sumário · 2020-06-04 · na de santa maria a colheita está mais atrasada, e chegou a 87%. a...
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nº 1609 – 04 jun. 2020 Desde 1989 auxiliando na tomada de decisões.
Sumário
Palavra da Casa
Condições Meteorológicas
Grãos
Hortigranjeiros
Olerícolas
Frutícolas
Outras Culturas
Criações
Preços Semanais
Notas Agrícolas
Regionalização da Emater/RS-Ascar
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Biblioteca da Emater/RS-Ascar
I43 Informativo Conjuntural / elaboração, Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises. – (jun. 1989) - . – Porto Alegre : Emater/RS-Ascar, 2020. Semanal. 1. Produção vegetal. 2. Produção animal. 3.
Grão. 4. Produto hortigranjeiro. 5. Meteorologia. 6. Extrativismo. 7. Análise de conjuntura. 8. Cotação agropecuária. I. Emater/RS-Ascar. II. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
CDU 63(816.5)
© 2020 Emater/RS-Ascar – Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a
fonte.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 2, 04 jun. 2020
Palavra da Casa
Emater/RS-Ascar encara desafios ambientais por meio de políticas e ações continuadas
Todos os anos, a Emater/RS-Ascar realiza ações voltadas ao Dia Mundial do Meio Ambiente. A data é
celebrada nesta sexta-feira (05/06) e objetiva promover a conscientização e ação em nível mundial em prol do
ambiente conservado. Além das ações pontuais de conscientização realizadas em escolas em comemoração à
data, que neste ano estão sendo feitas através de metodologias digitais por conta da pandemia do Covid-19, a
Instituição enfrenta os desafios na questão ambiental por meio da Educação Ambiental Continuada.
Para Gestão Ambiental na propriedade rural, a Emater/RS-Ascar realiza ações de Assistência Técnica e
Extensão Rural e Social (Aters) que tratam da educação ambiental, sensibilização e conscientização sobre o
Meio Ambiente com agricultores e escolares; faz a inscrição dos imóveis no Cadastro Ambiente Rural, dando
apoio para emissão de recibo de cadastramento e retificação quando, visando à adequação ambiental e acesso
a políticas públicas de Crédito Rural e licenciamento; e ainda elabora o cadastro para a autorização de uso da
água para irrigação e múltiplos usos.
A Instituição também atua no saneamento ambiental, sendo o manejo, preservação e recomposição
de terra algumas das ações para a recuperação do ambiente natural da mata ciliar, controle de vetores,
conservação e/ou recuperação da mata nativa, banhados, nascentes, além do manejo da fumaça de fornos de
produção de carvão.
Em relação ao saneamento básico, as ações são realizadas em redes individuais e coletivas de água,
dando destino adequado às águas, além de realizar instalação e construção de equipamentos sanitários para
tratamento de esgotos e dejetos humanos. E ainda há a proteção de nascentes e poços, aproveitamento da
matéria orgânica por meio da compostagem; e instalação, manutenção e limpeza de reservatórios de água e
reaproveitamento, assim como a organização para a coleta seletiva. Outras medidas englobam ainda o
combate à proliferação de doenças de veiculação hídrica, zoonoses causadas pela proliferação de vetores e
melhoria nas condições sanitárias e de saúde das famílias dos agricultores. A Emater/RS-Ascar realiza ainda o
assessoramento técnico para organização e planejamento de arredores em propriedades rurais (paisagismo) e
promove o acesso a políticas públicas para melhorias habitacionais e de moradia.
Em relação à Defesa Sanitária Vegetal, a Instituição promove a capacitação de agricultores na
utilização correta e segura de equipamentos de pulverização, boas práticas de aplicação, armazenagem de
produtos agrícolas, apoio nas ações de descarte de embalagens vazias de agrotóxicos e rastreabilidade de
produtos vegetais frescos, acompanhando as atualizações das legislações.
Outro ponto a se destacar são os Sistemas de Produção Sustentáveis, por meio de ações de Aters que
visam à implementação de pastoreio rotativo em campo nativo e em áreas de Bioma Pampa; de sistemas
agroflorestais que integram em uma mesma área produção de madeira para lenha, frutífera ou erva-mate e
plantas de ciclo curto, como hortaliças, grãos e plantas de cobertura; e de sistemas silvipastoris que integram
pecuária de leite ou corte com a produção de madeira de qualidade para lenha, serraria ou uso na propriedade.
E, para finalizar, a Emater/RS-Ascar atua com o incentivo à agroecologia por meio da assistência à
produção orgânica para sustentabilidade da propriedade e fonte de renda; produção em pequenos espaços e
hortas urbanas, além de trabalhar com o resgate das sementes crioulas como estratégia para a conservação da
agrobiodiversidade, vindo ao encontro do tema deste Dia Mundial do Meio Ambiente, a Biodiversidade.
Geraldo Sandri – presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar
DESTAQUES
Avança a colheita de citros no Estado.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 3, 04 jun. 2020
Condições Meteorológicas
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 28/05 A 03/06/2020
A última semana foi fria e com geadas no RS. Entre a quinta-feira (28) e o sábado
(30), o ar frio manteve as temperaturas baixas, com formação de geadas no interior gaúcho. No domingo (31/5), o sol predominou, e o ingresso de ar quente favoreceu a elevação das temperaturas. Na segunda-feira (01/6), a propagação de uma frente fria provocou chuva, fraca e isolada, principalmente na metade Norte. Na terça (02) e quarta-feira (03), o ingresso de uma massa de ar frio provocou acentuado declínio das temperaturas, com valores próximos de 0°C e formação de geadas na maioria das regiões.
Os totais registrados foram inferiores a 5 mm na imensa maioria dos municípios do RS. Somente em alguns municípios do Alto Vale do Uruguai e da Serra do Nordeste os valores se aproximaram de 10 mm, e apenas na estação de Santa Rosa (INMET), o volume alcançou 12 mm.
A temperatura máxima da semana ocorreu em 29/05 em Campo Bom (27,9°C) e a mínima foi observada em Quaraí (-1,0°C) em 02/06.
Observação: totais de chuva registrados até as 10 horas do dia 03/06/2020.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 4, 04 jun. 2020
PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 04 A 10/6/2020
O período entre 04 e 10 de junho será úmido e chuvoso no RS. Entre a quinta-feira
(04) e o sábado (06), o deslocamento de uma área de baixa pressão vai provocar chuva em todo Estado, com possibilidade de temporais isolados. No domingo (07), ainda haverá grande variação de nuvens e ocorrerão pancadas de chuva, fracas e isoladas, apenas nas faixas Leste e Norte. Entre a segunda (08) e a quarta-feira (10), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva, com possibilidade de temporais isolados e altos volumes acumulados no Estado.
Há previsão de que os volumes oscilem entre 60 e 80 mm na maior parte das áreas do Rio Grande do Sul. Nas Missões, no Alto Vale do Uruguai, Planalto e na Serra do Nordeste, os totais deverão superar 100 mm na maioria dos municípios e poderão alcançar 125 mm em algumas localidades.
Fonte: Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 5, 04 jun. 2020
Grãos
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
CULTURAS DE VERÃO
Milho
Apesar das precipitações de baixa intensidade no Estado durante a semana, a
predominância de tempo seco permitiu avanços na colheita que chegou a 97% dos cultivos.
Fases da cultura no Rio Grande do Sul
Milho 2020
Fases
Safra atual Safra anterior Média*
Em 04/06 Em 28/05 Em 04/06 Em 04/06
Plantio 100% 100% 100% 100%
Germinação/Des. Vegetativo 0% 0% 0% 0%
Floração 0% 0% 0% 0%
Enchimento de Grãos 0% 0% 1% 1%
Em Maturação 3% 5% 7% 8%
Colhido 97% 95% 92% 91%
Fonte: Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de Informações e Análises.
*Média safras 2015-2019.
Seguem ocorrendo no Estado as solicitações de vistorias de Proagro nas lavouras que
utilizam a política de crédito rural. Até 02/6 foram realizadas 6.445 vistorias de Proagro em
lavouras de milho por técnicos da Emater/RS-Ascar. Em culturas e hortigranjeiros, já foram
realizadas 18.238 vistorias; os números vêm sendo contabilizados desde 01 de dezembro de
2019, por conta dos danos devido à estiagem.
Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, Frederico
Westphalen e Ijuí, a colheita está encerrada. Na de Santa Rosa, a produtividade final das
lavouras ficou na média de 7.082 quilos por hectare, com perdas de 10,6%. Na de Frederico
Westphalen, 6.840 quilos por hectare, redução de 21% em relação à esperada inicialmente.
Na de Ijuí, o rendimento médio ficou em 7.200 quilos por hectare.
Nas regionais de Soledade e Caxias do Sul, 93% das lavouras já foram colhidas. Na de
Soledade, o rendimento atual é de 2.810 quilos por hectare. As lavouras de milho com
semeadura tardia e que se encontram nas fases de enchimento de grãos e maturação
fisiológica se beneficiam com as chuvas das últimas semanas. Porém as chuvas trouxeram o
frio, que aumenta o ciclo do milho atrasando a colheita, devido à redução de dias com
temperatura adequada para o seu pleno desenvolvimento. Na de Caxias do Sul, o
rendimento médio atual é de 4.984 quilos por hectare. Os produtores que armazenam o
grão em silos secadores e dispõem de um produto de qualidade conseguem comercializar
por valor acima do preço médio pago pelo mercado, chegando a R$ 52,00/sc.
Nas de Bagé, Porto Alegre e Pelotas, a colheita avançou durante o período de tempo
seco e temperaturas adequadas para perda de umidade dos grãos e chegou a 97% das áreas
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 6, 04 jun. 2020
cultivadas. Na de Bagé, as lavouras apresentam grande variação na produtividade. Naquelas
em que o rendimento não compensa a colheita, produtores destinam o produto para
alimentação animal. A produtividade média é de 1.600 quilos por hectare, com perdas se
mantendo em 55% em relação à produtividade esperada. Na regional de Porto Alegre, o
rendimento atual é de 2.170 quilos por hectare. O fato de ainda haver milho a colher se deve
em parte à falta de estrutura de alguns produtores que dependem de maquinário disponível
na comunidade e também de locais para armazenamento adequado. Diante do baixo
rendimento das lavouras implantadas em janeiro, durante a semana houve acionamentos de
Proagro. Na regional de Pelotas, a colheita das lavouras com destinação comercial se
aproxima da conclusão, restando ainda a colheita de algumas lavouras destinadas ao
autoconsumo. A produtividade média é de 1.435 quilos por hectare, com variação no
rendimento entre os municípios: enquanto em Piratini chegou a 450 quilos por hectare, em
Canguçu alcançou a média de 1.134 quilos por hectare e em Jaguarão, 3.300 quilos por
hectare. A perda na região de Pelotas está em 66%.
Na de Santa Maria a colheita está mais atrasada, e chegou a 87%. A produtividade é
de 2.140 quilos por hectare, com perdas de até 65%.
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar, o preço médio do
milho chegou a R$ 43,12/sc. no Rio Grande do Sul, com redução de 0,74% em relação ao da
semana passada.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, o preço está cotado a R$ 43,40/sc.;
em Frederico Westphalen, a R$ 41,00; em Bagé, tem variado entre R$ 42,00 e R$ 55,00; na
regional de Pelotas, entre R$ 44,00 e R$ 50,00; em Ijuí, foi cotado a R$ 42,60; em Caxias do
Sul, a R$ 40,50. Na regional de Soledade, a R$ 41,60; na de Santa Maria, a R$ 45,80; e em
Porto Alegre, a cotação alcançou o valor de R$ 52,00/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2130, de 04 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Milho silagem
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas e Ijuí, a colheita do milho
para silagem se encaminha para o encerramento. Na de Pelotas, muitas das áreas do milho para
grão que não tiveram o rendimento esperado foram destinadas à confecção de silagem. A
produtividade média é de 10.860 quilos por hectare, bem abaixo da obtida em safras
anteriores; igualmente, a qualidade da silagem é inferior. O preço tem variado; para silagem
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 7, 04 jun. 2020
adquirida direto na lavoura, entre R$ 0,12 a R$ 0,15/kg. Já para silagem posta via transporte
a granel e na ensacada, os valores chegam a R$ 0,18/kg. Na de Ijuí, falta colher apenas
pequenas áreas para encerrar a colheita.
Na de Porto Alegre, a colheita do milho silagem está concluída. A produtividade
média atual de 14 toneladas por hectare ficou bem abaixo das 35 toneladas esperadas por
hectare. O preço da tonelada de silagem é de R$ 272,00.
Feijão 2ª safra
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, a semana foi de avanço na colheita que se
aproxima do final. Em geral, o rendimento médio é de 1.340 quilos por hectare. Os
produtores que adotaram sistema de cultivo sem irrigação estão solicitando amparo do
Proagro devido ao baixo potencial produtivo em consequência da estiagem.
Na de Frederico Westphalen, a colheita alcançou 90% dos cultivos; a produtividade é
de 1.110 quilos por hectare, com perdas que chegam a 38,5% em relação à esperada. Em
geral, os efeitos da estiagem afetaram as lavouras acarretando desuniformidade no
desenvolvimento vegetativo e na formação de grãos.
Nas regionais de Soledade e Porto Alegre, a colheita chegou a 95% da área. Na de
Soledade, se por um lado as chuvas das últimas semanas normalizaram a umidade do solo,
por outro trouxeram o frio predispondo a doenças as lavouras em enchimento de grãos e
maturação, o que tende a aumentar as perdas. O rendimento médio atual é de 355 quilos
por hectare. Na regional de Porto Alegre, há lavouras em florescimento e em maturação. Em
geral, houve comprometimento da formação de grãos, contribuindo para redução da
produtividade.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio do feijão no Estado ficou em R$ 200,94/sc., com aumento de 2,43%
em relação ao da semana anterior, conforme o levantamento semanal de preços da
Emater/RS-Ascar. Na região de Frederico Westphalen, o preço da saca varia entre R$ 210,00
e R$ 230,00/sc.; na de Soledade, chegou a R$ 180,00; na de Ijuí, a R$ 201,10; na de Porto
Alegre, a R$ 297,00/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2130, de 04 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 8, 04 jun. 2020
CULTURAS DE INVERNO
Trigo
Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, Erechim e Passo Fundo, segue
intenso o preparo das áreas. Em Caxias do Sul, a semeadura inicia em junho, com maior
concentração em julho; a perspectiva é de acréscimo de 20% da área plantada em relação à
da safra passada, principalmente em Muitos Capões, Vacaria e Esmeralda, que juntos
correspondem a 81% da área da região. Na de Erechim, os produtores preparam as áreas e
adquirem os insumos para o plantio. Há previsão de aumento de área diante da expectativa
de preços favoráveis e pelo fato de que produtores tentam compensar as perdas ocorridas
nas culturas de verão. Na de Passo Fundo, produtores se organizam para o plantio no
período entre 10 de junho e 10 de julho. Há previsão de aumento de 30% área de plantio em
relação a 2019.
Inicia o cultivo nas de Frederico Westphalen, Santa Maria, Santa Rosa, Soledade, Ijuí
e Bagé. Na de Frederico Westphalen, as áreas já semeadas estão em germinação e
desenvolvimento vegetativo; o plantio se intensificou na primeira quinzena de junho,
principalmente devido às condições do tempo favorável e de bons preços do cereal; estima-
se crescimento de 15% da área de cultivo em relação à safra passada. Na de Santa Maria, o
plantio está aumentando devido às condições favoráveis promovidas pelas últimas chuvas.
Além disso, os produtores estão confiantes devido à previsão do tempo, que aponta para
uma primavera com menos chuva, e à cotação atrativa do preço do trigo. Em Cachoeira do
Sul, a área plantada já alcançou 1.500 hectares. Em Tupanciretã, na última safra foram
plantados 14.871 hectares de trigo, e vem sendo estimado um crescimento de 30%. Na
regional de Santa Rosa, o plantio já atinge 80,7 mil hectares. As lavouras semeadas estão
com boa e uniforme germinação, com bom estande. A produtividade média esperada é de
3.070 quilos por hectare. Na de Soledade, as áreas estão em início de semeadura, favorecida
pelo retorno das condições de umidade do solo com as precipitações ocorridas na semana,
contribuindo para a boa germinação. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, o
plantio avançou para 30 mil hectares. A semeadura deve se concentrar na primeira quinzena
de junho a fim de liberar as áreas mais cedo para o cultivo da soja. As lavouras implantadas
apresentam germinação rápida, com estabelecimento inicial satisfatório, conferindo uma
boa formação das lavouras. Os produtores seguem no preparo das demais áreas a serem
cultivadas, com intensificação do manejo químico. Na de Bagé, na Fronteira Oeste, a
semeadura foi intensificada devido às adequadas condições do tempo e de umidade do solo.
Há expectativa de incremento de 60% do cultivo do cereal em relação à safra passada em
Manoel Viana (11 mil hectares), São Borja (16 mil hectares) e Maçambará (20 mil hectares).
Na região da Campanha, prosseguem as atividades de preparo das áreas destinadas à
semeadura a ser realizada a partir de junho. Também nessa região há expectativa de
aumento de cultivo em Caçapava do Sul e Hulha Negra.
Mercado (saca de 60 quilos)
O preço médio do trigo no Estado ficou em R$ 51,80/sc., com aumento de 0,25% em
relação ao da semana passada, conforme o levantamento semanal de preços da Emater/RS-
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 9, 04 jun. 2020
Ascar. Nas regiões de Caxias do Sul, Passo Fundo e Bagé, o preço é de R$ 52,00; na de
Soledade, é de R$ 51,20; na de Ijuí, R$ 51,60; na de Santa Rosa, R$ 50,40/sc.
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2130, de 04 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Canola
Nas regionais da Emater/RS-Ascar de Ijuí e Santa Rosa, é intenso o ritmo de
implantação da cultura. Na de Ijuí, os cultivos foram totalmente implantados; as lavouras
apresentam boa emergência e desenvolvimento inicial, uniformidade de plantas e boa
densidade. Havia preocupação inicial devido ao tamanho inferior das sementes, mas não
houve comprometimento da emergência e estabelecimento inicial das plântulas até o
momento. Diante das condições satisfatórias de umidade no solo na regional de Santa Rosa,
a semeadura das lavouras avançou durante o início da semana e já alcança 10.450 hectares.
As lavouras se encontram com germinação uniforme e muito bom aspecto.
O preço médio da canola na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí é de R$ 89,50; na de
Santa Rosa, é de R$ 95,20/sc.
Cevada
São iniciados os plantios nas regionais de Erechim e Ijuí. Na de Erechim, há
expectativa de manter a área plantada em 2019. Na de Ijuí, já foram implantados durante a
semana 1.460 hectares; a emergência ainda não iniciou na cultura.
Aveia branca
Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, durante a semana a semeadura da cultura
foi intensificada, aproveitando o período recomendado pelo zoneamento de risco climático
para a região, encerrado em 31 de maio. Nos próximos dias, produtores finalizam a
implantação de algumas áreas. As lavouras implantadas apresentam boa emergência,
uniformidade e rápido desenvolvimento inicial. Em Santo Augusto, com tradição no cultivo
da aveia branca, a semeadura foi realizada mais cedo, e as plantas iniciam o estádio
reprodutivo com o alongamento do colmo e surgimento das primeiras panículas.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 10, 04 jun. 2020
Hortigranjeiros
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
OLERÍCOLAS
Na regional de Ijuí, as olerícolas apresentam excelente desenvolvimento devido ao
clima favorável, com umidade no solo e alta insolação. Em geral, houve aumento do
tamanho das plantas, principalmente folhosas, beterraba e brássicas. Destaque é o bom
desenvolvimento das folhosas em ambiente desprotegido, bastante utilizado no outono
quando o clima ainda não é severamente frio. Seguem intensos o preparo das áreas a serem
cultivadas e a implantação das culturas. Foi observado aumento do cultivo do tomate de
produção na estação fria. Os produtores estão cultivando em ambiente protegido, com
instalação de sistemas antigeada, com equipamentos de irrigação específicos a fim de evitar
a formação de geada sobre os filmes plásticos e equipamentos de aquecimento de estufas.
Na semana que passou, os produtores de mandioca providenciaram a armazenagem das
ramas para o próximo cultivo. A comercialização nas feiras permanece fraca, muito abaixo
do esperado pelos produtores.
Tabela de preços médios praticados na região Produto Unidade Preço (R$)
Alface cab. 1,95
Beterraba kg 3,09
Brócolis kg 4,50
Cenoura kg 3,14
Couve-flor kg 4,98
Mandioca com casca kg 1,62
Mandioca sem casca kg 4,96
Pepino kg 5,25
Repolho kg 3,15
Rúcula maço 2,13
Tomate kg 5,30
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Ijuí.
Na regional de Santa Rosa, onde são produzidas olerícolas em mais de 400 hectares,
as temperaturas amenas melhoraram as condições de desenvolvimento das hortaliças e
consequentemente, a produção e oferta de boa qualidade. Em andamento as atividades de
transplante de mudas e de controle de pragas, doenças e de ervas daninhas. Com a
ocorrência de dois a três dias de tempo nublado, culturas folhosas como alface, em cultivos
sob cobertura com sombrite preto, apresentam estiolamento da planta – ou elongação do
caule, e mesmo floração das plantas. Produtores comerciais que usam sementes
profissionais estão com excelente produção e boa rentabilidade nas vendas; por exemplo, o
rabanete Ready, com sementes calibradas, permite a semeadura mecânica e colheita em 28
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 11, 04 jun. 2020
dias e apresenta bom tamanho e excelente qualidade; preço a R$ 5,00/kg. Os preços das
olerícolas permaneceram estáveis.
Na regional de Pelotas, segue a colheita das olerícolas e está praticamente finalizada
a de tomate; preço em queda significativa. Pimentão ainda em colheita, reduzindo a oferta.
Alface, batata-doce, brócolis, couve-flor e repolho com aumento de oferta. Segue a colheita
da mandioca e finaliza a da vagem e da abóbora híbrida japonesa.
Preços médios praticados na região de Pelotas Produto Unidade Preço (R$)
Alface cx. com 18 unid. 12,00 a 15,00
Batata-doce |branca/amarela cx. com 20 kg 35,00 a 40,00
Brócolis unid. 2,40 a 2,70
Cebolinha molho 1,50 a 1,80
Cenoura cx. com 20 kg 40,00 a 45,00
Couve molho 0,70 a 0,90
Couve manteiga molho 1,00 a 1,20
Couve-flor unid. 2,40 a 2,70
Mandioca/aipim com casca kg 1,50 a 1,80
Mandioca/aipim sem casca kg 6,00
Milho verde e doce unid. 0,35 a 0,40
Pimentão cx. com 10 kg 28,00 a 34,00
Repolho unid. 1,70 a 2,00
Salsa molho 2,20 a 2,50
Tomate cx. com 20 kg 25,00 a 30,00
Vagem kg 3,50 a 4,20
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, foram intensificadas as operações de
semeadura e cultivo. A queda de temperaturas e a formação de geadas fracas ativaram a
utilização de túneis baixos de plástico para a proteção das folhosas. Em Quaraí, foram
semeados tubérculos (cenoura e beterraba). Não há problemas de pragas ou doenças. A
comercialização é intensa na feira do produtor. Técnicos e extensionistas rurais da
Emater/RS-Ascar assistem horticultores que pretendem atender chamadas públicas de
aquisição de alimentos destinados a creches municipais (PNAE) e de uma nova chamada
(programa de aquisição de alimentos – PAA) que vem sendo elaborada pela unidade local do
Exército. Na Campanha, em Hulha Negra, produtores preparam o solo para implantação das
lavouras de cebola-semente. A maioria das lavouras de coentro é implantada em sistema de
plantio direto. A semeadura dessas culturas é realizada preferencialmente em junho e julho.
A previsão de chuvas abaixo da média é adequada, especialmente para cebola, devido à
grande pressão de doenças fúngicas normalmente observada. Em Santana do Livramento,
horticultores solicitaram assistência da Emater/RS-Ascar para chamadas públicas do PNAE
municipal e para contemplar as compras da unidade local do Exército através do PAA.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, espécies de verão – como tomate e
pepino – cultivadas em túneis e estufas apresentam limitações de crescimento devido às
temperaturas baixas. Embora as temperaturas baixas e os geados leves da semana causem
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 12, 04 jun. 2020
estresse a essas culturas, não houve queima ou morte de plantas em função do frio, nem
prejuízos visíveis às olerícolas. A umidade adequada do solo facilita o preparo das áreas para
o plantio de cebola, cenoura e beterraba. Folhosas têm bom desenvolvimento, com boa
oferta no mercado, principalmente de alface; agrião, rúcula e temperos (salsa e cebolinha)
também têm boa demanda. Segue a colheita de aipim e batata-doce, com produtividade
menor em função da estiagem durante a fase de crescimento das raízes. O aipim é
comercializado a R$ 25,00/cx. de 22 quilos. Ainda em colheita milho verde, principalmente
em Venâncio Aires e Mato Leitão; preço de R$ 0,30/espiga.
Olericultores aceleram os plantios a céu aberto na regional de Erechim, favorecendo
a ampliação das áreas plantadas. Há boa oferta de produtos, com boa qualidade, ocorrendo
inclusive sobra de produção. Os preços permaneceram estáveis.
Abobrinha
Na regional de Lajeado, em Vale Real, a cultura está em fase de frutificação e
colheita. No período, pouca incidência de pragas e doenças, com relatos isolados de
ocorrência de pulgão. O produto apresenta boa qualidade e aceitação no mercado, sendo
comercializado a R$ 30,00/cx. de 20 quilos.
Na regional de Porto Alegre, 100% das lavouras estão em produção. O preço pago ao
produtor é de R$ 1,25/kg.
Alho
Na regional de Caxias do Sul, iniciou o plantio da nova safra da cultura;
primeiramente, essa prática se efetiva nas lavouras localizadas na região colonial – Serra,
devendo se estender durante todo o mês de junho. Posteriormente, durante julho, o plantio
será intensificado nas lavouras dos Campos de Cima da Serra. Embora a safra 2019-2020 que
está sendo concluída não tenha atingido produtividade potencial e esperada por
interferência das condições climáticas, a comercialização dos bulbos apresentou valoração
acima dos patamares previstos, sendo altamente remuneradora. Tal fato vem impingindo
uma atmosfera de bastante entusiasmo entre os alhicultores. Duas consequências naturais e
imediatas decorrem desse panorama: o nível tecnológico das lavouras deverá alcançar o
auge, e a intenção da área de plantio deverá ser maior. Comercialmente, a precificação
média para bulbos toaletados e classificados se mantém alta e estável: classe 7 (> 56 mm
diâmetro transversal do bulbo) a R$ 16,00/kg; classe 6 (> 47 até 56 mm) a R$ 15,00/kg;
classe 5 (> 42 até 47 mm) a R$ 14,00/kg.
Na regional de Passo Fundo, com a melhoria da umidade do solo devido às chuvas
dos últimos dias, os produtores intensificaram o preparo do solo e já iniciaram o plantio.
Tudo indica que a área cultivada deverá permanecer igual à da safra passada. Produto sem
comercialização e cotação regional.
Batata (safrinha)
Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, as lavouras encontram-se em fase
de formação de tubérculos e em colheita. Os plantios foram altamente prejudicados devido
à pouca chuva e à reduzida possibilidade de irrigação por limitação de água desde o plantio,
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 13, 04 jun. 2020
o que alongou o ciclo e está afetando a produtividade e qualidade da produção. Além disso,
geadas atingiram muitas lavouras e queimaram parte das plantas que ainda estão em fase
de formação de tubérculos. Segundo os produtores, a qualidade do produto é muito variável
entre lavouras; em algumas, o produto é de ótima qualidade e em outras, apresenta muitos
danos nos tubérculos por alfinete. Até o momento, a produtividade é de em torno de 15 a
20 toneladas por hectare. Ainda é cedo para determinar a redução de produtividade média
devido ao baixo percentual de lavouras colhidas. O preço das batatas branca e rosa é de R$
150,00/sc. de 50 quilos.
Batata-doce
Produtores esperam que o retorno das chuvas na regional de Lajeado ainda possa
melhorar o calibre das raízes em fase de colheita, consolidando-se redução de 60% no
rendimento da safra. Produtores já encomendam mudas para a nova safra pós-inverno. O
preço permaneceu estável.
Na de Porto Alegre, as chuvas já refletem na melhoria da qualidade dos tubérculos. A
expectativa dos agricultores é de que a oferta reduza a entrada do produto de outros
estados. Segue a colheita do plantio do cedo. Produtores reiniciaram o plantio do outono.
Aumentou a comercialização; os preços variam entre R$ 28,00 e R$ 35,00/cx. de 20 quilos na
Ceasa. Na lavoura, a batata de boa qualidade é vendida a valores entre R$ 22,00 e R$
25,00/cx.
Beterraba
Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, na última quinzena aumentou o plantio
da cultura em Vale Real; boa sanidade. Lavouras mais expostas ao vento registram a
ocorrência de olho-de-perdiz – cercóspora. Segue a colheita. O preço da dúzia de molhos
ficou em R$ 20,00.
Cebola
Na regional de Passo Fundo, produtores intensificaram o preparo do solo e já
iniciaram tanto o transplante de mudas quanto o plantio e/ou a semeadura em local
definitivo. Há tendência de pequeno aumento da área a ser cultivada.
Na regional de Pelotas, a semeadura da cebola para produção de mudas atingiu 90%
da área prevista de 2.350 hectares. Em Tavares, Rio Grande e São José do Norte, ainda há
produto; o preço da cebola tipo 3 está entre R$ 3,00 e R$ 3,50/kg.
Mandioca/Aipim
Na regional de Santa Maria, segue a colheita; o preço da mandioca aumentou,
ficando em R$ 20,00/cx. de 20 quilos.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa, a cultura está em plena colheita,
apresentando bom rendimento, apesar do longo período de deficiência hídrica. A produção
é destinada ao consumo familiar e à venda, e o produto apresenta excelente cozimento.
Alguns agricultores ainda têm mandioca da safra anterior, também com bom cozimento e
alto teor de amido. Em muitas propriedades, o aipim é destinado à alimentação animal. O
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 14, 04 jun. 2020
preço pago ao produtor segue estável: a caixa de 25 quilos é comercializada a R$ 20,00, e o
produto descascado a R$ 4,00/kg.
Pepino
Na regional de Lajeado, em Feliz, são cultivados em ambiente protegido 45 hectares
de pepino conserva e 20 hectares de pepino Japonês, em dois a três ciclos, e a cultura
encontra-se em fase de floração e produção. Continua alta a incidência de tripes, requerendo
controle; atenção também ao manejo adequado do ambiente protegido, devido à queda de
temperatura. A comercialização é melhor para pepino Japonês e indústria. O pepino salada
foi comercializado a valores que oscilaram entre R$ 2,00 e R$ 2,50/kg; o Japonês, entre R$
2,75 e R$ 3,00/kg e o pepino indústria variou de R$ 2,00 a R$ 2,50/kg para agroindústrias e
de até R$ 4,50/kg na venda direta a consumidores.
Na regional de Porto Alegre, a segunda safra se encerrou antes devido ao clima frio
da semana anterior e ao racionamento de água na irrigação. O resultado produtivo ficou
bem abaixo do esperado.
Pimentão
Na regional de Caxias do Sul, a espécie essencialmente estival – o pimenteiro, vai se
ressentindo das condições climáticas ocorridas em abril e maio, principalmente pelas baixas
temperaturas noturnas e matinais. Assim, a cultura se encaminha para o final da produção e
colheita do pimentão. Por ser uma solanácea, mesma família botânica do tomateiro, o
desenvolvimento e a produção são favorecidos em períodos de estiagem, desde que haja
sistema de irrigação para suprir as necessidades hídricas. Frutos de boa qualidade; porém, já
com tamanho menor por serem os ponteiros. Preço estável para o pimentão verde, em
média a R$ 15,00/cx. de 12 quilos na propriedade.
Tomate
Na de Porto Alegre, segue a colheita. As lavouras de verão-outono apresentam
quebra de produção no final de ciclo devido à estiagem e à falta de água para irrigação, pois
alguns açudes secaram. O preço pago ao produtor pela caixa de 20 quilos de tomate sofreu
redução: tipo extra a R$ 60,00 e de segunda a R$ 30,00.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Feliz, segue a colheita do Cereja.
Ainda há incidência de broca do fruto e larva minadora. O preço pago ao produtor pelo
Cereja varia entre R$ 6,00 e R$ 7,00/kg. Em Vale Real, é entressafra de longa vida e Saladete
cultivados a campo. Áreas de cultivo em ambiente protegido vêm sendo preparadas para
transplantio a partir da segunda quinzena do mês.
Vagem
Na regional de Lajeado, em Feliz, segue a colheita; produto comercializado a valores
entre R$ 4,00 e R$ 4,50/kg. Em Vale Real, a vagem cultivada a campo foi toda colhida. Nas
propriedades com áreas próximas ao rio Caí, é iniciado o preparo do solo para implantação
da cultura a partir de julho.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 15, 04 jun. 2020
FRUTÍCOLAS
Na regional de Ijuí, as primeiras lavouras de morango implantadas nesse ano estão
em início de floração; nas de segundo ano, aumentou significativamente a produção. Citros
em plena comercialização, com aumento da oferta de frutos de tamanho menor, mas com
grau brix adequado, conferindo sensação de fruto saboroso. Aumento significativo da
demanda e comercialização de mudas frutíferas nos viveiros da região, principalmente para
pomares domésticos. Produtores iniciaram a aplicação de caldas para controle de pragas e
doenças nas culturas caducifólias. O preço médio da bergamota foi de R$ 2,10/kg; laranja,
R$ 1,50/kg; morango, R$ 19,40/kg.
Na regional de Santa Rosa, seguem as orientações para tratamentos de inverno,
podas, limpeza de pomares e tratamento de caldas para prevenção de pragas e doenças.
Nos citros, é constatada queda de frutos em decorrência da estiagem, seguida de frio e
precipitações. Laranjas têm baixa carga de frutos; bergamotas de variedade comum têm boa
carga de frutos, porém com tamanho menor devido à falta de chuvas no período de
desenvolvimento. Alguns produtores preparam as áreas para implantação de novos pomares
e de plantas de cobertura de inverno nas áreas de produção comercial. Além disso,
encaminham análise de solo para posterior adubação no período de brotação. Morango em
desenvolvimento e, em alguns municípios, foram entregues as mudas da variedade San
Andreas, cuja encomenda foi intermediada pela assistência técnica da Emater/RS-Ascar.
Caqui
Na regional de Caxias do Sul, as últimas frutas da safra estão sendo colhidas. As da
variedade Fuyu, também conhecida como chocolate branco, apresentam ótima coloração,
sabor e calibre. Quanto à sanidade, tanto os frutos quanto as plantas encontram-se livres de
infecções e ataque de pragas. Influenciada pelas condições climáticas, a incidência de
antracnose ficou bem abaixo da média das últimas safras, resultando em menos perdas da
produtividade e em redução do número de tratamentos fitossanitários aplicados na cultura.
As plantas apresentam folhagem típica do outono, com diversas tonalidades entre o amarelo
e vermelho, última fase antes da queda natural, evidenciando o final de mais um ciclo
vegetativo e a preparação da planta para suportar os rigores do inverno. Boa parte das
frutas colhidas está sendo estocada na frigoconservação, a fim de serem ofertados ao
mercado nos meses subsequentes e, assim, auferir cotações mais remuneradoras. Com a
redução natural da oferta, a precificação vem demonstrando firme valorização; preços
médios na propriedade: Fuyu R$ 1,75/kg e Kyoto R$ 2,50/kg.
Na regional de Passo Fundo, com o término da colheita, produtores realizam limpeza
de pomares e coleta de solo para análise, a fim de fundamentar adubação, calagem e demais
práticas de manejo de solo necessárias.
Citros
Na regional de Lajeado, o retorno da umidade do solo trouxe alento aos citricultores
do Vale do Caí. A chuva não recupera os prejuízos causados nas cultivares precoces de
bergamoteiras e laranjeiras, mas ameniza as perdas nas cultivares tardias, como a
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 16, 04 jun. 2020
bergamota Montenegrina, fruta cítrica com a maior área de cultivo na região. Com o maior
volume de bergamota da cultivar Caí entrando no mercado, o preço que bateu os R$
45,00/cx. de 25 quilos no início da colheita, em meados de maio, agora está para o citricultor
em média a R$ 35,00/cx. (veja quadro). O volume da Caí colhido até o momento é 10%.
Bergamota Poncã em início de colheita, atrasada em função da estiagem; o preço também
está reduzindo pelo aumento da oferta no mercado; o citricultor recebe em média R$
28,00/cx. de 25 quilos. Os prejuízos causados pela estiagem já consolidados são estimados
em 50% da produção das frutas precoces. Na grande maioria dos pomares, ocorreram queda
de frutos, frutos não desenvolvidos, rachados e morte de plantas. A perda maior é em
relação à qualidade dos frutos. Em anos anteriores, se obtinha frutos extra ou seleção; neste
ano praticamente 10% a 25% enquadram-se como frutos de primeira, e o restante, como
fruta para suco. No caso da bergamota Montenegrina, a maior área de cultivo e produção de
frutas, as perdas ainda não estão consolidadas por ser uma cultivar tardia, cujas frutas ainda
estão em crescimento. Entretanto, a perda em virtude de frutas rachadas já é visível e
representa atualmente 5% do total, por enquanto inferior à expectativa que havia antes das
últimas chuvas.
Também houve perdas nas laranjeiras, concentradas nas cultivares de ciclo precoce.
Os preços recebidos pelos citricultores sofreram redução pelo aumento da oferta (veja
quadro). Em Tupandi, município de destaque na produção de laranjas no Vale do Caí, os
pomares do cedo foram bastante prejudicados, e com isto a maior parte destas frutas está
sendo comercializada para suco. Um programa municipal auxilia no transporte da fruta para
uma indústria da Serra, e já foram realizadas três cargas; citricultores recebem R$ 7,10/cx.
de 25 quilos. Iniciou o processamento de laranja e bergamota para suco em indústria de
Montenegro; o valor pago ao produtor é de R$ 310,00/ton. entregue na indústria.
Na comercialização da lima ácida Tahiti, o limãozinho verde, o citricultor recebe em
média R$ 22,00/cx. de 25 quilos; o preço acompanha a redução das demais frutas cítricas.
Preços médios recebidos pelos citricultores no Vale do Caí Produto
(caixa de 25 quilos)
Percentual colhido
até 29 de maio
Preço da caixa (R$)
em 15 de maio
Preço da caixa (R$)
em 29 de maio
Bergamota Caí 10% 45,00 35,00
Bergamota Poncã 5% 30,00 28,00
Laranja Céu Precoce 5% 20,00 18,00
Laranja Shamouti 3% 24,00 22,00
Laranja umbigo Bahia 2% 30,00 25,00
Lima ácida Tahiti 15% 25,00 22,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Lajeado
Na regional de Soledade, a maior parte dos citros encontra-se em maturação. Estão
em colheita a bergamota Ponkan, Pareci e Caí, com boa aceitação no mercado. Segue a de
laranjas comuns precoces e a colheita da fruta de umbigo. Além de reduzir a produção nesta
safra, a redução no tamanho dos frutos prejudica o aspecto comercial dos mesmos. Seguem
atividades de manejo fitossanitário para o controle de pragas e doenças, principalmente
mosca-das-frutas e pinta preta.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 17, 04 jun. 2020
Na regional de Bagé, a colheita de bergamota é gradualmente intensificada;
aumenta a oferta de Ponkan. O preço permanece a R$ 3,00/kg na feira de Bagé, com
tendência de redução.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, segue a colheita de laranja e
bergamota. Permaneceu estável o preço das laranjas; o das bergamotas Ponkan e Caí baixou
para R$ 15,00/cx. de 25 quilos; o preço da laranja do Céu é de R$ 18,00/cx.
Na regional de Caxias do Sul, as precipitações pluviométricas das últimas semanas
vêm mudando sensivelmente o aspecto dos laranjeirais, haja vista que se encontravam
gravemente afetados pela deficiência hídrica, apresentando sintomas típicos:
amarelecimento e enrolamento foliar, parada de crescimento e queda dos frutos. Com o
retorno da umidade do solo e ar, a polpa, que estava com baixíssimos teores de suco, voltou
a ficar túrgida, e, como consequência natural, ocorreu ruptura da casca em considerável
percentual de laranjas. Esse quadro da cultura é bem conhecido e representa razoável
quantidade de frutas perdidas, pois a dilatação da casca não acompanha o intumescimento
da polpa. Seguem os tratamentos fitossanitários para o controle de fitopatias,
principalmente da pinta preta. Além das chuvas, outro fato positivo nessas últimas semanas
é a ausência do ataque da mosca-das-frutas. Adubações nitrogenadas de cobertura nas
variedades mais tardias também estão sendo efetivadas.
Morango
Na região da Emater/RS-Ascar de Lajeado, em Feliz, segue a colheita da nova safra.
Produtores realizam condução e manejo normal de limpeza e fertirrigação; não há relato de
dificuldades fitossanitárias; incidência de tripes requer cuidados. O preço do quilo do
morango permanece entre R$ 12,00 e R$ 15,00, com excelente procura.
Na de Erechim, há boa floração e produção inicial; o preço pago ao produtor
permanece em R$ 15,00/kg. Há pouca incidência de doenças foliares.
Pêssego
Na regional de Pelotas, iniciaram as atividades de poda, realizadas manualmente;
seguem as de limpeza dos pomares e as aplicações dos tratamentos de inverno. Produtores
encaminham projetos de custeio.
Na regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, produtores realizam a semeadura de
plantas de cobertura nos pomares. Também iniciaram a poda de outono. Esta prática
consiste na retirada de ramos ladrões, danificados e excessivos, preparando a planta para a
poda de frutificação.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 18, 04 jun. 2020
COMERCIALIZAÇÃO DE HORTIGRANJEIROS – CEASA/RS
Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da
Ceasa/RS, 22 produtos ficaram estáveis em preços, oito apresentaram alta e cinco, baixa.
Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos
que tiveram variação de preços em 25% para cima ou para baixo. Dois produtos se
destacaram em alta e nenhum em baixa.
A demanda da última semana de maio apresentou baixa devido ao período que
antecede o recebimento dos salários e também aos reflexos econômicos negativos da
pandemia do Covid-19. Mas a partir desta segunda-feira, o mercado já demonstrou sensível
aumento na procura, visto que uma parte da população já começou a receber o salário.
Produtos em alta
Morango – de R$ 14,00 para R$ 18,00/kg (+28,57%)
As temperaturas mais baixas reduziram a velocidade do aprontamento do morango
e, consequentemente, ocorreu a diminuição dos volumes ofertados, elevando os preços.
Tomate-caqui longa vida – de R$ 2,00 para R$ 2,50/kg (+25,00%)
A safra gaúcha já dá sinais de encerramento em grande parte das lavouras. Assim,
para o abastecimento do Estado, são necessários tomates vindos da região Sudeste,
principalmente. Esta situação irá perdurar até a chegada da nova safra gaúcha, no final do
ano. Os preços neste período irão depender das condições das lavouras e também do poder
de compra do consumidor.
Hortigranjeiros em variação semanal de preço – Ceasa/RS Produtos em alta Unidade 26/05/2020
(R$/kg)
02/06/2020
(R$/kg)
Aumento
(%)
Beterraba kg 1,67 1,78 +6,59
Cebola nacional kg 3,25 3,50 +7,69
Chuchu kg 1,67 2,00 +19,76
Morango kg 14,00 18,00 +28,57
Ovo branco dz. 3,83 4,00 +4,44
Pimentão verde kg 3,00 3,50 +16,67
Tomate-caqui longa vida kg 2,00 2,50 +25,00
Vagem kg 5,00 5,50 +10,00
Produtos em baixa Unidade 26/05/2020
(R$)
02/06/2020
(R$)
Redução
(%)
Brócolis unid. 1,83 1,67 -8,74
Cenoura kg 2,00 1,94 -3,00
Couve-flor cab. 2,50 2,08 -16,80
Mamão Formosa kg 2,50 2,31 -7,60
Pepino salada kg 2,50 2,25 -10,00
Fonte: Centrais de Abastecimento do RS – Ceasa/RS.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 19, 04 jun. 2020
Outras Culturas
Pinhão
O pinhão é um alimento rico em calorias e contém minerais como cobre, zinco,
manganês, ferro, magnésio, cálcio, fósforo, potássio, enxofre e sódio. Além disso, são
encontrados ácidos graxos linoleico (ômega 6) e oleico (ômega 9).
Na regional de Caxias do Sul, segue a colheita; pinhas e pinhões apresentam boa
qualidade e sanidade. Há relatos de alguns coletores sobre a ocorrência de pinhas com
maior proporção de falhas do que em safras normais e também de pinhas secas, que não
completaram seu desenvolvimento. Parte das árvores apresenta pinhas maduras em fase de
debulha ou já debulhadas, e parte está em final de maturação.
Na regional de Passo Fundo, as chuvas contínuas no período de polinização e a
estiagem no desenvolvimento do fruto (pinha) e da semente (pinhão) implicaram na
redução de tamanho e na formação imperfeita da amêndoa amilácea, a parte comestível.
Comercialização
Na regional de Caxias do Sul, os preços praticados são os seguintes.
• Na venda direta ao consumidor (extrativista/produtor): de R$ 6,00 a R$ 9,00/kg.
• Na comercialização na Ceasa Serra: R$ 8,80/kg.
• Em supermercados, beira de estradas, fruteiras, feiras livres e feiras on-line: de R$
10,00 a R$ 18,00/kg.
Parte expressiva da produção da regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul é
comercializada por intermediários, que levam o produto para centros maiores como
Taquara, Ceasas de Porto Alegre e de Caxias do Sul. Na comercialização da semente
beneficiada como pinhão moído ou de paçoca, excelentes formas de agregação de valor ao
produto, os preços chegam a R$ 25,00/kg.
Na regional de Passo Fundo, os preços pagos ao produtor variam de R$ 4,00 a R$
6,00/kg. No atacado, o pinhão é vendido a valores entre R$ 8,00 e R$ 10,00/kg; no mercado,
de R$ 12,00 a R$ 14,90/kg.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 20, 04 jun. 2020
Criações
Para acessar o mapa com a regionalização da Emater/RS-Ascar, clique aqui.
PASTAGENS
Nas diversas regiões do Rio Grande do Sul, as pastagens cultivadas de inverno estão
se desenvolvendo com mais intensidade, mas ainda não oferecem condições de pastejo na
maior parte das áreas, em virtude de terem sofrido, de forma predominante, considerável
atraso em sua implantação.
Os campos nativos, que costumam ter seu crescimento mais ativo com temperaturas
mais elevadas, sofreram em demasia com o período de estiagem e, embora tenham
rebrotado parcialmente após as últimas chuvas, não propiciam boa oferta de forragem na
maior parte das áreas. Com isso, vai se caracterizando um severo e prolongado vazio
forrageiro neste outono.
Nos poucos locais em que foi possível fazer o plantio em março e abril e nos quais a
estiagem foi menos severa, está sendo possível disponibilizar as pastagens cultivadas de
inverno para pastoreio com o manejo adequado, amenizando os efeitos do vazio forrageiro
nesses locais.
BOVINOCULTURA DE CORTE
Na maior parte das áreas de criação de bovinos de corte do Estado, o gado apresenta
escore corporal abaixo do normal para a estação.
As chuvas ocorridas até aqui foram insuficientes para recuperar os níveis de água dos
bebedouros, na grande maioria dos estabelecimentos.
Nas regiões de Santa Maria e Porto Alegre, além da perda de peso dos rebanhos,
continuam sendo relatados casos de redução da taxa de prenhez das matrizes.
Na maioria das regiões, o estado sanitário do gado no geral é satisfatório, mas os
animais com condição física mais debilitada requerem uma atenção especial, principalmente
no controle de doenças parasitárias.
Comercialização
Nesta semana, o preço médio do boi e da vaca para abate no Estado continuou em
elevação. O do boi foi de R$ 6,60 para R$ 6,67/kg vivo, aumentando mais 1,06%; o da vaca
subiu mais 1,76%, passando de R$ 5,67 para R$ 5,77/kg vivo. Em comparação com valores
registrados há um ano, o preço atual do quilo vivo da vaca para abate teve um acréscimo de
19,96%, e o do boi está 21,72% maior.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 21, 04 jun. 2020
Fonte: Cotações Agropecuárias nº 2130, de 04 de junho de 2020. Emater/RS-Ascar. Gerência de Planejamento. Núcleo de
Informações e Análises. Disponível em: http://bit.do/eRWGv.
Preços médios das categorias de bovinos de corte em regiões e municípios do RS Categoria
(R$ por kg/cab.)
Região de
Bagé
Região de
Porto Alegre
Região de
Caxias do Sul
Bossoroca Região de
Pelotas
Boi gordo (kg) 6,50 6,50 7,00 6,75 6,60
Vaca gorda (kg) 5,80 5,50 5,80 5,65 6,00
Vaca de invernar (kg | cab. | kg) 4,80 1.500,00 5,20 4,55 -
Vaca c/cria ao pé (cab.) - 2.200,00 - 2.950,00 -
Novilha (cab.| kg) - 1.250,00 5,30 6,00 -
Novilho (kg | cab. | kg) 6,50 1.600,00 6,40 6,40 -
Terneira (kg) - 6,50 - 6,75 -
Terneiro (kg) 7,00 7,30 7,00 7,00 7,50
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
BOVINOCULTURA DE LEITE
Em quase todas as regiões do Estado, ainda não foi possível observar uma reversão
significativa do decréscimo do escore corporal e da produção que havia se estabelecido nos
rebanhos bovinos leiteiros em consequência da estiagem.
No geral, as condições sanitárias dos rebanhos permanecem satisfatórias, mediante a
utilização de práticas de manejo e a utilização de medicamentos para controle de
parasitoses internas e externas.
As estimativas atualizadas de redução na produção leiteira relatadas pelos escritórios
regionais da Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de abrangência são as seguintes:
regional de Bagé – 55%; Frederico Westphalen – 30%; Porto Alegre – 30%; Santa Maria –
30% (em levantamento realizado em parte da região).
Na região de Santa Rosa, já é possível observar uma boa produção das pastagens
cultivadas de inverno disponibilizadas às vacas; durante a semana, a produção leiteira,
embora abaixo da normalidade, foi superior à da semana anterior.
OVINOCULTURA
Na maioria das regiões do Rio Grande do Sul, o estado corporal e sanitário
predominante nos rebanhos ovinos é satisfatório.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 22, 04 jun. 2020
Na região da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, continua sendo relatada a perda de
peso dos ovinos, estimada em cerca de 20%.
Na região de Soledade, foram observados casos de aumento da incidência de
verminoses em ovinos, que continuam enfraquecidos ainda em consequência do período
prolongado de estiagem.
Tem continuidade na maior parte dos estabelecimentos o manejo pré-parto das
matrizes, por meio de práticas como tosquia do entorno que envolve a cauda, o períneo e o
úbere e de dosificações com medicamentos para controle de verminoses.
Comercialização
Após sofrer uma queda na semana anterior, o preço médio do cordeiro para abate no
RS voltou a subir nesta semana, passando de R$ 7,23 para R$ 7,27/kg vivo, uma elevação de
0,55%. Cabe destacar que o valor atual é 10,15% mais alto que o registrado há um ano.
Na regional de Bagé, os preços médios de comercialização de ovinos na semana
foram os seguintes: ovelha de cria – R$ 300,00/cab., ovelha de consumo – R$ 250,00/cab.,
capão – R$ 6,00/kg, cordeiro – R$ 7,00/kg. Em São Gabriel, os preços do quilo dos principais
tipos de lã foram os seguintes: Merina – R$ 23,00; Ideal – de R$ 18,00 a R$ 19,00; Corriedale
– de R$ 9,00 a R$ 10,00; Romney Marsh – R$ 5,00; raças de carne – R$ 4,00.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, os preços do quilo vivo na
comercialização de ovinos foram os seguintes: ovelha – de R$ 5,50 a R$ 6,50; capão – de R$
6,00 a R$ 7,50; cordeiro – de R$ 7,00 a R$ 8,50.
APICULTURA
A colheita de mel da safra de outono está se encaminhando para o encerramento nas
regiões de Pelotas e Porto Alegre. Nas demais, a safra já foi encerrada. Os apiários estão
sendo monitorados e manejados para atravessar os meses mais frios do ano em boas
condições alimentares e sanitárias.
Comercialização
Preços praticados na comercialização do mel Região A granel (R$/kg) Embalado (R$/kg)
Bagé 5,00 24,00
Caxias do Sul 6,50 25,00
Erechim 12,00 22,00
Ijuí 15,00 21,00
Pelotas - 13,00 a 25,00
Porto Alegre 6,00 22,00
Santa Rosa - 15,00 a 20,00
Soledade 7,00 a 8,00 12,00 a 15,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritórios Regionais.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 23, 04 jun. 2020
Na região de Santa Rosa, há grande demanda para compra de própolis, visando a
elaboração de extrato, isso porque essa substância é popularmente conhecida como um
indutor do aumento da imunidade. O própolis está sendo vendido por até R$ 140,00/kg.
PISCICULTURA
Em função da ocorrência regular de chuvas, continua aumentando o nível de água
dos viveiros em todo o Estado.
Boa parte dos açudes onde havia sido realizada a despesca está sendo repovoada
com alevinos. Em alguns açudes ainda não repovoados e com níveis baixos de água, vêm
sendo realizados procedimentos de manutenção como reparos nas taipas e aplicação de
calcário para correção da acidez.
Nos açudes povoados, o manejo alimentar dos peixes é realizado para diminuir as
quantidades de suplementação, uma vez que com temperaturas mais baixas o consumo de
alimentos diminui.
Na região de Lajeado, em Salvador do Sul e Roca Sales, vêm sendo elaborados
projetos técnicos para construção de viveiros para peixes, que deverão ser executados com
apoio da SEAPDR e respectivas prefeituras municipais.
Comercialização
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Erechim, o quilo de peixe vendido
em feiras pelos piscicultores durante a semana obteve os seguintes valores: Carpa – de R$
10,00 a R$ 12,00; Jundiá – R$ 18,00; Pacu – R$ 15,00; Traíra – R$ 13,00. O preço do filé de
Tilápia ficou em R$ 25,00/kg.
Na de Ijuí, os preços pagos pelo quilo vivo de peixe vendido na propriedade foram os
seguintes: Carpa – de R$ 6,40 a R$ 7,65; Tilápia – R$ 5,52; Jundiá – R$ 8,66.
Na regional de Santa Rosa, a Carpa eviscerada foi comercializada a preços entre R$
10,00 a R$ 15,00/kg.
PESCA ARTESANAL
Em toda a extensão do litoral gaúcho, de Chuí a Torres, desde o final da semana
passada ao início desta ocorreu a aproximação de um ciclone tropical que provocou ventos
fortes e ondas altas, deixando o mar muito agitado e dificultando a prática da pesca.
O período de defeso na Lagoa dos Patos começou em primeiro de junho e se
estenderá até 31 de janeiro de 2021.
Na região da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, na atividade de pesca artesanal a
espécie mais capturada durante a semana foi a Tainha. No estuário do rio Tramandaí, houve
boa captura de Camarão.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 24, 04 jun. 2020
Na região de Pelotas, em Jaguarão, o baixo nível das águas da Lagoa Mirim dificultou
a movimentação e o atraque de barcos, mas ainda assim os pescadores realizaram uma boa
captura de peixes durante a semana.
Comercialização
Os pescadores artesanais relatam que a venda direta ao consumidor, modalidade de
comercialização mais utilizada por eles, tem sofrido retração em consequência das medidas
sanitárias relativas à pandemia do novo coronavírus.
Os técnicos e extensionistas rurais dos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar
orientam as famílias que têm como meio de vida a pesca artesanal e apoiam as iniciativas
locais para minimizar a vulnerabilidade econômica e social das mesmas, levando em conta
os necessários cuidados com a saúde e o desenvolvimento de alternativas compatíveis de
comercialização.
Na região de Porto Alegre, no estuário do rio Tramandaí, o preço do Camarão
vendido diretamente ao consumidor durante a semana ficou entre R$ 10,00 e R$ 25,00/kg
com casca e entre R$ 50,00 e R$ 70,00/kg descascado.
Preços e produção do pescado artesanal em Torres Espécie R$/kg Produção
Abrótea (filé) 17,00 baixa
Anchova 13,60 média
Corvina 11,00 baixa
Linguado (filé) 25,00 baixa
Papa-terra 12,00 boa
Peixe-anjo (filé) 20,00 baixa
Pescada (filé) 18,00 média
Tainha 12,00 boa
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Porto Alegre.
Nota: a espécie Bagre está sem produção.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, na Lagoa dos Patos, o
Camarão com casca foi vendido a valores entre R$ 7,00 e R$ 8,00/kg.
Preços do pescado artesanal vendido inteiro na região de Pelotas Espécie R$/kg
Corvina de 2,50 a 4,00
Linguado 8,00
Tainha de 2,50 a 3,50
Traíra de 4,00 a 6,00
Fonte: Emater/RS-Ascar. Escritório Regional de Pelotas.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 25, 04 jun. 2020
A regionalização administrativa da Emater/RS-Ascar se organiza em 12 escritórios
regionais, sendo que cada região contempla áreas geográficas dos Conselhos Regionais de
Desenvolvimento – Coredes, conforme mapa abaixo.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 26, 04 jun. 2020
Preços Semanais
COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES
(Cotações Agropecuárias nº 2130, 04 jun. 2020)
Produtos Unidade
Semana
Atual
Semana
Anterior
Mês
Anterior
Ano
Anterior
Médias dos Valores da
Série Histórica –
2014/2018
04/06/2020 28/05/2020 07/05/2020 06/06/2019 GERAL JUNHO
Arroz 50 kg 61,45 60,29 55,17 45,52 49,47 48,70
Boi kg vivo 6,67 6,60 6,48 5,48 6,13 6,31
Cordeiro kg vivo 7,27 7,23 7,09 6,60 6,91 6,84
Feijão 60 kg 200,94 196,18 174,50 161,43 202,28 199,13
Milho 60 kg 43,12 43,44 44,05 31,41 36,83 37,82
Soja 60 kg 97,36 98,95 94,00 74,96 82,20 82,75
Sorgo 60 kg 36,20 36,20 36,20 24,83 30,28 31,57
Suíno kg vivo 4,13 4,04 3,76 3,60 4,30 4,39
Trigo 60 kg 51,80 51,67 50,21 41,61 41,20 43,64
Vaca kg vivo 5,77 5,67 5,59 4,81 5,38 5,58
01-05/06 25-29/05 04-08/05 03-07/06
Fonte: Emater/RS-Ascar. GPL/NIA. Cotações Agropecuárias nº 2130 (04 jun. 2020).
Notas: 1) Índice de correção: IGP-DI (FGV). 2) Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano
Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do
quinquênio 2014-2018 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrig idos, da
série histórica 2014-2018.
Notas Agrícolas
Agropecuária é único setor da economia com crescimento na pandemia, diz IBGE
Resultado positivo foi puxado pelo bom desempenho da safra,
como a da soja, no primeiro trimestre do ano
A agropecuária apresentou crescimento de 0,6% no primeiro trimestre de 2020 em
comparação ao quarto trimestre de 2019, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (29)
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB)
do país. O setor foi o único da atividade econômica nacional a crescer no período analisado.
Em relação a igual período do ano anterior, no caso primeiro trimestre, a
agropecuária teve crescimento de 1,9%. “Este resultado pode ser explicado, principalmente,
pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre,
como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida
vis-à-vis a área plantada”, diz o IBGE. O PIB do país teve contração de 1,5% nos primeiros
três meses do ano no comparativo com o quarto trimestre do ano passado.
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 27, 04 jun. 2020
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) tem destacado as
ações adotadas pelo Mapa e demais órgãos do governo federal para garantir o
abastecimento interno de alimentos, as exportações dos produtos agropecuários e o
funcionamento sem interrupção da cadeia produtiva do agro durante a pandemia.
“Temos tido sucesso com isso porque, além da grande safra que foi colhida neste
verão, temos tido a logística absolutamente normalizada. Portanto, além do abastecimento
dos 212 milhões de brasileiros, também temos conseguido cumprir a nossa missão de
provedores de alimentos do mundo”, disse a ministra, ao participar de balanço das ações de
combate aos impactos do coronavírus no dia 26 deste mês, no Palácio do Planalto.
O Governo Federal tem atuado ainda na abertura de mercados para os produtos do
agro brasileiro. Desde janeiro de 2019, foram mais de 60 mercados abertos para os mais
diversos produtos, como castanha-de-baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira
fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha-do-Brasil (conhecida
também por castanha-do-Pará) para Arábia Saudita e material genético. As exportações do
agronegócio atingiram valor recorde em abril, ultrapassando pela primeira vez a barreira de
US$ 10 bilhões no mês.
Soja e arroz
O crescimento registrado pela agropecuária pode ser atribuído a vários fatores. "O
primeiro é o desempenho das lavouras e da pecuária, que têm obtido crescimento
excepcional neste ano. O IBGE destaca o desempenho da produção de soja e do arroz, que
têm apresentado elevado crescimento da produção. A produtividade foi também um fator
relevante nesses resultados. Os resultados da Balança Comercial, publicados pelo Mapa, em
maio, mostraram que as vendas externas da agropecuária tiveram um crescimento de 17,5%
pela média diária nos quatro primeiros meses do ano, comparando com igual período do
ano anterior. Esse foi outro fator que impulsionou o crescimento", analisa José Garcia
Gasques, coordenador geral de Avaliação de Políticas da Informação do Mapa.
De acordo com coordenador, o crescimento do PIB agropecuário refletiu-se também
sobre o saldo líquido de empregos formais gerados neste ano. As estatísticas do Caged
mostram que houve um saldo (admissões menos desligamentos) de 10.032 contratações.
Alta em 2020
Informativo Conjuntural. Porto Alegre, n. 1609, p. 28, 04 jun. 2020
Apesar da pandemia do novo coronavírus, o PIB do setor agropecuário brasileiro
deve ter alta de 2,5% em 2020. A previsão é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea), com base em dados do IBGE. Levando em conta a safra de grãos estimada pela
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a taxa deve chegar a 2,3%. Mesmo em um
cenário com maior risco de impacto da Covid-19 na demanda por produtos agropecuários,
os pesquisadores projetam aumento, em ritmo menor, de 1,3%.
Para a safra 2019/20, a estimativa para a produção de grãos é de 250,9 milhões de
toneladas, volume 3,6% (8,8 milhões de toneladas) superior ao colhido em 2018/19, de
acordo com o 8º Levantamento da Safra 2019/20 divulgado no último dia 12, pela Conab.
Fonte: Mapa (publicado em 29/05/2020).