sumÁrio de urina

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  • 7/23/2019 SUMRIO DE URINA

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    SUMRIO DE URINA

    Fatores isolados na urina no interferem, no so suficientes para diagnstico. Ex.: a corda urina.

    ELEMENTOS ANORMAIS E SEDIMENTOS TIPO I

    O exame rotineiro de urina um mtodo simples no-invasivo capaz de fornecer umavariedade de informaes teis em relao s patologias envolvendo os rins, o tratourinrio e, por dados indiretos algumas patologias sistmicas.

    *Sumrio de urina, exame de urina tipo I e elementos anormais e sedimentos (EAS) soalgumas sinnimas empregadas na identificao desse exame.

    Apesar de simples, diferentes tcnicas encontram-se envolvidas na sua realizao, emquatro etapas distintas:

    _ Avaliao da amostra

    _ Anlise fsica

    _ Anlise qumica

    _ Anlise microscpica dos sedimentos

    AVALIAO DA AMOSTRA

    Como na maioria dos exames laboratoriais, a qualidade dos resultados dependeda coleta.

    A urina dever ter sido colhida recentemente, com um volume mnimo de 20ml,sem adio de preservativos, refrigerada e nunca congelada, para garantir suamelhor preservao.

    Deve estar claramente identificada e colhida em recipiente adequado. A coleta dever ser realizada aps assepsia da rea genital, desprezando o

    primeiro jato e colhendo o jato intermedirio. O recomendvel a coleta daprimeira mico da manh ou uma amostra com pelo menos quatro horas deintervalo da ltima mico, em recipiente plstico esterilizado.

    Se necessrio a amostra poder ser colhida a qualquer tempo, lembrando-se daexistncia durante o dia, de variaes em relao a dieta, exerccios fsicos,concentrao da urina e uso de medicamentos.

    O exame do primeiro jato da urina recomendado quando o objetivo ainvestigao do trato urinrio inferior, mais especificamente, a uretra. Tornando-a uma boa amostra indireta para outras avaliaes como as uretrites com poucasecreo.

    A diferena da celularidade entre o primeiro e segundo jatos auxilia a localizar aorigem do processo.

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    ANLISE FSICA

    So analisados:AspectoCor - Volume (quantidade de urina utilizada)Densidade.

    ASPECTO:

    O aspecto adequado o lmpido. Entretanto, uma ligeira turvao no necessariamente patolgica, podendo ser decorrente da precipitao de cristais ede sais amorfos (cristais no dissolvidoscomo uma poeira) no-patolgico.

    A turvao patolgica pode ser conseqncia da presena de clulas epiteliais(clulas de revestimentos, esto presentes na urina. Estas que vo determinaronde est o problema do paciente. Mulheres descamam mais q homens essasclulas), leuccitos, hemcias, cristais, bactrias e leveduras.

    Pode ocorrer a presena de depsito por excesso de muco em funo deprocessos inflamatrios do trato urinrio inferior ou do trato genital, ou pela

    presena de grande quantidade de outros elementos anormais. Os aspectos que iremos trabalhar: LMPIDO, LIGEIRAMENTE TURVO e

    TURVO.

    COR:

    A cor habitual da urina amarelo citrino, o que se deve, em sua maior parte, aopigmento urocromo.

    Essa colorao pode apresentar variaes em situaes como a diluio por umagrande ingesto de lquidos, que torna a urina amarelo-plido ( bebendo liquidoos cristais se dissolvem).

    Corquase transparente indica que est diluindo excessivamente os sedimentosurinrios.

    Uma cor mais escura pode ocorrer por privao de lquidos. Portanto, a cor da urina pode servir como avaliao indireta de hidratao e da

    capacidade de concentrao urinria. O uso de diversos medicamentos e a ingesto de corantes alimentares tambm

    podem causar alterao da cor da urina (os corantes so liberados pela urina). H numerosas possibilidades de variao de cor, sendo a mais freqente a cor

    avermelhada (rosa, vermelha, vermelho-acastanhada). Em mulheres deve-se sempre afastar a possibilidade de contaminao vaginal. A cor avermelhada pode acontecer na presena de medicamentos, hemcias,

    hemoglobina, metaemoglobina e mioglobulina (vermelho est associado apresena de sangue, mas pode ser pela presena de corantes).

    As porfrias (medicao) tambm podem causar colorao vermelha ou prpurana urina.

    Tambm frequentemente a cor mbar ou amarelo-acastanhado, pela presena debilirrubina levando a urina a se apresentar verde-escura em quadros mais graves(hepatite deixa a urina acastanhada quase marrom. Vem da bilirrubina).

    As cores que iremos trabalhar: AMARELO CLARO ou AMARELO-PLIDO,AMARELO CITRINO eAMARELO OURO.

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    GLICOSRIA

    ANLISE FSICA (Tubo de ensaiovidro) ANLISE QUMICA (Tubo de ensaioplstico). Passar a fita antes de

    centrifugar.

    Reagente de Benedict (2,5ml)

    Urina (5 gotas)

    Leva aquecimento e observa a colorao:

    Verde= traos

    Amarelo= +

    Laranja= ++

    Vermelho (telha)= +++

    PROCEDIMENTO

    Pipeta graduada de 5 ml por precisar de 2,5ml do reagente de Benedict.

    Se a fita der alterao esse teste no mascara a presena de glicose e outras rias na

    urina.

    Introduzir a pipeta na urina numa amostra a parte. Colocar 2,5ml do reagente deBenedict em tubo grande de vidro. Pingar com pipeta 5 gotas da urina e homogeneizar.

    Ascender Bico de Bunsen ou Fifo.

    Com a pina de madeira leva o tubo de ensaio ao fogo (num vai-e-vem) com a boca dotubo direcionado p longe das pessoas. Fervendo a mistura, se no mudar a cor no temglicose. Tendo glicose fica verde, depois amarelo, depois laranja (parecendo marrom)at vermelho (telha).

    PROTEINRIA

    Coloca um pouco da urina no tubo de ensaio de vidro grande. Leva ao bico de Bunsencom a pina de madeira. Se tiver ALBUMINA na urina ela forma precipitado comoclara de ovo. Qualquer outra protena na urina apresentar aparncia de mingau.

    UROANLISE

    EXAME FSICO

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    O exame de urina de rotina consiste em 3 partes: fsico, qumico e microscpico. O exame fsico a primeira parte da uroanlise feita e pode fornecer

    informaes teis ao mdico. Esta parte inclui a observao da cor, da aparnciada urina e a medida da gravidade especfica (densidade).

    a mais fcil e rpida parte da uroanlise de rotina.OBS: a uroanlise no se resume ao sumrio de urina, tem vrios outros tipos deexames que esto includos. dividido em 3 partes.

    CARACTERSTICA FSICA DA URINA

    Anormalidades nas caractersticas fsicas da urina podem fornecer pistassignificativas de doenas renais ou metablicas.

    Todavia, variaes em caractersticas como cor ou aparncia (transparncia)nem sempre refletem mudanas patolgicas. Algumas vezes, essas variaes so

    produzidas pelo manuseio das amostras. Para uma acurada avaliao das caractersticas fsicas da urina, a amostra deve

    ser examinada imediatamente aps a mico.

    1. ODOR DA URINA Uma urina fresca, recm emitida, tem aroma caracterstico e aromtico, mas no

    desagradvel. Mudanas no odor da urina so dadas pela dieta, doena oupresena de microrganismos.

    Apesar do odor da urina no ser usualmente relatado no formulrio deuroanlise, uma propriedade perceptvel que pode alertar aos tcnicos para

    possveis anormalidades na amostra de urina. O odor da urina de um paciente com diabetes dito FRUTAL por causa da

    presena de CETONAS, que so produtos do metabolismo das gorduras. Se a urina deixada sem refrigerao por poucas horas, alguma bactria

    presente pode degradar a uria para formar amnia, o odor resultante similar amnia (amonaco).

    Uma urina recm emitida que tem odor ftido sugere infeco no trato urinrio. Alimento como alho e aspargo podem produzir em odor anormal na urina. Ainda que o odor na urina seja extraordinrio em alguns casos, no uma

    caracterstica suficientemente confivel para usar sozinho no diagnstico dedoenas.

    2. COR DA URINA A cor da normal da urina amarela. Variaes na cor podem ser causadas por

    dietas, medicaes, atividade fsica e doenas. a cor da urina pode, algumasvezes, fornecer uma pista para diagnstico de certas doenas ou condies.

    URINA AMARELA: O pigmento que produz a cor normal amarela mbar oUROCROMO. Conforme varia a concentrao da urina, assim varia a cor damesma. Urinas diludas so polidas, mais concentradas so amarelo escuro oumbar.

    URINA VERMELHA: A cor normal mais vista a vermelha ou vermelho pardo. Aurina vermelho-turvo (vermelha e turva) causada pela HEMATRIA, a presena de

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    clulas vermelhas do sangue(hemcias integras- a membrana causa turvao na urina).A urina vermelha e lmpida causada pela presena de HEMOGLOBINA ouMIOGLOBINA uma protena pigmentada encontrada no tecido muscular (pigmento qd cor vermelha ao

    msculo). Clulas vermelhas, hemoglobina, mioglobina podem fornecer uma corvermelho pardo (bufado) em urinas cidas. URINA MARROM ou PRETA: A hemoglobina torna-se marrom em urinas

    cidas em repouso (ex.:final de menstruao). A formao de MELANINA, umpigmento escuro, tambm pode fazer com que a urina se torne escura ou pretaquando em repouso.

    AMARELO PARDO ou VERDE-PARDO: Bilirrubina ou pigmentos biliarespodem causar uma urina amarelo-esverdiada quando agitadas. Bilirrubina podeestar presente na urina de pacientes com hepatite. OBS: agitar a urina, se formarespuma tem presena de bilirrubina, problema heptico (no normal liberar

    bilirrubina na urina).

    1. APARNCIA DA URINA(Aparncia/aspecto/transparncia)

    A aparncia ou transparncia da urina pode dar pistas para possveis problemas. Uma urina lmpida usualmente tem um exame microscpico de sedimento

    normal; qualquer anormalidade em uma amostra lmpida usualmente detectadano exame fsico ou qumico.

    A causa de turbidez em uma urina usualmente torna-se evidente durante o examemicroscpico.

    Urina fresca normal usualmente lmpida, logo aps a emisso. Assim que aurina atinge a temperatura ambiente, ou aps refrigerao, pode tornar-se turvo(quando a urina resfria os cristais comeam a se formar.). Dependendo do pH daurina, esta turbidez pode ser causada por cristais de uratos amorfos ou fosfatos.

    OBS: Normalmente a urina cida libera cristais de uratos e a urina neutra e alcalinalibera cristais de fosfato. Isso no quer dizer que sempre liberado.

    Turbidez (aumento da concentrao de sedimentos na urina) em uma urinarecm emitida pode ser indicativo de doena.

    Quatro causas comuns de urina turva so: clulas brancas do sangue (leuccitosou picitos); clulas vermelhas do sangue (hemcias); clulas epiteliais (epitliovaginal, da uretra, renal, etc.) e bactrias e tambm fungos.

    As clulas vermelhas na urina do umas aparncias turvas, opacas e vermelhas. O muco na urina tambm pode causar uma aparncia opaca. Gorduras ou

    lipdios fazem com que a urina tenha aparncia opalescente (ou leitosa).

    OBS: filamentos de muco: no homem-smen / na mulher ovulao. / Sulfa cristais pelo uso de medicamentos (antibiticos).

    CONDIES QUE AFETAM A APARNCIA DA URINA

    ANORMAL E NORMAL

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    URINAS NORMAIS

    Aparncia: Levemente turva

    Turva

    CAUSA:

    Muco (mulheres); clulas epiteliais escamosas. Cristais de oxalato de clcio de cidorico; uratos e fosfatos amorfos.

    URINAS ANORMAIS

    Aparncia: Vermelho turvo

    Turvo

    CAUSA:

    Clulas vermelhas sanguneas.

    Clulas sanguneas brancas, bactrias, leveduras, clulas do epitlio renal.

    Para observar a aparncia da urina, a amostra deve ser agitada bem, com suaverotao e colocada em um recipiente transparente. A urina deve ento serobservada na claridade, usando uma boa fonte de luz. A aparncia usualmentereportada como lmpida (clara), levemente turva, muito turva ou leitosa(opalescente).

    1. GRAVIDADE ESPECFICA A gravidade especfica de uma soluo a razo entre o peso de um

    determinado volume de soluo (urina) com o peso de igual volume de gua.Colocando de outra maneira, a gravidade especfica a densidade de umasoluo comparada com a densidade da gua.

    A gravidade especfica da urina indica a concentrao de slidos como uria,fosfatos, cloretos, protenas e aucares que esto dissolvidos na urina.

    A densidade um indicador da funo renal; usada para determinar ahabilidade do rim em concentrar ou reabsorver gua e produtos qumicosessenciais.

    Urinas mais escuras so usualmente mais concentradas que urinas mais plidas.Pacientes que esto desidratados tem uma urina altamente concentrada.

    A gravidade especfica (densidade) da urina normalmente varia entre 1005 e1030, com muitas amostras ficando entre 1010 1 1025. A densidade pode sermedida pelo urodensmetro, refratmetro ou fitas reagentes.

    Hoje a densidade medida com tiras de reagentes e este mtodo ser descrito noExame Qumico da Urina.

    EXECUTANDO UM EXAME FSICO DA URINA

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    Uma amostra de urina fresca deve ser obtida. Se a urina no for examinadadentro do perodo de 1 hora aps a emisso, deve ser refrigerada a 4 C por at 8horas. as amostras refrigeradas devem ser deixadas temperatura ambiente antesde examinar.

    A urina deve ser bem homogeneizada e colocada em um tubo transparente.Devem ser observados cor, aparncia e odor; os resultados devem ser anotados ea amostra dever ser retida para exames qumicos e microscpicos.

    UROANLISE

    EXAME QUMICO

    Vrios testes qumicos podem ser feitos fcil e rapidamente devido aodesenvolvimento das tiras reagentes.

    Estes testes so usualmente feitos como parte de uma tcnica de rotina deuroanlise.

    As anlises qumicas usualmente incluem: pH, protenas, bilirrubinas, sangue,nitritos, cetonas, urobilinognio, glicose, leuccitos e algumas vezes densidade.

    Os resultados do exame qumico da urina fornecem informaes sobre ometabolismo de carboidratos do paciente, funes renais e hepticas e equilbriocido-bsico.

    MTODOS DE ANLISE QUMICA DA URINA

    A Tira de Reagentes a tcnica mais amplamente usada na deteco desubstncias qumicas na urina.

    As tiras podem ser disponveis com um s teste como glicose, cetona oubilirrubina; ou uma tira pode conter at 10 testes. Outros mtodos de testes qumicos na urina so os testes manuais que medem

    isoladamente cada componente da urina. Eles so usualmente chamadosconfirmatrios e so feitos usando uma variedade de mtodos.

    REALIZANDO TESTES QUMICOS COM TIRAS REAGENTES

    As tiras reagentes algumas vezes chamadas de dipsticks foram desenvolvidaspara serem usadas uma s vez e descartadas.

    As instrues detalhadas de uso esto inseridas em cada embalagem e devem serseguidas risca para obter resultados acurados. O tcnico deve estarfamiliarizado com estas instrues antes de fazer o teste e reportar os resultados.

    Uma escala de comparao de cores anexada s tiras reagentes, usualmente nortulo do recipiente das tiras reagentes. O desempenho das tiras deve ser testadodiariamente usando solues de controle da urina (baixa, normal e alta).

    1. MTODO MANUAL: Os testes so feitos mergulhando rapidamente as tiras em uma urina recente,

    bem homogeneizada. O excesso deve ser removido, tocando a borda da tira brevemente em um papel

    absorvente.

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    As reas de teste da tira devem ser observadas nos intervalos de tempoespecficos.

    As mudanas de cor das almofadinhas de reagentes devem ser comparadasvisualmente com a cor da escala fornecida junto com as tiras.

    2. LEITURA AUTOMTICA DAS TIRAS Alguns laboratrios tem leitoras automticas de tiras. Esses instrumentos

    detectam as mudanas de cor nas almofadinhas de reagentes eletronicamente. A tira reagente mergulhada na amostra pelo tcnico e a tira mida inserida no

    aparelho. Os resultados so mostrados em um painel digital e pode ser impresso

    automaticamente. O uso desses instrumentos elimina o erro tcnico devido as diferenas de tempos

    de leitura ou interpretao das cores.

    PRINCPIOS DOS TESTES QUMICOS DAS TIRASREAGENTES

    Ph:

    a medida do grau de acidez ou alcalinidade da urina. Um pH abaixo de 7indica urina cida; pH acima de 7indica urina alcalina. Normalmente, a urina recm emitida pode ter um pH de 5,5 a 8,0. O pH da urina pode mudar de acordo com a dieta, medicaes, doenas renais e

    doenas metablicas, como diabetes mellitus. Indicadores qumicos, como vermelho de metila e azul de bromotimol na

    almofadinha do reagente de pH formam cores do amarelo-laranja para urinascidas ou verde-azulado para urinas alcalinas.

    PROTENAS

    A condio na qual est presente uma quantidade aumentada de protena naurina chamada dePROTEINRIA.

    Esse um importante indicador de doena renal, mas tambm pode ser causadapor outras condies, como infeces no trato urinrio.

    O teste da tira de reagente para protenas baseado no princpio de que protenaspodem alterar a cor de alguns indicadores cidos-bsicos, sem alterar o pH.

    A um pH constante, o desenvolvimento de qualquer cor verde na almofadinhado reagente de protenas devido a presena de protenas.

    As cores variam do amarelo para negativo, a verde-amarelado ou verde parapositivo.

    GLICOSE

    A presena de glicose detectvel na urina chamada de GLICOSRIA, o queindica que a glicose sangunea ultrapassou o limiar renal da glicose. Essa

    condio ocorre na diabetes mellitus. O reagente da tira especfico para glicose.

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    A enzima presente na almofadinha reage com a glicose. A intensidade da corformada proporcional concentrao de glicose.

    CETONAS

    Quando o organismo metaboliza gordura de forma incompleta, so excretadascetonas na urina, uma condio chamada CETONRIA.

    O termo cetona engloba 3 produtos intermedirios do metabolismo das gorduras:acetona, cido beta hidroxibutrico e cido acetoactico.

    Normalmente, no aparecem quantidades mensurveis (que d para medir) decetonas na urina, pois toda gordura metabolizada completamente degradada econvertida em dixido de carbono e gua.

    Contudo, quando o uso de carboidratos como principal fonte de energia ficacomprometido e os estoques de gorduras do organismo precisam sermetabolizados para suprimento de energia, pode-se detectar cetonas na urina.

    As razes clnicas para esse aumento do metabolismo das gorduras so:incapacidade de metabolizar carboidratos como ocorre no diabetes mellitus;aumento da perda de carboidratos por vmitos; e ingesto insuficiente decarboidratos associada a carncia alimentar e reduo de peso.

    Os trs compostos da cetona no se apresentam em quantidades iguais na urina.A acetona e o cido beta-hidroxibutrico so produzidos a partir do cidoacetoactico, sendo relativamente constante em todas as amostras as proporesde 78% de cido beta-hidroxibutrico, 20% de cido acetoactico e 2% deacetona.

    As provas com tiras reativas utilizam o nitroprussiato de sdio (nitroferricianeto)para medir as acetonas. Nessa reao, o cido acetoactico em meio alcalino

    reage com o nitroprussiato de sdio para produzir a cor prpura. Este teste nomede a cido beta-hidroxibutrico e pouco sensvel acetonas na presena deglicina. Contudo, uma vez que esses compostos so derivados do cidoacetoactico, sua presena pode ser pressuposta, no sendo necessrio realizartestes especficos.

    Como as acetonas evaporam na temperatura ambiente, a urina deve ser bemtampada e refrigerada, se no for testada rapidamente.

    BILIRRUBINA

    Composto amarelo, muito pigmentado, um produto da degradao dahemoglobina.

    Produo de bilirrubina:Em condies normais, o tempo de vida das hemcias de aproximadamente

    120 dias, aps o que, destruda no bao e no fgado por fagcitos dosistema reticuloendotelial. A hemoglobina liberada composta em ferro,

    protena e protoporfirina.

    O ferro e a protena so reutilizados pelo organismo e a protoporfirina convertida em bilirrubina pelas clulas do sistema reticuloendotelial.

    A bilirrubina ento liberada para a circulao onde se liga albumina e transportada para o fgado. Neste ponto, a bilirrubina circulante no pode ser

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    acertada pelos rins, por estar ligada albumina e tambm por ser insolvelem gua.

    No fgado, a bilirrubina conjuga-se com o cido glicurnico pela ao daglicuronil-transferase, formando o diglicurondio de bilirrubina, que

    hidrossolvel.

    Geralmente, essa bilirrubina conjugada no aparece na urina porque passadiretamente do fgado para o ducto biliar e da para o intestino.

    No intestino, reduzida pelas bactrias intestinais e convertida emurobilinognio e, finalmente, excretada nas fezes na forma de urobilina.

    A bilirrubina conjugada aparece na urina quando o seu ciclo normal dedegradao interrompido pela obstruo do ducto biliar ou quando aintegridade do fgado est comprometida, permitindo o seu extravasamento para

    a circulao. A hepatite e a cirrose so exemplos comuns de doenas que produzem leso

    heptica com resultante BILIRRUBINRIA. As provas rotineiras para deteco de bilirrubina com tiras reativas utilizam a

    diazotizao. A bilirrubina combina-se com o sal de diaznio 2,4-dicloroanilinaou 2,6-diclorobenzeno-diaznio-tetrafluorborato em meio cido, produzindocores que variam do bronze ou rosado ao violeta, respectivamente.

    UROBILINOGNIO

    Assim como a bilirrubina, o urobilinognio um pigmento biliar resultante dadegradao da hemoglobina.

    PRODUZIDO NO INTESTINO A PARTIR DA REDUO DABILIRRUBINA PELAS BACTRIAS INTESTINAIS.

    Aproximadamente metade do urobilinognio reabsorvido pelo intestino,caindo no sangue, circula e volta para o fgado, sendo mandado de volta para ointestino atravs do ducto biliar. O urobilinognio que fica no intestino excretado nas fezes, onde oxidado, convertendo-se em UROBILINA,

    pigmento responsvel pela caracterstica cor das fezes. O urobilinognio aparece na urina porque, ao circular no sangue a caminho do

    fgado, pode passar pelos rins e ser filtrado pelos glomrulos. Desta forma

    normalmente, se encontra pequenas quantidades de urobilinognio na urina,menos de 1 mg/dl (Na tira reagente d-se vestgios quando o valor encontrado menor que 1mg/dl.

    Observa-se que grande quantidade de urobilinognio na urina nas hepatopatias enos distrbios hemolticos (hemcias). P.S.: Extravasamento de urobilinognioquando h distrbio nos rins.

    Na deteco de urobilinognio na urina atravs de tiras reativas com o reagentede Ehrlich (p-dimetilaminobenzaldedo), que reage em cido, as cores

    produzidas vo do bronze ao laranja.

    SANGUE

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    O sangue pode estar presente na urina em forma de hemcias ntegras(HEMATRIA) ou de hemoglobina, que um produto da destruio dashemcias (HEMOGLOBINRIA).

    Quando em grande quantidade, o sangue pode ser detectado a olho nu; ahematria produz urina vermelha e transparente.

    O exame microscpico do sedimento urinrio mostrar a presena de hemciasntegras, mas no a de hemoglobina livre produzida por distrbios hemolticosou por lise das hemcias no trato urinrio.

    Por conseguinte, o mtodo mais preciso para determinar as presena de sangue a nnlise qumica, uma vez detectado, pode-se utilizar o exame microscpico

    para distinguir a hematria da hemoglobinria. O achado de hematria ou hemoglobinria sempre considerado de grande

    importncia clnica e deve ser acompanhado por outros exames, para verificar seesse fenmeno de origem patognico ou no.

    A hematria tem mais relao com distrbios de origem renal ou urogenital, e osangramento seria resultante de traumatismo ou irritao dos rgos dessesistema. As principais causas de hematria so: clculos renais, doenasglomerulares, tumores, traumatismos, pielonefrite e exposio a produtostxicos ou a drogas.

    A hemoglobinria pode ocorrer como resultado da lise das hemcias no tratourinrio ou pode ser causada por hemlise intravascular e a subseqente filtraode hemoglobinas atravs dos glomrulos. Isso ocorre me casos de: anemiashemolticas, nas reaes transfusionais, nas queimaduras graves, nas infeces eexerccio fsico intenso.

    NITRITO A prova com tira reativa para nitrito um mtodo rpido de detectar infeces

    no trato urinrio. Exemplos de microrganismo que frequentemente causam ITU )Infeco do trato

    urinrio): escherichia coli, Klebsiella, Proteus e Pseudomonas. As bactrias Gram negativas produzem enzimas que convertem os nitratos

    urinrios em nitrito. O nitrito produzido reage com as substncias presentes naalmofadinha da tira reagente para formar uma cor rosa.

    No se destina a substituir a cultura de urina como principal prova dediagnstico e controle das infeces bacterianas, mas sim a detectar os casos em

    que a necessidade de cultura pode ser evidente. Acredita-se que a maioria das infeces do trato urinrio comea na bexiga,

    como resultante de contaminao externa, e que, se no tratados, progrediropara as regies superiores atravs dos ureteres, chegando aos tbulos, pelverenal e aos rins.

    A prova para deteco de nitrito til para o diagnstico precoce das infecesda bexiga (cistite), pois muitas vezes os pacientes so assintomticos ou tmsintomas vagos, que levariam o mdico a pedir uma cultura de urina. A provacom nitrito tambm poder ser empregada para avaliar o sucesso da terapia comantibiticos e para examinar periodicamente pessoas que tm infecesrecorrentes.

    LEUCCITOS

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    Um dos achados mais freqentes no sumrio de urina de leuccitos, o queindica uma possvel infeco do trato urinrio. Antigamente, a deteco deleuccitos era feita apenas por exame microscpico do sedimento urinrio, masesse processo est sujeito a variaes, dependendo do mtodo usado para

    preparar o sedimento e do pessoal tcnico que examina, por isso hoje se utiliza a

    anlise bioqumica, que um mtodo mais padronizado. Essa prova no tem o objetivo de medir a concentrao de leuccitos, e os

    fabricantes recomendam que a quantidade seja feita por exame microscpico. Outra vantagem de anlise bioqumica a possibilidade de detectar a presena

    de leuccitos lisados (quebrados) que no aparecem no exame microscpico.

    DENSIDADE

    A capacidade renal de reabsorver seletivamente substncias qumicas essenciaise gua a partir do filtrado glomerular uma das funes mais importantes doorganismo.

    O complexo processo de reabsoro muitas vezes a primeira funo renal a setornar deficiente; por isso, a avaliao da capacidade de reabsoro renal umcomponente necessrio do exame de urina (sumrio).

    A densidade urinria definida em comparao com a densidade de mesmo volume degua destilada e na mesma temperatura. Como a urina, na realidade, gua que contm

    substncias qumicas em dissoluo, a densidade urinria uma medida dedensidade das substncias qumicas dissolvidas na amostra.

    Por ser uma medida da densidade da amostra, influenciada no s pelo nmerode partculas presentes, mas tambm pelo tamanho dessas partculas. O acrscimo de uma rea esfrica para prova de densidade nas tiras reagenteseliminou uma etapa demorada do exame fsico, o que o tornou mais prtico.

    Significado clnico desse exame: Estado de hidratao do paciente;Incapacidade de concentrao pelos tbulos renais, entre outros.