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Estresse no Trabalho DR. ANTONIO RICARDO NAHAS

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Health & Medicine


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Estresse no TrabalhoDR. ANTONIO RICARDO NAHAS

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O que é o estresse?

As primeiras referências à palavra “stress”, com significado de “aflição” e “adversidade”, datam do século XIV.

No século XVII, o vocábulo de origem latina passou a ser utilizado em inglês para designar “opressão”, “desconforto” e “adversidade”.

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O que estas imagens têm em comum?

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A Borboleta

Podemos evitar o estresse?

“Não podemos e não devemos evitá-lo. Segundo os especialistas, ausência de estresse é morte. Cientistas na França fizeram experimentos com lagartas de borboletas, retirando cuidadosamente as camadas externas de seus casulos para ver se aceleravam o tempo até a borboleta emergir. Não só as borboletas não saíam mais rapidamente, como elas jamais saíam. Morriam todas! Eles se deram conta de que lutar para sair do casulo estimulava a secreção de certas enzimas no corpo da lagarta para finalmente torná-la uma borboleta. Sabe-se também que estudantes cujo organismo secreta mais adrenalina durante as provas obtêm melhores notas. Mas existe estresse bom e estresse ruim. O que se busca é o bom.”

Susan Andrews

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Tipos

Estresse positivo (eustress): tensão com equilíbrio entre esforço, tempo, realização e trabalho;

Estresse negativo (distress): tensão com rompimento do equilíbrio biopsicossocial por excesso ou falta de esforço, incompatível com tempo, resultado e realização.

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Como Transformar o estresse em algo favorável?

Segundo a neurociência, nossos estados emocionais são acompanhados por reações das moléculas de emoção: os neurotransmissores e os hormônios.

Em cada célula do corpo há inúmeros receptores para essas substâncias. Numa situação de curto prazo, a adrenalina mobiliza a reação de lutar ou fugir. Ela gera uma disposição proativa, ajuda a mente a ganhar foco e reforça o sistema imune.

O estresse se torna ruim quando é de longo prazo e sem pausa para recuperação ou quando a pessoa reage de forma hostil às situações. Nos dois casos, a adrenalina não é suficiente e o corpo precisa secretar cortisol. Em excesso, ele é um veneno para o organismo, pois enfraquece o sistema imunológico e causa a morte de células cerebrais.

Está diretamente ligado à violência e num estado de raiva, o corpo libera 40 vezes mais cortisol que o normal. Quem vive com altos níveis de cortisol tem cinco vezes mais chances de morrer precocemente.

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SAG: Síndrome Geral da Adaptação

Hans Selye, médico endocrinologista, fez estudos sobre o estresse na área da saúde;

SAG é o conjunto de todas as reações gerais do organismo que acompanham a exposição prolongada do estressor”.

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Estágios:

1ª- FASE DE ALARME:

O organismo tem uma excitação de agressão ou de fuga ao estressor, que pode ser entendida como um comportamento de adaptação.

Nos dois casos, reconhece-se uma situação de reação saudável ao estresse, porquanto possibilita o retorno à situação de equilíbrio após a experiência estressante.

Essa fase é caracterizada por alguns sintomas:

taquicardia, tensão crônica, dor de cabeça, sensação de esgotamento, pressão no peito, extremidades frias, dentre outros.

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2ª- FASE DE RESISTÊNCIA:

Havendo persistência da fase de alerta, o organismo altera seus parâmetros de normalidade e concentra a reação interna em um determinado órgão-alvo, desencadeando a Síndrome de Adaptação Local (SAL).

Nessa fase, ocorre a manifestação de sintomas da esfera psicossocial como ansiedade, medo, isolamento social, roer unhas, oscilação do apetite, impotência sexual e outros.

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3ª- FASE DE EXAUSTÃO: O organismo encontra –se extenuado pelo excesso de atividades e pelo alto consumo de energia.

Ocorre, então, a falência do órgão mobilizado na SAL, o que se manifesta sob a forma de doenças orgânicas.

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Os sinais e sintomas que ocorrem com maior frequência de nível físico são: aumento da sudorese, tensão muscular, taquicardia, hipertensão, aperto da mandíbula, ranger de dentes, hiperatividade, náuseas, mãos e pés frios.

Em termos psicológicos, vários sintomas podem ocorrer tais como: ansiedade, tensão, angústia, insônia, alienação, dificuldades interpessoais, dúvidas quanto a si próprio, preocupação excessiva, inabilidade de concentrar-se em outros assuntos que não o relacionado ao estressor, dificuldade de relaxar, ira e hipersensibilidade emotiva.

Obs. Sete em cada dez brasileiros relatam estresse no trabalho. Destes, quatro desenvolvem a síndrome de Burnout caracterizada por esgotamentos físico e mental.

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Assédio Moral

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Causas do estresse no trabalho

Altas cargas de trabalho; Cargas de trabalho insuficientes. O colaborador se sente subutilizado; Falta de controle sobre as atividades; Bullying ou perseguição; Falta de ajuda interpessoal podendo levar a uma sensação de isolamento; Ambiente de trabalho com deficiências de iluminação, excessos de calor ou de

frio, barulho, assentos poucos confortáveis, equipamentos que não funcionam e etc.

Obs. Ter que trabalhar sob pressão é a principal causa do estresse no trabalho.

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Estresse Cibernético

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“Technoestress”

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O inimigo está dentro?

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Atitude

A velha noção de que situações específicas são estressantes por si mesmas tem sido contrariada por novas pesquisas, que mostram que esse estresse não é algo de fora.

A reação do nosso corpo depende muito mais das avaliações que fazemos de um determinado evento da vida.

Tudo depende da maneira como interpretamos e nos relacionamos com o mundo ao redor.

Você é o tipo A?

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Tipo A

Sempre com pressa, fazendo várias coisas ao mesmo tempo;

Altamente competitivo e hostil.

Propenso à ataques cardíacos.

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Personalidade Resistente ao Estresse

As mudanças são desafios e não ameaças; Otimistas; Fracassos não , lições. Dedicação a uma meta maior;

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Qual a diferença entre o carvão e o diamante?

O diamante foi mais pressionado! O problema não é o fato que causa o estresse, mas a maneira como

nós respondemos à ele.

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As defesas do ego

Que projeções eu faço?

Que expectativas crio?

O que idealizo?

O que escondo de mim mesmo (sombra)?

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É preciso ser uma pessoa zen para não reagir as emoções negativas?

Precisamos treinar para não alimentar essas emoções. O problema não é a causa do estresse - colegas de trabalho antipáticos, problemas em casa, falta de dinheiro, mas a nossa reação a ela. Simplesmente recordar durante cinco minutos uma situação de raiva ou hostilidade pode causar a secreção excessiva de cortisol. Isso baixa o nosso sistema imune por seis horas.

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E o que fazer para baixar as taxas de cortisol?

Há técnicas naturais que ajudam a manter as suprarrenais sob controle, recondicionando-as para que não secretem esse hormônio em excesso.

SPA no trabalho:Realizar, por alguns minutos e várias vezes ao dia, a técnica da respiração

diafragmática. Quando o diafragma é mobilizado na respiração, estimula o sistema nervoso parassimpático, que produz a 'Resposta de Relaxamento', oposta à 'Resposta do Estresse'.

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Sugestões: A primeira é fazer pequenas pausas ao longo do dia para respiração

diafragmática (pode ser em qualquer lugar: na mesa de trabalho ou até parado no trânsito). É preciso imaginar que ao inspirar absorvemos energia para as células e ao expirar liberamos o cansaço e as toxinas.

A segunda é indicada para momentos de estresse ou conflito: devemos focar no coração e respirar, sentindo a força do amor e da compreensão, que pode superar qualquer onda negativa.

A terceira é procurar qualquer oportunidade de servir alguém, porque esta é uma das formas mais nobres de evolução pessoal e de saúde física.

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Como ativar a resposta de relaxamento?

Para aprender a ativar a "resposta de relaxamento", nós precisamos ser capazes não apenas de ativar o sistema nervoso parassimpático, mas simultaneamente, de diminuir o nível de hormônios de estresse que, em altas concentrações, são um tipo de auto envenenamento.

Indicações: yoga, acupuntura, relaxamento, meditação, atividades físicas e psicoterapia.

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Uma das práticas mais eficazes para estimular a "resposta de relaxamento" e aliviar o estresse é o relaxamento profundo, desenvolvido por antigos sábios ao observarem o sono restaurador dos animais hibernantes.

A meditação alivia o estresse e energiza porque ajuda no revigoramento do sistema nervoso, diminuindo rapidamente a secreção dos hormônios do estresse.

Finalmente, o alimento que ingerimos afeta tremendamente o nosso nível de estresse. Devemos evitar uma dieta rica em gordura animal (carne, peixe, ovos).

O excesso de colesterol desses alimentos, combinado com o excesso de colesterol liberado pelo fígado [...] pode formar placas de gordura e provocar arteriosclerose, hipertensão e ataque cardíaco.

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As Patologias do Tempo: Cronos ou Kairós?

Cronos: o que se produz no tempo. É o tempo quantitativo, da produção, medido com as batidas do relógio. Tempo sem experiência. Presente perpétuo carente de recordação. Um presente vazio. Tempo linear e acelerado e vazio. O tempo vivido nas grandes metrópoles.

Kairós: o que se obtém do tempo. É o tempo qualitativo dos significados, dos valores e sentidos, medido com as batidas do coração. O tempo das experiências (sair de um perímetro) ou da ampliação da consciência (o tempo que pode nos transformar). Atravessar o desconhecido para ampliar as percepções.

Obs. Kairós é uma palavra de origem grega, que significa "momento certo" ou "oportuno", relativo a uma antiga noção que os gregos tinham do tempo.

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Patologias do tempo monótono e vazio:

Tédio e monotonia; Vida mecânica sem sacralidade; A perda do otimismo; Melancolia (o tempo do luto, de onde surge a idéia de matar o tempo, de preenchê-lo com coisas vazias –

o tempo das distrações e não do lazer); Estresse; Drogas, obesidade, guerras; Depressão.

Obs. Precisamos resgatar a capacidade de dar sentido às ações.

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A Melancolia é Alada?

Melancolia: o desinteresse pelo que explica o mundo e dá sentido para as coisas.

O tédio como diminuição do sentido da vida e do sentido do mundo. Mundo esvaziado.

Monotonia: tempo como inferno. O tempo das banalidades.

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A Perda do Otimismo

O Otimismo é a forma mais perfeita e generosa da inteligência” – Domenico de Masi;

“Se teus olhos estiverem cheios de luz, todo o universo se iluminará” – Jesus Cristo;

Como eu percebo mundo?

Como vivo a temporalidade?

O que faço com o tempo livre?

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O estresse: falta ou excesso?

A perda da capacidade de sacralizar a vida é o grande produtor de estresse; Precisamos resgatar a capacidade de sacralizar cada instante, executando tarefas

preenchidas de significados; A vida espiritual (não religiosa) enquanto vida dotada de significados mais

profundos; Dar a cada ação um sentido maior (inteligência noética); Transformar o tempo livre em tempo criativo e não apenas no tempo da

distração.

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No Cronos, o estresse é o efeito do excesso do tempo sem experiência;

No Kairós, o estresse é o efeito da falta do tempo da experiência.

A incapacidade de tolerar as frustrações vem da dificuldade de dotar a vida de significados e valores mais profundos. Essas incompetências podem ser as verdadeiras fontes internas do estresse.

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Grato pela AtençãoFeliz Kairós