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Profa. Amanda Aires www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 22 Curso Completo de Economia Brasileira para o BNDES Profissional Básico: Economista Profa. Amanda Aires Teoria e Questões Comentadas AULA 02 Aula 02: O primeiro choque do petróleo e o II PND Sumário II PND 2 O governo Figueiredo 6 Exercícios Comentados 19 Na aula de hoje, vamos estudar a segunda parte do regime militar. Com ele, vamos entender o que levou ao final desse regime. Com isso, vamos dar os primeiros passos para compreender a fase de redemocratização no governo posterior. Ao trabalho?

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Teoria e Questões Comentadas – AULA 02

Aula 02: O primeiro choque do petróleo e o II PND

Sumário

II PND 2

O governo Figueiredo 6

Exercícios Comentados 19

Na aula de hoje, vamos estudar a segunda parte do regime militar.

Com ele, vamos entender o que levou ao final desse regime.

Com isso, vamos dar os primeiros passos para compreender a fase de

redemocratização no governo posterior.

Ao trabalho?

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A economia brasileira e a última fase do regime militar: O II

PND

O período entre os anos de 1974 e 1984 marca o processo de distensão e finalização do regime militar, iniciado em 1964 com o

governo Castello Branco, através dos mandatos dos presidentes Ernesto Geisel (1974-1984) e João Figueiredo (1979-1984).

Economicamente, os anos entre 1974 e 1984 representam o auge e o esgotamento do processo de industrialização por

substituição de importações no Brasil e delimitam um

conturbado contexto internacional, assinalado pela crise da ordem de Bretton Woods, pelos dois choques do petróleo e pelo

aumento da taxa de juros norte-americana.

Só para que você entenda melhor o processo de industrialização por substituição de importações, ele

foi iniciado ainda no ano de 1930 pelo então presidente da república Getúlio Vargas. Esse

processo de industrialização colocava o governo como a máquina propulsora do crescimento

econômico, protegendo a indústria nacional e

incentivando a produção nacional. Assim, entre 1930 e 1979 prevaleceu esse modelo de industrialização

na economia brasileira.

Os anos 1970 são marcados pelo fim do período de Bretton Woods e

por suas conseqüências: redução do crescimento do produto, perda do dinamismo do comércio mundial, aumento da inflação e da taxa

de juros. Entre as causas que geraram o fim desse período, pode-se apontar o esgotamento da onda de inovações, fator que, até

então, gerava crescimento nas economias capitalistas. Assim, a redução das inovações altera a distribuição funcional da renda

em favor dos trabalhadores (uma vez que os lucros, remuneração dos empresários, não crescem sem inovações), gerando um desestímulo

ao investimento privado. Dessa forma, a redução do crescimento mundial esteve associada à perda do dinamismo do

investimento empresarial.

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Contudo, esse processo poderia ter sido evitado caso existisse o

aumento dos gastos públicos nacionais, pois, uma vez um desses setores fortalecidos, tal fato geraria expectativas de lucros e

redirecionaria novos recursos para investimentos. A impossibilidade

desse evento esteve ligada, no que diz respeito aos gastos públicos, a impossibilidade de aumentar os gastos devido aos crescentes

déficits fiscais dos governos.

A economia mundial altera bastante a sua configuração nos últimos

10 anos do governo militar devido, também, aos dois grandes

choques do petróleo. Nos países industrializados, os choques representam, além do aumento da inflação (originada no aumento

dos preços dos produtos derivados da commodity), a redução das importações e o posterior aumento das taxas de juros para

controle das elevações dos níveis de preços. Para os países em desenvolvimento/periféricos (onde se enquadra o Brasil), os impactos

foram ainda mais severos: aumento da inflação e dos preços dos produtos importados dos países centrais, redução do comércio

internacional (devido à redução da importação dos países desenvolvidos), perda das relações de troca, escassez de

dividas e déficits comerciais, além do aumento das taxas de juros domésticas em resposta ao aumento das taxas

internacionais. Esses efeitos, contudo, foram suavizados no período posterior ao primeiro choque devido à entrada dos

petrodólares, que injetam liquidez ao sistema financeiro e

financiam tanto países industrializados, como países em desenvolvimento. Fato semelhante não foi observado durante o

segundo choque, em 1979, o que levou os países desenvolvidos a aumentarem as taxas de juros, ampliando os efeitos recessivos nos

países periféricos.

Foi durante o período após o primeiro choque do petróleo que o governo Geisel (1974-1978) instituiu II Plano Nacional de

Desenvolvimento – II PND. O último plano econômico do regime militar foi caracterizado pelo crescimento do PIB e por

transformações na estrutura produtiva nacional e marca a resposta do Brasil à crise internacional. No desenvolvimento do

plano, optou-se pela ampliação da capacidade de produção doméstica de bens de capital e petróleo, o que marca o II PND como um plano

de ajuste estrutural, em contraposição as alternativas disponíveis de ajuste conjuntural.

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Assim, o II PND foi constituído como um programa de

investimentos públicos e privados que buscava atingir os pontos de estrangulamento que aumentavam a dependência e a

vulnerabilidade externa do Brasil: infra-estrutura, bens de

produção, energia e exportação, levando o Brasil a um estágio de potência intermediária. O financiamento desse plano seria realizado

pelo BNDES e pela União através de impostos e empréstimos externos. Os últimos sendo possíveis devido às melhores condições

de crédito originadas da liquidez dos petrodólares.

As estratégias do plano estavam alicerçadas em 4 pontos:

(i) modificação da matriz industrial, através da ampliação

da participação da indústria pesada;

(ii) mudança na organização industrial, com ênfase na importância da empresa privada nacional;

(iii) desconcentração regional da atividade produtiva,

gerando uma menor centralização espacial da produção e, por fim,

(iv) melhora da distribuição da renda.

Segundo os objetivos do plano, as inversões em bens de capital e

intermediários combinadas com a modificação das matrizes energéticas e de transportes gerariam, de forma autônoma, a

demanda pela implementação da indústria de bens de capital no Brasil.

O II PND resultou, dessa forma, em avanços para as indústrias de

bens intermediários e de energia, embora esse progresso estivesse ligado à presença de filiais de empresas

multinacionais no Brasil, representando, assim, alta ociosidade e pouca especialização. Em síntese, pode-se dizer que o ajuste

estrutural por meio do II PND não foi capaz de constituir um novo padrão de crescimento para a economia brasileira,

deslocando seu eixo dinâmico para a indústria de bens de capital. Ao mesmo tempo, não foi capaz de remover a vulnerabilidade

externa expressa nos déficits comerciais elevados e ampliados após o segundo choque externo.

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Teoria e Questões Comentadas – AULA 02

Os gráficos 1 e 2, em destaque abaixo, mostram, respectivamente, o

Produto Interno Bruto real e a balança comercial durante o governo Geisel (1974-1978).

Figura 1 – Produto Interno Bruto Real Brasileiro (destaque para o período

do governo Geisel) – 1974/2009 Fonte: IBGE

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008

PIB Real Brasileiro

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Figura 2: Balança Comercial Brasileira (destaque para o período do governo Geisel) –– 1974/2009

Fonte: Banco Central do Brasil, Boletim /BP

O governo Figueiredo, a ruptura do padrão de financiamento e

a década perdida

Com o segundo choque do petróleo, no último ano da década de

1970, as condições de liquidez internacional mudaram fortemente. A inexistência de petrodólares associados ao

aumento do preço da principal commodity da matriz energética mundial representou fortes conseqüências para a economia brasileira.

É um pouco antes desse período que se inicia o mandato de João Figueiredo, último governo do regime militar (1979-1984), marcado

por três fases distintas do comportamento do PIB:

(i) 1979-1981: Elevadas taxas de crescimento;

(ii) 1981-1983: Recessão;

(iii) 1984: Recuperação, puxada pelas exportações.

O gráfico 3 mostra, em vermelho, o comportamento da taxa de

crescimento do PIB real brasileiro durante o governo Figueiredo.

-10000

0

10000

20000

30000

40000

50000

1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008

Balanca Comercial Brasileira

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Figura 3 – Taxa de Crescimento do Produto Interno Bruto Real Brasileiro (destaque

para o governo Figueiredo – vermelho – e para a segunda metade da década de

1980)– 1974/2009. Fonte: IBGE

Os anos 1980 apresentaram várias diferenças quando comparados com os anos do decênio de 1970. Entre elas, a

conclusão do padrão de industrialização, iniciado em 1930 (o processo de industrialização por substituição de importações), e a

alternância de ciclos econômicos breves de recessão e expansão, aspecto comum a todas as variáveis econômicas,

conforme apresentado em verde no gráfico 3. Além disso, o período foi marcado por uma taxa de crescimento próxima ao aumento

da população e pela redução absoluta do investimento, caracterizando os anos 1980 como uma década de profunda

incerteza e ausência de um padrão de crescimento sustentado. Outro aspecto singular diz respeito à contínua transferência de

recursos reais para o exterior via obtenção de superávits

comerciais, em contraposição a absorção sistemática desses nos anos 1970.

Taxa de Crescimento do PIB real

-0.5

0

0.5

1

1.5

2

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

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A fim de cumprir a obrigatoriedade de transferir recursos reais para o exterior para pagar a divida externa, o governo Figueiredo adota

uma política econômica com medidas fiscais e monetárias restritivas e desvalorizações reais da taxa de câmbio com o

objetivo de melhor se ajustar a nova conjuntura internacional. Tal política gera resistências no setor privado e nas estatais, o que

leva a uma nova solução baseada na maxidesvalorização cambial implementada pelo novo ministro do planejamento, Antônio Delfim

Netto. O ministro institui, ainda, a correção das tarifas e o controle

dos gastos públicos com o objetivo de reter o crescimento dos preços.

Embora essa nova solução objetivasse a redução dos níveis de preços, a inflação continua seguindo tendência de crescimento

devido, entre os fatores, a emissão de moeda necessária para pagar aos exportadores pelos dólares obtidos com as vendas para o

exterior. O crescimento dos níveis de preços foi ainda potencializado pela nova política de ajuste salarial trimestral,

o deu a inflação o caráter inercial. A figura 4, abaixo, mostra, em destaque, a evolução do IPCA entre os anos de 1980 e 1984. Vale

salientar que, embora quando comparada com os períodos subsequentes, como será visto a seguir, a inflação não aparente ser

de grandes proporções, deve-se ter em consideração que, a partir desse momento, essa variável passa a ser um ponto de grande

preocupação para os desenvolvedores de política econômica

brasileira. O gráfico 5 apresenta o comportamento da inflação durante o governo João Figueiredo.

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Figura 4 – Variação anual do Índice de Preços Consumidor Amplo - IPCA (destaque

para o governo João Figueiredo)– 1980/2009. Fonte: IBGE

Figura 5 – Variação anual do Índice de Preços Consumidor Amplo - IPCA –

1980/1084. Fonte: IBGE

Os problemas de ajuste externo no governo Figueiredo aumentam

com a adição dos efeitos da crise latino-americana (moratória da dívida externa do México em setembro de 1982) ao insucesso

das medidas anteriores, além do padrão de financiamento utilizado durante o II PND baseado no endividamento externo, na

utilização dos recursos fiscais e parafiscais e na criação da moeda indexada. Para resolver a situação, foi adotado um ajuste

recessivo cujo objetivo foi reduzir consumo para aumentar as

Inflação - IPCA - (% a.a.)

-100

400

900

1400

1900

2400

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Inflação - IPCA - (% a.a.) Governo Figueiredo

104.8001923

164.012024

215.2633257

95.62304424

99.25048895

0

50

100

150

200

250

1980 1981 1982 1983 1984

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exportações através do uso de política monetária restritiva, o que

levou a uma retração do PIB, gerando, por fim, um processo de recessão na economia nacional. Dessa forma, a considerável

redução do crescimento, a estagnação do produto per capita e

a regressão dos investimentos teriam, durante a década de 1980, associação direta com o desequilíbrio externo pelo qual o país

passava. O gráfico 6, abaixo, mostra o comportamento da balança comercial brasileira no período.

Figura 6: Balança Comercial Brasileira (destaque para o período do governo

Figueiredo e o drive exportador) –– 1974/2009. Fonte: Banco Central do Brasil,

Boletim /BP

No que diz respeito às finanças governamentais, os anos 1980 apresentam o desequilíbrio do setor público por meio da crise do seu padrão de financiamento externo. Essa restrição de crédito

internacional originada com o segundo choque do petróleo impactam, duplamente, sobre as finanças públicas. Por um

lado, o setor público passa a ampliar a sua renúncia fiscal e o

-10000

0

10000

20000

30000

40000

50000

1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008

Balanca Comercial Brasileira

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volume dos subsídios a fim de viabilizar, rapidamente, a geração

de um superávit comercial para fazer face a transferência de recursos reais. Do outro lado, por ser o principal devedor em

moeda estrangeira (nessa época, o setor privado se endividava

junto ao setor público e esse buscava crédito internacional), o governo arca com o ônus do pagamento de uma carga de juros

em elevação.

Como consequência da nova conjuntura de insuficiência de

financiamento externo pela qual passa o setor público, observa-se

o aumento da dívida pública interna, efeito originado da própria rolagem da dívida externa. A expansão da dívida interna

está associada à elevação das taxas de juros que pressionam fortemente para a manutenção dos subsídios creditícios e a renúncia

fiscal durante o período. O gráfico 7, abaixo, mostra o comportamento da dívida do setor público entre os anos de 1981 e

2009, com destaque para a primeira metade dos anos 1980. Através da figura, observa-se uma taxa de crescimento constante ao

longo dos anos 1980, a exceção do ano de 1985, que detém uma menor taxa devido à melhora das contas externas e a redução

do desequilíbrio das contas públicas. O gráfico 8, em seguida, mostra a evolução da taxa de crescimento da dívida externa, com destaque,

também, para a primeira parte da década de 1980.

Figura 7: Evolução da taxa de crescimento da divida do setor publico (com

destaque para a primeira metade dos anos 1980) –– 1981/2009

Fonte: Banco Central do Brasil, Boletim /BP

Evolucao da taxa de crescimento da divida do setor publico

-1

4

9

14

19

24

1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

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Figura 8: Evolução da taxa de crescimento da dívida externa brasileira (com

destaque para a primeira metade dos anos 1980) –– 1981/2009 Fonte: Banco Central do Brasil, Boletim /BP

Exercícios?

1. (BNDES, Profissional Básico: Economia, 2008) O período de

1974-78 foi de adaptação da economia brasileira e mundial à

enorme alta dos preços do petróleo. Nesse período houve mudanças importantes, tais como:

(A) redução substancial dos gastos brasileiros com a

importação de petróleo.

(B) redução das taxas de juros no mundo e no Brasil,

devido à grande oferta de “petrodólares” pelos países exportadores de petróleo.

(C) aumento considerável dos deficits em conta corrente

dos países importadores de petróleo, financiados pela

reciclagem dos “petrodólares” via sistema financeiro internacional.

(D) expansão econômica mundial, financiada pela

reciclagem dos “petrodólares” promovida pelo sistema

financeiro internacional.

Evolução da taxa de crescimento da divida externa

-0.2

-0.15

-0.1

-0.05

0

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

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(E) grande aumento das exportações brasileiras, mais do

que compensando os maiores gastos com a importação

de petróleo.

Quando as bancas falam sobre o período entre 1974 – 1978 você tem

que lembrar da primeira crise do petróleo ocorrida em 1973. Nesse período, houve um forte aumento no preço do petróleo, mas,

diferentemente do que aconteceu no período anterior, os efeitos desse aumento foram suavizados através da injeção dos

petrodólares: os dólares oriundos dos lucros exorbitantes gerados pela venda do petróleo.

Nesse caso, a resposta correta é a letra (C). Com o aumento do preço

do petróleo que é, ainda hoje, a matriz energética mundial, os países não tiveram muito o que fazer: como a troca por outra fonte de

energia não ocorre rapidamente, houve um aumento nas importações de petróleo (não porque houve um aumento do volume, mas, sim,

um aumento nos preços), o que levou a uma retração na conta

corrente dos países importadores. Para financiar esses déficits, os países passaram a tomar empréstimos externos que viriam dos

próprios exportadores de petróleo. A esses dólares, chamamos de petrodólares.

Vamos ver porque os demais itens são incorretos?

A letra (A) é incorreta por afirmar que houve uma redução substancial dos gastos brasileiros com a importação do petróleo. Ora,

pelo que acabamos de ver houve um aumento dos gastos. Aliás, lembre sempre que não é que houve um aumento do volume

importado, mas um aumento nos preços que impulsionou o aumento

nos gastos.

A letra (B) é bastante interessante. Veja que, com o aumento do

preço do petróleo, houve uma onda de inflação em todos os países importadores já que, como o petróleo estava na base de

praticamente todos os tipos de produção, houve também um

aumento de custos, o que ocasionou elevação dos preços dos bens finais. Observando isso, todos os governos passam a adotar uma

política de taxas de juros mais altas a fim de conter o surto inflacionário via redução de consumo. Assim, não há uma redução

das taxas de juros, como afirmado na alternativa, mas um aumento que tinha como objetivo reduzir o processo inflacionário.

A letra (D) também é falsa. A justificativa para essa alternativa é

bem simples: é impossível haver expansão mundial quando há um aumento tão grande no custo dos insumos. Logo, essa alternativa

não pode ser correta.

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Finalmente, a letra (E) também é errada já que nós não conseguimos

elevar a nossa exportação no período. Veja que não é apenas o Brasil que entra em criste, mas todos os demais países importadores da

commodity.

GABARITO: (C)

2. (EPE, Economia da Energia, 2006) As afirmações abaixo se referem ao II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), de

1974.

I - Concentrou seus esforços de investimentos nos setores de infra-estrutura, com particular atenção para a área de energia.

II - Contou com investimentos basicamente implementados

pelas empresas estatais.

III - Marcou um período de forte desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira.

É(São) correta(s) a(s) afirmação(ões):

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

Nessa aqui, vamos direto para a alternativa que está errada. Nesse

caso, é o item III. Veja que durante o II PND nós ainda conseguimos bons índices de crescimento econômico, chegando a 5 ou 8% a.a.

Esse crescimento veio como um efeito do período imediatamente anterior vivido no Milagre Econômico. Logo, embora nós tenhamos

observado um certo desaquecimento da economia (uma vez que crescíamos a uma taxa de até 15% a.a.), não houve uma forte

desaceleração, como é afirmado no item.

Para os demais itens, I e II, veja que como houve um forte aumento no setor de energia, graças ao aumento nos preços do petróleo, o

governo passou a buscar formas de se desvincular da dependência do petróleo.

Finalmente, o item II é verdadeiro porque como ainda estamos no

último elo do PSI, os investimentos ainda eram implementados via empresas estatais.

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GABARITO: (D)

3. (Petrobrás, Economista Junior, 2005) O II Plano Nacional

de Desenvolvimento (1974 a 1979) compreendeu um conjunto

de ações voltadas para a complementação do processo de substituição de importações e a expansão da atividade

exportadora no Brasil. Além disso, procurou incentivar a mudança da matriz energética para uma menor dependência

do petróleo. Com relação a esse último objetivo, qual ação foi prioritária?

(A) Implementação do Proálcool e do projeto nuclear.

(B) Redução dos investimentos em hidroelétricas no país

e aumento do investimento em termo-elétricas.

(C) Expansão das estradas de acesso às rodovias principais e criação da Rodovia Rio-Bolívia.

(D) Proibição do uso de rodovias federais para transporte

de cargas e incentivo ao uso do álcool.

(E) Estímulo à redução dos investimentos na

petroquímica e aumento do número de estudantes de

engenharia.

Com o aperto causado pela crise do petróleo, o governo brasileiro sentiu uma necessidade enorme de reduzir a nossa dependência

dessa commodity. Analisando isso, decidiu incentivar a produção de outras matrizes energéticas. Nesse sentido, implementou o proálcool,

uma política direcionada ao aumento da produção de álcool combustível e de automóveis movidos a esse tipo de fonte de

energia. Além disso, instaurou, no Brasil, os projetos de criação de energia nuclear Angra 1 e 2, como mostrado na alternativa (A).

Entre os demais itens falsos, a letra (B) seria aquela que geraria mais

dúvidas, uma vez que nós possuimos, no Brasil, muitas hidroelétricas. Veja que a alternativa fala que haveria uma redução

nos investimentos de hidroelétricas, o que não é verdade. Nessa fase, nós tivemos investimentos ostencivos em todos os tipos de energias

alternativas no país. E como nós somos donos de muitos rios, nada como aumentar os investimentos nesse tipo de energia.

As alternativas seguintes (C) e (D) fazem bem pouco sentido. Veja

que tanto a expansão das estradas quanto à proibição do uso das rodovias federais não influenciam à redução da dependência do

petróleo, logo não podem ser verdadeiras. Contudo, deve-se notar

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que, de fato, houve uma expansão das estradas de acesso às

principais rodovias, mas isso não pode ser contabilizado como um incentivo à mudança da matriz energética, ok?

Finalmente, a letra (E) erra pois não houve uma estímulo à redução

dos investimentos na petroquímica, mas um aumento dos investimentos. Como você vai lembrar, a intenção do governo era

reduzir a dependência do petróleo importado e isso incluia gerar fontes alternativas e criar um petróleo brasileiro.

GABARITO: (A)

4. (Petrobrás, Economista Pleno, 2005) O II Plano Nacional de

Desenvolvimento (PND), no governo Geisel, foi montado no sentido de complementar o processo de substituição de

importações no Brasil, além de estimular a criação de setores

exportadores e reduzir a dependência de petróleo da economia brasileira. Com relação ao setor externo, é correto

afirmar que:

(A) aumentou bastante o fluxo de empréstimos externos

para o Brasil, sobretudo assumidos pelas empresas

estatais.

(B) houve uma rápida reversão do saldo comercial brasileiro ainda na década de 1970.

(C) observou-se uma grande retração das transferências

unilaterais no Balanço de Pagamentos.

(D) criou-se uma dívida externa fundamentalmente

privada no Brasil naquele momento.

(E) foram fortemente elevadas as exportações de petróleo do Brasil com a descoberta dos campos gigantes

da Bacia de Campos.

Falou-se em II PND e nós não poderemos abrir mão de lembrar da

crise do petróleo. Sempre. Nesse sentido, a única alternativa que responde a questão adequadamente é a letra (A). De fato, como nós

já vimos anteriormente, o volume de empréstimos externos

aumentou muito nesse período para fazer frente aos aumentos de preços do petróleo.

Veja que a letra (B) não é verdadeira já que não houve uma rápida reversão do saldo comercial brasileiro. De fato, houve uma redução

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bastante significativa, mas não se pode afirmar que houve uma

reversão.

Em seguida, a letra (C) é incorreta já que não se observa uma enorme variação das transferências unilaterais no BP. Veja que esse

tipo de transferência de valor acontece quando um familiar ou qualquer outra pessoa envia recursos que não são contrapartida de

serviços. Assim, nada se pode afirmar sobre fortes variações desse tipo de transação no balanço de pagamentos.

A letra (D) falha por afirmar que a dívida externa era privada no

Brasil. Ao contrário! Era dívida era fundamentalmente pública! Na verdade, isso não quer dizer que as empresas privadas não ficaram

endividadas, elas ficaram, e muito. Contudo a dívida contraída por essas empresas era de caráter domésticos. Assim, para poder

emprestar recursos para as empresas privadas, o governo(através de

suas estatais) caía em campo para angariar fundos que pudessem ser emprestados às empresas privadas.

Finalmente, a letra (E) é errada porque nesse período nós não fazíamos exportações de petróleo! Lembra, nos fazíamos importação

dessa commodity (aliás, se nós tivéssemos feito exportação nessa

época, era provável que a coisa fosse diferente hoje!).

GABARITO: (A)

5. (Termorio, Economista Junior, 2009) O Plano Nacional de

Desenvolvimento II (II PND), anunciado em 1974, visou,

fundamentalmente, a

(A) promover o desenvolvimento das regiões mais pobres

do país.

(B) conter a inflação causada pelo período de forte

crescimento de 1968 a 1973.

(C) fazer um ajuste estrutural na economia brasileira, investindo nos “pontos de estrangulamento”.

(D) redistribuir a renda para as classes mais pobres e

expandir o mercado interno.

(E) colocar a economia brasileira em recessão para

equilibrar seu balanço comercial.

Essa aqui pode ser uma pegadinha para muitas pessoas. Explico a

razão justificando porque a letras (B), (C), (D) e (E) são falsas.

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Veja que a letra (E) não pode ser verdadeira já que o II PND não

visou a colocar a economia brasileira em recessão. Ao contrário! Como para se justificar no poder, os millitares precisavam gerar

crescimento econômico, eles jamais objetivariam colocar a economia

em recessão econômica!

Em seguida, a letra (D) é falsa já que não houve uma redistribuição

de renda nesse período! (lembra: Teoria do Bolo, façamos disso um mantra ), logo a alternativa não pode ser verdadeira.

A letra (C) foi observada durante o plano de metas que analisou os

pontos de germinação e de estrangulamento.

A letra (B) falha pois o objetivo do governo não era conter inflação (isso será objetivo a partir da aula de hoje). Assim, nos sobrou a letra

(A) como verdadeira. Realmente, nesse período, a industrialização foi para as regiões mais pobres do país,como o nordeste.

GABARITO: (A)

6. (IBGE, Análise Socioeconômica, 2010) O aumento do

endividamento externo brasileiro, durante os anos do milagre econômico (1968-73), tornou a economia do país vulnerável a

eventos externos nos anos imediatamente subsequentes. Assim, o Brasil foi muito prejudicado pelo(a)

(A) fim da guerra do Vietnã e a consequente redução das

importações americanas de petróleo.

(B) forte aumento dos preços do petróleo em 1973 e em

1979.

(C) expansão de crédito no mundo e pela redução das taxas de juros internacionais.

(D) mudança no padrão monetário europeu para o euro.

(E) mudança política nos EUA, com o impeachment do

presidente Nixon.

Depois do milagre o que aconteceu? Os dois choques do petróleo, que

aconteceram em 1973 e 1979, pontuados na letra (B)! Esses foram os eventos mais importantes que aconteceram já na segunda fase do

regime militar!

GABARITO: (B)

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (BNDES, Profissional Básico: Economia, 2008) O período de

1974-78 foi de adaptação da economia brasileira e mundial à enorme alta dos preços do petróleo. Nesse período houve

mudanças importantes, tais como:

(A) redução substancial dos gastos brasileiros com a importação de petróleo.

(B) redução das taxas de juros no mundo e no Brasil,

devido à grande oferta de “petrodólares” pelos países

exportadores de petróleo.

(C) aumento considerável dos deficits em conta corrente dos países importadores de petróleo, financiados pela

reciclagem dos “petrodólares” via sistema financeiro

internacional.

(D) expansão econômica mundial, financiada pela reciclagem dos “petrodólares” promovida pelo sistema

financeiro internacional.

(E) grande aumento das exportações brasileiras, mais do

que compensando os maiores gastos com a importação de petróleo.

2. (EPE, Economia da Energia, 2006) As afirmações abaixo se

referem ao II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), de 1974.

I - Concentrou seus esforços de investimentos nos setores de

infra-estrutura, com particular atenção para a área de energia.

II - Contou com investimentos basicamente implementados

pelas empresas estatais.

III - Marcou um período de forte desaceleração do ritmo de crescimento da economia brasileira.

É(São) correta(s) a(s) afirmação(ões):

(A) I.

(B) II.

(C) III.

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(D) I e II.

(E) II e III.

3. (Petrobrás, Economista Junior, 2005) O II Plano Nacional

de Desenvolvimento (1974 a 1979) compreendeu um conjunto de ações voltadas para a complementação do processo de

substituição de importações e a expansão da atividade exportadora no Brasil. Além disso, procurou incentivar a

mudança da matriz energética para uma menor dependência do petróleo. Com relação a esse último objetivo, qual ação foi

prioritária?

(A) Implementação do Proálcool e do projeto nuclear.

(B) Redução dos investimentos em hidroelétricas no país

e aumento do investimento em termo-elétricas.

(C) Expansão das estradas de acesso às rodovias principais e criação da Rodovia Rio-Bolívia.

(D) Proibição do uso de rodovias federais para transporte

de cargas e incentivo ao uso do álcool.

(E) Estímulo à redução dos investimentos na petroquímica e aumento do número de estudantes de

engenharia.

4. (Petrobrás, Economista Pleno, 2005) O II Plano Nacional de

Desenvolvimento (PND), no governo Geisel, foi montado no sentido de complementar o processo de substituição de

importações no Brasil, além de estimular a criação de setores exportadores e reduzir a dependência de petróleo da

economia brasileira. Com relação ao setor externo, é correto afirmar que:

(A) aumentou bastante o fluxo de empréstimos externos

para o Brasil, sobretudo assumidos pelas empresas

estatais.

(B) houve uma rápida reversão do saldo comercial

brasileiro ainda na década de 1970.

(C) observou-se uma grande retração das transferências

unilaterais no Balanço de Pagamentos.

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(D) criou-se uma dívida externa fundamentalmente

privada no Brasil naquele momento.

(E) foram fortemente elevadas as exportações de

petróleo do Brasil com a descoberta dos campos gigantes da Bacia de Campos.

5. (Termorio, Economista Junior, 2009) O Plano Nacional de

Desenvolvimento II (II PND), anunciado em 1974, visou, fundamentalmente, a

(A) promover o desenvolvimento das regiões mais pobres

do país.

(B) conter a inflação causada pelo período de forte

crescimento de 1968 a 1973.

(C) fazer um ajuste estrutural na economia brasileira,

investindo nos “pontos de estrangulamento”.

(D) redistribuir a renda para as classes mais pobres e

expandir o mercado interno.

(E) colocar a economia brasileira em recessão para equilibrar seu balanço comercial.

6. (IBGE, Análise Socioeconômica, 2010) O aumento do

endividamento externo brasileiro, durante os anos do milagre econômico (1968-73), tornou a economia do país vulnerável a

eventos externos nos anos imediatamente subsequentes. Assim, o Brasil foi muito prejudicado pelo(a)

(A) fim da guerra do Vietnã e a consequente redução das

importações americanas de petróleo.

(B) forte aumento dos preços do petróleo em 1973 e em

1979.

(C) expansão de crédito no mundo e pela redução das

taxas de juros internacionais.

(D) mudança no padrão monetário europeu para o euro.

(E) mudança política nos EUA, com o impeachment do

presidente Nixon.

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GABARITO

1 C 4 A

2 D 5 A

3 A 6 B