startups investidor anjo aceleradora e incubadora

5
Start ups, Investidor-anjo, Aceleradoras e Incubadoras [1] Afinal, o que é uma startup? Respondido por Yuri Gitahy, especialista em startups São Paulo - Tudo começou durante a época que chamamos de bolha da Internet, entre 1996 e 2001. Apesar de usado nos EUA há várias décadas, só na bolha ponto-com o termo "startup" começou a ser usado por aqui. Significava um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro. Além disso, "startup" sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento. O que os investidores chamam de startup? Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos: - Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo - ou ao menos se provarem sustentáveis. - O modelo de negócios é como a startup gera valor - ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca - e esse modelo também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador - e por isso aumenta suas chances de gerar lucro. - Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesmo unidade de DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view - o mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do produto ou no aumento

Upload: claudio-gusmao

Post on 10-Apr-2016

216 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Glossário

TRANSCRIPT

Start ups, Investidor-anjo, Aceleradoras e Incubadoras

[1] Afinal, o que é uma startup?

Respondido por Yuri Gitahy, especialista em startups

São Paulo - Tudo começou durante a época que chamamos de bolha da Internet, entre 1996 e 2001. Apesar de usado nos EUA há várias décadas, só na bolha ponto-com o termo "startup" começou a ser usado por aqui. Significava um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro. Além disso, "startup" sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento.

O que os investidores chamam de startup? Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos: - Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo - ou ao menos se provarem sustentáveis. - O modelo de negócios é como a startup gera valor - ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca - e esse modelo também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador - e por isso aumenta suas chances de gerar lucro. - Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesmo unidade de DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view - o mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do produto ou no aumento

significativo do custo por cópia vendida. - Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza.

Os passos seguintes É justamente por esse ambiente de incerteza (até que o modelo seja encontrado) que tanto se fala em investimento para startups - sem capital de risco, é muito difícil persistir na busca pelo modelo de negócios enquanto não existe receita. Após a comprovação de que ele existe e a receita começar a crescer, provavelmente será necessária uma nova leva de investimento para essa startup se tornar uma empresa sustentável. Quando se torna escalável, a startup deixa de existir e dá lugar a uma empresa altamente lucrativa. Caso contrário, ela precisa se reinventar - ou enfrenta a ameaça de morrer prematuramente.

Startups são somente empresas de internet? Não necessariamente. Elas só são mais frequentes na Internet porque é bem mais barato criar uma empresa de software do que uma de agronegócio ou biotecnologia, por exemplo, e a web torna a expansão do negócio bem mais fácil, rápida e barata - além da venda ser repetível. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores com uma patente inovadora pode também ser uma startup - desde que ela comprove um negócio repetível e escalável.

Yuri Gitahy é investidor-anjo, conselheiro de empresas de tecnologia e fundador da Aceleradora, que apoia startups com gestão e capital semente

Envie suas dúvidas sobre startups para [email protected]. Startup significado

Startup significa o ato de começar algo. Empresas startup são empresas jovens e extremamente inovadoras em qualquer área ou ramo de atividade, que procuram desenvolver um modelo de negócio escalável e repetível.

Um modelo de negócio é a forma como a empresa gera valor para os clientes. Um modelo escalável e repetível significa que, com o mesmo modelo econômico, a empresa vai atingir um grande número de clientes e gerar lucros em pouco tempo, sem haver um aumento significativo dos custos.

O termo startup para designar empresas recém-criadas e rentáveis começou a ser popularizado nos anos 1990, quando houve a primeira grande bolha da internet. Muitos empreendedores com ideias inovadoras e promissoras, principalmente associadas à tecnologia, encontraram financiamento para os seus projetos, que se mostraram extremamente lucrativos e sustentáveis.

Naquele período, grande parte da explosão de empresas startup surgiu no Vale do Silício (Silicon Valley), uma região da Califórnia, Estados Unidos, de onde saíram empresas como Google, Apple Inc., Facebook, Yahoo!, Microsoft, entre outras. Todas essas empresas são exemplos de startup que hoje estão fortemente solidificadas e são líderes nos seus setores de atuação no mercado.

Contudo, os empreendedores devem ter em mente que a fase inicial de uma startup é sempre marcada por um cenário de incertezas. Algumas ideias aparentemente rentáveis podem se revelar inaplicáveis.

[2] Aceleradora e incubadora, diferenças Primeira turma de empreendedores de startups a ser acelerada na Acelera MGTI

No Brasil, já existem aproximadamente 400 incubadoras de empresas de base tecnológica (de acordo com a Anprotec), desde a década de 1980. A entidade mineira Fumsoft, por exemplo, já existe há 20 anos já atendeu em torno de 250 startups em seus programas de incubação, pré-incubação e outros.

Por outro lado, o movimento de aceleradoras é muito mais recente e tem uma abordagem diferente. Ao invés de focar em condições especiais para o desenvolvimento de um produto, uma aceleradora busca intensificar as relações de mercado para a comercialização de um produto. Os métodos utilizados por incubadoras e aceleradoras também costumam ser diferentes. A primeira aceleradora, Y Combinator, surgiu nos Estados Unidos em 2005, e desde então diversas cidades em diversos países e continentes já contam com aceleradoras. No Brasil, a primeira a oferecer o modelo de aceleração, a Aceleradora, iniciou em 2008. Em , 2011, outras começaram a surgir no nosso país.

Atualmente, 9 aceleradoras brasileiras integram o Start-Up Brasil, mas existem mais aceleradoras em diferentes regiões do Brasil, e não apenas em capitais. Para entender melhor como funciona uma aceleradora, em comparação a uma incubadora, conversamos com Felipe Byrro, COO da Acelera MGTI, aceleradora sediada em Belo Horizonte (MG) e integrante do Start-Up Brasil.

As diferenças entre incubação e aceleração

Felipe Byrro ajudou a compilar uma série de comparativos entre uma aceleradora e uma incubadora. Confira:

1) As incubadoras, em geral, não investem dinheiro na startup nem pegam participação societária, enquanto as aceleradoras investem e pegam participação. No caso da Acelera MGTI, a participação vai de 4% a 20%, caso a startup opte por outros serviços opcionais;

2) Na incubadora, as empresas em média as empresas podem ficar até 2 ou 3 anos. Na aceleradora, a ideia é trabalhar o máximo possível durante 6 meses (mas tem algumas cujo processo dura um pouco mais);

3) Na incubadora, os 5 eixos são trabalhados por consultores pontualmente alocados para cada coisa. Na aceleradora, a ideia é uma rede estendida de mentores;

4) A aceleradora também tem um viés de sucesso econômico. Seleciona-se empresas que ao menos tenham um produto em fase de comercialização. A Acelera MGTI acabou tendo um foco maior – mas não restritivo – em negócios b2b (entre empresas, não diretamente com um consumidor final). O objetivo é ganhar o mercado rapidamente ou pivotar.

A Acelera MGTI é executada pela Fumsoft, mas faz parte de uma iniciativa maior chamada de MGTI 22, da qual participam também as entidades Assespro MG, Sucesu Minas e Sindinfor. Ontem foi o primeiro dia de aceleração, e consistiu em apresentações feitas pelas startups (pitches) perante convidados das quatro entidades, mais autoridades municipais e estaduais e outros convidados.

Fonte: start up Brasil, 25/09/2013

http://startupbrasil.mcti.gov.br/diferencas-entre-incubacao-e-aceleracao/

[3] Investidor-Anjo

O Investimento-Anjo é originário dos EUA, aonde é conhecido como Angel Investor ou Business Angel, apresentando as seguintes características: 1. É efetivado por pessoa física (que pode investir através de uma PJ, mas com recursos e trabalho próprios; não de terceiros*). 2. Investe em empresas nascentes (startups), próximas aonde reside, para poder apoiá-las. 3. Tem normalmente uma participação minoritária no negócio. 4. Não tem posição executiva na empresa, mas apóia o empreendedor com seu conhecimento, experiência e relacionamento, além dos recursos financeiros. O que é conhecido como smart-money. *O Investimento com recursos de terceiros é chamado de "gestão de recursos". É efetivado por fundos de investimento e similares, sendo uma modalidade importante e complementar a de Investimento-Anjo, é normalmente aplicado em aportes subsequentes. O Investidor-Anjo é normalmente um (ex-)empresário/empreendedor ou executivo que já trilhou uma carreira de sucesso, acumulando recursos suficientes para alocar uma parte (normalmente entre 5% a 10% do seu patrimônio) para investir em novas empresas, bem como aplicar sua experiência apoiando a empresa. Importante observar que diferentemente que muitos imaginam, o Investidor-Anjo normalmente não é detentor de grandes fortunas, pois o investimento-anjo para estes seria muito pequeno para ser administrado. Importante observar que o investimento-anjo não é uma atividade filantrópica e/ou com fins puramente sociais. O Investidor-Anjo tem como objetivo aplicar em negócios com alto potencial de retorno, que consequentemente terão um grande impacto positivo para a sociedade através da geração de oportunidades de trabalho e de renda. O termo "anjo" é utilizado pelo fato de não ser um investidor exclusivamente financeiro que fornece apenas o capital necessário para o negócio, mas por apoiar ao empreendedor, aplicando seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamento para orientá-lo e aumentar suas chances de sucesso. O investimento-anjo em uma empresa é normalmente feito por um grupo de 2 a 5 investidores, tanto para diluição de riscos como para o compartilhamento da dedicação, sendo definido para cada negócio 1 ou 2 como investidores-líderes, para agilizar o processo de investimento. Para conhecer com mais detalhes sobre Investimento-Anjo, veja o livro "Investidor-Anjo - Guia Prático para Empreendedores e Investidores". Para conhecer em que tipo/requisitos do negócio se enquadram em investimento-anjo, veja Como Obter Investimento-Anjo. Veja os vídeos abaixo para conhecer melhor o que é um investidor-anjo e depois clique aqui para ver a Apresentação de Introdução ao Investimento-Anjo.

http://www.youtube.com/watch?v=Nexj0brq4Lk

http://www.youtube.com/watch?v=Ld5JpU8vyrM