sociologia a rotina na educação

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estudo em sociologia da educaçao

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A rotina na educao, formadores e reformadoresA tradio e sua fora coercitiva

Para Durkhein conscincia coletiva o conjunto dos sentimentos comuns media dos membros de uma sociedade que no muda a cada gerao, mas as liga sucessivamente, e as aquisies da sociedade se acumulam nessa conscincia servindo de reservatrio da tradio e da continuidade que disponibilizada ao individuo atravs da educao penosa e em etapas.As tradies so fatos que ligam de maneira permanente grupos e subgrupos, os indivduos destes e todos entre si no interior da sociedade, perpetuando entre os tempos da vida social geral a continuidade necessria, se estendendo a tudo, impondo-se aos grupos e indivduos por meio da ao chamada por Durkhein de poder coercitivo. por meio da transmisso das tradies, padres culturais e das necessidades da vida comum que as sociedades mantm sua coeso e a continuidade no processo de sua evoluo.Por fora da presso exercida pela tradio que as sociedades so terrivelmente rotineiras recusando-se por vezes (tanto massa e elite) render-se a qualquer inveno, por estas serem consideradas fatos promotores de rupturas, de desequilbrio, ainda que transitrias.Toda inovao por sua natureza um afastamento do habitual traz uma perturbao do natural , a sociedade primitiva sente uma necessidade de continuar a fazer o que sempre fizeram .A sociedade sem a resistncia da tradio e da rotina s inovaes se arriscaria a perder sua unidade e coeso interna, desagregando-se at a anarquia, funcionando assim a tradio e a rotina como um sistema de freios que permite a sociedade elaborar sem se desintegrar as novas formas de adaptao e restabelecer em conseqncia seu equilbrio.Fatos de inovao so to constantes como a os de resistncia a inovao. Pertencem a todas as sociedades, sob a presso de causas mltiplas, rupturas e alteraes destas tradies, movimentos e correntes de idias, invenes e reformas que fazem surgir novas idias e tradies novas.Uma vez estabelecida a nova tradio, esta apresenta uma fora de resistncia a toda nova evoluo, todas as novas idias libertadoras incorporadas a tradio tornam-se opressivas, e as geraes s se libertam de uma tradio para tornarem-se opressoras das geraes seguintes mantendo assim a harmonia das instituies e a satisfao de seus interesses e necessidades fundamentais atravs de um equilbrio social sempre instvel e dinmico que pode romper-se em crises sociais (perodos crticos), possvel haver estagnao (perodos orgnicos) desde que atravs de invenes das tcnicas industriais e sociais no se rompa o equilbrio, as crises so caracterizados conforme sua violncia e acuidade ao deflagrem revolues ou guerras conforme os seguintes graus de importncia: 1) crise econmica, 2) contatos com grupos culturais diversos e 3) ao de individualidades.Assim como as condutas e praticas coletivas sociais (persistncia dos agregados de Pareto) contem a evoluo e regulam o progresso, funcionando como sistemas de freios, paralelamente tm as foras ativas de renovao (instinto das combinaes de Pareto) que quebram a tradio e criam o novo, s efervescendo em crises sociais e agindo como correntes livres do psiquismo coletivo, baseando na diferena entre os homens do ponto de vista fsico, social bem como entre geraes de jovens e adultos.Nos resduos de segunda classe (persistncia dos agregados), a caracterstica a "venerao" da comunidade poltica ou religiosa, encontram-se mais difundidos entre a massa de governados, enquanto os resduos de primeira classe (instinto de combinaes), que comporta o esprito de inovao, estariam mais associados s elites governantes (PARETO, 1923, T, v. 3, 2.178-2.179, p. 339-340; LOSURDO, 2006, p. 250; BONETTI, 1994, p. 60).