sugestões de atividades para desenvolver a leitura e a

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SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA DESENVOLVER A LEITURA E A PRODUÇÃO TEXTUAL Setor Pedagógico – SMEC Júlio de Castilhos - RS

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Page 1: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA DESENVOLVER A LEITURA E A

PRODUÇÃO TEXTUAL

Setor Pedagógico – SMECJúlio de Castilhos - RS

Agosto/2012

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1. INTRODUÇÃO

Este é um projeto que tem como principal objetivo melhorar a produção de textos dos

alunos da escola e suprir a necessidade de torná-los hábeis leitores e produtores de textos.

Justificativa:

Nas nossas escolas existe uma dificuldade muito grande para incentivar os alunos a

escrever, bem como realizar leituras dos textos produzidos. O texto, como objetivo apenas de

sala de aula, já não é atrativo para os alunos, portanto essa é uma forma de encontrar novas

possibilidades para incentivá-los. Por isso, é extremamente necessário um novo processo para

modificar essa realidade. O nosso desafio, enquanto mestres responsáveis pelos processos de

ensino-aprendizagem, está em criar situações de sala de aula que permitam aos alunos a

apropriação desta diversidade e, principalmente, que se pense em como veicular e significar

os diferentes textos existentes em nossa sociedade dentro da sala de aula.

Paulo Freire nos fala em sua Pedagogia da Autonomia da boniteza de ser gente, da

boniteza de ser professor: ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza

e da alegria. Ele chama a atenção para a essencialidade do componente estético da formação

do educador. Colocamos uma epígrafe que fala de sonho e de sentido que querem dizer a

mesma coisa. Sentido quer dizer caminho não percorrido, mas que se deseja percorrer,

portanto, significa projeto, sonho, utopia. Aprender e ensinar com sentido é aprender e ensinar

com um sonho na mente. A pedagogia serve de guia para realizar esse sonho... (FREIRE,

Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e

Terra, 1997, p. 67. In GADOTTI, Moacir - Novo Hamburgo: Feevale, 2003. p. 1)

Faz-se necessário, também, inserir de maneira gradual as novas regras ortográficas a

nova ortografia, para isso, pretende-se levar para a sala de aula uma proposta lúdica para os

alunos. Com este projeto os alunos podem fazer uma série de atividades para que se

familiarizem com as novas regras. A grande dificuldade dos professores é como fazer com

que as novas regras sejam absorvidas pelos alunos que já estão tão habituados com a

ortografia antiga.

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2. OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver no aluno o gosto pela produção de texto;

Dar condições adequadas para um crescimento do aluno em suas produções, não

apenas na aula de Português;

Entender a linguagem como algo significativo à medida que é empregada enquanto

prática social.

Específicos:

Conhecer as características dos diversos tipos de textos(narrativo,descritivo,

dissertativo, fábula, conto instrucional, etc.);

Reconhecer os diferentes tipos de textos;

Conhecer os elementos que constituem os diferentes tipos de textos;

Ler, ouvir e interpretar histórias;

Conhecer as funções do texto;

Planejar, escrever e revisar textos;

Aperfeiçoar-se quanto à produção de texto em geral;

Ser capaz de proceder autocorreção dos textos;

Compreender as leituras propiciadas pela literatura infanto-juvenil como

oportunidades ímpares de conhecimento do mundo não só da fantasia, mas também da

realidade do dia a dia dos homens e das mulheres em sociedade, em sua relação com

os outros e com a natureza;

Compreender que a aprendizagem da língua “padrão culta” nas séries iniciais do

Ensino Fundamental se dá principalmente pelo uso social da linguagem em situações

diversas de prática social;

Demonstrar segurança no emprego da língua, evidenciando isso, através da escrita

com correção gramatical, ortográfica, pontuação, textualidade e clareza.

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3. METODOLOGIA

Pesquisar, em jornais e revistas, caricaturas, slogans, charges, logotipos e cartuns,

recortando-os e colando-os em folhas para organizar uma espécie de álbum com textos desse

tipo de linguagem; Pesquisar a respeito de Histórias em Quadrinhos (HQ), evidenciando,

mediante produção escrita teórico-prática os tipos de balões usados nas HQ; Fazer

levantamento das revistas em quadrinhos encontradas nas bancas de jornal, biblioteca da

escola e entre as manuseadas pelos alunos das séries iniciais, trazendo exemplares para a sala

de aula; Ler, para fundamentar-se, autores e obras que tratam de Quadrinhos, comentando, em

sala, a síntese da leitura realizada, expondo-a, em seguida, em painel; Criar Histórias em

Quadrinhos, editando a obra; Criar texto na forma poética que poderá servir como recurso

didático, a exemplo de jingles informativos, e outros textos em forma também de poesia como

anúncio poético, textos em forma de prosa (narração, descrição, fábula, crônica, artigo,

editorial, etc.); Criar poesias como atividade livre e de prazer estético; Ler poemas/poesias

para divertir-se. Serão realizados trabalhos individuais e em grupo, com confecções de livros,

cadernos de receitas, cartazes, painéis, com apresentações orais e utilização das TICs.

4. DURAÇÃO DO PROJETO

Este projeto terá duração cinco meses, iniciando em agosto e término em dezembro de 2012.

5. AÇÕES

Interpretar textos de diversas modalidades para que o aluno tenha contato com textos

bem produzidos, ou seja, demonstrando estrutura, conteúdo e gramática compatíveis com o

nível de desenvolvimento da turma. Mostrar para o aluno as diversas formas de estruturar um

texto: narrativo, descrito e dissertativo. Produzir junto, na sala de aula, textos coletivos, com a

participação dos alunos e do professor. Fazer uma correção, adequação e melhora do texto

junto com os alunos para que os mesmos adquiram essa habilidade.

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Trabalhar, inicialmente, com temas mais simples e relacionados com o cotidiano dos

alunos, para que o mesmo não sinta dificuldade de pensar sobre esse ou aquele assunto.

Incentivar qualquer progresso apresentado pelo aluno, bem como elogiar qualquer

demonstração interessante em sua produção, seja nas ideias, na estrutura ou no uso

gramatical. Corrigir o texto do aluno, usando o novo Código de Regras de Ortografia, para

que o próprio aluno modifique e melhore seu texto em outra etapa do trabalho. Para valorizar

a produção, ou seja, evitar que o texto seja lido apenas pelo professor, levar os alunos na sala

de multimídia para que eles digitem os textos, imprimam e compartilham com os colegas,

fazendo as correções e melhoras dos textos a partir de comentários sobre as produções.

Produzir e publicar livros, utilizando as produções feitas.

Ilustrar os trabalhos através de fotos e outras imagens para tornar mais atrativos os

trabalhos dos alunos. Incentivar o maior número de pessoas (inclusive fora da escola) para

conhecerem e comentarem os trabalhos, uma vez que isso dará maior incentivo aos alunos,

produtores dos textos. Essa comunicação será feita, principalmente, através da Internet para

que os alunos, a cada dia, tenham maior domínio dessa tecnologia. Trabalhar as novas regras

de maneira que não sejam apenas memorizadas pelos alunos, eles terão que pesquisar e

comparar as duas ortografias e, posteriormente, abrir espaço para debates, apresentando

motivos que levaram ao acordo.

Além das pesquisas e das discussões em classe, serão criadas produções usando

imagem e escrita que podem ficar expostas no pátio da escola para que todos tenham a

oportunidade de conhecer os trabalhos. (confecção de cartazes sobre temas diversos).

Sabemos que tem pouca produtividade “despejar” todas as novas regras sobre o aluno de uma

só vez. Então, serão trabalhadas as mudanças pouco a pouco. Em alguns casos, é improdutivo

ensinar a regra nova sem recapitular alguns conceitos trabalhados no passado. Pois, não tem

sentido dizer que cai o acento das paroxítonas com ditongos abertos se o aluno não sabe o que

é paroxítona e o que é ditongo. Com isso, serão retomados esses e outros conceitos. O período

de transição entre as duas formas de grafia é de quatro anos, e nós, professores, não podemos

considerar erro a opção do aluno por uma ou outra. Mas há algo que podemos fazer: Nos

textos produzidos pelo estudante, podemos destacar os termos redigidos na regra antiga,

explicitando a nova regra. Quando o aluno usar uma palavra que mudou, é possível sublinhá-

la e inserir a margem um comentário sobre a nova regra, para ajudar o estudante a fixá-la.

Como toda a turma está trabalhando livros didáticos ou textos ainda com a grafia antiga, os

alunos serão alertados a sempre que surgir uma palavra que teve a grafia alterada, para ele

adicionar uma observação ao texto quando copiado no caderno ou a lápis no próprio livro.

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Reconhecemos a importância de conversar com os alunos sobre o porquê das mudanças, bem

como explicar que estas mudanças têm um objetivo, para que eles possam compreender e

assimilar mais facilmente. As crianças questionam o 'porquê' das coisas, das mudanças, mas

em compensação aceitam com mais facilidade. Produção de livro sobre as produções de

textos desenvolvidas durante o projeto e sua publicação.

6. RECURSOS

6.1. Recursos humanos:

Todo o trabalho com os textos, nesse período será conduzido pelos professores.

6.2. Recursos materiais:

Os recursos materiais serão os mesmos usados na sala de aula normalmente, além dos

recursos da sala de multimídia.

7. AVALIAÇÃO

A avaliação é constante, levando em conta os registros e relatórios de cada etapa do

projeto feitos pelas organizadoras do mesmo. As reflexões sobre os relatórios levarão em

conta o interesse da turma, seus resultados e relevância para a aprendizagem das crianças

quanto ao desenvolvimento da linguagem, produção e aprimoramento dos textos, conteúdos e

a relevância social para a comunidade a que se destina.

Com o envolvimento dos participantes (professor e alunos), o resultado será, sem

dúvida, muito promissor. Esse projeto será mais um passo dado em prol do aluno, evitando

principalmente que ele perca o estímulo na sala de aula. Dessa forma, acredita- se que haverá

uma melhora substancial nas produções de textos e, consequentemente, melhor resultados nos

estudos, de modo geral.

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BIBLIOGRAFIA

CITELLI, Beatriz. Produção e leitura de textos no ensino fundamental - 3 ed. Editora Cortez, São Paulo, 2003.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 32 ed., São Paulo, Cortez, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997, p. 67.

GERALDI, João Vanderley (org). O texto na sala de aula. São Paulo, Ática, 1997.

NETO, Antônio Gil. A produção de textos na escola. Edições Loyola. São Paulo, 1996.

GADOTTI, Moacir - Boniteza de um sonho: ensinar e aprender com sentido – Novo Hamburgo: Feevale, 2003. P.1

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8. SUGESTÕES

8.1. TIPOS DE TEXTOS

Quadro n.º 01

INFORMATIVOS

Interpessoais Massivos Instrucionais

1. Cartão2. Aviso3. Bilhete4. Comunicado5. Convite 6. Participação Social7. Anúncio de emprego8. Requerimento9. Ofício10. Carta Pessoal11. Carta Emprego12. Carta Comercial13. Relatório14. Ata15. Telegrama16. Relato de fatos vivenciados17. Entrevista

1. Manchete2. Notícia3. Reportagem4. Comentário5. Cartaz6. Placa7. Outdoor8. Volante

1. Relato de operações vivenciadas no cotidiano

2. Receita3. Bula4. Orientação

para jogos5. Folheto de

instruções6. Manual

técnico

1. Relato de pesquisas2. Textos sobre tópicos das diversas áreas do

conhecimento: História, Geografia, Matemática, Ciências, Língua, etc.

PERSUASIVOS

Autoritários De Indução Polêmicos

1. Regulamento de procedimentos na vida familiar 1. Publicidade 1. Debate

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2. Regulamento de clubes da escola3. Regimento da Escola4. Estatuto do Grêmio Estudantil5. Direitos da criança6. Direitos dos animais7. Direitos humanos8. Direitos do menor que trabalha9. Direitos do trabalhador10. Direitos da família11. Contrato12. Constituição brasileira13. Texto religioso: mandamentos, orações

comercial2. Publicidade

institucional3. Publicidade

oficial4. Ocultismo

2. Defesa de tese3. Exposição de motivos4. Opinião5. Comentário Crítico6. Texto Político7. Editorial

LÚDICOS

Reivindicatórios Folclóricos Humorísticos Literários

1. Panfleto estudantil

2. Panfleto sindical

3. Manifesto4. Carta aberta

1. Fábula2. Lenda e mito3. Jogo de linguagem (brinco, trava-língua,

parlenda, adivinhação)

1. Anedota2. Charge3. Tira4. Quadrinhos

1. Poema2. História infanto-juvenil3. Quadrinhos4. Crônica5. Conto6. Novela7. Romance8. Drama

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Quadro n.º 02Proposta de Distribuição de Textos por Ano/Série

TextosEnsino Fundamental

2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano

Interpessoal1, 2, 3, 4,

5,161, 2, 3, 4, 5,

166, 10, 16

10, 13, 15, 16

13, 14, 16, 17

11, 13, 14, 16, 17

11, 13, 14, 16, 17

13, 16

Massivo 1, 5, 6 2, 5, 6, 7 2, 7 2, 7, 8 2, 3, 8 2, 3 2, 3, 4 2, 3, 4

Instrucional 1 1 1, 4 2, 4 5 3, 5 5, 6 5, 6

Científico 2 2 2 1, 2 1, 2 1, 2 1, 2 1, 2

Autoritário 1 1 1, 2 2, 5, 6 4 3 3, 4, 7 7, 8

Indutivo 1 1 1 1, 2 1, 2 1, 2, 3 1, 2, 3 1, 2, 3

Polêmico 1 1 1, 4 1, 4, 5 1, 4, 5 1, 4, 5, 3 1, 4, 5, 31, 4, 5,

3, 6

Reivindicatório 1 1 2 2,3

Folclórico 1, 3 1, 3 2, 3 2

Humorístico 3, 4 3, 4 3, 4 3, 4 2 2 1 1

Literário 1, 2, 3 1, 2, 3 1, 2, 3 1, 2, 3 1, 2, 3, 4 1, 2, 3, 4, 5 1, 3, 4, 5, 61, 3, 4, 5, 6, 7,

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APRENDENDO AS SÍLABAS

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APRENDENDO COM AS FÁBULAS

FAZENDEIRO E SEUS FILHOS

Autor: Esopo

Um rico e já idoso fazendeiro, que sabia não ter mais tantos de anos de vida pela frente,

chamou seus filhos à beira da cama e lhes disse:

"Meus filhos, escutem com atenção o que tenho para lhes dizer. Não façam partilha da

fazenda que por muitas gerações tem pertencido a nossa família. Em algum lugar dela, no campo,

enterrado, há um valioso tesouro escondido. Não sei o ponto exato, mas ele está lá, e com certeza

o encontrarão. Se esforcem, e em sua busca, não deixem nenhum ponto daquele vasto terreno

intocado."

Dito isso o velho homem morreu, e tão logo ele foi enterrado, seus filhos começaram seu

trabalho de busca. Cavaram com vontade e força, revirando cada pedaço de terra da fazenda com

suas pás e seus fortes braços.

E continuaram por muitos dias, removendo e revirando tudo que encontravam pela frente.

E depois de feito todo trabalho, o fizeram outra vez, e mais outra, duas, três vezes.

Nenhum tesouro foi encontrado. Mas, ao final da colheita, quando eles se sentaram para

conferir seus ganhos, descobriram que haviam lucrado mais que todos seus vizinhos. Isso ocorreu

porque ao revirarem a terra, o terreno se tornara mais fértil, mais favorável ao plantio, e

consequentemente, a generosa safra.

Só então eles compreenderam que a fortuna da qual seu pai lhes falara, era a abundante

colheita, e que, com seus méritos e esforços haviam encontrado o verdadeiro tesouro.

Moral da História: O Trabalho diligente é em si um tesouro.

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Questões:

1. Quais são os personagens do conto?

2. Qual dos personagens estava gravemente enfermo?

3. O que ocorre quando um dos personagens morre?

4. Seus herdeiros tinham um grau de parentesco com ele; Qual?

5. Os herdeiros ganham então uma grande fortuna em ouro após isso?

6. O que aconteceu, o que fizeram com a propriedade, que foi deixada para eles?

7. Afinal de contas, existia mesmo um tesouro? Se existia, de que era constituído esse

tesouro?

8. Você é capaz de explicar, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A MULHER COM O BALDE DE LEITE

Autor: Esopo

Uma jovem Leiteira, que acabara de coletar o leite das vacas, voltava do campo com um

balde cheio balançando graciosamente à sua cabeça.

E enquanto caminhava, feliz da vida, dentro de sua cabeça, os pensamentos não paravam

de chegar. E consigo mesma, alheia a tudo, planejava as atividades e os eventos que imaginava

para os dias vindouros.

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"Este bom e rico leite," ela pensava, "me dará um formidável creme para manteiga. A

manteiga eu levarei ao mercado, e com o dinheiro comprarei uma porção de ovos para chocar. E

Como serão graciosos todos os pintinhos ao nascerem. Até já posso vê-los correndo e ciscando

pelo quintal. Quando o dia primeiro de maio chegar, eu venderei a todos e com o dinheiro

comprarei um adorável e belo vestido novo. Com ele, quando for ao mercado, decerto serei o

centro das atenções. Todos os rapazes olharão para mim. Eles então virão e tentarão flertar

comigo, mas eu imediatamente mandarei todos cuidarem de suas vidas!"

Enquanto ela pensava em como seria sua nova vida a partir daqueles desejados

acontecimentos, desdenhosamente jogou para trás a cabeça, e sem querer deixou cair no chão o

balde com o leite. E todo leite foi derramado e absorvido pela terra, e com ele, se desfez a

manteiga, e os ovos, e os pintinhos, e o vestido novo, e todo seu orgulho de leiteira.

Moral da História:Não conte seus pintos, quando sequer saíram das cascas.

Questões:

1. A Jovem leiteira era rica?

2. Possuía a Jovem uma criação de pintinhos?

3. Ela vendeu alguma coisa no mercado para obter lucro?

4. Era ela uma jovem humilde ou vaidosa?

5. O que pretendia ela inicialmente fazer com todo aquele leite?

6. Por que ela deixou cair por terra o balde cheio de leite?

7. Como podemos interpretar, de um modo geral, seu comportamento?

8. Você é capaz de explicar, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

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O AVARENTO

Autor: Esopo

Um avarento tinha enterrado seu pote de ouro num lugar secreto do seu jardim. E todos os

dias, antes de ir dormir, ele ia até o ponto, desenterrava o pote e contava cada moeda de ouro para

ver se estava tudo lá. Ele fez tantas viagens ao local que um Ladrão, que já o observava há

bastante tempo, curioso para saber o que o Avarento estava escondendo, veio uma noite, e

sorrateiramente desenterrou o tesouro levando-o consigo.

Quando o Avarento descobriu sua grande perda, foi tomado de aflição e desespero. Ele

gemia e chorava enquanto puxava seus cabelos.

Alguém que passava pelo local, ao escutar seus lamentos, quis saber o que acontecera.

"Meu ouro! Todo meu ouro!” chorava inconsolável o avarento, "alguém o roubou de

mim!"

"Seu ouro! Ele estava nesse buraco? Por que você o colocou aí? Por que não o deixou num

lugar seguro, como dentro de casa, onde poderia mais facilmente pegá-lo quando precisasse

comprar alguma coisa?"

"Comprar!" exclamou furioso o Avarento. "Você não sabe o que diz! Ora, eu jamais usaria

aquele ouro. Nunca pensei de gastar dele uma peça sequer!"

Então, o estranho pegou uma grande pedra e jogou dentro do buraco vazio.

"Se é esse o caso,” ele disse, "enterre então essa pedra. Ela terá o mesmo valor que tinha

para você o tesouro que perdeu!"

Moral: Uma coisa ou posse só tem valor quando dela fazemos uso.

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Questões

1. Onde o Avarento resolveu guardar suas economias?

2. De que era constituído o tesouro que ele escondia?

3. O que ele fazia todos os dias antes de ir dormir?

4. Por que o seu segredo foi descoberto por outra pessoa?

5. Por que um estranho, ao vê-lo ajoelhado nos fundos da casa, resolveu lhe dirigir a palavra?

6. O Avarento se arrependeu de ter agido daquela forma?

7. Você é capaz de explicar, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A RÃ E O RATO Autor: Esopo

Um jovem Rato em busca de aventuras estava correndo ao longo da margem de uma lagoa

onde vivia uma Rã. Quando a Rã viu o Rato, nadou até a margem e disse coaxando: “Você não

gostaria de me fazer uma visita? Prometo que, se quiser não se arrependerá...”

O Rato aceitou a oferta na hora, já que estava ansioso para conhecer o mundo e tudo que

havia nele.

Entretanto, embora soubesse nadar um pouco, cauteloso, ele disse que não se arriscaria a

entrar na lagoa sem alguma ajuda.

A Rã teve uma ideia. Ela amarrou a perna do Rato à sua com uma robusta fibra de junco.

Então, já dentro da lagoa, pulou levando junto com ela seu infeliz e ingênuo companheiro.

O Rato logo se deu por satisfeito e queria voltar para terra firme. Mas a traiçoeira Rã tinha

outros planos. Ela deu um puxão no Rato, que preso à sua perna nada podia fazer, e mergulhou na

água afogando-o.

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No entanto, antes que ela pudesse soltar-se da fibra que a prendia ao Rato, um Falcão que

sobrevoava a lagoa, ao ver o corpo do Rato flutuando na água, deu um vôo rasante, e com suas

fortes garras o segurou levando-o para longe, ainda com a Rã presa e pendurada à sua perna.

Desse modo, com um só golpe, a Ave de rapina capturou a ambos, tendo assegurada uma

porção de carne variada, animal e peixe, para o seu jantar daquele dia.

Moral da História: Aquele que procura prejudicar os outros, frequentemente, através de suas

próprias artimanhas, acaba por prejudicar a si mesmo...

Questões:

1. O que aquele Jovem Rato procurava?

2. O Rato era esperto e tinha bastante experiência de vida?

3. A Rã que ele encontra no seu caminho, a primeira vista, se mostrou sua amiga?

4. O que a Rã fez em seguida podemos considerar um gesto de amizade?

5. Na vida real, você conhece alguma situação que se parece com a fábula?

6. Fora a Moral principal da parábola, você seria capaz de acrescentar uma outra?

7. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A RAPOSA E O PORCO ESPINHOAutor: Esopo

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Uma Raposa, que precisava atravessar a nado um rio não muito caudaloso, acabou

surpreendida por uma forte e inesperada enchente.

Depois de muita luta, teve forças apenas para alcançar a margem oposta, onde caiu quase

sem fôlego e exausta.

Mesmo assim, estava feliz por ter vencido aquela forte correnteza, da qual chegou a

imaginar que jamais sairia com vida.

Pouco tempo depois, veio um enxame de moscas sugadoras de sangue e pousaram sobre

ela. Mas, ainda fraca para fugir delas, permaneceu quieta, repousando, em seu canto.

Então veio um Porco Espinho, que vendo todo aquele seu drama, gentilmente se dispôs a

ajudá-la e disse:

"Deixe-me espantar estas moscas para longe de você!"

E exclamou a Raposa quase sussurrando:

"Não! Por favor, não perturbe elas. Elas já pegaram tudo aquilo de que precisavam. Se

você as espanta, logo outro enxame faminto virá e irão tomar o pouco sangue que ainda me resta!"

Moral:Pode ocorrer que, algumas vezes, o remédio para a cura de um mal é pior que o mal em si

mesmo.

Questões

1. O motivo pelo qual a Raposa resolve atravessar o rio está bem claro?

2. Em sua opinião, ela foi imprudente ou apenas uma vítima do acaso?

3. O que aconteceu após ela sair da água?

4. O amigo que depois surgiu para ajudá-la agiu de má ou boa fé?

5. Você seria capaz de relacionar o drama da fábula com alguma situação da vida real?

6. Você é capaz de explicar, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

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O GATO E A RAPOSAAutor: Esopo

Certa vez, um Gato e uma Raposa resolveram viajar juntos. Ao longo do caminho,

enquanto caçavam para se manter, um rato aqui, uma galinha ali, entre uma mordida e outra,

conversavam sobre as coisas da vida.

E, como sempre acontece entre companheiros, especialmente numa longa jornada, a

conversa entre eles logo se torna uma espécie de disputa de Egos. E os ânimos se exaltam quando

cada um trata de promover e defender suas qualidades pessoais.

Pergunta então a Raposa ao Gato:

"Acho que você se acha muito esperto não? Você deve até achar que sabe mais do que eu.

Sim, porque eu conheço tantos truques que nem sou capaz de contá-los!"

"Bem," retruca o Gato, "Admito que conheço apenas um truque, mas este, deve valer mais

que todos os seus!"

Nesse momento, eles escutam, ali perto, o apito de um caçador e sua matilha de cães que se

aproximam. O Gato deu um salto e subiu na árvore se ocultando entre as folhas.

"Este é meu truque," ele disse à Raposa. "Agora me deixe ver do que você é capaz."

Mas, a Raposa tinha tantos planos para escapar que não sabia qual deles escolher. Ela

correu para um lado e outro, e os cachorros em seu encalço. Ela duplicou suas pegadas tentando

despistá-los; ela aumentou sua velocidade, se escondeu em dezenas de tocas, mas foi tudo em vão.

Logo ela foi alcançada pelos cães, e então, toda sua arrogância e truques se mostraram

inúteis.

Moral:O Bom senso é sempre mais valoroso que a astúcia.

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Questões

1. Que tipo de amizade existia entre o Gato e a Raposa?

2. Podemos afirmar que os dois se respeitavam mutuamente?

3. Em sua opinião, o que significa a expressão: "disputa de Egos"?

4. Ao se expressarem sobre suas habilidades, tudo ocorre num clima de cordialidade e

amizade?

5. Há no conto uma crítica sobre o fato de alguém possuir variadas habilidades pessoais?

Você é capaz de explicar a posição do autor sobre esse assunto?

6. Você é capaz de explicar, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

OS DOIS VIAJANTES E O URSOAutor: Esopo

Dois homens viajavam juntos através de uma densa floresta, quando, de repente, sem que

nenhum deles esperasse, um enorme urso surgiu do meio da vegetação, à frente deles.

Um dos viajantes, de olho em sua própria segurança, não pensou duas vezes, correu e subiu

numa árvore.

O outro, incapaz de enfrentar aquela enorme fera sozinho, restou deitar-se no chão e

permanecer imóvel, fingindo-se de morto. Ele já escutara que um Urso, e outros animais, não

tocam em corpos de mortos.

Isso pareceu ser verdadeiro, pois o Urso se aproximou dele, cheirou sua cabeça de cima

para baixo, e então, aparentemente satisfeito e convencido que ele estava de fato morto, foi

embora tranquilamente.

O homem que estava em cima árvore então desceu. Curioso com a cena que viu lá de cima,

ele perguntou:

Page 33: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

33

"Me pareceu que o Urso estava sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Ele lhe disse

algo?"

"Ele disse sim!" respondeu o outro, "Disse que não é nada sábio e sensato de minha parte,

andar na companhia de um amigo, que no primeiro momento de aflição me deixa na mão!".

Moral da História:A crise é o melhor momento para nos revelar quem são os verdadeiros

amigos.

Questões:

1. Por que um dos dois viajantes se deitou no chão fingindo-se de morto?

2. Os dois viajantes eram amigos?

3. Ao invés de atacar o homem que estava no chão, o que fez o animal?

4. Você seria capaz de relacionar o drama da fábula com alguma situação da vida real?

5. Você é capaz de explicar, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

O LEÃO E O INSETO Autor:Esopo

Um inseto se aproximou de um Leão e disse sussurrando em seu ouvido: "Não tenho

nenhum medo de você, nem acho você mais forte que eu. Se você duvida disso, eu o desafio para

uma luta, e assim, veremos quem será o vencedor."

E voando rapidamente sobre o Leão, deu-lhe uma ferroada no nariz. O Leão, tentando

pegá-lo com as garras, apenas atingia a si mesmo, ficando assim bastante ferido.

Desse modo o Inseto venceu o Leão, e entoando o mais alto que podia uma canção que

simbolizava sua vitória sobre o Rei dos animais, foi embora relatar seu feito para o mundo. Mas,

na ânsia de voar para longe e rapidamente espalhar a notícia, acabou preso numa teia de aranha.

Page 34: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

34

Então se lamentou Dizendo: "Ai de mim, eu que sou capaz de vencer a maior das feras, fui

vencido por uma simples Aranha."

Moral da História:O menor dos nossos inimigos é frequentemente o mais perigoso.

Questões:

1. Por que motivo o Inseto resolveu desafiar o Leão?

2. Como você descreveria a luta travada entre o Leão e o Inseto?

3. Como você interpreta as palavras do Inseto ao cair na teia da Aranha?

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A RAPOSA E O MACACOAutor: Esopo

Numa grande reunião, entre todos os animais, que fora organizada para eleger um novo

líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua apresentação.

Ele se saiu tão bem com suas cambalhotas, caretas e guinchos, que os animais ali presentes

ficaram contagiados. E entusiasmados, daquele dia em diante, resolveram o eleger como seu novo

rei.

A Raposa, que não votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais, por terem

eleito um líder, a seu ver, tão desqualificado.

Um dia, caminhando pela floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne.

Correu até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, que nele não tocara, porque

por direito pertencia a sua majestade, o Macaco.

O ganancioso Macaco, todo vaidoso com sua importância, e de olho na prenda, sem pensar

duas vezes, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão logo viu o pedaço de carne preso a ela,

Page 35: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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estendeu o braço para pegá-lo, e assim acabou ficando preso. A Raposa, ao lado, deu uma

gargalhada.

"Você pretende ser um Rei," ela disse, "mas é incapaz de cuidar de si mesmo!"

Logo, passado aquele episódio, uma nova eleição foi realizada entre os animais, para a

escolha de um novo governante.

Moral da História:O verdadeiro líder é aquele capaz de provar para si mesmo suas qualidades.

Questões:

1. Em sua opinião, qual o critério que os animais adotaram para eleger um novo líder? Ao

analisar esse critério, você o considera válido?

2. Todos os animais concordaram com a eleição do novo Rei?

3. O Rei que fora eleito estava a altura, isto é, capacitado para exercer seu novo posto? Mais

ainda, Ele demonstrava sabedoria e humildade?

4. Em sua opinião, qual a intenção da Raposa ao atrair o Rei eleito para a armadilha?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

AS FORMIGAS E O GAFANHOTOAutor: Esopo

Num brilhante dia de outono, uma família de formigas se apressava para aproveitar o calor

do sol, colocando para secar, todos os grãos que haviam coletado durante o verão. Então um

Page 36: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Gafanhoto faminto se aproximou delas, com um violino debaixo do braço, e humildemente veio

pedir um pouco de comida.

As formigas perguntaram surpresas: "Como? Então você não estocou nada para passar o

inverno? O que afinal de contas você esteve fazendo durante o último verão?"

E respondeu o Gafanhoto: "Não tive tempo para coletar e guardar nenhuma comida, eu

estava tão ocupado fazendo e tocando minhas músicas, que sequer percebi que o verão chegava ao

fim."

As Formigas encolheram seus ombros indiferentes, e disseram: "Fazendo música, todo

tempo você esteve? Muito bem, agora é chegada a hora de você dançar!"

E dando às costas para o Gafanhoto continuaram a realizar o seu trabalho.

Moral da História:Há sempre um tempo para o trabalho, e um tempo para a diversão.

Questões:

1. Era o Gafanhoto um indivíduo que gostava de trabalhar e também de divertir-se?

2. Por que motivo foi o Gafanhoto pedir comida para as Formigas?

3. Você considera que a atitude das formigas em relação a ele foi incorreta ou correta? Por

quê?

4. Na vida real você conhece alguma história que seja semelhante a essa?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

O PASTOR E O LEÃOAutor: Esopo

Page 37: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Certo dia, ao contar suas Ovelhas, um Pastor chegou à conclusão que algumas estavam

faltando. Muito bravo, aos gritos, cheio de presunção e arrogância, disse que gostaria de pegar o

responsável por aquilo e puni-lo, com suas próprias mãos, da forma merecida.

Suspeitava de um Lobo que vira afastar-se em direção a uma região rochosa entre as

colinas, onde existiam cavernas infestadas deles.

Mas, antes de ir até lá, fez uma promessa aos deuses, dizendo que lhes daria em sacrifício,

a mais gorda e bela das suas Ovelhas, se estes lhes ajudassem a encontrar o ladrão.

Após procurar em vão, sem encontrar, nenhum Lobo, quando passava diante de uma

grande caverna ao pé da montanha, um enorme Leão, saindo de dentro, põe-se à sua frente,

carregando na boca uma de suas Ovelhas. Cheio de pavor o Pastor cai de joelhos e suplica aos

deuses:

"Piedade, bondosos deuses, os homens não sabem o que falam! Para encontrar o ladrão

ofereci em sacrifício a mais gorda das minhas ovelhas. Agora, prometo-lhe o maior e mais belo

Touro, desde que faça com que o ladrão vá embora para longe de mim!"

Conclusão: Quando encontramos aquilo que procuramos, logo tende a cessar nosso

interesse inicial.

Moral da História:Se os benefícios de uma coisa não nos são garantidos, devemos pensar duas

vezes antes de desejá-la.

Questões:

1. Ao dar conta do sumiço de suas ovelhas, que decisão toma o Pastor?

2. O Pastor, de antemão, já sabia quem era o culpado pelo sumiço de suas ovelhas?

3. O que fez o Pastor para receber ajuda?

4. Ao exclamar "Os homens não sabem o que falam", ele estava querendo dizer o que?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

Page 38: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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A ÁGUIA E A GRALHAAutor:Esopo

Uma Águia, saindo do seu ninho no alto de um penhasco, num fulminante voo rasante e

certeiro, capturou uma ovelha e a levou presa às suas fortes e afiadas garras.

Uma Gralha, que a tudo testemunhara, tomada de inveja, decidiu que poderia fazer a

mesma coisa.

Ela então voou para alto e tomou impulso. Então, com grande velocidade, atirou-se sobre

uma Ovelha com a intenção de também carregá-la presa às suas garras.

Ocorre que suas garras, pequenas e fracas, acabaram por ficar embaraçadas no espesso

manto de lã do animal, e isso a impediu inclusive de soltar-se, embora o tentasse com todas as

suas forças.

O Pastor das ovelhas, vendo o que estava acontecendo, capturou-a. Feito isso, cortou suas

penas, de modo que não pudesse mais voar.

À noite a levou para casa e entregou como brinquedo para seus filhos.

"Que pássaro engraçado é esse?", perguntou um deles.

"Ele é uma Gralha meus filhos. Mas se você lhe perguntar, ele dirá que é uma Águia."

Moral da História:Não devemos permitir que a ambição nos conduza para além dos nossos limites.

Page 39: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Questões:

1. Podemos considerar que a Águia e a Gralha são aves do mesmo porte?

2. A Gralha foi bem sucedida ao tentar imitar a Águia? Em sua opinião, por quê?

3. O que fez o Pastor de Ovelhas ao encontrar a Gralha?

4. Que tipo de sentimento humano quis o autor representar na fábula?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A FORMIGA E A POMBA

Autor: Esopo

Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sem esperar, acabou sendo arrastada

por uma forte correnteza, estando prestes a se afogar.

Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e

a deixa cair na correnteza perto da mesma.

Então, subindo na folha a Formiga pode flutuar em segurança até a margem mais próxima.

Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, escondido sob a densa folhagem da

árvore, se prepara para capturar a Pomba.

Ele, cuidadosamente, coloca visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o

perigo.

A Formiga, percebendo sua má intenção, imediatamente dá-lhe uma forte ferroada no pé.

Tomado pelo susto, ele assim deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a

Pomba desperte e voe para longe, a salvo.

Moral da História:Nenhum ato de boa vontade ou gentileza é coisa em vão.

Page 40: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Questões:

1. Você é capaz de identificar quais os tipos de sentimentos que o autor tenta representar na

fábula?

2. Por que a Pomba resolveu ajudar a Formiga? Como foi que ela ajudou?

3. O que a Formiga fez para retribuir o favor recebido? O que aconteceu depois?

4. Você saberia descrever o que o caçador tinha em mente? Você sabe o que é "Visgo"? É

capaz de dar um exemplo?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A LEBRE E A TARTARUGAAutor: Esopo

Um dia, uma Lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da Tartaruga.

A Tartaruga sorriu e disse:

"Pensa você ser rápida como o vento; Mas Eu a venceria numa corrida."

A Lebre, claro, considerou sua afirmação algo impossível de acontecer, e aceitou o desafio

na hora. Convidaram então a Raposa, para servir de juiz, escolher o trajeto e o ponto de chegada.

E no dia marcado, do ponto inicial, partiram juntos. A Tartaruga, com seu passo lento, mas

firme, determinada, concentrada, em momento algum, parou de caminhar rumo ao seu objetivo.

Mas a Lebre, confiante de sua velocidade, despreocupada com a corrida, deitou à margem

da estrada para um rápido cochilo. Ao despertar, embora corresse o mais rápido que pudesse, não

mais conseguiu alcançar a Tartaruga, que já cruzara a linha de chegada, e agora descansava

tranquila num canto.

Moral da História: Ao trabalhador que realiza seu trabalho com zelo e persistência, sempre o êxito o espera.

Page 41: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Questões:

1. Em sua opinião, por que a lebre aceitou o desafio da Tartaruga?

2. Você é capaz de identificar pelo comportamento qual o tipo de personalidade de cada um

dos personagens da trama?

3. O que aconteceu depois que os dois competidores partiram do ponto inicial?

4. Você consegue relatar alguma situação da vida real que se assemelhe ao exemplo da

fábula?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A GALINHA E OS OVOS DE OUROAutor: Esopo

Um camponês e sua esposapossuíam uma galinha, que todo dia, sem falta, botava um ovo

de ouro.

Supondo que dentro dela deveria haver uma grande quantidade de ouro, eles então a

sacrificam, para enfim pegar tudo de uma só vez.

Então, para surpresa dos dois, viram que a ave, em nada era diferente das outras galinhas.

Assim, o casal de tolos, desejando enriquecer de uma só vez, acabam por perder o ganho

diário que já tinham assegurado.

Moral da História:Quem tudo quer, tudo perde.

Questões

1. Os donos da Galinha eram pessoas ricas e poderosas?

2. Que tipo de benefício proporcionava a Galinha todos os dias para seus donos?

3. Por que aquelas pessoas resolveram sacrificar a Galinha? Elas lucraram com isso?

Page 42: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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4. Você é capaz de dizer qual o sentimento que serviu de motivação para que sacrificassem o

animal?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

A MULAAutor: Esopo

Uma mula, sempre folgada, pelo fato de não trabalhar e ainda assim receber uma generosa

quantidade de milho como ração, vivia orgulhosa dentro do curral. Era pura vaidade, e

comportava-se como se fosse o mais importante animal do grupo. E confiante, falava consigo

mesma:

Meu pai certamente foi um grande e Belo Raça Pura. Sinto-me orgulhosa por ter herdado

toda sua graciosidade, resistência, espírito e beleza.

Pouco tempo depois, ao ser levada à uma longa jornada, como simples animal de carga,

cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada:

Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai, pode ter sido apenas um simples

Burro de carga.

Moral da História: Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração.

Questões:

1. Como vivia a personagem do conto?

2. Como a personagem da fábula se via em relação aos outros animais do curral? Por quê?

3. O que finalmente a fez dar-se conta da sua real situação?

4. O autor tenta retratar algum sentimento humano nessa fábula? Qual seria?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

Page 43: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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O CACHORRO E SUA SOMBRAAutor: Esopo

Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um

riacho, vê sua imagem refletida na água.

Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne

maior que o seu.

Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal

refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua.

Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um

simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.

Moral da História:É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso.

Questões:

1. O que chamou a atenção daquele Cão enquanto atravessava o córrego?

2. A imaginação dele, durante o decorrer da fábula, mostra-se sua inimiga ou amiga?

3. Supondo que o autor, através da fábula, tivesse a intenção de retratar algum sentimento

humano, qual seria?

4. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

Page 44: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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O CÃO RAIVOSO

Autor: Esopo

Um cachorro costumava atacar de surpresa, e morder os calcanhares de quem encontrasse

pela frente. Então, seu dono pendurou um sino em seu pescoço, pois assim podia alertar as pessoas

de sua presença, onde quer que estivesse.

O cachorro cresceu orgulhoso, e vaidoso do seu sino, caminhava tilintando-o pela rua.

Um velho cão de caça então lhe disse:

Por que você se exibe tanto? Este sino que carrega, acredite, não é nenhuma honraria, mas

antes disso, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser

perigoso.

Moral da História: Engana-se quem pensa que o fato de ser notório o tornará honrado.

Questões:

1. O fato daquele Cão carregar um sino no pescoço, tinha algum significado? Você sabe

qual?

2. Supondo que o autor, através da fábula, tivesse a intenção de retratar algum sentimento

humano, qual seria?

3. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

Page 45: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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O CACHORRO, O GALO E A RAPOSAAutor: Esopo

Um Cachorro e um Galo que viajavam juntos resolveram se abrigar da noite, em uma

árvore. O Galo se acomodou num galho no alto, enquanto o cão deitou-se num oco, na base do

tronco da mesma.

Quando amanheceu, o Galo, como de costume, cantou ao despertar.

Uma Raposa, que procurava comida ali perto, ao escutar o canto, se aproximou da árvore,

e foi logo dizendo o quanto lhe agradaria conhecer de perto, o dono de tão extraordinária voz.

"Se você me permitir", ela disse, "Ficarei muito grato de passar o dia em sua companhia,

apreciando sua voz."

O Galo então disse:

"Senhor, por favor, dê a volta na árvore, e peça para meu porteiro lhe abrir a porta, pois eu

o receberei de bom grado.

Quando a Raposa se aproximou da árvore, o Cachorro a atacou afugentando-a para longe.

Moral da História:Quem age de má fé, cedo ou tarde acaba por cair na própria armadilha má fé, cedo ou tarde acaba por cair na própria armadilha.

Questões

1. Cachorro e Galo viajavam juntos como amigos?

2. O Galo, ao convidar a Raposa para subir à árvore, agiu de forma ingênua ou calculada?

3. A Raposa, ao elogiar o canto do Galo, estava sendo sincera ou apenas oportunista?

4. Na Parábola, o autor tenta nos fazer compreender algum sentimento próprio da natureza

humana? Qual seria?

5. Você seria capaz de descrever, com suas palavras, o significado da Moral da Fábula?

TESTANDO A MEMÓRIA RECENTE

Page 46: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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ATIVIDADES PARA A PRÉ-ESCOLA, 1º E 2º ANO.A Menina e Seu Peixe de Brinquedo

 

INSTRUÇÕES: Tente lembrar do maior número de detalhes da ilustração vista na página anterior. Responda apenas NÃO ou SIM a cada questão. Ao final confira como está a saúde da sua memória recente! 

1. A blusa da Garotinha da ilustração é azul?

Sim  Não2. Podemos observar na cena, ao fundo da sala, uma mesa redonda?

Sim  Não

3. Dentre os objetos em cena, há uma quadro na parede?

Sim  Não

4. A cor da calça da Garotinha é amarela?

Sim  Não

5. A cor do sapato da Garotinha é Rosa?

Sim  Não

6. A cor do cabelo da Garotinha é marrom?

Sim  Não

7. No seu cabelo há um laço?

Sim  Não

8. O peixe de brinquedo que ela segura está preso a uma correntinha?

Sim  Não

9. A Garotinha está apoiada sobre sua perna direita?

Sim  Não

10. Do peixe de brinquedo está pingando quatro gotas de água?

Sim  Não

11. Ao fundo da cena, podemos ver uma estante com dois livros?

Sim  Não

12. O peixe de brinquedo é verde?

Sim  Não

Page 47: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Meu Cavalo Comilão

  INSTRUÇÕES: Tente lembrar do maior número de detalhes da ilustração vista na página anterior. Responda apenas NÃO ou SIM a cada questão. Ao final confira como está a saúde da sua memória recente! 

1. Há na cena um pássaro azul?

Sim  Não2. A cor da camisa do Garoto cowboy é azul?

Sim  Não

3. O Garoto tem um lenço vermelho amarrado ao pescoço?

Sim  Não

4. A cor da calça do Garoto é vermelha?

Sim  Não

5. Há na cena uma caixa de papelão?

Sim  Não

6. A cor do cabelo do Garoto é louro?

Sim  Não

7. A cor do rabo do cavalo é preto?

Sim  Não

8. O Garoto está segurando alguma coisa com a mão esquerda?

Sim  Não

9. O Garoto está com um boné marrom?

Sim  Não

10. Há um animal escondido dentro da lata de lixo?

Sim  Não

11. Existe um esqueleto de peixe na ilustração?

Page 48: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Sim  Não

12. Ao lado da lata de lixo há uma galinha de cor branca?

Sim  Não

Desafio Super Memória - Meu Quarto de Dormir

  INSTRUÇÕES: Tente lembrar do maior número de detalhes da ilustração vista na página anterior. Responda apenas NÃO ou SIM a cada questão. Ao final confira como está a saúde da sua memória recente! 

1. A Garota da ilustração está usando óculos?

Sim  Não2. Há um cachorro deitado aos pés da Garota?

Sim  Não

3. Há nas paredes do quarto pelo menos um quadro?

Sim  Não

4. A Garota está lendo um livro de capa laranja?

Sim  Não

5. A cor da blusa da Garota é amarela?

Sim  Não

6. Existe no recinto um móvel com duas gavetas?

Sim  Não

7. Há uma escova para cabelos visível na ilustração?

Sim  Não

8. Os chinelos da Garota estão em cima do tapete aos pés da cama?

Sim  Não

9. A Garota parece feliz com sua leitura?

Sim  Não

Page 49: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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10. Há na ilustração um armário de roupas?

Sim  Não

11. A cor da cama é amarela?

Sim  Não

12. Há um travesseiro aos pés da Garota?

Sim  Não

Desafio Super Memória - Um Dia na Fazenda

INSTRUÇÕES: Tente lembrar do maior número de detalhes da ilustração vista na página anterior. Responda apenas NÃO ou SIM a cada questão. Ao final confira como está a saúde da sua memória recente! 

1. Há na ilustração um pequeno Lago?

Sim  Não2. Os animais da ilustração estão comendo alguma coisa?

Sim  Não

3. Entre os animais existe algum que possua bico?

Sim  Não

4. Entre os animais há um Gato?

Sim  Não

5. Na ilustração podemos ver um Trator?

Sim  Não

6. No fundo há uma casinha de telhado verde?

Sim  Não

7. Entre os animais há um Porco?

Sim  Não

Page 50: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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8. No desenho existe mais de um animal de uma mesma raça?

Sim  Não

9. As árvores que podemos ver ao fundo são de uma mesma cor?

Sim  Não

10. As árvores foram plantadas num terreno plano?

Sim  Não

11. Os animais da ilustração estão parados, quietos, num canto?

Sim  Não

12. Há entre os animais algum que possua chifres?

Sim  Não

Desafio Super Memória - O Melhor Amigo do Homem 2

INSTRUÇÕES: Tente lembrar do maior número de detalhes da ilustração vista na página anterior. Responda apenas NÃO ou SIM a cada questão. Ao final confira como está a saúde da sua memória recente! 

1. O Boné do Garoto da ilustração é vermelho?

Sim  Não2. Podemos observar na cena, ao fundo, um automóvel?

Sim  Não

3. Dentre os objetos em cena, há uma calculadora?

Sim  Não

4. Há mais de um(1) animal na ilustração?

Sim  Não

Page 51: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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5. A cor do sapato do Garoto é marrom?

Sim  Não

6. A cor da camisa do Garoto é azul?

Sim  Não

7. A cor da calça do Garoto é laranja?

Sim  Não

8. Há um Rato em Cena?

Sim  Não

9. Há um Pato em cena?

Sim  Não

10. Há um buraco em cena?

Sim  Não

11. Ao fundo da cena, podemos ver o telhado de uma casa?

Sim  Não

12. Há uma garrafa de refrigerante na cena?

Sim  Não

Page 52: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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ATIVIDADES PARA O 1º E 2º ANO

Page 53: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES EM ENIGMA:

Page 54: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Page 55: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Page 56: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Page 57: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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INTERTEXTUALIDADE EM MINICONTOSEstrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino

Componente Curricular

Tema

Ensino Fundamental Final

Língua PortuguesaAnálise linguística: modos de organização dos discursos

Ensino Médio Literatura Estudos literários: análise e reflexãoEnsino Fundamental

FinalLíngua Portuguesa

Análise linguística: processos de construção de significação

Ensino Fundamental Final

Língua PortuguesaLíngua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos

Dados da AulaO que o Aluno Poderá Aprender com esta Aula:Ler e interpretar minicontos; Reconhecer a estrutura narrativa que ancora os minicontos; Identificar marcas de intertextualidade nos minicontos; Compreender o papel da intertextualidade em minicontos; Produzir minicontos, utilizando o recurso da intertextualidade.

Duração das atividades: 03 aulas

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o alunoA aula pressupõe que o professor já tenha trabalhado com os alunos a estrutura

narrativa em contos que a possuam de forma mais clássica, com todas as partes bem reconhecíveis: situação inicial, complicação, clímax e desfecho. Sugerimos acessar a aula “O conto de Machado de Assis 1: A carteira”, da professora Begma Tavares Barbosa, que apresenta esse conteúdo de forma sistematizada.

Estratégias e Recursos da Aula

Atividade 1 –6° ao 9º ano

Apresentar o conceito de intertextualidade:"(...) a intertextualidade ocorre quando, em um texto, está inserido outro texto

(intertexto) anteriormente produzido, que faz parte da memória social de uma coletividade. (...) a intertextualidade é o elemento constituinte e constitutivo do processo de escrita/leitura e compreende as diversas maneiras pelas quais a produção/recepção de um dado texto depende de conhecimentos de outros textos por parte dos interlocutores, ou seja, dos diversos tipos de relações que um texto mantém com outros textos." (KOCH & ELIAS, Ler e compreender os sentidos do texto, p.86)

A questão do tamanho do conto deve vir à tona e o professor pode aproveitar para apresentar as regras impostas pelos minicontos de até 50 letras, sem contar título - bem como levantar o que os alunos entendem sobre concisão.

A conversa também deve levantar com os alunos as expectativas narrativas que se tem em torno de um tipo de texto chamado de miniconto, explorando as ideias que eles já têm a respeito e aproveitando para relembrar a estrutura esperada - Situação Inicial, Complicação, Clímax, Desfecho.

Page 58: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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Atividade 2 - Leitura de alguns minicontos do livro

O professor deve distribuir os contos aos alunos, impressos ou fotocopiados.A leitura pode ser feita em voz alta por alunos.

Minicontos sugeridos:

MAS O RIO CONTINUA LINDOPensa o desempregadoao pular do Corcovado.Antônio Torres___________

2Uma vida inteira pela frente.O tiro veio por trás.Cíntia Moscovich___________

3FIM DE PAPONa milésima segunda noite,Sherazade degolou o sultão.Antônio Carlos Secchin

4CRIAÇÃONo sétimo dia, Deus descansou.Quando acordou, já era tarde.Tatiana Blum

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Contos minimalistas teoria – 7º ao 9º ano

"Você pode pensar em escrever uma média de dez a quinze linhas. Há quem estenda

os minicontos até uma página, porém. Os de uma linha também são chamados de

microcontos, só para se ter uma ideia de que essa nomenclatura tem mesmo a ver com sua

dimensão.

Os teóricos do miniconto costumam, em nome de uma “estética da brevidade”, dizer

que se trata de um gênero que vem ao encontro de nossa vida loca: de nosso culto da

velocidade e de nossa cultura do impacto. Esta, porque um dos segredos e uma das

recorrências do miniconto, é a surpresa do fim do texto. Com a vantagem de não se precisar

ler 345 páginas até chegar a ela.

Dá para comparar um miniconto a uma boa piada. Esta não pode ser comprida demais

senão a atenção de quem a ouve vai para o espaço. Há uma história, na anedota, que pega o

ouvinte de cara, desenvolve-se e fecha com uma frase surpreendente ou por uma situação

inesperada dos personagens, provocando o riso pela surpresa. O miniconto, como qualquer

ficção curta, tem de pegar o leitor de cara, com recursos expressivos capazes de interessá-lo a

seguir o desenvolvimento da história até chegar a uma reviravolta que provocará a surpresa e

que geralmente é o objetivo do escritor.

A fração de uma ideia

Quais são os truques para escrever o miniconto? Algo como um de Juan José Arreola:

“A mulher que amei, se transforma em fantasma. Eu sou o lugar das aparições”?

Comece,antes de mais nada, por uma ideia pequena. Tome alguma ideia grande e procure

pelas menores que existem dentro dela. Por exemplo, para discutir a inter-relação de pais e

filhos, você não precisa escrever um complexo romance de muitas páginas.

Pegue as ideias menores que há nesse grande tema. Assim, como as crianças se sentem

quando ficam à margem de uma conversa entre adultos? Ou o que elas fazem quando estão

chateadas no banco traseiro de um automóvel? Se aparece um mau boletim. Os sentimentos

de um filho do meio, e um grande etc.

De cara, você tem de se concentrar no fato de que não tem duas páginas para explicar

todo o começo de uma história. Descubra um jeito de colocar tudo em um parágrafo. Daí,

conte o resto.

Page 60: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

60

O começo sem preâmbulos

Uma boa maneira é começar a história no meio da ação. Nada de preâmbulos: mostre

um homem que está correndo, uma bomba está explodindo, um monstro está surgindo. Só

descreva o que for necessário, pois o leitor irá preencher as lacunas. Bom recurso para isso é

recorrer a um cenário que o leitor conheça e você não precise descrever, como por exemplo

um jogo no Maracanã, um acontecimento num teatro, por aí. Da mesma forma, uma imagem

poderosa ajuda, para focalizar a história, como uma rua arrasada pela guerra.

A reviravolta final

O xis da questão com o miniconto são dois: o começo e o final. A não ser que você

tenha facilidade para o conto equivalente ao disparar de um flash, como o célebre de Ernest

Hemingway: “Vende-se: sapatos de bebê, sem uso.” Para o final, é recomendável a tal da

reviravolta, como no conto convencional ou na crônica. A reviravolta surge, geralmente,

porque o miniconto não tem tempo nem espaço para mostrar como a trama afetou os

personagens. Uma boa frase pode resolver sua história e carregar sua mensagem.

O absurdo com humor

Pense no miniconto como um corte de uma história maior, uma fatia de bolo que tem

os ingredientes para dar uma boa ideia do sabor do bolo todo. De certa forma, uma fatia de

vida. Nele, você dá ao leitor uma leitura rápida com todo o prazer da ficção. É um gênero

perfeito para você explorar sua criatividade e contar histórias de um ponto de vista

extremamente diferente, até mesmo absurdo.

O absurdo, como o humor, é difícil de praticar em textos mais longos e cabe como

uma luva no miniconto. Ele serve ainda como um ótimo exercício de criação: obriga a usar

poucos advérbios e poucos adjetivos e a empregar verbos de ação. Confira, por exemplo, este

de Cíntia Moscovich: “Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.”

Escrever é cortar

O primeiro-ministro inglês Winston Churchill deu certa vez um sábio conselho: “Das

palavras, as mais simples. Das simples, a menor.” O que é absolutamente perfeito para quem

escreve minicontos. Afinal, o gênero não serve para mostrar um extenso vocabulário ou

virtuosismos. No miniconto contam mais a criatividade e a possibilidade de narrar uma

história em espaço limitado. O que não quer dizer pobreza de recursos expressivos, mas, sim,

a aplicação de uma regra que serve para todos os gêneros: escrever é selecionar."

Fonte: http://subrosa3.wordpress.com/2007/07/22/historias-em-apenas-uma-linha/

Page 61: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

61

Atividade 3 - Compreendendo e Analisando os Contos Lidos

O professor pode permitir que os alunos se expressem sobre o que acharam dos

minicontos em geral e o que compreenderam de cada miniconto. Nesse momento da aula, é

provável que os alunos questionem o gênero dos textos como um tipo de conto e mesmo sua

validade como literatura. O professor poderá lembrá-los do exercício de concisão que

caracteriza o miniconto, reconduzindo-os aos textos para que realizem as inferências

necessárias para fazer emergir as partes da estrutura narrativa que estão elípticas com a ajuda

das referências intertextuais.

Inferências intertextuais:

Miniconto 1 - Faz referência à música de Gilberto Gil "Aquele abraço" ao dizer que "o

Rio continua lindo".

Miniconto 2 - Faz referência a dois chavões populares: um deles usado quando ocorre

uma tragédia com uma pessoa muito jovem - "Uma vida inteira pela frente..."; o outro usado

para se referir a uma traição - "por trás".

Miniconto 3 - Faz referência à obra oriental As mil e uma noites, em que a personagem

Sherazade conta histórias ao sultão todas as noites para evitar que ele a mate, como fazia com

todas as mulheres com as quais se casava. Na milésima segunda noite, o sultão se declara

apaixonado por ela e desiste de matá-la.

Miniconto 4 - Faz referência ao livro do Gênesis, do Antigo Testamento, em que se

narra a criação do mundo e o descanso de Deus no sétimo dia.

Estrutura da narrativa nos contos:

Miniconto 1 - A única parte narrativa explícita é o clímax. No entanto, é possível

inferir as outras através das palavras "desempregado" e "Corcovado", que situam o leitor

quanto aos fatos anteriores ocorridos com o personagem: a perda do emprego, a subida ao

Corcovado. O professor também pode chamar a atenção para a ironia que a citação da música

de Gilberto Gil acrescenta ao fatos narrados, na medida em que aparece como o pensamento

contraditório do suicida no momento em que olha a cidade do Corcovado, imediatamente

antes de pular. A palavra "Mas" antecipa o conflito que está por ser relatado.

Page 62: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

62

Miniconto 2 - Estão explícitas nesse miniconto a situação inicial - "Uma vida inteira

pela frente" - e o clímax - "O tiro veio por trás". É possível, no entanto, inferir tipos de

complicação que poderiam culminar num tiro pelas costas: o personagem - o qual se infere

que é jovem - poderia estar envolvido no mundo do crime e sua morte estar relacionada a uma

queima de arquivo, por exemplo. Deduz-se também o desfecho a partir da própria situação

inicial: usa-se essa expressão em referência a alguém com quem aconteceu uma tragédia,

logo, trata-se de morte ou de lesão grave, que imponha grandes limitações à vida futura do

personagem.

Miniconto 3 - A única parte narrativa explícita é o desfecho. No entanto, é possível

resgatar o restante da história através da referência a As mil e uma noites, tanto no nome das

personagens como no título: fim de papo pode remeter literalmente à fala de Sherazade, mas

também metaforicamente antecipar o desfecho trágico do miniconto.

Miniconto 4 - Estão presentes a situação inicial - "No sétimo dia, Deus descansou" - e

o desfecho - "Quando acordou, já era tarde". O leitor fica encarregado de inferir a

complicação e o clímax provocados pelas ações destruidoras do homem no mundo, já que a

expressão "já era tarde" costuma referir-se a situações indesejadas e irreversíveis.

Atividade 4 - Produzindo Minicontos

1) Os alunos podem ser motivados a produzir seus próprios minicontos, seguindo as

seguintes orientações sugeridas:

a) Escolher um bom conflito relacionado ao seu cotidiano;

b) Traçar o perfil dos personagens;

c) Buscar uma analogia entre o conflito e/ou os personagens criados e os mesmos

elementos de um texto anterior bastante conhecido: uma música, um poema, um

ditado popular, etc.; escrever o conto da forma mais concisa possível, sem se

preocupar com a quantidade exata de letras empregadas, mas utilizando as referências

intertextuais escolhidas a fim de deixar implícitas todas as informações que puderem

ser inferidas;

d) Criar um título que complemente o miniconto e não apenas reproduza as ideias já

presentes nele;

Page 63: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

63

e) Iniciar o trabalho de redução do texto a 50 letras: cortes de palavras desnecessárias,

substituição de palavras ou expressões por outras menores, etc., sendo fundamental

nesse momento do trabalho ajudar os alunos a prestarem atenção também à sonoridade

das palavras (aliterações e assonâncias são bem vindas, e até eventuais rimas), bem

como ao ritmo do texto.

2) Os minicontos dos alunos podem ser digitados, editados e impressos na forma de um

minilivro. Atentar para que o formato e o título remetam à ideia de miniconto, como fez

Marcelino Freire com o livro que organizou. Os minicontos também podem ser publicados

num blog.

Recursos Complementares

Sites sugeridos:

http://www.veredas.art.br/

http://www.cronopios.com.br/site/colunistas.asp?id=2468

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u42708.shtml

Livros sugeridos:

COLASANTI, Marina. Zooilógico. Imago, 1975.

Avaliação

A avaliação será feita em dois momentos:

1. Durante o processo de leitura, compreensão e análise dos minicontos através das

manifestações orais dos alunos às discussões propostas pelo professorque deve verificar se

eles foram capazes de realizar as inferências necessárias para a construção dos sentidos dos

textos, recorrendo à intertextualidade e aos conhecimentos sobre estrutura e elementos da

narrativa, e se foram capazes de compreender que o autor pressupõe grande parte desses

conhecimentos com a finalidade de ser extremamente conciso;

2. Durante e após o processo de produção dos minicontos pelos alunos, quando o

professor deve verificar se eles estão conseguindo empregar o recurso aprendido.

Page 64: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

64

LITERATURA INFANTIL E REESCRITA:

UMA HISTÓRIA SOBRE GATOS – Pré ao 4º ano

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino

Componente Curricular

Tema

Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa AlfabetizaçãoEnsino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura

Ensino Fundamental Inicial Língua PortuguesaLíngua escrita: prática de produção de textos

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Ler uma história infantil com desenvoltura e fluência.

Reescrever a história infantil relatando as principais partes.

Reconhecer e registrar a estruturação das frases (constituídas de palavras) e dos textos

(constituídos de frases).

Duração das atividades

Aproximadamente três aulas de 50 minutos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Será necessário que o aluno esteja inserido no processo de alfabetização e letramento.

Estratégias e recursos da aula

Momento 1 – Pré ao 4º ano

O professor iniciará a aula propondo aos alunos a realização de uma brincadeira

denominada "Batata quente". Para tanto, pedirá que eles se sentem em formato de círculo e

explicará que a brincadeira consiste no passe de bola de mão em mão enquanto uma música

estará tocando. Quando a música parar (devido à diminuição do volume pelo professor que

estará de costas), o aluno que estiver com a bola nas mãos (a batata quente) terá que realizar

alguma ação, a qual será combinada antes do início da brincadeira.

Page 65: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

65

O professor, então, combinará com os alunos que quem ficar com a batata quente nas

mãos terá que pegar uma frase em uma caixa e lê-la em voz alta para os colegas e que essas

frases são dicas para eles descobrirem o nome do personagem de uma história.

Assim, o professor escreverá as seguintes frases em folhas coloridas e as colocará em

uma bela caixa:

Não gosta de tomar banho.

Tem sete vidas.

Adora subir em telhados.

Seu nome começa com a letra "G".

Tem a letra "A" no nome.

Tem a letra "T" no nome.

Tem a letra "O" no nome.

Pode arranhar pessoas.

Come ração e bebe leite.

Sabe miar.

O professor pedirá para o aluno que ficar com a batata quente ler a frase, mas não

dizer o nome do personagem se souber, pois seu nome será revelado apenas no final da

brincadeira. Assim, após todas as frases terem sido lidas, o professor perguntará qual é o

nome do personagem e os alunos terão que responder em de forma uníssona que aquelas dicas

se referem ao GATO.

Em seguida, o professor conversará com os alunos a respeito das características dos

gatos, algumas já apontadas nas frases lidas, ouvindo o que eles sabem a respeito desse

animal, se gostam de gatos e se tem gatos em casa.

Para direcionar essa conversa, o professor poderá lançar algumas perguntas como:

De que é coberto o corpo dos gatos? (Pelos)

De que cor pode ser a cor do pelo dos gatos? (Variadas cores)

O que os gatos comem? (Ração, ratos, pequenos animais)

Os gatos são amigos de seus donos? (Alguns. Outros gostam de fugir e arranhar)

Os gatos conseguem pular longas distâncias? (Sim, eles sobem inclusive em telhados)

Vocês gostam de gatos? Por quê? Que características deles fazem vocês gostarem ou

não deles? (Resposta pessoal)

Quantas patas têm um gato? (Quatro)

Quantas orelhas têm os gatos? (Duas)

Page 66: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

66

Para motivar essa conversa, o professor poderá mostrar uma figura na qual aparecem

gatos, como a seguinte:

Imagem retirada do site:

http://www.google.com.br/images?

hl=ptBR&source=imghp&q=gatos&gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=

Momento 02

Após essa primeira parte da aula, onde os alunos conversaram a respeito do animal

gato, o professor entregará o livro de Literatura: "História Engatada", escrito por Sylvia Ortof

para os alunos lerem ou outro livro.

(Foto produzida pela autora da aula)

Momento 3

Em seguida, ainda em círculo, o professor lerá a história em voz alta e pedirá também

para alguns alunos lerem, sendo que cada um lerá uma página.

O professor pedirá, ainda, para que os alunos recontem a história oralmente,

recordando a ordem dos acontecimentos:

Era uma vez um gato listrado com listras deitadas. Esse gato viu uma gata que tinha as

listras em pé. Esses gatos se casaram no telhado. E tiveram um gato xadrez.

Por último, o professor perguntará aos alunos a respeito do título do Livro,

questionando-os o porquê de essa história ter sido intitulada "História Engatada". Eles

Page 67: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

67

deverão concluir que a palavra "engatada" contém a palavra gata (personagem do livro) e que

a palavra "engatada" significa algo junto, algo em continuidade, como sugere a história: dois

gatos uniram suas características e geraram um terceiro, o gato xadrez.

Momento 4

Neste momento, o professor pedirá, para os alunos voltarem para suas carteiras e

entregará as frases abaixo para eles que, por sua vez, estarão fora de ordem.

(Foto e frases produzidas pela autora da aula)

Nessa atividade, os alunos terão que ler as frases, recortando-as e colando-as na ordem

correta, formando a história do livro.

Momento 5

Em seguida, o professor entregará a figura abaixo para os alunos e explicará que a

partir dessas três figuras, eles terão que reescrever a história lida novamente, registrando o

que eles lembram a respeito dos personagens e dos fatos.

(Foto produzida pela autora da aula. Imagens reproduzidas a partir das ilustrações do livro a História Engatada)

Page 68: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

68

Momento 6

Como uma última atividade, abordando o personagem GATO, o professor entregará

palavras abaixo para serem montadas frases pelos alunos.

As palavras das frases estão fora de ordem, dessa forma, os alunos terão que recortá-

las, colocá-las na ordem certa, colá-las no caderno e as copiar abaixo da colagem com letra

cursiva.

(Foto e atividade produzida pela autora da aula)

As frases, na ordem correta, terão as seguintes formações: Gatos não gostam de água. O gato xadrez era engraçado. Os gatos bebem leite. Gatos adoram subir em telhados.

Momento 7

Caso o professor queira enriquecer essa aula, poderá inventar uma história coletiva

sobre as aventuras do gatinho xadrez no telhado de uma casa.

Essa história poderá ser escrita no quadro negro, a partir das ideias dos alunos, e copiada por

todos em uma folha ou no caderno.

Durante a escrita coletiva, o professor deverá destacar a imprtância de aspectos como:

pontuação, letra maiúscula, mudança de linhas e parágrafo e travessão (se houver falas de

personagens).

Ao final da cópia pelos alunos, eles poderão ilustar a produção.

Page 69: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

69

Recursos Complementares

O professor poderá mostrar outras figuras de gatos e inclusive entreagar uma figura

desse animal para eles colorirem.

Essas figuras podem ser retiradas do site: http://www.google.com.br/images?hl=pt-

BR&gbv=2&tbs=isch%3A1&sa=1&q=gatos+para+colorir&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=

Avaliação

O professor avaliará nesta aula se o aluno foi capaz de ler com desenvoltura a história

do Livro de Literatura e as frases das atividades propostas.

Avaliará também se o aluno foi capaz de realizar sozinho a atividade de ordenar frases

para formar o texto e a atividade de formar frases, a partir das palavras.

Verificará o desenvolvimento da escrita dos alunos, observando a desenvoltura deles

ao sintetizar as informações da história lida.

E ainda observará se os alunos foram capazes de transmitir oralmente suas ideias para

compor a história coletiva a respeito das aventuras do gato xadrez.

TRABALHANDO A SEQUÊNCIA LÓGICA DO TEXTO – 3º ao 9º ano

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino

Componente Curricular

Tema

Ensino Fundamental Inicial Língua PortuguesaLíngua escrita: prática de produção de textos

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Identificar a sequência coerente de um texto; localizar os recursos linguísticos e outras

marcas de paragrafação do texto, como o recuo do espaço na folha, o uso do travessão e da

letra maiúscula; produzir texto informativo, com sequência lógica e coerente; realizar

pesquisa em um dicionário online.

Duração das atividades

4 aulas de 50 min

Page 70: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

70

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

O aluno deve conhecer os sinais de pontuação, principalmente os pontos empregados

em textos narrativos; ter noções de paragrafação. Consideramos ainda os conhecimentos

adquiridos nos primeiros anos de escolaridade quando ouviram e leram histórias.

Estratégias e recursos da aula

Recursos

Laboratório de Informática

Cola tesoura, caderno

Aulas 1 e 2

Atividade 1 - Laboratório de Informática

Motivação

O professor introduz a aula dizendo que eles vão assistir a um vídeo de uma história

que acontece na floresta amazônica. Pede que fiquem atentos, pois ela é contada por uma

pessoa. Exibe-se, então, o vídeo abaixo, acessível em:

http://www.you tube.com/watch?v=p-3-SxwDcQk

(Obs.: Pode-se também gravar o vídeo em um pendrive e exibi-lo em datashow.)

Atividade 2 – 6º ao 9º ano

Após a exibição do vídeo, o professor pergunta quem já havia ouvido a história e se

eles seriam capazes de recontá-la. Para conduzir a atividade, o professor parte das perguntas:

o que aconteceu? onde aconteceu? quando aconteceu? com quem aconteceu? por que

aconteceu? como foi o desfecho? Pode-se também explorar os recursos sonoplásticos do

vídeo.

Aula 2- Laboratório de Informática

Atividade 1 - realizada em dupla

Ainda no Laboratório de Informática os alunos pesquisam, e anotam no caderno, o significado

da palavra vitória-régia no Dicionário Aulete, disponível link:

http://http//portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categoria=3

Atividade 2

O professor entrega para cada dupla um conjunto de tiras que contém, de forma

desordenada, a lenda da Vitória-Régia, como pode-se ver abaixo. Orienta os alunos que

Page 71: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

71

organizem as tiras, de maneira a dar a sequência coerente à história. Em seguida, eles colam

as tiras no caderno de forma ordenada e leem a lenda, verificando se está na sequência

correta.

A VITÓRIA-RÉGIA

Uma dica: o texto tem sete parágrafos.--------------------------------------------------------------------------------------------------------Era uma noite de luar. Um velho cacique, fumando seu cachimbo, contava às crianças as histórias maravilhosas de sua tribo.--------------------------------------------------------------------------------------------------------Havia, entre nós, uma índia jovem e bonita, chamada Naiá.--------------------------------------------------------------------------------------------------------Ele era também feiticeiro e conhecia todos os mistérios da natureza.-------- -----------------------------------------------------------------------------------------------perguntou-lhe se conhecia as estrelas que luziam no céu. E o cacique respondeu:Um dos curumins que o ouvia--------------------------------------------------------------------------------------------------------- Eu as conheço todas. Cada estrela é uma índia que se casou com a Lua. A respeito disso, vou contar a vocês uma história que aconteceu,--------------------------------------------------------------------------------------- ----------------Todas as noites, Naiáia para a floresta e ficava admiran do a Lua com seus raios prateados. Às vezes, ela saía correndo através da mata, para ver se conseguia alcançar a Lua com seus braços. Mas a Lua continuava sempre afastada e indiferente, apesar dos esforços da índia para atingi-la.--------------------------------------------------------------------------------------------------------Há muitos anos, em nossa tribo. Prestem atenção.-------------------------------- ---------------------------------------------- -------------------------Sabendo que a Lua era um guerreiro belo e poderoso, Naiá por ele se apaixonou.--------------------------------------------------------------------------------------------------------Por isso, recusou as propostas de casamento que lhe fizeram os jovens mais fortes e bravos de nossa tribo.--------------------------------------------------------------------------------------------------------Uma noite, Naiá chegou à beira de um lago. Viu nele, refletida, a imagem da Lua. Ficou radiante! Pensou que era o guerreiro branco que amava. E, para não perdê-lo, lançou-se nas águas profundas do lago. Coitada! Morreu afogada.--------------------------------------------------------------------------------------------------------Então a Lua, que não quisera fazer de Naiá uma estrela do céu, resolveu torná-la uma estrela das águas. Transformou o corpo da índia numa flor imensa e bela. Todas as noites, essa flor abre suas pétalas enormes, para que a Lua ilumine sua corola rosada.--------------------------------------------------------------------------------------------------------Sabe qual é essa flor? É a vitória-régia!

(Adaptado de Lendas e Mitos do Brasil, de Theobaldo Miranda Santos.São Paulo, Companhia Editora Nacional, 1974).

Page 72: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

72

Aula 3 – Laboratório de Informática

Atividade 1 – realizada em dupla

A partir de um roteiro previamente elaborado pelo professor, pesquisar informações

sobre a planta vitória-régia em: Dicionários online, no link:

http://http//portaldoprofessor.mec.gov.br/link.html?categoria=3

Roteiro para pesquisa. Leia o texto para responder às seguintes questões:

1) Qual é a origem da palavra vitória- régia?

2) Ela possui outros nomes?

3) Qual é o seu nome científico?

4) Quais são as características dessa planta? Como ela pode ser descrita?

5) Em que regiões do Brasil ela é encontrada?

6) Qual é a sua importância para a flora brasileira?

7) Acrescentar informações que julgar interessantes.

8) Acrescentar informações por vocês conhecidas, mas que não se encontram no texto.

A partir das respostas dadas às perguntas do roteiro, pedir aos alunos que elaborem um

texto, organizando de forma coerente as informações sobre a planta vitória-régia. Orientar

também que deem um título adequado ao seu texto.

Atividade 2

Leitura oral dos textos pelas duplas. Durante a leitura, os alunos devem ficar atentos e

observar se o texto que está sendo lido é semelhante ao de sua dupla, para evitar que a leitura

se torne repetitiva. Ao final, na lousa, sob a orientação do professor, cria-se um texto coletivo,

para que seja exposto no mural da escola ou publicado no jornal escolar. Durante a produção

coletiva, o professor explica sobre a importância da organização das ideias em parágrafos e o

uso da pontuação adequada para este tipo de texto. Nesse momento, o professor poderá

também introduzir elementos coesivos, sem conceituá-los.

Atividade 3

Comparar os dois textos: o narrativo: A Vitória-Régia e o expositivo, mostrando as

diferenças estruturais entre eles e sua função comunicativa.

Page 73: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

73

Avaliação

Observar se os alunos conseguem organizar os dois textos propostos de forma coerente

e coesa. Outras atividades de sequenciação de histórias podem ser dadas para se verificar se

os alunos de fato aprenderam.

O USO DO TEXTO DESCRITIVO EM ATIVIDADES LÚDICAS - Pré ao 3º ano

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular TemaEnsino Fundamental Inicial Alfabetização Processos de leituraEnsino Fundamental Inicial Alfabetização Evolução da escrita alfabéticaEnsino Fundamental Inicial Alfabetização Papel da interação entre alunosEnsino Fundamental Inicial Alfabetização Gêneros de textoEnsino Fundamental Inicial Alfabetização Concepção de texto

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Conhecer e compreender o que caracteriza uma descrição (oral e escrita).

Compreender e relacionar informações implícitas e explícitas.

Planejar, elaborar e revisar a escrita seguindo critérios apropriados aos objetivos.

Duração das atividades

Aproximadamente cinco aulas de 50 minutos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Noções de leitura e escrita, ou seja, capacidade de produzir frases e textos curtos, bem

como ler e interpretar.

Estratégias e recursos da aula

1 – Introduzir a ideia de descrição.

OBJETIVO:

Page 74: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

74

Conhecer as características de um texto descritivo e quando pode ser utilizado.

PROCEDIMENTOS

- Coloque um objeto dentro de uma caixa com tampa. O professor deverá apresentar

dicas a fim de que o grupo “descubra” do que se trata.

Exemplo: Na caixa, contém um bibelô (uma casinha). Os alunos deverão descobrir que se

trata de uma casa.

Para isso, o professor dará as dicas:

Ela pode ser grande, média ou pequena;

Tem várias partes;

Serve para abrigar;

Pode ter muitas ou poucas pessoas;

Pode ter janelas;

Pode ser sua ou alugada.

Logo que o grupo adivinhar do que se trata, levante as seguintes questões:

Quais são os cuidados que precisei tomar para que vocês não descobrissem

rapidamente do que se tratava?

O que é preciso para elaborar as dicas sem tirar todo o suspense?

Em que situações poderão ser relevantes saber falar com detalhes sobre algo?

Alguém sabe dizer qual é o nome deste texto, desta prática?

Agora que o grupo já reconhece o que caracteriza uma descrição, retome a caixa. Coloque

nesta outro objeto e mostre-o apenas a uma criança. Esta será desafiada a descrevê-lo sem que

o grupo o identifique tão rapidamente. Repita esta atividade quantas vezes forem necessárias.

É importante que o grupo desenvolva, neste trabalho, a capacidade de identificar detalhes,

apresentando-os sem explicitar de imediato a resposta.

DICA: O inverso também pode ser realizado, o que colabora consideravelmente para

desenvolver a capacidade de elaborar perguntas. Neste caso, apenas uma criança sabe o que

está na caixa, cabendo ao grupo a elaboração de perguntas que possibilitem pistas,

informações que levem à resposta. As perguntas não poderão ser explícitas como: “É uma

casa?” Mas pode ser: “Seria o lugar onde as pessoas moram?”.

2 – Produção escrita de texto descritivo

Page 75: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

75

OBJETIVO:

Escrever e relacionar informações implícitas e explícitas, seguindo as orientações

apresentadas.

PROCEDIMENTOS

- Em um saquinho, devem constar papéis com o nome de cada um dos colegas da

turma. Cada criança deve retirar um nome e certificar-se de que não é o seu.

- De posse do nome, cada criança deverá elaborar, no mínimo, quatro e, no máximo,

seis frases que possam indicar qual a pessoa descrita, apresentando aspectos que caracterizam

o colega sorteado.

No desenvolvimento desta atividade, é pertinente orientar que não serão consideradas

descrições com indicações de tom pejorativo ou sátira do colega.

- Após a produção, recolha os textos e organize um trabalho de revisão. Para este

trabalho, considere o nível de alfabetização em que se encontra o seu grupo. É indicado, para

o bom desenvolvimento da atividade, que os problemas ortográficos sejam solucionados.

- Organizar uma roda e redistribuir aleatoriamente os textos. Cada criança deverá ler o

que receber e, ao terminar, dizer qual colega foi descrito. No caso de não conseguir, verifique

se alguém do grupo sabe de quem se trata.

A cada rodada, problematize com a turma de que modo o texto colaborou ou

“prejudicou” o adivinha. Deste modo, vá aprimorando a importância de uma escrita clara,

objetiva e coerente com a proposta orientada.

DICA : Esta mesma proposta pode ser desenvolvida com sorteios de animais,

brincadeiras etc. É fundamental que seja algo de conhecimento das crianças.

3- Uso social do texto descritivo-1º ao 3º ano

OBJETIVO:

Planejar fala e escrita conforme os objetivos indicados na atividade.

PROCEDIMENTOS

- Formar duplas de trabalho e entregar, a cada criança, uma folha de papel almaço ou

A3.

- Um dos colegas irá descrever oralmente o caminho que faz de casa até a escola. À

medida que ele for apresentando, seu parceiro deverá registrar as informações por escrito na

folha. Após registrar por escrito a descrição, a criança deverá desenhar o caminho seguindo as

Page 76: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

76

orientações que foram dadas. Ao desenho, poderá ser acrescentado o que chamamos de

“ponto de referência”, ou seja, indicar um comércio ou coisa do gênero para facilitar a

orientação.

As duas crianças deverão produzir o registro.

- Conversar com os alunos sobre esta experiência. Pergunte a eles se eram capazes de

reconhecer que explicar um trajeto a alguém é também uma forma de descrever. Procure saber

também o que acharam da experiência e, em seguida, exponham no mural da sala os trabalhos

desenvolvidos.

4 – Extrapolar a descrição “física”

OBJETIVO:

Organizar, na fala e na escrita, a expressão de sentimentos através da descrição.

PROCEDIMENTOS:

É importante que as crianças apreendam que descrever é mais do que dizer sobre um

objeto, lugar ou pessoa. Quando falamos o que estamos sentindo, expressamos em palavras o

que vemos e sentimos diante de uma tela, ou de um filme, por exemplo.

- Colocar uma música para que as crianças possam ouvir.

- Solicitar que desenhem na folha, com o máximo de detalhes, o que sentiram. Em

seguida, solicite que cada um apresente seu desenho e fale sobre os sentimentos, sensações

“provocadas” pela música.

- Discutir se já haviam percebido que falar de um sentimento, ou de uma sensação,

também é uma forma de descrever. Leve-os a perceber, ainda, que cada desenho e fala

representaram sentimentos ou maneiras de expressar distintas.

- Colocar um vídeo e solicitar uma produção de texto a partir do que viram e sentiram.

Também, após esta atividade, propicie em uma roda a oportunidade de se expressarem.

- Convidar os alunos a passear pela escola e, ao retornarem à sala, pedir que se

expressem, descrevendo em um texto com ilustração ou em uma poesia (no caso de já ter

trabalhado o gênero), o que viram e sentiram.

OBS: Confira na ferramenta Sugestão Complementar a indicação de algumas músicas

e vídeos que podem ser trabalhados na atividade.

Recursos Complementares

Page 77: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

77

Sugestões de Músicas:

Adriana Calcanhoto: Gabriel <http://www.youtube.com/watch?

v=1ACVnOEoKtE&feature=related> (Acesso em: 09/09/2010)

Palavra Cantada: Irmãozinho <http://www.youtube.com/watch?v=XcL-jm12MhI> (Acesso

em: 03/09/2010)

Palavra Cantada: criança não trabalha, criança dá trabalho

<http://www.youtube.com/watch?v=q1rwjb7-DBw&feature=related> (Acesso em:

09/09/2010)

Sugestões de vídeos:

Porta Curtas (Petrobrás): Maria Flor <http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?

Cod=9711&Exib=1> (Acesso em: 09/09/2010)

Porta Curtas (Petrobrás): Animasom<http://www.portacurtas.com.br/pop_160.asp?

Cod=9660&Exib=1> (Acesso em: 09/09/2010)

Youtube: Aprender a aprender <http://www.youtube.com/watch?v=Pz4vQM_EmzI> (Acesso

em: 09/09/2010)

Avaliação

A partir das atividades trabalhadas, o aluno deve ter ampliado sua capacidade de

observação e expressão descritiva oral e escrita dos objetos, espaços, pessoas e sentimentos.

Como atividade complementar, você pode solicitar uma produção de texto que descreva um

lugar ou situação que o aluno mais gosta, bem como os sentimentos que isso lhe desperta.

PRODUÇÃO DE TEXTO – DESCRIÇÃO – 5º, 6º,7º, 8º e 9º ano

Estrutura CurricularModalidade / Nível de

EnsinoComponente Curricular

Tema

Ensino Fundamental Inicial Língua PortuguesaLíngua escrita: prática de produção de textos

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Page 78: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

78

Conhecer os elementos que constituem um texto descritivo literário ou não;

Perceber que nesse texto predominam verbos de estado, adjetivos e locuções adjetivas

e que é um “retrato verbal" que caracteriza pessoas, ambientes, objetos e paisagens;

Usar figuras de linguagem: como a metáfora, a comparação, para descrever;

Perceber que, enquanto uma narração faz progredir uma história, a descrição consiste

justamente em interrompê-la, detendo-se em um personagem, um objeto, um lugar,

etc.

Conhecer a diferença existente entre uma descrição objetiva que é a apresentação da

realidade como ela fisicamente é, e um subjetivo quando há a interferência da emoção,

ou seja, quando o objeto ou ser são transfigurados pela emoção do autor;

Produzir textos descritivos objetivos e subjetivos.

Duração das atividades

04 aulas de 50 minutos

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Fazer distinção entre verbos de ação e verbos de estado;

Reconhecer adjetivos e locuções adjetivas;

Usar as figuras de linguagem mais comuns.

Estratégias e recursos da aula

-Leituras;

- Utilização do laboratório de informática.

AULA 1- 7º ao 9º ano

ATIVIDADE

a- No dia anterior a essa aula, o professor deverá pedir que cada aluno traga de sua

casa uma fotografia de alguém de sua família.

b- No início da aula, o professor pedirá aos alunos que se assentem em grupo de cinco

alunos. Em seguida, pedirá que, sem deixar os colegas verem a foto, façam a descrição da

pessoa fotografada. Quando os grupos terminarem essa atividade o professor poderá

perguntar: em algum grupo houve alguém que não foi fiel na descrição? Possivelmente

Page 79: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

79

alguém dirá que um coleguinha trouxe a foto de alguém feio e ele disse que era bonito, era

magro e ele disse outra coisa.

c- O professor se aproveitará para introduzir o conceito de descrição objetiva e

descrição subjetiva.

d- O professor pedirá que os alunos tragam no caderno na próxima aula uma receita

culinária.

AULA 2-7º ao 9º ano

ATIVIDADE 1

O professor levará os alunos ao laboratório de informática para lerem os textos

disponíveis nos sites:

http://caminhodaleitura.blogspot.com/2009/06/o-escritor-e-voce-discurso-direto-e.html

( segunda parte)

http://www.bolivarporto.com/downloads/redacao/descricao.doc

Ao voltarem para a sala-de-aula, o professor promoverá a discussão dos textos.

ATIVIDADE 2

O professor convidará os alunos para, com base nos textos que leram, fazerem coletivamente

um texto usando descrição subjetiva. O texto poderá seguir o seguinte padrão:

Descrição subjetiva

Substantivos abstratos

Linguagem conotativa

Linguagem com função poética

Impressionismo

Perspectiva literária, artística

Visão pessoal e parcial

Captação imprecisa

O professor deverá imprimir a figura abaixo para a turma ou acessá-las no Laboratório de

Informática no site

http://www.blogdicas.com.br/sites-que-fornecem-imagens-de-bebes/

para que façam a atividade.

Page 80: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

80

Texto que poderão ser elaboradas com base no roteiro acima.

Meu irmãozinho Lucas é muito lambão. Um porquinho é o que ele é. Quando termina

de almoçar, ninguém o reconhece, fica imundo. Ele é alegre, simpático e o garoto mais

fofo do mundo.

Em seguida, o professor propõe uma descrição objetiva da mesma figura.

Descrição objetiva

Substantivos concretos

Linguagem denotativa

Linguagem com função referencial

Perspectiva técnica, científica, geométrica, anatômica

Visão fria, isenta e imparcial

Captação exata

Frases curtas, ordem direta

Texto que poderá ser elaborado pela turma:

Meu irmão se chama Lucas. Ele tem seis meses. É gordinho, tem os olhos escuros, cabelos

ralos. Gosta muito de comer feijão e faz muita sujeira.

Importante: O professor poderá chamar a atenção dos alunos para algumas situações como

em uma certidão de nascimento onde as descrições devem ser objetivas.

AULA 3-7º ao 9º ano

Page 81: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

81

ATIVIDADE 1

Perguntar aos alunos quem colou no caderno uma receita (bem gostosa ). Alguns alunos

deverão fazer a leitura da receita em voz alta. Em seguida, o professor perguntará: Vocês

acham que as receitas são exemplos de textos descritivos?

- Não? Muito bem. Conforme vocês leram no site são descrições de processo.

Ouçam agora esse texto e tentem, numa folha, reproduzir a visão apresentada em uma parte

do texto onde a descrição seja objetiva

Lembrança rural

Chão verde e mole. Cheiros de relva. Babas de lodo.

A encosta barrenta aceita o frio, toda nua.

Carros de bois, falas ao vento, braços, foices.

Os passarinhos bebem do céu pingos de chuvas.

Casebres caindo, na erma tarde. Nem existem na história

Do mundo. Sentam-se à porta as mães descalças.

É tão profundo, o campo, que ninguém chega a ver que é triste.

A roupa da noite esconde tudo, quando passa...

Flores molhadas. Última abelha. Nuvens gordas.

Vestidos vermelhos, muito longe, dançam nas cercas.

Cigarra escondida, ensaiando na sombra rumores de bronze.

Debaixo da ponte, a água suspira, presa...

Vontade de ficar neste sossego toda a vida:

Para andar à toa, falando sozinha,

Enquanto as formigas caminhavam nas árvores...

(Cecília Meireles)

Retrato

Page 82: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

82

Eu não tinha este rosto de hoje,

Assim calmo, assim triste, assim magro,

Nem estes olhos tão vazios,

Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,

Tão paradas e frias e mortas;

Eu não tinha este coração

Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

Tão simples, tão certa, tão fácil:

_ Em que espelho ficou perdida

a minha face?

(Cecília Meireles)

AULA 4

ATIVIDADE

Atividade de produção de texto:

Propor aos alunos que escolham uma entre as fotos abaixo e produzam um texto, com

duas versões: no primeiro farão uso de descrição objetiva e no segundo descrição subjetiva.

Os alunos deverão entregar os textos produzidos à professora para correção.

Importante: Professor, estimule seu aluno a usar todos os elementos que compõem o

quadro mostrado na segunda aula.

Page 83: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

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http://blog.verdeflorapaisagismo.com.br/2006/09/18/ola/

Todas as imagens dessa aula estão disponíveis em:http://www.blogdicas.com.br/sites-que-fornecem-imagens-de-bebes/

Avaliação

A avaliação dar-se-á durante todo o processo de ensino-aprendizagem, uma vez que o

professor deverá estar avaliando o aluno em todos os momentos em que estiverem

participando das atividades propostas e, individualmente, por meio da realização da atividade

de produção de texto.

Importante: As produções dos alunos serão corrigidas pelo professor, devolvidas aos alunos

para reescritura e depois, com a autorização dos alunos, expostas no mural da classe ou em

outro local apropriado.

Page 84: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

84

AS VERSÕES DE CHAPEUZINHO VERMELHO: UM TRABALHO DE REESCRITA-Pré ao 9º ano

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino

Componente Curricular

Tema

Ensino Fundamental Inicial Língua PortuguesaLíngua escrita: prática de produção de textos

Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Reconhecer as características dos contos infantis;

Produzir textos;

Estabelecer relação entre as partes lidas das diversas versões do mesmo conto;

Desenvolver a habilidade de revisar textos;

Ler e ouvir uma história;

Interpretar a história.

Duração das atividades: 2 aulas

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Ser leitor e escritor iniciante;

Ter contato com livros infantis.

Estratégias e recursos da aula

1º Atividade

Reúna os alunos em roda e pergunte quem conhece o conto " Chapeuzinho Vermelho".

Solicite àqueles que já conhecem a história e peça que contem a história para os demais. Pode

solicitar aos que já conhecem a história que emitam suas opiniões sobre a história em questão.

Converse com os alunos que existem outras versões do mesmo conto e apresente o livro

abaixo.

Título: Nove Chapeuzinhos

Autor: Flavio de Souza

Editora: Cia. das Letrinhas

Page 85: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

85

Fonte: http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40439

É importante informar que é usual os contos apresentarem, ao longo do tempo,

variações, e que elas podem ocorrer também de uma região para outra, ou de um autor para

outro. Se houver possibilidades, enriquecerá a aula a apresentação de outros livros de

Chapeuzinho Vermelho.

Apresentando as capas, você poderá chamar a atenção da turma como a ilustração da

Chapeuzinho varia de obra para obra, explicando que cada ilustrador dá a interpretação sobre

a personagem, mantendo as características básicas, tais como o capuz vermelho.

2º Atividade

Proponha a construção coletiva da versão da turma para "Chapeuzinho Vermelho".

Lembre-os que uma versão precisa resguardar elementos básicos da história original. Também

chame atenção para os termos característicos do conto, tais como "Era uma vez", " e assim

foram felizes...."

Escreva o texto ditado pela turma, e vá adequando a linguagem oral para a escrita,

destacando os elementos característicos do conto de fadas e aproveitando para discutir as

regularidades e irregularidades ortográficas que surgirem durante a produção textual .

Digite o texto e entregue uma cópia para cada aluno para que eles produzam as

ilustrações e as capas.

Faça uma exposição dos trabalhos para as outras turmas e para os familiares.

Recursos Complementares

Page 86: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

86

Para estudo do professor:

http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/a-reescrita-textos-aprimora-

producao-textual.htm

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/reescrita-percurso-

autoria-497247.shtml

Avaliação

A avaliação deverá ser feita do decorrer do processo , observando como e quais alunos

estão avançado na compreensão da característica do gênero "Contos de Fadas", assim como

na produção e interpretação textual. Avaliar como os alunos interpretaram as diversas versões

do mesmo conto.

Também se deve observar o avanço na compreensão dos modos de falar e modos de

escrever.

REESCRITAS DE HISTÓRIAS CONHECIDAS - FORMANDO ESCRITORES – Pré ao 5º ano

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino

Componente Curricular

Tema

Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Papel da interação entre alunos

Ensino Fundamental Inicial Língua PortuguesaLíngua escrita: prática de produção de textos

Ensino Fundamental Inicial Alfabetização Evolução da escrita alfabéticaEnsino Fundamental Inicial Alfabetização Gêneros de texto

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Estimular a produção de textos em linguagem escrita por meio do ditado ao professor.

Produzir textos orais com base na linguagem escrita de contos.

Recuperar os principais elementos da narrativa com base na linguagem.

Observar algumas regras gramaticais e ortográficas.

Duração das atividades: 4 aulas de 50 minutos cada

Page 87: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

87

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Ser leitor e escritor inicial e conhecer a história da Chapeuzinho Vermelho.

Estratégias e recursos da aula

Recursos da aula:

Vídeo do Youtube ou CD da coleção Disquinho

Uma bola

Papel e material para desenho.

PRIMEIRA ATIVIDADE: ouvindo a história

Inicie a aula mostrando a imagem desta história.

Pergunte aos alunos se conhecem essa história. Como é uma história muito conhecida

certamente seus alunos saberão identificar a história.

Fonte das duas imagens:http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&biw=1247&bih=629&tbs=isch

%3A1&sa=1&q=cole%C3%A7%C3%A3o+disquinho+chapeuzinho+vermelho&btnG=Pesquisar&aq=f&aqi=&aql

=&oq=

Deixe que falem sobre o que sabem sobre a história e depois os leve ao laboratório de

informática da escola e passe o vídeo abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=G_sZZx3Nle4

Esse vídeo foi elaborado a partir da série Disquinho de histórias para crianças.

Outra opção para a aula seria o professor colocar a história para tocar em um aparelho

de som. A série já pode ser encontrada em CDs e comprada em lojas de especializadas ou na

internet em sites de compras.

Deixe que seus alunos assistam ao vídeo duas vezes.

Page 88: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

88

Ainda no laboratório pergunte sobre a história.Inicie uma reconstrução oral da história

com a ajuda de todos os alunos, estimule que todos falem.

Chame a atenção para a forma como a história é contada, sinalize alguns termos

utilizados na história que não usamos frequentemente.

Pergunte se alguma parte da história eles conheciam contada de outra forma.

Após todos estes passos, convide os alunos a ouvirem mais uma vez a história e conte

que vocês vão reescrever a história coletivamente, e que por isso, é muito importante que

prestem a atenção na sequência dos fatos e na forma que acontece a narração.

SEGUNDA ATIVIDADE: Brincadeiras com a história

Após assistirem ao vídeo mais uma vez, volte com sua turma para a roda e faça uma

brincadeira que ajuda na organização os fatos da história.

Fonte: http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&biw=1247&bih=629&tbs=isch%3A1&sa=1&q=batata+quente&btnG=Pesquisar&aq=f&aqi=g2&aql=&oq=

Primeira brincadeira: Batata quente da história

Essa brincadeira é uma variação da conhecida brincadeira "batata quente", mas

adaptada para os nossos objetivos.

O professor organiza a turma em roda e colocar a história para tocar.

Enquanto isso os alunos vão passando a bola.

Quando o professor parar a história, quem está com a bola no colo continua a história

da parte que o professor parou.

Caso não consiga continuar sai do jogo.

A brincadeira prossegue até a história ser toda contada e vence aqueles que ficarem até o final

da história.

Segunda brincadeira: "História rodada"

Page 89: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

89

Como brincar:

A professora entrega uma bola na mão de uma criança e essa começa a contar a

história até onde desejar.

Quando terminar de contar a história passa a bola para o amigo ao lado. O próximo

amigo continua a história da parte que outro terminou, dando continuidade a história.

É importante lembrá-los que cada um deve contar somente uma parte da história, não

pode ser a história toda. Caso o amigo que recebeu a bola não se lembre da história para

continuar poderá passar a bola para o amigo ao lado. O importante é a história não parar.

Caso a história termine antes de todos participarem deverá ser contada mais uma vez

até que todos participem.

Mesmo com a opção de passar a bola quando não conseguir contar, é importante o

professor estimular que todos contem um pedacinho pequeno da história.

As duas brincadeiras sugeridas para a aula ajudam na organização dos fatos da história

preparando para a reescrita e também facilita que crianças mais tímidas consigam se

expressar.

Cada brincadeira deverá ser feita em um dia para não ficar cansativo, mas sim

conquistar o objetivo de tornar a história cada vez mais conhecida das crianças.

TERCEIRA ATIVIDADE: desenho

Organize a turma em grupos de quatro crianças e peça que cada grupo conte a história

utilizando o desenho.

Oriente que cada parte da história pode ser representada por uma cena.

Lembre-os de como no vídeo as partes da história são contadas através de desenhos.

Caso ache necessário passe o vídeo mais uma vez.

Quando todos os grupos terminarem peça que apresentem a história para a turma

apoiados nos desenhos.

QUARTA ATIVIDADE: reescrita – 4º ao 6º ano

Todas as atividades propostas na aula tiveram como objetivo tornar o texto da história

bem conhecido das crianças para prepará-los para reescrita.

Esta sendo a primeira reescrita de um texto oral que a turma vai fazer é importante que

o professor seja o escriba do grupo, deixando claro para os alunos que eles é que são os

autores da reescrita e que você será quem vai escrever o que eles disserem.

Page 90: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

90

No entanto é fundamental que os ajude transformando a fala dos alunos em um texto,

mostrando que ao escrever fazemos de forma diferente da fala.

O professor deve fazer intervenções quando o aluno disser, por exemplo:

"Aí o lobo comeu ela".

O professor pergunta para turma?

Como vocês acham que podemos escrever essa parte da história de uma forma que o

leitor compreenda?

Após terminar um parágrafo o professor deve ler para os alunos o que já foi escrito e

verificar se falta alguma informação.

Nessa leitura deverá ser analisado o uso de palavras repetidas e o professor como

escritor mais experiente pode sugerir a troca dessas palavras para o texto ficar mais "bonito".

Deixando que a turma faça sugestões.

Durante a escrita o professor deverá colocar os pontos e ir explicando de forma

simples o motivo do uso de cada pontuação.

Os alunos ficam encantados com a utilização da pontuação e como isso é visto no

texto conforme a necessidade de uso, e passam a utilizar em suas próximas produções

individuais.

Faça a reescrita em duas aulas, pois como a cada parágrafo o professor revê o texto e

busca sugestões dos alunos, o trabalho fica extenso e se feito tudo em um só dia acaba ficando

cansativo perdendo a função de uma relação de prazer com a escrita.

Após terminar toda a reescrita faça uma leitura total do texto para o grupo.

Caso o texto de sua turma fique muito extenso, leve-o para digitar e traga no outro dia

para ler para turma e colocá-lo no mural junto com os desenhos da história produzidos pelos

grupos.

QUINTA ATIVIDADE: Finalizando a aula

Volte para uma roda com seus alunos e pergunte o que acharam de transformar em

texto escrito uma história ouvida?

O que eles aprenderam?

Pergunte também se conseguiriam reescrever outras histórias?

A partir desta conversa o professor poderá propor um projeto de reescrita das histórias

preferidas da turma. Da coletânea dessas histórias pode surgir um livro como produto final.

Page 91: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

91

Recursos Complementares

No link abaixo do youtube o professor encontra várias histórias da coleção disquinho

que poderá utilizar em outras aulas de reescrita.

http://www.youtube.com/results?search_query=Cole%C3%A7%C3%A3o+disquinho&aq=f

No site da revista Nova Escola o professor encontra uma matéria que trata sobre o

trabalho de reescritas de textos conhecidos, trazendo outras sugestões e explicações sobre o

tema. Uma boa leitura para o professor se aprofundar no assunto.

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/ler-escrever-verdade-

423581.shtml

Avaliação

A avaliação deverá ocorrer durante toda a aula onde o professor poderá observar se os

alunos sentiram-se estimulados para a produção de textos em linguagem escrita e

conseguiram produzir textos a partir da linguagem oral, recuperando os principais elementos

da narrativa com base na linguagem.

Nas atividades de produção de texto o professor deverá observar se os alunos

conseguiram observar algumas regras gramaticais e ortográficas e fizeram uso destas

informações.

REESCRITAS DE LENDAS INDÍGENAS – Pré ao 9º ano

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino

Componente Curricular

Tema

Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura

Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: usos e formas

Ensino Fundamental Inicial Língua PortuguesaLíngua escrita: prática de produção de textos

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Page 92: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

92

Reconhecer a diversidade de grupos indígenas da América Latina;

Comparar o próprio modo de vida com o de crianças indígenas;

Expandir a competência de produzir textos em função do objetivo e do leitor a que se

destina, considerando as características específicas do gênero.

Reconhecer e valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa

para construção coletiva do conhecimento

Duração das atividades:4 aulas

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Ler leitor e escritor iniciante

Estratégias e recursos da aula

1ª ATIVIDADE

Reunir os alunos em roda e perguntar o que eles sabem sobre os índios, seus hábitos e

costumes.

Anotar as respostas no blocão.

2º ATIVIDADE

Expor imagens sobre os índios e seus costumes.

Exemplo:

Page 93: Sugestões de Atividades para Desenvolver a Leitura e a

93

Fonte das Imagens:http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&rls=com.microsoft

%3Apt-br%3AIE-SearchBox&rlz=1I7GFRE_pt-BR&biw=1003&bih=493&tbs=isch

%3A1&sa=1&q=indios+brasileiros&btnG=Pesquisar&aq=f&aqi=g1&aql=&oq=

Solicite que observem as fotos, e em dupla, escolham uma e escrevam uma legenda

para a foto.

Lembre-os qual é a função do texto legenda: " Legendas são os textos que aparecem

imediatamente abaixo ou ao lado (ou ainda, mais raramente, acima) de uma fotografia,

identificando-a, contextualizando-a e acrescentando alguma informação ."

Circule pela sala tirando dúvidas, propondo reflexão sobre aspectos gramaticais,

mediando às conversas entre as duplas.

Quando todas as legendas estiverem prontas, organize-os para que cada dupla possa

justificar a escolha da foto e ler sua produção textual.

Monte um mural com as fotos e as legendas.