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STATUS SANITÁRIO DOS ANIMAIS DE LABORATÓRIO E PRINCIPAIS DOENÇAS DE INTERESSE EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO Luisa Macedo Braga

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STATUS SANITÁRIO DOS ANIMAIS DE

LABORATÓRIO E PRINCIPAIS DOENÇAS DE

INTERESSE EM ANIMAIS DE LABORATÓRIO

Luisa Macedo Braga

Classificação SanitáriaFundamentos

Microbiota Ambiente“O conjunto deorganismos(bactérias, fungos,vírus e parasitos)

“A complexidade eeficiência das barreirassanitárias na manutençãode condições propíciaspara alojamento de

vírus e parasitos)associados aosanimais.”

para alojamento deespécies animais

Barreira Sanitária

• É um sistema que combina aspectosconstrutivos, equipamentos e métodosoperacionais que buscam estabilizar ascondições ambientais das áreascondições ambientais das áreasfechadas e restritas, e minimizar aprobabilidade de patógenos e outrosorganismos indesejáveis contatarem ouinfectarem a colônia de animaisInstitute for Laboratory Animal Resources -

ILAR, 1976

Classificação Sanitária

GnotobióticoMonoxênicoDixênicoPolixênico

Axênico AxênicoMaior

Qualidade

Convencional

ConvencionalControlado

SPF

Holoxênico

Heteroxênico

Holoxênico

MenorQualidade

Padrão Sanitário de Animais de Laboratório

ConvencionalControladoSPFGerm-free GnotobióticoMaior

Qualidade

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOSTATUS

STATUSSANITÁRIO

SANITÁRIO

GERMGERM--FREEFREETotalmente livre de germes Totalmente livre de germes

São usados no estudo da investigação de São usados no estudo da investigação de probióticosprobióticos

CRIADOS COM BARREIRAS ABSOLUTASCRIADOS COM BARREIRAS ABSOLUTASÉ a origem do É a origem do GnotobióticoGnotobiótico

STATUS

STATUS

Possuem alterações intestinais em relação Possuem alterações intestinais em relação aos roedores de diferentes status sanitários:aos roedores de diferentes status sanitários:

•• Paredes mais finasParedes mais finas••Diminuição na lâmina própria e superfície mucosaDiminuição na lâmina própria e superfície mucosa

••Trânsito intestinal lentoTrânsito intestinal lento••Maior absorção de glicoseMaior absorção de glicose

••Menor ou quase nenhuma alteração nos níveis de colesterolMenor ou quase nenhuma alteração nos níveis de colesterol

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOSTATUS

STATUSSANITÁRIO

SANITÁRIO

GNOTOBIÓTICOSGNOTOBIÓTICOS

GNOTO = GNOTO = CONHECERCONHECER

BIOTA = BIOTA = VIDAVIDA

STATUS

STATUS

BIOTA = BIOTA = VIDAVIDA

CRIADOS COM BARREIRAS ABSOLUTASCRIADOS COM BARREIRAS ABSOLUTASMICROBIOTA ASSOCIADA DEFINIDAMICROBIOTA ASSOCIADA DEFINIDA

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOSTATUS

STATUSSANITÁRIO

SANITÁRIO

GNOTOBIÓTICOSGNOTOBIÓTICOS

--Mono, di ou Mono, di ou polixênicopolixênico;;

--Animal GF intencionalmente contaminadoAnimal GF intencionalmente contaminadocom microorganismos ou parasitos com microorganismos ou parasitos especíespecí--

FLORA DEFINIDA (FD)FLORA DEFINIDA (FD)

STATUS

STATUS

com microorganismos ou parasitos com microorganismos ou parasitos especíespecí--ficosficos;;

--Mantidos em barreiras restritas;Mantidos em barreiras restritas;

--Suscetibilidade à infecção experimental.Suscetibilidade à infecção experimental.

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOSTATUS

STATUSSANITÁRIO

SANITÁRIO

LIVRES DE GERMES PATOGÊNICOSLIVRES DE GERMES PATOGÊNICOSESPECÍFICOS (SPF)ESPECÍFICOS (SPF)

--HeteroxênicosHeteroxênicos;;

--MicrobiotaMicrobiota incapaz de determinar doenças;incapaz de determinar doenças;

STATUS

STATUS

--Obtidos e mantidos livres de contaminantes Obtidos e mantidos livres de contaminantes específicos;específicos;

--Mantidos em ambiente estéril;Mantidos em ambiente estéril;

--Respostas confiáveis e seguras ao pesquisador.Respostas confiáveis e seguras ao pesquisador.

CLASSIFICAÇÃOCLASSIFICAÇÃOSTATUS

STATUSSANITÁRIO

SANITÁRIO

CONVENCIONAISCONVENCIONAIS

--MicrobiotaMicrobiota indefinida;indefinida;

--Mantidos em ambientes desprovidos de barMantidos em ambientes desprovidos de bar--reirasreiras sanitárias rigorosas;sanitárias rigorosas;

STATUS

STATUS

--Utilizados em todo tipo de pesquisa, sempre Utilizados em todo tipo de pesquisa, sempre devendo ser salientado o risco do uso...devendo ser salientado o risco do uso...

Classificação sanitáriaTerminologia empregada em alguns países

PaísPaís

Brasil Axênico Gnotobiótico SPF Convencional

controlado

Convencional

EUAEUA AxenicAxenic GnotobioticGnotobiotic DefinedDefined BarrierBarrier SPFSPF MonitoredMonitored ConventionalConventionalEUAEUA AxenicAxenic GnotobioticGnotobiotic DefinedDefined

microbiallymicrobially

associatedassociated

BarrierBarrier

maintainedmaintained

SPFSPF MonitoredMonitored ConventionalConventional

ArgentinaArgentina AxénicoAxénico GnotobiotesGnotobiotes SPFSPF ConvencionalConvencional

InglaterraInglaterra ��������

��

�������� ������ ���� ��

SPF: Livre de patógenos específicos- Specific Pathogen Free –Libres de patógenos específicos

• Isento de...Camundongo SPF

14

10

Padrão sanitário nos artigos...

Monitoramento Sanitário

Prevalência de viroses em colônias de camundongos

Laboratory Animal Science, v. 46, n. 5, p. 582-584, 1996.

Prevalência de viroses em colônias de camundongosPrevalência de viroses em colônias de camundongos

Laboratory Animal Science, v. 46, n. 5, p. 582-584, 1996.

Prevalência de parasitos em colônias de ratosPrevalência de parasitos em colônias de ratos

Prevalência de parasitos em colônias de camundongosPrevalência de parasitos em colônias de camundongos

• Métodos de Exploração Clínica – Inspeção Direta e Indireta– Palpação

Métodos de Exploração Clínica na Clínica de Roedores e Lagomorfos

– Palpação– Exames de Laboratório

Ectoparasitismo

Poliplax spinulosa – material: pelo Animal: Rato

Ectoparasitismo

COCCIDIOSE HEPÁTICA EM COELHOSagente Eimeira stidae

Micoplasmose murina

Macroscopicamentenormal

Possíveis conseqüências da presença de Possíveis conseqüências da presença de agentes infecciosos para animais agentes infecciosos para animais

experimentais:experimentais:

1. Surto de infecções eventualmente com mortes

2. Perigo para o pesquisador, se o agente for zoonótico2. Perigo para o pesquisador, se o agente for zoonótico

3. Redução de tempo de vida dos animais

4. Aumento da variabilidade individual

5. Impacto nos parâmetros fisiológicos

6. Modulação da oncogênese

Complicações nos Experimentos causados Complicações nos Experimentos causados por agentes infecciosos na ausência de por agentes infecciosos na ausência de

sinais clínicos;sinais clínicos;

1. Mudanças de comportamento

2. Diminuição do ganho de peso2. Diminuição do ganho de peso

3. Redução da expectativa devida (taxa tumores)

4. Contaminação de amostras e/ou de tecidos(transplantes,

anticorpos monoclonais, células)

5. Redução das taxas reprodutivas

Recomendações de Monitoramento Recomendações de Monitoramento sanitário sanitário

OBSERVAÇÃO

Recomendações de Monitoramento Recomendações de Monitoramento sanitário sanitário

Observações Clínicas Iniciais

1. Olhar condições ambientais da caixada caixa2. Abrir a caixa3. Olhar água e comida4. Olhar paredes e a cama5. Olhar comportamento e atitude6. Segurar o animal7. Olhar o dorso8. Olhar o abdômen9. Observas as extremidades

Handbook of Clinical Signs- Charles River

Observação Diária

• Na caixa:

– Movimento• Se o animal está andando, olhar como é o movimento e se possui alguma lesão visível

– Condições do pelo, mucosas e postura – Condições do pelo, mucosas e postura corporal

• Se notar alguma alteração, abrir a caixa para observar

– Condições da Caixa• Verificar a presença de sangue ou fezes amolecidas na caixa

Se o animal está dormindo, o que fazer??

Recomendações de Monitoramento Recomendações de Monitoramento sanitário sanitário

Observações Clínicas Iniciais

1. Espécie, linhagem, idade ou peso, sexo, e histórico do animal, se conhecido1. Espécie, linhagem, idade ou peso, sexo, e histórico do animal, se conhecido2. Observação própria3. Onde, no animal, está a anormalidade4. O tamanho do achado anormal ou a descrição do mesmo5. Duração 6. Presença do mesmo sinal clínico em outros animais

RoedoresRoedores SaudáveisSaudáveis

Doenças mais comuns de RoedoresDoenças mais comuns de Roedores

Alopecia

Doenças mais comuns de RoedoresDoenças mais comuns de Roedores

Má oclusão

Doenças mais comuns de RoedoresDoenças mais comuns de Roedores

Dermatite

Doenças mais comuns de RoedoresDoenças mais comuns de Roedores

Briga

Doenças mais comuns de RoedoresDoenças mais comuns de Roedores

Mutação de pelagem

Doenças mais comuns de RoedoresDoenças mais comuns de Roedores

Alteração de crescimento

Doenças mais comuns de RoedoresDoenças mais comuns de Roedores

Dieta

Doenças mais comuns de RoedoresDoenças mais comuns de Roedores

Ambiente Seco

Sintomas de Dor Específicos

das Espéciesdas Espécies

Obrigado!!!

Contato

E-mail:[email protected]

http://www.ufrgs.br/bioterio