sociologia - 1º ano do ensino médio volume 2

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1 a série – Volume 2 1 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 A SOCIALIZAÇÃO Página 3 Eu nasci no século XX; O continente em que vivemos se chama América na década de 1990 (ou outra década) o país que habitamos chama-se Brasil; ; no ano de 19...; o nome do nosso Estado é São Paulo; no mês de...; a cidade em que moramos se chama...; no dia...; o bairro onde fica nossa escola se chama ...; no município de...; moro na rua...; no Estado de...; número...; Etapa 1 – Quem somos? Página 4 1. Nesta atividade, o aluno tem a oportunidade de realizar o primeiro exercício de reflexão sobre sua trajetória de vida. Trata-se de um pequeno estímulo ao estranhamento sobre os processos de crescimento, amadurecimento e relacionamento no interior de grupos humanos que formam a base para o processo de socialização, conceito introduzido nesta Situação de Aprendizagem. Na resposta, algumas evidências de mudanças biográficas devem surgir. 2. O próprio crescimento, o início da escolarização, as experiências de aprendizado e os eventos familiares importantes, como casamentos, separações, falecimentos etc. Leitura e Análise deTexto Página 5 1. Entre as semelhanças que os alunos poderão apontar estão, tomando-se por base o texto, a idade em que os jovens entravam na escola, os conteúdos que eram passados (Leitura, Escrita, Aritmética, Poesia, Música, Educação Física) e o nome de alguns

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Apostila de Sociologia - 1º Ano do Ensino Médio Volume 2

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Page 1: Sociologia - 1º Ano do Ensino Médio Volume 2

GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

A SOCIALIZAÇÃO

Página 3

Eu nasci no século XX; O continente em que vivemos se chama América

na década de 1990 (ou

outra década)

o país que habitamos chama-se Brasil;

;

no ano de 19...; o nome do nosso Estado é São Paulo;

no mês de...; a cidade em que moramos se chama...;

no dia...; o bairro onde fica nossa escola se chama ...;

no município de...; moro na rua...;

no Estado de...; número...;

Etapa 1 – Quem somos?

Página 4

1. Nesta atividade, o aluno tem a oportunidade de realizar o primeiro exercício de

reflexão sobre sua trajetória de vida. Trata-se de um pequeno estímulo ao

estranhamento sobre os processos de crescimento, amadurecimento e relacionamento

no interior de grupos humanos que formam a base para o processo de socialização,

conceito introduzido nesta Situação de Aprendizagem. Na resposta, algumas

evidências de mudanças biográficas devem surgir.

2. O próprio crescimento, o início da escolarização, as experiências de aprendizado e

os eventos familiares importantes, como casamentos, separações, falecimentos etc.

Leitura e Análise de Texto

Página 5

1. Entre as semelhanças que os alunos poderão apontar estão, tomando-se por base o

texto, a idade em que os jovens entravam na escola, os conteúdos que eram passados

(Leitura, Escrita, Aritmética, Poesia, Música, Educação Física) e o nome de alguns

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

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locais e funções que foram até mesmo incorporados ao nosso vocabulário, como

palestra, ginásio e pedagogo.

2. As diferenças podem ser observadas no fato de que os pedagogos eram escravos, e

não educadores, e também de que as escolas não eram públicas e os pais tinham de

pagar aos professores diretamente pelos seus serviços, além da importância de os

alunos decorarem obras de poetas gregos clássicos e aprenderem a tocar alguns

instrumentos musicais da época.

LIÇÃO DE CASA

Páginas 7-9

O objetivo do álbum é recuperar os eventos mais significativos da narrativa/biografia

do aluno, tomando-se por base elementos que remetam à memória dos episódios vividos

ou do contexto em que eles ocorreram.

O álbum será dividido em três fases:

Para apresentar este período, os alunos em geral têm de recorrer aos pais ou parentes

mais velhos para relembrar as histórias que vão compor seu álbum pessoal, e o resultado

final deve contemplar: a) eventos biográficos significativos (viagens, mudanças, rituais

de passagem, encontros); b) referências contextuais (onde, quando, como esses casos

aconteceram); c) memórias de duração mais longa (como era a casa da minha avó, meu

quarto de infância, o sítio onde passava as férias), d)

caracterizações/referências/memórias das pessoas que participaram dos eventos

biográficos significativos e foram importantes para a conformação dessas memórias.

0 a 5 anos (pré-escola)

Os alunos vão-se valer dos mais variados recursos possíveis na elaboração do álbum

pessoal – talvez ainda contando com a ajuda dos pais ou de parentes mais velhos – e

desta fase o resultado final deve abranger: a) eventos biográficos significativos (viagens,

6 a 10 anos (Ensino Fundamental 1)

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

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mudanças, rituais de passagem, encontros); b) referências contextuais (onde, quando,

como esses casos aconteceram); c) memórias de duração mais longa (como era a casa da

minha avó, meu quarto de infância, o sítio onde passava as férias), d)

caracterizações/referências/memórias das pessoas que participaram dos eventos

biográficos significativos e foram importantes para a conformação dessas memórias.

Para essa fase os alunos já podem recorrer aos seus próprios recursos; além daqueles

de seus pais ou parentes mais velhos, na elaboração do álbum pessoal e o resultado final

deve conter: a) eventos biográficos significativos (viagens, mudanças, rituais de

passagem, encontros); b) referências contextuais (onde, quando, como esses casos

aconteceram); c) memórias de duração mais longa (como era a casa da minha avó, meu

quarto de adolescente, os lugares onde passava as férias), d)

caracterizações/referências/memórias das pessoas que participaram dos eventos

biográficos significativos e foram importantes para a conformação dessas memórias.

11 a 15 anos (Ensino Fundamental 2)

Etapa 2 – O que aprendemos

Página 10

Considere a resposta aberta segundo a percepção dos alunos. Não há uma forma certa

ou errada de proceder a socialização primária de uma criança. O modo como elas são

socializadas depende, em grande parte, daquilo que aprendem em sua própria cultura e

herdam dos grupos sociais, no interior dos quais foram socializadas. O que é importante

em uma família pode não ser importante em outra. Algumas coisas são ensinadas às

crianças em praticamente todas as sociedades, pois são necessidades básicas de

sobrevivência. Quanto a isso, deixe os alunos decidirem, mas eis alguns exemplos:

aprender a comer sozinho, deixar de usar fraldas e/ou de fazer xixi na cama, aprender a

tomar banho sozinho, executar pequenas tarefas domésticas, aprender a se vestir etc.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

4

Leitura e Análise de Texto

Páginas 10-11

Talvez por sugestão da divisão por fases do álbum pessoal, os alunos respondam que ela

termina aos 5 anos, mas, na realidade, não há uma idade precisa para chegar ao fim da

socialização primária. Isso ocorre apenas quando a ideia de sociedade foi

completamente estabelecida na consciência do indivíduo – ou seja, de que há um grupo

mais amplo do que o mundo composto das pessoas que o socializaram e do qual ele faz

parte. Nesse momento, a pessoa torna-se um membro efetivo da sociedade e possui uma

personalidade e um mundo interior. Mas esse processo não se faz de uma vez para

sempre, pois a socialização nunca se realiza de forma total e acabada.

Etapa 3 – Como pensamos

Páginas 11-13

1. Ao refletir sobre suas memórias, os alunos vão estabelecer mais ou menos as

diferenças que podem ser observadas na comparação com a fase dos 0 aos 5 anos.

Embora essa divisão etária não seja rígida, alguma mudança de comportamento pode

ser identificada com certa clareza na passagem da pré-escola para o Ensino

Fundamental 1, tomando-se por base a relação com os colegas, amigos, professores,

companheiros de brincadeiras etc.

2. Assim como a questão 1, essa pergunta tem por objetivo despertar a reflexão para as

mudanças em relação aos espaços de convivência, sociabilidade e interação social

com outros grupos.

3. O objetivo desta questão é despertar a reflexão para a importância das interações

sociais com os “outros significativos” no interior da própria família.

4. Agora, trata-se de voltar a atenção para a importância das interações sociais com os

“outros significativos” fora do núcleo familiar de origem.

5. Nesta questão o objetivo é levar à reflexão sobre eventos biográficos que provocaram

rupturas entre os conteúdos interiorizados durante o processo de socialização

primária.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

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6. Neste exercício deve-se procurar refletir sobre a atuação de outros atores sociais que

não sejam os membros imediatos do núcleo familiar de origem, no processo de

socialização secundária.

7. Encerrando a reflexão, espera-se que os alunos se conscientizem do papel que outras

pessoas desempenham ao longo de nossa vida, nos sucessivos encontros em nossa

contínua trajetória de socialização: no trabalho, na escola, na comunidade, em todos

os lugares onde nos conhecemos, nos comunicamos e aprendemos coisas novas.

VOCÊ APRENDEU?

Páginas 13-15

Os alunos devem desenvolver um texto que expresse claramente a ruptura que existe

entre os processos de socialização primária e secundária, por meio das próprias

experiências biográficas. Para isso, deverão tomar como base os álbuns pessoais e as

reflexões realizadas em sala de aula.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

RELAÇÕES E INTERAÇÕES SOCIAIS NA VIDA COTIDIANA

Páginas 17-18

2. Caso tenha passado por uma entrevista de emprego, o aluno vai descrever, em poucas

palavras, o que precisou fazer, o que foi exigido, procurando despertar sua memória

para uma situação em que teve de pensar muito e prestar bastante atenção na sua forma

de agir, falar e se comportar.

3.

a) A resposta vai depender muito da encenação dos colegas, mas o aluno deve ser

capaz de observar as diferenças entre um candidato que se sente mais preparado e

outro mais tímido e desconfortável, que tem dificuldade em se promover

profissionalmente. O objetivo é apontar possíveis atitudes que revelaram como uma

entrevista foi mais ou menos bem-sucedida que a outra.

b) Mais uma vez a resposta depende muito da encenação dos colegas, mas o aluno

deve demonstrar como as estratégias de manipulação da imagem pessoal ajudaram

um candidato a se sair melhor do que o outro.

LIÇÃO DE CASA

Página 21

1. A resposta correta é “causar uma boa impressão ao presidente da empresa”. Então,

podemos dizer que, na realidade, ambos os funcionários vão procurar manipular sua

imagem pessoal no escritório para o (presidente). Enquanto ele não chega, não há

público presente, de modo que os funcionários podem fazer bagunça à vontade. Esse

comportamento é característico dos bastidores.

2. A partir do momento em que o presidente da empresa estiver presente, o escritório se

transformará em um palco, e os funcionários passarão a representar o cotidiano de

um local de trabalho organizado.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

7

VOCÊ APRENDEU?

Páginas 23-28

a) Os atores sociais envolvidos diretamente na representação das ações eram os

alunos da classe, que se comportavam de maneira a causar boa impressão ao

professor.

• Dramatização 1

b) O público era o professor, que estava assistindo ao comportamento dos alunos em

sala de aula.

c) Os alunos estavam tentando passar a impressão de bom comportamento em sala de

aula: prestando atenção, sentando-se corretamente na carteira, fazendo anotações,

levantando a mão para fazer perguntas, permanecendo em silêncio etc.

d) A resposta depende da encenação dos alunos, mas, em princípio, o professor deve

ter entendido que os alunos estavam se comportando de forma adequada em sala de

aula.

e) Os alunos deixaram de se comportar segundo as regras estabelecidas para uma

situação de sala de aula e sentiram-se à vontade para fazer outras coisas e adotar

comportamentos fora das regras exigidas pelo professor.

a) Os atores sociais envolvidos diretamente na representação das ações eram os

professores, que estavam desempenhando seus papéis sociais habituais: professor de

Matemática, de História, Língua Portuguesa etc. Em cada aula, eles se comportam

como professores, e não como pais, consumidores, associados de um clube ou

pessoas que estão em um cinema.

• Dramatização 2

b) O público que estava assistindo à cena eram os alunos presentes nas aulas naquele

dia.

c) A representação eram as próprias situações de aula elaboradas e ministradas pelos

professores, segundo o roteiro, conteúdos e tarefas estabelecidos.

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d) O público entendeu que estava em uma aula de Matemática, História e Biologia,

respectivamente, e aquelas pessoas atuavam como professores. Suas reações

refletiram as expectativas que tinham em relação à atuação e ao comportamento dos

professores no dia a dia.

e) Os professores saíram do seu papel e puderam se sentir à vontade para deixar de

lado a postura séria, o propósito de ensinar os alunos, o compromisso com o

conteúdo pedagógico e, naquele momento, dedicaram-se a outras atividades e

comportamentos que não são próprios da sala de aula.

a) Os atores sociais envolvidos diretamente na representação das ações eram o

atendente, o caixa e o gerente, responsáveis pelo estabelecimento comercial.

• Dramatização 3

b) O público que estava assistindo à cena era o gerente, atento ao desempenho dos

seus funcionários.

c) A impressão que os funcionários estavam tentando passar ao gerente era a de que

aquele estabelecimento estava preparado para atender os consumidores ou clientes da

melhor maneira possível, dentro da máxima: “o cliente sempre tem razão”.

d) A resposta depende da encenação dos alunos, mas, em linhas gerais, os

consumidores devem entender que estão sendo atendidos de alguma forma.

e) Os funcionários sentiram-se à vontade para falar mal dos consumidores/clientes

que os trataram mal, agora que estes e também o gerente não estavam presentes, uma

vez que não podiam deixar de atender os clientes ou atendê-los da mesma forma

grosseira com que foram tratados, quando na presença do gerente.

a) Os atores sociais envolvidos diretamente na representação das ações são todas as

pessoas que se encontram na festa, conhecidas e desconhecidas, e precisam se

comportar socialmente segundo as normas padrão de apresentação pessoal,

cumprimentos, elogios etc.

Dramatização 4

b) O público também era o conjunto dessas mesmas pessoas que estavam

representando papéis umas para as outras no ambiente social da festa.

Page 9: Sociologia - 1º Ano do Ensino Médio Volume 2

GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

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c) As impressões são as mais variadas possíveis e dependem da encenação dos

alunos. No caso dos dois rapazes que tentam “ficar” com a garota, a impressão que

eles tentam passar para ela (o público) é a de que são pessoas interessantes, atraentes,

e seria uma ótima ideia ela “ficar” com um deles!

d) As respostas dependem da encenação dos alunos. No caso dos dois rapazes que

tentam ficar com a garota, ela (o público) deverá entender que um deles era

realmente um “gatinho” que conseguiu passar uma mensagem atraente o suficiente e

o outro era uma verdadeira “roubada”.

e) As pessoas que participaram da festa, em um ambiente descontraído como um

círculo íntimo de amizade, sentiram-se à vontade para falar mal das pessoas que

encontraram na festa, ou seja, abandonaram o comportamento socialmente

apropriado requerido para um encontro desses. Além disso, as impressões que uns e

outros procuraram causar nem sempre coincidiram com aquilo que os outros

entenderam das representações durante os encontros sociais.

a) Os atores sociais eram os jovens participantes da sala de bate-papo virtual, que

procuravam interagir, manipulando sua imagem pessoal.

• Dramatização 5

b) O público eram os próprios jovens participantes da sala de bate-papo virtual que

conversavam e se apresentavam uns aos outros com “apelidos” extravagantes e

dando informações falsas a respeito de sua identidade.

c) A representação que os jovens estavam tentando passar uns aos outros se baseava

nas suas próprias idealizações a respeito da personalidade que desejavam exprimir na

sala de bate-papo virtual, por meio dos “apelidos” e das informações sobre

identidade que divulgavam on-line.

d) A resposta depende da encenação dos alunos, mas deve expressar as informações

utilizadas pelos participantes que procuravam apresentar-se no mundo virtual de

diferentes formas.

e) Quando finalmente marcaram o encontro, os jovens rapidamente perceberam que,

fora do contexto da sala virtual, no qual estavam representando identidades

diferentes das suas, as personagens deles não correspondiam exatamente àquelas que

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haviam representado no início, abrindo espaço para que características e

comportamentos próprios viessem a ser conhecidos.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IDENTIDADE

Páginas 32-33

a) O objetivo deste exercício é mostrar o caráter processual de toda construção

identitária. Na resposta o aluno deve fazer o relato da biografia do super-herói escolhido

como homem comum, as suas relações com a família, com os amigos, com os

superiores e os colegas no trabalho. Dessa maneira, poderá expor como, na condição de

homem comum, ele passou por um processo de socialização em diferentes grupos ou

instituições sociais, adquirindo novas identidades pessoais. Para entender como são

construídas as identidades, portanto, é preciso considerar a ideia de que se trata de um

processo, de algo que está em movimento, como um contínuo vir-a-ser.

b) Assim como a questão anterior, o objetivo deste exercício é mostrar o caráter

processual de toda construção identitária. O aluno deve mostrar como o super-herói

escolhido constrói sua identidade secreta. Novamente, os elementos da resposta farão

referência à biografia desse super-herói, como essa identidade foi sendo construída ao

longo do tempo, como ocorreram as mudanças em sua personalidade, os seus dilemas,

as suas ambiguidades etc. Trata-se, igualmente, do processo de construção da

identidade, que nada mais é do que um processo de socialização. Eles não se tornaram

super-heróis da noite para o dia, mas criaram suas identidades gradualmente com as

experiências e as trocas que estabeleceram com outros personagens.

Etapa 1 – Os processos de construção da identidade

Página 33

Os alunos devem ter a liberdade de escrever a lista de símbolos que quiserem, desde que

estes sirvam para que as pessoas se diferenciem entre si. As roupas que uma pessoa usa,

as músicas que ouve, os livros que lê, o time de futebol de sua predileção, a casa onde

mora, o carro que tem, a marca do seu relógio, os cursos que fez, o tipo de acessório que

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

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usa, entre muitos outros fatores, também pode mostrar o grupo do qual tal pessoa faz

parte, e podem servir para a marcação simbólica entre os grupos.

Leitura e Análise de Texto

Página 34

O objetivo desta atividade é fazer os jovens compreenderem que nem sempre a

identidade para si está de acordo com a identidade para o outro. Como a resposta deve

se basear na experiência pessoal de cada um, então nesse sentido ela é livre. Mas o

ponto central da resposta deve esclarecer o que foi discutido em aula: a pessoa cria uma

identidade para si e uma identidade para o outro. Ou seja, existe a forma por meio da

qual ela se vê e existe a maneira pela qual os outros a veem. Às vezes uma coincide com

a outra e, em outros casos, não. Nunca é possível ter certeza de que a sua identidade

para você tenha alguma semelhança com a sua identidade para os outros.

Atividade em grupo

Página 35

1

. Dificilmente alguém acertará o que essas pessoas fazem apenas observando para as

fotos. Essa atividade, então, procura estabelecer uma reflexão sobre como as pessoas

são imediatistas, às vezes, ao avaliar umas às outras. Discuta com a sala imagem por

imagem. Peça a cada grupo que faça a sua descrição da pessoa retratada com base na

foto. Depois que os grupos terminarem, quebre a expectativa construída pelo senso

comum dos jovens lendo o que, na verdade, cada um ali faz. As explicações estão ao

lado das fotos nas páginas 32 e 33 do Caderno do Professor. Essa é uma forma

interessante e lúdica de discutir identidade e preconceito e fechar a discussão do

Caderno, pois mostra que a mensagem que passamos sobre nós nem sempre está de

acordo com a imagem que os outros apreendem, o que pode levar a uma divergência

entre a identidade para si e a para o outro.

Page 13: Sociologia - 1º Ano do Ensino Médio Volume 2

GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 1a série – Volume 2

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LIÇÃO DE CASA

Páginas 36-37

O senso comum nos transmite a ideia de que a identidade é fechada e pronta. Na

verdade, a Sociologia procura mostrar o contrário. A identidade está sempre se

desenvolvendo. De fato, nunca somos, sempre estamos, ou seja, a identidade é eterna

construção e reconstrução, e o texto aborda justamente isso. Ele mostra que, à medida

que envelhecemos, nós nos tornamos diferentes e, apesar de muitas vezes acharmos que

continuamos os mesmos, a estrutura de personalidade de cada um muda e isso interfere

na nossa construção identitária. Uma pessoa aos 50 anos tem uma estrutura de

personalidade diferente daquela de quando tinha 10 anos.

VOCÊ APRENDEU?

Página 38

1. Toda construção identitária envolve dois processos: o da construção da identidade

para si e o da construção da identidade para o outro. A identidade para si mostra

como nós nos vemos, e a identidade para o outro mostra como os outros nos veem.

Apesar de estarem interligadas, elas muitas vezes são discordantes entre si, porque,

como o processo de construção da identidade envolve a comunicação, e esta é

marcada pela incerteza, nunca é possível saber se passamos para os outros a mesma

identidade que construímos para nós, pois não há evidência de que o significado dos

símbolos seja o mesmo para todos.

2. Toda identidade é construída numa relação entre o Eu e o Outro. Para a construção

do Eu, é necessário que exista o Outro. Por esse motivo, é possível dizer que a

identidade é determinada pela diferença, pois o Outro é aquele que não sou Eu, ou

seja, é o diferente. Nesse caso, a marcação simbólica é muito importante em qualquer

construção identitária, pois ela é fundamental para a construção da diferença entre o

Eu e o Outro. Tal diferença pode ser real ou imaginária, e passa a existir no momento

em que as pessoas começam a acreditar nela.