sérgio m. sanches, carlos henrique tomich de paula da

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QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 23, MAIO 2006 10 A importância da compostagem para a educação ambiental nas escolas RELATOS DE SALA DE AULA A seção “Relatos de sala de aula” socializa experiências e construções vivenciadas nas aulas de Química ou a elas relacionadas. Neste número a seção apresenta três artigos. Recebido em 14/7/04; aceito em 7/12/05 O manejo inadequado de resí- duos sólidos de qualquer origem gera desperdícios, constitui ameaça constante à saúde pública e agrava a degradação am- biental, comprometendo a qualidade de vida das populações, especial- mente nos centros urbanos de médio e grande porte. A situação evidencia a urgência em se adotar um sistema de conscientização educacional ade- quado para o manejo dos resíduos, definindo uma política para a gestão e o gerenciamento, a qual assegure a melhoria continuada do nível de qualidade de vida, promovendo ações práticas recomendadas para a saúde pública e protegendo o meio ambiente. Por outro lado, o descarte inade- quado de resíduos sólidos nos cen- tros urbanos, sem qualquer tratamen- to, está contaminando os lençóis freáticos de várias regiões brasileiras. Essa situação é ainda pior se conside- rarmos que a água potável vai se tor- nar, em breve, um fator de grande competitividade entre as nações, pois está transformando-se em recurso cada vez mais escasso. Os resíduos sólidos são classifi- cados como sendo aqueles nos esta- dos sólidos e semi-sólidos que resul- tam de atividades das comunidades, podendo ser de origem industrial, do- méstica, hospitalar, comercial, de serviços, de varrição e agrícola (Schalch, 1991). Fi- cam também incluí- dos os lodos prove- nientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gera- dos em equipamen- tos e instalações de controle de polui- ção, bem como determinados líqui- dos, cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água e que exijam para isto soluções téc- nicas e economicamente inviáveis em face de melhor tecnologia disponível. A compostagem tem se apresen- tado como uma forma eficiente de se reciclar os resíduos de animais e ve- getais, sendo um processo de trans- formação de resíduos orgânicos em adubo humificado (Vespa, 2000). Dois estágios podem ser identifica- dos nessa transformação: o primeiro é denominado digestão, e correspon- de à fase inicial da fermentação, na qual o material alcança o estado de bioestabilização e a decomposição ainda não se com- pletou. Porém, quan- do bem caracteri- zada, a digestão per- mite que se use o composto como adu- bo, sem o risco de causar danos às plantas. O segundo estágio, mais longo, é o da ma- turação, no qual a massa em fermen- tação atinge a humificação, estado em que o composto apresenta me- lhores condições como melhorador do solo e fertilizante. O produto final da compostagem, denominado com- posto, é definido como sendo um adubo preparado com restos de ma- terial orgânico e sem patógenos, dependendo do processo empre- gado. Durante o processo, alguns com- Sérgio M. Sanches, Carlos Henrique Tomich de Paula da Silva, Izabel C.G. Vespa e Eny Maria Vieira No sentido de conscientizar os alunos e a comunidade da necessidade de preservação do meio ambiente, foi implantado o processo de compostagem para minimizar o lixo gerado no restaurante do Colégio Adventista de São José do Rio Preto. Neste projeto houve a participação dos alunos, professores e funcionários. O composto gerado foi caracterizado e utilizado como adubo no plantio de sementes e no jardim da escola. Durante o desenvolvimento do projeto foram trabalhados com os alunos conceitos de Matemática, Ciências, Biologia e Química. Os professores chegaram à conclusão de que é possível empregar a interdisciplinaridade para melhorar o aprendizado. compostagem, educação ambiental, interdisciplinaridade O descarte inadequado de resíduos sólidos nos centros urbanos, sem qualquer tratamento, está contaminando os lençóis freáticos de várias regiões brasileiras

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QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 23, MAIO 2006

10

A importância da compostagem para a educação ambiental nas escolas

RELATOS DE SALA DE AULA

A seção “Relatos de sala de aula” socializa experiências e construções vivenciadas nas aulas de Química ou a elasrelacionadas. Neste número a seção apresenta três artigos.

Recebido em 14/7/04; aceito em 7/12/05

Omanejo inadequado de resí-duos sólidos de qualquerorigem gera desperdícios,

constitui ameaça constante à saúdepública e agrava a degradação am-biental, comprometendo a qualidadede vida das populações, especial-mente nos centros urbanos de médioe grande porte. A situação evidenciaa urgência em se adotar um sistemade conscientização educacional ade-quado para o manejo dos resíduos,definindo uma política para a gestãoe o gerenciamento, a qual assegurea melhoria continuada do nível dequalidade de vida, promovendoações práticas recomendadas para asaúde pública e protegendo o meioambiente.

Por outro lado, o descarte inade-quado de resíduos sólidos nos cen-tros urbanos, sem qualquer tratamen-to, está contaminando os lençóisfreáticos de várias regiões brasileiras.Essa situação é ainda pior se conside-rarmos que a água potável vai se tor-nar, em breve, um fator de grandecompetitividade entre as nações, pois

está transformando-se em recursocada vez mais escasso.

Os resíduos sólidos são classifi-cados como sendo aqueles nos esta-dos sólidos e semi-sólidos que resul-tam de atividades das comunidades,podendo ser de origem industrial, do-méstica, hospitalar, comercial, deserviços, de varrição e agrícola(Schalch, 1991). Fi-cam também incluí-dos os lodos prove-nientes de sistemasde tratamento deágua, aqueles gera-dos em equipamen-tos e instalações decontrole de polui-ção, bem como determinados líqui-dos, cujas particularidades torneminviável seu lançamento na redepública de esgotos ou corpos d’águae que exijam para isto soluções téc-nicas e economicamente inviáveis emface de melhor tecnologia disponível.

A compostagem tem se apresen-tado como uma forma eficiente de sereciclar os resíduos de animais e ve-

getais, sendo um processo de trans-formação de resíduos orgânicos emadubo humificado (Vespa, 2000).Dois estágios podem ser identifica-dos nessa transformação: o primeiroé denominado digestão, e correspon-de à fase inicial da fermentação, naqual o material alcança o estado debioestabilização e a decomposição

ainda não se com-pletou. Porém, quan-do bem caracteri-zada, a digestão per-mite que se use ocomposto como adu-bo, sem o risco decausar danos àsplantas. O segundo

estágio, mais longo, é o da ma-turação, no qual a massa em fermen-tação atinge a humificação, estadoem que o composto apresenta me-lhores condições como melhoradordo solo e fertilizante. O produto finalda compostagem, denominado com-posto, é definido como sendo umadubo preparado com restos de ma-terial orgânico e sem patógenos,dependendo do processo empre-gado.

Durante o processo, alguns com-

Sérgio M. Sanches, Carlos Henrique Tomich de Paula da Silva, Izabel C.G. Vespa e Eny Maria Vieira

No sentido de conscientizar os alunos e a comunidade da necessidade de preservação do meio ambiente, foi implantadoo processo de compostagem para minimizar o lixo gerado no restaurante do Colégio Adventista de São José do Rio Preto.Neste projeto houve a participação dos alunos, professores e funcionários. O composto gerado foi caracterizado e utilizadocomo adubo no plantio de sementes e no jardim da escola. Durante o desenvolvimento do projeto foram trabalhados comos alunos conceitos de Matemática, Ciências, Biologia e Química. Os professores chegaram à conclusão de que é possívelempregar a interdisciplinaridade para melhorar o aprendizado.

compostagem, educação ambiental, interdisciplinaridade

O descarte inadequado deresíduos sólidos noscentros urbanos, sem

qualquer tratamento, estácontaminando os lençóisfreáticos de várias regiões

brasileiras

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A importância da compostagem para a educação ambiental nas escolas

ponentes da matéria orgânica sãoutilizados pelos próprios microrga-nismos para formação de seus teci-dos, outros são volatilizados e outros,ainda, são transformados biologica-mente em uma substância escura,uniforme, com consistência amantei-gada e aspecto de massa amorfa,rica em partículas coloidais, com pro-priedades físicas e químicas intei-ramente diferentes da matéria-primaoriginal. A essa substância dá-se onome de húmus.

Os principais fatores que influen-ciam o processo da compostagemsão de ordem nutricional e ambiental,e estão relacionados ao controle doprocesso pelo homem e ao tipo detecnologia utilizada no processamen-to do composto. As principais influên-cias sobre o processo decorrem de:

• aeração;• temperatura;• umidade;• relação carbono-nitrogênio (C/

N).A transformação biológica da ma-

téria orgânica crua biodegradável aoestado de matéria orgânica humifi-cada dá-se pelo trabalho dos micror-ganismos que participam do proces-so; assim, ela é influenciada por todosos fatores que afetam a atividade dosmesmos. Os principais microrganis-mos responsáveis pelo processo decompostagem são as bactérias, osfungos e os actinomicetos.

Com a prática da compostagemdiminui-se também a quantidade derestos orgânicos que são deposita-dos nos rios e dos chorumes que infil-tram no solo, atingindo as águas sub-terrâneas, o que provoca a eutrofi-zação da água. Como conseqüênciadesta, os peixes e outros seres vivospodem morrer. Por outro lado, quandotodo o oxigênio da água é consumido,inicia-se a reprodução de bactériasanaeróbias e, com isso, a água torna-se imprópria para o consumo huma-no.

No projeto relatado neste artigo,que contou com a participação dosalunos, professores e funcionários doColégio Adventista de São José doRio Preto, teve-se como objetivo o es-tudo dos resíduos orgânicos produ-zidos no próprio Colégio e a cons-

cientização, junto à comunidadelocal, sobre a importância do tema.

DesenvolvimentoOs objetivos deste projeto incluí-

ram envolver professores, alunos efuncionários da escola onde foi reali-zado o estudo com o tema da com-postagem e sua importância para acomunidade. A comunidade da ci-dade também foi envolvida, pois foimostrada a ela a im-portância da educa-ção ambiental para amelhoria da qualida-de de vida, de modoa estimular o espíritocrítico sobre a reali-dade e auxiliar nabusca de soluçõespara os problemasambientais. Também fez parte dosobjetivos desenvolver a integraçãointerdisciplinar no tratamento dasquestões ambientais tendo comoreferência o estudo da composta-gem.

Especificamente, a comunidadelocal foi envolvida com o projeto pormeio de reuniões nas quais os resul-tados obtidos foram apresentados ediscutidos, com o intuito de gerar umaconscientização coletiva sobre a im-portância do tema. Nessas reuniões,foi discutida, entre outras, a possibili-dade de se minimizar a quantidadegerada de lixo doméstico que é acu-mulado, uma vez que 25% desse ma-terial pode ser reciclado e o produtoda compostagem pode ser utilizadocomo adubo, por exemplo. Um dosriscos associados à compostagemque também foi discutido é a pos-sibilidade da presença de metais pe-sados no composto, os quais po-deriam ser transferidos ao solo, lixi-viados para rios etc., afetando assimo meio ambiente. Similarmente, agen-tes patogênicos presentes nos com-postos também representariam apossibilidade de futuros danos à saú-de dos seres humanos. A compos-tagem é um processo com grandepotencial, uma vez que cerca de 50%do lixo municipal é constituído pormatéria orgânica e, assim, há um bommotivo para se desenvolver o projetode compostagem.

As vantagens e desvantagens doprocesso de compostagem foramdiscutidas com professores, funcio-nários e alunos do Colégio Adventista,bem como com a comunidade local.Uma das principais vantagens é queo seu produto final, quando utilizadocomo adubo, aumenta a qualidadedo solo. O emprego da composta-gem também diminui o volume delixo, contribuindo para aumentar a

vida útil dos aterrossanitários. Por outrolado, uma desvan-tagem seria que ocomposto não po-deria ser usado demaneira generali-zada e não racional,pois o mesmo podeconter, por exemplo,

metais pesados e agentes patóge-nos, prejudiciais aos seres humanose ao meio ambiente, como um todo.

O desenvolvimento do projeto foirealizado em etapas. Inicialmente, emuma aula de Matemática, os alunosfizeram os cálculos das dimensõesdas composteiras a serem construí-das, levando em conta o volume dosresíduos sólidos gerados no restau-rante da escola. Posteriormente, osalunos plantaram mudas de rosas emvasos contendo o composto adubo.Esse adubo também foi utilizado nojardim da escola. A Figura 1 mostrauma foto da composteira feita nocolégio.

Em uma aula de Ciências, inicial-mente os alunos fizeram uma buscana literatura sobre os principaismicrorganismos envolvidos no pro-cesso de compostagem. Os compo-sitores relacionados à compostagemsão as bactérias, os fungos (unicelu-lares) e os actinomicetos, estes últi-mos pertencentes ao grupo de mi-crorganismos procarióticos (bactériasGram-positivas). Os alunos tambémclassificaram os organismos segundoos reinos Monera – bactérias e ciano-bactérias, e Fungi – fungos em geral.Em seguida, eles mediram a tempe-ratura no interior da leira (pilha de ma-terial orgânico, com altura pré-determinada e configuração definida),a qual foi de 32 °C. O aquecimentodas leiras (ou pilhas) ocorre

A prática da compostagemcontribui para diminuir a

quantidade de restosorgânicos que são

depositados nos rios e doschorumes que infiltram nosolo, atingindo as águas

subterrâneas

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naturalmente em função do proces-samento do material pelos micror-ganismos, cujo metabolismo é exo-térmico.

Ainda na aula de Ciências, após aobtenção do composto, realizou-se amedida do seu pH, cujo valor obtidofoi de 8, a fim de se verificar se elepoderia ser utilizado como adubo. Asmedidas de pH foram feitas in situ,com o material recém-coletado. Par-tiu-se de cerca de 200 g de amostraobtida por quarteamento (divisão emquatro partes iguais), a qual foiintroduzida em um saco plástico. Adi-cionou-se 200 mL de água destiladae agitou-se em seguida. A amostrafoi então filtrada com papel de filtro emediu-se o pH com papel indicador.Para fins comparativos, mediu-setambém o pH com um pHmetroHitachi, na Unesp-Araraquara, obten-do-se o valor 7,7.

A compostagemaeróbica provoca aelevação do pH. Noinício do processo, omaterial produzidopode tornar-se aindamais ácido, devido àformação de ácidosminerais. Estes logodesaparecem, dando lugar aos áci-dos orgânicos que reagem com asbases liberadas da matéria orgânica,neutralizando e transformando o meioem alcalino. Assim, independente-mente do uso de corretivos, a com-postagem conduz à formação dematéria orgânica húmica com relaçãoalcalina.

Por meio de obser-vações e análises nacompostagem realiza-da durante um períodode 100 dias, concluiu-se que o compostoestaria propício ao uso.Observou-se a pre-sença de seres vivosinvertebrados tais co-mo tatuzinho (Ligiaoceanica), formiga(Acromyrmox sp.) ebesouro (Chelymorphacribaria) no composto,os quais foram classifi-

cados como consumidores primáriosdentro da pirâmide de consumidoresdo material orgânico, uma vez quesão herbívoros, enquanto as bactériassão os decompositores. O compostofoi também caracterizado quanto àumidade, teor de matéria orgânica,pH e formas de nitrogênio, tanto noestágio inicial como final. Essas aná-lises foram realizadas na Unesp-Araraquara. Sem água, não há vida.Isto, por si só, já demonstra a impor-tância da umidade na compostagem.Para que o processo ocorra ideal-mente, é importante buscar o equilí-brio água-ar, o que é obtido manten-do-se o material em processamentocom um teor de umidade de 55% (oresultado obtido foi de 45% de umi-dade). Os resíduos orgânicosdomésticos ou domiciliares natu-

ralmente apresentamuma umidade aoredor de 55%, razãopela qual a compos-tagem representauma interessantealternativa para suatransformação emhúmus. Nas análisesrealizadas em perío-do inferior a 100 dias,verificou-se a presen-

ça de nitrito, o que indica que o com-posto não estava maturado. Adeterminação do nitrito foi qualitativa,por reação com ácido sulfúrico diluídoe conseqüente liberação caracte-rística de gás marrom-avermelhado.O tempo necessário para que ocorraa maturação tem de ser maior do que90 dias para que o composto possa

ser empregado, principalmente emplantio de sementes. O compostoobtido a partir da compostagem daparcela orgânica dos resíduos sólidosurbanos, ou lixo domiciliar, pode serusado com sucesso como recon-dicionador de solos, além de repre-sentar fonte de macro e micro-nutri-entes para as plantas em geral.

Considerações finaisPor meio da aplicação de concei-

tos e metodologias em sala de aula,teve-se a oportunidade da prática inloco, vivenciando-se situações con-cretas de um problema ambiental. Oprojeto e suas vantagens como umtodo foram discutidos com alunos,professores, funcionários e a comuni-dade em geral. Algumas das ques-tões que orientaram essa discussãoenvolvem as vantagens e desvanta-gens da compostagem. Com respeitoa isso, alguns alunos apontaram oreaproveitamento dos resíduossólidos gerados como forma de seminimizar a quantidade de lixo quetem como destino aterros sanitáriose lixões. Outra questão para discus-são com os alunos é sobre aimportância da interdisciplinaridadedesse projeto. Alguns alunos apro-varam a iniciativa, comentando sobreo quanto aprenderam a respeito dosdiferentes tópicos envolvidos. Isto fezque os professores chegassem àconclusão de que é possível empre-gar a interdisciplinaridade do temapara melhorar o aprendizado dosalunos nas escolas, uma vez que oprojeto incentiva o interesse científicoe ambiental dos mesmos.

Sérgio M. Sanches ([email protected]), quí-mico pela Universidade Federal de Uberlândia,mestre em Química Analítica pela USP, é dou-torando no curso em Ciências da EngenhariaAmbiental da USP, em São Carlos - SP. CarlosHenrique Tomich de Paula da Si lva([email protected]), químico pela Unicamp,é mestre em Química pelo Instituto Militar deEngenharia e doutor em Ciências (Química) pelaUSP. Izabel C.G. Vespa ( izabelcr ist inagv@hotmail. com.br), licenciada em Ciências pelaFaculdade Riopretense de Filosofia Ciências eLetras e mestre em Agronomia pela Unesp, éprofessora do colégio Adventista de São Josédo Rio Preto. Eny Maria Vieira ([email protected]), química pela Unifenas, mestre edoutora em Química Analítica pela USP, é do-cente do Instituto de Química de São Carlos daUSP.

Entre as vantagens edesvantagens da

compostagem, algunsalunos apontaram o

reaproveitamento dosresíduos sólidos gerados

como forma de seminimizar a quantidade delixo que tem como destinoaterros sanitários e lixões

Figura 1: Visão da composteira feita no Colégio Adventistade São José do Rio Preto.

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Referências bibliográficasSCHALCH, V. Análise comparativa do

comportamento de dois aterros sanitáriossemelhantes e correlações dos parâ-metros do processo de digestãoanaeróbia. Tese de doutorado em Hidráu-lica e Saneamento. São Carlos: Escolade Engenharia de São Carlos - USP, 1991.

VESPA, I.C.G. Escola limpa: Recicla-gem de lixo. 1° Simpósio da Unesp sobreo Lixo e suas Múltiplas Destinações.Águas de São Pedro, 2000.

Abstract: The Inportance of Composting for the Environmental Education in Schools – In order to make students and the community aware of the need to preserve the environment, the compostingprocess was implanted to minimize the garbage generated in the restaurant of the Colégio Adventista of São José do Rio Preto. The students, teachers and other employees participated in thisproject. The generated compost was characterized and used as fertilizer in the planting of seeds and in the garden of the school. During the development of the project, concepts of mathematics,sciences, biology and chemistry were worked with the students. The teachers concluded that it is possible to use interdisciplinarity to improve learning.Keywords: composting, environmental education, interdisciplinarity

Para saber maisBIDONE, F.R.A. e POVINELLI, J. Concei-

tos básicos de resíduos sólidos. SãoCarlos: Projeto Reenge (EESC/USP), 1999.

CASELLANO, E.G. e CHAUDHRY, F.H.Desenvolvimento sustentado: Problemase estratégias. São Carlos: EESC - USP,2000.

D’ALMEIDA, M.L.O. e VILHENA, A. Lixomunicipal: Manual de gerenciamentointegrado. 2ª ed. São Paulo: IPT/CEMPRE,2000.

KIEHL, E.J. Metodologia de compos-tagem e ação fertilizante do compostode resíduos domiciliares. Piracicaba:Escola Superior de Agricultura Luiz deQueiroz - USP, 1979.

PHILIPPI Jr., A. e PELICIONE, M.C.F.Educação ambiental: Desenvolvimentode cursos e projetos. São Paulo: Signus,2000.

TIBAU, A.O. Matéria orgânica e fertili-dade do solo. 3ª ed. São Paulo: Nobel,1986.

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