som nas igrejas - nextproaudio.com · gil no trompete e flugelhorn. a novidade ficou para o último...

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SOM NAS IGREJAS

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D O E R U D I T O D O E R U D I T O ubiram aos dois palcos do teatro, aOrquestra Experimental de Reper-

tório (SP), regida pelo maestro CarlosMoreno, o pianista Maciej Pikulski, oclarinetista Walter Seyfarth, além da vio-linista Elena Graf, a mezzo-sopranoAngelika Kirchschlager e o barítonoRafael Fingerlos. A bossa nova foi repre-sentada por Cesar Camargo Mariano no

[email protected]

Fotos: Baobá Comunicação,

Cultura e Conteúdo / Ellem

Cardoso / Divulgação

S piano, na voz de Madison McFerrin, Ar-mando Marçal na percussão, ConradoGoys no violão acústico, Sidiel Vieira nobaixo, Josué dos Santos no saxofone/flau-ta, Thiago Rabello na bateria e WalmirGil no trompete e flugelhorn.A novidade ficou para o último dia com aapresentação da Rock Symphony com aOrquestra Sinfônica de Minas Gerais,

MÚSICA EM

Foi uma semana,digamos perfeita,

de música erudita eMPB no teatroL’Occitane, em

Trancoso, naBahia. O local,inaugurado em2013, tem como

principal atração oevento Música em

Trancoso, quereúne em setenoites nomes

renomados damúsica clássica e

da bossa nova.

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À M P BÀ M P B TRANCOSO

com regência de Wolfgang Roese,Frederick Schlender, guitarra elé-trica, Phillip Soddemann, guitarraelétrica, Steffen Peters, baixo, Hol-ger Roese, bateria, Alex Melcher,cantor, Mennana Ennaoui, canto-ra, Angelika Kirchschlager, mezzosoprano, e Rafael Fingerlos, baríto-no, no mesmo palco.

Uma combinação que, num pri-meiro momento, é difícil acreditarque vai dar certo, em termos desonorização pelo menos. A saídafoi lançar mão daquele antigo con-ceito elegante de que “menos émais”. A ideia não era melhorarum som que já era perfeito ou ainda“melhorar” a afinação da voz dacantora. O principal trabalho erajustamente amplificar o que já es-tava perfeito com bastante cuida-do para que exageros tecnológicos

não estragassem essa virtuosidade.A Light Sound, empresa escolhidapara sonorizar o evento nesta quin-ta edição, teve como principal desa-fio solucionar alguns problemas deacústica do próprio teatro. De acor-do com Ronald Fernandes, sócio-proprietário da companhia, logona primeira visita técnica ao tea-tro, foi constatada essa dificuldadena acústica. “Foi quando soliciteiao Rafael Lins (engenheiro daMTX) para vir dar uma olhada,

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pois tínhamos um projeto de trabalharcom zoneamento para conseguir me-lhorar um pouco”, explica.“Na verdade, deixei isso na mão doRafael, que fez a avaliação do teatro edesenvolveu um modelo de caixa espe-cialmente para usar aqui. E tivemos umbom resultado”, afirma, se referindo aosistema MTX modelos SB218 (dois porlado), MTX-1222 (no P.A. Principal) eMTX-110 (center fill). Ronald contatambém que toda a parte de backline foifeita com “o maior cuidado do mundo”.O objetivo era trabalhar com tecnolo-gia diferente do cotidiano das demaislocadoras, o que significou excluirmulticabo e trabalhar com sistema digi-tal. “O próprio Henrique da Pentacús-tica aceitou alguns projetos especiaisque eu pedi para que fossem executados,além de todos os parceiros que partici-param desse projeto de forma muito im-portante”, avalia.Por ser uma empresa extremamente jo-vem na área de áudio, foi feito um inves-timento durante sete meses, tempo deexecução do projeto. Isso que dizer que,

em termos de equipamentos, quase tudousado ali era novo. “Foi comprado e pen-sado para aqui. O Henrique Elisei, daPentacústica, o Rafael Lins, da MTX, o Gil-berto Grossi e o Anderson Rubim, da NextPro, o Fernando Ferreti, da Powertech, oMárcio Magalhães e Arnóbio Gomes, da

Palco de baixo apresentou maior dificuldade para ser sonorizado devido à reverberação

Rack de equipamentos do palco aberto

Beto Neves (à direita): contratado para dar suporte no áudio

“O principal

trabalho erajustamente

amplificar o que jáestava perfeito com

bastante cuidadopara que exageros

tecnológicos nãoestragassem essa

virtuosidade.

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Soundcraft no P.A. do palco de baixo

Harman, são grandes parceiras daempresa”, fala Ronald.Mas não foi no primeiro dia que osistema e equipamentos foram tes-tados. Com uma apresentação to-talmente acústica no palco abertona parte superior do teatro, os mú-sicos dispensaram o uso do P.A., eapenas no segundo dia de espetá-culo é que foi possível ter umaideia de como o sistema soava.“Sem dúvida, o palco de baixo émuito mais difícil. A reverberaçãoé muito maior, a sala muito difícilde ser sonorizada. Mas o festivalcontratou o Beto Neves para ser otécnico do evento. Um excelenteprofissional que veio para somar.Ele está trabalhando para termosaqui o melhor”, ressalta.“No primeiro dia, foi tudo total-mente acústico como foi solicita-do. Não quiseram que nada fossemicrofonado, não tinha nenhumsistema de som no palco, o micro-fone só funcionou para o CarloLovatelli (um dos idealizadores doteatro) cumprimentar o público.No segundo dia, já aceitaram mi-crofonar os cantores, e, pelo queconversei com a diretoria, ficaramsupersatisfeitos. O Pierre EMTER,que foi uma das pessoas chaves ementregar o evento na nossa mão,acreditou na empresa e na respon-sabilidade que a gente assumiu,também me falou que o som estavamuito bom”, avalia.

PRODUÇÃO“Eu nunca precisei ficar seis mesesfazendo uma produção técnica

como foi feita aqui”, comenta Ro-nald. Visita técnica foram umas 20,montagem, teste, checagem, conse-guir uma equipe técnica bilíngue,uma exigência do próprio Ronaldpara atender melhor os artistas,mais logística de hospedagem, ali-mentação, translado, nada dissofazia parte da rotina da empresa.Pode-se dizer que o Música em

Trancoso é um divisor de águas paraa Light Sound. “É tudo novo e umcaminho sem volta. Porque es-tamos participando do evento, vi-vendo as dificuldades, procurando

sempre corrigir e tentando deixara dificuldade imperceptível para ocliente”, explica.O primeiro passo desta produçãofoi analisar e fazer um levanta-mento de investimento, de custo,de operacional. “Me assustei comos custos operacionais. Como fa-lei, para mim é tudo novidade, en-tão, a mão de obra tem um valorsuperior ao do dia a dia. A quanti-dade de dias muito grande, gera-sevalores anormais para mim”, reve-la Ronald. Depois disso, foi partirpara soluções dos equipamentos

Equipe da Light Sound

Grande (à esquerda) e Kombi (Light Sound )

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que o empresário queria implan-tar na empresa, com ajuda de ou-tras empresas parceiras.“Estamos nascendo no áudio. Aprimeira caixa de som que com-pramos foi em junho de 2014.Mas temos um trabalho sério,tenho um sócio, Leandro Cor-reia que é como um irmão da-queles que entra no jogo paraimpulsionar a concretizaçãodo que a gente idealiza e queme permite tudo na empresa.Eu via as dificuldades e ia pro-curar uma solução, e tudo vemdando certo”, completa.

BÁSICO DO BÁSICOMais uma vez, a ideia foi lan-çar mão do “menos é mais”,com um conceito de ilumi-nação minimalista, bastantebásica, mas sem deixar deatender as exigências doscontratantes, que fizeram aescolha dos equipamentosque seriam utilizados.”

“Lembro que todos

os amigos falavam:áudio é uma

doença... Eu pegueia doença e nãoestou achando

remédio”(Ronald)

Sistema MTX modelos SB218 (2 por lado), MTX-1222 (P.A. Principal) e MTX-110 (center fill)

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“Executamos tudo o que é solicitado.Atendemos em todos os quesitos,pois, aqui, neste evento em especial, osclientes são minuciosos e têm uma crí-tica e exigência muito grandes”, fala.A solução foi trabalhar com equi-pamentos mais novos e lançamentosmais recentes no mercado, excluindoos equipamentos antigos da empresa.“Substitui PC por SoftPar, por exem-plo. Fizemos esses investimentos paratrabalhar voltado para o teatro. Comosomos primariamente uma empresa deluz, nada foi fora da normalidade nailuminação, tudo muito básico. Às ve-zes, num evento de axé a luz é até maistrabalhosa do que essa. “, compara.

LIGHT SOUNDA empresa, que nasceu para atender osetor de iluminação, tornou-se for-necedora de soluções de áudio há bempouco tempo. “A empresa começouhá dez anos comigo, sozinho, com seis

movings. Eu viajava, carregava, ope-rava, montava, desmontava, fui au-mentando a quantidade de equipa-mento, foi quando comecei a ter fun-cionário. Em 2011, Leandro veio so-mar na empresa tornando-se meu só-cio. Há algum tempo foi solicitado quefizéssemos investimento em áudio, re-sistimos muito para fazer esse investi-mento. Mas colocamos produtos deáudio na empresa para atender a umcliente específico, isso depois de trêsmeses de negociação até nos conven-cermos. Lembro que todos os amigosfalavam: áudio é uma doença... Eu pe-guei a doença e não estou achando re-médio”, constata Ronald. “Temosmuito a agradecer ao Grupo Hills, quenos deu oportunidades, crescemosmuito com eles, ao Anderson Quares-ma, o Geleia, que acreditou em nossaempresa aqui em Porto Seguro, e todosos nossos clientes que tiveram confi-ança na empresa”, finaliza.

Equipe de sonorização e respresentantes da Next Pro - Gilberto Grossi (à esquerda) e Anderson Rubim (à direita)

Apresentações aconteceram fora do L´Occitane MA Light - console para a luz básica dos espetáculos

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Tecnologia em amplificadores nacionais

Quem olhasse para o canto esquerdo do palco, podia notar

um rack de amplificadores. Mas só se olhasse mesmo, por-

que em nenhum momento se podia ouvi-los, de tão silencio-

sos. Esses equipamentos integram a série R da Next Pro. No

Música em Trancoso foram usados os modelos R6, que é um

amplificador digital contendo 7200 watts totais, e o modelo

R3, que é um amplificador digital também com 3000 watts,

ambos utilizando a tecnologia multiflex, desenvolvida na

empresa. “O R3 é uma linha já nova e fizemos um upgrade

nele, e é o que chamamos de flex, então ele tem a mesma

potência em qualquer impedância. No caso do R3 ele tem

em seus 2 ohms 3600 watts, e em 4 ohms tem 3000 watts”,

explica Gilberto Grossi, engenheiro da Next Pro, que foi a

Trancoso acompanhar o comportamento dos produtos du-

rante as apresentações. “Lançamos no final do ano e gosta-

ríamos ver na prática esse upgrade. Então eles estão sendo

essencialmente usados para amplificar o sistema de line

array, com o R3 fazendo o sistema de drives as altas e o R6

trabalhando com os médios graves com os falantes de 6”,

12” e o subgrave”, completa.

Segundo Gilberto, essa tecnologia desenvolvida é singular

no país, e leva em conta as características próprias dos ambi-

entes onde são realizados shows no Brasil. “Primeiro a nossa

vantagem no Brasil que é um amplificador com PFC, que é o

fator de correção de fonte. Os amplificadores nacionais não

têm essa tecnologia e nós conseguimos nacionalizar algo que

era exclusivo dos grandes amplificadores mundiais que custa-

vam uma fortuna. Conseguimos trazer essa tecnologia para

vender ao consumidor com um preço 20% a menos do que ele

pagaria em um amplificador internacional. Segunda vanta-

gem é a tecnologia multiflex, que pode ser um aparelho de

mesma potência em 2 ou 4 ohms”, ressalta.

A Next Pro é uma fábrica essencialmente jovem e que veio

para o mercado de amplificadores a partir da Expomusic

2013. Em janeiro de 2014, foi dado início a um trabalho de

atendimento aos lojistas, nas revendas. Para tanto, além da

linha profissional R, que foi usada no evento, a empresa pos-

sui a linha Nano, que é um amplificador de entrada nas lojas

para sistemas de sonorização de igrejas, bares, restauran-

tes, sonorização de ambiente, de supermercados, lojas, uma

linha que abrange esse mercado. “Ela foi especial para o

mercado, poque ela trouxe essa tecnologia multiflex, que

aboliu a necessidade de o cliente ter que comprar amplifica-

dor pensando na impedância. Ele pode comprar o amplifica-

dor e depois definir qual a impedância que ele quer usar,

que ele vai ter um rendimento máximo do amplificador”, ex-

plica Anderson Rubim, gerente comercial. O produto foi res-

ponsável por abrir mercado para a Next Pro. “Temos lojas

vendendo em toda região Sudeste, em Santa Catarina, em

todos os estados na região Nordeste, e chegando aos outros

estados do Sul, estamos procurando avançar para as regi-

ões Centro-Oeste e Norte”, completa Anderson.

Amplificadores modelos da série R da Next Pro: R3 e R6

Apresentações durante o palco aberto: luz branca foi predominante na iluminação