suinulcultura e cuidados com a reprodução

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  • 8/16/2019 Suinulcultura e Cuidados Com a Reprodução

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    FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES

    Suinulcultura e cuidados com a reprodução

    Autor: Juscelino J. R. de Souza

    RIO ERDE ! GO" #OEM$RO DE %&&'(

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    I ! I#)RODU*+O

    Ao mentalizarmos este projeto visamos levar ao seio da sociedade um pouco da

    história dos suínos em geral, ou seja, o surgimento, como era utilizado a domesticação entre

    outras curiosidades.

    Sabendo ue a domesticação do suíno ! anti"íssima, ou de cinco mil anos antes de

    #risto, e ! creditada aos chineses. $% uem a&irme, por e'emplo, ue o suíno asi%tico só &oi

    conhecido pelos europeus depois de domesticado, uando &oi trazido ao (cidente pelos )rias.

    #omo a domesticação e as esp!cies atuais são &rutos de uma intensa diversi&icação porue

     passaram ao longo da história. *a antiguidade, por outro lado, tamb!m estão as origens de

    mitos e pol+micas ue cercam o consumo da carne suína. ois!s e aom!, por e'emplo, proibiam o uso de carne de porco na dieta humana, alegando ue o produto era nocivo -

    sade. (s gregos, por!m, criavam suínos e os destinavam a sacri&ícios consagrados as deuses

    #eres, artes e #ibeles. /ara os cretenses eram tamb!m animais divinos, porue os

    consideravam como o alimento pre&erido do 0eus Jpiter.

    (s romanos &oram igualmente grandes consumidores de carne suína. 1les mantinham postos

    com grandes criaç2es de porcos, ue eram consumidos em Roma em grandes &estins ou

    regularmente pelos nobres e o povo. (s ib!ricos e gauleses tamb!m criavam muitos suínos e#arlos agno prescrevia o consumo de carne de porco aos seus soldados e seguidores. *a

    !poca chegaram a ser editadas leis s%ticas e borgonhesa ue puniam com severos castigos os

    ladr2es e matadores de porcos.

    0esde a sua domesticação, por!m, os suínos so&reram grandes trans&ormaç2es

    mor&ológicas e &isiológicas, em conse"+ncia das condiç2es ue viveram e das necessidades

    do homem, em relação ao melhor aproveitamento do animal. /oucos eram os criadores ue se

     preocupavam com os problemas da criação rudimentar do porco tipo banha, como o seuaproveitamento entre os 34 e 35 meses de idade, o ue resultava no acmulo de grandes

    uantidades de gordura e e'igia maiores gastos com alimentação e instalaç2es para o abrigo

    dos animais. #omo a capacidade de trans&ormação do suíno decresce a partir do s!timo m+s

    de idade, era necess%rio melhorar os animais e então surgiu o porco tipo carne, abatido aos

    cinco ou seis meses de idade, pesando de 67 a 347 uilos, com massas musculares posteriores,

    mais ricas em carne, o ue lhe garante maior valor no mercado e maior rendimento ao criador.

    $oje, na verdade, se abate tamb!m leit2es do tipo carece, com o objetivo de o&erecer carne

    ainda mais tenra e saborosa aos consumidores. (s leit2es e animais adultos das melhores

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    raças, inversamente ao ue acontecia com o javali, concentram 879 de sua massa muscular 

    na parte posterior e apenas :79 na parte anterior.

    Assim, a suinocultura se e'pandiu para o mundo inteiro, com e'ceç2es de alguns

     países da )&rica e do (riente !dio, porue o islamismo proíbe o consumo de carne dessa

    esp!cie. *a Am!rica, &oi o descobridor do continente, o navegador #ristóvão #olombo, uem

    introduziu os primeiros animais, em 3;6:, na região de São 0omingo. 0essa ilha, logo &oram

    levados para a #olrasil, os primeiros suínos chegaram ao litoral paulista em 3?:4, trazidos pelo

    navegador artim A&onso de Souza e logo em seguida - >ahia.

    ( Suíno segue a seguinte classi&icação zoológica@

     Reino: Animal ( os animais de forma coletiva )

     Ramo ou Filo: Chordata ( um entre mais ou menos de vinte e um tipos do reino animal em

    que existe um espinhaço ou rudimento de espinhaço, a corda dorsal )

    Classe: Mammalia ( são animais mamferos, de san!ue quente, onde as crias alimentam,"se

     por um perodo vari#vel de uma secreção das !l$ndulas mam#rias da mãe )

    %rdem: Artiodact&la 'unodontes ( de unhas pares )

    u'"%rdem: n!ulados ( unhas nas extremidades dos dedos )

     Famlia: uidae ( compreende os sunos dom*sticos e selva!ens )

    +nero: us

     -sp*cies: us scrofa e us vittatus

    0epois de conhecermos um pouco da história de nosso objeto de estudo, daremos

    +n&ase na se"+ncia deste projeto, aos cuidados no manejo durante a reprodução do mesmo, o

    ue &azer para uma boa perpetuação da esp!cie.

    II ! ,US)IFICA)IA

    /ercebese na sociedade uma total &alta de in&ormação e tamb!m um &alta interesse em

    a proced+ncia e origem em tudo auilo ue se consome, não só na alimentação, mas tamb!m

    em todos os campos da vida de um ser humano.

     *este projeto percebese evidentemente a &alta de acesso a estes tipos de in&ormaç2es,

     por!m não se preocupando somente com isto, o mesmo levanta o seguinte pensar@ Btudo ue

    &azemos aduirimos de uma certa cultura, e o ue devemos &azer para ue ela perpetueC.

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    #omo praticamente tudo em nosso mundo o suíno tamb!m ao passar dos anos e desde

    suas origens virou objeto monet%rio, ou seja, passou a não ser somente alimento, mas tamb!m

    uma &orma de aduirir sobreviv+ncia, sendo assim, percebese a necessidade da in&ormação

    dos cuidados ue se devem ter com a reprodução dos suínos, para se obter lucro satis&atório e

    uma gen!tica para as pró'imas reproduç2es.

    III ! O$,E)IOS

    ⇒ -(. O$,E)IO GERAL:

    ⇒ 1stimular a sociedade a uestionar ual a origem do ue se consome, ou seja, levar 

    mais cultura a mesma, e neste caso uais os cuidados necess%rios para obter 

    resultado satis&atórios.

    ⇒ -(% O$,E)IOS ES/EC0FICOS:

    ⇒ Devar ao conhecimento da sociedade a história de um dos principais e mais

    alimento consumido hoje por ela, desde sua criação a dias atuais.

    ⇒ Encentivar nas pessoas um certo desejo de conhecer, apro&undar seu conhecimento,

    não só auilo em ue se consome, ou seja, produto &inal, conhecer sua história.

    ⇒ Apresentar todos os cuidados necess%rios para ue a reprodução dos suínos seja

    satis&atória tanto economicamente, uanto nutritivamente.

    I ! ME)ODOLOGIA

    ⇒ Consideraç1es

     *a suinocultura, como em todas as outras criaç2es, o processo reprodutivo ! de

    &undamental importFncia, não só para a perpetuação da esp!cie, mas principalmente por ser 

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    um &ator decisivo no desempenho econ

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    espaço das matrizes, essa pr%tica utilizada, &acilita o controle individual das matrizes

    gestantes, permitindo o&erecer uma alimentação mais adeuada, uma melhor visualização

    sobre a repetição ou não de cios e condiç2es de se evitar briga entre as porcas.

    A gestação em baias deve ser &eita com grupos, de no m%'imo seis porcas, visando com isto

    diminuir a competição e brigas entre elas e, inclusive a visualização do retorno ou não ao cio.

    ⇒ Al2umas pr6ticas 7ue de8em ser o3ser8adas 7uando na 2estação

    As matrizes devem ser mantidas em ambiente calmo e livres de ualuer KstressK Gcalor 

    em e'cesso, animais estranhos, barulhos, mudança de local, etcI.

      Devantar as porcas ue estão nas gaiolas individuais de gestação no mínimo tr+s vezes

    ao dia Gpela manhã, ao meio dia e - tardeI. 1sta pr%tica &acilita a eliminação da urina pela

     porca e induz a mesma a ingerir mais %gua, ajudando desta &orma, na prevenção contra as

    in&ecç2es do aparelho urin%rio.

    /ara diminuir a incid+ncia do aparelho urin%rio, ! recomend%vel a utilização do

    diur!tico, cloreto de am

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      Após a cobertura levar a matriz de volta - sua baia coletiva eLou - gaiola de gestação.

    P importante ue a matriz, após a cobertura, &iue em ambiente tran"ilo por 

    apro'imadamente duas horas. Ambiente agitados ou estressantes, logo após a cobertura,

     prejudicam a &ertilização, podendo levar - absorção embrion%ria.

    As matrizes, uando na &ase de gestação em gaiolas, devem receber sua ração

    umedecida. /ara isto, usase, geralmente, bai'ar o nível de %gua do cocho, situado abai'o das

    gaiolas de gestação, dei'ando, apro'imadamente, um terço do volume de %gua. Após, coloca

    se sobre a %gua, a ração da porca na uantidade necess%ria - manutenção do bom estado de

    carne da mesma.

    Sempre ue usarmos raç2es umedecidas devemos ter o cuidado para ue as sobras,

    uando do consumo da ração pelas matrizes, não venham &ermentar, causando problemasintestinais nos animais.

    0a desmama at! a cobertura o&erecer para as matrizes Kração de lactaçãoK - vontade.

    0ar metade do trato pela manhã e metade - tarde.

    Assim ue realizar a cobertura passar a usar a Kração de gestaçãoK, &ornecendo 3,577

    Hg a 4,777 Hg de ração por matriz, por dia, at! :? dias de gestação. Mornecer metade da ração

     pela manhã e metade - tarde.

    0e :N a 67 dias de gestação continuar usando a ração de gestação, &ornecendo 4,:77Hg a 4,N77 Hg de ração por matriz, por dia. Mornecer metade da ração pela manhã e metade -

    tarde.

    0e 63 a 376 dias de gestação passar a usar Kração de lactaçãoK, o&erecendo de :,777 Hg

    a :,?77 Hg de ração por matriz, por dia. 0ar metade do trato pela manhã e metade - tarde.

    0e 376 a 33: dias da gestação &ornecer 3,577 Hg a 4,777 Hg de Kração de lactaçãoK por 

    matriz por dia.

     *este período, ? a 8 dias antes do parto, as porcas deverão receber somente umare&eição por dia Gpela manhãI.

      Qr+s dias antes do parto e tr+s dias após o parto, observando ue as &ezes das matrizes

    estão ressecadas, &ornecer as mesmas 37 gramas de sul&ato de sódio Gsal de lauberI por dia,

     por matriz, juntamente com a ração. 1sta pr%tica visa diminuir uma possível constipação

    intestinal, a ual poder% causar maior descon&orto ao animal por ocasião do parto.

     *ão sendo possível utilizar o sul&ato de sódio na alimentação, procurar aumentar a

     proporção de &arelo de trigo na ração. tilizar, no re&erido período, ;79 de &arelo de trigo na

    ração.

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      *o dia do parto não o&erecer ração - matriz. (&erecer somente %gua. 1ntretanto, esta

     pr%tica deve ser observada com ponderação, pois para algumas matrizes devese o&erecer a

    metade ou menos da ração ue vinham recebendo, visando com esta pr%tica acalmar os

    animais ue não se adaptam - restrição alimentar neste período.

      Após o trato das matrizes em gestação retirar dos cochos as sobras de ração umedecida

    e &ornec+las aos cevados na terminação Gnão podemos desperdiçar raç2esI. Davar os cochos

    onde &oi servida a ração umedecida e abastec+los de %gua limpa e &resca.

      /roceder a limpeza das instalaç2es, diariamente, pela manhã e - tarde, após o

    &ornecimento de ração para as matrizes Ga KvassouraK ainda ! o grande Ke'ecutivoK da granjaI.

    /rocurar manter o ambiente das instalaç2es com uma temperatura entre dezoito a vinte

    graus nível de arejamento. 1sta pr%tica proporciona maior con&orto aos animais gestantes econseuentemente diminui as perdas de embri2es ue ocorrem nos primeiros dias após a

    cobrição Gabsorção embrion%riaI principalmente, devido ao KstressK provocado pela calor ou

    instalação de&iciente.

    As pr%ticas de manejo devem ter uma rotina sistem%tica, com hor%rios e dias

     predeterminados visando um aper&eiçoamento das pr%ticas e'ecutadas pelo tratador.

      As matrizes em gestação deverão ser trans&eridas para as gaiolas maternidade ? a 8

    dias antes do parto previsto, sendo antes lavadas com %gua e sabão neutro Gsabão de cocoI e,após banhadas com solução desin&etante a base de KiodophorK G;7 ml em 37 litros de %guaI

    com au'ílio de um regador.

    /ara receber as matrizes gestantes, as gaiolas de maternidade j% deverão estar limpas e

    desin&etadas. P importante observar o vazio sanit%rio, pelo menos, durante dez dias.

    Qomar provid+ncia de todas vacinas necess%rias, aduirindo esta in&ormação com seu

    veterin%rio eLou zootecnista.

      #ombater sistematicamente as moscas e ratos atrav!s de medidas e produtosespecí&icos.

    Anotar sistematicamente em &ichas próprias, as coberturas, abortos e outras

    ocorr+ncias ue houver com as matrizes. Sem um controle zoot!cnico das matrizes, não h%

    como estabelecer um bom sistema de manejo dentro de uma granja suinícola.

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    ! REFER9#CIAS $I$LIOGRFICAS:

    ⇒ Revista anual do Tootecnista.

    ⇒ $omepage da Associação /aranaense de Suinocultores GA/SI.

    [email protected];.

    [email protected]

    ⇒ A>E/1#S@ relatório o&icial 477:. Revista /orHUorld@ a revista do suinocultor 

     brasileiro, v. :, n. 47, p. 4746, 7?L477;.

    ⇒ #AR=AD$(, eraldo. >ilh2es para GmuitoI poucos. Sa&ra@ revista do agronegócio, v.

    ?, n. ?N, p. 3?47, 7?L477;.⇒ 01T(TARQ, (sler. Suinocultura@ evolução e história. Revista /orHUorld@ a revista

    do suinocultor brasileiro, v. :, n. 47, p. :;:5, 7?L477;.

    ⇒ >(R0E*, Duiz #arlos. Assist+ncia t!cnica nos programas de biossegurança na

    suinocultura. Suinocultura Endustrial, v. 4N, n. 386, p. :3:;, 7NL477;.

    http://www.ags.com.br/ags/publicacoes.asp?codigo=214http://www.agridata.mg.gov.br/suincul1.htmhttp://www.ags.com.br/ags/publicacoes.asp?codigo=214http://www.agridata.mg.gov.br/suincul1.htm

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    MA#D0A01 AD1E0A R(0RE1S

     .ro/eto de .esquisa su'metido ao

    curso de Administração em A!rone!0cio

    da Faculdade Almeida Rodri!ues, e

    destinado a parte da 12 avaliação3

     4iscente: 5aldivina A3 Ferreira

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    Instituto Superior de Educação

    Faculdade Almeida Rodri2ues ! FAR 

    Autor: ,uscelino ,( R( de Sou5a

    Suinocultura e cuidados com a reprodução

    Rio erde;Go" &< de de5em3ro de %&&'(

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