to falando sozinho
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Jornal Realizado pelos alunos da 2a série do Ensino Médio do CSL nas aulas de Redação. Redação - Tô falando sozinho? Alice Laurindo Ana Carolina Custódio Beatriz Megumi Leonardo Vassimon Lucas Pereira Felipe Garcia Marcelo Pereira Victor KimTRANSCRIPT
TÔ FALANDO SOZINHO? Preço sugerido: R$ 100000000,99 Agosto Edição Nº02
O piso moderno do ginásio está
pronto Progresso pode ser notado apesar de atraso na obra.
( fot o do a nda me nt o da s obras do Gi nás i o t i ra da da e s qui na da R ua L uís C oel ho c o m a Ha ddoc k L obo)
O ginásio do Colégio
São Luís entrou em
reforma no meio de
2012 e até agora se
aguarda ansiosamente
o seu término. Muitos
atrasos ocorreram, mas
já se podem perceber
os seus avanços: já se
pode ver o design exte-
rior a caminho do
término e o resulta-
do é apreciado por
todos.
Jornal dedicado ao Miguel
SÉRIE DESUNIDA: EN-TENDA O PORQUÊ Pág. 02
EDUCAÇÃO PÚBLI-
CA SEGUNDO MI-
GUEL ZEIN
O ensino público por um
ponto de vista diferente:
o do professor. Pág.04
ELEIÇÕES E O CO-
LÉGIO SÃO LUÍS!
Por mais que se vejam co-
mo apenas uma pequena
porcentagem dos votos do
país, os jovens têm uma
participação muito grande
na política. Pág.04
1984 – GEORGE ORWELL O retrato da sociedade de
Orwell, apesar de antiga,
ainda assombra a muitos,
causando grandes reflexões.
Pág.05
“QUEBRA-CABEÇA” ‘Lucas é um menino que
mora em Brasilândia e con-
ta um pouco de sua vida
nesse bairro caótico de São
Paulo. ’ Por Alice Laurindo
Pág.03
“QUACK! Acorda!”
Sistema educacional bra-
sileiro em crise.
Nem todos os jovens no Brasil têm
as mesmas oportunidades que os
alunos do Colégio São Luís. Muitos
alunos de escolas públicas não rece-
bem a devida educação, que deveri-
am estar recebendo. O sistema edu-
cacional do Brasil ainda apresenta
muitas falhas.
(Aluna do Colégio São Luís em um dia normal de aula)
Geração
Hobbesiana Como esperado pelos jovens, no
ano de formatura do terceiro en-
sino médio a série deve ficar uni-
da e proporcionar grandes amiza-
des e momentos para a vida intei-
ra. No entanto, na opinião desse
jornal, o segundo ano de 2014 do
São Luís está passando por um
problema que é muito comum aos
jovens da nossa geração: o dis-
tanciamento dos estudantes.
Isso acontece porque,
nessa geração, cada indivíduo só
pensa em si mesmo e aceita tudo
o que lhe é dado desde que não
altere seu cotidiano; não se tem
mais iniciativa para buscar uma
mudança e assim melhorar a soci-
edade. Estamos em uma época
muito individualista em que o
próprio meio de se ingressar em
uma faculdade promove a luta de
todos contra todos, o que agrava a
situação do jovem, que não en-
contra um estímulo nem mesmo
por parte da instituição de ensino
para socializar e simpatizar com o
outro. Esse individualismo influ-
encia diretamente nas salas de
aula e nos programas escolares.
Temos como exemplo a
ineficiência dos comitês criados
pelo colégio. As raras reuniões
desses grupos de estudantes vi-
sam melhorar o aproveitamento
do colégio por parte dos alunos.
Porém, quando acontecem, devi-
do aos conflitos entre diferentes
grupos, as discussões tornam-se
ineficientes e o foco recai em
problemas menores e
pesso-
ais, o que pode até ocorrer pela
falta de um líder para comandá-la
e promover um encontro em que
as pessoas socializem e não fi-
quem isoladas em grupos.
A série é constituída de
salas formadas sem alteração há
muito tempo. Como os alunos de
cada classe convivem uns com os
outros desde pequenos, acabam
criando uma afinidade e intimi-
dade intensa, tendo a amizade
praticamente consolidada. Quan-
do um indivíduo qualquer tenta se
integrar nesse grupo, enfrenta
grandes dificuldades e até mesmo
bullying, o que desanima qual-
quer vontade de integração que
exista nele.
Esse é um problema que
deve ser solucionado pelos alu-
nos, que devem encontrar proje-
tos em que os indivíduos da série
sintam-se à vontade e conheçam
mais um ao outro. Mas também
deve ser solucionado com auxílio
da coordenação, que deve separar
as famosas “panelinhas” com o
objetivo de que, sem uma zona de
conforto, os alunos procurem
outros colegas para socializar.
Uma maneira de isso acontecer é
mudar as classes anualmente, pois
em um ano a pessoa consegue ter
um contato profundo com outra e,
após esse período, terá a oportu-
nidade de ter essa vivência com
outras. Com o auxílio da coorde-
nação, a boa vontade dos alunos e
o surgimento de um ou mais líde-
res, a série estará salva da separa-
ção “natural” desta geração.
“Portanto, o problema
que a série enfrenta é
uma incapacidade de
mobilização”
“Presta atenção em mim, presta!?”
Quebra-cabeça
Segundo Simone de Beauvoir um adulto
não passaria de uma criança com idade.
Isso até pode ser, mas o contrário não
pode se tornar verdade. A uma criança
cabe brincar, correr, pular, se divertir e,
no máximo, grandes preocupações como
a tabuada do sete ou o porquê de casa ser
escrito com “s” e não com “z”. E, assim
como um professor é sempre associado a
giz e como um médico é sempre associa-
do ao estetoscópio, uma criança deve ser
sempre associada a brinquedos.
Tendo isso em mente, julguei natural me
deparar com um quebra-cabeça ao entrar
num quarto do Hospital das Clínicas,
onde faço voluntariado, cujo paciente
tinha doze anos. É verdade que o menino
não parecia muito interessado, mas até aí
nenhum problema. Afinal, ele provavel-
mente sentia dor da lesão sofrida na
perna, ou aquele quebra-cabeça era frus-
trantemente fácil ou, até, ele preferia
outras diversões, como videogames ou
sabe-se lá o que.
Conversa vai, conversa vem, o menino
me conta que sofreu um acidente de
moto. “Tudo bem”, penso eu, “ele devia
estar na garupa...” Quando, de repente:
-Eu estava a mais de 110 km. – diz o
garoto, naturalmente.
-Como assim? – pergunto eu, ainda
esperançosa de ter entendido tudo errado.
-Ah, sabe como é, eu já dirijo há uns dois
anos. Então, consigo ir a essa velocidade
com tranquilidade, o problema é que não
deu tempo de frear quando um ônibus e
outra moto vieram na minha direção.
Pergunto a idade novamente e fico triste
de perceber que o menino realmente
tinha começado a dirigir com dez anos.
Mas isso nem foi o pior. O garoto, que
até possuía certo carisma, continuou
animado a contar de sua vida. A moto era
para passar a noite fora, nos dias que
“saía pra curtir”. Neste ponto, ele come-
çou a conversar com seu colega de quarto
sobre o “fluxo do Iraque”.
Confesso que a princípio fiquei um pou-
co assustada, achando que eles realmente
estavam falando do país, o que realmente
deixou todas as frases deles um pouco
estranhas.
-Ah, no Iraque eu só fui pra churrasco...
Mas já vi vídeos e fotos de como o negó-
cio pega fogo à noite...
-Realmente bomba, mais de duas mil
pessoas...
Ao perceber minha cara atônita, o outro
paciente, um rapaz de seus vinte anos, me
explicou que o Iraque ao qual eles se
referiam era uma favela da Brasilândia
em que se faz uma caótica festa na rua.
Festa essa que é denominada “o fluxo”.
Eles me contaram a quantidade astronô-
mica de pessoas que a frequentam e que
era fácil de achar vídeos na internet.
Acredite, eu procurei, e aquilo desafia a
lei física de que dois corpos não podem
ocupar o mesmo espaço ao mesmo tem-
po.
Lucas, o menino do qual estamos falan-
do, contou orgulhosamente sobre como
seu bairro, Brasilândia, era o que mais
aparecia nos noticiários e como ele pró-
prio já estava craque em “dar perdidos”
na polícia com sua moto. Triste o quanto
esta criança (sim, porque eu insisto em
chamá-lo assim) já possuía uma forte
aversão à polícia. Ao relatar as balas de
borracha e as bombas de gás lacrimogê-
neo com as quais os policiais tentavam
manter o controle em seu bairro ele não
pareceu imaginar um cenário em que um
policial pudesse lhe propiciar uma maior
segurança. E quando isso acontece com
uma pessoa de apenas doze anos, acho
que é para se pensar.
Depois de muito tempo conversando,
perguntei a ele sobre a escola. Ele me
disse, então, que estava uma série atrasa-
do. Repetiu por falta, pois toda sexta-
feira ele não vai para começar a “curtir”
mais cedo. Detalhe: até onde eu entendi,
ele continua a fazer isso. Neste momento
chegou sua mãe, acompanhada por um
inconfundível cheiro de cigarro, que o
próprio filho comentou ser difícil de sair.
-Mas, Lucas, você fuma? –Perguntou a
outra voluntária que estava comigo.
-Só os naturais! – Responde o menino
com um sorriso no rosto.
Ah, me perdoe. Mas é o fim ouvir tudo
isso de uma criança. E o pior é saber que
isso não é um caso atípico. Infelizmente,
isso parece ser até comum. Ele próprio
me disse que tinha vários amigos que
saíam para dirigir com ele e fazer sabe-se
lá o que mais. E a mãe ouvia tudo e ria
como se fosse algo muito natural.
A que ponto teve que chegar nossa socie-
dade para alguém abrir mão da própria
infância para dirigir motos, dançar funk
na rua, fugir de policiais e “fumar natu-
rais”? Assim como as peças nas quais o
menino mexia desinteressadamente, tudo
se juntará e formará o quebra-cabeça de
sua vida. Que, digo com certo pesar, não
acredito que vá formar um desenho muito
bonito. Pergunto mais uma vez: a que
ponto nós chegamos?
Por Alice Laurindo
“Bom dia! Eu disse bom dia!”
Entrevista educativa
Nós entrevistamos Miguel Nicolas Zein, professor de química do Colégio São Luís, sobre a questão das escolas públi-
cas, seus métodos de ensino e seus problemas, e também sobre o vestibular e como isso afeta alunos do ensino médio.
Pergunta: Você já deu aula em outras escolas- alguma
escola publica?
Resposta: Bom, eu nunca dei aula em uma escola pu-
blica, mas o que agente conhece sobre é o que vocês
escutam falar por aí: carteiras quebradas, uma sala mal
pintada, o quadro ainda de pedra, as janelas todas de-
predadas, e isso é uma coisa que você não vai encon-
trar em escolas particulares. Isso é o que eu ouço falar,
mas presenciar eu nunca presenciei.
P. Você se interessaria em dar aula em uma escola
publica?
R. Hoje sim, eu poderia dar aula em uma escola publi-
ca no intuito principalmente de ajudar um garoto ou
uma garota que está querendo ou almeja uma coisa
melhor. Nesse momento da minha vida, eu já estou
com os meus 54 anos, sim eu gostaria muito de poder
participar e ter uma oportunidade de ajudar em uma
escola publica.
P. Você acredita no conceito de uma escola publica?
R. Eu acredito sim, mas para você poder ter uma esco-
la publica de qualidade tem que começar lá de cima,
um político que esteja a fim de trabalhar, pagar bem o
professor, ter uma adequação no lugar em que você
está, carteiras boas, uma sala bem cuidada, um profes-
sor com vontade. Professor com vontade não falta, mas
eles se desestimulam muito fácil, a grande maioria não
tem um estímulo para trabalhar em um lugar como
aquele. Eu acredito sim, mas o governo precisa come-
çar a realmente botar dinheiro na educação, porque
tem muitos potenciais de meninos e meninas que não
estão sendo usados por falta de oportunidades.
P. O que você acha do vestibular?
R. O vestibular hoje é uma grande indústria, então nós
professores preparamos os alunos para o vestibular.
Mesmo você querendo fazer direito você tem que estu-
dar física, química, etc. Se nos pudéssemos pelo menos
avançar um pouco e tivéssemos um modelo das escolas
Europeias ou das Norte Americanas, teríamos outra
visão. Daríamos aulas que os alunos quisessem e eu
acho que teria um interesse maior nos estudos. Para
mim, eu vejo o vestibular hoje como uma grande fonte
de renda e também uma indústria, os alunos tem que
engolir matérias que eles nunca mais vão usar depois
do vestibular. Se pudéssemos seguir os modelos Euro-
peus e o Norte Americano, seria uma boa ideia.
P.: Você poderia nos dar algumas dicas para o vestibu-
lar?.
R.:Olha, em química eu estudaria toda a química orgâ-
nica, reações orgânicas, estudaria bastante também os
equilíbrios químicos, principalmente a parte de PH. E
também tomar bastante cuidado com a parte de inorgâ-
nica, tabela periódica também sempre cai alguma coi-
sa, geometria das moléculas também cai bastante, ga-
ses. Mas 40% do vestibular ainda é a química orgâni-
ca, reações orgânicas.
O Jovem na Po-
lítica
Podemos ver em nosso dia a dia
um crescente desinteresse do
povo pela política, e isso se refle-
te com ainda mais força nos jo-
vens, que por terem o voto como
optativo, acabam desistindo dessa
participação, o que é muito preju-
dicial para o futuro do nosso país.
As causas podem ser muitas: os
frequentes escândalos de corrup-
ção, a falta de respostas diretas às
nossas reivindicações ou mesmo
a pouca transparência quanto às
decisões tomadas no governo.
Por mais que se vejam como
apenas uma pequena porcentagem
dos votos do país, os jovens têm
uma participação muito grande na
política e foi com esse engaja-
mento que conseguiram o direito
ao voto a partir dos 16 anos, pois
foram os movimentos estudantis
que, durante e após a ditadura
militar, lutaram por isso.
Apesar dessa luta, muitos jo-
vens caem em um estado de igno-
rância que é em parte proporcio-
nado pelo meio à sua volta, ou
seja, perdem o interesse não só
pela política, mas por qualquer
decisão que possa trazer conse-
quências difíceis de lidar. Uma
vez ignorantes e desengajados,
“QUACK, óculos!”
A Distopia
A distopia de George Orwell é
um retrato soturno da socieda-
de, e apesar de o ano de 1984
ter passado há muito, suas pro-
féticas previsões ainda se en-
caixam com perfeição ao nosso
tempo. A tortura psicológica
exercida por esse livro ao seu
protagonista e aos leitores ain-
da assombra a muitos, que, ao
refletirem, percebem que 2 + 2
= 5 (para os curiosos, a respos-
ta está no livro).
Winston Smith é um ho-
mem trabalhador que vive em
uma terra pós-apocalíptica
dominada por um único parti-
do político. Temas como amor
e sentimentos não existem, o
sexo não passa de obrigação
para com a sociedade eaté o
pensamento pode ser crime. A
ignorância impera na popula-
ção e os cidadãos são bombar-
deados de informações pelas
tele-telas, que vigiam tudo e
todos e transmitem os ideais
do Partido. Todo o sistema
converge para uma figura po-
derosa e ao mesmo tempo obs-
cura e misteriosa: Big Brother,
o líder onisciente desse sistema
opressor. Ninguém nunca o
viu, mas todos o temem.
Com perturbações e ideias
revolucionárias girando em sua
mente, e com os recorrentes
desaparecimentos de seus co-
legas de trabalho e conhecidos,
Winston começa a escrever um
diário, que questiona as leis do
partido e que poderia levá-lo a
uma morte terrível. Ele se vê
sozinho dentro deste regime
comunitário, mas ao mesmo
tempo alienatório, que não
oferece possibilidade de mu-
dança e que destrói qualquer
ideal contrário. É quando ele
conhece Julia, uma mulher que
tem aparentemente os mesmos
ideais e que pode ligá-lo à re-
sistência.
Com suas personagens dife-
rentes e enigmáticas, Orwell
nos faz refletir sobre nossos
mais enraizados valores e so-
bre o futuro para o qual pode
estar caminhando nossa socie-
dade, pois hoje temos uma
ilusão de liberdade que é na
realidade controlada por mí-
dias e ideias muito parecidas
com as tele–telas do livro, as
televisões e as corporações que
governam, dos bastidores, a
nossa sociedade. Vivemos
dentro de um universo plane-
jado em que cada um desem-
penha sua função e do qual é
muito difícil fugir, pois até
mártires são engolidos e so-
mem em meio à multidão.
Por isso, mais do que tudo,
podemos apreender a obra de
Orwell como um exemplo a
não ser seguido na vida real e
como um possível futuro de
nossa vida. Leitura super-
recomendada!
tornam-se um alvo fácil para pro-
pagandas eleitorais e compra de
votos, ou acabam votando por
brincadeira e elegendo pessoas
como “Tiririca”.
O que é necessário é que haja o
entendimento de que as decisões
tomadas na urna farão grande
diferença para o futuro do país e
de cada indivíduo, por isso são
escolhas que trazem grande res-
ponsabilidade, mas que devem ser
tomadas, para que todos tenham
sua voz na democracia brasileira.
Então, seria muito importante
haver uma campanha de educação
política nas escolas e que se ins-
truíssem as crianças desde peque-
nas a se engajarem em decisões
de seus próprios meios, seja em
eleições e candidaturas a repre-
sentantes de sala, grêmios estu-
dantis e mesmo em organizações
de trabalhos escolares. O engaja-
mento político deve ser incenti-
vado de modo a facilitar aos jo-
vens, quando da hora do voto, a
tomada dessa decisão com cons-
ciência e entendimento.
Leonardo Vassimon
“Exercícios Lindinhos!”
A desigualdade pública
Recentemente, ocorreram as inscrições para os princi-
pais vestibulares do estado. Nesse contexto de ansie-
dade e preocupação, somos levados à reflexão quanto
ao processo seletivo para o ingresso às faculdades no
Brasil.
Atualmente, para muitos estudantes brasileiros, a fina-
lidade de todo seu histórico escolar é o tão esperado
vestibular. Porém, há uma competição maior a cada
ano que passa, já que o número de vagas é muito me-
nor do que a procura. Portanto, toda a trajetória escolar
brasileira visa a almejar vaga em concorridas universi-
dades.
De acordo com o professor de sociologia Edison Sil-
vestre, professor de escola pública e particular, forma-
do na Universidade de São Paulo, “o vestibular é um
critério avaliativo falido que deveria ser reelaborado
urgentemente”. Para ele e para o professor de filosofia
do colégio São Luís, também formado na Universidade
de São Paulo, Fábio Mesquita, um modo mais eficiente
de avaliação seria analisar o aluno pelo seu histórico
escolar, evitando que alunos sem senso crítico ingres-
sem no lugar de outros alunos mais competentes. En-
tretanto, o fato é que a maior parte dos brasileiros es-
tuda em escolas públicas e não são bem preparados
academicamente. Uma parcela dessa culpa cabe ao
nosso governo, que não dá a devida importância para
elas.
Por ser a sétima maior economia do planeta, era de se
esperar um sistema educacional adequado no Brasil,
entretanto a realidade é outra. O Brasil ainda é um dos
piores países no ranking mundial da educação, ocu-
pando a 88ª posição de um total de 122 países. Ele está
mais perto dos piores exemplos do mundo, como Bur-
kina Faso (121˚) e Iêmen (122˚), do que das melhores,
como Canadá (2˚) e Finlândia (1˚). Isso se dá, muitas
vezes, por causa da falta de investimentos em escolas
públicas, como os pequenos salários para os professo-
res e a má infraestrutura, o que obviamente desestimu-
la a todos. Por conta disso, as aulas não são bem apro-
veitadas, trazendo malefícios para esses estudantes.
Recentemente, o número de adesões no ensino público
aumentou muito com o novo programa social do go-
verno, a Bolsa Família. Entretanto, a qualidade do
ensino continua baixa. Além disso, a pesquisa do IB-
GE revela que apenas metade dos alunos com idade
entre 15 a 17 anos está matriculada no ensino médio,
mostrando grande desistência e desinteresse no apren-
dizado (16,2% dos jovens deixa a escola nessa idade).
Como se não bastasse, ainda criaram-se as cotas uni-
versitárias, com justificativas sociais e raciais, para que
as vítimas de nosso governo fraco tenham maior van-
tagem para entrar nas faculdades e sejam, de certa
forma, recompensadas pelo deficiente ensino brasilei-
ro. Portanto, a partir de 2013, 50% das vagas nos pro-
cessos seletivos de universidades e institutos federais
serão ocupados por alunos que cursaram todo o ensino
médio na escola pública. Isso, na visão do professor de
sociologia, Edison Silvestre, é uma confissão por parte
do governo de que esses alunos estão em desvantagem
em relação aos outros.
“Tá bom, então vai!”
O Brasil ainda pode progredir muito, porém
nada é feito. A educação é base de uma sociedade, pois
aquele que estuda será o futuro do país, portanto é
necessário que ela seja de qualidade. Nas palavras de
Mesquita, "escolas públicas têm muito o que melhorar,
mas elas mostram o valor que a nossa sociedade dá
para a educação e nossa sociedade não dá valor à edu-
cação como deveria”.
Cartas dos leitores
Indicador de educação Posição no ranking (entre 122 países)
Taxa de matrícula na educação básica 69º
Taxa de matrícula no ensino superior 76º
Diferença de gênero na educação 1º
Acesso à internet nas escolas 86º
Qualidade do sistema educacional 105º
Qualidade das escolas de educação básica 109º
Qualidade do ensino de matemática e ciências 112º
Qualidade de gerenciamento das escolas 43º
Pessoas com mais de 25 anos com ensino
médio
57º
Pessoas com mais de 25 anos com ensino
superior
64º
EDUCAÇÃO (geral) 88º
Sou pai e ex-aluno do Colégio São Luís. Achei muito interessante o conteúdo publicado na edição
da semana passada (dia 05/04) acerca da relação entre o professor e o aluno, pois sinto realmente que
essa relação, hoje em dia, já não é mais a mesma. Fui convidado a assistir a aula do meu filho e pos-
so dizer com segurança que a geração atual possui uma relação muito mais afetiva com os professo-
res do que na minha época de escola, devido às brincadeiras realizadas durante a aula pelas duas
partes. Conversando brevemente com o professor de química, Miguel Zein, percebi que o perfil de
professor já não é mais o mesmo, isto é, melhorou muito. Creio que essa afetividade entre o estudan-
te e o professor não seja somente na escola do meu filho, mas não posso deixar de parabenizar o
Colégio São Luís por atuar na formação da melhor forma possível. Afinal, pelos professores serem
muito atenciosos, o aluno adquire a capacidade de conseguir compreender melhor o conteúdo. Caso
essa afetividade entre o professor e o aluno tenha continuidade, tenho certeza de que no futuro tere-
mos uma geração de pessoas muito melhor formada profissionalmente do que a de hoje em dia.
Marcelo A (São Paulo-SP)
“Didididididididi”
(tabela relativa à posição brasileira no ranking mundial de educação)
A ANSIEDADE PARA O
USO DO GINÁSIO LOGO
VAI ACABAR!
Pouco a pouco as etapas para
o término do ginásio vão se
completando e a primeira já
obteve êxito.
O ginásio do Colégio São Luís
entrou em reforma no meio de
2012 e até agora se aguarda
ansiosamente o seu término.
Muitos atrasos ocorreram, mas
já se podem perceber os seus
avanços: pode-se ver o design
exterior a caminho do término
e o resultado é apreciado por
todos.
A obra, durante seu desenvol-
vimento, ocupou o espaço da
maior quadra do colégio, além
de inutilizar o espaço da pisci-
na durante um longo período.
A construção de um novo gi-
násio ocorreu por causa da
necessidade de mais espaço e
modernização da área de es-
portes, plano que estava no
papel há muito, mas foi colo-
cado em prática assim que se
percebeu que o antigo estava
com muitas falhas. O motivo
dos atrasos, além do atraso da
entrega dos vidros que reves-
tem o edifício que impossibili-
taram o trabalho dos empreitei-
ros, é o fato de não haver uma
supervisão qualificada, já que
em diversos horários do dia
podemos ver pedreiros senta-
dos observando os treinos nas
quadras.
Porém, com todo esse atraso,
as primeiras etapas já estão
sendo vencidas. O piso do gi-
násio está finalmente acabado.
Como toda a estrutura do edi-
fício é feito dos materiais mais
modernos, o piso não seria
diferente; ele é feito de recoma
que garante um amortecimento
para os alunos ao praticarem
esportes diminuindo o impacto
na hora das corridas. Tudo isso
visando o bem estar dos estu-
dantes.
A obra está prometida para o
final deste ano e conta com
salas para as bolas e para os
professores de educação física,
além de um campo de grama
society e elevadores para al-
cançar os três andares do giná-
sio.
(maquete do novo ginásio exposto na secretaria do Colégio São Luís)
“Anota!”
La-
zer
Cruzadas professores
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“Tá bom já né? Chega?”
Capricórnio
22 de dezembro a 21 de janeiro
Caro capricorniano, a sua semana te trará surpresas
positivas! No campo pessoal, você reencontrará um
grande amigo. Aproveita essa oportunidade para se
reaproximar daqueles com quem você não tem fala-
do muito. No campo profissional, um projeto em
particular te agradará muito! Quem sabe até não
esteja te agradando neste instante? Entretanto, certi-
fique-se de estar descansado e animado na hora de
dar vereditos finais no seu trabalho!
Escorpião 23 de outubro a 21 de novembro
Caro leitor de escorpião, esta semana será o fim da
picada! Você sofrerá algumas decepções e em alguns
momentos parecerá que seus esforços estão sendo em
vão. Mas não desanime! O reconhecimento ainda está
por vir! Enquanto espera, certifique-se de estar próxi-
mo de amigos confiáveis, eles amenizaram as dificul-
dades dessa semana.
Sagitário 22 de novembro a 21 de dezembro Caro sagitário, esta semana será particularmente corrida no trabalho. Mesmo considerando que seus esforços serão reconhecidos, tome cuidado! Certifi-que-se de não perder o equilíbrio entre a vida profissi-onal e a vida pessoal. Ligue para seus amigos, encontre seus familiares e, principalmente, reserve um tempo para você. Seu sucesso será ainda maior se você esti-ver descansado e feliz.
Virgem 23 de agosto a 22 de setembro
Virginiano, a posição planetária está enigmática.
Será a chegada de um novo amor? Aproveite para
conhecer novas pessoas e mudar um pouco de ambi-
ente, algumas pessoas a sua volta não lhe estão
sendo positivas. No campo profissional, mantenha o
esforço e a paciência para enfrentar as muitas ativi-
dades que lhe estão sendo designadas.
Peixes 20 de fevereiro a 20 de março
Leitor pisciano, sua semana será tranquila. No
campo pessoal, sua sorte continuará. Aproveite
para passar bastante tempo com seus amigos e
com a sua família, os planetas estão favoráveis
para tal atividade. No campo profissional, con-
tudo, tente correr mais riscos. Acredite mais no
seu potencial e nunca deixe de dar a sua opini-
ão, sabemos a quão valiosa ela é.
Aquário 21 de janeiro a 19 de fevereiro
Sua semana poderá apresentar grandes mudanças,
entretanto elas deverão partir de você. Certifique-se de
ser bem atento e repense algumas coisas, o amor pode
estar mais próximo do que você imagina! No trabalho,
no entanto, tenha coragem de mudar o que não lhe
agrada e lembre-se que nada é permanente, ao não ser
aquilo que você decide não mudar.
Áries 20 de março a 20 de abril
Ariano, boas notícias! Os planetas estão em uma
posição favorável para você esta semana e haverá
grandes novidades. No trabalho, novas ideias; no
amor, novas aventuras e no banco, novos depósi-
tos! Mas tome cuidado, tantos sucessos podem
causar inveja. Tome cuidado ao escolher suas
companhias nesta semana, pois o mal olhado
pode atrapalhar a sua aura positiva.
Touro 21 de abril a 20 de maio
“O teu futuro é duvidoso. Eu vejo grana, eu
vejo dor,” Assim como Bete Balanço na exce-
lente música do Cazuza, o seu futuro é incerto.
Muitas opções lhe serão apresentadas e tudo
dependerá das escolhas que você tomar. Este
jornal sabe que você, caro leitor taurino, não é
muito apegado a escolhas. Mas lembre-se, é
sempre melhor tê-las do que não tê-las!
Gêmeos 21 de maio a 20 de junho Caro geminiano, a semana apresentará uma
ser conquistado. Além disso, tome cuidado para não se preo-
cupar demais com o trabalho, certifique-se de manter alguns hobbies.
Câncer
21 de junho a 21 de julho
Caro canceriano, infelizmente trazemos nova-
mente más notícias. A sua onda de azar ainda
não passou. Você enfrentará novos desafios e
decepções, mas não desanime! Tudo há de
passar. E o lado bom disso tudo é que você
perceberá quem são seus verdadeiros amigos.
Entretanto, tome cuidado para o descontenta-
mento com a sua semana não afastá-los! Tenha
paciência e tente ser mais carinhoso com aque-
les à sua volta.
Libra 23 de setembro a 22 de outubro
Fiel leitor libriano, anime-se! Você tem a sua
frente uma semana muito positiva e você começa-
rá a colher, finalmente, os frutos de seus árduos
esforços. Vênus está numa posição favorável, o
que indica alegrias no campo amoroso. Mas aten-
ção! Lembre-se que o mundo não gira a sua volta
e certifique-se de não ser arrogante. As pessoas
não gostam de ouvir sobre o sucesso de outra
pessoa, por maior que ele seja.
Leão 22 de julho a 22 de agosto
Leonino, a sua semana te apresentará alguns desa-
fios, mas você certamente será capaz de enfrentá-
los. Mesmo que não perceba, você tem crescido
muito. O que antes era impossível de atravessar,
hoje não passa de um pequeno obstáculo. Entre-
tanto, seja menos tímido e tente se abrir mais.
Você se cercou de pessoas boas e confiáveis,
tente dar a elas um pouco mais de confiança.