sociologia

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Profª Ms. Édina Domingues Centro de Educação a Distância Universidade Anhanguera Uniderp FUNDAMENTOS SOCIOLOGICOS DA EDUCAÇÃO GISELE DE FÁTIMA PEREIRA MATULOVIC 2330444243 Piracicaba - SP

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Page 1: Sociologia

Profª Ms. Édina Domingues

Centro de Educação a Distância

Universidade Anhanguera – Uniderp

FUNDAMENTOS SOCIOLOGICOS DA EDUCAÇÃO

GISELE DE FÁTIMA PEREIRA MATULOVIC 2330444243

Piracicaba - SP

Page 2: Sociologia

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INTRODUÇÃO

A Ciência da Educação, a Pedagogia e a Sociologia, estão muito próximas, como também suas

contribuições e influencias. Buscam compreender essas modificações e a capacidade de evolução

humana, buscando compreender a constituição da realidade social e sua relação com a Educação, por

meio do estudo de aspectos dos processos sociais presentes na produção e configuração do sistema

educacional. O estudo da Sociologia da educação está intimamente ligada à democratização

do acesso ao conhecimento cientifico com vista ao incremento da discussão consciente,

racional e bem fundamentada do educador na realidade social. Neste visamos demonstra com

argumentações, questionamentos e estudos aprofundados, que partir desse pensamento

podemos afirmar que a Sociologia da Educação trata-se de uma ciência humana produtora de

conhecimentos específicos que levam a discussão da democratização e do papel do ensino,

promovendo uma reflexão sobre a sociedade e seus problemas relacionados à Educação, tendo

como subsídios alguns conceitos sociológicos, como processos sociais, socialização, poder,

status, grupos sociais, ações sociais, mudanças e rupturas sociais, entre outros eventos

ocorridos dentro contexto de sociedade, e sociedade escolar.

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Sendo assim partindo desse pressuposto é fundamental a discussão sobre o papel do educador

no atual contexto educacional, bem como alguns problemas educacionais brasileiros. O saber

docente tem sua especificidade a partir do principio de que é um oficio que exige uma

capacitação que na verdade nunca se esgota. Além disso, o papel da escola cresceu e se

modificou, exigindo ainda mais de todos os profissionais envolvidos no processo educativo.

Sendo assim nós como educadoras devemos partir para a reflexão sobre as relações existentes

entre sociedade e Educação a partir da perspectiva sociológica. Partindo dessa ideia

pretendemos através desse atingirmos o objetivo de observar, refletir, diagnosticar e sugerir

resoluções para problemas sociais e/ou problemas sociais no âmbito escolar educacional.

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SOBRE A SOCIOLOGIA

Iniciamos esclarecendo o que é Sociologia, lembrando que os homens diferenciam-se dos animais por

sua capacidade de se relacionar de maneiras diferenciadas, entre as quais a própria linguagem, código

que lhe possibilita comunicar-se com outros homens e torna-se um ser social. Sendo assim para nos

torna-se importante e fundamental entendermos como o homem biológico torna-se um ser social e

produz cultura envolvendo a todos e moldando sua personalidade, internalizando regras sociais,

formas de ser, pensar e agir, transmitidas por meio do processo de socialização. O homem precisa

compreender-se, compreender os outros buscar resposta para perguntas que a vida coloca a ele. A

Sociologia é uma ciência e, como tal, tem uma base teórica metodológica que Serve para estudar os

fenômenos sociais, tentando explica-los, analisando os homens em suas relações de

interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia,

ela mesma um produto histórico, isto é, algo que surge num determinado contexto histórico, fruto das

transformações pelas quais passou a humanidade a partir do final do século XVIII. Alguns momentos

de ruptura geraram transformações significativas para o mundo, especialmente a Revolução Burguesa,

como a Revolução Francesa, além da Revolução Industrial, foram acontecimentos que mudariam a

história para sempre.

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A partir da instalação definitiva do capitalismo e da nova sociedade industrial, têm-se outras formas de

organização social que de certa maneira abalaram a ordem estabelecida e trouxeram inquietações aos

setores mais conservadores da sociedade europeia da época.

Sendo assim a separação do homem dos meios da produção e do local de trabalho, o processo de

urbanização cresceu intensamente, trazendo consigo novas formas de organizar a família e do trabalho

, refletindo na forma do pensamento. Isso foi decisivo para a constituição da Sociologia como ciência,

uma vez que será a área do conhecimento que terá a “missão” de refletir essa nova sociedade

que surgia. A transição do século XIX para o século XX foi marcado por movimentos operários sindicais

que já eram frutos das revoluções acima citadas e que abalaram ainda mais a ordem social

estabelecida, exigindo ferramentas para pensar os conflitos e as contradições decorridas

desses fatos. A sociedade de classe que emerge nesse novo contexto e que viria substituir a ordem

feudal passa a ser marcada pela divisão do trabalho que, por sua vez, traz conquista e frustrações

para todos os atores sociais. A sociedade industrial vive crises e conflitos, especialmente pelos

rompimentos entre o capital e o trabalho, que divide e agita a sociedade como um todo.

Hábitos, costumes e ideias se transformam rapidamente, gerando inclusive uma nova

mentalidade e a separação entre o publico e o privado explicitado, sobretudo, pela separação

do local de trabalho do lugar da moradia e da crescente valorização da privacidade e da vida

em família.

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Do conteúdo pesquisado até o momento, podemos concluir que, assim como existem várias culturas e

varias sociedades, tem se também mais de uma sociedade. Dentre essas varias sociologias, a Sociologia

da Educação, ciência que investiga a escola enquanto instituição social, analisando os processos sociais

envolvidos, assim como as demais sociologias “especializadas”, tem como base as teorias sociológicas.

Todas as transformações vividas pela sociedade trouxeram novos temas para discussão no campo da

Educação.

“Como o conjunto das várias maneiras de transmitir e assegurar a outras pessoas os conhecimentos de

crenças, técnicas e hábitos que um grupo social já desenvolveu a partir de suas expectativas de

sobrevivência” (MEKSENAS, 2002, p. 19).

O campo de estudo da Sociologia da Educação pode ser amplo e diversificado. Na verdade, o

que você deve ter em mente é que o fenômeno educativo é relevante socialmente e requer,

portanto, uma analise teórica especifica e detalhada. É importante ressaltar que os primeiros

teóricos da sociologia analisaram diretamente os problemas educacionais, o que não os

impediu de perceber a ligação entre o sistema escolar e o restante da sociedade, discutindo

questões relacionadas à Educação, seus diferentes participantes, os projetos educacionais, a

questão do poder, a questão curricular, entre outras.

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

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A escola surge como uma instituição que terá como uma de suas funções “preparar o individuo para a

vida em sociedade, além de desenvolver suas potencialidades e capacidade individuais.

Feudalismo foi fenômeno histórico restrito a Europa na Idade Média. Trata -se de um Sistema

econômico, político, social e cultural definido pelas relações servis de produção, em que o Senhor é o

proprietário da terra e o servo depende dele, devendo cumprir obrigações servis, tanto da prestação de

serviços gratuitos quanto na entrega de parte da produção agrícola. Segundo outro autor:

Põe em relevo a transmissão da cultura através da educação sistemática,

para sistemática e assistemática, bem como a mutua influencia entre a educação e os

grupos sociais, a instituição social, a estratificação social, o controle social o desvio

social, o desenvolvimento social, a mudança social, etc. Enfoca, também, as relações

Inter geracionais e o conhecimento sociocultural da personalidade. Estuda, ademais,

a escola como instituição social, como grupo social e o status e papeis na

organização escolar. Apresenta, ainda, como a educação se situa nas diversas

formações sociais [...]. Investiga, por fim, as perspectivas da educação (PESSOA,

1997, p. 15.)

Se observarmos a citação perceberemos que estamos utilizando de alguns dos termos e/expressões

que fazem parte do corpo conceitual da Sociologia Geral e da Sociologia da Educação. Para

entendermos o processo social, se faz necessário compreender a dinâmica da sociedade, que não é

estática, quer dizer, que não esta estagnada, e sim ao contrário, esta em constante movimento. Trata-

se da maneira como os envolvidos no processo educacional se relacionam com o meio. É a

comunicação que garante que o ser biológico se torne um ser sociável.

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Podendo ser processos associativos ou dissociativos, sendo que o mais comum deles é o isolamento,

seguido do contato, conflito, competição, interação, cooperação, adaptação, acomodação e a assimilação.

Em diferentes graus, cada um deles implica numa maior ou menor proximidade entre os indivíduos, de

acordo também com seus interesses, que se ligam à classe social, ao status e aos papeis desempenhados

pelos indivíduos.

O conhecimento de classe social relaciona-se com mobilidade social, diferente da noção, que se baseavam

em hierarquias e/ou códigos de honra, muito ligados à própria condição de nascimento. De acordo com), as

classes sociais.

[...] organizam-se em camadas sociais fundadas na separação entre trabalhadores e proprietários dos

meios de produção, às vezes com consciência sociais correspondentes as suas condições de

existência. Admitem modalidade entre, si abrindo se aos movimentos sociais e revelando também

conflitos, principalmente quanto à distribuição do poder entre elas, na disputa sobre o domínio

econômico, político e intelectual na sociedade industrial. (VIEIRA,1996 p. 58).

Já o status é definido socialmente e diz respeito ao lugar ou à posição que o individuo ocupa na estrutura

social, de acordo com o consenso do grupo social, podendo atingir mais ou menos prestigio conforme

elementos que determinam e as funções a ele relacionadas. A partir da posição, do status, caberão ao

individuo determinados papeis que podem ser definidos como conjuntos de imagens e expectativas ligados

em todos os status, determinando como as pessoas deverão se comportar em suas relações como

ocupante de status superior e/ou inferior.

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O individuo tem vários papeis na sociedade.

Como exemplo, podemos citar o professor: em determinadas sociedades é uma categoria

social que possui certo prestigio, ao mesmo tempo exerce papel que se espera dele quanto

tal, além de desempenhar também o papel de marido, pai, membro de um clube, etc.

Na verdade, o que esta em jogo aqui é uma relação de poder, visto que o comportamento dos

indivíduos esta ligado aos papeis que desempenha e ao seu status na sociedade, o que, por

outro lado, implica em normas e sanções que compõe esses papeis.

A superioridade de um indivíduo advém do poder, isto é da força do prestigio e do

reconhecimento que o grupo vê nele ou lhe atribui a partir de sua posição social.

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AGENTES DA SOCIALIZAÇÃO

Toda essa discussão nos leva à necessidade de explicar melhor o que vem a ser Socialização,

fundamental para se entender o processo educativo. A criança quando recebem valores e regras a partir

da família, principal grupo de socialização, esta se “capacitando” para a vida em sociedade, garantindo

inclusive a perpetuação do próprio grupo social (entendido como coletividade), e a formação da sua

personalidade. A família é vista como um órgão de controle social e agente de socialização na medida

em que regula grande parte do comportamento dos seus membros, impedindo ou procurando impedir

conduta que a sociedade considere condenável.

É importante a socialização para a formação da consciência humana e social, da internalização da

cultura, que acontece ao longo da vida. A difusão dos valores comuns que compõem a cultura de um

grupo social se dá de varias formas, especialmente na atualidade, quando os diversos meios de

comunicação colocam-se ao lado da família e da escola como agentes da socialização. Como existem

várias culturas e varias sociedades pode-se deduzir que a socialização deve respeitar a considerar essa

pluralidade cultural. A Educação exerce um papel fundamental nesse processo, levando-se em conta que

é possível interiorizar a totalidade social. Mas os aspectos culturais de seu grupo possibilita a

transformação de um individuo em um ser social.

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A socialização começa na infância e segue a vida toda, sempre que se interiorizam aspectos da

cultura. O aspecto educativo adquire cada vez mais importância ao longo da vida, uma vez que é

pela ação educativa e no contexto da aprendizagem que se aprende os papeis que devemos

representar. Sempre que houver um processo educativo, se estará falando em socialização.

[...] nessa altura da evolução social, o processo de socialização assume um caráter

que exige a ação de pessoas especializadas e a criação de instituição voltada para a

tarefa educativa, em que os indivíduos se socializam de forma diferenciada, em

função da posição ocupada na sociedade, em face da propriedade. (PESSOA, 1997

p. 26).

Percebemos então, que a socialização e a educação são vivenciadas de forma diferenciada

numa mesma sociedade.

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OS PRIMEIROS GRANDES SOCIOLOGOS

Augusto Comte (1798 – 1857)

O primeiro passo à palavra Sociologia se da o Augusto Comte, sendo a ele que se dá a

preocupação de dotar a sociologia um método, preferencialmente alguma coisa bem parecida com os

métodos usados pelas ciências naturais, para que não se restassem duvidas sobre de ser ela uma

ciência. Acreditava ser, necessário que fossem elaboradas leis do desenvolvimento social, isto é, leis

que deveriam ser seguidas para que a vida em sociedade fosse possível. Surgindo assim o

Positivismo, que é a maneira de ver a sociedade como alguma coisa passível de ser controlada

apenas por normas, regras e leis, com a Sociologia, como a ciência que se encarregaria de fornecer

os instrumentos para isso. Porém deve-se lembrar de que a sociedade é dinâmica e não pode ser

“controlada” apenas por um conjunto de leis.

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Émile Durkheim (1858 – 1917)

A quem se atribui a autoria dos primeiros trabalhos de pesquisa na sociologia e demostras limites

das concepções anteriores, porque acreditava que na medida em que a sociedade cresce

inclusive em termos numéricos, aumentam os papeis a ser desempenhado pelos atores sociais, o

que acarreta mudanças nas regras e normas sociais. Ele partiu da noção de fato social,

entendendo a sociedade como um conjunto de fatos sociais que só poderiam ser Intitulados A

divisão do trabalho e O Suicídio estudados se fosse tratados como coisas. Distingui dois tipos de

sociedades, pautadas no que chamou de solidariedade mecânica e solidariedade orgânica,

dependendo da intensidade dos laços que unem os indivíduos. Estudos a religião a partir da

premissa de que ela seria um fenômeno universal de integração social. Para Durkheim, os

conflitos sociais de sua época seriam transitórios e poderiam ser resolvidos a partir do momento

em que os indivíduos aceitassem ocupar sua função e seu lugar na sociedade. Sua preocupação

com a ordem e com a integração social é que o levou a interessar pelos problemas da educação.

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Karl Marx (1818 – 1883)

Para Marx, a economia seria a base de toda a organização social e as explicações para os

fenômenos sociais viriam do aprofundamento da analise econômica. A nação de classe social é

fundamental na analise que Marx faz dos problemas oriundos, a seu ver, da nova ordem

instaurada pelo capitalismo, pautada na exploração da força de trabalho (classe dominante – a

burguesia / classe dominada – o proletariado). Segundo ele, a mudança social estaria relacionada

com a luta de classes, e os estudos sociológicos deveriam ter como objetivo a transformação

social, que só aconteceria a partir da destruição do capitalismo e sua substituição pelo socialismo.

É pelo trabalho, segundo Ele, que o homem se constrói e é em torno da produção que toda a

sociedade se organiza, sendo as condições de trabalhos determinantes. Entretanto para que a

transformação se realize, a partir da atuação do proletariado, é preciso que a prática seja

orientada pela teoria. Sendo essa a importância de Marx para a sociologia. O materialismo

dialético propõe que sempre se procure perceber que de um embate, de um conflito, sempre

surge alguma coisa nova e diferente daquelas que a originaram.

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Max Weber (1864 – 1920)

Weber pregava uma sociologia compreensiva, pautada no recurso metodológico do tipo ideal,

preocupava-se com o estudo da ação social e da interação, vista por ele como o processo básico

de constituição do ser social, da cultura e da própria sociedade. A comunicação, base da

interação social, é um aspecto fundamental do pensamento weberiano e exigia compreensão das

partes envolvidas. À medida que há uma aceitação das semelhanças e diferenças entre os

individuo, certa padronização na forma de pensar e de agir a partir de valores padronizados que

foram interiorizados, tem-se o equilíbrio social. Enfatiza as relações de poder.

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A CONTEXTUALIZAÇÃO DA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

A Sociologia da Educação “examina o campo, a estrutura e o funcionamento da escola

como instituição social, analisa os processos sociológicos envolvidos na instituição

educacional”. (LAKATOS, 1979, p. 23.).

Essa definição da conta de explicar o que é pensar sociologicamente Educação. Da

importância de viabilizar espaços para que haja analises profundas da sociedade em seu

ambiente escolar, diagnosticando através disso as problemáticas e viabilizando soluções, para

atingir a melhor qualidade em Educação.

Muitos foram os sociólogos que contribuíram para a discutição dos fenômenos sociais ligados

a Educação. Durkheim analisou as estruturas e instituições sociais, bem como as relações

entre os indivíduos e a sociedade, analisando as novas relações de poder que se configuram

na Europa da sua Época. A sociedade consumista que surgia e o crescente individualismo

preocupavam o autor, que via aí uma forte possibilidade de desagregação social. Via a

Educação como processo contínuo, e como um caminho em direção à ordem e à estabilidade,

conforme determinados valores éticos fossem passados. Refletir reconhecer e tentas explicar

os processos de ação educativa, sempre considerando sua evolução histórica, possibilitaria a

tomada de decisões que pudesse levar a transformação social.

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A Educação é uma parte da sociedade, uma instituição social, um produto histórico, reflexo da

sociedade na qual se insere no qual a coletividade se impõe sobre o individuo. Deve procurar

reestabelecer o consenso, a manutenção e a continuidade do grupo social, transformando o

homem num ser social, interiorizando os valores e as maneiras de ser, pensar e agir em seu

grupo. Isso tudo servia para criar e manter mecanismos de regulação social, valorizando então

a disciplina, a obediência e o respeito à autoridade. A essência das teorias sociológicas que

embasavam também a sociologia da educação muda com questões levantadas pelo marxismo,

tornando as mais críticas. Um dos traços mais fortes da sociedade por uma forte e crescente

racionalização, isto é, cada vez mais caracterizada pelo uso da razão em detrimento dos

sentimentos e desejos individuais. A luta de classes e a valorização da mercadoria, guiadas por

uma ideologia das classes dominantes, segundo Marx, só pode ser superada com a prática

consciente, em que se busque a construção do conhecimento para poder promover a

transformação social. Entretanto, ele não via a Educação como meio pelo qual se alcançaria

isso.

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A atividade do educador era parte do sistema e, portanto, não podia encaminhar a

superação efetiva do modo de produção entendido como um todo. O Educador não

deveria nunca ser visto como o sujeito capaz de se sobrepor à sua sociedade e capaz

de encaminhar a revolução e a criação de um sistema. (KONDER. 2002, p. 19 – 20)

O autor continua dizendo que “a atividade do educador tem seus limites, porém, é

atividade humana, é práxis. É intervenção subjetiva na dinâmica pela qual a

sociedade existe se transformando. Contribui, portanto, em certa medida, para fazêlo se da história”. (p.

20).

Percebe-se daí que, para Marx, assim como educa, o educador também é educado,

transmitindo seus valores e visão de mundo. E mais, o home é sempre fruto da sociedade em

que vive. Dessa forma, é preciso entender suas motivações, as condições em que vivem e em

que trabalham os significados que atribuem aos seus atos e ao seu próprio processo educativo.

Apesar de não ter escrito especificamente sobre educação, a contribuição de Marx é de

extrema importância, principalmente pelo fato de ter chamado a atenção para o fato de que o

homem é um se social construído historicamente, sempre que duvida de alguma coisa, que

questiona o que parece já estar estabelecido. Podemos pensar então que, segundo essa teoria, a Educação

PE sempre uma via de mão dupla, questiona se tudo discute se novos caminhos, às

vezes passando pelo conflito de interesses. Max Weber partia do principio que para entender a sociedade

era preciso entender a ação do homem, tentando compreender, explicar e interpretar o social em análises

não valorizadas, sempre considerando o caráter dinâmico. Afasta-se de Marx ao explicar a sociedade a

partir das relações estabelecidas pelos homens no capitalismo, e não apenas a partir da economia.

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Percebe-se que sempre há uma preocupação central que norteia a trajetória de vida e,

consequentemente a caminhada intelectual de cada um dos pensadores. Isso ocorre porque

sempre há uma ideologia, isto é, um conjunto de valores que formam a consciência do

individuo, resultante de sua posição de classe e dos interesses a ela relacionados. Em alguns

pontos podemos observar uma conotação negativa de nossa visão em relação das ideias

apresentadas, isso é sinônimo de consciência, como em Marx, para que esse é um conceito

fundamental e tem forte conotação política, mas é um conceito que pouco aparece em

Durkheim e Weber. Quase sempre é o mesmo que um conjunto de crenças e valores que

norteiam o pensamento e a ação dos indivíduos e dos grupos sociais, gerando uma visão de

mundo que orienta a ação individual e coletiva. Aproxima-se muito, para alguns teóricos, da

noção de cultura. Podem espelha ou não os ideais da classe dominante. Seja como for, nota -se

uma tendência à reprodução dos valores ligados as camadas dominantes a sociedade.

SOCIOLOGIA E A EDUCAÇÃO ATUAL

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ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

O autoritarismo era marcante, que a convivência social Educador e Educando é complexa, enfatizando a

desigualdade social e o pré-conceito. A classe dominante da elite dominava, sendo assim a os mais ricos

dominavam os mais pobres. É possível observar que as várias etnias existentes no filme se divergem

criando situações conflitosas, cada um impondo suas culturas e ideias. A escola segue o tradicionalismo

onde o aluno é o receptor, tem o dever de assimilar e reproduzir socialmente o que lhe foi ensinado na

escola, sem ter o direito de questionar, argumentar ou discordar, impondo ao educando seguir um

comportamento submisso. Sendo assim ficando obvio que a hierarquia e o autoritarismo são marcas

registradas, demonstrando ser indiscutível a posição e ensinamentos dos educadores. Um dos trechos do

filme que demonstra a hierarquia e autoridade do professor é quando o professor solicita que a aluna

realize a leitura do trecho retirado de um livro, a mesma recebe a ordem negativamente, e o professor

enfatiza que a vontade, opiniões e desejos dela não tem valor naquele local, expondo a aluna ao ridículo

advertindo e humilhando na frente dos colegas de sala e induzindo os outros educando a denomina-la

insulta-la como insolente, e continua atitude autoritária e hierárquica com ameaças, verbalizando em tom

de ameaça que eles terão uma conversa após o termino da aula.

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Mais uma vez com sua atitude errônea ao termino da aula o professor expõe a aluna a outra cena de

humilhação, obrigando a educando a se desculpar em frente às amigas, pela atitude tomada, a qual ele

denominava insolência. Através da atitude do professor fica claro que para a escola não há a necessidade

de haver relação amigável entre Educador e Educando, sendo o conteúdo aplicado distante da realidade

social da clientela escolar. Sendo a escola uma obrigatoriedade onde se torna sem estimulo ao aluno, não

despertando o interesse, a reflexão, raciocínio, o senso crítico. O lugar o qual deveria ser um local

aprendizado e interação social, um ambiente sadio, harmonioso e prazeroso, torna-se

apenas reprodutora e transmissora de conteúdos, obrigatório. O qual por sua vez não atinge seus

objetivos, pois o aprendizado é imposto decorado e não assimilado compreendido. Sobre a Pedagogia

aplicada na escola, observamos que ela é cartilhada e inflexível, o professor aplica o conteúdo pronto o

aluno finge que escuta e copia.

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TIRINHAS

No primeiro quadrinho analisando que vivemos em um país aonde cobra-se muitos impostos, o suficiente para

que todos tenha água encanada, esgoto adequado, infraestrutura para toda a sociedade, dando condições

dignas de sobrevivência, porém sabemos que isso não acontece. No segundo e terceiro quadrinho observamos

um grande contraste, onde poucos têm muito e muitos têm pouco, e nem sempre sabem aproveitar o que se

têm. Também observamos o desperdício de água, a pouca instrução das crianças em relação ao meio

ambiente, e sua preservação. Como também as diferenças entre classes sociais, e etnias. Em relação à

educação, além de falta de instrução ambiental como citado acima, também avaliamos que uma criança que

não possui estrutura de sobrevivência digna, demonstra pouco entendimento escolar, mesmo porque

normalmente as mesmas têm que auxiliar a família em seus deveres, e com a falta de esgoto ficam expostos a

situações de riscos e doenças. A educação preconceituosa, onde se fala da desigualdade social, onde se

reforça que o status social influencia na educação. Demonstra a indignação de uma pessoa mais velha (que

aparentemente representa ser a genitora da menor) em relação à criança que esta se socializando com

pessoas de classe social inferior, referindo – se as moradias movem roupas e estilo de vida. Deixando bem

claro que não existem possibilidades de a classe inferior evoluir, que eles estão nessa situação porque querem,

e irão continuar assim porque estagnaram, foram condicionados socialmente a isso. A menina fica

decepcionada com atitude retrograda da idosa da imagem. Porém demonstra não argumentar por que tem a

consciência de que pouco resolvera, já que a idosa foi condicionada a esse pensamento preconceituoso,

provavelmente por sua educação familiar e consequentemente social, relacionada ao período de vivencia.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

nossos medos e estimulam nossa consciência, vemos crianças distantes de nós de nossa realidade,

sofrendo com a miséria e ainda são capazes de sorrir. Crescemos vendo jovens em bares se

alcoolizado, drogando-se, se prostituindo, se dar valor algum a vida. Afinal somos ou não seres

pensantes? Somos ou não livres para tomar nossas próprias decisões? Fomos ou não preparados para

ser responsáveis por nossas atitudes, sejam elas de seguir em frente ou de fugir. Depois de um longo

percurso de frustrações e vitorias percorrido em nossa vida social constituímos uma relação séria, temos

filhos, nos separamos, e começamos tudo novamente. E o respeito ao próximo, o nosso ego excessivo

de uma geração egoísta e egocêntrica, aonde nada mais tem graça, pouco importa em relação aos

sentimentos, desejo de vitória, ética, vida. Ego, é o que devemos analisar, nosso ego, a geração atual só

valoriza a si mesma como individuo social, dessa forma esses atos estão refletindo em nossa sociedade,

tornando a mais violenta, nossas escolas apresentam crianças, com perfis, agressivos, depressivas,

mentirosa, manipuladoras, sem conceito nenhum familiar, sem principio éticos e moral.

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Desde pequeninos sofremos frustrações, nos são ensinados crenças, que despertam Os sujeitos sociais

tende a desenvolver o individuais, em nosso sistema social. Sendo assim nossos futuros dependem de

nossas escolhas, isto é, qualquer escolha ética é uma escolha individual. Mas nos esquecemos de que

nossas escolhas refletem como um todo em nossa sociedade. Mesmo sabendo que nossas escolhas já

são refletidas já pelo sistema social, já impregnada em nossa história como evolução individual. Ao longo

da vida, nos deparamos com outros sistemas de valores, próprios de outros ambientes ou estratos

sociais ou mesmo próprios de sociedades mais antigas. Isso significa dizer que temos uma relativa

autonomia de interpretação e de escolha.

“Relativa" porque a situação social em que nos encontramos e os diversos sistemas de valores que

coexistem num determinado momento histórico se constituem nos limites para nossa interpretação e

realização de valores. Nesse sentido é que dizemos que se trata de uma escolha individual e não

subjetiva. Dessa forma concluímos como Educadoras e agentes sociais, sempre somos responsáveis

pelas mudanças em nossa sociedade, seja indireta ou diretamente, devemos sempre lutar por nossos

objetivos, sempre com ética, profissionalismos, com princípios educativos que respeite a liberdade de

escolha, sempre buscando aperfeiçoar dia a dia nosso aprendizado, para podermos ensinar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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