“sozinho o problema é seu, juntos ele é nosso!” · rua alexandre simões de almeida, 367...

76
“Sozinho o problema é seu, juntos ele é nosso!” Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposições Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Sítio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

Upload: lamnhu

Post on 09-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    CONTRATAO/FISCALIZAO

    PREFEITURA DO MUNICPIO DE IBIRAREMA

    Rua Alexandre Simes de Almeida, 367

    19940-000 IBIRAREMA / SP

    (14) 3307.1422

    [email protected]

    CNPJ: 46.211.694/0001-07

    Prefeito THIAGO ANTONIO BRIGAN

    Diretor de Meio Ambiente ROBERTO LEANDRO COMOTE

    Superviso e Coordenao ALLAN OLIVEIRA TCITO

    EXECUO

    CIVAP CONSRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA

    Via Chico Mendes, 65 Parque de Exposies

    19807-130 ASSIS / SP

    (18) 3323.2368

    [email protected]

    CNPJ: 51.501.484/0001-93

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    EQUIPE TCNICA

    LEANDRO HENRIQUE MARTINS DIAS

    Engenheiro Ambiental CREA/PR: 102924/D

    Coordenao Geral

    IDA FRANZOSO DE SOUZA

    Diretora Executiva do CIVAP CRQ/RS: 05100244

    Coordenao Adjunta

    FERNANDO SILVA DE PAULA

    Engenheiro Florestal CREA/SP: 5063422090

    Estagirio

    JENIY HARUKA KONISHI

    Graduanda em Cincias Biolgicas

    Estagiria

    MARCELO CAVASSINI FRANCISCATTI

    Graduando em Engenharia Ambiental

    Estagirio

    PAULO VITOR CLEMENTE LIMA

    Graduando em Tcnico em Meio Ambiente

    Estagirio

    RAFAEL FLORES BORIN

    Graduando em Tcnico em Meio Ambiente

    Estagirio

    REGIANE NOVAIS LEITE

    Graduanda em Cincias Biolgicas

    Estagiria

    VANDEIR JOS FIGUEIREDO

    Graduando em Tcnico em Meio Ambiente

    Estagirio

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    APRESENTAO

    Os resduos slidos, conhecidos como lixo, so resultantes das atividades do homem e dos animais

    e descartados ou considerados como imprestveis e indesejveis. A sua gerao se d, inicialmente, pelo

    aproveitamento das matrias-primas, durante a confeco de produtos (primrios ou secundrios) e no

    consumo e disposio final. Com o desenvolvimento tecnolgico e econmico, modificando-se

    continuamente. Assim, o Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos PMGIRS tem que levar

    em considerao uma estimativa da variao qualitativa e quantitativa do resduo produzido na cidade.

    Para a elaborao do PMGIRS de Ibirarema, realizaram-se levantamentos e anlises dos diversos tipos de

    resduos, do modo de gerao, formas de acondicionamento na origem, coleta, transporte, processamento,

    recuperao e disposio final utilizado atualmente. Foram elaborados a partir de levantamentos em

    campo, considerando estudos e programas existentes no prprio municpio. Assim, esta compilao de

    dados municipais referentes ao servio de limpeza urbana entende-se como o diagnstico da situao

    atual, utilizado como subsdio pela equipe para a definio das proposies.

    Este documento parte integrante do processo de elaborao do Plano Intermunicipal de Gesto

    Integrada de Resduos Slidos que ser elaborado pelo Consrcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema

    CIVAP, para cumprimento da Poltica Nacional de Resduos Slidos PNRS, instituda pela Lei Federal n

    12.305, de 02 de agosto de 2013, tomando-se tambm como base a Lei Federal n 11.445, de 05 de janeiro

    de 2007, em termo firmado entre o CIVAP e a Prefeitura Municipal de Ibirarema, em assembleia ordinria

    de prefeitos, que ocorreu no dia 15 de abril de 2013, na sede do CIVAP em Assis, SP.

    Este documento faz uma descrio das atividades relacionadas com a limpeza urbana, em primeiro

    momento discorrendo sobre a Caracterizao dos Servios de Limpeza Pblica Existentes, apresentando a

    situao atual da coleta de resduos slidos domsticos, coleta seletiva de materiais reciclveis, limpeza

    urbana, resduos de servios de sade, resduos especiais e industriais, procurando detalhar o

    funcionamento desses servios e suas particularidades.

    Tambm so tratados os aspectos legais, atravs da apresentao das Legislaes existentes sobre

    o assunto, nas esferas municipal, estadual e federal, alm de detalhar os contratos relacionados limpeza

    pblica existentes no municpio.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    SUMRIO

    CONTRATAO/FISCALIZAO I

    EXECUO I

    EQUIPE TCNICA II

    APRESENTAO III

    SUMRIO IV

    LISTA DE FIGURAS VII

    LISTA DE MAPAS VIII

    LISTA DE TABELAS IX

    LISTA DE QUADROS X

    LISTA DE GRFICOS XI

    1. PREMBULO 1

    2. INTRODUO 1

    2.1. CONSRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA CIVAP 2

    2.1.1. PROJETOS AMBIENTAIS DO CIVAP 3

    3. METODOLOGIA PARA ELABORAO DO PLANO 4

    3.1. INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA O DIAGNSTICO 4

    3.2. FORMA DE VALIDAO DO PLANO 4

    3.3. PRAZO DE REVISO DO PLANO 5

    4. CONSIDERAES GERAIS 5

    4.1.RESDUOS SLIDOS 5

    4.2.CLASSIFICAO DE RESDUOS SLIDOS 5

    3.2.1. QUANTO NATUREZA FSICA 6

    3.2.1.1. RESDUOS SECOS 6

    3.2.1.2. RESDUOS MIDOS 6

    4.2.2. QUANTO A COMPOSIO QUMICA 7

    4.2.2.1. RESDUOS ORGNICOS 7

    4.2.2.2. RESDUOS INORGNICOS 7

    4.2.3. QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS 7

    4.2.3.1. RESDUOS CLASSE I PERIGOSOS 7

    4.2.3.2. RESDUOS CLASSE II NO PERIGOSOS 7

    4.2.3.2.1. RESDUOS CLASSE II A NO INERTES 7

    4.2.3.2.2. RESDUOS CLASSE II B INERTES 7

    4.2.4. QUANTO ORIGEM 8

    4.2.4.1. DOMSTICO 8

    4.2.4.2. COMERCIAL 8

    4.2.4.3. PBLICO 8

    4.2.4.4. SERVIOS DE SADE 8

    4.2.4.5. RESDUOS ESPECIAIS 11

    4.2.4.6. RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL RCC 12

    4.2.4.7. INDUSTRIAL 13

    4.2.4.8. PORTOS, AEROPORTOS E TERMINAIS FERROVIRIOS E RODOVIRIOS 13

    4.2.4.9. AGRCOLA 13

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    4.2.4.10. RESPONSABILIDADE 13

    4.3. POLTICA NACIONAL DE RESDUOS SLIDOS PNRS 14

    5. CARACTERIZAO DO MUNICPIO 14

    5.1. CONTEXTUALIZAO REGIONAL 14

    5.1.1. HISTRICO 14

    5.1.2. LOCALIZAO 15

    5.1.3. ACESSOS 15

    5.2. ASPECTOS FSICOS AMBIENTAIS 15

    5.2.1. CLIMA 15

    5.2.2. HIDROGRAFIA 15

    5.2.3. SOLO 15

    5.2.4. GEOLOGIA 16

    5.2.5. VEGETAO 16

    5.3. ASPECTOS ANTRPICOS 16

    5.3.1. DEMOGRAFIA 16

    5.3.1.1. DENSIDADE DEMOGRFICA 16

    5.3.2. EQUIPAMENTOS SOCIAIS 17

    5.3.2.1. SADE E EDUCAO 17

    5.3.3. SANEAMENTO BSICO 17

    5.3.4. ECONOMIA 17

    5.3.5. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA 18

    6. DIAGNSTICO DOS SERVIOS DE LIMPEZA PBLICA EXISTENTES 18

    6.1. RESDUOS SLIDOS DOMSTICOS E COMERCIAIS COLETA CONVENCIONAL 19

    6.1.1. FREQUNCIA E ITINERRIOS DE COLETA DOS RESDUOS DOMSTICOS E COMERCIAL 19

    6.1.2.TRANSPORTE DE RESDUOS DOMSTICOS 20

    6.1.3.HISTRICO DE DISPOSIO DOS RESDUOS SLIDOS 21

    6.1.4.DESTINAO FINAL DOS RESDUOS DOMSTICOS E COMERCIAIS 21

    6.1.5.PROJEO POPULACIONAL 21

    6.1.6. PRODUO PER CAPITA DE RESDUOS DOMSTICOS 22

    6.1.7.TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL 23

    6.1.8.ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE RESDUOS 23

    6.2.COLETA SELETIVA MATERIAIS RECICLVEIS 24

    6.2.1. COLETA SELETIVA MUNICIPAL 25

    6.2.2.COLETA INFORMAL: BARRACES 26

    6.2.3. AES DA PREFEITURA 26

    6.3.VARRIO E RESDUOS DE PODA E CAPINA 26

    6.4. CONSTRUO CIVIL 27

    6.4.1.PROGRAMA DE BENEFICIAMENTO DE RESDUOS DA CONSTRUO CIVIL PROBEN-RCC 27

    6.5.RESDUOS VOLUMOSOS 28

    6.6.RESDUOS DE SERVIO DE SADE 28

    6.6.1.CHEIRO VERDE AMBIENTAL LTDA. 28

    6.6.2.SILCON AMBIENTAL LTDA. 29

    6.7.RESDUOS INDUSTRIAIS 29

    6.8.RESDUOS DO SERVIOS DE TRANSPORTE 29

    6.9. RESDUOS DA ZONA RURAL 29

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    6.10. RESDUOS DAS ATIVIDADES AGROSSILVOPASTORIS 30

    6.11. RESDUOS DO SERVIO DE SANEAMENTO 30

    6.11.RESDUOS DE LEO 30

    6.12.1. OLAM RECICLE 30

    6.13. RESDUOS FUNERRIOS 30

    6.13. RESDUOS ESPECIAIS 30

    6.14.1. RESDUOS DE LEOS LUBRIFICANTES 30

    6.14.1.1. LWART LUBRIFICANTES LTDA. 31

    6.14.1.2. QUMICA INDUSTRIAL SUPPLY LTDA. 31

    6.14.1.3. WJ COMRCIO E DEPSITO DE LEO LUBRIFICANTE 31

    6.14.2.PNEUMTICOS INSERVVEIS, ELETROELETRNICOS, PILHAS E BATERIAS 32

    6.14.2.1.PROJETO ECO.VALEVERDE 32

    6.14.3.EMBALAGENS DE AGROTXICOS 33

    6.14.4.LMPADAS FLUORESCENTES 33

    7. REAS CONTAMINADAS E PASSIVOS AMBIENTAIS 34

    8. EDUCAO AMBIENTAL 34

    8.1. COLETA DE RESDUOS DE LEOS COMESTVEIS 34

    8.2. PROJETO CIDADE LIMPA 34

    8.3. COLETA DE ELETROELETRNICO, PILHAS E BATERIAS 35

    8.4. COLETA SELETIVA 36

    9. ANALISE FINANCEIRA DA GESTO DOS RESDUOS SLIDOS 36

    10. ASPECTOS LEGAIS 36

    10.1. LEGISLAO PERTINENTE 37

    10.1.1. LEGISLAO FEDERAL 37

    10.1.2. LEGISLAO ESTADUAL 37

    10.1.3. LEGISLAO MUNICIPAL 38

    11. REFERNCIAS 39

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 01: Sede do CIVAP em Assis, SP 3

    FIGURA 02: Municpio de Ibirarema no final da dcada de 1960 14

    FIGURA 03: Lagoa de Tratamento de Esgotos Sanitrios 17

    FIGURA 04: Funcionrios realizando a coleta convencional 19

    FIGURA 05: Lixeiras dispostas no centro da cidade 20

    FIGURA 06: Lixeiras em frente s residncias 20

    FIGURA 07: Aterro em Valas 21

    FIGURA 08: Entrada do Aterro em Valas 21

    FIGURA 09: Carrinhos bags utilizado na coleta seletiva 25

    FIGURA 10: PEVs dispostas nas ruas de Ibirarema 25

    FIGURA 11: Servio de varrio 26

    FIGURA 12: Resduo da construo civil beneficiado 27

    FIGURA 13: Equipamento de beneficiamento de resduos da construo civil 27

    FIGURA 14: Carregamento de pneumticos 32

    FIGURA 15: Adesivo da Campanha Papa-Pilhas 32

    FIGURA 16: Divulgao da Campanha Cidade Limpa 35

    FIGURA 17: Divulgao da Campanha Lixo Eletrnico 35

    FIGURA 18: Campanha de Coleta Seletiva 36

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    LISTA DE MAPAS

    Mapa 01: Localizao do Municpio de Ibirarema no Oeste Paulista 15

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 01: Projeo populacional para Ibirarema 22

    TABELA 02: Mdia de gerao per capita de resduos domsticos 22

    TABELA 03: Gerao per capita de resduos domsticos 22

    TABELA 04: Estimativa da gerao anual de resduos slidos domsticos 23

    TABELA 05: Quantidade aproximada de materiais reciclveis coletados por ms 25

    TABELA 06: Frequncia de coleta de resduos de sade 28

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    LISTA DE QUADROS

    QUADRO 01: Classificao dos resduos slidos 6

    QUADRO 02: Classificao dos resduos de servios de sade 9

    QUADRO 03: Classificao do RCC 12

    QUADRO 04: Responsabilidade pelo gerenciamento de resduos 13

    QUADRO 05: Benefcios da coleta seletiva 24

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    LISTA DE GRFICO

    GRFICO 01: Distribuio da populao urbana e rural 16

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    1. PREMBULO

    Este Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos PMGIRS, tem o objetivo de atender

    Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos

    PNRS, dispondo sobre seus princpios, objetivos e instrumentos, bem como as diretrizes sobre a gesto

    integrada e ao gerenciamento de resduos slidos urbanos.

    O PMGIRS tambm tem como objetivo fornecer uma base slida de dados para o Plano

    Intermunicipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos, a ser elaborado pelo Consrcio Intermunicipal do

    Vale do Paranapanema CIVAP, que alm de considerar as proposies individuais de cada municpio, que

    produto deste PMGIRS, ir propor novas solues consorciadas alm das proposies j apresentadas

    pelo Consrcio.

    2. INTRODUO

    crescente a preocupao com a proteo e conservao do meio ambiente no panorama mundial,

    considerado como aspecto essencial e condicionante na sociedade moderna. A degradao ambiental traz

    prejuzos, na grande maioria das vezes irreparveis ao ecossistema e, consequentemente, a toda a

    sociedade e, atualmente, todos os focos esto voltados aos resduos slidos.

    A falta de ateno com a gesto dos resduos slidos por parte do poder pblico que ocorre em

    muitas cidades do Brasil compromete a sade da populao, bem como contribui com a degradao dos

    recursos naturais, especialmente o solo e os recursos hdricos. A interdependncia dos conceitos de meio

    ambiente, de sade e de saneamento hoje bastante evidente, o que refora a necessidade de integrao

    das aes desses setores em prol da melhoria da qualidade de vida da populao brasileira.

    Com a alta concentrao urbana da populao no pas, aumentam-se as preocupaes com os

    problemas ambientais urbanos e, entre estes, o gerenciamento dos resduos slidos, cuja atribuio

    pertence esfera da administrao pblica local.

    O Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos (PMGIRS) de Ibirarema, elaborado pelo

    Consrcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema CIVAP, em parceria com a Prefeitura de Ibirarema e

    as instituies de ensino Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho UNESP FCL Assis, SP, e

    ETEC Pedro DArcdia Neto de Assis, SP, tem como objetivo, atender s exigncias da Poltica Nacional dos

    Resduos Slidos (PNRS), instituda pela Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010. A PNRS tem como

    princpios, conforme disposto na referida Lei, em seu art. 6, nos incisos:

    I a preveno e a precauo; II o poluidor-pagador e o protetor-recebedor; III a viso sistmica, na gesto

    dos resduos slidos, que considere as variveis ambiental, social, cultural, econmica, tecnolgica e de sade

    pblica; IV o desenvolvimento sustentvel; V a ecoeficincia, mediante a compatibilizao entre o

    fornecimento, a preos competitivos, de bens e servios qualificados que satisfaam as necessidades humanas e

    tragam qualidade de vida e a reduo do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nvel, no

    mnimo, equivalente capacidade de sustentao estimada do planeta; VI a cooperao entre as diferentes

    esferas do poder pblico, o setor empresarial e demais segmentos da sociedade; VII a responsabilidade

    compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; VIII o reconhecimento do resduo slido reutilizvel e reciclvel

    como um bem econmico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; IX o

    respeito s diversidades locais e regionais; X o direito da sociedade informao e ao controle social; XI a

    razoabilidade e a proporcionalidade. (BRASIL, Lei Federal n 12.305, de 02 de agosto de 2010).

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    A partir destes princpios, o PMGIRS foi arquitetado e direcionado, buscando, por meio da Poltica

    anteriormente apresentada, atender tambm o art. 225 da Constituio Federal, que dispe sobre os

    direitos e deveres sobre o Meio Ambiente, sendo este um bem comum e de importncia para a

    manuteno da vida, a Lei Federal n 11.445, de 05 de janeiro de 2007 que dispe sobre a Poltica Nacional

    de Saneamento Bsico, a Lei Estadual n 7.750, de 31 de maro de 1992, que dispe a Poltica Estadual

    Saneamento e a Lei Estadual n 12.300, de 16 de maro de 2006, que institui a Poltica Estadual de Resduos

    Slidos.

    Para a elaborao do Plano, o Consrcio tem por base os instrumentos da PNRS: coleta seletiva;

    logstica reversa; incentivo criao e ao desenvolvimento de cooperativas e de demais associaes de

    catadores de materiais reciclveis; e o Sistema Nacional de Informaes sobre a Gesto dos Resduos

    Slidos SINIR, alm de contar com o apoio da legislao ambiental do Municpio de Ibirarema.

    Considerando a quantidade e a qualidade dos resduos gerados no municpio de Ibirarema, assim

    como a populao atual e sua projeo, apresenta-se a caracterizao da situao atual do sistema de

    limpeza desde a sua gerao at o seu destino final. Este produto permite traar um diagnstico e realizar o

    planejamento do gerenciamento dos resduos de forma integrada, de modo a abranger um sistema

    adequado de coleta, segregao, transporte, tratamento e disposio final dos resduos municipais.

    O horizonte de tempo considerado para este Plano foi de 17 anos, com sua primeira reviso em

    2016, em razo da necessidade de compatibilizao como o Plano Plurianual, e as demais a cada quatro

    anos.

    2.1. CONSRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA CIVAP

    A organizao foi formada em 12 de dezembro de 1985, sob a denominao de Consrcio

    Intermunicipal do Escritrio da Regio de Governo de Assis CIERGA, com a finalidade especifica de captar

    recursos das Prefeituras, Cooperativas e Usinas, para financiar parte do levantamento de solo da regio. A

    iniciativa vinha sendo gestada desde 1983, quando, em um Seminrio sobre Manejo e Conservao de Solo

    realizado na Associao dos Engenheiros Agrnomos, nasce a ideia do projeto de levantamento de solos, a

    ser concretizado em parceria com o Instituto Agronmico de Campinas, que tinha capacidade tcnica para

    realiz-lo, mas, no os recursos necessrios. Com o sucesso obtido na captao de recursos financeiros, o

    levantamento de solos foi realizado no perodo de 1986 1990, tendo sido financiado em partes iguais,

    com recursos do Governo do Estado e da regio (Prefeituras, Cooperativas e Usinas).

    Com o encerramento do levantamento de campo em 1990, e no vendo motivos para darem

    continuidade ao Consrcio, ou por no vislumbrarem novos projetos ou novas ideias, os Prefeitos

    decidiram pela paralisao do CIERGA naquele ano. O Consrcio permaneceu parado de 1990 a 1994,

    quando foi reativado pela nova leva de Prefeitos. A partir de Julho de 1994, iniciaram-se alguns projetos

    como o PED Programa de Execuo Descentralizada / Projeto Agricultura Limpa (06 projetos aprovados

    no Estado de So Paulo, entre 85 apresentados), projeto financiado pelo Banco Mundial, com a

    participao fundamental das Prefeituras de Assis e de Tarum, do Centro de Desenvolvimento do Vale do

    Paranapanema CDVale e uma forte atuao do CIERGA, que j possua, ento, uma organizao

    administrativa consolidada. Para garantir a continuidade dos trabalhos j comeados, a Prefeitura de Assis

    empenhou-se no fortalecimento poltico e tcnico do Consrcio, conseguindo vitrias importantes e

    fortalecendo o trabalho do Consrcio.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    Em novembro de 2000 foi deliberada pelo Conselho de Prefeitos a alterao da denominao do

    Consrcio, que passou para CONSRCIO INTERMUNICIPAL DO VALE DO PARANAPANEMA CIVAP e em

    Dezembro de 2001, foi deliberado tambm a criao do Consrcio Intermunicipal do Vale do

    Paranapanema/Sade CIVAP/SADE para atuar especificamente na rea da sade.

    O Consrcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema CIVAP um Consrcio Pblico, organizado

    e constitudo na forma de Associao Pblica, com personalidade jurdica de direito pblico, sem fins

    lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, em consonncia com as disposies

    emanadas da Lei Federal n 11.107, de 06 de abril de 2005, do Decreto Federal n 6.017, de 17 de janeiro

    de 2007, do Cdigo Civil Brasileiro e demais legislaes pertinentes e aplicveis espcie, pelo presente

    Estatuto, alm de normas e regulamentos que vier a adotar atravs de seus rgos.

    Os municpios, conjuntamente, atuam com mais eficcia e para que isto ocorra, a atuao do CIVAP

    pautada em:

    So consorciados ao CIVAP os municpios: Assis, Bor, Campos Novos Paulista, Cndido Mota,

    Cruzlia, Echapor, Flornea, Joo Ramalho, Ibirarema, Iep, Lutcia, Maraca, Nantes, Ocauu, Oscar

    Bressane, Palmital, Paraguau Paulista, Pedrinhas Paulista, Platina, Quat, Rancharia, Santa Cruz do Rio

    Pardo, Taciba e Tarum.

    2.1.1. PROJETOS AMBIENTAIS DO CIVAP

    Por meio de todos os projetos desenvolvidos e em desenvolvimento, o CIVAP espera demonstrar a

    preocupao com o desenvolvimento, a preservao, conservao e recuperao do meio ambiente, uma

    vez que so condies essenciais para a humanidade.

    Enfoque regional sustentvel;

    Integrao dos municpios;

    Busca de solues globalizadas;

    Participao de foras vivas da sociedade regional, estadual e federal.

    FIGURA 01: Sede do CIVAP em Assis, SP FONTE: CIVAP

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    Os problemas a cargo do governo municipal na maioria das vezes exigem solues que extrapolam

    o alcance da capacidade de ao do municpio em termos de investimentos, recursos humanos e

    financeiros para o custeio e a atuao poltica. Alm disso, grande parte destas solues exigem aes

    conjuntas, uma vez que dizem respeito a problemas que afetam, ao mesmo tempo, mais de um municpio.

    Alm do que, mesmo que seja vivel para o municpio atuar de forma isolada, pode ser muito mais

    econmico buscar a parceria com os demais municpios, possibilitando assim, solues que satisfaam

    todas as partes com um desembolso menor e consequentemente com melhores resultados.

    Os governos estadual e federal, tradicionais canais de solicitao de recursos utilizados pelos

    municpios, apresentam, em geral, baixa capacidade de interveno. Deixar simplesmente que o governo

    estadual e federal assuma ou realize atividades de mbito local ou regional, que poderiam ser realizados

    pelos municpios, pode significar uma renncia autonomia municipal, retirando dos cidados a

    possibilidade de intervir diretamente nas aes pblicas que lhes dizem respeito.

    O CIVAP, em parceria com as demais prefeituras, governo estadual e federal, aumenta a capacidade

    de um grupo de municpios solucionar problemas comuns sem retirar a autonomia, assumindo o

    compromisso de garantir os recursos adequados para a promoo do crescimento socioeconmico e a

    melhoria contnua da qualidade de vida da populao do Vale do Paranapanema.

    3. METODOLOGIA PARA ELABORAO DO PLANO

    Este Plano apresenta o diagnstico do municpio em relao aos resduos, de acordo com a sua

    classificao, apresentando a quantidade gerada, forma de acondicionamento,coleta, transporte,

    tratamento e destinao final.

    3.1. INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA O DIAGNSTICO

    Para chegar ao diagnstico apresentado neste plano utilizou-se de questionrio elaborado pelo

    CIVAP, contendo questes bsicas necessrias para o levantamento, como por exemplo a quantidade

    gerada de cada tipo de resduo, nmeros de licena dos destinos finais de cada tipo de resduo, nmero de

    funcionrios empregados em cada coleta ou servio, maquinrio e equipamentos utilizados, entre outros.

    Aps o preenchimento do questionrio, foram realizados levantamentos de campo, por meio dos

    estagirios, onde foi verificada a veracidade dos dados preenchidos no questionrio, tiradas as fotos e

    levantadas questes tcnicas que no foram possveis de serem levantadas por questionamentos escritos.

    Utilizou-se tambm do acervo que a prefeitura dispunha no momento.

    3.2. FORMA DE VALIDAO DO PLANO

    O Municpio de Ibirarema criou uma Comisso de acompanhamento, por meio da Portaria

    Municipal n 2.120/2013, que nomeia pessoas pertencentes ao poder pblico, sociedade civil, membros de

    sindicatos, da indstria, comrcio e de cooperativas e/ou associaes quando houver, de maneira paritria,

    para se reunirem durante o plano a fim de avaliarem e propor alteraes para o mesmo.

    Esta comisso efetuou quatro reunies durante a fase de elaborao do plano, sendo: a primeira

    para que seja tomado conhecimento sobre a necessidade do plano e a elaborao deste pelo CIVAP, a

    segunda para conhecimento do volume de Diagnstico e para que sejam propostas alteraes; a terceira

    para que seja conhecido o volume de prognstico e sejam propostas alteraes; e finalmente a quarta para

    que seja finalizado o PMGIRS e encaminhado a Cmara Municipal para votao, tornando-se uma lei e

    disponibilizado no site da prefeitura.

    Para validao pblica do plano, tambm foi efetuado Audincia Pblica nos dias 06 de junho de

    2013 e 06 de janeiro de 2014, sendo a primeira para informar a populao sobre a existncia da Lei Federal

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    n 12.305 e sua importncia, a necessidade do plano, e a elaborao do plano pelo CIVAP, e a segunda

    Audincia Pblica para apresentar o PMGIRS j com o Diagnstico e Prognstico prontos para que sejam

    discutidas as propostas e metas com a populao.

    3.3. PRAZO DE REVISO DO PLANO

    Como j mencionado anteriormente, o prazo de reviso do plano para 2016, para que seja

    efetuado juntamente com o Plano Plurianual do Municpio, e posteriormente a cada 04 (quatro) anos, ou

    quando se julgar necessrio pelo fato de alteraes dos dispositivos relacionados a quaisquer tipos de

    resduos gerados no municpio.

    4. CONSIDERAES GERAIS

    Este captulo apresenta algumas importantes definies, normas tcnicas, legislaes e demais

    materiais relacionados a resduos slidos, que subsidiaro a elaborao e compreenso deste relatrio.

    4.1. RESDUOS SLIDOS

    Segundo o Dicionrio de Aurlio lixo : "Tudo o que no presta e se joga fora; Coisa ou coisas

    inteis, velhas, sem valor; Resduos que resultam de atividades domsticas, industriais, comerciais". J, de

    acordo com a Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), lixo definido como os "Restos das

    atividades humanas, consideradas pelos geradores como inteis, indesejveis ou descartveis".

    Ainda na Norma Brasileira (NBR) 10.004/04 define resduos slidos como:

    Resduos nos estados slidos e semisslidos, resultantes de atividades de origem industrial,

    domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servio e de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos

    provenientes do sistema de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes de

    controle de poluio, bem como determinados lquidos, cujas particularidades tornem invivel o seu

    lanamento na rede pblica de esgotos ou corpos de gua, ou exijam para isso solues tcnica e

    economicamente invivel em face melhor tecnologia disponvel.

    4.2. CLASSIFICAO DE RESDUOS SLIDOS

    Existem diversas formas de classificar os resduos slidos, que se baseiam em suas caractersticas

    e/ou propriedades fsicas e qumicas. A classificao importante para a escolha da estratgia de

    gerenciamento mais vivel. Dessa forma, os resduos podem ser classificados quanto: natureza fsica,

    composio qumica, riscos potenciais ao meio ambiente e quanto sua origem.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    CLASSIFICAO DOS RESDUOS SLIDOS

    Quanto natureza fsica Secos;

    Molhados.

    Quanto composio qumica Matria Orgnica;

    Matria Inorgnica.

    Quantos aos riscos potenciais

    ao meio ambiente

    Resduos Classe I Perigosos;

    Resduos Classe II No perigosos;

    o Resduos Classe II A No inertes;

    o Resduos Classe II B Inertes.

    Quanto origem

    Domstico;

    Comercial;

    Pblico;

    Servio de Sade;

    Resduos Especiais;

    Pilhas e Baterias;

    Lmpadas Fluorescentes;

    leos lubrificantes;

    Pneus;

    Embalagens de agrotxicos;

    Radioativos;

    Construo civil/entulhos;

    Industrial;

    Portos, aeroportos e terminais

    rodovirios e ferrovirios;

    Agrcola.

    4.2.1. QUANTO NATUREZA FSICA

    4.2.1.1. RESDUOS SECOS

    Os resduos secos so compostos principalmente de plsticos, papis, vidros e metais diversos,

    podendo ser constitudos tambm por produtos compostos, como as embalagens longa vida entre

    outros.

    4.2.1.2. RESDUOS MIDOS

    Resduos midos so compostos principalmente por restos oriundos do preparo de alimentos.

    Contm parte de alimentos in natura, como folhas, cascas e sementes, restos de alimentos industrializados

    e outros. Esses resduos so constitudos principalmente por matria orgnica.

    4.2.2. QUANTO COMPOSIO QUMICA

    4.2.2.1.RESDUOS ORGNICOS

    Resduos orgnicos so os que possuem origem animal ou vegetal. Podem ser includos restos de

    alimentos, verduras, flores, legumes, plantas, folhas, sementes, restos de carnes e ossos, papis, madeira,

    QUADRO 01 Classificao dos Resduos Slidos

    Fonte: IPT/CEMPRE, 2000

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    etc. A maior parte dos resduos orgnicos pode ser usada na compostagem, na qual so transformados em

    fertilizantes e corretivos do solo, contribuindo, dessa forma, para o aumento da taxa de nutrientes e,

    consequentemente, melhorar a qualidade da produo agrcola.

    Estes resduos tambm so grande fonte de energia, dada sua concentrao de carbono, em

    processos de gerao de combustvel pela matria orgnica. Processo esse similar ao da queima de

    biomassa, tecnologia largamente difundida para gerao de energia na agroindstria.

    4.2.2.2. RESDUOS INORGNICOS

    Resduo inorgnico todo material que no apresenta elementos orgnicos em sua constituio

    qumica, por exemplo: plsticos, vidros, metais, etc. Quando lanados diretamente ao meio ambiente, sem

    ter passado por nenhum tratamento prvio, esses resduos costumam apresentar maior tempo de

    degradao.

    4.2.3. QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS

    A NBR 10.004 Resduos Slidos de 2004 da ABNT, classifica os resduos slidos baseando-se no

    conceito de classes em:

    4.2.3.1. RESDUOS CLASSE I PERIGOSOS

    So os resduos que apresentam risco sade pblica e ao meio ambiente, apresentando uma ou

    mais das seguintes caractersticas: periculosidade, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e

    patogenidade (ex: baterias, pilhas, leo usado, resduo de tintas e pigmentos, resduo de servios de sade,

    resduo inflamvel, etc.).

    4.2.3.2. RESDUO CLASSE II NO PERIGOSOS

    Os resduos Classe II so classificados de acordo com a solubilizao de seus constituintes por meio

    de testes efetuados em laboratrios. Podem ser classificados como inertes ou no inertes em acordo com o

    teste especificado pela NBR 10.005 e 10.006, ambas do ano de 2004.

    4.2.3.2.1. RESDUO CLASSE II A NO INERTES

    Aqueles que no se enquadram na classificao Resduos Classe I Perigosos ou Resduos Classe

    II B Inertes, nos termos da NBR 10.004. Os Resduos Classe II A No Inertes podem ter propriedades

    tais como: biodegrabilidade, combustibilidade ou solubilidade em gua (ex.: restos de alimentos, resduos

    de varrio no perigosos, sucata de metais ferrosos, borrachas, espumas, materiais cermicos, etc.)

    4.2.3.2.2. RESDUO CLASSE II B INERTES

    Qualquer resduo que quando amostrado de uma forma representativa, de acordo com a ABNT

    NBR 10.007, e submetido a um contato dinmico e esttico com gua destilada ou deionizada,

    temperatura ambiente, segundo a ABNT NBR 10.006, no tiver nenhum de seus constituintes solubilizados

    a concentraes superiores aos padres de potabilidade da gua, executando-se aspecto, cor, turbidez,

    dureza e sabor. (ex.: rochas, tijolos, vidros, entulhos/ construo civil, luvas de borracha, isopor, etc.).

    4.2.4. QUANTO ORIGEM

    A origem o principal elemento para a caracterizao dos resduos slidos.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    4.2.4.1. DOMSTICO

    So os resduos gerados nas atividades dirias em casas, apartamentos, condomnios e demais

    edificaes residenciais. Apresentam em torno de 50% a 60% de composio orgnica, que constitudo

    por restos de alimentos (cascas de frutas, verduras e sobras, etc.), e o restante formado por embalagens

    em geral, jornais e revistas, garrafas, latas, vidros, papel higinico, fraldas descartveis e uma grande

    variedade de outros itens. A taxa mdia diria de gerao de resduos domsticos por habitantes em reas

    urbanas de 0,5 a 1 Kg/hab./dia, para cada cidado, dependendo do poder aquisitivo da populao, nvel

    educacional, hbitos e costumes.

    4.2.4.2. COMERCIAL

    So os resduos gerados em estabelecimentos comerciais, e as caractersticas dependem da

    atividade desenvolvida. Por exemplo, no caso de restaurantes, bares e hotis, predominam os resduos

    orgnicos, j os escritrios, bancos e lojas, os resduos predominantes so o papel, plstico, vidro entre

    outros.

    Os resduos comerciais podem ser divididos em dois grupos, que dependem da quantidade gerada por dia.

    So considerados pequenos geradores de resduos comerciais os estabelecimentos que geram at 120

    litros por dia e grandes geradores de resduos comerciais so os que geram um volume superior a esse

    limite.

    4.2.4.3. PBLICO

    So os resduos provenientes dos logradouros pblicos, em geral resultantes da natureza, como por

    exemplo, folhas, galhadas, poeira, terra e areia, assim como aqueles descartados irregular e indevidamente

    pela populao, como entulho, bens considerados inservveis, papis, restos de embalagens e alimentos.

    Tambm so includos como resduos pblicos aqueles gerados em prdios e reparties pblicas, que tem

    caractersticas que se assemelham a dos resduos domiciliares e comerciais.

    4.2.4.4. SERVIOS DE SADE

    Segundo a Resoluo ANVISA / RDC n 306/2004 e a Resoluo CONAMA n 358/2005, definem-se

    como geradores de resduos de servio de sade (RSS) todos os servios relacionados com o atendimento

    sade humana ou animal, inclusive os servios de assistncia domiciliar e de trabalhos de campo;

    laboratrios analticos de produtos para sade; necrotrios, funerrias e servios onde se realizem

    atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservao); servios de medicina legal; drogarias

    e farmcias, inclusive as de manipulao; estabelecimentos de ensino e pesquisa na rea de sade; centros

    de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacuticos, importadores, distribuidores e

    produtores de materiais e controles para diagnstico in vitro; unidades mveis de atendimento sade;

    servios de acupuntura; servios de tatuagem, dentre outros similares.

    A classificao dos RSS vem sofrendo um processo de evoluo contnuo, na medida em que so

    introduzidos novos tipos de resduos nas unidades de sade e como resultado do conhecimento do

    comportamento destes perante o meio ambiente e sade, como forma de estabelecer uma gesto segura

    com base nos princpios da avaliao e gerenciamento dos riscos envolvidos na sua manipulao. Os

    resduos de servios de sade so parte importante do total de resduos slidos, no por conta da

    quantidade gerada, mas sim pelo potencial de risco que representam sade e ao meio ambiente. Os RSS

    so classificados em funo de suas caractersticas e riscos que podem acarretar ao meio ambiente e

    sade.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    De acordo com ANVISA e CONAMA (2006) os resduos de servios de sade so classificados da

    seguinte forma:

    GRUPO DESCRIO

    GRUPO A

    (Potencialmen

    te Infectante)

    A1

    Culturas e estoques de microrganismos; resduos de fabricao de

    produtos biolgicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas

    de microrganismos vivos ou atenuados; meios de cultura e

    instrumentais utilizados para transferncia, inoculao ou mistura

    de culturas; resduos de laboratrios de manipulao gentica;

    Resduos resultantes da ateno sade de indivduos ou animais,

    com suspeita ou certeza de contaminao biolgica por agentes

    Classe de Risco IV, microrganismos com relevncia epidemiolgica

    e risco de disseminao ou causador de doena emergente que se

    torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de

    transmisso seja desconhecido;

    Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes

    rejeitadas por contaminao ou por m conservao, ou com prazo

    de validade vencido, e aquelas oriundas de coleta incompleta;

    Sobras de amostras de laboratrio contendo sangue ou lquidos

    corpreos, recipientes e materiais resultantes do processo de

    assistncia sade, contendo sangue ou lquidos corpreos na

    forma livre.

    A2

    Carcaas, peas anatmicas, vsceras e outros resduos provenientes

    de animais submetidos a processos de experimentao com

    inoculao de microrganismos, bem como suas forraes, e os

    cadveres de animais suspeitos de serem portadores de

    microrganismos de relevncia epidemiolgica e com risco de

    disseminao, que foram submetidos ou no a estudo

    anatomopatolgico ou confirmao diagnstica.

    A3

    Peas anatmicas (membros) do ser humano; produto de

    fecundao sem sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou

    estatura menor que 25 centmetros ou idade gestacional menor que

    20 semanas, que no tenham valor cientfico ou legal e no tenha

    havido requisio pelo paciente ou famlia.

    QUADRO 02: Classificao dos Resduos de Sade

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    A4

    Kits de linhas arteriais, endovenosas e deslizadores, quando

    descartados;

    Filtros de ar e gases aspirados de rea contaminada; membrana

    filtrante de equipamento mdico-hospitalar e de pesquisa, entre

    outros similares. Sobras de amostras de laboratrio e seus

    recipientes contendo fezes, urina e secrees, provenientes de

    pacientes que no contenham e nem sejam suspeitos de conter

    agentes da Classe de Risco IV, e nem apresentem relevncia

    epidemiolgica e risco de disseminao, ou microrganismo causador

    de doena emergente que se torne epidemiologicamente

    importante ou cujo mecanismo de transmisso seja desconhecido

    ou com suspeita de contaminao com prons. Resduos de tecido

    adiposo proveniente de lipoaspirao, lipoescultura ou outro

    procedimento de cirurgia plstica que gere este tipo de resduo.

    Recipientes e materiais resultantes do processo de assistncia

    sade, que no contenha sangue ou lquidos corpreos na forma

    livre. Peas anatmicas (rgos e tecidos) e outros resduos

    provenientes de procedimentos cirrgicos ou de estudos

    anatomopatolgicos ou de confirmao diagnstica. Carcaas, peas

    anatmicas, vsceras e outros resduos provenientes de animais no

    submetidos a processos de experimentao com inoculao de

    microrganismos, bem como suas forraes.

    Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual ps-transfuso.

    A5

    rgos, tecidos, fluidos orgnicos, materiais perfuro cortantes ou

    escarificantes e demais materiais resultantes da ateno sade de

    indivduos ou animais, com suspeita ou certeza de contaminao

    com prons.

    Grupo B

    (Qumicos)

    Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostticos; anti-

    neoplsicos; imunossupressores; digitlicos; imuno-moduladores;

    antirretrovirais, quando descartados por servios de sade, farmcias,

    drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resduos

    e insumos farmacuticos dos medicamentos controlados pela Portaria

    MS 344/98 e suas atualizaes;

    Resduos de saneantes, desinfetantes; resduos contendo metais pesados;

    reagentes para laboratrio, inclusive os recipientes contaminados por

    estes. Efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores).

    Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em anlises

    clnicas. Demais produtos considerados perigosos, conforme classificao

    da NBR 10.004 da ABNT (txicos, corrosivos, inflamveis e reativos).

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    Grupo C

    (Rejeitos

    Radioativos)

    Quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham

    radionucldeos em quantidades superiores aos limites de iseno

    especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilizao

    imprpria ou no prevista;

    Enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos ou contaminados com

    radionucldeos, proveniente de laboratrios de anlises clinica, servios

    de medicina nuclear e radioterapia, segundo a resoluo CNEN-6.05.

    Grupo D

    (Resduos

    Comuns)

    Papel de uso sanitrio e fralda, absorventes higinicos, peas descartveis

    de vesturio, resto alimentar de paciente, material utilizado em

    antissepsia e hemostasia de venclises, equipo de soro e outros similares

    no classificados como A1;

    Sobras de alimentos e do preparo de alimentos; resto alimentar de

    refeitrio; resduos provenientes das reas administrativas; resduos de

    varrio, flores, podas e jardins;

    Resduos de gesso provenientes de assistncia sade.

    Grupo E

    (Perfuro

    cortantes)

    Materiais perfuro cortantes ou escarificantes, tais como: lminas de

    barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodnticas,

    pontas diamantadas, lminas de bisturi, lancetas; tubos capilares;

    micropipetas; lminas e lamnulas; esptulas; e todos os utenslios de

    vidro quebrados no laboratrio (pipetas, tubos de coleta sangunea e

    placas de Petri) e outros similares.

    4.2.4.5. RESDUOS ESPECIAIS

    Os resduos especiais so considerados em funo de suas caractersticas txicas, radioativas e

    contaminantes, devido a isso passam a merecer cuidados especiais em seu manuseio, acondicionamento,

    estocagem, transporte e sua disposio final. Dentro da classe de resduos de fontes especiais, merecem

    destaque os seguintes resduos:

    Pilhas e Baterias: As pilhas e baterias tm como princpio bsico a converso de energia qumica

    em energia eltrica. Podem conter um ou mais dos seguintes metais: chumbo (Pb), cdmio (Cd), mercrio

    (Hg), nquel (Ni), prata (Ag), ltio (Li), zinco (Zn), mangans (Mn) e seus compostos.

    As substncias das pilhas que contm esses metais possuem caractersticas de corrosividade,

    reatividade e toxidade e so dessa forma, classificados como Resduos Perigosos Classe I.

    As substncias que contm cdmio, chumbo, mercrio, prata e nquel causam impactos negativos

    sobre o meio ambiente e consequentemente para o homem. Outras substncias presentes nas pilhas e

    baterias, como o zinco, mangans e o ltio, embora no estejam limitadas pela NBR 10.004, tambm

    causam problemas ao meio ambiente.

    Lmpadas Fluorescentes: O p que se torna luminoso encontrado no interior das lmpadas

    fluorescentes contm mercrio. Contudo, isso no se apresenta apenas nas lmpadas fluorescentes

    comuns de forma tubular, mas encontra-se tambm nas lmpadas fluorescentes compactas.

    As lmpadas fluorescentes liberam mercrio quando so quebradas, dispostas diretamente no solo

    ou queimadas, transformando-as em Resduo Perigoso - Classe I, j que o mercrio txico para o

    sistema nervoso humano e, quando inalado ou ingerido, pode causar problemas fisiolgicos. Alm disso, o

    mercrio tem a capacidade de penetrar a cadeia alimentar atravs de um processo denominado de

    FONTE: ANVISA/ CONAMA, 2006

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    metilao, que forma o metilmercrio, contaminando assim os organismos aquticos. Ainda, o

    metilmercrio tem outra caracterstica indesejvel, que chamada de bioacumulao, que a capacidade

    de ser continuamente acumulada ao longo dos nveis trficos da cadeia alimentar. Ou seja, os

    consumidores finais da cadeia alimentar contaminada (ex: o homem) passam a apresentar maiores nveis

    de mercrio no organismo. Quanto aos riscos ambientais, ao serem lanadas nos aterros, se as lmpadas

    no estiverem intactas, estas liberam vapor de mercrio, que contaminam os solos e consequentemente os

    cursos dgua.

    leos Lubrificantes: Os leos so poluentes devido aos aditivos incorporados. O impacto ambiental

    que pode ser causado por este resduo, so os acidentes que envolvem o derramamento de petrleo e seus

    derivados nos recursos hdricos. O leo pode causar intoxicao principalmente pela presena de

    compostos como o tolueno, o benzeno e o xileno, que ao serem absorvidos pelo organismo podem causar

    cncer e mutaes, alm de outros distrbios.

    Pneus: A sua principal matria-prima a borracha vulcanizada, que mais resistente que a

    borracha natural, no se degrada facilmente e, quando queimada a cu aberto, gera enormes quantidades

    de material particulado e gases txicos, contaminando assim, o meio ambiente com carbono, enxofre e

    outros poluentes. Estes apresentam tambm riscos sade pblica, pois quando so dispostos em

    ambiente inadequado, sujeito a intempries, os pneus acumulam gua, formando ambientes propcios para

    a disseminao de doenas, como a dengue e a febre amarela.

    4.2.4.6. RESDUO DA CONSTRUO CIVIL RCC

    Os resduos da construo civil so uma mistura de materiais inertes oriundos de construes,

    reformas, reparos e demolies de obras de construo civil, resultantes da preparao e da escavao de

    terrenos, tais como: tijolos, blocos cermicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas,

    tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfltico, vidros, plsticos,

    tubulaes, fiao eltrica etc., frequentemente chamados de entulhos de obras.

    Segundo o CONAMA n 307/2002, os resduos da construo civil so classificados conforme

    apresentado no QUADRO 03:

    QUADRO 03: Classificao do RCC

    CLASSIFICAO DEFINIO

    Classe A

    So os resduos reutilizveis ou reciclveis como agregados, tais como:

    De construo, demolio, reformas e reparos de pavimentao e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

    De construo, demolio, reformas e reparos de edificaes: componentes cermicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, entre outros), argamassa e concreto;

    De processo de fabricao e/ou demolio de peas pr-moldadas em concreto, blocos, tubos, meio-fio, entre outros produzidos nos canteiros de obras.

    Classe B So materiais reciclveis para outras destinaes, tais como: plsticos, papel/papelo, metais, vidros, madeiras e outros.

    Classe C So os resduos para os quais no foram desenvolvidas tecnologias ou aplicaes economicamente viveis que permitam a sua reciclagem/recuperao, tais como os produtos oriundos do gesso.

    Classe D So os resduos perigosos oriundos do processo de construo, tais como: tintas, solventes, leos, ou aqueles contaminados oriundos de demolies, reformas e reparos de clnicas radiolgicas, instalaes industriais.

    FONTE: CONAMA, 2002

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    4.2.4.7. INDUSTRIAL

    So os resduos provenientes de atividades industriais, tais como metalurgia, qumica,

    petroqumica, papelaria, alimentcia, entre outros. So resduos bastante variados que possuem

    caractersticas diversificadas, podendo ser representado por cinzas, lodos, leos, resduos alcalinos ou

    cidos, vidros, cermicas, etc. Inclui tambm nesta categoria, a grande maioria dos resduos considerados

    txicos. Sendo que esse tipo de resduo necessita de tratamento adequado e especial devido ao seu

    potencial poluidor. Adota-se a NBR 10.004 da ABNT para classificar os resduos industriais: Classe I

    (Perigosos), Classe II A (No Perigosos No Inertes) e Classe II B (No Perigosos - Inertes).

    4.2.4.8. PORTOS, AEROPORTOS E TERMINAIS FERROVIRIOS E RODOVIRIOS

    So os resduos gerados em terminais, dentro de navios, aeronaves e veculos de transporte. Os

    resduos encontrados nos portos e aeroportos so oriundos do consumo realizado pelos passageiros,

    basicamente constituem-se de materiais de higiene, asseio pessoal e restos de alimentos. A periculosidade

    destes resduos est diretamente ligada ao risco de transmisso de doenas, que podem ser veiculadas de

    outras cidades, estados ou pases. Alm disso, essa transmisso pode ser realizada atravs de cargas

    contaminadas (animais, carnes e plantas).

    Estes resduos no se diferente muito dos resduos domiciliares, mas dado o grande nmero de

    pessoas que frequentam diariamente estes locais, o volume gerado grande, o que d o nome de grandes

    geradores.

    4.2.4.9. AGRCOLA

    So os resduos originados das atividades agrcolas e da pecuria, formados basicamente por

    embalagens de adubos e defensivos agrcolas contaminados com pesticidas e fertilizantes qumicos, que

    so utilizados na agricultura. A falta de fiscalizao e de penalidades mais rigorosas para o manuseio

    adequado destes resduos faz com que sejam misturados aos resduos comuns e dispostos nos vazadouros

    das municipalidades, ou o que pior, sejam queimados nas fazendas e stios mais afastados,

    consequentemente ocorrendo gerao de gases txicos. O resduo proveniente de pesticidas considerado

    txico e necessita de um tratamento especial.

    4.2.4.10. RESPONSABILIDADE

    A responsabilidade do gerenciamento dos resduos das prefeituras para resduos pblicos,

    domiciliares e alguns casos de resduos domsticos. Os demais servios so de responsabilidade do

    gerador, apresentando-se no quadro abaixo.

    QUADRO 04: Responsabilidade pelo gerenciamento de resduos

    Origem do Resduo Responsvel

    Domiciliar Prefeitura

    Comercial Prefeitura*

    Pblico Prefeitura

    Servios de Sade Gerador (hospitais, clnicas, etc.)

    Industrial Gerador (indstria)

    Portos, aeroportos, terminais ferrovirios e rodovirios

    Gerador (ou gerenciador do empreendimento)**

    Agrcola Gerador (agricultor)

    Entulho Gerador (*) A prefeitura responsvel por pequenas quantidades, geralmente, inferiores a 50 quilogramas dirios, de acordo coma legislao municipal especfica. Quantidades superiores so de responsabilidade do gerador. (**) Em diversos municpios os terminais rodovirios, por exemplo, so de gesto da prefeitura, sendo assim os resduos gerados tambm de responsabilidade da prefeitura.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    4.3. POLTICA NACIONAL DE RESDUOS SLIDOS PNRS

    O Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos (PMGIRS) constitui-se em um

    documento que visa administrao dos resduos por meio de um conjunto integrado de aes

    normativas, operacionais, financeiras e de planejamento que leva em considerao os aspectos referentes

    sua gerao, segregao, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e

    disposio final, de forma a atender os requisitos ambientais e de sade pblica. Alm da administrao

    dos resduos, o plano tem como objetivo minimizar a gerao dos resduos no municpio.

    O PGIRS deve ser elaborado pelo gerador dos resduos e de acordo com os critrios estabelecidos

    pelos rgos de meio ambiente e sanitrio federal, estaduais e municipais. Gerenciar os resduos slidos de

    forma adequada significa:

    Manter o municpio limpo por um sistema de coleta seletiva e transporte adequado, tratando o

    resduo slido com tecnologias compatveis com a realidade local;

    Um conjunto interligado de todas as aes e operao do gerenciamento, influenciando umas as

    outras. Assim, uma coleta mal planejada encarece o transporte; um transporte mal dimensionado

    gera prejuzos e reclamaes e prejudica o tratamento e a disposio final do resduo; tratamento

    mal dimensionado no atinge os objetivos propostos, e disposies inadequadas causam srios

    impactos ambientais;

    Garantir o destino ambiental correto e seguro para o resduo slido;

    Conceber o modelo de gerenciamento do municpio, levando em conta que a quantidade e a

    qualidade do resduo gerada em uma dada localidade decorrem do tamanho da populao e de

    suas caractersticas socioeconmicas e culturais, do grau de urbanizao e dos hbitos de consumo

    vigentes;

    Manter a conscientizao da populao para separar materiais reciclveis;

    Catadores de materiais reciclveis organizados em cooperativas e/ou associaes, adequados a

    atender coleta do material oferecido pela populao e comercializ-lo junto s fontes de

    beneficiamento.

    5. CARACTERIZAO DO MUNICPIO

    5.1. CONTEXTUALIZAO REGIONAL

    5.1.1. HISTRICO

    O Municpio de Ibirarema, inicialmente

    denominada Pau DAlho, desenvolveu-se ao longo da

    margem direita do riacho tambm chamado Pau

    DAlho, onde havia exuberncia de terras frteis e

    rvores pau dalho.

    As primeiras exploraes para a passagem da

    futura Estrada de Ferro Sorocabana em 1913, rumo

    ao Mato Grosso do Sul, margeando o Rio

    Paranapanema, fizeram com que Joo Corra e

    Nadrio Marana abandonassem o povoado de Pau

    DAlho e formassem outro povoado: Ibirarema. Em

    12 de outubro de 1914, a Estrada de Ferro

    Sorocabana foi inaugurada e Ibirarema progrediu,

    sendo elevado a distrito de Pau DAlho em 1922,

    atendendo a Lei Estadual n 1.889, de 11 de

    FIGURA 02: Municpio de Ibirarema dcada 1960. FONTE: Prefeitura de Ibirarema.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    dezembro de 1922, e instalado em 03 de maio de 1923 no Municpio e Comarca de Salto Grande. O Distrito

    de Pau DAlho foi elevado a Municpio de Ibirarema pelo Decreto-Lei Estadual n 14.334, de 30 de

    novembro de 1944, sendo constitudo dos Distritos de Paz de Ibirarema e Nuretama (atualmente Campos

    Novos Paulista). Em 1948, Nuretama foi desanexado pela Lei Estadual n 233, de 24 de dezembro, e possui

    hoje em dia um nico Distrito de Paz, o da sede do Municpio.

    5.1.2. LOCALIZAO

    Ibirarema est localizado no Oeste

    Paulista, fazendo divisa com os municpios de

    Campos Novos Paulista (Norte), Salto Grande

    (Leste), Platina (Noroeste), Palmital (Oeste) e com

    o Municpio de Cambar, no Estado do Paran

    (Sul).

    Est situado a uma altitude de 482 metros

    em relao ao nvel do mar (CEPAGRI), e possui

    uma superfcie de 228,32 Km (SEADE, 2013).

    5.1.3. ACESSOS

    O Municpio de Ibirarema cortado pela

    Rodovia Raposo Tavares (SP 270) sob concesso

    da CART Concessionria Auto Raposo Tavares

    S/A.

    5.2. ASPECTOS FSICO-AMBIENTAIS

    5.2.1. CLIMA

    De acordo com a Classificao Climtica de Kppen, o municpio possui o tipo climtico Aw, que

    caracteriza o clima tropical chuvoso com inverno seco e ms mais frio com temperatura mdia superior a

    18C. O ms mais seco tem precipitao inferior a 60 mm e com perodo chuvoso que se atrasa para o

    outono. A temperatura mdia de 22,4C, tendo 18,6C como temperatura mdia mnima e 25,4C mdia

    mxima. Em relao pluviosidade, a mdia anual de 1279,2 mm (CEPAGRI).

    5.2.2. HIDROGRAFIA

    O Municpio de Ibirarema faz parte do complexo hidrogrfico do Rio Paranapanema e est inserido

    na Bacia Hidrogrfica do Mdio Paranapanema. cortado por diversos rios e ribeires, sendo os principais

    o Ribeiro Pau DAlho (divisa com o Municpio de Palmital) e Ribeiro Santa Rosa (divisa com o Municpio

    da Estncia Climtica de Campos Novos Paulista). Na regio sul de Ibirarema, na divisa com o Estado do

    Paran, est situado o Rio Paranapanema (SIFESP).

    5.2.3. SOLO

    Na regio do Vale do Paranapanema onde est localizada a cidade de Ibirarema, possui 26 unidades

    simples de mapeamento de solo e 12 associaes. As unidades e associaes mais representativas so: Lea

    2 (10,99%); LVa 2 + Lea 2 (8,57%); PVe 2 + Ped 1 + LEd 1 (8,21%); TRe 2 (7,20%); LEd 2 (6,32%); LRd 1

    (6,18%); Lre 1 (5,93%). Pode se dividir a regio em trs grandes tipos de solo (PLANO DE MANEJO DA

    FLORESTA ESTADUAL DE ASSIS):

    MAPA 01: Localizao do Municpio de Ibirarema. FONTE: SEADE, 2013.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    1. Terras roxas ao longo do rio Paranapanema, nas menores altitudes dentro da bacia, altamente

    frteis, originalmente ocupadas por Floresta Estacional Semidecidual e hoje quase totalmente ocupadas

    por agricultura;

    2. Terras arenosas e cidas das altitudes intermedirias, originalmente cobertas pelo cerrado (onde

    se localiza a Floresta Estadual de Assis), geralmente ocupadas por pastagens e agora sendo tambm

    utilizadas para cultivo de cana-de-acar e soja;

    3. Terras mistas da regio de Marlia, em altitude elevada e relevo acidentado, frteis, mas altamente

    suscetveis eroso, anteriormente ocupadas por floresta estacional semidecidual sendo ocupadas com

    cafeicultura e pastagens.

    5.2.4. GEOLOGIA

    O substrato geolgico do Municpio de Ibirarema constitudo por rochas sedimentares e

    magmticas da Bacia do Paran. As unidades litoestratigrficas existentes no municpio so constitudas por

    derrames baslticos toleticos, de textura afantica, com intercalaes de arenitos finos a mdios e

    intertrapeanos do Perodo Mesozoico, pertencentes Formao Serra Geral Grupo So Bento (CBH

    Mdio Paranapanema).

    O relevo formado por colinas amplas, caractersticas do Planalto Ocidental, com domnio de

    basaltos da Formao Serra Geral Grupo So Bento (SIRGH).

    5.2.5. VEGETAO

    A cobertura vegetal, de acordo com o IBGE, observada no Municpio de Ibirarema de Cerrado e

    zona de contato com a Mata Atlntica. Apresentando tipos fisionmicos: cerrado, cerrado stricto sensu,

    campo mido, floresta paludcola, ectono Cerrado / Floresta Estacional Semidecidual (Plano de Manejo da

    Estao Ecolgica de Assis).

    5.3. ASPECTOS ANTRPICOS

    5.3.1. DEMOGRAFIA

    5.3.1.1. DENSIDADE DEMOGRFICA

    De acordo com o censo do IBGE (2010), a populao do Municpio de Ibirarema de 6.725

    habitantes distribuindo-se a maioria na rea urbana do municpio. Segundo dados do SEADE, no perodo de

    2010-2013, a populao ibiraremense teve uma taxa geomtrica de crescimento anual de 1,18%. A

    populao residente, tanto na rea rural como urbana, conforme dados do IBGE, mais representativa na

    faixa de 15 a 19 anos. H o predomnio da populao masculina (50,5%) em relao feminina (49,5%). A

    densidade demogrfica de 30,47hab./Km (SEADE, 2013).

    GRFICO 01: Distribuio da populao Urbana e Rural FONTE: IBGE, 2012 (adaptado)

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    5.3.2. EQUIPAMENTOS SOCIAIS

    5.3.2.1. SADE E EDUCAO

    No Municpio de Ibirarema, o ndice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem evoludo ao longo dos

    anos. Segundo dados do PNUD (2010), o ndice de 0,708, considerado um ndice de desenvolvimento alto.

    De acordo com os dados do SEADE (2011), a taxa de mortalidade infantil do municpio

    inexistente.

    Com relao aos centros de sade, conforme os dados do IBGE (2009), o municpio conta com

    apenas um estabelecimento de sade. Quanto educao, segundo dados da Secretria da Educao do

    Estado de So Paulo (2012), Ibirarema possui quatro estabelecimentos de Ensino Municipal, uma Escola

    Estadual e uma sala descentralizada do Centro Paula Souza, localizados na zona urbana do municpio.

    5.3.3. SANEAMENTO BSICO

    Os tratamentos de esgoto e de gua

    do Municpio de Ibirarema so de

    responsabilidade do Servio Autnomo de

    gua e Esgoto de Ibirarema (SAAEI).

    A Estao de Tratamento de Esgoto

    ETE de Ibirarema, localizada na Rodovia

    IBM 050, gua Pau DAlho, Ibirarema, SP,

    apresenta Licena de Operao de

    Tratamentos de Esgotos Sanitrios n

    59000652 emitida pela CETESB. O

    tratamento constitudo por gradeamento,

    calha Parshall e trs lagoas aerbicas. O

    ndice de tratamento de esgotos sanitrios

    apresentado no municpio, de acordo com

    dados de 2013 do SAAEI, de 98,10%. A gua do Municpio oriunda de poos tubulares profundos, num

    total de seis poos e do manancial de abastecimento superficial Barra Bonita. Atualmente a estrutura de

    abastecimento de gua abrange 100 % do municpio de Ibirarema, segundo dados de 2013 do SAAEI.

    O municpio ainda no possui plano de saneamento bsico conforme a Lei Federal n 11.445, de 05 de

    janeiro de 2007, que abrange tratamento de gua, tratamento de efluentes sanitrios, macro drenagem

    urbana, e resduos slidos, este ltimo em maneira mais aberta, tendo uma viso macro da gerao e

    destinao destes. Mesmo sem ter o Plano de Saneamento elaborado, o Municpio de Ibirarema, tambm

    em parceria com o CIVAP, elaborou em 2010 parte deste plano, intitulado Plano de Saneamento dos

    Resduos Slidos Urbanos e Manejo de Resduos, como uma viso macro dos problemas gerados pelos

    resduos apenas em mbito urbano, diferentemente deste plano apresentado que apresenta vises mais

    sistmicas e abrange outros resduos gerados dentro dos limites municipais que no os resduos urbanos.

    5.3.4.ECONOMIA

    Em relao economia do municpio, o setor que mais contribui para o Produto Interno Bruto (PIB)

    do municpio o setor tercirio, ou seja, o setor de servios. Segundo dados do SEADE (2010), este setor

    contribui com 55,67% no PIB de Ibirarema, seguido pelo setor secundrio (23,65%) e por ltimo pelo setor

    primrio (20,68%).

    FIGURA 03: Lagoa de tratamento. FONTE: CIVAP, 2013.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    No setor secundrio, a cidade conta com indstrias de produo de alimentos. J no setor primrio,

    as principais atividades so as produes de cana-de-acar e mandioca para indstria, de soja e de milho

    (INVESTE SP, 2010).

    Com relao ao emprego, a maior participao nos vnculos empregatcios o de agropecuria,

    seguido por indstria, servios e por ltimo o de comrcio (INVESTE SP, 2010).

    5.3.5. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

    A estrutura administrativa do governo municipal composta por rgos segmentados, tendo nveis

    de atuao e abrangncia definidos por rea. Estes tm como objetivo de criar condies e realizar as

    metas e aes propostas.

    Consolidada pela Lei Municipal n 1.312/2012, e suas alteraes, a Municipalidade est constituda

    pelos seguintes rgos:

    Gabinete do Prefeito;

    Assessoria Jurdica;

    Departamento de Administrao, Planejamento e Finanas;

    Departamento de Recursos Humanos;

    Departamento de Educao;

    Departamento de Cultura, Esporte e Turismo;

    Departamento de Sade;

    Departamento de Planejamento, Obras e Servios;

    Departamento de Agricultura e Abastecimento;

    Departamento de Meio Ambiente;

    Departamento de Assistncia Social.

    Dentro dos departamentos descritos acima, encontram-se demais setores que completam a gesto

    administrativa dentro da Prefeitura de Ibirarema.

    6. DIAGNSTICO DOS SERVIOS DE LIMPEZA PBLICA EXISTENTES

    A Constituio Federal, em seu art. 30, inciso V, dispe sobre a competncia dos municpios em

    "organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, os servios pblicos de

    interesse local, includo o transporte coletivo, que tem carter essencial". O que define e caracteriza o

    "interesse local" a predominncia do interesse do Municpio sobre os interesses do Estado ou da Unio.

    No que tange aos municpios, portanto, encontram-se sob a competncia dos mesmos os servios pblicos

    essenciais, de interesse predominantemente local e, entre esses, os servios de limpeza urbana (IBAM,

    2001).

    No Municpio de Ibirarema, a gerao de resduos domsticos de aproximadamente 82 toneladas

    por ms, pelos dados coletados pelo CIVAP em 2013, contabilizando todos os resduos coletados pela

    coleta convencional. O servio de coleta, transporte e disposio final dos resduos domsticos so

    realizados pela Prefeitura, e tem como destino final dos resduos, o Aterro em Valas de Ibirarema, SP.

    Quanto aos resduos de servio de sade, o servio terceirizado, ficando aos estabelecimentos

    comerciais que geram este tipo de resduo, como de farmcias, clinicas e consultrios, a responsabilidade

    de contratao e pagamento do mesmo. A empresa que faz essa coleta no municpio a Cheiro Verde

    Ambiental que responsvel pelo transporte e destinao final. No caso dos resduos de servio de sade

    provenientes do servio pblico, a coleta, transporte e destinao so tambm de responsabilidade da

    Cheiro Verde Ambiental, ficando o nus a cargo do municpio.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    A execuo dos servios de limpeza pblica de Ibirarema tambm prpria. Os servios abrangidos

    pela limpeza pblica so: varrio das sarjetas e caladas, limpeza e desobstruo de bocas de lobo, capina

    manual e mecanizada das vias pblicas, roada dos terrenos, inclusive o transporte e destinao final dos

    resduos produzidos por estes servios.

    A Prefeitura de Ibirarema no possui oficialmente coleta seletiva municipal. Os resduos reciclveis

    so coletados por trs catadores autnomos que centralizam a coleta em reas setorizadas pela Prefeitura

    no Municpio, que realizam a coleta individual, e a comercializao dos materiais, tambm ocorre

    individualmente.

    Em parceria com a prefeitura, existem suportes para bags confeccionados em metal, onde os bags

    so encaixados e os muncipes depositam os resduos reciclveis. A prefeitura disponibiliza caminho

    Poliguindaste para retirada e deslocamento at o barraco de triagem dos bags.

    No municpio no existe servio pblico de coleta e destinao dos resduos funerrios.As

    funerrias devem cumprir as exigncias das Resolues CONAMA nos 283/2001 e 358/05, assim como da

    ANVISA/RDC n 306/04, e possuir o Plano de Gerenciamento de Resduos de Sade, sendo responsveis

    pela destinao de final destes resduos por meio de empresa terceirizada. No entanto, no apresentaram

    este plano a prefeitura.

    Os resduos industriais so de responsabilidade dos seus respectivos geradores, os quais contratam

    empresas especializadas na destinao final dos mesmos.

    Para um melhor entendimento da situao atual dos servios de limpeza pblica existentes no

    Municpio de Ibirarema, os itens a seguir descrevem o diagnstico de cada servio existente no municpio.

    6.1. RESDUOS SLIDOS DOMSTICOS E COMERCIAIS COLETA CONVENCIONAL

    Atualmente, no Municpio de Ibirarema, o servio de coleta de resduos slidos domsticos e comerciais

    (coleta convencional) atende toda a malha urbana, que corresponde a 27,79 quilmetros por dia. No total,

    1.743 casas so atendidas pela coleta convencional.

    Diariamente so coletadas 2,752 toneladas de

    resduos, que so destinados ao Aterro Municipal em

    Valas localizado na Rodovia IBM 050, gua Pau DAlho,

    Ibirarema, SP, que liga o Municpio de Ibirarema ao de

    Palmital, distante 3,85 quilmetros da sede da

    prefeitura.

    6.1.1. FREQUNCIA E ITINERRIO DE

    COLETA DOS RESDUOS SLIDOS DOMSTICOS E

    COMERCIAIS

    O sistema de coleta, assim como as rotas e

    frequncias foram definidas pela prefeitura, sendo

    executadas por equipe de coleta prpria.

    FIGURA 04: Funcionrios realizando a coleta convencional. FONTE: CIVAP, 2013.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    Um nico caminho compactador realiza a coleta dos resduos de todo o municpio em um nico

    turno de coleta, sendo segunda, quarta e sexta-feira, das 07 s 17 horas com intervalo de uma hora para

    almoo. O caminho caamba utilizado para recolha de resduos de construo civil, sendo acionado

    apenas quando existe a demanda. Todas as teras-feiras so realizadas manuteno preventiva no

    caminho.

    Dado a pequena extenso do municpio, o itinerrio de coleta ocorre inicialmente nas proximidades

    da garagem do Setor de Transportes, e posteriormente ao restante do municpio.

    No Municpio de Ibirarema, os resduos domsticos e comerciais, ficam costumeiramente

    acondicionados em sacos plsticos dispostos em lixeiras em frente s residncias ou comrcio.

    Durante visita a campo, verificou-se que os muncipes e comerciantes obedecem aos horrios de

    coleta, dispondo os resduos corretamente, nos horrios apropriados, mesmo quando no h lixeiras, os

    resduos so colocados para fora das residncias cerca de duas horas antes da coleta.

    Na regio central do municpio e em praas pblicas, so dispostas lixeiras em pontos estratgicos

    para atender a maior circulao de pessoas, num total de 43 lixeiras.

    6.1.2. TRANSPORTE DOS RESDUOS DOMSTICOS

    So utilizados dois caminhes que realizam a coleta dos resduos de toda rea urbana do municpio,

    com uma equipe de seis funcionrios, que realizam a tarefa diariamente: um caminho caamba Mercedes

    Benz 1113, ano 1986, com capacidade de carga de 12 toneladas, placa BFY-0436, que se apresenta em bom

    estado de conservao, para coleta de resduos da construo civil, e apresenta quilometragem mdia de

    48 quilmetros por dia, e um caminho

    compactador Volkswagen 17180, ano 2002, com capacidade de carga de 15 m, placa DBA-3202, que

    tambm se encontra em bom estado de conservao, para coleta dos resduos domiciliares e do comrcio,

    com mdia de quilometragem de 40 quilmetros por dia.

    Verificou-se, durante a visita em campo, que os funcionrios responsveis pela coleta de resduos

    apresentavam-se sem uniformes de identificao e utilizavam apenas luvas de raspa de couro como

    equipamento de proteo individual (EPI).

    FIGURA 05: Lixeira disposta no centro da cidade. FONTE: CIVAP, 2013.

    FONTE: CIVAP, 2013

    FIGURA 06: Lixeiras em frente s residncias.

    FONTE: CIVAP, 2013.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    6.1.3. HISTRICO DE DISPOSIO DOS RESDUOS SLIDOS

    Todos os tipos de resduos gerados no municpio eram depositados, sem nenhum controle

    ambiental, no antigo lixo localizado na Rodovia Francisco Antunes Ribeiro, km 01 (IBM 010) at meados do

    ano de 2002. Quando no incio de 2002, foi adquirido um terreno de 119.500 m para instalao de um

    aterro sanitrio localizado na Estrada Municipal Ibirarema x Palmital, na rodovia IBM 050, com Licena de

    Operao de n 11000653, emitida pela CETESB.

    6.1.4. DESTINAO FINAL DOS RESDUOS DOMSTICOS E COMERCIAIS

    Os resduos domsticos e comerciais coletados no Municpio de Ibirarema so destinados ao Aterro

    em Valas de Ibirarema (CNPJ: 46.211.694/0001-07), na Estrada Municipal IBM-050, gua Pau DAlho,

    Ibirarema, SP, que d acesso ao municpio de Palmital, SP, com Licena de Operao para Aterro Sanitrio

    n 59000708, emitida pela CETESB. A estimativa de vida til do aterro de 15 anos, com encerramento

    previsto para o ano de 2018. O aterro ainda apresenta IQR, ndice de Qualidade de Resduos avaliado pela

    CETESB em 2012, de 8,3, tendo o seu valor mximo de 10.

    A infraestrutura do aterro apresenta barreira vegetal, guarita, barreira mecnica impedindo o

    acesso, cerca de divisa em arame liso de cinco fios para delimitao da rea, placas informativas e

    cobertura imediata dos resduos aps sua deposio.

    6.1.5. PROJEO POPULACIONAL

    Para a estimativa da produo per capita de resduos slidos, item deste relatrio, foi elaborado

    um levantamento baseando-se nos dados censitrios anteriores e tambm nas projees populacionais da

    Fundao SEADE Sistema Estadual de Anlise de Dados, para definir o crescimento populacional no

    intervalo entre 2013 e 2030, pelo motivo dos dados que so apresentados pelo SEADE.

    A projeo populacional encontra-se na Tabela 02 abaixo.

    FIGURA 08: Entrada do Aterro em Valas. FONTE: CIVAP, 2013.

    FIGURA 07: Aterro emVvalas FONTE: CIVAP, 2013.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    6.1.6. PRODUO PER CAPITA DE RESDUOS DOMSTICOS

    A gerao per capita relaciona a quantidade de resduos slidos gerada diariamente e o nmero de

    habitantes de determinada regio. Muitos tcnicos consideram de 0,50 a 1,30 hab./dia como a faixa de

    variao mdia para o Brasil conforme a tabela abaixo:

    Para o clculo da produo per capita de resduos domsticos do municpio de Ibirarema, foram

    utilizadas a populao urbana estimada pelo SEADE as quantidades de resduo coletado pela prefeitura

    num perodo de 30 dias no ms de maro de 2013. O valor obtido per capita foi de 0,40 kg/hab./dia (Tabela

    02), o que pode ser considerado dentro dos padres estimado pelas referncias bibliogrficas que utilizam

    at 0,50 kg/hab./dia para populao urbana de at 30.000 habitantes.

    Ressaltamos que no foram includos os resduos originados da construo civil e da indstria.

    Tamanho

    da Cidade

    Populao Urbana

    (habitantes)

    Gerao Per Capita

    (kg/hab./dia)

    Pequena At 30.000 0,50

    Mdia De 30.000 a 500.000 De 0,50 a 0,80

    Grande De 500.000 a 3.000.000 De 0,80 a 1,00

    Megalpole Acima de 3.000.000 De 1,00 a 1,30

    Populao

    urbana

    (hab.)

    Coleta

    Domstica

    (kg/ms)

    Coleta

    Domstica

    (kg/dia)

    Per Capita

    (kg/hab./dia)

    6.956* 82.560 2.752 0,4

    TABELA 01: Projeo Populacional para Ibirarema.

    Ano Populao

    2013 6.956

    2014 7.038

    2015 7.121

    2016 7.197

    2017 7.274

    2018 7.351

    2019 7.430

    2020 7.509

    2025 7.819

    2030 8.065

    FONTE: SEADE, 2013.

    TABELA 02: Mdia de gerao per capta de resduos domsticos.

    FONTE: CEMPRE, 2002

    FONTE: CIVAP, 2013. *SEADE: Projeo Populacional de 2013.

    TABELA 03: Gerao per capta de resduos domsticos.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    6.1.7. TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL

    A equao abaixo foi empregada para realizao do clculo da taxa de crescimento de gerao per

    capita ao longo do tempo. O perodo considerado para clculo foi de 17 anos (2030 - 2013) com uma

    tendncia linear do crescimento da gerao per capita de resduos de 0,4 a 0,5 kg/hab./dia, resultando uma

    taxa de crescimento de 1,47% ao ano.

    Variao Anual = 0059,0

    013.2030.2

    4,05,0

    Taxa de Crescimento =

    %47,14,0

    0059,0

    6.1.8. ESTIMATIVA DE QUANTIDADE DE RESDUO

    Os resultados tabelados abaixo tm a finalidade de avaliar o impacto da gerao de resduos do

    municpio. Sendo estes obtidos com base na projeo populacional fornecida pelo SEADE (Fundao

    Sistema Estadual de Anlise de Dados) e por meio da variao anual per capita de aproximadamente

    0,0059, anteriormente apresentada.

    Os valores de resduos per capita calculados atravs da seguinte frmula:

    Resduos Per Capita (Kg/hab./dia) =

    Quantidade de Resduos (Kg/ano) =

    Quant. Acum. (Kg)=

    6.2. COLETA SELETIVA MATERIAIS RECICLVEIS

    A coleta seletiva o sistema de recolhimento dos materiais reciclveis como: papis, plsticos,

    vidros, metais, entre outros. Uma das definies para coleta seletiva a de um sistema ecologicamente

    TABELA 04: Estimativa da gerao anual de resduos slidos domsticos.

    Ano Populao Resduos

    Per Capita (Kg/hab/dia)

    Quantidade de resduos (Kg/ano)

    Quantidade acumulada (Kg)

    2013 6.956 0,4 1.004.480 1.004.480 2014 7.038 0,3941 1.012.392 2.016.872 2015 7.121 0,3882 1.008.996 3.025.868 2016 7.197 0,3823 1.004.266 4.030.133 2017 7.274 0,3764 999.346 5.029.479 2018 7.351 0,3705 994.094 6.023.573 2019 7.430 0,3646 988.777 7.012.350 2020 7.509 0,3587 983.120 7.995.470 2025 7.819 0,3292 939.515 12.782.925 2030 8.065 0,2997 882.234 17.310.551

    FONTE: CIVAP, 2013.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    correto, que visa recolher o material potencialmente reciclvel que foi previamente separado na fonte

    geradora por meio de uma ao conjunta entre inmeros parceiros (SEMA, 2006). Alm disso, a coleta

    seletiva proporciona benefcios nos mbitos ambiental, econmico e social, conforme demonstrado no

    QUADRO 05.

    Os procedimentos de coleta de materiais reciclveis encontrados atualmente podem ser da

    seguinte forma:

    Coleta seletiva porta a porta: o modelo mais empregado nos programas de reciclagem. Nesse

    modelo, a populao faz a separao dos materiais reciclveis existente nos resduos domsticos para

    que depois esses materiais separados possam ser coletados por um veculo especfico.

    Pontos de entrega voluntria

    PEV: Consiste na instalao de

    contineres ou recipientes em

    locais pblicos para que a

    populao, voluntariamente,

    possa fazer o descarte dos

    materiais separados em suas

    residncias.

    Postos de troca: baseado na

    entrega do material reciclvel

    pela troca de outro material

    (algum bem ou benefcio).

    Cooperativa de catadores: A

    coleta formal envolve a

    participao da prefeitura, com o

    uso de equipamentos adequados

    para a realizao da coleta,

    uniformizao e cadastramento

    dos catadores, etc. Por outro

    lado, a coleta informal envolve a

    coleta dos materiais reciclveis

    em lugares como lixes ou

    aterros (quando se permitido), ou recolhem os reciclveis por meio da coleta de porta em porta, nas

    residncias e comrcios.

    Aps o processo de coleta, separao e triagem, os materiais reciclveis so vendidos pelos

    barraces e catadores como matria prima aos sucateiros, aparistas e s indstrias. Dentre os fatores

    contribuintes de todo esse processo, atribui-se que o sucesso da coleta seletiva proporcional ao nvel de

    sensibilizao e conscientizao da populao em realizar e participar da coleta seletiva, assim como da

    existncia de mercado ara os materiais reciclveis.

    Os itens a seguir detalham sobre a situao atual de Ibirarema relacionada com a coleta de material

    reciclvel no municpio: sistema de coleta, transporte e destinao final dos materiais reciclveis, aes da

    prefeitura, abordagem dos diversos atuantes da coleta seletiva como os catadores, receptadores e

    empresas.

    QUADRO 05: Benefcios da Coleta Seletiva.

    BENEFCIOS DA COLETA SELETIVA A

    mb

    ien

    tal

    Diminui a explorao de recursos naturais renovveis e no renovveis;

    Evita a poluio do solo, da gua e do ar;

    Melhora a qualidade do composto produzido a partir da matria orgnica;

    Melhora a limpeza da cidade;

    Possibilita o reaproveitamento de materiais que iriam para o aterro sanitrio;

    Prolonga a vida til dos aterros sanitrios;

    Reduz o consumo de energia para fabricao de novos bens de consumo;

    Diminui o desperdcio.

    Eco

    n

    mic

    o Diminui os custos da produo, com o aproveitamento de

    reciclveis pelas indstrias;

    Gera renda pela comercializao dos reciclveis;

    Diminui os gastos com a limpeza urbana.

    Soci

    al Cria oportunidade de fortalecer organizaes comunitrias;

    Gera empregos para a populao;

    Incentiva o fortalecimento de associaes e cooperativas.

    FONTE: SEMA, 2006.

  • Sozinho o problema seu, juntos ele nosso!

    Sede Via Chico Mendes, 65 Parque Exposies Assis/SP 19807-130 Fone/Fax: (18) 3323.2368 Stio: www.civap.com.br E-mail: [email protected] CNPJ: 51.501.484/0001-93

    6.2.1. COLETA SELETIVA MUNICIPAL

    No Municpio de Ibirarema no existe coleta regular de material reciclvel feita pela prefeitura.

    Sendo esta atividade realizada por trs catadores autnomos que coletam o material reciclvel em toda

    rea urbana do municpio.

    A prefeitura apoia esses catadores por meio da utilizao de equipamentos da prefeitura, j que

    sistema de coleta utilizado pelo municpio consiste na utilizao de um suporte de material metlico

    localizado em locais pr-definidos pela prefeitura, onde os bags de coleta so encaixados e a populao

    realiza a deposio dos resduos reciclveis nestes bags. Alm disso, so coletados os resduos de 20 lixeiras

    de coleta seletiva que esto dispostas na Praa Francisco Duarte.

    FIGURA 09: Carrinhos bags utilizado na coleta seletiva. Figura 10: PEVs dispostas nas ruas de Ibirarema FONTE: CIVAP, 2013. FONTE: CIVAP, 2013.

    Quando completa-se o bag, aproximadamente uma vez por semana, a prefeitura disponibiliza um

    caminho poliguindaste Mercedes Benz 1218R, ano 2008, com capacidade de carga de 10 toneladas, placa

    BNZ-5311, que encontra-se em bom estado de conservao, com mdia semanal de 47 quilmetros

    rodados para fazer o iamento dos bags e realizar o transporte at o barraco de triagem dos catadores

    autnomos.

    A TABELA 06 demonstra a mdia mensal do primeiro trimestre de 2013 da quantidade de material

    vendido pelos catadores autnomos segundo o Departamento de Meio Ambiente do municpio de

    Ibirarema.

    6.2.2. COLETA INFORMAL: BARRACO

    No Municpio de Ibirarema, como a coleta realizada por autnomos, os resduos reciclveis so

    armazenados em barraco particular. As condies e locais de armazenamento so inadequadas, pois

    apesar de existir uma rea coberta e com impermeabilizao de solo do barraco para armazenamento dos

    TABELA 05: Quantidade aproximada de coleta de materiais reciclveis por ms.

    FONTE: Prefeitura de Ibirarema, 2013.

    Material Quantidade (Kg)

    Alumnio 930

    Ferro 7.450

    Papel 4.450

    Plstico 4.150

  • Sozinho o