas Saco Novo ---- 70 Extinta
10 – Escolas Combinadas Angicos ---- 65 Extinta
11 – Escolas Combinadas de Aguadinha ---- 75 Extinta
12 – Escolas Combinadas Roça do Brejo ---- 70 Extinta
13 – Escolas Combinadas Olhos D’Água ---- 78 Extinta
14 – Escola Ana Dalle Mascarenhas ---- 48 Extinta
15 – Escola da Tapera * ---- 35 Em funcionamento
16 – Escola Capitão Evaristo ---- 34 Extinta
17 – Escola do Horta ---- 29 Extinta
18 – Escola Brejinho de Cima ---- 31 Extinta
19 – Escola Paiol de Cima ---- 40 Extinta
20 – Escola de Joaquim Daniel ---- 30 Extinta
21 – Escola Mascarenhas * ---- 38 Em funcionamento
22 – Escola Ana Teodora Oliveira ---- 26 Extinta
23 – Escola Atoleiro ---- 32 Extinta
24 – Escola Retiro Bravo ---- 23 Extinta
25 – Escola Fazenda Canoas ---- 25 Extinta
26 – Escola Gameleira ---- 22 Extinta
27 – Escola Sagrada Família ---- 50 Extinta
28 – Escola de Currais ---- 31 Extinta
29 – Escola Barra do Jataí ---- 35 Extinta
30 – Escola Mato do Meio ---- 16 Extinta
31 – Escola Cel. Aristides Mascarenhas ---- 18 Extinta
32 – Escola de Limeira ---- 32 Extinta
33 – Escola de Poções ---- 43 Extinta
34 – Escola de Capão da Ripa ---- 35 Extinta
35 – Escola Sebastião Bueno ---- 49 Extinta
36 – Escola do Buriti ---- 16 Extinta
37 – Escola de Várzea do Falcão ---- 48 Extinta
38 – Escola São Geraldo de Jataí * ---- 45 Em funcionamento
39
PANORAMA DA MATRÍCULA ATUAL
Abaixo, apresenta-se a situação atual das Instituições Educacionais de Curvelo em 2015, ano
de aprovação deste PME.
Quadro - 4
ENSINO SUPERIOR
INSTITUIÇÃO
CURSOS
ADMINISTRADOS
ANO DE
FUNDAÇÃO
MAT
2015
01 – Faculdade de Ciências Administrativas de Curvelo
Administração
Direito
Ciências Contábeis
1990
03 – FACIC – Faculdade de Ciências Humanas
Enfermagem
Curso Técnico
1968
129
130
04 – UNOPAR – Universidade Norte do Paraná
Graduação e Pós
Graduação
2004
1.262
05 – CEFET Graduação
Curso Técnico
219
302
Fonte: Secretarias das Instituições supramencionadas.
Quadro - 5
EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO – REDE PARTICULAR
INSTITUIÇÃO
MODALIDADE
DE
ENSINO
ANO DE
FUNDAÇÃO
MATRIC.
2015
01 – ISA – Colégio Franciscano
Educação Infantil
Ensino Fundamental I
Ensino Fundamental II
Ensino Médio
1921
81
195
129
83
02 – Colégio Padre Curvelo
Educação Infantil
Ensino Fundamental I
Ensino Fundamental II
Ensino Médio
1927
23
68
61
45
03 – DARWIM – Colégio Cidade de Curvelo
Ensino Fundamental I
Ensino Fundamental II
Ensino Médio
2000
89
138
99
05 – Instituto EDIFICAR -
Fund. Anos Iniciais
48
06 – Instituto Pequeno Príncipe Expansão
Educação Infantil
Ensino Fundamental I
Ensino Fundamental II
Ensino Médio
1969
20
66
94
51
40
07 – Instituto Carrossel Ltda.
Educação Infantil
Ensino Fundamental I
1992
21
8
08 – Centro Educacional Bom Começo
Educação Infantil
Creche
1º Ano
1996
74
35
09 – Instituto Educacional Imaculada
Conceição
Educação Infantil
Ensino Fundamental
1999
8
24
10 – Instituto Educacional Palacinho dos
Carneirinhos
Educação Infantil
Ensino Fundamental
1999
5
34
11 – APAE EJA – Fund. Anos Iniciais
Educação Infantil
Fund. Anos Iniciais
87
6
14
12 – EDUCAR Educação Infantil
Creche
Fund. Anos Iniciais
22
5
25 Fonte: Secretarias das Instituições supramencionadas
Quadro - 6
ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO – REDE ESTADUAL
INSTITUIÇÃO
MODALIDADE
DE
ENSINO
ANO DE
FUNDAÇÃO
MATRIC.
2015
01 – EE Bolivar de Freitas
Ensino. Fundamental Anos Finais
Ensino Médio
EJA Ensino Fund.
EJA Ensino Médio
1929
937
866
135
327
02 – EE Interventor Alcides Lins
Ensino Fundamental Anos Finais
Ensino Médio
1947
732
702
03 – EE São Geraldo
Ensino Fundamental Anos Finais
1947
308
04 – EE São Vicente de Paulo
Ensino Fundamental
Ensino Médio
EJA -
1949
198
105
98
05 – EE Major Antônio Salvo
Ensino. Fundamental. Anos Finais
Ensino Médio
1964
529
305
06 – EE Eurípedes de Paula
Ensino Fundamental Anos Finais
1967
41
07 – EE Pe. Augusto Horta
Ensino Fundamental Anos Finais
EJA-Ensino. Fund. Anos Finais
Ensino Médio
1967
352
18
182
08 – EE Irmã Raimunda Marques
Ensino Fundamental Anos Finais
1976
143
09 – EE Irmã Clarentina
Ensino Fundamental.
Ensino Médio
EJA Fund Anos Finais
EJA Fund. Médio
1978
448
294
47
84
10 – EE Sérgio Eugênio
Ensino Fundamental Anos Finais
Ensino Médio
1996
86
38
11 – EE Basílio Francisco Xavier
Fundamental Anos Iniciais
Fundamental Anos Finais
Ensino Médio
EJA Fund.
EJA Médio
1948
104
115
86
18
15 Fonte: Secretarias das Escolas
Quadro - 7
EDUCAÇÃO INFANTIL – ENSINO FUNDAMENTAL – EJA – REDE MUNICIPAL
ZONA URBANA
ESCOLA MUNICIPAL
MODALIDADE
DE
ENSINO
ANO DE
FUNDAÇÃO
MATRIC.
2015
01 – E. M .Angelina Dotti
Educação. Infantil
Ensino. Fund. Anos Iniciais
1952
73
240
02 – E. M. Antonino Diniz Couto
Educação Infantil
Ensino. Fund. Anos Iniciais
*
**
149
456
03 – E. M. Antônio Frederico Ozanam
Educação Infantil
Ensino. Fund. Anos Iniciais
1988
16
52
04 – E. M. Boaventura Pereira Leite
Educação Infantil
Ensino. Fund. Anos Inicias
EJA Fund. Anos Iniciais
1960
150
659
40
05 – E. M. Carmelita Arrieiro
Educação Infantil
Ensino. Fund. Anos Iniciais
1995
94
275
06 – E. M. Centro Infantil Dona Joaninha
Educação Infantil
1990
165
07 – E. M. Filomena Oliveira Leite
Educação Infantil
Ensino. Fund. Anos Iniciais
1958
43
200
42
08 – E. M. Maria Amália
Educação Infantil
Ensino. Fund. Anos Iniciais
*1948
**2002
62
435
09 – E. M. Pe. Celso de Carvalho –
CEFACS
Ensino. Fund. Anos Iniciais
Educação de Jovens e
Adultos
2002
624
72
10 –E. M. Dr. Viriato Diniz Mascarenhas
Educação Infantil
Ensino. Fund. Anos Iniciais
*1917
**2002
126
496
11 – E. M. Dr. Viriato Mascarenhas
Gonzaga – CAIC
Educação Infantil
Ensino Fund. Anos Iniciais
1994
296
973
12 – E. M. Pré-Escolar Criança Feliz
Educação Infantil
1991
72
45
13 – E. M.Pré-Escolar Pequeno Universo –
CSU
Educação Infantil
1979
74
177
Fonte: Secretaria Municipal de Educação
Legenda:
*Ano de Fundação / **Ano de Municipalização
Quadro - 8
EDUCAÇÃO INFANTIL – ENSINO FUNDAMENTAL – EJA – REDE MUNICIPAL
ZONA RURAL
ESCOLA MUNICIPAL
MODALIDADE
DE
ENSINO
ANO DE
FUNDAÇÃO
MATRIC.
2015
01 – E. M.Antônio Teixeira Guimarães
Educação Infantil
Ensino Fundamental Anos Iniciais
1948
2
21
02 –E. M. Dona Fininha
Educação Infantil
Ensino Fundamental Anos Iniciais
1941
6
22
03 – E. M. Cel. Modestino Carlos da
Fonseca
Educação Infantil
Ensino Fundamental Anos Iniciais
6
30
04 – E.M.Getúlio Diniz Vale
Educação Infantil
Ensino Fundamental Anos Iniciais
1940
8
32
05 – E. M. Guimarães Rosa
Educação Infantil
Ensino Fundamental Anos Iniciais
1943
3
13
06 – E. M. João Batista
Educação Infantil
Ensino Fundamental Anos Iniciais
1949
22
108
43
07 – E. M. Serafim José Maia
Educação Infantil
Ensino Fundamental Anos Iniciais
1991
130
374
08 – Pré-Escolar Abelhinha Sabida Educação Infantil 25
09– Pré – Escolar Mundo Mágico Educação Infantil 29
Fonte: Secretaria Municipal de Educação
O Município de Curvelo conta ainda com várias Escolas de Língua Estrangeira, Escolas de Informática, assim
como com Cursos periódicos preparatórios para Concursos Públicos.
O atendimento às creches fica a cargo do Departamento de Desenvolvimento Social e conta com crianças na
faixa etária de 0 a 3 anos, atendidas no ano de 2015.
O Município de Curvelo sedia uma das Superintendências Regionais de Ensino, Órgão da Secretaria de Estado
da Educação, sob o qual, encontram-se jurisdicionadas todas as Instituições Escolares, particulares, municipais e
estaduais dessa Esfera Administrativa.
44
Quadro- 9
Matrículas por Dependência Administrativa no Ensino Fundamental – 2014/2015
ANOS
DEPENDÊNCIA
ADMINISTRATIVA
ENSINO
FUNDAMENTAL
2014
2015
2014/2015
ESTADUAL
Anos Iniciais
169 104
Anos Finais
4.368 3.848
MUNICIPAL
Anos Iniciais
4.965 5.129
Anos Finais 0 0
PARTICULAR
Anos Iniciais
577 595
Anos Finais 420 422
45
Quadro 10 – Evolução da Matrícula na Educação Básica nas Redes Municipal, Estadual e Particular, no período de 2010 a 2015
Ano de
Referência
Nº de
matrículas Fundamental
Municipal 1º ao 5º
Nº de
Matriculas Fundamental
Estadual 1º ao 5º
Nº de
Matrículas Fundamental
Particular 1º ao 5º
Nº de
Matrículas Fundamental
Estadual 6º ao 9º
Nº de
Matrículas Fundamental
Particular 6º ao 9º
Nº de
Matrículas Médio
Estadual
Nº de
Matrículas Médio
Particular
Nº de
Matriculas Médio
Federal
Total
2010
4.852
850
541
5.052
484
3.137
321
120
15.357
2011
5.045
540
534
4.887
463
3.315
300
214
15.298
2012
4.850
402
561
4.549
475
3.053
294
271
14.455
2013
4.853
277
555
4.314
416
3.190
254
290
14.149
2014
4.965
169
577
4.368
420
2.891
264
272
13.772
2015
5.129
104
544
3.848
422
2.578
278
302
13.205
Fonte: Inep
Quadro 11- Evolução da Matrícula na Educação de Jovens e Adultos nas Redes Municipal e Estadual de 2010 a 2015
46
Ano de
Referência
Fundamental 2
(presencial)
Estadual
Fundamental 2
(presencial)
Municipal
Médio 2
(presencial)
Estadual .
Fundamental
Estadual
(semi-presencial)
Médio
Estadual
(semi-presencial)
2010 660 117 857 181 193
2011 595 104 857 167 236
2012 522 86 719 179 207
2013 556 118 668 181 202
2014 428 143 705 151 208
2015 845 114 426 208 151
Quadro 12- Evolução da Matricula na Educação Infantil nas Redes Municipal, Estadual e Privada de 2010 a 2015
Ano de
Referência
Estadual Municipal Privada
Creche
(0 a 3 anos)
Educação Infantil Creche
(0a 3 anos)
Educação Infantil
2010 - 183 1473 655 207
2011 - 183 1618 631 203
2012 - 226 1603 689 230
2013 - 229 1602 706 243
2014 - 218 2.126 628 293
2015 - 219 1.632 615 158
2015
TOTAL GERAL:
2014 -7.234 Alunos
2015- 6.875 Alunos
47
PARTE II
NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO
EDUCAÇÃO INFANTIL
ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO MÉDIO
EDUCAÇÃO ESPECIAL/INCLUSIVA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO
PROFISSIONAL
EDUCAÇÃO SUPERIOR
48
2 –NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO
2.1- EDUCAÇÃO INFANTIL
Diagnóstico.
A expansão da Educação Infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de forma crescente
nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a participação da mulher
no mercado de trabalho e as mudanças na organização e estrutura das famílias. Por outro lado,
a sociedade está mais consciente da importância das experiências na primeira infância, o que
motiva demandas por uma educação institucional para crianças de zero a cinco anos.
Reafirmando essas mudanças, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº
9.394, promulgada em dezembro de 1996, estabelece de forma incisiva o vínculo entre o
atendimento às crianças de zero a cinco anos e a educação. Aparecem, ao longo do texto,
diversas referências específicas à educação infantil.
A Educação Infantil é considerada a primeira etapa da Educação Básica (título V, capítulo
II, seção II, art. 29), tendo como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco
anos de idade. O texto legal marca ainda a complementaridade entre as instituições de
educação infantil e a família.
Considerando-se as especificidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas das crianças
de zero a cinco anos, a qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o
exercício da cidadania devem estar embasadas nos seguintes princípios:
• O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças
individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.;
• O direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação
e comunicação infantil;
• O acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento
das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à
ética e à estética;
• A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas
práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma;
• O atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de
sua identidade.
49
Quadro- 13
Evolução da Matrícula da Educação Infantil nas Escolas da Rede Municipal de Curvelo,
no período de 2014 a 2015.
A Rede Municipal de Educação de Curvelo na perspectiva da Educação Infantil tem como
objetivo, assegurar a matrícula escolar de alunos de 3 a 5 anos, orientando as escolas da rede
municipal para garantir a participação, a aprendizagem e continuidade nos níveis mais
elevados de ensino; a participação da família e da comunidade, e mobiliário para as salas de
aula. Promovendo assim, o desenvolvimento integral e o processo de aprendizagem,
ampliando suas perspectivas educacionais, sociais e culturais, bem como a melhoria da
qualidade de vida pessoal e familiar, onde buscamos promover o desenvolvimento pleno do
ser humano nas suas mais diversas competências nos primeiros anos de vida escolar. Aqui
começa nosso trabalho percebendo a necessidade de apoiar e incentivar as habilidades e os
valores inerentes à criança pequena, respeitando sempre sua individualidade.
Diante do exposto o município trabalha com o objetivo de garantir que o aluno da Educação
Infantil desenvolva as seguintes habilidades;
Desenvolver uma imagem positiva de si;
Descobrir e conhecer progressivamente seu corpo;
Estabelecer vínculos afetivos e trocas com adultos e crianças;
Estabelecer e ampliar cada vez mais as relações sociais;
Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade;
Brincar expressando sentimentos, emoções, pensamentos desejos e necessidade;
2014 1º Período 2º Período Total de turmas
94 Nº de Turmas 38 56
Nº de Alunos
801
1.325
Total de alunos
2.126
2015 Total
Nº de Turmas 37 44 81
Nº de Alunos 711 921 1632
50
2.2 - ENSINO FUNDAMENTAL
Diagnóstico
O Ensino Fundamental é um dos níveis da Educação Básica no Brasil. O Ensino
Fundamental é obrigatório, gratuito (nas escolas públicas), e atende crianças a partir dos 6
anos de idade.
O objetivo do Ensino Fundamental Brasileiro é a formação básica do cidadão. Para isso,
segundo o artigo 32 da LDB, é necessário:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio
da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e
dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Desde 2006, a duração do Ensino Fundamental, que até então era de 8 anos, passou a ser de 9
anos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9395/96) foi alterada em seus artigos 29,
30, 32 e 87, através da Lei Ordinária 11.274/2006, e ampliou a duração do Ensino
Fundamental para 9 anos, estabelecendo como prazo para implementação da Lei pelos
sistemas de ensino, o ano de 2010.
Atendendo a legislação vigente o município de Curvelo passa a atender as crianças a partir
de seis anos de idade, no Ensino Fundamental Anos Iniciais, conforme quadro abaixo:
Quadro - 14
51
Evolução da Matrícula do Ensino Fundamental, das Escolas da Rede Municipal de
Curvelo, no período de 2014 a 2015.
O currículo para o Ensino Fundamental Brasileiro tem uma Base Nacional Comum, que deve
ser complementada por cada sistema de ensino, de acordo com as características regionais e
sociais, desde que obedeçam as seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos,
de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento;
III - orientação para o trabalho;
IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais. (ART.
27º, LDB 9394/96)
A responsabilidade pela matrícula das crianças, obrigatoriamente aos 6 anos de idade, é dos
pais. É dever da escola, tornar público o período de matrícula.
Além da LDB, o Ensino Fundamental é regrado por outros documentos, como as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, o Plano Nacional de Educação (Lei nº
10.172/2001), os pareceres e resoluções do Conselho Nacional de Educação (CNE) e as
legislações de cada sistema de ensino.
A Prefeitura Municipal de Curvelo, junto com a Secretaria Municipal de Educação, atende
hoje: 13 (treze) escolas na Zona Urbana e 9 ( nove) na Zona Rural nas seguintes modalidades
de ensino: Creche, Educação Infantil ao Ensino Fundamental Anos Iniciais (1º ao 5º ano),
EJA ( Educação de Jovens e Adultos) com um total de: 7.639 alunos.
Programas Municipais de Educação
2014
Nº Turmas
1º Ano
43
2º Ano
39
3º Ano
42
4º Ano
40
5º Ano
48
Total de turmas
212
Nº Alunos
950
932
946
971
1.166
Total de alunos
4.965
2015
Nº Turmas
53
41
42
38
41
Total de turmas
215
Nº Alunos
1.302
954
1.021
866
986
Total de alunos
5.129
52
PIP (Programa de Intervenção Pedagógica)
O PIP municipal é uma parceria entre os municípios e o estado para garantir que todas as
crianças estejam lendo e escrevendo até os 8(oito) anos de idade.
E consequentemente alcance as metas recomendadas pelas avaliações externas.
Funcionamento:
A Equipe Pedagógica, visita as escolas realizando as seguintes atividades:
Orientação e apoio aos professores;
Análise dos resultados do PROALFA, com diretores, especialistas e professores;
Elaboração conjunta com Equipe da Escola de um Plano de Ação, com o objetivo de
recuperar alunos que estão abaixo do nível recomendado.
Aulas de reforço em Língua Portuguesa e Matemática, com professor recuperador;
Avaliações diagnósticas a cada 15 dias, para detectar avanços;
Adesão as avaliações externas.
Avaliações Externas:
Recurso usado pela Secretaria de Estado de Educação (SIMAVE – Sistema Mineiro de
Avaliação), que visa medir a proficiência média de cada município e de cada escola,
possibilitando aos mesmos intervir onde for necessário.
PROALFA: (Programa de Avaliação da Alfabetização) verifica os níveis de alfabetização
alcançados pelos alunos dos anos iniciais de Ensino fundamental, da rede pública, sendo
censitária no 3º ano. Os resultados dessa avaliação são usados para embasar as intervenções
necessárias no processo alfabetização/letramento dos alunos.
Programas para atender pessoas que necessitam de Educação Especial
Salas de AEE ( Atendimento Educacional Especializado)
O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da própria escola, é
oferecida a todos os estudantes que delas se beneficiem, sem prejuízo das atividades em sala
de aula comum e do atendimento educacional especializado, caso o estudante seja público
alvo da educação especial. (cada aluno tem sua ficha, com o cronograma de atendimento).
A Rede Municipal de Educação de Curvelo na perspectiva da Educação Inclusiva tem como
objetivo, assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiências e transtornos globais do
desenvolvimento, nas turmas comuns do ensino regular, orientando as escolas da rede
53
municipal para garantir a participação, a aprendizagem e continuidade nos níveis mais
elevados de ensino; a participação da família e da comunidade, a acessibilidade arquitetônica,
o transporte escolar e mobiliário para as salas de AEE. Promovendo assim, o desenvolvimento
integral e o processo de aprendizagem, ampliando suas perspectivas educacionais, sociais e
culturais, bem como a melhoria da qualidade de vida pessoal e familiar.
2.3 – ENSINO MÉDIO
Diagnóstico
A matrícula no Ensino Médio, no município é atendida pelas Redes : Estadual, Particular e
Federal. Cabendo a Rede estadual o maior efetivo da matrícula, no ano de 2015, com 2.578
alunos, a Rede Particular com 278 alunos e a Rede Federal com 302.
2.4 – EDUCAÇÃO ESPECIAL/ INCLUSIVA
Diagnóstico
A Educação Inclusiva no município de Curvelo, funciona com uma ação política, cultural,
social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos,
aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A Educação Inclusiva
constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que
conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de
equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro
e fora da escola. Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas na Rede Municipal de Ensino
evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar alternativas para
superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade
contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. Nesta perspectiva, o
município de Curvelo vem gradativamente ocupando seus espaços.
Atualmente, contamos com salas de AEE na maioria das escolas da zona urbana da Rede
Municipal de Educação.
Trabalhamos com uma política de Inclusão conforme quadro abaixo.
Quadro 15 -
Institucionalização do AEE
na Rede Municipal.
Regimento Escolar, Projeto Político
Pedagógico, Plano de Ação.
Profissionais que atuam no
AEE
Professor de ensino comum, professor de apoio,
intérprete e monitor.
54
Ofertas do AEE Na própria escola.
Atuação do professor de
AEE
- O professor de AEE, faz o seu planejamento
de forma flexível, para oportunizar
modificações efetivas, sem contudo, minimizar
a qualidade de sua aula, considerando cada
característica especifica de aprendizagem,
passando por ações práticas na realização da
aula, buscando metodologias, estratégias e
recursos condizentes com as necessidades
individuais.
-O professor de apoio, presta auxilio
individualizado aos alunos que não realizam
atividades com independência, trabalha de
forma articulada com o professor do aluno e da
sala comum.
- As atividades do professor tradutor e
interprete de Libras seguem regulamentação
própria.
Estratégias Pedagógicas
adotadas pelas escolas
Os planos de aulas são adaptados às
necessidades dos alunos, com uma didática
provocativa que estimule a sequência lógica do
pensamento. São oferecidas também, opções
curriculares que se adaptem às crianças com
capacidade e interesses diferentes, observando-
se as habilidades sociais, práticas e intelectuais
e também a Base Nacional Comum,
proporcionando condições adequadas e
favoráveis ao desenvolvimento nas dimensões
emocional, cognitiva e social.
Acessibilidade nos diversos
ambientes e contextos
As escolas estão passando por um processo de
adaptação do espaço físico interno e externo
para atender crianças com NEE, conforme
normas de acessibilidade.
Análise
Análise das barreiras identificadas e da organização dos serviços da rede de ensino.
Arquitetônicas: A Rede Municipal está em processo de adaptação das escolas regulares, para
atender às necessidades dos diferentes alunos, o espaço escolar está sendo preparado de forma
a receber o aluno, oferecendo condições próprias para o seu aprendizado. (está em processo
de viabilização, banheiros e vias de acesso, sinalização táctil e visual) já estão pronto rampas
de acesso, corrimões).
Atitudinal: As escolas da Rede Municipal trabalham com a prevenção e eliminação de
preconceitos, estigmas, estereótipos, discriminações, com a criação de ambientes inclusivos,
55
onde todos aprendem a conviver com as diferenças e passam a respeitar uns aos outros,
reestruturando a escola tradicional e introduzindo novos métodos de ensino, novos objetivos.
Trabalha também com a boa relação escola/comunidade, porque a vida do aluno não é só na
escola, mas também fora dela.
Metodológica:O município está buscando em sua rede de ensino, a adequação de técnicas,
teorias, abordagens e métodos.
Ações de formação por parte dos professores e dos restantes profissionais implicados neste
processo de interação.
Trabalhar com os pais para que os mesmos apresentem interesse pela educação do aluno.
2.5 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA
Diagnóstico
A EJA, atualmente reconhecida pela Legislação Educacional, enquanto modalidade de ensino
foi predominantemente marcada desde 1940 por campanhas de alfabetização consolidando-se
como assunto de política nacional, por força da Constituição de 1934 que estabeleceu a
obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário para todos. Este novo período na educação
de adultos caracterizou-se por intensa preocupação na condução metodológica e de inovações
importantes nesse campo; pelo destaque da reflexão sobre o social no pensamento pedagógico
brasileiro e pelos esforços realizados pelos mais diversos grupos, em favor da educação da
população adulta para a participação na vida política do país.
Apesar das profundas transformações que ocorreram e estão ocorrendo nas políticas
educacionais, a Rede Municipal de Educação de Curvelo procura inserir a escola nesse novo
contexto, significa pensar na necessidade de rever continuamente o já sabido, reorganizando
em novas bases todo o saber acumulado, a fim de potencializar a aprendizagem de forma
significativa, analisando o papel dos professores da EJA, suas práticas pedagógicas, seus
modos próprios de reinventar a didática cotidiana, desafiando-os a novas buscas e conquistas.
Tendo em vista os objetivos Nacionais da Educação de Jovens e Adultos, a Rede Municipal
tem como objetivo:
- Oportunizar aos jovens, adultos, idosos, pessoas com deficiência, e jovens fora da faixa
etária da escolaridade regular, a conclusão e continuidade de estudos;
- Priorizar a formação integral voltada para o desenvolvimento de capacidades e competências
adequadas, para que todos possam enfrentar, no marco do desenvolvimento sustentável, as
novas transformações científicas e tecnológicas e seu impacto na vida social e cultural;
56
- Contribuir para a formação de cidadãos democráticos, mediante o ensino dos direitos
humanos, o incentivo à participação social ativa e crítica, o estímulo à solução pacífica de
conflitos e a erradicação dos preconceitos culturais e da discriminação, por meio de uma
educação de qualidade.
A Rede Municipal considera o perfil dos alunos e sua faixa etária assegurando:
• Equidade: distribuição específica dos componentes curriculares, a fim de propiciar um
patamar igualitário de formação e restabelecer a igualdade de direitos e de oportunidades em
face do direito à educação;
• Diferença: identificação e reconhecimento da alteridade própria e inseparável dos jovens
e dos adultos em seu processo formativo, da valorização do mérito de cada um e do
desenvolvimento de seus conhecimentos e valores.
2.5.1 - PÚBLICO ALVO
O público alvo da EJA é caracterizado por jovens com 15 anos completos (Ensino
Fundamental) e 18 anos completos (Ensino Médio), adultos e idosos, pessoas com deficiência,
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos na idade própria, aos educandos jovens,
adultos e idosos, como sujeitos de conhecimento e aprendizagem, de sua história e condição
socioeconômica, sua posição nas relações de poder, sua diversidade étnico-racial, territorial,
geracional e cultural, dentre outras.
Quadro -16
Evolução da Matrícula da Educação de Jovens e Adultos nas Escolas da Rede Municipal
de Curvelo, no período de 2014 a 2015
2014 1º Período 2º Período 3º Período 4º Período Total de turmas
57
2.6 - EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Diagnóstico
A Educação Profissional e Tecnológica constitui uma das dimensões que melhor evidencia
as inter-relações do sistema educativo e de outros sistemas sociais. A consideração de tais
inter-relações vem sendo dominada pela atitude que as equaciona, colocando num dos termos
o sistema educativo e no outro o sistema econômico. A questão não é acadêmica, é política.
Diz respeito às finalidades estratégicas. Os que interrogam esta modernização econômica
esquecem-se, via de regra, de questionar esta modernização do ponto de vista do
desenvolvimento social, no sentido mais amplo do conceito. E é da perspectiva deste
desenvolvimento que devemos considerar e intervir no sistema educativo. No município de
Curvelo, temos poucas escolas de nível profissionalizante, buscamos estratégias de política
educativa que podem explorar as margens de autonomia do sistema educativo, aumentando
gradativamente o número de escolas, reforçando a idéia de que a educação profissional e
tecnológica tem de ter, necessariamente, a intencionalidade estratégica do desenvolvimento,
preparando os educandos para o mercado de trabalho.
2.7- ENSINO SUPERIOR
Diagnóstico
O ensino universitário é orientado por uma constante perspectiva de investigação e de criação
do saber. Visa assegurar uma sólida preparação científica e cultural e proporcionar uma
Nº de
Turmas
3
3 3 3 12
Nº de
Alunos
37
41
35
30
Total de alunos
143
2015
Nº de
Turmas
2 2 2 2 08
Nº de
Alunos
19
33
32
30
114
58
formação técnica que habilite para o exercício de atividades profissionais e culturais e
fomente as capacidades de concepção, de inovação e de análise crítica.
As tendências de mudanças na economia mundial colocam a educação em posição de
extrema importância.
A oferta de Ensino Superior conforme exposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, nº 9.394/96, é de competência do Poder Público Federal. No entanto o município
de Curvelo, reconhece seu papel e participação nessa modalidade de ensino, reconhece este
fato e age no sentido de implementar medidas que garantam uma adequação maior do ensino
às exigências da realidade atual. Considera como definitivo que o ensino em geral ocupa
posição privilegiada entre as formas de viabilizar o desenvolvimento do Município e,
especialmente o Ensino Superior, que é capaz de gerar, ao mesmo tempo, o aprimoramento na
qualificação profissional e tecnológica, bem como promover mudanças significativas nos
outros níveis de ensino, já que é através do Ensino Superior que se forma a geração dos
educadores do Ensino Fundamental e Médio.
Abaixo, apresenta-se a situação atual das Instituições Educacionais de Curvelo em 2015,
ano de aprovação deste PME.
Quadro - 17
INSTITUIÇÃO
CURSOS
ADMINISTRADOS
01 – Faculdade de Ciências Administrativas de
Curvelo
Administração
Direito
Ciências Contábeis
03 – FACIC – Faculdade de Ciências
Humanas
Enfermagem
Curso Técnico
04 – UNOPAR – Universidade Norte do
Paraná
Graduação e Pós Graduação
05 – CEFET Graduação
Curso Técnico
PARTE III
TEMAS ESPECIAIS
59
1 - INDICADORES DE QUALIDADE
2 - GESTÃO E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
3 - DESPESAS COM A EDUCAÇÃO
PARTE III
3. TEMAS ESPECIAIS
3.1 - INDICADORES DE QUALIDADE
Aprendizado dos alunos: Curvelo
Com base nos resultados da Prova Brasil 2013, é possível calcular a proporção de alunos com
aprendizado adequado à sua etapa escolar
60
Português, 5º ano
59% É a proporção de alunos que aprenderam o adequado na competência de leitura e
interpretação de textos até o 5º ano na Rede Municipal de Ensino.
Dos 982 alunos, 578 demonstraram o aprendizado adequado.
Matemática, 5º ano
58% É a proporção de alunos que aprenderam o adequado na competência de resolução de
problemas até o 5º ano na rede municipal de ensino.
Dos 982 alunos, 565 demonstraram o aprendizado adequado.
Referência Essa é a proporção de alunos que deve aprender o adequado até 2022, segundo o
movimento Todos Pela Educação.
70%
Legenda:
Fonte: Prova Brasil 2013, Inep. Organizado por Meritt. Classificação não oficial.
61
Curvelo – Escolas Municipais – Evolução do 5º Ano – Língua
Portuguesa.
2009
50%
+7pontos percentuais
2011
57%
+2pontos percentuais
2013
59%
Brasil
2009
30%
+5pontos percentuais
2011
35%
+3pontos percentuais
2013
38%
62
Minas Gerais
2009
45%
+5pontos percentuais
2011
50%
+3pontos percentuais
2013
53%
– 5º ANO - MATEMÁTICA
2009
52%
+1pontos percentuais
2011
53%
+5pontos percentuais
2013
58%
63
Brasil
2009
28%
+3pontos percentuais
2011
31%
+1pontos percentuais
2013
32%
Minas Gerais
2009
47%
+2pontos percentuais
2011
49%
0pontos percentuais
2013
49%
IDEB – Resultados e Metas
ESTADO: Minas Gerais
64
Quadro -18
MUNICÍPIO: Curvelo
Quadro 19 -
Conclusão: O maior desafioda Rede Municipal de Curvelo , é garantir a qualidade de ensino,
para isso o mesmo tem se empenhado na qualificação do profissional de educação, através de
cursos e capacitações, promovidos em parceria com a Superintendência Regional de Ensino.
Em relação a qualidade dos serviços prestados, o município vem se empenhando em
melhorar os rendimentos dos educandos. Em consequência da qualidade o município tem
como prioridade :
- Elevar as taxas de aprovação, assegurando ao aluno o pleno exercício da cidadania e
garantindo a permanência do aluno na escola.
Os dados acima descritos, reafirma o compromisso do município de Curvelo como uma
educação de qualidade, pois observamos um aumento gradativo na evolução da
aprendizagem.
Analisando os resultados, percebemos que em Lingua Portuguesa, o município em 2009,
apresentava um índice de 50%, sendo que em 2013, subiu 9 pontos percentuais, alcançando a
meta de 59%.
Em Matemática, em 2009, apresentava um índice de 52%, sendo que em 2013, subiu 6
pontos percentuais, alcançando a meta de 58%.
PROALFA - Verifica os níveis de alfabetização alcançados pelos alunos dos anos iniciais do
Ensino Fundamental, da rede pública, sendo censitária no 3º ano. Os resultados dessa
Ideb Observado Metas Projetadas
Rede Estadual
4ª Série/5º ano
2007
2009
2011
2013
2007
2009
2011
2013
2015
2017
2019
2021
4.9 5.8 6.0 6.2 5.0 5.3 5.7 5.9 6.2 6.4 6.6 6.8
Ideb Observado Metas Projetadas
Rede
Municipal de
Curvelo
2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
4.6 5.2 5.9 6.2 4.0 4.4 4.8 5.0 5.3 5.6 5.9 6.1
65
avaliação são usados para embasar as intervenções necessárias no processo
alfabetização/letramento dos alunos.
As metas projetadas para a Rede Municipal de Curvelo são:
Meta 2013 Meta 2014 Meta 2015 Meta 2016
A média da Rede Municipal de Curvelo em 2013 foi de 593,8
Percentual dos alunos no nível recomendado da Rede Municipal de Curvelo
Meta 2013 Meta 2014 Meta 2015 Meta 2016
O percentual de alunos no nível recomendado da Rede Municipal de Curvelo em 2013, foi de 87,1
Estes resultados são consequências de um trabalho desenvolvido pelas equipes das Escolas
Municipais, equipe da Secretaria Municipal de Educação e equipe da Superintendência
Regional de Ensino.
Passos importantes e significativos foram dados na direção de uma melhor educação, mas
há ainda muito a ser feito no sentido de assegurar a universalização da oferta e uma educação
de qualidade.
3.2 - GESTÃO E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE CURVELO
581 591 600 610
80,5 82,7 85,0 87,4
66
A Rede Municipal de Educação vem priorizar uma das mais fortes e atuais condições
de nossas ações democráticas em prol da transparência do processo administrativo e da
valorização do magistério.
Atuando sempre no sentido de:
Valorizar os profissionais do Magistério, zelando pela aplicação do Plano de Carreira e
pela permanente formação continuada de professores, diretores e especialistas;
Garantir uma gestão que permeie não só a transparência do conjunto como também a
interligação das ações e suas efetivas conquistas;
Cumprir sua função social atuando em parceria com o Conselho de Acompanhamento
e Controle Social do FUNDEB.
VALORIZAÇÃO E FORMAÇÃO DO PESSOAL DO MAGISTÉRIO
Quadro - 20
Funções Docentes existentes na Rede Municipal de Ensino/2015
ETAPAS E MODALIDADES DE ENSINO REGIME DE TRABALHO
Efetivos Contratados Total
Educação Infantil (Creche) ___ ___ ___
Educação Infantil (Pré-escola) 62 40 102
Ensino Fundamental (1º ao 5º) 238 128 366
Ensino Fundamental (6º ao 9º) ------ ------ ------
Ensino Médio ------ ------ ------
Educação de Jovens e Adultos 6 ------ 6
Ensino Profissionalizante ------ ------- -------
TOTAL 306 168 474
Fonte: SME
Quadro – 21
Tabela Pessoal Não Docente da Rede Municipal de Ensino – 2015
67
FUNÇOES
REGIME DE TRABALHO
Efetivos Contratados TOTAL
Diretor 19 ____ 19
Vice- Diretor 10 ____ 10
Supervisor 25 13 38
Orientador ____ ____ ____
Técnico Administrativo ____ ____ ____
Serviços Gerais 161 90 251
TOTAL 215 103 318
Fonte: SME
Quadro - 22
Cargos e Salários do Quadro de Magistério da Rede Municipal de Ensino 2015.
CARGO
PISO INICIAL (R$)
Professor 1.135,22
Diretor 2.570,45
Supervisor 1.929,49
Orientador
Auxiliar de Serviços 788,00 + 30%
Fonte: SME
3.3 - DESPESAS COM A EDUCAÇÃO
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação básica.. Substituto do Fundo de
68
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o Fundeb está em vigor desde janeiro de 2007 e se
estenderá até 2020.
A destinação dos investimentos é feita de acordo com o número de alunos da educação básica,
com base em dados do censo escolar do ano anterior. O acompanhamento e o controle social
sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do programa são feitos em
escalas federal, estadual e municipal por conselhos criados especificamente para esse fim.
O Ministério da Educação promove a capacitação dos integrantes dos conselhos.
Os recursos do Fundeb destinam-se ao financiamento de ações de manutenção e
desenvolvimento da educação básica pública
No município de Curvelo as receitas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, são
destinadas aos profissionais do magistério e outros, conforme o quadro a seguir:
Quadro -23
Dados Financeiros do Município – 2014
ESPECIFICAÇÃO DA DESPESA
Educação (25% ou mais) 26,10%
Ensino Fundamental 4.557.981,21
Transporte Escolar 259.900,05
Educação Infantil
1º e 2º Período
1.342.880,98
Total 7.455.275,82
Nº total de alunos em 2014 7.234
Custo/aluno/ano R$ 1.030,59
Custo/aluno/mês R$ 85,88
Fonte: Orçamento Municipal
PARTE IV
69
METAS E AÇÕES ESTRATÉGICAS
META 1-
EDUCAÇÃO INFANTIL:
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até
2020, a oferta de Educação Infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Estratégias
70
1.1 -Definir, padrões básicos de atendimento da Educação Infantil relacionados com a
infraestrutura física, o mobiliário, os equipamentos, os recursos didáticos, o número de alunos
por turma como rege a resolução nº 02/2011 do Conselho Estadual de Educação - CEE, a
gestão escolar e os recursos humanos indispensáveis à forma de uma educação de qualidade.
1.2 - Estabelecer em até dois anos, mediante discussão com os profissionais da educação, as
habilidades e competências a serem adquiridas pelos alunos e as metas a serem alcançadas
pelos professores em cada ano escolar, a fim de garantir o progresso do aluno.
1.3 -Desenvolver formas de capacitação para os profissionais da Educação Infantil, com
políticas de incentivo, articulando teoria/prática para estes profissionais.
1.4 - Garantir a oferta da Educação Infantil, atendendo toda demanda existente no município,
ampliando a mesma, conforme a necessidade, com ampliação da rede física uma vez que o
município já atende 100% da população de quatro a cinco anos de idade.
1.5 -Estabelecer, a partir do primeiro ano de vigência deste Plano, parâmetros de qualidades
dos serviços de Educação Infantil, como referência para orientação, acompanhamento e
avaliação.
1.6 – Estimular, fomentar, partilhar em fóruns específicos para a Educação Infantil,
proporcionando sensibilização Escola/Família sobre a importância da 1ª etapa da Educação
Básica.
1.7 – Ampliar o regime de colaboração constante entre órgãos, entidades sem fins lucrativos,
associações e demais setores afins, proporcionando pleno envolvimento e engajamento social.
1.8 – Cumprir com a Política Nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
Infantil- DCNEI, Programa e Projetos favorecedores do processo educacional das crianças.
1.9 – Continuar inserido no processo formativo da criança, elementos favorecedores da
cultura da paz, do campo artístico e estético, do cuidado com o meio ambiente, da sociedade
da ética e da justiça.
1.10 – Aderir a Programas de capacitação nas esferas: Municipal, federal e Estadual, com
fundo previsto no orçamento.
1.11 – capacitação Anual dos profissionais destinados ao trabalho com crianças de 0 (zero) à
3 (três) anos.
META 2 -
71
ENSINO FUNDAMENTAL
Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos, e
garantir que 100% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último
ano de vigência desse PME.
Estratégias
2.1- Regularizar o fluxo escolar, buscando manter a redução já existente com pretensão a
redução de 2% ao ano, a partir da vigência deste PME, com foco nas taxas de repetência,
evasão, abandono e distorção idade/série, através de programas de aceleração da
aprendizagem e recuperação, garantindo efetiva aprendizagem aos alunos com menor
desempenho escolar.
2.2 - Assegurar, que a partir do primeiro ano de Vigência deste Plano, todas as Instituições de
Ensino Fundamental, inclusive as particulares, estejam executando os seus Projetos Político-
Pedagógicos.
2.3- Continuar assegurando, a partir do 1º ano de vigência deste PME, o serviço de transporte
escolar a todos os alunos que dele necessitarem, negociando com o Estado a melhor parceria
procurando reduzir os custos para o Município.
2.4- Elevar progressivamente o nível de desempenho dos alunos em pelo menos 3% ao ano,
até o final da década, a partir do 1º ano de implementação deste PME, mantendo a
participação da Rede Municipal de Ensino no Programa Estadual de Avaliação Externa.
2.5- Prover as escolhas de livros didáticos, material pedagógico, de apoio ao professor,
ampliando em 70% o acervo das bibliotecas escolares até o final da década.
2.6- Garantir que a educação física seja ministrada nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
nos estabelecimentos da rede municipal, por professores habilitados, conforme o projeto
pedagógico adotado.
2.7- Universalizar, até o final da década, em articulação com as áreas de saúde e de assistência
social, com as instituições de ensino superior e com os Municípios, a aplicação dos exames de
acuidade visual e auditiva e a avaliação postural, funcional, nutricional e cognitiva dos alunos
da rede municipal de educação.
2.8- Implantar, em 50% (cinquenta por cento) das escolas de Ensino Fundamental,
prioritariamente nas áreas de maior vulnerabilidade social, padrões básicos de atendimento
relativos à infraestrutura, ao mobiliário, aos equipamentos, aos recursos didáticos, à gestão
escolar, ao número de alunos por turmas e aos recursos humanos, em até cinco anos, e em
100% (cem por cento) das escolas, em até dez anos.
2.9- Ampliar progressivamente o número de escolas públicas municipais que desenvolvam
projetos sociais, esportivos, culturais e de lazer, em horário extraturno e nos finais de semana,
priorizando as regiões de maior vulnerabilidade social.
2.10- Garantir a participação de todas as escolas da Rede Municipal em Programas Nacionais
e Estaduais de Avaliação Educacional.
72
2.11- Garantir, em até dois anos, que todos os alunos matriculados no terceiro ano do ensino
fundamental saibam ler e escrever.
2.12- Implementar a partir do 1º ano de vigência deste Plano, Programas Especiais de
Alfabetização, visando atender alunos não-alfabetizados, que se encontram matriculados no
Ensino Fundamental.
2.13- Aumentar para 95% (noventa e cinco por cento), em até cinco anos, o percentual de
alunos do 5º ano com desempenho acima do nível recomendado em Língua Portuguesa e
Matemática, com base em resultados do Programa de Avaliação da Rede Pública da Educação
Básica – PROEB.
2.14- Reduzir a taxa de distorção idade-ano nos anos iniciais em até dois anos em 100% (cem
por cento).
2.15- Reduzir a taxa de abandono no ensino fundamental para 2% (dois por cento), em até
cinco anos, e para 1% (um por cento), em até 10 anos.
2.16- Incluir no currículo da Rede Municipal de Ensino, a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, em cumprimento a Lei Federal nº 11. 645,
como também a 10.639/2003 Afro-Descendente e Africana como parte complementar de todo
contexto.
2.17- Acompanhar e buscar apoio nas ações estabelecidas pelo PAR – Plano de Ações
Articuladas, mediante as responsabilidades estabelecidas.
2.18- Fortalecer o monitoramento do acesso e da permanência do aluno na escola por parte
dos beneficiários dos programas de transferência de renda, intensificando o motivo de
ausência e baixa frequência , garantindo apoio à aprendizagem.
META 3
ENSINO MÉDIO.
Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e
elevar, até o final de período de vigência deste plano, a taxa líquida de matrículas no ensino
médio para 85%.
73
Estratégias
3.1 - Negociar com a SEE a partir do primeiro ano de vigência do PME a:
Universalização do atendimento da demanda deste nível de ensino;
Implementação de cursos de habilitação profissional;
Elaboração de padrões mínimos de infra-estrutura para o ensino médio, compatíveis
com a realidade local.
3.2- Assegurar junto ao Estado o desenvolvimento de ações que visem garantir o
aproveitamento dos alunos do ensino médio de forma a atingir, no prazo de dois anos, níveis
satisfatórios de desempenho definidos pelo Sistema Estadual e Nacional de Avaliação e pelo
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
3.3- Solicitar do Estado o estudo das causas de reprovação e abandono dos alunos do Ensino
Médio, adotando medidas corretivas que elevem a qualidade e eficácia do ensino no sentido
de procurar reduzir, no Município, a partir do primeiro ano de vigência deste PDME, em 10%
ao ano, a taxa de repetência, abandono e evasão.
3.4- Solicitar à SEE, que articule, a partir do 2º ano de implementação deste PDME, com as
Escolas responsáveis por esta modalidade de ensino, uma revisão da organização curricular
didático-pedagógica e administrativa do ensino noturno, de forma a adequá-lo às necessidades
do aluno trabalhador, sem prejuízo da qualidade de ensino. .
3.5 -Fomentar a expansão da oferta de matrículas gratuitas de educação profissional técnica
de nível médio por parte das entidades privadas de formação profissional vinculadas ao
sistema sindical, de forma concomitante ao ensino médio público
3.6 -Estimular a expansão do estágio para estudantes da educação profissional técnica de nível
médio e do ensino médio regular, preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao
itinerário formativo do estudante, visando ao aprendizado de competências próprias da
atividade profissional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento do estudante para a
vida cidadã e para o trabalho.
META 4
EDUCAÇÃO ESPECIAL/ INCLUSIVA
Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na
rede regular de ensino, garantindo o atendimento educacional especializado em salas de
recursos multifuncionais.
74
Estratégias
4.1 - Organizar no prazo de 02 anos, após a implantação deste plano, um banco de dados que
contemple a demanda real de atendimento de alunos com necessidades educacionais
especiais.
4.2 -Continuar apoiando e propondo programas para equipar adequadamente, a partir da
aprovação deste PME, em parceria com o Estado, União e com a iniciativa privada, as escolas
(de todos os níveis e Unidades Administrativas) que atendam educandos com necessidades
educacionais especiais, tanto com recursos materiais e pedagógicos especiais, quanto com
recursos humanos especializados, atendendo as especificidades de cada um e como determina
a legislação e ainda, com as necessárias adaptações das barreiras arquitetônicas em todas as
Unidades Escolares.
4.3 -Continuar ofertando o AEE (Atendimento Educacional Especializado, por pólo ou por
escolas, os serviços de apoio especializado para o atendimento eficaz dos alunos portadores
de necessidades educacionais especiais, a fim de se diminuir o impacto da reprovação e da
defasagem idade/série.
4.4 -Implantar, a partir do 1º ano da aprovação deste Plano, em parceria com a Secretaria
Municipal de Saúde, Assistência Social e APAE, programas destinados à ampliação do
atendimento aos educandos com necessidades especiais.
4.5 -Garantir em todas as escolas a partir do 1º ano de vigência do PME, os padrões mínimos
de infra-estrutura para o atendimento aos alunos especiais.
4.6 -Assegurar que a Rede Municipal atualize com a participação dos profissionais de
educação, em até dois anos, seus projetos pedagógicos, garantindo-se sua atualização
periódica.
4.7 -Implantar programa de avaliação adequado às especificidades dos alunos da educação
especial.
4.8 -Ampliar a oferta de atendimento educacional ao aluno com deficiência nos
estabelecimentos de ensino regular, garantido a inclusão escolar.
4.9 -Criar instrumentos de divulgação de experiências bem sucedidas na formação de alunos
com deficiência.
4.10 - Apoiar iniciativas que envolvem capacitações para professores de NEE(Necessidades
Educacionais Especiais), no intuito de reforçar o trabalho já existente, privilegiando a
excelência do trabalho do atendimento prioritário.
META 5 –
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
75
Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade.
Estratégias
5.1 – Participar da Prova ANA ( Avaliação Nacional de Alfabetização) aplicada pelo Instituto
N acional de Estatística e Pesquisa (INEP), para aferir a alfabetização dos alunos,
aplicados a cada ano, bem como estimular as escolas a criarem os respectivos instrumentos de
avaliação e monitoramento, implementando medidas pedagógicas para alfabetizar todos os
alunos até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental.
5.2 – Selecionar e ampliar a aquisição de tecnologias educacionais para a alfabetização de
alunos, assegurando a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o
acompanhamento dos resultados pelos responsáveis.
5.3 – Assegurar, na Proposta Curricular dos órgãos competentes, os processos pedagógicos de
alfabetização nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os com as estratégias
desenvolvidas na pré escola, com qualificação e valorização de professores alfabetizadores e
com apoio pedagógico específico, afim de garantir a alfabetização plena de todos os alunos.
5.4 – Promover ações que visem a alfabetização de pessoas com deficiência, considerando as
suas especificidades, inclusive a alfabetização bilingue de pessoas surdas, sem
estabelecimento de terminalidade temporal, com maior investimento na capacitação e
formação de profissionais.
5.5 – Acompanhar de perto o resultado dos gráficos fornecidos pelo estabelecimento, a fim de
adotar medidas corretivas em tempo hábil.
5.6 – Continuar ofertando as crianças com dificuldades de aprendizagem o reforço escolar em
contra turno ou reenturmação com acompanhamento pedagógico supervisionado para garantir
a aprendizagem.
5.7 – Troca de experiências e estudo dos profissionais do município.
META 6
EDUCAÇÃO INTEGRAL
Oferecer educação em tempo integral em no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a
atender, pelo menos 25% dos alunos da Educação Básica.
Estratégias
76
6.1 – Instituir, em regime de colaboração, a partir deste PME, Programa de construção de
escolas com padrão arquitetônico e de mobiliários adequados para atendimento em tempo
integral, prioritariamente em comunidade pobres ou com crianças e adolescentes em situação
de vulnerabilidade social.
6.2 – Adotar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola,
direcionando a expansão da jornada escola, combinado com atividades recreativas, esportivas
e culturais a medida do andamento dos processos.
6.3 – Estimular a oferta de atividades voltadas a ampliação da jornada escolar de alunos
matriculados nas escolas da rede pública de Educação Básica, por partes das entidades
privadas, de serviço social, em articulação com a Rede pública de Ensino.
6.4 – Buscar parcerias nas esferas Estadual e Federal, na implementação e manutenção das
escolas com Educação Integral.
META 7
APRENDIZADO ADEQUADO NA IDADE CERTA
Elevar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidade, com melhoria do
fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias IDEB 2015, 2017,
2019, 2021.
Quadro 24 -
MUNICÍPIO: Curvelo
Ideb Observado Metas Projetadas
Rede
Municipal
de
Curvelo
2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
4.6 5.2 5.9 6.2 4.0 4.4 4.8 5.0 5.3 5.6 5.9 6.1
Estratégias
7.1 – Assegurar a participação das escolas nos processos de avaliação da qualidade da
Educação Básica, e utilizar os resultados das avaliações nacionais nas redes de ensino, para a
melhoria das práticas pedagógicas.
7.2 – Acompanhar e divulgar os resultados pedagógicos dos indicadores do SAEB e do
IDEB, relativos às escolas, planejando, a partir dos resultados, as estratégias metodológicas
77
que assegurem a ampliação do nível de qualidade ensino, garantido a contextualização desses
resultados.
7.3 – Induzir processo contínuo de autoavaliação das escolas de Educação Básica, por meio
da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas,
destacando-se a atualização do PPP ( Projeto Político Pedagógico), a melhoria contínua da
qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais de educação.
7.4 – Orientar e monitorar as Unidades Escolares para que atinjam as metas do IDEB,
diminuindo a diferença entre as escolas com menores índices e a média municipal, garantindo
equidade da aprendizagem.
7.5 - A partir dos resultados das avaliações externas, construir junto à equipe pedagógica, em
parceria com a Superintendência Regional de Ensino, mecanismos de práticas pedagógicas,
que visem melhorar sistematicamente a aprendizagem dos alunos.
7.6 – garantir o acesso, a permanência e o atendimento às especialidades dos estudantes de
todo o sistema de ensino, visando a efetivação do direito à educação e a redução das
desigualdades educacionais.
7.7 – Ampliar as ações de combate a violência e ao uso de drogas nas escolas em parcerias
múltiplas com órgãos e secretarias aliados a esse tema, buscando a cultura de paz no ambiente
escolar.
7.8 – Executar o PAR – Plano de Ações Articuladas em consonância com o PME - Plano
Municipal de Educação, tendo em vista as metas estabelecidas para a Educação Básica.
META 8
ESCOLARIDADE MÉDIA
Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no
mínimo, 12 anos de estudo para a comunidade carente do município de Curvelo , bem
como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da
desigualdade educacional.
78
Estratégias
8.1 -Fomentar programas de educação de jovens e adultos para os segmentos
populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade série.
8.2 – Garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos
fundamental e médio.
8.3 -Fomentar a expansão da oferta de matrículas gratuitas de educação profissional
técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de formação profissional
vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino público, para os
segmentos populacionais considerados.
8.4 – Institucionalizar e desenvolver Programas para correção de fluxo, Classificação e
Reclassificação, acompanhamento pedagógico individualizado e recuperação, bem como
priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades
dos segmentos populacionais considerados.
8.5 – Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social a busca escolar
ativa, assegurando o acompanhamento e monitoramento de acesso e permanência na
escola, bem como, identificar causas de afastamento e abandono.
META 9 –
ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO DE JOVENS E ADULTOS
Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015
e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de
analfabetismo funcional.
Estratégias
79
9.1 -Recensear e fazer o cadastramento anual, em parceria com o Sistema Estadual de
Educação, da demanda a ser atendida na Educação de Jovens e Adultos, a partir da
implantação deste Plano.
9.2 -Reduzir, a partir do 1º ano de implementação deste PME, em 10% ao ano, o
analfabetismo da população de 14 anos ou mais, objetivando atingir a população
analfabeta, desenvolvendo para isto parceria, com entidades não governamentais,
instituições privadas de ensino, fundações de ensino e outras instituições.
9.3 -Expandir gradativamente, em 10% (dez por cento) ao ano, de forma articulada com o
Estado, a partir do 1º ano de implantação do PME, a oferta de vagas na Educação de
Jovens e Adultos, garantindo as etapas correspondentes ao Ensino Fundamental e Médio a
todos que foram excluídos do processo de ensino ou os que não tiveram a oportunidade
em idade própria de frequentar a escola. Em cinco anos, 50% (cinquenta por cento) e em
dez anos, 100% ( cem por cento)da demanda potencial a ser atendida, nas duas etapas
(Fundamental e Médio) da Educação Básica.
9.4 -Elaborar, em conjunto com o Estado, a partir da aprovação do PME, Proposta
Curricular orientadora para a EJA (Fundamental e Médio) subsidiando os Projetos
Politico-Pedagógicos das escolas públicas.
9.5 -Incentivar a contínua implementação do processo de avaliação sistêmica que atenda
às especificidades da educação de jovens e adultos, considerando-se as vivências dos
educandos, a infra-estrutura das escolas e a diversidade dos projetos pedagógicos.
9.6 -Prosseguir com a implementação de projeto pedagógico com recursos didáticos e
metodologia específica para a educação de jovens e adultos, de forma a desenvolver as
habilidades e competências dos alunos, garantindo-se a oferta continuada de cursos.
9.7 -Garantir a continuidade, a partir da aprovação do PME, junto aos órgãos competentes
o compromisso de ofertar a merenda escolar aos alunos da Educação de Jovens e Adultos.
9.8 -Reduzir em até 60% (sessenta por cento) a taxa de analfabetismo, em até cinco anos,
e erradicá-lo ao final de dez anos.
META 10
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS INTEGRADA À EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL
Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de Educação de Jovens e Adultos na forma
integrada à Educação Profissional nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino
Médio.
Estratégias
80
10. 1- Manter Programa Nacional de Educação de Jovens e Adultos voltado à conclusão do
ensino fundamental e à formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão da
educação básica.
10.2 - Fomentar a expansão das matrículas na Educação de Jovens e Adultos de forma a
articular a formação inicial e continuada de trabalhadores e a educação profissional,
objetivando a elevação do nível de escolaridade do trabalhador.
10.3- Fomentar a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional, em
cursos planejados de acordo com as características e especificidades do público da educação
de jovens e adultos, inclusive na modalidade de educação a distância.
10.4- Institucionalizar programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos
voltados à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na educação de
jovens e adultos integrada à educação profissional.
10.5- Fomentar a produção de material didático, o desenvolvimento de currículos e
metodologias específicas para avaliação, formação continuada de docentes das redes públicas
que atuam na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional.
10.6 -Fomentar a diversificação curricular do ensino médio para jovens e adultos, integrando
a formação integral à preparação para o mundo do trabalho e promovendo a inter-relação
entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura e cidadania,
de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos adequados às características de jovens e
adultos por meio de equipamentos e laboratórios, produção de material didático específico e
formação continuada de professores.
10.7 – Apoiar ações de incentivo aos programas de aprendizagem, estágio e do 1º emprego
aos Jovens e Adultos junto a entidades diversas.
META 11
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Triplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, assegurando a
qualidade da oferta e pelo menos 50% ( cinquenta por cento)da expansão do segmento
público.
Estratégias
11.1 - Estabelecer, no segundo ano de vigência deste PME, em colaboração com empresários
e trabalhadores, com as escolas e com todas as instâncias do governo, uma política de
81
desenvolvimento local de cursos básicos, técnicos e superiores da Educação Profissional,
observadas a vida econômica do município e as ofertas do mercado de trabalho.
11.2 - Solicitar ao Poder Público Estadual, a partir do 2º ano de vigência deste Plano, a
criação de um Centro de Formação Profissional no Município.
11.3 - Estabelecer parcerias com os sistemas: Federal e Estadual, e a iniciativa privada, para
implantar e incentivar a oferta de Educação Profissional.
11. 4 -Fomentar a expansão da oferta de Educação Profissional Técnica de Nível Médio nas
Redes Públicas Estaduais de ensino.
11.5- Fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio na
modalidade de educação a distância, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o
acesso à educação profissional pública e gratuita.
11.6- Ampliar a oferta de programas de reconhecimento de saberes para fins da certificação
profissional em nível técnico
META 12
EDUCAÇÃO SUPERIOR
Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% ( cinquenta por cento) e
a taxa líquida para 33%( trinta e três) da população de 18 a 24 anos, assegurando a
qualidade da oferta e expansão para, pelo menos 40%( quarenta por cento) das novas
matrículas , no segmento público.
Estratégias
12.1 – Compatibilizar as políticas e ações da educação superior com as expectativas e
necessidades de desenvolvimento econômico, social e cultural do estado, priorizando-se as
áreas de vulnerabilidade social.
12.2 – Ampliar as vagas de estágios supervisionados, por meio de convênios entre as
Instituições de Ensino Superior e a Rede Municipal de Educação.
12.3 - Firmar parcerias entre as Instituições de Ensino Superior e a Rede Municipal de
Educação,até o final da década, em articulação com as áreas de saúde e de assistência social, a
aplicação dos exames de acuidade visual e auditiva e a avaliação postural, funcional,
nutricional e cognitiva dos alunos da rede municipal de educação.
META 13
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Elevar a qualidade da Educação Superior no Município
Estratégias
13.1 – Colaborar com o aperfeiçoamento do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior – SINAES, de que trata a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, fortalecendo as
ações de avaliação, regulação e supervisão.
82
13.2 – Colaborar com a promoção da melhoria da qualidade dos Cursos de Licenciaturas, por
meio da aplicação de instrumento próprio de avaliação aprovado pela Comissão Nacional de
Avaliação da Educação Superior ( CONAES).
13.3- Integrar às demandas e necessidades das redes de Educação Básica, de modo a permitir
aos graduandos a aquisição das qualificações necessárias a conduzir o processo pedagógico de
seus futuros estudantes.
13.4 – Promover formação geral e específica com prática didática, além da Educação para as
Relações Étnico-Raciais ( ERER), adversidade e as necessidades das pessoas com deficiência.
13.5 – Estabelecer políticas de comunicação das ações internas e externas, das IES –
Instituições de Ensino Superior, potencializando meios e formas de socializar os saberes e
fazeres produzidos nas ações de pesquisa, ensino e extensão dos professores, mestres e
doutores.
META 14
PÓS-GRADUAÇÃO
Incentivar o aumento gradual de matricula na Pós-Graduação STRICTO SENSU, a fim
de obter qualidade no ensino tanto na Educação Básica, quanto na Educação Superior.
Estratégia
14.1 – Promover em regime de colaboração com os entes federados, plano de incentivo à
participação de professores nos cursos de Pós-Graduação STRICTO SENSU na área da
Educação.
14.2 – Criar parcerias entre os entes federados, possibilitando bolsa de estudo de estudo e/ou
remuneração integral com afastamento de suas atividades para o profissional participante em
curso de formação STRICTO SENSU, durante a vigência deste Plano.
META 15
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, que todos os professores da
Educação Básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Estratégias
15.1 – Apoiar a ampliação e divulgação das plataformas eletrônicas ( a exemplo da
Plataforma Paulo Freire), para organizar a oferta e as matrículas em curso de formação inicial
e continuada de profissionais da educação, bem como para divulgar e atualizar seus currículos
eletrônicos.
15.2 - Reconhecer as práticas de ensino e os estágios realizados nos cursos de formação de
pessoal que atua nos níveis médios e superiores, visando o trabalho sistemático de articulação
entre a formação acadêmica e as demandas da Educação Básica.
15.3 – Apoiar a implementação dos cursos e Programas especiais para assegurar formação
específica na Educação Superior.
83
15.4 –Apoiar e participar no desenvolvimento de modelos de formação docente para à
Educação Profissional, que valorizem a experiência prática, por meio da oferta nas redes
federal e estadual de Educação profissional, de cursos voltados a complementação e
certificação didático-pedagógica de profissionais experientes.
15.4 – Aprimorar as práticas dos estágios realizados nas instituições da Educação Básica e
Superior.
META 16
FORMAÇÃO CONTINUADA E PÓS-GRADUAÇÃO DE PROFESSORES
Garantir, em nível de Pós- graduação, 50% ( cinquenta por cento) dos professores da
Educação Básica até o último ano de vigência deste PME e garantir a todos os
profissionais da Educação Básica,possuam formação continuada em sua área de atuação.
Estratégias
16.1 -Promover a formação continuada de professores que atuam na Educação Infantil e nos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental da Educação Básica, desenvolvendo uma visão global e
interdisciplinar dos aspectos que norteiam uma educação integral das crianças.
16 .2 - Incentivar e possibilitar meios eficazes para que os professores da Rede Municipal de
Educação estejam em constante processo de formação ( Formação Continuada e Pós-
Graduação) contribuindo para a melhoria de sua prática docente e seus conhecimentos
profissionais.
16.3-Identificar e mapear, a partir do primeiro ano deste plano, os professores em exercício no
município, que não possuem, no mínimo, a habilitação de nível médio para o magistério, de
modo a elaborar-se, em dois anos, o dialógico da demanda de habilitação de professores e
organizar-se, em todos os sistemas de ensino, programas de formação de professores,
possibilitando-lhes a formação exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
em seu art. 87.
16.4- Buscar nas esferas estaduais e federais a criação de cursos de formação em nível
superior de todos os profissionais que não possuem o curso necessário para o atendimento
das necessidades do ensino, estabelecer cursos de nível médio, em instituições específicas,
que observem os princípios definidos na LDB e preparem pessoal qualificado para a
Educação Infantil, para a Educação de Jovens e Adultos e para os Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, prevendo a continuidade dos estudos desses profissionais em nível superior.
16.5- Promover parcerias com as universidades e demais instituições formadoras para que
ofereçam no município, cursos de formação de professores, de modo a atender à demanda
local e regional por profissionais do magistério graduados em nível superior.
META 17
VALORIZAÇÃO DE PROFESSORES
84
Valorizar os profissionais do magistério da Rede Municipal a fim de equiparar seu
rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do
quarto ano de vigência deste PDE .
Estratégias
17.1 – Formação profissional que assegure o desenvolvimento do educador, enquanto
cidadão e profissional, o domínio do conhecimento específico – objeto de trabalho com os
alunos – e dos métodos pedagógicos que promovam a aprendizagem;
17.2 - Sistema de educação continuada que permita ao professor um crescimento constante
dentro de uma visão crítica e de uma perspectiva humanista do trabalho educativo;
17.3-Compromisso social e político do magistério.
17.4- Realizar um estudo em parceria com o Estado, a Rede Municipal e as Entidades
Privadas de Educação sobre a formação dos professores da Educação Infantil e Anos Iniciais
do Ensino Fundamental para a proposição de formação mínima adequada a legislação e
formação continuada em serviço.
17.5 -Instituição de programas e atividades que reconheçam o potencial do professor e que ,
estimulem a sua criatividade e proporcionem bem estar no trabalho.
17.6- Estimular as ações que promovam um ambiente de trabalho decente, a criatividade, a
produtividade, a eficiência, a economicidade e a melhoria da qualidade do serviço nas escolas.
17.7-Trabalhar coma perspectiva de preservação da saúde e integridade dos professores por
meio de ações que abrangem desde o reconhecimento, avaliação e controle da ocorrência de
potenciais agravos à saúde dos mesmos, relacionados às condições e ambiente de trabalho,
incluindo aqueles relativos à ergonomia e fatores relacionais até a implementação de ações
sócio-culturais com o incentivo a prática de esporte promovendo o bem estar do servidor.
17. 8- Somente admitir professores e demais profissionais de educação que possuam as
qualificações mínimas exigidas no art. 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
17.9 – Garantir a formação continuada e serviço específico sobre História Afro-Brasileira e
Indígena, ECA, Estatuto do Idoso, Educação para o Trânsito aos professores que atuam em
todas as áreas do conhecimento.
17.10 –Garantir a todos os profissionais do magistério os avanços trazidos pela lei do Piso,
assegurando a cooperação entre Estados, Município e União, durante a vigência deste Plano.
META 18 –
PLANO DE CARREIRA
Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais
do magistério da Rede Municipal de Educação, tomar como referência o piso salarial
85
nacional profissional, definido em Lei federal, nos termos do inciso VIII do Artigo 206 da
Constituição Federal.
Estratégias
18.1 -Garantir o cumprimento, já a partir do primeiro ano deste plano, do Plano de Carreira e
Remuneração do Magistério Público de Curvelo, elaborado e aprovado de acordo com as
determinações da Lei.
18.2. Revisar de dois em dois anos o Plano de Carreira do Magistério Publico Municipal, com
a participação da categoria, do executivo, legislativo e representante do sindicato,
fundamentado na legislação vigente, de modo a tornar a carreira mais atraente e valorizar a
formação continuada.
18.3-Garantir o cumprimento dos percentuais estabelecidos no Plano de Carreira do
Magistério Público Municipal, para os professores que atuam no Ensino Fundamental.
18. 4 -Somente admitir professores e demais profissionais de educação que possuam as
qualificações mínimas exigidas no art. 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
18.5 – Criar critérios transparentes para contratação de profissionais do Magistério.
18.6 - Garantir que na revisão dos critérios de avaliação estabelecidos no Plano de Carreira do
Magistério Público Municipal haja participação dos profissionais em Comissão específica.
META 19
GESTÃO DEMOCRÁTICA
Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da Gestão Democrática,
da Educação, associada a critérios técnicos de méritos e desempenho e à consulta pública à
comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas municipais, prevendo recursos e apoio
técnico da União para tanto.
Estratégias
19.1 - Garantir que todos participem ativamente das atividades da escola garantindo a
promoção de planejamentos participativos bem como a integração de professores e
funcionários, pais e alunos, uma vez que o planejamento participativo é fundamental para o
desenvolvimento de um trabalho pedagógico de qualidade, promovendo a expressão e
participação nas decisões.
19.2 - Garantir o cumprimento do Projeto Político Pedagógico da escola, construído
democraticamente pelos profissionais da educação, alunos e comunidade , buscando
interagir cotidianamente nos processos de constituição de novas identidades e solidariedade,
na produção e socialização de códigos e conteúdos culturais, de informações e de experiências
e em fim a consolidação das aspirações de novas formas de ação coletiva.
86
19.3 -Incorporar um repertório rico e variado de metodologias de ensino, dentre eles a
valorização do contexto histórico, político, econômico e social dos discentes . Investindo na
realidade dos alunos, facilitando aos docentes a resolução das diversidades e de necessidades
educativas dentro e fora da sala de aula.
19.4- Identificar as oportunidades apropriadas para a ação e decisão compartilhada;
19.5- Estimular a participação dos membros da comunidade escolar, através da criação dos
Colegiados Escolares.
19.6 - Estabelecer normas de trabalho em equipe e orientar a sua efetivação;
19.7 - Transformar boas ideias individuais em ideias coletivas;
19.8 - Facilitar e estimular a participação dos pais, alunos, professores e demais funcionários,
na tomada de decisão e implementação de ações;
19.9- Promover a comunicação aberta, construindo equipes participativas;
19.10- Incentivar a capacitação e desenvolvimento dos funcionários de todos da escola;
19.11-Criar um clima de confiança e receptividade nas escolas, mobilizando energia, dinamismo e
entusiasmo.
19.12- Garantir os recursos necessários para apoiar os esforços participativos;
19.13- Promover reconhecimento coletivo pela participação e pela conclusão de tarefas.
19.14- Fazer política da justiça, da imparcialidade e da boa convivência, buscando sempre
colaboradores (alunos, professores, profissionais, pedagogos e pais de alunos) sempre em busca
de solução coletiva.
19.15 – Instituir através de decreto a criação de Conselhos Escolares nas Instituições de ensino
municipal em consonância com o PAR - Plano de Ações Articuladas.
19.16 – Criar mecanismos de escolha de Diretor, tendo como base a consulta à comunidade
escolar e critérios técnicos pré estabelecidos, durante a vigência deste Plano.
META 20
FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO
Mobilizar a sociedade civil organizada para garantir a aplicação de investimento público
em Educação Pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno
bruto do país, no 5º ( quinto ano) de vigência desta Lei e, no mínimo o equivalente a 10%
(dez por cento) do PIB ao final do decênio.
Estratégias
20-1- Garantir a participação da comunidade no acompanhamento e na fiscalização dos
recursos destinados à educação e, particularmente à manutenção e ao desenvolvimento no
ensino.
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20.2- Fazer incidir a alíquota de no mínimo 25% sobre toda a receita de impostos (próprios e
transferidos)
20.3- Fortalecimento dos Conselhos Escolares (FUNDEB, CAE, CME) por meio da
efetivação de uma gestão financeira participativa e transparente, contribuindo com a
progressiva autonomia das Unidades Escolares e, desse modo, fortalecer o papel da Escola
Pública Municipal na oferta da educação básica de qualidade.
20.4-Garantir que a receita vinculada para Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE),
seja cumprida conforme determina a Legislação:
I – Remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais da educação;
II – Aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos
necessários ao ensino;
III – Uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
IV –Levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando principalmente ao
aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;
V – Realização de atividades necessárias ao funcionamento do sistema de ensino;
VI – Amortização e custeio de operações de créditos destinadas a atender ao disposto nos
incisos deste artigo;
VII – Aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de transporte
escolar.
VIII – Definição durante a vigência deste plano, do número máximo de alunos por turma em
todos os níveis de ensino.
20.5 - Compreender as bases de efetivação da democratização da Gestão Educacional e
Escolar (administrativa, pedagógica e financeira), destacando, entre outros mecanismos de
participação e decisão na escola, a importância do Projeto Político-Pedagógico e do e
dimensionamento do papel do Conselho Escolar.
MECANISMOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PME
Um plano da importância do PME (2015-2024), representa um instrumento norteador,
repleto de mecanismos de acompanhamento e avaliação que lhe dêem segurança no
prosseguimento das ações ao longo do tempo e nas diversas circunstâncias em que se
desenvolverá. Adaptações e medidas corretivas, conforme a realidade for mudando ou com o
surgimento de novas exigências, dependerão de um bom acompanhamento e de uma constante
avaliação de percurso. O “acompanhamento e avaliação”, na estrutura do Plano Municipal de
Educação, serão processuais, visto a necessidade de ocorrerem permanentemente, ao longo de
todo o processo de implementação do plano. As atividades de acompanhamento e avaliativas
devem ser feitas com a finalidade de garantir o cumprimento das metas estabelecidas para os
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próximos 10 (dez) anos. Como o Plano é decenal, poderá haver mudanças da realidade
educacional local, levando à necessidade de se adotar medidas corretivas ou proceder a
algumas adaptações àquelas já elencadas. Nesse sentido, é indispensável a garantia de um
acompanhamento constante durante o processo de implementação do PME com avaliações
periódicas. É importante lembrar que a metodologia utilizada contemplou mecanismos de
participação bastante estimuladores e os interessados puderam manifestar – se de diversas
formas, expondo seus interesses e necessidades e dando contribuições relevantes. Esse plano
ao ser apreciado e votado pela Câmara Municipal deve ter sua essência respeitada e
reconhecida como um documento legítimo, construído coletivamente e que traduz os anseios
por uma educação de melhor qualidade para a sociedade Curvelana. O Plano Municipal de
Educação de Curvelo/ MG, durante todo o período de sua execução e desenvolvimento será
acompanhado e avaliado por uma Comissão Executiva formada com representantes do
Conselho Municipal de Educação e das instituições participantes na elaboração deste Plano,
sob a coordenação da Secretaria Municipal de Educação. A Comissão Executiva terá por
objetivos a realização das seguintes tarefas:
1. Organizar o sistema de acompanhamento e controle da execução do PME, estabelecendo,
inclusive, os instrumentos específicos para avaliação contínua e sistemática das metas
previstas.
2. Realizar anualmente a avaliação das metas e dos objetivos do PME, com o envolvimento
dos segmento de educação e da sociedade que participaram do processo de elaboração do
mesmo.
3. Analisar os resultados obtidos nas avaliações e comparar com os objetivos e com as metas
propostas no PME, identificando pontos de maior dificuldade e propondo ações para correção
e adequação dos mesmos.
4. Encaminhar ao Prefeito Municipal, ao final de cada ano, relatório sobre a execução do
PME, contendo análise das metas alcançadas e os problemas evidenciados, com as devidas
propostas de solução.
5. Analisar os resultados obtidos nas avaliações e comparar com os objetivos e metas
propostos no PME, identificando pontos de estrangulamento e propondo ações para correção
de rumos. Para avaliar especificamente a meta relativa à melhoria da qualidade do ensino, que
pressupõe, entre outros itens, a melhoria do desempenho dos alunos, conforme previsto neste
PME, o Município realizará, pelo menos ao final de cada ano letivo, uma avaliação da
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aprendizagem dos alunos de cada ano, sobretudo, nos conteúdos de Português e Matemática
(nos primeiros anos do Ensino Fundamental), nas escolas municipais. Esta avaliação da
aprendizagem não exclui as avaliações externas a serem realizadas pela SEE/MG, para todas
as escolas públicas de Minas Gerais e a avaliação nacional realizada pela Prova Brasil.
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especializado e dá outras providências, Decreto, Nº 7.611/2011, Brasília, 2011
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EQUIPE DE ELABORAÇAO E REDAÇÃO
- Secretária Municipal de Educação
- Comissão do Plano Decenal
CURVELO, 28 DE ABRIL DE 2015