ss magazine 01
DESCRIPTION
SS Magazine number 01, complete for view or download.TRANSCRIPT
OPALA SS V8Um clássico impecável com direitoa preparação de ponta no motor V8
VECTRA GTXAvaliamos o novo lançamento da Chevrolet
e nos supreendemos com os resultados
CHEVROLET VOLT
Proposta de um carro inovador e ecológico
é a aposta da montadora para o futuro
MALIBU CUSTOM
Clássico sedan 1969 recebe rodas aro 20”,
pintura especial e motor V8 305 de Camaro
96 ANOS DECHEVROLET
A história de como a GMse tornou a maior
montadora do mundo
FAÇAVOCÊ
MESMOMANTA ASFÁLTICA
Descubra como evitar ruídosindesejados no interior do carro
W W W . S T R E E T M O T O R S . C O M . B R
Customizado nos Estados Unidos esteImpala recebeu chassi exclusivo,mecânica de Corvette Z06 edesign remodelado
IMPALACUSTOM 63
84PÁGINAS DE
CHEVROLET
A REVISTA DO AFIÇIONADO POR OPALA, VECTRA, CORSA, BEL AIR...
CU
ST
OM
& H
IGH
PE
RF
OR
MA
NC
E
TÉCNICA BLOWEREntenda como funciona este eficientesistema de preparação automotiva
R$ 9,90
ANO 1
NÚMERO 1
7 898357 607873
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
01 Capa.pdf 21/12/2007 20:19:43
EXPEDIENTEEDITORIAL
Presidente: Alessandro GerardiConselho editorial: Alessandro Gerardi, Luís Afonso G. Neira, Alessio Fon Melozo e William Nakamura
STREET MOTORS É UM SELO DO GRUPO DOMO
REVISTA SS Custom & High Performance é uma publicação do Grupo Domo. Distribuidor exclusivo para todo o Brasil: Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Tel.: (21) 3879-7766.Impressão: Cly
Diretor editorial: Alessio Fon MelozoEditor-executivo: Roberto Cardinale
REDAÇÃOEditor Assistente: Rodolfo ParisiArte: Fabio AugustoEstagiário de arte: Luiz PellegriniEstagiário de redação: Eric Inafuku Colaboração: Claudia Cardinale, Fernando Garcia e Fernando CappelliRevisão e checagem: Elisabete Pereira, Milena Wiek e Sirlene Farias
FOTOSMarcello Garcia
MULTIMÍDIAElder Giangrossi
PUBLICIDADE [email protected]
ATENDIMENTO AO LEITOR – SUPORTEHorário de atendimento das 9 às 21he-mail: [email protected], [email protected], tel.:11 3217-2626
EDIÇÕES ANTERIORESAtendimento a jornaleiros: (11) 3648-9090Canais de vendas: (11) 3648-9090e-mail: [email protected], fax: (11) 3217-2616Site: www.streetmotors.com.br
CONTATORedação: R. Haddock Lobo, 347, 12º andar, São Paulo - SP, CEP 01414-001, tel.: (11) 3217-2600, fax (11) 3217-2617 Publicidade: (11) 3217-2627e-mail: [email protected], Representante comercial em Salvador: Aura Representações, tel.: (71) 345-5600, cel.: 9129-7792, Representante comercial nos EUA: USA-Multimedia, tel.: +1-407-903-50000, Ramal: 222 e-mail: [email protected]: (11) 3217-2600 e-mail: [email protected] Circulação: (11) 3217-2719 e-mail: [email protected]
A REVISTA SS Custom & High Performance não tem vínculo algum com a GM do Brasil ou a sua matriz nos Estados Unidos. Esta é uma publicação totalmente independente da fábrica e voltada para os apaixonados pelos veículos desta marca.
QUALIDADE E REQUINTEEsta revista que você tem em mãos é a primeira de muitas outras que abor-
darão a inesquecível história de uma das mais conceituadas fabricantes de auto-
móveis de todos os tempos. Quando tivemos a idéia de produzir uma publicação
voltada aos aficionados por automóveis da marca Chevrolet, decidimos que ela
não poderia ser apenas uma revista que abordasse veículos clássicos, ou então,
apenas os últimos lançamentos da marca. Assim, ela precisaria abrir, ao máximo,
o leque de opções desses incríveis veículos.
Como nosso objetivo é agregar um pouco da história da marca, desde os
primeiros veículos Chevrolet até os mais atuais, passando, é claro, pelos customi-
zados e também por aqueles com mecânica preparada, notamos a necessidade
da criação de uma revista que informasse tudo isso de forma clara, fácil e que,
acima de tudo, levasse entretenimento ao leitor.
Ao iniciar a pesquisa para o desenvolvimento desta revista, pude verificar
que, até mesmo os proprietários dos modelos mais novos da Chevrolet são ver-
dadeiros aficionados pelos automóveis da montadora, principalmente porque,
atualmente, a marca é sinônimo de carros com requinte e qualidade. E tudo isso
só nos empolgou ainda mais para colocarmos em prática este novo projeto do
selo Street Motors.
Assim nasceu a revista SS Custom & High Performance, uma publicação bi-
mestral, em que, nesta primeira edição, você acompanhará algumas matérias
interessantes sobre a história dessa conceituada marca, além de uma superma-
téria com um Opala SS com mecânica V8. Outra reportagem desenvolvida espe-
cialmente para os apaixonados é sobre um ícone da Chevrolet chamado Chevette
SL/E, em uma matéria realizada com um modelo extremamente bem-cuidado,
com apenas 52 km rodados ao longo de 17 anos. Uma verdadeira preciosidade.
Acompanhe, também, uma avaliação completa sobre o novo lançamento da
montadora no Brasil, o Vectra GTX, e se divirta com uma matéria especial sobre o
Corvette LS7, um superesportivo que, de fábrica, rende 430 cv de pura adrenalina.
Espero que você, leitor, realmente goste do que verá nas próximas páginas e
saiba que nossa redação estará trabalhando bastante para apresentar a você o
que existe de melhor sobre os veículos Chevrolet no Brasil e no mundo.
Aproveito também e deixo aqui um espaço aberto para você enviar suas suges-
tões ou críticas, para meu e-mail pessoal. Terei o maior prazer em lhe responder.
Divirta-se e até a próxima edição!
Roberto Cardinale
Editor-executivo
CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
3SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
03 Editorial.indd 303 Editorial.indd 3 20/12/2007 21:24:0420/12/2007 21:24:04
Norte-americano fanático por muscle cars cria um verdadeiro Pro-Touring unindo a clássica carroceria do Impala 1963 com um mo-
tor V8 6.2 litros do moderníssimo Corvette LS7. Estilo e atitude em um carro único
CAPAIMPALA
32
12 34CONCEITOVOLT HANDS ONCORVETTE
16
28 34PROJECTSTYPHOON ÍCONESCHEVETTE SLE
24
Desenvolvido pelo departamento de engenharia e design da GM
nos Estados Unidos, o Volt promete chegar as ruas em breve
Saiba tudo sobre o novo esportivo lançado pela montadora norte-
americana. Mecânica apimentada, rodas exclusivas e muito estilo
Na década de 90 este SUV foi responsável por derrotar várias Ferrari.
Atualmente, ele está ainda mais impressionante com seus 700 cv
Confi ra a história do clássico sedan desenvolvido pela Chevrolet do
Brasil, que até hoje tem um espaço no coração dos brasileiros
ÍNDICE
4 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
04-05 Indice.indd 404-05 Indice.indd 4 18/12/2007 19:38:4818/12/2007 19:38:48
20 34
52 62
46
Lançado no segundo semestre de 2007, o novo hatchback da
Chevrolet tem tudo para conquistar o mercado
Em 1912, idealizada por dois jovens visionários, nascia nos Esta-
dos Unidos a Chevrolet, a maior montadora do mundo
Criado para chamar atenção onde passa, este Vectra recebeu
suspensão especial, rodas aro 20” e sistema de som multimídia
Iniciando sua trajetória como uma reparadora de automóveis na Austrália,
a Holden transformou-se numa das principais divisões da GM fora dos EUA
AVALIAÇÃOVECTRA GTX HISTÓRIACHEVROLET
PROJECTSVECTRA ELITE HISTÓRIAHOLDEN
Um espaço destinado aos produtos automotivos mais moder-nos e interessantes que o seu bolso pode comprar
06VITRINE
Envie suas dúvidas, curiosidades e críticas neste espaço cria-do especialmente para você interagir com nossa equipe
10ESPAÇO DO LEITOR
Conheça algumas das histórias mais interessantes da Che-vrolet desde sua fundação até os dias atuais
38CURIOSIDADES
Customizado no estilo norte-americano, este clássico sedan recebeu pintura especial, motor preparado e rodas aro 20”
56CHEVELLE MALIBU
Clássico Opala SS, equipado com motor V8 de Camaro, rende mais de 350 cavalos nas ruas e pistas do país
40OPALA V8
Envie suas sugestões e críticas para o e-mail da redação no seguinte endereço: [email protected] em contato com a redação!
Inspiração alemã foi o necessário para que este “popular” herdasse um compressor de Mercedes e projeto sonoro de tremer o chão
66CORSA KOMPRESSOR
Quem disse que um Opalão não poderia utilizar o lendário V6? Confi -ra esse modelo equipado com motor de Blazer e visual esportivo
70OPALA V6
Aprenda a técnica de utilização de mantas, que permite que seu carro tenha um isolamento acústico de primeiro mundo
74FVM MANTA ASFÁLTICA
Algumas fotos e momentos são únicos. Nesse espaço, o olhar do fotógrafo vale mais do que qualquer palavra
82A ÚLTIMA IMPRESSÃO
Saiba como funciona esse tipo de preparação, que promete tor-ques incríveis e uma elevação considerável da potência mecânica
78BLOWER
5SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
04-05 Indice.indd 504-05 Indice.indd 5 18/12/2007 19:39:0018/12/2007 19:39:00
VITRINE
MAPA ONBOARDNavegar é preciso, e para isso a Elgin comerciali-
za o GPS T-Levo. O equipamento opera com ma-
pas de 100 cidades, sistema de voz e muitas op-
ções. Compre agora no site: www.t-levo.com.br
PILOTO DE RUABancos esportivos oferecem mais conforto e seguran-
ça. E é isso que a Rallye traz com os bancos Stradale.
Confeccionados em couro ou Ultrasuede HP, são ga-
rantia de sucesso. Acesse: www.rallyedesign.com.br
RODAS ESPORTIVASA TSW coloca no mercado a linha 2008, das rodas lança-
das no SEMA SHOW, nos EUA.
Destaque para o modelo Croft, disponível nas me-
didas aro 17”, 18”, 19”e 20”.
Mais informações: www.tsw.com.br
PISANTE ESPERTOA Momo apresenta as pedaleiras Supergrip, confec-
cionadas em alumínio de alto relevo e desenvolvidas
para carros com câmbio manual. Acompanham para-
fuso e manual. Detalhes: www.tireshop.com.br
A forma mais fácil e prática de encontrar o que você precisa para o seu automóvel ou acessóri-os especialmente projetados para quem é apaixonado por carros
6 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
06-09 Vitrine.indd 606-09 Vitrine.indd 6 20/12/2007 16:29:3820/12/2007 16:29:38
TOQUE DE MESTREO novo volante S3R é a aposta da Shutt para 2008.
Com 330 mm de diâmetro e acabamento anatômi-
co, o acessório promete mais conforto aos condu-
tores. Disponível em couro natural: preto, cinza e
vermelho. Veja mais no site: www.shutt.com.br
TECNOLOGIA SONORAPotência para os ouvidos é o que a Falcon garan-
te com o aparelho HS200CD, um amplificador de
dois canais estéreo 60 WRMS. O equipamento
ainda oferece entrada RCA de nível baixo para
conexão de IPOD. Dúvidas: www.falcon.com.br
BRILHO IMEDIATOA 3M do Brasil lança a cera spray que promo-
ve brilho e proteção com uma única aplicação.
Deve ser utilizada com a superfície do carro ain-
da molhada e em apenas uma etapa você seca e
encera o carro. Informações: www.3m.com.br
SENSOR DE CHUVAA Quantum Tecnologia apresenta o sensor de
chuva QRS. O equipamento garante acionamento
imediato quando gotas de chuva ou lama entram
em contato com o pára-brisa. Acompanha manual
de instruções. Acesse: www.tecquantum.com.br
7SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
06-09 Vitrine.indd Sec1:706-09 Vitrine.indd Sec1:7 20/12/2007 16:29:4820/12/2007 16:29:48
EVOLUÇÃO SONORAO CD Player DEH-P7980 é um dos lançamentos
da linha High End da Pioneer no Brasil. O equipa-
mento oferece entrada USB na traseira e reproduz
MP3, WMA e AAC. Oferece ainda frente destacável
antifurto. Mais detalhes: www.pioneer.com.br
PRATICIDADEA Chevrolet abastece sua gama de acessórios
originais de fábrica com uma geladeira portátil.
Disponível para todos os modelos da montado-
ra, o equipamento é útil para quem viaja nos
finais de semana. Detalhes: www.gm.com.br
MAIS POTÊNCIAA Pro-1 Serious Performance, empresa especia-
lizada na comercialização de peças para carros
de competição, apresenta um cabeçote de alu-
mínio indicado para motores Chevy Big Block.
Informações: www.pro-1.com.br
CLÁSSICO DE LUXONovo lançamento da Lenker, empresa brasileira
com mais de 50 anos de experiência, o volante Hi-
ghhart tem acabamento em alumínio 6,5 mm usi-
nado em CNC e 350 mm de diâmetro. Compre no
site: www.lenker.com.br
VITRINE
8 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
06-09 Vitrine.indd Sec1:806-09 Vitrine.indd Sec1:8 20/12/2007 16:29:5220/12/2007 16:29:52
PARADA CERTAA RG Brakes apresenta seu disco traseiro para
Vectra CD com medidas 330x23mm, slotado e
com miolo em alumínio anodizado e pista em ferro
fundido, rotorizada. Acompanha pinça Wilwood de
quatro pistões. Saiba mais: www.rgbrakes.com.br
ILUMINAÇÃO GARANTIDAA ATW Motorsports abastece sua linha de acessórios
com a chegada dos faróis de xenon de 6500K. O equi-
pamento garante vida útil de 2500 horas, é à prova
d’água e conta com reator blindado.
Acesse: www.atw.com.br
VISIBILIDADE TOTALEspecializada no desenvolvimento de produtos
para limpeza automotiva, a Auto Shine apresen-
ta o Limpa Vidros com 100 ml. O produto, além
da sua função básica, ainda oferece antiemba-
çante. Dúvidas: www.autoshine.com.br
CHEVY BIG BLOCKA PowerTech trouxe dos Estados Unidos um mo-
tor big block GM 454 L29. O propulsor oferece
330 cavalos e é ideal para ser adicionado em
qualquer muscle car da marca norte-americana.
Mais detalhes: www.powertechnos.com.br
9SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
06-09 Vitrine.indd Sec1:906-09 Vitrine.indd Sec1:9 20/12/2007 16:29:5720/12/2007 16:29:57
EspaçoLEITOR
Você, leitor da revista SS Custom & High Performance que está conhecendo nos-
so trabalho agora, informamos que este espaço é seu e estamos aguardando suas
sugestões e possíveis críticas. Esperamos realmente que você participe. Saiba que
estamos preparando diversas surpresas e algumas promoções exclusivas nas pró-
ximas edições da sua revista. Você, que assim como nós, é um aficionado pelos
automóveis produzidos pela Chevrolet, pode nos ajudar enviando suas mensagens
para [email protected]. Caso queira, também pode enviar cartas para o
seguinte endereço: Rua Haddock Lobo, 347, 12º andar, São Paulo - SP, CEP 01414-001.
EspaçO RES
ERVADO
PARA VOCÊ, LE
ITOR
10 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
10 Espaço do Leitor.indd 1010 Espaço do Leitor.indd 10 18/12/2007 18:24:1418/12/2007 18:24:14
FORÇA EMAÇÃO
Conceito da General Motors dos Estados Unidos agrega sofi sticação e alternativa de combustível com ummotor elétrico
CONCEITOSVOLT
12 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
12-15 Conceitos - Volt REV.indd 1212-15 Conceitos - Volt REV.indd 12 19/12/2007 20:31:3619/12/2007 20:31:36
tou-se de forma ousada, desafiadora
e com muito estilo.
Trata-se de um carro movido por
eletricidade e alimentado por uma ba-
teria capaz de dar-lhe autonomia para
fazer 64 km na cidade com apenas seis
horas de carga, abastecidas em uma
tomada comum de 110 V. Agora você
deve estar se perguntando: “E se eu
caminhos, capazes de superar as difi-
culdades que assombram diariamente
sua espécie.
De olho nessas mudanças, a Gene-
ral Motors apresentou neste ano, no
Salão de Detroit, nos Estados Unidos,
sua opção para movimentar as máqui-
nas do futuro, o conceito que recebeu
o nome de Chevrolet Volt e apresen-
N ão é de hoje que a escassez de
petróleo, a poluição, o buraco
na camada de ozônio e muitos
outros problemas da modernidade são
constantemente divulgados pelos noti-
ciários ao redor do planeta.
Para isso, o homem, dotado de
inúmeras idéias, vive em constante
transformaçãp na procura de novos
Por Claudia Cardinale Fotos Divulgação
13SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
12-15 Conceitos - Volt REV.indd Sec1:1312-15 Conceitos - Volt REV.indd Sec1:13 19/12/2007 20:31:4019/12/2007 20:31:40
precisar percorrer mais do que a quilo-
metragem apresentada?”
Bom, não se preocupe.Tudo foi minu-
ciosamente calculado. Quando a bateria
está descarregada, um motor turboa-
limentado de um litro e três cilindros,
movido a gasolina e estrategicamente
instalado, assume o controle. Girando
em velocidade constante, o propulsor
transforma o combustível na energia ne-
cessária para recarregar a bateria, pro-
porcionando, assim, 20 km por litro de
combustível e garantindo ao motorista
mais 1.029 km de autonomia. Está bom?
APELO NO BOLSOEconomia foi a palavra determinante
neste carro que tem tudo para ser uma
das grandes apostas da montadora. O
motor que serve de auxílio é alimenta-
do com uma mistura de 85% de etanol,
mais 15% de gasolina. Segundo seus pro-
jetistas, com essa mistura a economia de
62 km por litro corresponderia a mais 217
km por litro de gasolina.
Apesar de o veículo ter sido apresen-
tado com essa alimentação de motor,
o sistema E-Flex da GM possibilitará à
montadora se adequar às necessidades
específicas de cada mercado consumi-
dor. A idéia é continuar trabalhando para
apresentar novos sistemas de propulsão
que auxiliem na diversificação das fontes
de energia. Ao que tudo indica, logo tere-
mos novidades.
Mas o que seria de uma tecnologia
tão avançada se ela não conseguisse
chamar a atenção visual das pessoas.
Desenvolvido para não deixar nenhum
detalhe esquecido, o Chevrolet Volt apre-
senta-se com um design bem futurista e
traduz perfeitamente a idéia do que sig-
nifica modernidade.
Quatro ocupantes poderão desfrutar
confortavelmente desse futuro lança-
mento repleto de atitude. Tecnologias de
última geração aguçam o desejo de pilo-
tá-lo sem nenhuma pressa para voltar.
Se causar impacto fazia parte dos planos
da montadora, com certeza o objetivo foi
atingido. Por enquanto só resta esperar,
afinal, para que a comercialização desse
veículo se torne possível, antes de tudo,
é necessário o uso de uma grande bate-
ria de íon-lítio com quase 181kg. E isso
ainda exige muita negociação.
14 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
12-15 Conceitos - Volt REV.indd Sec1:1412-15 Conceitos - Volt REV.indd Sec1:14 19/12/2007 20:31:4319/12/2007 20:31:43
Visual futurista com carroceria
de cintura alta é a aposta da
Chevrolet para o conceito Volt
Aposta de um teto transparente
é para dar sensação de liberdade
em quem estiver dentro do carro
15SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
12-15 Conceitos - Volt REV.indd Sec1:1512-15 Conceitos - Volt REV.indd Sec1:15 19/12/2007 20:31:4819/12/2007 20:31:48
MELHOR DE TODOS
O primeiro modelo do Corvet-
te foi produzido em 1953, e o
motivo de sua produção foi a
grave crise de vendas, que corroborou
para que a grande rival da Chevrolet
nos Estados Unidos, a Ford Motors, to-
masse a dianteira da comercialização
de automóveis no país durante dois
anos seguidos.
À época, os Estados Unidos da
América eram um país movido por
suas clássicas e belas barcas. O Ca-
dillac, por exemplo, vivia seu auge,
mas nem isso possibilitava à monta-
dora superar sua rival em números
e faturamento. Tom Keating, então
Chevrolet investe pesado e cria o Corvette mais potente de todos os tempos.
São 430 cavalos movidos por um propulsor V8 de 6.2 litros
o executivo geral da Chevrolet, ti-
nha uma idéia que talvez colocasse
a montadora na primeira posição e
ainda daria uma imagem de juventude
aos seus automóveis.
Surgia assim o esportivo Chevrolet
Corvette, nome dado a ele em alusão às
corvetas – embarcações pequenas e ve-
lozes da marinha inglesa – devido ao seu
porte pequeno e motor potente. As pri-
meiras versões, desenvolvidas em 1953,
eram equipadas com um motor seis cilin-
dros de 235 polegadas cúbicas, câmbio
automático de duas marchas com tração
traseira e atingia os 170 km/h com uma
potência bruta de 150 cv.
HANDS ONCORVETTE
16 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
16-19 Hands-on - Corvette REV.in16 1616-19 Hands-on - Corvette REV.in16 16 19/12/2007 20:30:2019/12/2007 20:30:20
Em pouco tempo viu-se que o mo-
delo não rendia tanto quanto o espera-
do e em 1955 a montadora equipava o
carro com um V8 265 de 195 cavalos,
que iniciou a trajetória de sucesso de
um carro equipado com uma mecânica
sensacional e dotado de uma carroceria
extremamente leve de fibra de vidro.
REVOLUÇÃOApós cinqüenta e cinco anos de seu lan-
çamento, a Chevrolet inova mais uma
vez apresentando a última versão do
Corvette, denominada C06 e equipada
com o motor mais potente já desen-
volvido para o modelo: o small block
LS3 V8 de 6.2 litros, capaz de render
incríveis 430 cavalos de potência com
torque de 58,6 kgfm. Equipado com
câmbio automático de seis velocidades,
o carro atinge de 0 a 100 km/h em ape-
nas 4,3 segundos. Se isso não bastar
para você, a Chevrolet ainda possibilita
a seus consumidores adquirirem um kit
de exaustão que aumenta a cavalaria
para os 436 cavalos e faz o esportivo
chegar aos 305 km/h.
Toda a melhoria em relação ao mo-
delo anterior veio com o aumento do
bloco dos cilindros, agora com 103,25
mm (o antigo tinha 101,62 mm) e tam-
bém com a implementação da cabeça
do cilindro que equipa a versão supe-
resportiva Z06 com o motor LS7/L92.
Por Rodolfo Parisi Fotos Divulgação
O painel ganhou nova grafia garantindo
mais exclusividade e o rádio é
comandado por satélite XM
17SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
16-19 Hands-on - Corvette REV.inSec1:17 Sec1:1716-19 Hands-on - Corvette REV.inSec1:17 Sec1:17 19/12/2007 20:30:2619/12/2007 20:30:26
Os pistões também são maiores, en-
quanto que o virabrequim e o coman-
do de válvulas foram revisados. Com-
plementa ainda o kit de melhorias um
sistema de escape retrabalhado e inje-
tores de combustível herdados do Z06
LS7. O toque final fica por conta do
acabamento do motor.
Já o kit especial de exaustão dis-
ponível pela montadora é similar ao
modelo utilizado no Z06. Com duplo
escape e ronco forte, o sistema permi-
te ao condutor sentir-se dentro de um
Fórmula 1 (se é que isso já não era pos-
sível). Aliado a isso há o câmbio de seis
marchas com possibilidade de troca de
marchas através de “paletas” no volan-
te, conhecidas como paddle shifters.
O carro ainda conta com outras
melhorias no design. Caso das novas
rodas, as mesmas que foram utilizadas
para equipar a versão especial India-
nápolis 500 Pace Car, criada em 2007
com acabamento Sparkle Silver ou o
opcional Competition Gray. As medidas
foram mantidas e continuam sendo aro
18” na dianteira e aro 19” na traseira.
Quem adquirir o Corvette 2008 tam-
bém contará com a possibilidade de esco-
lher dois novos tons de pintura: o Jetstre-
am Blue Metallic e o Crystal Red Mettalic.
Por dentro pouco foi alterado, e o
grande destaque fica para o painel de
instrumentos inovador, sistema de rá-
dio por satélite XM e muito mais.
Prometido para o primeiro semes-
tre de 2008, o novo Corvette C06 ao
que tudo indica irá bater forte na con-
corrência. Se levar em conta os anos
de produção, isso significa dizer que,
além de um esportivo de primeira linha,
o condutor estará comprando uma má-
quina com um belo currículo e que já
pôde ser pilotada por inúmeras perso-
nalidades. Viva as Corvetas!
Novas rodas, inspiradas no modelo
especialmente utilizado no Corvette
Indianápolis 500 Pace Car
18 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
16-19 Hands-on - Corvette REV.inSec1:18 Sec1:1816-19 Hands-on - Corvette REV.inSec1:18 Sec1:18 19/12/2007 20:30:3219/12/2007 20:30:32
A dianteira ganhou visual mais
agressivo e o proprietário pode
optar por seis tipos de cores
19SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
16-19 Hands-on - Corvette REV.inSec1:19 Sec1:1916-19 Hands-on - Corvette REV.inSec1:19 Sec1:19 19/12/2007 20:30:3819/12/2007 20:30:38
CORDEIRO EM
Quando o assunto é o mercado
nacional dos hatchbacks espor-
tivos, a disputa é intensa. Há
anos é assim, seja pela briga do tradicio-
nal Golf com o Astra ou do Focus com o
Stilo, e até mesmo do francês 307 e o
recente C4 VTR. No entanto, nunca um
carro chegou com tanta força, elogios e
prestígio quanto o Vectra GT. O modelo,
O visual é agressivo e o design também, mas o motor não condiz com o estilo. Mesmo assim, o Vectra GTX é uma boa opção para quem quer se destacar na multidão
derivado do Astra Europeu, em poucos
meses – o lançamento foi feito em se-
tembro de 2007 – conquistou o bolso
dos consumidores dessa categoria e pa-
rece que em breve irá se tornar o hatch-
back mais vendido do mercado.
O design externo, sem dúvida, é o
que mais chama a atenção no modelo.
No entanto, o motor Flexpower de 2.0
litros, quatro cilindros e oito válvulas
com possibilidade de utilização de ga-
solina ou álcool, desagrada. O motivo,
seus 128 cv com um torque de 19,6 kgfm
a 2.400 rpm (álcool) e 121 cv com 18,3
kgfm a 2.600 rpm (gasolina), relativa-
mente pouco para um carro que quer
passar uma imagem de esportividade e
potência, ainda mais na versão GTX. Se
PELE DE LOBO
AVALIAÇÃOVECTRA GTX
20 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
20-25 Avaliacao Vectra GTX.indd 2020-25 Avaliacao Vectra GTX.indd 20 19/12/2007 20:29:3119/12/2007 20:29:31
o compararmos com outros modelos que
passam esse tipo de imagem, o Vectra
GTX entra numa curva descendente.
No entanto, os problemas do carro
param por aí. Disponível em duas ver-
sões de acabamento, a GT e a GTX, o
Vectra oferece conforto e estilo em
ambas. Na GTX, a top de linha, o pro-
prietário poderá contar com itens de
série como rodas de aro 17” com pintura
Performance Gray, antena tipo “Shark”
e CD/MP3 Player com possibilidade de
controle através de teclas alocadas no
volante de couro. Quem adquire essa
versão ainda irá contar com computa-
dor de bordo, controlador automático
de velocidade e retrovisores escamo-
teáveis. Aos condutores que preferem
o conforto de um câmbio automático,
também há essa opção de transmissão,
mas como opcional.
NÃO SE PERCAAlém desses acessórios exclusivos da
versão GTX, o carro de “entrada” tam-
bém possui uma gama de opcionais
curiosos, caso da geladeira com acio-
namento executado diretamente pelo
acendedor de cigarros, sensor de esta-
cionamento dianteiro e traseiro e sis-
tema de som com entradas para Ipod,
USB e SD Card.
Um dos destaques internos de ambas
as versões é o GPS de série, implemen-
tado pela primeira vez num automóvel
dessa categoria. Segundo a montadora,
o equipamento oferece a localização de
mais de 323 mil pontos em todo o país.
Ainda segundo a montadora, o acessó-
rio também poderá sofrer atualizações
gratuitas pelo site da marca num perío-
do de seis em seis meses.
Fora esses acessórios “exclusivos”,
o carro ainda garante o máximo de con-
forto ao usuário graças a uma gama de
itens de série como acelerador eletrôni-
co, ar-condicionado com duto no porta-
luvas, coluna de direção com ajuste de
altura e profundidade, alerta luminoso
de troca de marchas (shift-light), dire-
ção hidráulica, sistema de som de quali-
dade e muito mais.
O motor 2.0 litros é uma novidade
nesse segmento que ainda não havia
Por Rodolfo Parisi Fotos Divulgação
21SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
20-25 Avaliacao Vectra GTX.indd Sec1:2120-25 Avaliacao Vectra GTX.indd Sec1:21 19/12/2007 20:29:3519/12/2007 20:29:35
visto um propulsor, com esta litragem,
ser flexível. Econômico, o motor que
equipa os veículos com câmbio manual
garante até 11,2 km/l na cidade e 14,8
km/l na estrada, utilizando gasolina
como combustível. Já se a opção do
condutor recair no álcool, o consumo
cai para 7,4 km/l e 10,5km/l, respecti-
vamente. Tudo isso oferecendo uma
velocidade final na casa dos 189 km/h
(álcool) e 186 km/h (gasolina), com uma
aceleração de 0 a 100 km/h em 10,3 s
e 10,8 s. Para empurrar essa mecânica,
um câmbio de cinco marchas foi insta-
lado, mas há a possibilidade de equipar
o carro com transmissão automática de
quatro velocidades.
No quesito segurança, o Vectra GTX
se destaca. São discos nas quatro rodas,
assistidos por ABS e EBD. Na dianteira,
são ventilados e possuem 280 mm de
diâmetro, enquanto que na traseira são
sólidos e equipados com discos de 230
mm. Complementa esse setor um par de
airbags frontais, disponível para condu-
tor e passageiro.
O toque final do projeto fica por
conta do design inovador e atrativo
que conquistou o apreço de boa parte
da imprensa brasileira. A inspiração no
Astra Europeu é marcante, no entanto
nosso modelo conta com detalhes dife-
rentes na dianteira com um pára-cho-
que menos agressivo e mais parecido
com o que já equipa o Celta e Prisma,
por exemplo. As opções de cores são
muitas e vão desde o Volcano Orange
(nas fotos) até o azul Asthenes.
No mais é o mesmo carro comer-
cializado no velho continente, mudan-
do apenas o nome e o preço, afinal, o
nosso Vectra GTX tem preço base de
R$68.990. Ao que tudo indica o público
aceitou o valor do carro e as expectati-
vas de vendas de Ray Young, presidente
da General Motors do Brasil e Mercosul,
em torno dos 15.000 exemplares, por ano,
serão facilmente atingidas.
Lanternas transparentes e
friso cromado, dão destaque
a traseira do hatchback
Interior completo conta com
câmbio automático, computador
de bordo e navegador GPS
22 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
20-25 Avaliacao Vectra GTX.indd Sec1:2220-25 Avaliacao Vectra GTX.indd Sec1:22 19/12/2007 20:29:3619/12/2007 20:29:36
Design do Vectra GTX é inspirado
no Astra Europeu, com o
acréscimo do motor Flexpower
A pintura Volcano Orange,
é apenas uma das diversas
cores exclusivas do modelo
23SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
20-25 Avaliacao Vectra GTX.indd Sec1:2320-25 Avaliacao Vectra GTX.indd Sec1:23 19/12/2007 20:29:4019/12/2007 20:29:40
ÍCONESCHEVETTE SL/E
24 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
26-29 icones Chevette.indd 2426-29 icones Chevette.indd 24 19/12/2007 20:27:2919/12/2007 20:27:29
9 09. Esses foram os números de
um projeto da General Motors que
anos mais tarde ficou conhecido
como Chevrolet Chevette. A idéia de cons-
truir esse automóvel, segundo a GM um
“veículo de passageiros de médio-pequeno
porte”, partiu ainda cedo, em 1962. Porém,
somente três anos depois, após uma forte
pesquisa de mercado, foi que a GM anun-
ciou o lançamento do carro, que obrigou a
montadora a investir US$ 102 milhões no
desenvolvimento de uma nova fábrica de
motores em São José dos Campos (SP),
na duplicação da fundição, em novo setor
de estamparia e também numa moderna
linha de montagem.
Baseado no Opel Kadett, o Chevet-
te foi um sucesso de vendas no seu
segmento graças ao design moderno,
durabilidade, eficiência e rapidez no
trânsito. Contava também a seu favor
o espaço interno.
As primeiras unidades do Chevette
vinham com motor de 1.400 cm3 (espe-
cialmente desenvolvido para o modelo)
cuja potência máxima rendia bons 68 cv
a partir das 5.800 rpm.
Comercializado durante duas décadas e acumulando mais de um milhão de unidades vendidas no planeta, o Chevette até hoje é reverenciado
Além da mecânica ideal para o mode-
lo, o peso de 870 kg, na prática, também
ajudava no desempenho, fazendo com
que o carro atingisse uma velocidade
máxima de 140,62 km/h e aceleração de
0 a 100 Km/h em 19 segundos.
Durante sua trajetória, o modelo
ganhou diversas opções de configura-
ções da carroceria: hatch, sedan, perua
(Marajó) e picape (Chevy 500), esta úl-
tima fabricada até 1995. O Sedan, po-
rém, foi comercializado de 1973 a 1993,
acumulando vinte anos de sucesso no
mercado brasileiro.
INOVAÇÃO MECÂNICAConsiderado o primeiro carro nacional
com comando de válvulas no cabeçote
acionado por correia dentada, o Chevet-
te foi comercializado inicialmente nas
versões Standard e SL (Super Luxo),
apresentadas à imprensa no dia 24 de
abril de 1973. Logo depois viriam as de-
mais opções como a GP (Grand Prix),uma
série especial fabricada em 1976, em ho-
menagem ao Grande Prêmio do Brasil de
Fórmula 1 daquele ano. O modelo possuía
VELHO GUERREIRO
Por Fernando Garcia Fotos Marcello Garcia
25SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
26-29 icones Chevette.indd Sec1:2526-29 icones Chevette.indd Sec1:25 19/12/2007 20:27:4219/12/2007 20:27:42
faixas pretas no capô e laterais, faróis de
neblina e sobre-aros nas rodas.
Um ano depois surgiu a GP II, com
mudanças no motor, tornando-se, assim,
mais econômico graças às mudanças no
comando de válvulas, distribuidor e car-
burador aperfeiçoado. A inovação mais
significativa ocorreria em 1978, ano em
que o Chevette ganhou um visual basea-
do no Pontiac Firebird norte-americano.
No ano seguinte, a novidade ficava por
conta da edição Jeans, diferenciada das
outras versões pelas exclusivas padrona-
gens dos tecidos na cor azul, além de um
adesivo lateral frontal. Outra novidade foi
a configuração de quatro portas para o
Chevette, uma carroceria difícil de comer-
cializar naquela época, quando somente os
taxistas a consideravam um bom negócio.
Em 1980 a General Motors trouxe a sé-
rie Ouro Preto para o público. A novidade,
além da cor dourada, é claro, contava com
ignição eletrônica nas versões a álcool –
tecnologia que só surgiria a partir de 1982
para as outras versões, sendo opcional nos
modelos movidos a gasolina.
SUCESSO ABSOLUTOCom a comemoração de 500.000 uni-
dades produzidas, a fábrica apostava
em outros modelos, caso da versão
hatch e uma perua, denominada Mara-
jó, lançados em 1981.
Curiosamente, uma versão automá-
Versão luxuosa conhecida como
SE, foi sucesso de vendas no
fim da década de 1980
26 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
26-29 icones Chevette.indd Sec1:2626-29 icones Chevette.indd Sec1:26 19/12/2007 20:28:0719/12/2007 20:28:07
tica de três velocidades chegou a ser
oferecida em 1984, um ano depois da
segunda reestilização da linha Chevet-
te. Porém, o Chevette automático durou
apenas até o ano de 1990, devido à pou-
ca procura dessa versão.
Em 1987 foi a vez de chegar ao mer-
cado a luxuosa versão SE que continha
um acabamento mais primoroso e pai-
nel mais completo com conta-giros e
luzes de controle do consumo de com-
bustível. Um ano depois, a versão SE
passou a ser chamada de SL/E, como
forma de unificar o padrão de toda a
gama Chevrolet que já tinha essa no-
menclatura no Monza e no Opala.
Com a chegada dos carros popula-
res, a GM aproveitou o momento para
lançar o Chevette Júnior, como estraté-
gia de aproximar o consumidor do sonho
de ter um carro 0 Km. No entanto, a ver-
são veio com ausência de acessórios e
acabamento, caso do tecido das portas,
vidros mais finos e um motor capaz de
render apenas 50 cv, o que contribuiu
para que o carro fosse um fracasso.
No dia 12 de novembro de 1993, um
Chevette L de 1,6 litro na cor branca se
despedia da linha de montagem da GM
acumulando um total de 1,6 milhão de
unidades comercializadas.
PAIXÃO À PRIMEIRA VISTAO Chevette SL/E que você vê nas
fotos pertence a um empresário de
Curitiba (PR) que prefere não revelar
sua identidade. A preciosidade está
com apenas, acreditem, 54 km rodados
originais! Trata-se de um modelo 0 Km
adquirido há dois anos, graças à dedi-
cação de seu atual dono e da empresa
que o mantém, a Totty’s Hot Toys.
Ele nos contou que esse SL/E foi
comprado por acaso em uma concessio-
nária da GM, quando foi levar seu outro
automóvel para uma revisão.
Chegando lá, avistou o imaculado
Chevette sem placas e brilhando como
novo. Parecia que se tratava de um mo-
delo recém - saído da fábrica, mas não.
Era um autêntico e genuíno SL/E 1990. O
vendedor, na época, disse que o modelo
tinha sido comprado por um fiador que
teve de se desfazer do carro depois de
anos de processo judicial.
“Enquanto o processo rolava, já que
o ‘Chevettinho’ não possuía documenta-
ção, esperou anos e anos sobre cavaletes
na casa desse fiador unicamente por ter
que pagar uma dívida de um amigo”, co-
menta o empresário.
“Além do SL/E, hibernam em minha ga-
ragem um Ford Landau 1983, um Opala Cou-
pé 1977 e um Fusca 1965. O carro não sai
da garagem para a rua e anda uma vez por
semana dentro do pátio de minha empresa,
conforme recomendaram os mecânicos da
Totty’s Hot Toys”, completa.
Propulsor 1.6 litros do Chevrolet
Chevette rendia 82 cv a 5.200 rpm e
oferecia boa aceleração
27SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
26-29 icones Chevette.indd Sec1:2726-29 icones Chevette.indd Sec1:27 19/12/2007 20:28:2119/12/2007 20:28:21
PROJECTSTYPHOON
Você é daqueles que idolatram
Ferrari e acha que as italiani-
nhas são o que tem de melhor
em performance e design?
Pois bem, vamos voltar a 1991, época
em que a Ferrari 348 GTS, equipada com
motor V8 de 300 cavalos era considera-
da uma das máquinas mais possantes do
mercado, capaz de fazer 0 a 100 km/h
em 6 segundos. A herdeira do nome de
Enzo Ferrari, porém, não contava com a
petulância da GM, que decidiu dar uma
lição nos italianos.
Mas não pense você que foi com o len-
dário Corvette ou Camaro, mas sim com
uma picape, conhecida como Syclone, e
que vinha equipada com um motor Vortec
4.3 V6 equipado com turbo e intercooler
originais de fábrica. Se você não a conhe-
ce, não esquente com isso, afinal, poucas
unidades vieram para o país.
Mas, voltando à história, pois bem, a
renomada revista norte-americana Car &
Driver resolveu fazer um teste com a Fer-
rari e a Syclone na famosa prova do quar-
to de milha. Preciso dizer o resultado?
TUFÃOBRASILEIROGMC Typhoon recebe pre-paração de ponta e regis-tra mais de 700 cavalos de pura performance.As Ferrari que se cuidem...
Deu Syclone e com sobras. Não
uma, mas três vezes, e a italianinha
teve de sair de fininho para não
ficar chato. Após o triunfo, um ano
depois a GM fez a versão fechada
da picape que ganhou o nome
de Typhoon.
Ciente da história e apreciador de
carros superpotentes, um empresário,
de São Paulo, adquiriu um dos poucos
modelos 1993 que pintaram por aqui
em 1997 e até hoje tem as chaves do
SUV. “Esse carro já foi e voltou umas
28 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
GMC Preta.indd 28GMC Preta.indd 28 19/12/2007 20:26:0319/12/2007 20:26:03
Por Rodolfo Parisi Fotos Rodolfo Parisi
A GMC Typhoon foi um dos
SUV mais rápidos produzidos
no mundo na década de 1990
29SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
GMC Preta.indd Sec1:29GMC Preta.indd Sec1:29 19/12/2007 20:26:0819/12/2007 20:26:08
duas vezes na minha mão. Vendi para
um amigo, depois comprei novamente,
vendi para outro, não agüentei e paguei
para ter de volta”, conta.
Além da paixão, outra coisa faz com
que o dono não desgrude de sua Typho-
on: o motor. Não o original, esse foi ga-
nhando algumas “coisinhas” ao longo dos
anos e hoje guarda sob o capô singelos
650 cavalos, que podem chegar aos 750
utilizando óxido nitroso.
A preparação ficou sob a batuta da
oficina Power Plus, especializada em
projetos de alta performance e recor-
dista durante anos nas arrancadas do
Brasil, com a preparação do Dragster
Top Fuel de Alejandro Sanches, com
mais de 1.300 cavalos.
Com investimentos beirando os mais
de 150 mil reais, a estética não teve qual-
quer alteração visível, ou melhor, apenas
o jogo de rodas com aro 20 da Kromma
foram adicionados para manter o mons-
tro no chão. Os pneus, grandes responsá-
veis por grudar no asfalto durante as ace-
leradas são os Hankook Ventus 245/40
R20 que escondem os imensos discos de
freios perfurados de 14” equipados com
pinças de quatro pistões Wilwood.
A estabilidade nas curvas em alta ve-
locidade, fator nem sempre muito confi-
ável em SUVs, devido à falta de aerodinâ-
mica, foi compensada com a aquisição de
amortecedores especiais da marca ho-
Motor biturbo rende mais
de 700 cavalos, contando
ainda com óxido nitroso
30 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
GMC Preta.indd Sec1:30GMC Preta.indd Sec1:30 19/12/2007 20:26:0919/12/2007 20:26:09
landesa Koni, que agora oferecem maior
conforto ao proprietário.
Com a base pronta, chegava a hora
de despejar potência para dentro do mo-
tor, e, para isso, o projeto iniciou-se com
a instalação de não um, mais dois turbos
Garret 381 que trabalham com 0,6 bar
de pressão, mas podem ser aumentados
para 2,0 bar com o uso do booster.
Dentro do cofre, tudo foi modifica-
do para garantir pura performance na
Typhoon. O cabeçote foi preparado em
banco de fluxo e recebeu um comando
de válvulas Crane Cams, os pistões fo-
ram substituídos pelos Arias, forjados,
e a bielas são Crower. Os anéis agora
são Total Seal, os balanceiros, tuchos
roletados e molas são K-motion e o
sistema de escape foi dimensionado e
conta com pressurização especial de-
senvolvida pela Giba Escapes.
Uma injeção Halltech com seis bi-
cos de 88 libras/h substituiu a original
e dois bicos suplementares de 166 li-
bras/h foram escolhidos para o local
que conta com corpo de injeção Moro-
so de 800 CFM.
Para alimentar toda a potência do
motor Vortec biturbo, o pessoal da Po-
wer Plus tratou de instalar três bombas
elétricas de Porsche 911. Quer mais?
Chega né? O último detalhe é um filtro
de óleo especial da empresa norte-ame-
ricana System One.
SEM EXAGEROSPor dentro só o essencial para alta perfor-
mance, ou seja, manômetros para contro-
le do funcionamento do motor, nesse caso
são sete, mais o velocímetro que marca a
velocidade em milhas e o conta-giros, to-
dos da Auto Meter, modelo Pro-Comp.
Para segurar tanto motorista, quanto
passageiros, dois bancos conchas Sparco
entraram no local dos originais e os cintos
de segurança passaram a ser os especiais
de quatro pontos produzidos pela Simpson.
Nas poucas horas em que o dono não
curte o ronco forte do motorzão, um sis-
tema de áudio e vídeo Alpine é garantia
de diversão e entretenimento, em parce-
ria com os kits de voz Rockford Fosgate e
os dois subs de 12” JL Áudio, amplificados
pelos módulos Rockford Fosgate Punch
200 e 400 e instalados no porta-malas
ao lado da maldosa garrafa de nitro que
envia mais 100 cavalos de potência se
for necessário.
Se na época com ela original já foi difí-
cil para a Ferrari chegar próximo, imagine
agora? Com todo respeito ao senhor Enzo
e sua escuderia, é melhor ficar bem longe
desse tufão brasileiro.
Rodas aro 20” (ao lado) e
bancos concha oferecem
o máximo de segurança
31SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
GMC Preta.indd Sec1:31GMC Preta.indd Sec1:31 19/12/2007 20:26:2019/12/2007 20:26:20
capaCORPALA
Impala 63 recebe tratamento de luxo e após dois anos de trabalho árduo torna-se um dos maiores destaques do Sema Show 2007
PROJETOCORPALA
32 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
34-39 Impala.indd 3234-39 Impala.indd 32 21/12/2007 11:49:0321/12/2007 11:49:03
Imagine que você tem um Chevro-
let Impala 1963 Hard Top, mas
não sabe o que fazer. Você acor-
da todos os dias, olha aquela “barca”
maltratada pelo tempo, com a pintura
gasta, o pára-lama trincado e os pneus
com mais tempo de vida que sua pró-
pria casa. Pois é, essa é a situação de
muita gente que possui carro antigo,
mas que não se desprende do “xodó”
por considerar o amigo de quatro ro-
das como um membro da família.
Exemplos disso não faltam, e arris-
que chamar o carro dessa pessoa de
“lata velha” para ver o que acontece.
Em alguns casos, pode ser pior do que
ofender a própria mãe. Esse foi o caso
de Christian Prusia, um norte-america-
no fanático por carros antigos e que
por anos teve seu Impala apenas como
“enfeite” de garagem.
Texto Rodolfo Parisi Fotos Divulgação
33SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
34-39 Impala.indd Sec1:3334-39 Impala.indd Sec1:33 21/12/2007 11:49:1021/12/2007 11:49:10
Com o passar dos anos e aumento
da conta bancária, Prusia sentiu neces-
sidade de dar vida ao clássico carro da
década de 1960, que em seus tempos
áureos brilhava pelas ruas norte-ame-
ricanas equipado com o motorzão V8
427, denominado pela montadora Z-11.
Assim, em meados de 2005, Prusia
e seus dois amigos Dave Eckert, um pre-
miado construtor de automóveis custo-
mizados, e Michael Meirnik, ilustrador
automotivo de mão cheia, deram início
ao que chamaram de The Corpala Pro-
ject, em alusão à junção dos nomes do
carro em si, Impala e Corvette, devido
à herança adquirida para o projeto: o
incrível motor LS7 Small Block, conside-
rado por muitos como o melhor motor
dessa categoria já produzido.
INÍCIOIdéia na cabeça e projeto em mãos, fal-
tava apenas o principal: dar início ao
trabalho. Assim, por dois anos a equipe
de profissionais, que ainda contou com a
entrada do pintor automotivo Ben Con-
ley, do designer de interiores Jim Griffin
e do especialista em cromeação Victor
VanderStar, deu início ao projeto.
Desde o princípio um do pontos que
havia ficado acertado entre a equipe
era de que o carro teria de se tornar um
legítimo Pro-Touring, nome dado pelos
norte-americanos ao automóvel que
recebe aprimoramentos mecânicos e
visuais. Além disso, outro item que não
seria alterado era a pintura – uma com-
binação de prata metálico “Silver Star”
e bordô “Charcoal Star” da PPG em
contraste com os detalhes cromados da
carroceria.
As alterações de carroceria são vi-
síveis, a começar pelas laterais, ago-
ra contando com faixas vermelhas e a
denominação Z06, nome do modelo do
Corvette que cedeu o motor para esse
carro. As rodas também são outro des-
taque aparente. Feitas sob encomenda
com inspiração em modelos antigos,
elas receberam pintura preta fosca
e calota com a inscrição SS. Para
completar, os pneus escolhidos para
Rodas aro 20 na traseira e 18 na
dianteira garantem um visual agres-
sivo ao sedan norte-americano
34 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
34-39 Impala.indd Sec1:3434-39 Impala.indd Sec1:34 21/12/2007 11:49:1221/12/2007 11:49:12
o esportivo da GM como inspiração são
as lanternas. Tradição entre todos os
Impalas produzidos até hoje, o conjunto
de seis lanternas foi substituído por um
de quatro, oriundas de um Camaro Z28
1970, com as bordas cromadas. O toque
final fica por conta da pintura “Dark Sil-
ver Star” no painel traseiro.
OBRA DE ARTESe parasse por aí, o resultado já estaria
de bom tamanho e credenciaria o car-
ro como uma das jóias raras do merca-
do de customização. Contudo, em uma
equipe na qual se encontra o nome de
David Eckert, algo mais poderia vir a
acontecer. E aconteceu!
Como a idéia do carro era a de adi-
cionar o motor, o sistema de transmis-
são e a suspensão do Corvette, o chassi
teria de ser alterado. E ninguém melhor
do que o proprietário da Eckert Rod and
Custom para realizar esse trabalho.
Assim, após quase dois meses de
desenvolvimento, surgia o novo chassi
do Corpala 63, que em seguida rece-
equipar as rodas aro 20 na traseira e
aro 18 na dianteira são os Toyo Pro-
xes T1R, medidas 305/30 R20 (atrás) e
255/35 R18 (frente).
Pretendendo dar uma cara mais in-
vocada ao modelo, o projeto desenvol-
vido por Meirnik apresenta uma parte
frontal lisa sem muitos adereços. Assim,
o capô recebeu a mesma pintura do res-
to da carroceria e a grande dianteira
cromada ganhou um tratamento espe-
cial da Star Bright Chrome and Plating,
garantindo mais brilho e imponência ao
Impala, em conjunto com os novos fa-
róis PIIA equipados com lâmpadas de
xenônio, além dos faróis de milha.
O design da traseira também não
fica devendo nada para carros com esse
nível de customização. Originalmente o
pára-choque é dividido em três partes,
porém aqui ele tornou-se único garan-
tindo um estilo mais agressivo, graças
ao desenvolvimento de dois recortes
que possibilitam a aparição do par de
ponteiras duplas de 3”, inspiradas no es-
tilo do Corvette. Outro detalhe que teve
Grade e faróis renovados deram mais vida
ao carro. O chassi também foi inteiramen-
te desenvolvido para este Impala
35SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
34-39 Impala.indd Sec1:3534-39 Impala.indd Sec1:35 21/12/2007 11:49:2821/12/2007 11:49:28
Interior recebeu couro vinho e elementos
cromados, além de um painel completo
com instrumentos de monitoração
Acima: traseira recebeu novo pára-
choque para acomodar as ponteiras
duplas de escape
36 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
34-39 Impala.indd Sec1:3634-39 Impala.indd Sec1:36 21/12/2007 11:49:3321/12/2007 11:49:33
beu o poderoso motor V8 LS7 de 505
cavalos, apimentado com intercooler
Magnuson MP122, ajustes na central
eletrônica e linha de combustível,
cabeçotes Finish Line e comando de
válvulas e sistema de exaustão duplo
QTP Screamer com canos de 3”. Com
as modificações e acertos da equipe,
o carro chegou à marca dos 550 ca-
valos de potência, oferecendo o má-
ximo de performance e segurança ao
mesmo tempo. Além da performance,
a equipe ainda desenvolveu um aca-
bamento de primeira linha no com-
partimento do motor, com muitos
detalhes cromados e a pintura “Dark
Silver Star”.
O novo chassi também recebeu o
conjunto de transmissão do Corvette
C5, com câmbio manual de seis mar-
chas e diferencial Unitrax 4.10, além de
um sistema de suspensão com braços
transversais CX Xtreme Suspension, de-
senvolvido especialmente para o carro.
O ponto final fica por conta do sis-
tema de freios dotados de discos de
14”, mordidos por pinças de seis pis-
tões Baer 6S Monoblock Extreme nas
quatro rodas. Todo o conjunto desen-
volvido por Dave Eckert foi realizado
pensando numa distribuição final de
peso de 50/50 que garante, acima de
tudo, estabilidade e segurança ao ami-
go e proprietário Christian Prusia.
Por dentro, nada de exageros.
Como todo rodder que se preze, Prusia
queria um acabamento que combinas-
se com o carro e que ainda oferecesse
acessórios não disponíveis na época.
Assim, o primeiro item modificado por
Jim Griffin foi o painel.
Para destacar o Corpala, diante da
concorrência acirrada do Sema Show,
Griffin adotou um estilo old school com
a implantação da coloração Bordô e Pra-
ta, inspiradas nas que são utilizadas nos
Rolls Royces. Os bancos, assim como o
painel e a forração das portas, são de
couro bordô, adornados com detalhes
cromados. No “chão”, a escolha recaiu
em um um tom cinza, o que garantiu
mais sobriedade ao carro, enquanto que
o volante é original de época, mas com
acabamento de couro.
A parte interna ainda inclui um sis-
tema multimídia composto de tela de 7”
touch screen Sony, responsável por en-
viar os sinais de áudio para dez falantes,
três amplificadores e dois subwoofers,
instalados no porta-malas.
Outro destaque na customização
dessa relíquia norte-americana ficou por
conta da instalação de um novo painel,
acrescido de instrumentos para monito-
ramento do motor, garantindo assim um
visual matador ao GM Corpala.
Sem dúvida um trabalho de muito
bom gosto e que mostrou que, com
uma equipe de profissionais qualifica-
dos, tudo é possível quando o assunto
é hot rods e custom cars, não só nos
Estados Unidos, como em qualquer ou-
tro país do mundo.
Coração de um Corvette LS7 que
rende mais de 500 cavalos. Um
verdadeiro Pro-Touring
37SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Coração de um Corvette LS7 que
rende mais de 500 cavalos. Um
verdadeiro Pro-Touring
34-39 Impala.indd Sec1:3734-39 Impala.indd Sec1:37 21/12/2007 11:49:5121/12/2007 11:49:51
Conheça algumas das mais curiosas histórias envolvendo a Chevrolet e saiba o por quê do sucesso mundial da montadora
POR TRÁS DOS
CURIOSIDADES
BASTIDORES
ESPORTIVO ACESSÍVELApresentado em meados de 1966, numa época em
que o segmento dos pony cars crescia com força
total, o Chevrolet Camaro surgiu para fazer frente
a lendas automotivas da época, como o Ford Mus-
tang e o Plymouth Barracuda.
O modelo chegou a ser fabricado nas carroce-
rias coupé, conversível e hard top e tinha no preço
o grande diferencial em relação à concorrência.
Com o fim da produção do lendário modelo nor-
te-americano, em 2002, muitos fãs lamentaram
sua “morte”. Porém, no Salão do Automóvel de
Detroit, em 2006, a GM surpreendeu o mundo com
a reedição modernizada do seu tradicional muscle
car, em resposta ao Mustang e ao Dodge Challen-
ger, apresentados ao mercado um ano antes.
Segundo os fanáticos pelo modelo, ele era con-
siderado um Corvette popular, devido a sua mecâ-
nica potente e preço baixo.
38 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
A s curiosidades que envolvem
o mundo dos automóveis são
muitas, sejam elas com relação
a origens, nomes, apelidos, os significa-
dos de cada sigla presente em versões,
capacidades cúbicas do motor e até
mesmo preço de lançamento.
Mas antes que comecemos a listar
algumas curiosidades que circundam por
trás dos bastidores do “cenário automobi-
lístico”, talvez seria o momento ideal para
questionar você sobre uma coisa: afinal,
qual a origem da palavra automóvel? Di-
fícil não é? Pois bem, a palavra “automó-
vel” surgiu na França em 1875 e vem do
Grego ‘autos’, que significa ‘por si só’ e do
Latim ‘mobilis’, que quer dizer ‘móvel’.
Contudo, não são somente essas as
curiosidades que fazem parte da cultu-
ra do automóvel: a curiosidade do ho-
mem nesse incrível meio de transporte
é imensa e normalmente remete a um
passado nostálgico e curioso, que teve
nas campanhas publicitárias um grande
impulsionador da indústria automotiva.
Porém, nada é mais interessante do
que a curiosidade sobre fatos históricos
envolvendo as montadoras e a Chevrolet
é uma delas. Confira uma seleção especial
que separamos para você.
38-39 Curiosidades.indd 3838-39 Curiosidades.indd 38 19/12/2007 20:25:2319/12/2007 20:25:23
O BOWTIEA idéia de utilizar o
“Bowtie”, como é co-
nhecido o logotipo da
Chevrolet, surgiu duran-
te uma visita a William
Billy Crapo Durant – um
dos fundadores da mon-
tadora – em um hotel em
que ficou hospedado na
França. Diz a lenda que Du-
rant ficou encantado com a
decoração da dependência do
hotel, e um elemento no papel de pa-
rede chamou sua atenção.
O visionário empreendedor pediu uma amostra do papel
e o utilizou mais tarde como logotipo de seus veículos. Po-
rém, o logo só apareceu de verdade em 1914 no Chevrolet
Pequeno Seis ou Modelo L, como ficou conhecido devido à
construção do cabeçote de seis cilindros em L.
CHEVROLET 490Em 1915 a Chevrolet desenvolveu um
automóvel equipado com motor de
quatro cilindros que rendia 20 cv.
Na época, o carro foi um tremendo
sucesso de vendas nos EUA. Tudo co-
meçou a partir de um simples projeto
de um carro popular que pudesse ser
vendido com preço competitivo em
relação ao seu concorrente, o Ford T,
à época, custando 495 dólares. Para
isso, a montadora criou o Chevrolet
490, que ganhou esse nome devido
ao seu preço: 490 dólares.
Desde então, o nome Chevrolet
tem sido sinônimo de grande qualida-
de conjugada com preços acessíveis.
MOTORES REFRIGERADOS A ÁGUAEm 1921 a Chevrolet planejou abandonar os motores refrigerados a água
para passar a adotar propulsores arrefecidos por cobre (um tipo de arrefe-
cimento a ar desenvolvido através de lâminas de cobre). Porém, apesar de
algumas tentativas, a medida revolucionária não foi para frente devido a
problemas de durabilidade. No total, foram construídos cerca de 800 veícu-
los com o novo tipo de motor.
SEGURANÇAFoi a Chevrolet, na década de 1960, que iniciou os
primeiros testes com as bolsas de ar, conhecidas
como airbags. Na época, a montadora estaduniden-
se desenvolveu algumas ferramentas primordiais
para as avaliações de segurança veiculares, caso
dos “Dummies Hybrid III”, bonecos que atualmen-
te são de uso comum na indústria automotiva para
testes de impacto frontal.
Após anos de testes, em 1974 nascia o primeiro
carro norte-americano equipado com o sistema. O
escolhido para a estréia foi o Oldsmobile Toronado,
que recebeu airbags para o passageiro. A GM tam-
bém foi a primeira montadora nos EUA a oferecer
veículos com o equipamento dos dois lados.
Texto Fernando Garcia Fotos Divulgação
TAMANHO É DOCUMENTOVocê sabe qual foi o primeiro veícu-
lo sub-compacto da Chevrolet fabricado
nos EUA? Foi o Vega. Fabricado entre
1971 e 1977, esse automóvel foi o an-
tecessor do nosso popular Chevette e,
assim como ele, também era comerciali-
zado com mecânicas 1.4 e 1.6 litros, sem-
pre com duas portas e carrocerias ha-
tchback, sedan e perua. O Vega também
possuía uma interessante configuração
denominada Panel Truck, que acabou
sendo considerado como o primeiro uti-
litário compacto da GM.
Anos depois, constatou-se que o car-
ro na verdade era uma perua furgão, só
que sem as janelas laterais traseiras.
39SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
38-39 Curiosidades.indd Sec1:3938-39 Curiosidades.indd Sec1:39 19/12/2007 20:25:2519/12/2007 20:25:25
pROJECTSopala SS
40 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V8.indd 40Opala V8.indd 40 19/12/2007 20:22:4919/12/2007 20:22:49
A lguns carros esportivos fize-
ram história em nosso país.
O Dodge Charger, o Maverick
GT e o Puma GTB são apenas alguns
exemplos de sucesso. Encabeçando
Apaixonado por carros antigos e motores potentes, mineiro resolve juntar as duas coisas para criar seu próprio sonho de consumo
essa lista está o Opala SS, considera-
do por muitas pessoas um ícone dos
muscle cars brasileiros.
Em meados da década de 1970, o
Opala, até então conhecido como o
Texto Rodolfo Parisi Fotos Marcello GarciaPor Roberto Cardinale Fotos Marcello Garcia
41SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V8.indd Sec1:41Opala V8.indd Sec1:41 19/12/2007 20:22:5419/12/2007 20:22:54
carro mais rápido do Brasil, perdeu
esse posto para o recém-chegado
Dodge Dart com mecânica V8. Foi
mais ou menos nessa mesma época
também que a Chevrolet decidiu lan-
çar um modelo esportivo para fazer
frente ao seu concorrente.
Surgia assim o Opala SS, versão
que trazia de fábrica um motor 4.1 li-
tros, com aproximadamente 140 cv e
faixas pretas dividindo o capô, marca
registrada desse esportivo. O deste-
mido carro se despediu no início da
década de 1980, mas deixou muitas
saudades e uma legião de fãs.
CAMARADA CHEVYO SS que você acompanha nesta edi-
ção pertence a Cláudio Castanõn,
um mineiro apaixonado por carros
potentes. Ele comprou o Opala de
um colecionador de São Paulo que
havia acabado de restaurar o veícu-
lo por completo.
Fabricado em 1973, o veículo ain-
da mantém seu design externo origi-
nal, e seu grande diferencial fica por
Restaurado com esmero e dedi-
cação, este é um dos Opala SS
mais bem conservados do país
Restaurado com esmero e dedi-
cação, este é um dos Opala SS
mais bem conservados do país
42 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V8.indd Sec1:42Opala V8.indd Sec1:42 19/12/2007 20:22:5619/12/2007 20:22:56
conta do que existe por debaixo do capô.
“Montei esse Opala com o motor que ele
deveria ter quando saiu de fábrica, pois
não existe nada melhor do que um V8”,
comenta Castanõn. Isso mesmo, além de
ser um carro impecável, ele tem um ver-
dadeiro canhão embaixo do capô.
Seu motor V8 350 com câmbio
Clark de cinco marchas, diferencial
Dana 44 blocado e dois escapamen-
tos, faz com que o carro produza ver-
dadeira música para os ouvidos dos
apaixonados pelos muscle cars.
E o barulho realmente assusta,
mas o mais impressionante é que
o veículo mantém sua estabilidade,
mesmo com toda essa potência. Se-
gundo seu proprietário, o motor foi
instalado no “cofre” sem nenhuma
solda ou furação adicional, e ele se
orgulha em dizer que para isso fo-
ram produzidos suportes em chapas
de aço, o que proporcionou ao Opala
a possibilidade de ser parafusado no
mesmo local do original.
Pneus mais largos e rodas aro
17” garantem uma melhor “pega-
da” durante as pilotagens
Herdado de um Chevy Camaro, o
V8 350 rende mais de 350 cv de
pura emoção
Herdado de um Chevy Camaro, o
V8 350 rende mais de 350 cv de
pura emoção
43SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V8.indd Sec1:43Opala V8.indd Sec1:43 19/12/2007 20:23:1119/12/2007 20:23:11
Herdado de um Chevy Camaro, esse
motor V8, antes de ser instalado no ve-
ículo, recebeu um verdadeiro banho de
loja para gerar mais 350 cv de potência.
Por dentro, o destaque fica para
a direção hidráulica e a embreagem.
Seus bancos são de vinil preto, e, no
painel, algumas alterações são respon-
sáveis pelo complemento do charme in-
terno do carro. O novo grafismo, como
exemplo, foi acompanhado de três ins-
trumentos responsáveis por mostrar a
quantas anda a temperatura, os giros
do motor e a pressão de óleo.
Segundo Castanõn, a principal di-
ficuldade para montar o projeto foi
encontrar mão-de-obra especializada
para trabalhar em um carro totalmen-
te original, pois seu objetivo desde o
início era não modificar nada ou qua-
se nada na estrutura do Opala.
Quem olha esse SS agora pode até
pensar que ele é um mero clássico res-
taurado, mas, se prestar um pouco mais
de atenção, irá perceber um pequeno,
mas importante emblema nos pára-la-
mas dianteiros com a inscrição 350, o
que entrega qual usina de potência o pa-
cato carro esconde em seu cofre.
Cláudio informa ainda que o veí-
culo é utilizado somente em ocasiões
especiais e que se sente orgulhoso ao
apresentá-lo em público. “As pessoas
ficam impressionadas com o acaba-
mento do carro e quando descobrem
que é um V8 350 ficam sem palavras”,
revela o feliz proprietário.
44 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V8.indd Sec1:44Opala V8.indd Sec1:44 19/12/2007 20:23:2419/12/2007 20:23:24
O painel manteve-se original, ganhando
apenas três instrumentos de monitora-
mento norte-americanos
O painel manteve-se original, ganhando
apenas três instrumentos de monitora-
mento norte-americanos
Acostumado a brincar nas arrancadas
de Curitiba, o proprietário não perdeu
a oportunidade de fazer um burnout
45SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V8.indd Sec1:45Opala V8.indd Sec1:45 19/12/2007 20:23:3319/12/2007 20:23:33
POR TRÁS DE UMGraças à união de dois visionários empreendedores, a GM hoje é tida como a maior montadora de automóveis do mundo
GRANDE NOME
46 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
HISTÓRIACHEVROLET
48-52 História da Chevrolet.indd46 4648-52 História da Chevrolet.indd46 46 19/12/2007 20:21:2319/12/2007 20:21:23
A história da General Motors, que co-
nhecemos por aqui, surgiu a partir
do começo da década de 1920, mais
precisamente no dia 26 de janeiro de 1925,
de acordo com o registro no II Tabelionato
de São Paulo, com o nome de Companhia
Geral de Motores S.A. A razão social logo se-
ria mudada para General Motors of Brazil.
No mundo, a General Motors Cor-
poration, também conhecida apenas
pela sigla GM, é uma gigante do uni-
verso automobilístico com sede em
Detroit, nos Estados Unidos da Amé-
rica, e dona de várias outras marcas,
entre elas Buick, Cadillac, Chevrolet,
GMC, Holden, Hummer, Opel, Pontiac,
Saturn, Saab e Vauxhall. O grupo GM
também tem participação na GM Da-
ewoo, Suzuki e Wuling. É ainda parcei-
ra da Isuzu, Subaru e Lada. Com tudo
isso, não é à toa que a GM é a maior
montadora de automóveis do mun-
do, empregando atualmente mais de
300.000 funcionários.
A PARCERIAMas. antes que comecemos a contar sua
transição por terras tupiniquins, vamos
47SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Texto Fernando Garcia Fotos Divulgação
48-52 História da Chevrolet.inddSec1:47 Sec1:4748-52 História da Chevrolet.inddSec1:47 Sec1:47 19/12/2007 20:21:2919/12/2007 20:21:29
Em 1912 nascia o Chevrolet Seis,
o primeiro automóvel produzido
pela montadora norte-americana
Amigos e rivais ao mesmo tempo, Louis
Chevrolet (de pé) e Henry Ford (no
volante) posam para a fotografia
voltar mais no tempo, iniciando no lon-
gínquo ano de 1911, em que o piloto Louis
Joseph Chevrolet (1878-1941) e William
Billy Crapo Durant (1861-1947), um em-
presário do ramo de carruagens, firma-
ram uma parceria no dia 8 de novembro,
resultando no nascimento da Chevrolet
Motor Car Company of Michigan.
Tanto o suíço Chevrolet, quanto o
americano Durant, tinham uma boa ba-
gagem automotiva em seus respectivos
currículos. Louis Chevrolet já desenvolvia
motores, o que o levou a ganhar gosto pe-
las corridas e a tornar-se um dos melhores
construtores e pilotos de sua época, pilo-
tando por 15 anos.
Astuto, destacou-se na sua pri-
meira corrida: a prova Three Miles,
da qual foi vencedor estabelecendo
o recorde mundial (na época) de 52,8
segundos, com uma velocidade média
de 109,7 Km/h.
Graças a Louis, seu irmão, Gaston
Chevrolet, também um bom piloto,
48 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
48-52 História da Chevrolet.inddSec1:48 Sec1:4848-52 História da Chevrolet.inddSec1:48 Sec1:48 19/12/2007 20:21:3219/12/2007 20:21:32
William Durant e o revolucionário
Chevrolet 490, que rivalizava
com o Ford T
ganhou em 1920 a famosa 500 Milhas
de Indianápolis com um Frontenac.
Já William Durant era um visio-
nário empreendedor que ficou famo-
so através da Durant-Dort Carriage
Company (1886), a maior fabricante
de carrocerias para carruagens dos
Estados Unidos, produzindo 50.000
unidades por ano.
Percebendo o potencial do mercado
de automóveis, Durant decidiu então
mudar de ramo: passou a produzir car-
ros. Assim, nasceu a Buick Motor Car
Company, em Flint, Michigan (1903),
financiada pela Durant-Dort Carriage
Company Office Building.
OS PRIMEIROS CHEVROLETO fruto dessa parceria renderia bons
frutos como o primeiro veículo da
Chevrolet: o Clássico Seis, de 1912. O
modelo, com 3,01 metros de compri-
mento, tinha capacidade para cinco
passageiros e era equipado com um
motor de seis cilindros em linha (4,9
litros) capaz de chegar a uma veloci-
dade final de 104 Km/h.
Revolucionário para sua época, o
modelo vendeu razoavelmente bem:
cerca de 2.999 unidades em 1912 e em
torno de 5.987 unidades em 1913. Ali-
ás, só por curiosidade, foi nesse mes-
mo ano que, pela primeira vez, a Che-
vrolet usaria seu logotipo: o “bowtie”
ou a famosa gravata-borboleta.
De acordo com uma lenda, o logoti-
po foi baseado na ilustração do papel
de parede de um hotel em Paris onde
William Durant teria se hospedado,
em 1908. Visionário, o suíço guardou
uma amostra na carteira para usá-la
como símbolo da marca anos depois.
Seguindo essa trajetória de suces-
sos, não demoraria muito para a mar-
ca lançar em 1915 o modelo 490 que
concorreria diretamente com o já fa-
moso Ford Modelo T. O 490 utilizava
motor de quatro cilindros e rendia 20
cv, tornando-se um verdadeiro suces-
so de vendas nos EUA. Seu preço de
US$ 490 era bastante competitivo se
comparado ao representante da Ford
que custava US$ 495.
49SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
48-52 História da Chevrolet.inddSec1:49 Sec1:4948-52 História da Chevrolet.inddSec1:49 Sec1:49 19/12/2007 20:21:3419/12/2007 20:21:34
Louis Chevrolet cruzando
a linha de chegada,
pilotando um Buick
Chevrolet e Amelia Earhart,
a primeira mulher a cruzar
o Atlântico, em 1932
VOCÊ SABIA?
O Chevrolet 490, lançado em 1915, deve
o seu nome ao seu preço? Ele foi feito
para competir diretamente com o mo-
delo Ford T e – tal como o seu concor-
rente – podia ser adtquirido por apenas
490 dólares norte-americanos.
Louis Chevrolet deixou a compa-
nhia em 1914, por não se entender
com o seu sócio, Billy Durant, acerca
do posicionamento da companhia?
Chevrolet queria construir veículos
exclusivos, ao passo que Durant pre-
feria carros populares.
A estratégia de ‘marca de valor’ da
Chevrolet foi expressa logo em 1929, no
slogan publicitário “A Six for the Price
of a Four“ (“Um de seis pelo preço de
um de quatro”). De fato, com o então
novo “Stovebolt Six”, o cliente era con-
templado com a suavidade e a acelera-
ção de um motor de seis cilindros pelo
preço de um motor de quatro.
A primeira fábrica da GM situada
fora da América do Norte foi constru-
ída na Dinamarca, em 1923? O então
Diretor de Produção da GM, William
Knudsen (1879-1948), emigrara da Di-
namarca para os EUA em 1899...
Em 1921, a Chevrolet planejou
abandonar os motores arrefecidos a
água para passar a adotar motores
arrefecidos por cobre? A medida re-
volucionária não foi para frente de-
vido a problemas de durabilidade. No
total, foram construídos cerca de 800
veículos com o novo tipo de motor.
O revés do motor arrefecido por
cobre deu origem ao primeiro recinto
dedicado a testes de automóveis? Até
à data, o Recinto de Testes de Milford
da GM, inaugurado em 1924, é o maior
do seu gênero no mundo.
O fundador da Chevrolet e da Ge-
neral Motors, Billy Durant (1861-1947),
teve de deixar a companhia devido a
problemas financeiros em três ocasi-
ões? Durant, que, a certa altura, de-
tinha uma fortuna de 120 milhões de
dólares, morreu como gerente de uma
pista de boliche.
50 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
48-52 História da Chevrolet.inddSec1:50 Sec1:5048-52 História da Chevrolet.inddSec1:50 Sec1:50 19/12/2007 20:21:3919/12/2007 20:21:39
CARA NOVACom visual renovado e um projeto acústico de fazer inveja, este sisudo Vectra Elite 2007 garante muita diversão e estilo ao seu proprietário
Com visual renovado e um projeto acústico de fazer inveja, este sisudo Vectra Elite 2007 garante muita diversão e estilo ao seu proprietário
U m dos grandes segredos das
customizações de qualidade
é efetuar uma boa parceria
com profissionais dotados de muitos
anos de experiência no ramo. E, se
o cliente ajudar, possuindo conhe-
cimentos e técnicas do assunto, o
resultado pode até superar as ex-
pectativas. É o caso deste Vectra
Elegance 2007, um carro de luxo
que foi totalmente reformulado para
saciar os desejos de seu dono.
A realização do projeto ficou a crité-
rio das empresas Vira Lata, da cidade de
Santos no litoral paulista, responsável pelo
design do body kit e pintura, e da Carneva-
le, loja de som, rodas e suspensão da Praia
Grande, outra cidade do litoral.
O proprietário, Ricardo Gonçalves
Norberto, 26 anos, não deixou por
menos na hora de montar essa bela
máquina do jeito que ele queria e pe-
diu para que o body kit desse uma
nova identidade ao sedan GM. Espe-
cialistas em transformações radicais,
os profissionais da Vira Lata não fize-
ram por menos e resolveram dar um
PROJECTsVECTRA
52 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
52-55 Vectra Santos.indd 5252-55 Vectra Santos.indd 52 19/12/2007 20:19:5719/12/2007 20:19:57
ar agressivo ao Vectra com a adoção
de um pára-choque exclusivo, inspira-
do no mesmo que equipa o SUV norte-
americano Dodge Magnum R/T com
grande dianteira estilizada.
Tanto trabalho foi recompensado
e fez do carro um dos mais elogiados
do litoral. Na traseira, o pára-choque
que equipa o setor também foi reesti-
lizado e passou a ser de fibra de vidro.
As laterais, por sua vez, receberam
novo design e são confeccionadas em
chapas de alumínio.
O sistema de iluminação recebeu
novos adereços, entrando em pauta
lâmpadas de xênon de 6.000k nos
faróis. O aplique de window film adi-
cionado aos vidros laterais dá a im-
pressão de que o teto do carro foi
rebaixado, enquanto que a antena de
teto, estilo “Shark”, garantiu mais ju-
ventude ao carro.
Com o novo estilo – mais apimenta-
do – novas rodas tiveram de ser adap-
tadas para atender as expectativas.
Logo, um conjunto norte-americano
aro 20” da HD Wheels, modelo Starlet
Texto Eric Inafuku Fotos Eric Inafuku
53SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
52-55 Vectra Santos.indd Sec1:5352-55 Vectra Santos.indd Sec1:53 19/12/2007 20:20:0219/12/2007 20:20:02
Black, foi instalado em conjunto com
pneus esportivos Toyo Proxes 4 nas
medidas 205/40 R20.
O apelo final da parte externa veio
com a instalação de um kit de suspen-
são a ar, equipada com mangueira e
solenóides de oito milímetros na dian-
teira e de uma polegada na traseira.
Esse tipo de acerto possibilitou uma
maior vazão de ar. Complementa o kit
um compressor de ar da empresa nor-
te-americana Airlift.
SÓ O ESSENCIALPor dentro os bancos foram revesti-
dos de couro, enquanto que o painel e
as laterais das portas receberam uma
pintura “branco pérola”. Para comple-
tar o requinte e esportividade interna,
dois manômetros de pressão de ar da
Orlan Rober de 52 mm foram instala-
dos no console central.
O sistema de som também é
um show à parte. Encabeçado por
uma unidade principal DVD Clarion
CRX755VD, com tela retrátil de 7,5
polegadas, o som parece que foi feito
para tremer os quarteirões.
Para levar toda a fidelidade aos
ouvidos dos passageiros, um kit três
vias Audiobahn foi instalado nas por-
tas dianteiras – o par de Mid Bass de
6” foi posicionado no local original
das portas e o Mid Ranger de 3” e
Tweeter estão alocados na altura do
espelho retrovisor.
Quem viaja no banco traseiro
também ganha em conforto graças à
instalação de um outro kit três vias
Audiobahn com Mid Bass disponíveis
nas portas e Mid Rangers e Tweeter
na coluna traseira. O ar multimídia é
intensificado com a presença de duas
telas Starsonic de 6,5 polegadas,
adaptadas nos encostos de cabeça
dos bancos dianteiros.
E a excelência não pára por aí. Se-
gundo o proprietário, o trabalho aqui
teria que ser TOP de linha. “Sempre
gostei de projetos acústicos com quali-
dade e, para isso, são necessários equi-
pamentos que mostrem, além dos agu-
dos, as batidas contundentes que só os
graves oferecem”, informa em referên-
A suspensão foi toda modificada e
a carroceria ainda recebeu rodas de
aro 20”, garantindo agressividade
54 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
52-55 Vectra Santos.indd Sec1:5452-55 Vectra Santos.indd Sec1:54 19/12/2007 20:20:0419/12/2007 20:20:04
cia ao trio de subwoofers Audiobahn
AW1000V posicionados no porta-malas
em caixas seladas com duplo duto de
6” e confeccionadas com madeira MDF
e vidro laminado de 21 mm. Para em-
purrar toda essa potência, dois amplifi-
cadores dbDrive foram adicionados ao
conjunto. Um deles, o SPA1250.1, opera
em conjunto com dois subwoofers de
12” e um outro, o SPA125.4, é responsá-
vel pelo terceiro de 15”.
Além desses, mais dois outros am-
plificadores Audiobahn A4002V, lo-
calizados nas laterais do porta-malas,
estão conectados aos falantes ofere-
cendo controle total no sistema esté-
reo do projeto acústico.
Por fim, para alimentar tudo isso,
uma bateria de 80 amperes foi instala-
da no local original, enquanto que mais
outras duas baterias auxiliares estão
escondidas no porta-malas.
TUDO NORMALApesar de tanto equipamento, o motor
é o original de 2.0 litros com oito válvu-
las e câmbio manual de cinco marchas.
Mas, para o futuro, Ricardo pretende
instalar um kit turbo adicionando mais
performance ao sedan.
Já na parte de customização interna
o proprietário informa que falta pouco
para ficar do jeito que sonha: “Ainda pre-
ciso colocar mais uma tela de 15” e um kit
de duas vias no porta-malas e assim pos-
so me dar por satisfeito”, informa esse
fanático por automóveis Chevrolet. Tanto
é que, antes desse, outros quatro mode-
los haviam passado por sua mão. E, sim,
foram customizados!
O painel foi customizado e
recebeu sistema de som com
aparelho reprodutor de DVD
O porta-malas conta com
equipamentos sonoros de
última geração. Top de linha!
55SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
52-55 Vectra Santos.indd Sec1:5552-55 Vectra Santos.indd Sec1:55 19/12/2007 20:20:1419/12/2007 20:20:14
PROJECTSMALIBU
56 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
56-61 Chevelle Verde.indd 5656-61 Chevelle Verde.indd 56 19/12/2007 20:17:4119/12/2007 20:17:41
ESTILOEMPRESÁRIO PAULISTA TRANSFORMA SEU SONHO EM REALIDADE E RECRIA
ESTE MALIBU COM INSPIRAÇÃO NOS MODELOS NORTE-AMERICANOS
AMERICANO
Texto Rodolfo Parisi Fotos Marcello Garcia
57SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
56-61 Chevelle Verde.indd Sec1:5756-61 Chevelle Verde.indd Sec1:57 19/12/2007 20:17:4519/12/2007 20:17:45
Entusiastas por clássicos podem
passar a vida procurando pelo
carro ideal para restaurar e tra-
zer de volta seu brilho de época. Mas
são inúmeras as dificuldades, e a maior
parte destes problemas é bastante co-
mum com veículos antigos: a falta de
peças no mercado brasileiro e a escas-
sez de mão-de-obra especializada em
restauração. Muitas vezes os proprie-
tários de alguns carros clássicos pre-
cisam se desdobrar para reconstruir o
que a ferrugem tomou conta depois de
muito tempo ou, pior ainda, em um to-
tal estado de abandono.
Mas existem aqueles que contaram
com a sorte. Rodrigo Mesquita é um
empresário, dono de uma oficina de
reparação automotiva em Limeira, no
interior de São Paulo, que foi privile-
giadoao encontrar este Chevrolet Mali-
bu de 1969. O carro, ao sair da fábrica,
possuía a carroceria branca e seu inte-
rior contava com bancos revestidos na
cor azul. O primeiro proprietário do ve-
ículo fez apenas uma mudança, trans-
formando o carro branco em bege.
Assim ficou por mais de 20 anos, pas-
sando por negociadores de carros até
chegar às mãos de Rodrigo, que logo
iniciou o processo de desmontagem a
fim de verificar o estado da carroceria
e seus componentes.
Segundo Rodrigo, o projeto reser-
vado para o Malibu se iniciou com uma
surpresa agradável. Ao realizar o proces-
so de remoção da pintura, notou-se que
a carroceria estava em ótimo estado de
conservação, livre de grandes corrosões
ou reparos malfeitos, e que o chassi tam-
bém estava preservado de danos. Tudo
isso poupou muito tempo de reparação e
só animou a equipe para acelerar a res-
tauração – um verdadeiro achado, como
dizem os colecionadores.
Rodas aro 20” equipadas com pneus
de perfil baixo são garantias de
sucesso nas ruas
58 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
56-61 Chevelle Verde.indd Sec1:5856-61 Chevelle Verde.indd Sec1:58 19/12/2007 20:17:4619/12/2007 20:17:46
Em paralelo a essa fase, haviam sido
encomendadas as rodas de origem japo-
nesa, Tsuya, de 20 polegadas, no modelo
Flow, já montadas em pneus Toyo Tires de
medidas 245/35, modelo Proxes 4. Dentro
da oficina já estava sendo desenvolvida
uma das cores que diferenciaria esse pro-
jeto, após vários testes até chegar à tona-
lidade desejada. Toda inspiração veio de
revistas ligadas a customização automo-
tiva e em especial a um programa de TV,
Overhaulin, no qual o especialista em Hot
Rods Chip Foose restaura clássicos ameri-
canos com design atualizado.
O chassi foi separado do restante do
veículo, lixado e totalmente pintado.
Já na carroceria, os frisos foram
retirados e as quatro portas, alisadas,
além da pintura em dois tons, verde e
preto, separados por uma faixa laranja
que faz o acabamento.
Alguns componentes permaneceram
originais, como faróis, lanternas trasei-
ras e retrovisores externos. Essa mistura
do antigo com o contemporâneo provoca
polêmica por onde passa, arrancando do
público elogios e críticas.
O motor de seis cilindros original
saiu, e agora ronca no lugar um V8 small
block modelo 305 vindo de um Camaro
1978, que possui como característica o
virabrequim do 350 e diâmetro de pistão
menor até do que os modelos 265 com
94,9 mm, mas os pistões, bielas e co-
mandos não foram alterados. A alimen-
tação é feita por um carburador Holley
quadrijet 650, que está montado em um
coletor de admissão Edelbrock em alu-
mínio modelo Torker II que garante um
bom fluxo ar/combustível. O sistema
de ignição foi modificado. A bobina e o
distribuidor são da marca Mallory, e os
cabos de vela de 10 mm da fabricante
Nika. A exaustão dos gases também foi
PIntura em dois tons, recebeu
um fino toque de laranja,
garantindo mais estilo
59SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
56-61 Chevelle Verde.indd Sec1:5956-61 Chevelle Verde.indd Sec1:59 19/12/2007 20:17:5819/12/2007 20:17:58
otimizada, com um coletor de escape
8x2 ligado a dois abafadores construídos
de forma artesanal pelo próprio Rodrigo,
que teve como base o modelo de uma
fabricante americana Flowmaster, que
proporciona um ronco indescritível. Eles
estão localizados logo abaixo dos bancos
traseiros com canos de três polegadas.
O sistema de escape acaba logo abaixo
dos assentos traseiros. Outra melhoria
foi no conjunto de freios dianteiros, que
agora conta com o sistema de disco vin-
do do Opala. O sistema traseiro continua
a tambor original.
Olhando de longe, à primeira vista
parece que o carro teve a suspensão
rebaixada, mas na verdade a suspensão
é original. Além de as rodas oferecerem
essa ilusão, o peso extra do motor V8
abaixa ligeiramente a frente proporcio-
nando esse visual agressivo.
Na parte interna, este Malibu rece-
beu poucas mudanças, porém eviden-
tes, como o revestimento dos bancos
em couro verde-folha com detalhes nas
costuras em laranja e verde. Os ban-
cos dianteiros, antes inteiriços, foram
substituídos pelos que equipam o GM
Vectra. Entre eles fica o console da Bla-
zer automática, também da Chevrolet,
mas que recebeu uma personalização
especial e guarda praticamente todos
os comandos elétricos, incluindo os da
abertura dos vidros, das portas e até
mesmo do quebra-vento. Para concluir
as modificações internas, foi instalado
um o volante Momo com acabamento
em madeira. Os instrumentos do pai-
nel, assim como os detalhes das portas,
são totalmente originais.
O carro foi concluído em um ano,
mas Rodrigo afirma que faltam alguns
V8 Small Block, transplantado de um Chevy
Camaro, garante potência na medida certa para
o clássico norte-americano
60 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
56-61 Chevelle Verde.indd Sec1:6056-61 Chevelle Verde.indd Sec1:60 19/12/2007 20:18:0519/12/2007 20:18:05
detalhes para terminar por completo.
O valor gasto é recompensando quando
se abre a porta e vira a ignição. O ron-
co indescritível dos 300 cavalos de força
estimados é música para todo entusias-
ta por carro, seja ele conservador ou um
apaixonado por Muscle Cars.
Interior restaurado, recebeu bancos de
couro com costura especial e comandos
elétricos para vidros e portas
61SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
56-61 Chevelle Verde.indd Sec1:6156-61 Chevelle Verde.indd Sec1:61 19/12/2007 20:18:1519/12/2007 20:18:15
UMA HISTÓRIA NOTÁVELTradição e prestígio marcam para sempre a trajetória de sucesso da Holden, uma montadora australiana que chamou a atenção da gigante General Motors
Poucas empresas automotivas
no mundo fizeram e continuam
fazendo tanto sucesso quanto
a Holden. Com 151 anos de tradição,
a montadora é considerada uma das
marcas de maior prestígio no mercado
internacional, principalmente na Aus-
trália, seu país de origem.
Tudo começou quando James Ale-
xander Holden, um jovem fabricante
de produtos de couro e selas para
animais, resolveu associar-se a Henry
Adolf Frost, em 1885, para juntos ini-
ciarem um trabalho de reparo e reno-
vação de carruagens.
Ao longo dos anos e aos poucos, a
Holden&Frost foi ganhando credibilida-
de e transformando-se em uma das mais
respeitadas empresas do ramo. Os anos
passaram, e as carruagens começaram a
perder espaço para os automóveis. Cien-
te de todos os avanços tecnológicos, a
Holden resolveu entrar para o mercado
automotivo e, ainda tímida, em 1910, ins-
tituiu seu primeiro departamento volta-
do para esse novo desafio.
Dispostos a manter a confiança que
DIVISÕESHOLDEN
62 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
62-65 Holden.indd 6262-65 Holden.indd 62 19/12/2007 20:15:1519/12/2007 20:15:15
Holden Efijy, réplica high
tech, inspirada no clássico FX
da década de 1950
seus tradicionais clientes depositavam na
empresa, tudo foi cautelosamente prepa-
rado. Foram quatro anos de espera até que
a primeira carroceria fosse concluída com
a qualidade desejada. Máquinas avançadas
e técnicas inovadoras asseguraram o pro-
duto que acabava de chegar ao mercado,
surgindo assim a Holden’s Motor Body
Builders Ltd., que sete anos mais tarde
já tinha uma produção em grande escala
para chassis importados de marcas como
Dodge, Chevrolet e Overland.
No entanto, a excelência do produto
oferecido lhe proporcionou exclusividade
na construção de carrocerias para a Ge-
neral Motors, na Austrália, que no início
foi feita da mesma forma como era de-
senvolvida com as outras montadoras.
EXCLUSIVIDADE GMA partir de 1924 a produção anual da Hol-
den atingiu 22.150 unidades produzidas,
contra as 11.664 unidades fabricadas em
1923. De geração em geração a empresa
continuou crescendo. Porém, em 1929, a
Austrália sentiu os efeitos da depressão
econômica ocasionados com a queda da
bolsa de Nova York, fazendo com que as
Texto Claudia Cardinale Fotos Divulgação
63SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
62-65 Holden.indd Sec1:6362-65 Holden.indd Sec1:63 19/12/2007 20:15:1919/12/2007 20:15:19
vendas de seus produtos despencassem
em números significativos.
Receosos com o futuro da compa-
nhia, em 1931 a Holden foi vendida para
a General Motors e passou a se chamar
General Motors Holden’s Ltd. e, a partir
daí, em vez de produzir apenas carro-
cerias, os executivos da marca decidi-
ram criar um veículo nacional.
As conversas para essa produção
foram se intensificando ao longo dos
anos, até que, em 1939, o projeto deno-
minado “2.200” começou a ganhar for-
ma. Contudo, com o advento da Segun-
da Guerra Mundial, iniciada em 1940,
os planos da montadora tiveram de ser
interrompidos. Mesmo assim, operando
em conjunto com as Forças Armadas, a
empresa aproveitou para adquirir mais
conhecimentos, fazendo com que a GM
Holden ganhasse experiência e habili-
dade dentro do ramo automotivo.
O PRIMEIRO CARROQuando a guerra terminou, em 1945,
a GM-H resolveu atender a um pedido
do governo da Austrália para fabricar o
primeiro carro totalmente australiano.
Assim, no dia 29 de novembro de 1948
o veículo foi apresentado ao público.
O primeiro Holden, chamado de 48-
215, que mais tarde receberia o nome de
FX, teve uma produção pequena no início:
apenas 10 veículos. Porém, no ano seguin-
te, o número saltou para 7.000 unidades,
abastecendo em parte as garagens dos
consumidores australianos, mostrando-se
como um verdadeiro sucesso.
Apesar de ter sido construído na
Austrália, o projeto foi adaptado de um
carro americano. Essa versão, de qua-
tro portas, possuía capô e porta-ma-
las bem mais altos que os pára-lamas,
ampla grade dianteira, muito cromo e
formas arredondadas. O FX reunia ain-
da características avançadas como um
motor de 2.15 litros e seis cilindros. Ti-
nha potência de 60 cv, atingia uma ve-
locidade média de 130 km/h e ainda era
econômico: 10 km/litro de gasolina.
A carroceria pesava pouco, menos
de uma tonelada, favorecendo ainda
mais o acerto mecânico. De porte mé-
dio, com 4,37 metros de comprimen-
Sonho de consumo dos surfistas
australianos, o Hz Sandman fez
sucesso no fim da década de 1970
64 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
62-65 Holden.indd Sec1:6462-65 Holden.indd Sec1:64 19/12/2007 20:15:2119/12/2007 20:15:21
to por 1,70 m de largura e 1,56 m de
altura, o carro oferecia conforto para
até seis ocupantes. Com todos esses
predicados, o carro logo se tornou um
dos mais desejados da época.
Com o sucesso do primeiro carro,
a Holden se animou para a produção
de um novo modelo. Compartilhando
a mesma base da carroceria tradicio-
nal, a montadora desenvolveu em 1951
sua primeira Utility Holden Coupe.
O modelo 50-2106, conhecido como
UTE, logo se transformou em outro
lançamento de sucesso.
Nos anos seguintes, graças a sua
dedicação constante, a marca foi se
consolidando no mercado e atingiu re-
corde de vendas em 1953 com a criação
de uma segunda versão do carro. Deno-
minado de FJ, o veículo se transformou
no automóvel mais popular do país. As
diferenças em relação ao seu anteces-
sor foram sutis, tendo a grade vertical
substituída por um modelo horizontal.
Porém, a lista de acessórios aumentou,
assim como sua opção de cores. O mo-
tor também foi aperfeiçoado fazendo
com que a velocidade final passasse a
atingir os 200 km/h.
Segundo pesquisas, nessa época o
número de veículos GM-H nas estra-
das australianas ganhava proporções
enormes tanto que, de cada três car-
ros, um era da GM-H. Com isso, não
demorou para que a montadora se
tornasse líder no mercado.
Para as mudanças apresentadas em
1956, a empresa fez um investimento
pesado na melhoria de seus automóveis,
caso do FE que chegou às lojas com li-
nhas remodeladas, vidros curvados e
janela traseira maior que a dos modelos
anteriores, proporcionando uma melho-
ria de visibilidade em torno de 40%.
CONSOLIDAÇÃOAo longo de sua história, a Holden foi
uma das grandes líderes de vendas dos
anos 50/60 e 70, produzindo uma suces-
são de veículos que fizeram a cabeça do
público mais exigente.
A montadora sempre demonstrou
flexibilidade, e a cada ano se apresentava
de forma mais ágil e eficaz. Desde 1948
até hoje já foram mais de 7,8 milhões de
veículos vendidos. Um de seus grandes
recordes ocorreu em 2004, quando che-
gou a 178.000 unidades.
O sucesso da marca não se res-
tringe à Austrália. As exportações,
que tiveram início em 1954, fizeram
com que os modelos se tornassem
conhecidos e cobiçados em vários ou-
tros países. Durante todo esse perío-
do, mais de 750.000 modelos e cerca
de quatro milhões de motores Holden
foram fabricados somente para aten-
der a demanda externa.
Em sua lista de criações está o Caprice,
o Berlina, o Calais, o Commodore, o Epica,
o Astra, o Barina, o Tigra, o Viva, o States-
man, o Combo, Crewman, o Monaro, o To-
rana, o Rodeo, o Captiva, o UTE, o Gemini,
o Vectra, o Omega entre outros, inclusi-
ve carros conceitos como o Torana TT36
e o EFIJY/Custom/Coupé.
O conceito Holden Torana GTR-X, um
esportivo em todos os sentidos
65SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
62-65 Holden.indd Sec1:6562-65 Holden.indd Sec1:65 19/12/2007 20:15:2619/12/2007 20:15:26
PROJECTScorsa
EVOLUÇÃOCONSTANTEApós viver na Alemanha e ver de perto asmáquinas germânicas customizadas, bancário transforma seu Corsa 1.8 Maxx 2005em uma verdadeira casa de shows
66 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
66-69 Corsa Kompressor.indd 6666-69 Corsa Kompressor.indd 66 19/12/2007 20:13:2819/12/2007 20:13:28
Desejar algo em demasia pode
tornar-se um vício incontrolá-
vel se não for bem dosado. Se
o caso ainda tiver o reforço positivo
de anos de vivência em um local onde
o mais simples dos carros dá um verda-
deiro “banho” nos produzidos por aqui,
isso pode se intensificar.
E foi assim com Henry Rover, 26
anos, um bancário fanático por auto-
móveis que morou por um ano na Ale-
manha, terra das famosas Autobahns,
em que os carros atingem os 250 km/
h sem o risco de levar multas e onde
a cena local dos chamados “tunings”
tem grande força.
De volta ao Brasil, já em 2004 Henry
estava à procura de um carro que pu-
desse atender suas expectativas quanto
à performance e, principalmente, acús-
tica. “Normalmente as pessoas fazem
carros para os outros, com elementos
na parte externa e tudo mais. Eu prefiro
algo para mim, por isso o projeto de som
de qualidade”, comenta Rover.
Com o carro em mãos, o bancário
iniciou a busca por uma empresa de áu-
dio que soubesse executar um trabalho
classe A. E a escolha recaiu na renoma-
da loja paulistana Leandrini, dos irmãos
Willy, Telly, Ricky e Tony Leandrini, ami-
gos de infância de Rover.
O projeto contou ainda com alguns
aprimoramentos visuais como adoção
de bancos de couro, volante esportivo,
pedaleira, manoplas e tapetes da em-
Texto Rodolfo Parisi Fotos Marcello Garcia
67SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
66-69 Corsa Kompressor.indd Sec1:6766-69 Corsa Kompressor.indd Sec1:67 19/12/2007 20:13:3619/12/2007 20:13:36
presa italiana Momo. Além disso, para
monitorar o motor preparado, foram
instalados manômetros Autometer Car-
bon de monovacuômetro, hallmeter e
conta-giros Monster com shift light em-
butido. Um computador de bordo Fuel
Tech complementa o jogo de acessórios
para controle do motor.
CONTROLE DE DECIBÉISSe na customização visual o carro não
evoluiu tanto, o mesmo não pode ser
dito do projeto multimídia. O traba-
lho executado pela Leandrini foi de
primeiro mundo e, olhando no painel,
praticamente não entrega o que o car-
ro oferece, afinal estão acomodados
apenas o aparelho de DVD Pioneer
AVH P5750 e um botão que comanda a
intensidade do subwoofer. O primeiro
item, por sinal, conta com o diferencial
de ser escamoteável, o que possibilita
ao proprietário camuflar o equipamen-
to para evitar furtos.
Com a unidade central escolhida,
deu-se início à aquisição dos outros
equipamentos que fortaleceriam o
projeto, caso dos dois kits duas vias
Lightning Áudio, um deles instalado
nos locais originais das portas dian-
teiras, e, o outro, especialmente po-
sicionado na coluna do porta-malas
(virados para os encostos de cabeça
traseiros) oferecendo uma sensação
de palco acústico.
O toque de luxo da parte interna se
deu com a implementação de quatro
telas Napoli de 5,4” nos encostos de
cabeça dos quatro assentos. Os equi-
pamentos ainda oferecem entradas de
cabo de áudio, permitindo que cada
passageiro escute o áudio da forma
que mais lhe agrada.
Mas é no porta-malas que o projeto
toma sua forma mais exclusiva. Adap-
tados a uma caixa acústica especial-
mente desenvolvida para o Corsa com
acabamento emborrachado, estão dois
subwoofers Rockford Fosgate modelo
Power 1. Cada equipamento de 15” ofe-
rece uma potência real de 600 Watts
RMS, empurrados pelo poderoso ampli-
ficador Punch P8002 que, quando liga-
do em bridge, pode oferecer 800 Watts
RMS. Um outro amplificador de quatro
canais Rockford Fosgate Punch P4004
de 400 Watts RMS fica responsável pela
parte estéreo do projeto.
Para finalizar o projeto multimídia,
foi instalado um megacapacitor (equi-
pamento que fornece cargas elétricas
para o sistema de áudio) Lightning
Áudio de 1.5 farad.
VISUAL + POTÊNCIA“Sempre gostei de carros mexidos. Tan-
to é que o meu próximo projeto será
um Nova 70 ou um Malibu 67, comenta
Rover que optou pela instalação de um
projeto exclusivo neste Corsa: um com-
pressor Blower M45.
O projeto teve à frente a empresa
paulista Blower Company, especializa-
da na instalação desse tipo de mecâ-
nica que oferece mais potência e du-
rabilidade ao motor. A transformação
ainda conta com filtro de ar esportivo
K&N, Fueltech Pro 1F, escape 4 em 1
desenvolvido pela Binho Escapes e kit
de óxido nitroso da NOS, que propor-
ciona um aumento de 40 cavalos nos
Rodas aro 18” em conjunto com
um sistema de suspensão especial
garantem um visual esportivo
68 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
66-69 Corsa Kompressor.indd Sec1:6866-69 Corsa Kompressor.indd Sec1:68 19/12/2007 20:13:4119/12/2007 20:13:41
163 cavalos já existentes. O toque fi-
nal fica para a instalação de velas NGK
BR10ES, equipadas com cabos de vela
Maxfire Competition. O resultado final
é um carro forte, 26 kgfm de torque a
5.250 rpm e confiável.
Para manter o carro no chão e es-
tável em curvas, foi instalado um sis-
tema de suspensão regulável da Drift
Suspension e rodas Noova NV10 aro
18X7”, camufladas com pneus Toyo
Proxes T1-S 215/35 ZR18. O sistema de
freios conta com pastilhas esportivas
e óleo de freio DOT 5, ideal para carros
de alta performance.
Como todo bom apaixonado por
customização que se preze, Rover
não conseguiu se manter longe do
upgrade visual, no entanto o trabalho
realizado no Corsa chama a atenção
pelo bom gosto.
Nesse setor, a Leandrini também
foi a escolhida e tratou de deixar o
carro sem as maçanetas das portas e
porta-malas, agora comandadas por
controle remoto, e ainda instalou lan-
ternas alemãs exclusivas da FK mode-
lo 3D Cristal e um kit de faróis xênon
de 7000K da Xenon K2.
Sonho realizado e vício controlado.
Assim, Henry Rover conseguiu saciar a
vontade de ter um carro igual aos que
via na Alemanha. No entanto, ele garante
que não pára por aí. Segundo o bancário,
os próximos passos virão na forma de um
muscle car poderoso. “Não adianta que-
rer parar. A customização é uma evolu-
ção constante”, finaliza.
O motor foi equipado com compres-
sor de Mercedes e óxido nitroso
para render mais de 200 cv
Acabamento luxuoso
e projeto acústico
TOP de linha
69SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
66-69 Corsa Kompressor.indd Sec1:6966-69 Corsa Kompressor.indd Sec1:69 19/12/2007 20:13:4719/12/2007 20:13:47
pROJECTSOpala V6
Estilo refinado no interior (ao lado)
e agressivo na parte externa com
rodas aro 18 e carroceria shaved
70 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V6_certo.indd 70Opala V6_certo.indd 70 19/12/2007 20:11:1319/12/2007 20:11:13
Tentar explicar a relação entre al-
guma ciência terapêutica compor-
tamental e o antigomobilismo de
uma forma coesa pode ser uma tarefa
complicada. Mas o advogado paranaen-
se Denis Norton Raby, de 45 anos, não
só tem na ponta da língua uma teoria
imediata que sintetiza os aspectos pas-
sionais e filosóficos dessa mistura, como
também a usa com eficiência, para ate-
nuar algumas mazelas que passa no co-
tidiano estressante de cidade grande: a
‘Opalaterapia’, denominação criada por
ele para caracterizar o que considera sua
forma de expressão mais intensa.
“Um carro é uma experiência senso-
rial sofisticada e complexa que lida com
formas e movimento. Meu primeiro au-
tomóvel foi este Opala L ano 1981, que
me acompanhou em muitos momentos
felizes e, principalmente, nas fases mais
OPALATERAPIAAdvogado fanático pelo clássico sedan Chevrolet, utiliza do seu tempo livrepara desenvolver um Opala dos sonhos e liberar o stress cotidiano
complicadas. Era um carro bastante fun-
cional na década de 1980 por ser muito
espaçoso”, lembra. “A mecânica sempre
foi confiável e ele é, no Brasil, o único re-
manescente da linha ‘bottle neck’ após a
saída de mercado do Maverick”, finaliza.
Com o passar do tempo, Raby adqui-
riu outros carros, mas nunca teve cora-
gem de se desfazer do antigo amigo de
mais de 20 anos de convivência. Assim,
em 2001, decidiu promover uma série
de mudanças em toda estrutura interna
e externa para reforçar suas caracterís-
ticas básicas e deixá-lo em plenas condi-
ções de ser usado com freqüência.
TERAPIA DE CHOQUE A base mecânica moderna escolhida
para apimentar a alma de seu Opala
foi um motor Vortec V6 262, um pro-
pulsor que preza aspectos de regulari-
dade e confiabilidade e que no Brasil
equipa algumas picapes S-10 e Blazer.
Assim, o primeiro preparador a inter-
vir no carro foi Aphonso Bardhall, de
Curitiba, que logo precisou pensar em
uma série de ajustes milimétricos no
cofre do motor para que este coubes-
se dentro do espaço do Opala.
“Nesse tipo de adaptação, é funda-
mental ajustar o agregado, alinhar o eixo
cardã em relação ao virabrequim e re-
forçar o diferencial, já que partíamos de
um carro quatro cilindros”, informa Bar-
dhall, que decidiu também manter o mo-
tor apenas com a alteração da admissão,
passando a ser com carburação Edelbro-
ck de 500 CFM assentada sobre uma ad-
missão de alumínio da mesma marca.
Bardhall também foi responsável por
escolher a caixa de câmbio modelo THC-
350 GM, inteiramente revisada por ele
Por Fernando Cappelli Fotos Marcello Garcia
71SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V6_certo.indd Sec1:71Opala V6_certo.indd Sec1:71 19/12/2007 20:11:2819/12/2007 20:11:28
com peças B&M, conversor reforçado, e
um kit Transpack.
Para ressaltar a eficiência da dirigi-
bilidade, o conjunto de direção hidráu-
lica, parte integrante do conjunto do
Vortec V6, foi mantido. O chassi mono-
bloco do Opala é o original, mas o agre-
gado dianteiro foi reforçado e gabarita-
do. O assentamento do motor (suporte
dos coxins) foi inteiramente refeito,
para acomodar o V6. Houve também
uma pequena modificação na “parede
corta fogo” para poder encaixar o dis-
tribuidor. Com isso, o “fecho” do capô
passou a ser duplo (tipo o do Passat). O
conjunto de suspensão - também origi-
nal - foi totalmente revisado, ganhando
recalibragem das molas e instalação de
novos amortecedores a gás.
Com toda essa adaptação ousada
(de acordo com o proprietário, não
existem muitos registros de Opalas com
Vortec V6 por aqui), veio na seqüência
à elaboração dos reparos e customiza-
ção da carroceria. Para isso, entrou em
cena a equipe da AC3 Cars, também de
Curitiba, sob a batuta do preparador
Idini Gamballi Jr.
O projeto partiu da completa des-
montagem do Opala, seguida da “de-
capagem” da pintura. Nessa fase, fo-
ram descobertos painéis e partes bem
comprometidas pela ação do tempo,
que foram substituídas com o trans-
plante de peças originárias de outros
veículos doadores.
Algumas modificações, como a ado-
ção do estilo shaving (raspagem) de
todas as fechaduras e maçanetas, tam-
bém serviram para dar uma nova iden-
tidade ao Opala. E a instalação de um
sistema eletrônico como substituição,
deu um toque mais imponente.
Já a escolha das rodas foi um traba-
lho de garimpo. Raby colocou modelos
Sportiva Milano aro 18, calçadas com
pneus Dunlop de medidas 245/40 ZR18,
para criaram uma boa junção entre de-
sign e adaptação às caixas de roda. Os
faróis e lanternas ainda são os originais
de 1981 e os pára-choques customizados
foram retirados de um Opala 1986.
Sistema de som com qualida-
de, faz a festa dos ocupantes
do sedan brasileiro
72 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V6_certo.indd Sec1:72Opala V6_certo.indd Sec1:72 19/12/2007 20:11:3219/12/2007 20:11:32
CROMOTERAPIA Para a pintura, foi analisada a ficha
do automóvel que originalmente era
em uma tonalidade bege e posterior-
mente foi pintado de “azul médio GM”.
Optou-se então por manter o azul,
mas com a adição de uma tonalidade
totalmente fechada e de pigmentação
roxa, que proporcionou um acaba-
mento ‘camaleão’ para o carro. “Pela
noite o Opala é preto. De dia, na som-
bra, é um azul metálico bem formal.
E sob o sol fica com um brilho sofisti-
cado que realmente desafia qualquer
classificação”, explica Raby.
Na parte interna, o requinte fica
por conta do revestimento dos ban-
cos e forramento das portas, todos
refeitos em couro. Os instrumentos
do painel foram adaptados de um
Opala 1988, enquanto que o volante é
um modelo da marca Lenker e a ma-
nopla de câmbio é Hurst.
“O próximo passo será customizar o
painel. Pretendemos efetuar uma substi-
tuição por uma peça totalmente perso-
nalizada. Além disso, estudamos retraba-
lhar os pára-choques e realizar pequenas
intervenções externas que não afetem o
design como, por exemplo, trocar a gra-
de dianteira por algum outro desenho
que torne a frente mais esportiva”, diz o
preparador Idini.
O Opala ainda conta com um projeto
sonoro elaborado pela loja TechSound,
de Curitiba (PR), com auto-falantes e
CD player Pioneer P1Y, além de um mó-
dulo amplificador de cinco vias Alpine.
“Estou feliz porque este Opala é um
rascunho de estilo, uma espécie de ca-
derneta onde fui anotando idéias sobre
como fazer as coisas quando estou li-
dando com carros antigos. Em síntese,
me ajudou a acabar com a ansiedade
de oficina. Hoje tenho muito mais cal-
ma na hora de conduzir os meus proje-
tos de restauro ou customização”, afir-
ma Denis, que para poder manter em
dia e compartilhar seu estilo pessoal
desta que considera uma ‘terapia co-
letiva automotiva’, criou um blog que
atualiza periodicamente.
O endereço é o: http://www.opa-
lav6.blogspot.com.
Motor V6 262 preparado, é o mes-
mo que equipa a picape S10 e o SUV
Blazer produzidos no Brasil
73SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
Opala V6_certo.indd Sec1:73Opala V6_certo.indd Sec1:73 19/12/2007 20:11:5519/12/2007 20:11:55
Faça você mesmoMANTA ASFÁLTICA
Passo 1A manta é comercializada em vários tama-
nhos e normalmente em rolos. Uma de suas
faces é metálica, enquanto a outra, adesiva,
deverá ser fixada na lataria do veículo
Passo 3Retire a fita protetora fixada na parte
adesiva da manta asfáltica.Tome cuida-
do para não deixar aderir nenhum tipo de
sujeira ou impureza
Passo 2Por fora, a manta lembra aqueles proteto-
res de pára-brisa que evitam com que os
raios solares entrem dentro do carro. Essa
parte é o que chamamos de isolante
Instale a manta asfáltica nas partes internas de seu veículo e acabe com aqueles barulhos insistentes
SEM RUÍDOSU
m dos problemas mais comuns
encontrados em veículos com
sistemas de som de qualidade,
é a vibração de partes metálicas como
portas e laterais internas, causada pela
fina camada da lataria dos automóveis
fabricados atualmente. Uma das solu-
ções para esse problema é a aplicação
de mantas asfálticas ou de revestimen-
tos aplicados com pistolas de pintura.
Um dos produtos mais conhecidos dos
experts em som automotivo é a manta
Dynamat, um produto norte-americano
pouco comercializado por aqui devido
ao seu alto custo. Dadas as dificulda-
des financeiras, comuns por aqui, mui-
tas pessoas aplicam mantas asfálticas
adesivas, normalmente utilizadas na
impermeabilização de telhados.
SS Custom & High Performance tirou
a dúvida sobre a qualidade dos resul-
tados desses produtos “genéricos” e
avaliou uma das mantas comercializa-
das em lojas de materiais de construção.
Para executar o trabalho, você precisará
apenas da manta asfáltica, de uma tesoura
grande e de uma chave de fenda.
PASSO-A-PASSO MANTA ASFÁLTICA
74 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
74-77 Faça Você Mesmo - Manta As74 7474-77 Faça Você Mesmo - Manta As74 74 20/12/2007 11:03:5520/12/2007 11:03:55
Por Roberto Cardinale Fotos Rafael Vale
Passo 4Aqui iremos instalar a manta na porta de um
automóvel, mas o procedimento é o mesmo
em qualquer parte do veículo. Primeiramen-
te, retire a lateral da porta com cuidado
Passo 8A imagem mostra a parte interna da
porta. Observe que toda a superfície da
lataria deverá receber o revestimento
da manta asfáltica
Passo 9Faça o mesmo procedimento em todas as
portas e verifique se não ficou nenhum
espaço sobrando. Dessa forma, você
conseguirá um resultado perfeito
Passo 5Remova a película plástica que protege
as partes internas da porta. Caso o seu
veículo não tenha essa película, você
pode ir para o próximo passo
Passo 6Recorte a manta em pequenos pedaços,
pois, dessa maneira, ficará muito mais
fácil a aplicação. Mantenha a superfície
limpa antes de aplicar
Passo 7A cada trecho aplicado, passe o cabo
da chave de fenda ou qualquer outro
objeto cilíndrico para ajudar na fixa-
ção da manta
Passo 12Tome cuidado quando for preencher as
bordas das portas. Devido as curvaturas,
o setor oferece maior dificuldade duran-
te a aplicação da manta
Passo 10Recorte alguns pedaços da película plás-
tica e cole-os com pedaços da manta nas
aberturas externas da porta. Isso ajudará
na vedação
Passo 11Depois de colar a manta na parte interna
da porta, repita o procedimento agora ex-
ternamente, tomando cuidado para que a
superfície seja bem preenchida
75SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
74-77 Faça Você Mesmo - Manta AsSec1:75 Sec1:7574-77 Faça Você Mesmo - Manta AsSec1:75 Sec1:75 20/12/2007 11:04:0020/12/2007 11:04:00
Faça você mesmoMANTA ASFÁLTICA
Passo 13Lembre-se de cortar a manta em peque-
nos pedaços para que fique mais simples
a sua aplicação. Cole-a mesma sem dei-
xar espaço entre as partes
Passo 14Você pode utilizar qualquer objeto
cilíndrico para ajudar na fixação da
manta, pressionando-o em cima da
parte metálica
Passo 15Fique atento para não cobrir os pontos
de fixação da lateral de porta, assim
como qualquer parafuso que necessite
de apertos no final
74-77 Faça Você Mesmo - Manta AsSec1:76 Sec1:7674-77 Faça Você Mesmo - Manta AsSec1:76 Sec1:76 20/12/2007 11:04:0620/12/2007 11:04:06
COMPRESSÃOATIVAImagine a cena: você tem um car-
ro 1.0 litros e nunca consegue sair
na frente de ninguém. Tudo bem,
você até tentou comprar um carro
mais possante, mas na hora H o bolso
não acompanhou seus anseios. Além
disso, sempre que você viaja com ami-
gos eles chegam com pelo menos uma
hora de antecedência – ou seria você
Utilização de compressores de ar,
popularmente conhecidos como Blower,
pode ter excelentes resultados em
carros de baixas cilindradas
TÉCNICABLOWER
com atraso – e ficam tirando um sarro
do seu carro.
Pois bem, existem diversas formas
de resolver esse tipo de problema: a
primeira delas e a mais inviável (moti-
vos financeiros) é a troca por um carro
melhor. A segunda seria a de uma pre-
paração aspirada no motor. No entan-
to, os problemas que podem acarretar
e a necessidade de acompanhamento
fazem com que o benefício se torne
um inconveniente em médio prazo. E
ainda há também a possibilidade de
turbo-alimentar o motor, recurso uti-
lizado na maioria das vezes, mas que
pode acarretar em danos mecânicos.
Fim da linha? Que nada, um recur-
so que anda sendo utilizado em larga
78 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
78-81 Técnica - Blower.indd 7878-81 Técnica - Blower.indd 78 19/12/2007 20:08:0919/12/2007 20:08:09
Por Rodolfo Parisi Fotos Divulgação
escala pelos apaixonados por velocida-
de é a compressão do ar do motor, de-
senvolvida com um sistema conhecido
como Blower ou Supercharger.
Utilizado há anos por montadoras
como Mercedes e Ford, o sistema tra-
balha comprimindo o ar que entra no
motor e em seguida, empurrando um
volume maior do mesmo para dentro
do propulsor.
“Isso aumenta a eficiência volumé-
trica gerando mais torque e potência.
Quando falamos em Blower, devemos
sempre associá-lo a palavra torque”,
informa Marcelo Vieira Silva, proprietá-
rio da MVS Preparações, em São Paulo
e especialista na instalação do equipa-
mento em qualquer tipo de automóvel.
O sistema de funcionamento do
equipamento acaba sendo um cha-
mariz para quem é proprietário de
carros de baixa cilindrada, afinal, em
vez de aumentar a potência após cer-
tas rotações (em média 3.500 rpm),
caso do turbo, o Blower opera já em
baixa, gerando assim alta pressão
no coletor e com isso uma excelente
alta taxa de torque no motor. Outra
vantagem em relação ao turbo, por
exemplo, é que praticamente não há
lag (demora de resposta), visto que a
potência vem do zero e vai crescen-
do continuamente.
Utilizado há mais tempo do que se
imagina – segundo dados o primeiro
Supercharger de que se tem notícia
foi desenvolvido em 1900 por Gottlieb
Daimler, um dos fundadores da Daim-
ler-Chrysler –, o equipamento pode ser
utilizado em qualquer tipo de carro.
Nos Chevrolet, o sistema é compatível
com o motor em que é instalado.
“Podemos colocar um blower em
qualquer carro, desde que ele res-
peite os limites de rotação e pressão
de trabalho. Outra questão que tem
de ser levada em consideração é o
espaço disponível dentro do cofre do
motor. Se for pequeno, torna-se in-
viável a instalação do equipamento”,
comenta Vieira.O tamanho do compressor é de acordo com o carro. Mais torque com poucas alterações
Em seguida, já com o blower adaptado, o mesmo motor rendeu 219 cavalos de potência
Motor sem o blower instalado contando apenas com preparação de óxido nitroso
79SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
78-81 Técnica - Blower.indd Sec1:7978-81 Técnica - Blower.indd Sec1:79 19/12/2007 20:08:1519/12/2007 20:08:15
COMO INSTALARAssim como um motor turbo ou equi-
pado com óxido nitroso, a instalação
do Blower requer alguns cuidados. As
formas de instalação variam de acor-
do com o profissional em questão, po-
dendo ele optar por posicionar o equi-
pamento no coletor de escape, coletor
de admissão ou em conjunto com um
intercooler (equipamento que resfria
o ar que entra no motor, oferecendo
uma melhor performance). Para isso,
o equipamento deve ser conectado ao
virabrequim através de correias e po-
lias. Dessa forma o equipamento for-
çará o ar para o coletor de admissão,
se a instalação for feita dessa forma.
Independentemente da forma
como será feita a instalação, deve-se
ter em mente que também são neces-
sários alguns aprimoramentos mecâ-
nicos, como trabalho de cabeçotes,
comando de válvulas, além de dimen-
sionamento do escape.
“A instalação requer cuidado e
precisão, pois um trabalho malfeito
pode fazer com que o cliente sofra da-
nos irreversíveis. O blower foi criado
para ter uma vida útil de mais de 250
mil quilômetros. Qualquer dano no
equipamento resulta em sucata, pois
não existe retífica para ele”, informa
o especialista.
Outra questão importante que
deve ser levada em conta é que o
blower dificilmente prejudica alguma
peça do carro, afinal ele opera “sozi-
nho”, tendo lubrificação própria com
um óleo que deve ser trocado após os
250 mil quilômetros. Logo, os outros
componentes do carro devem ser tra-
tados como os de um carro original,
ou seja, tendo manutenção periódica
por parte do proprietário.
MELHORASSIGNIFICATIVASCom o equipamento instalado, resta
a melhor parte do processo: a avalia-
ção de resultados. Recomendado para
quem está procurando força e potên- Utilizado em larga escala nos Dragsters, o blower oferecer torque máximo e respostas imediatas
O equipamento pode ser utilizado também em carros superesportivos como este Corvette
Instalado corretamente, o compressor pode durar mais de 250 mil quilômetros
80 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
78-81 Técnica - Blower.indd Sec1:8078-81 Técnica - Blower.indd Sec1:80 19/12/2007 20:08:1719/12/2007 20:08:17
BLOWER E DRAGSTERS
Mesmo com a criação do blower, sen-
do datada no início do século passado a
utilização do equipamento veio tornar-se
popular com a utilização nos carros de
competição conhecidos como Dragsters.
Esse veículo, com aparência de um
avião terrestre, necessita do máximo de
força para percorrer um curto percurso,
em torno de 400 metros, ou quarto de
milha como é conhecido nos EUA, no
menor tempo possível. Pela necessidade
de explosão imediata, esse equipamento
é utilizado, oferecendo assim, o mínimo
de perda na aceleração do carro, além de
otimização durante a troca de marchas.
Uma questão também importante
para que essa força bruta seja consegui-
da, é que a pressão máxima gerada em
um blower de Dragster norte-americano
é na casa dos 16 bar, algo impossível de
se conseguir em um turbo.
Assim, e claro, com acertos mecâ-
nicos de primeira linha, um Dragster
bem ajustado, consegue percorrer o
percurso dos 400 metros em cerca de
5 segundos, atingindo velocidades em
torno dos 390 km/h. Loucura!
cia, ao mesmo tempo, o equipamento
faz com que um carro tenha um salto
de quase 100% da potência inicial. No
caso de um 1.0 litros, por exemplo, a
sensação que o condutor terá é a de
que está dirigindo um carro 2.0 litros,
mas com a agilidade de um esportivo.
Tudo isso, pois, além de elevar a po-
tência, o blower ainda oferece torque
maior do que um carro de alta cilin-
drada e maior potência.
“Um carro 1.0 litro com blower insta-
lado se comporta como um 2.0 litros, po-
rém com mais agilidade, pois além do bai-
xo peso as relações de marcha são curtas
e o alto torque é conseguido em rotações
mais baixas”, determina Vieira.
“Sem dúvida a relação custo/bene-
fício de quem utiliza essa preparação
é única e a chance de ter outros car-
ros dessa forma é grande”, determina
o profissional.
A instalação do equipamento é
ideal para todos os gostos e estilo,
desde aqueles que pretendem uti-
lizar o carro para competições, ou
até mesmo para quem deseja ter um
motor mais esperto no dia-a-dia. No
entanto, tudo isso tem um custo em
torno dos R$ 3.000.
Um motor 1.0 litro de carros populares, por exemplo, pode render quase o dobro de potência
81SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
78-81 Técnica - Blower.indd Sec1:8178-81 Técnica - Blower.indd Sec1:81 19/12/2007 20:08:2019/12/2007 20:08:20
ÚLTIMA IMPRESSÃOOPALAv6
Um olhar noturno daquele que por décadasera visto como um sonho na mente dos brasileiros.Assim é o Opala, um mito que povoa ainda hoje a mente dos apaixonados
82 SS CUSTOM & HIGH PERFORMANCE
82 Ultima Impressão.indd 8282 Ultima Impressão.indd 82 18/12/2007 16:07:2718/12/2007 16:07:27