sociedade educacional herrero faculdade de …€¦ · dedicação e boa vontade, e em ter o grupo...

56
SOCIEDADE EDUCACIONAL HERRERO FACULDADE DE TECNOLOGIA HERRERO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA João Vianey da Costa MEMBRANAS E BARREIRAS NA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA (R.O.G.) SÃO PAULO 2014

Upload: vodan

Post on 14-Oct-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

0

SOCIEDADE EDUCACIONAL HERRERO

FACULDADE DE TECNOLOGIA HERRERO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTODONTIA

João Vianey da Costa

MEMBRANAS E BARREIRAS NA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA (R.O.G.)

SÃO PAULO

2014

1

João Vianey da Costa

MEMBRANAS E BARREIRAS NA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA (ROG)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

como requisito parcial para a obtenção do título

de Especialista em implantodontia da Faculdade

de odontologia da Sociedade Educacional

Herrero - Unidade São Paulo.

Orientador: Prof. Me. Rodrigo Almeida da Costa Co-orientador: Prof. Me. Fernando de Toledo dos Santos

SÃO PAULO

2014

2

MEMBRANAS E BARREIRAS NA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA (ROG.)

João Vianey da Costa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a

obtenção do título de Especialista em implantodontia da Faculdade de

odontologia da Sociedade Educacional Herrero - Unidade São Paulo, sob a

orientação do Prof. Me. Rodrigo Almeida da Costa e sob a co-orientação do

Prof. Me. Fernando de Toledo dos Santos.

Aprovado em: ______/______/______

Banca examinadora

______________________________________ Prof. Me. Rodrigo Almeida da Costa

______________________________________ Prof. Me. Fernando de Toledo dos Santos

_____________________________________ Prof. Renato Panegaci dos Santos

3

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus em

primeiro lugar que nos deu a vida e, a

todos os professores que tive desde a

infância, os quais além de nos ensinarem

matérias básicas do currículo escolar,

também nos ensinaram o currículo da vida

e, a sempre manter a honestidade,

perseverança e dignidade.

4

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Me. Rodrigo Almeida da Costa, meu orientador e amigo de

todas as horas, que acompanhou esta jornada desde o início, com a maior

dedicação e boa vontade, e em ter o grupo todo unido e, sempre tendo

conhecimentos avançados.

Ao Prof. Me. Fernando de Toledo dos Santos, meu co-orientador e

amigo de todas as horas, que também acompanhou esta jornada desde o

início, com a maior dedicação e boa vontade, e em ter o grupo todo unido e

sempre tendo conhecimentos avançados.

Ao Prof. Renato Panegaci dos Santos que, com sua presteza e

dedicação também nos ensinou muito e ao qual temos a maior gratidão.

Ao Prof. Gustavo Salomão que, com sua alegria e amizade também nos

fez evoluir muito nesta jornada.

Ao Prof. Emerson Ricardo Risso que, enquanto esteve conosco foi de

grande presteza e também tem o nosso agradecimento.

Ao Prof. Munir Salomão, pelas palestras que tivemos o privilégio de

participar, e por nos mostrar algo novo e, principalmente, pelo conhecimento

compartilhado.

A TSB Juliana Braz que, com a maior boa vontade sempre esteve ao

nosso lado quando precisávamos.

A TSB Luciana Ferreira de Faria que, sempre de bom humor nos

auxiliou, com a maior boa vontade.

A TPD Pauliana Bastos que, também sempre de bom humor nos

auxiliou, com a maior boa vontade.

A todos os colegas deste curso maravilhoso, onde nos tornamos uma

verdadeira família.

5

EPIGRAFE

“Lembremo-nos de que o homem

interior se renova sempre. A luta

enriquece-o de experiência, a dor

aprimora-lhe as emoções e o

sacrifício tempera-lhe o caráter. O

Espírito encarnado sofre constantes

transformações por fora, a fim de

acrisolar-se e engrandecer-se por

dentro”.

“Chico Xavier”

6

RESUMO

Tanto a preservação de tecido ósseo como também a sua nova formação

(regeneração) tem sido um objetivo constante dos pesquisadores, quando se planeja

devolver a estética e função a um indivíduo ao cogitar uma prótese dentária,

principalmente quando esta for através da implantodontia, pois nesta, além da

estética e função, é preciso ter um suporte ósseo adequado para o alojamento do

implante. O objetivo deste trabalho é demonstrar a eficiência da membrana

reabsorvível e não reabsorvível. A membrana, quando não troca substâncias com o

meio externo é chamada de barreira, a qual tem a função de impedir a fuga e a

contaminação do coágulo sanguíneo por micro-organismos ou do material usado

como arcabouço para que o coágulo sanguíneo, que através de células

indiferenciadas, as quais receberão apenas estímulos químicos do tecido ósseo,

pois através da membrana ou barreira que sitiará a região evitando, assim, a entrada

de tecido epitelial e tecido conjuntivo, e haverá a formação de somente tecido ósseo

no local, através das células osteoprogenitoras.

Palavra chave: Regeneração óssea guiada. Membrana reabsorvível.

Membrana não reabsorvível. Barreira. Tela de titânio.

7

ABSTRACT

Both the preservation of bone tissue as well as its new formation (regeneration) has

been a constant aim of the researchers, when it plans to return the aesthetics and

function to an individual to contemplate a dental prosthesis, especially when it is

through the implant, when in this, beyond aesthetics and function, you must have

adequate bone support for the housing of the implant. The objective of this work is to

demonstrate the efficiency of resorbable and non-resorbable membrane. The

membrane, when there is no substance exchange with the external environment is

called a barrier, which has the function of preventing leakage and contamination of

the blood clot by micro-organisms or materials used as scaffold for the blood clot ,

which through cell undifferentiated, which will only receive chemical stimuli from the

bone tissue, because through the membrane or barrier that besiege region , avoiding

the entry of epithelial tissue and connective tissue, and there will be only the

formation of bone tissue at the site, through the osteoprogenitor cells .

Key-words: Guided bone regeneration - Resorbable membrane - Non-

resorbable membrane - Barrier - Titanium mesh.

8

ABREVIATURAS E SIGLAS

AINES...........=....Analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides

d- PTFE........=....Politetrafluoretileno denso

e-PTFE.........=....Politetrafluoretileno expandido

PP.................=... Polipropileno

ROG..............=... Regeneração Óssea Guiada

9

SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO.......................................................................................................10

2-REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................12

2.1-CONSEQUÊNCIAS DAS EXODONTIAS.............................................................23

2.2- OCORRÊNCIAS APÓS EXODONTIA..........................................................................................................24

2.3-REQUISITOS PARA UMA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA..........................26

2.4-MUDANÇAS DE PARADIGMAS NA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA...........26

2.5-TERAPIAS MEDICAMENTOSAS...................................................................................................................29

2.6-CASOS CLÍNICOS COM BARREIRA (BONE HEAL®) Dr. João Vianey da

Costa..........................................................................................................................29

3-DISCUSSÃO...........................................................................................................42

3.1-MEMBRANAS NÃO ABSORVÍVEIS....................................................................42

3.2-BARREIRA DE POLIPROPILENO (PP)..............................................................43

3.3-MEMBRANAS ABSORVÍVEIS.............................................................................45

3.4-TELAS DE TITÂNIO............................................................................................46

4-CONCLUSÃO.........................................................................................................48

5-BIBLIOGRAFIA......................................................................................................49

10

1-INTRODUÇÃO

O estudo da regeneração óssea, tanto na medicina, como na

odontologia, vem através do tempo tendo uma grande importância para a

humanidade, pois é a capacidade que o ser vivo tem de regeneração e de

sobrevivência, pois os tecidos de todos os serem vivos sofrem na vida: reabsorção,

remodelação ou nova formação, e o processo de envelhecimento nada mais é que a

perda da capacidade das células e tecidos em termos de poder de regeneração

tecidual.

Segundo as equipes de pesquisa de Bränemark PI, (1969), da Universidade

de Gotemburgo (Suécia), e Schroeder A, (1981), da Universidade de Berna (Suíça),

o uso dos implantes dentários tornou-se um tratamento cientificamente aceito para

substituir dentes perdidos ou ausentes em pacientes com perda parcial ou total

dentária, sendo que os implantes de titânio osteointegrados são caracterizados pela

aposição direta do osso vital à superfície do titânio.

Na implantodontia atual, surge uma nova alternativa para a reabilitação de

áreas edêntulas, porém muitos pacientes não possuem quantidade e qualidade

óssea suficiente para a colocação do implante em posição adequada, o que

compromete além da colocação do próprio implante, o aspecto estético e funcional

da reabilitação protética. Muitas técnicas de reconstrução óssea têm sido

empregadas. A regeneração óssea guiada, através do uso de membranas

absorvíveis e/ou não absorvíveis, e barreiras promovem a neoformação óssea pela

exclusão de tecido conjuntivo e epitelial da área do defeito ósseo e impedindo a

contaminação do coágulo sanguíneo por micro-organismos patogênicos, havendo

assim a formação apenas do tecido ósseo na região a qual havia sido comprometida

por traumatismo ou em decorrência de uma lesão bacteriana, sendo assim viável e

de um bom prognóstico com uma utilização correta dos requisitos básicos para sua

aplicação.

Encontra-se hoje uma variedade grande de membranas reabsorvidas e não

reabsorvidas. As reabsorvíveis são as de colágeno e as não reabsorvíveis são as de

politetrafluoretileno (PTFE) assim como a barreira de polipropileno (PP) cujo nome

comercial é BONE HEAL®, esta idealizada por Munir Salomão, e a tela de titânio

considerada uma barreira não reabsorvível associada à membrana de PP (Bone

11

Heal®) ou junto a uma membrana reabsorvível levarão à função de recuperar

espessura e altura óssea perdida.

Munir Salomão & Siqueira, (2010), para um material de barreira funcionar ele

precisa: ser biocompatível, agir como uma barreira impedindo que tipos de células

indesejáveis entrem no espaço protegido, integrar com o tecido, criar e manter um

espaço não sendo extremamente rígido para provocar perfurações no tecido que o

recobre ou flexível demais podendo desadaptar-se e ser provido de configurações

fáceis de ajustes e de posicionamento. Este espaço para é para que haja a invasão

de vasos sanguíneos e de células osteoprogenitoras, e através da barreira de

polipropileno (Bone Heal®) idealizada por Munir Salomão, protegendo assim o

espaço destinado somente à formação óssea evitando desta maneira, a invasão do

tecido epitelial e do tecido conjuntivo fibroso, os quais têm um potencial maior de

crescimento que o tecido ósseo e também de proteger contra a invasão de micro-

organismos patogênicos.

12

2-REVISÃO DE LITERATURA

Buser, (2010), o osso apresenta como funções:

1- Suporte mecânico, movimento, e locomoção;

2- Suporte dentário para mastigação e quebra dos alimentos;

3- Suporte e proteção do cérebro, medula espinal e órgãos internos;

4- Alojamento da medula óssea, que é a fonte de células hematopoiéticas;

5- Homeostasia do cálcio.

Talvez seja pelo osso desempenhar tantas funções vitais que o mesmo

possui uma capacidade extrema de autocicatrização, reparo e regeneração.

Buser, (2010), o tecido ósseo é composto por quatro tipos de células:

Osteoblastos, que são células que revestem o osso. Osteoclastos, que são células

que cobrem as superfícies ósseas. Osteócitos são encontrados dentro da matriz

óssea. Matriz óssea que através dos osteoblastos os quais sintetizam uma mistura

de macromoléculas que são secretadas no ambiente extracelular para formar a

matriz óssea.

Marks, (1988), os osteoblastos são células cuboidais extensas que forma

uma camada única recobrindo todo o periósteo e endósteo onde a formação óssea

está ativa.

Candeliere, et al., (2001), os osteoblastos são células polarizadas que

secretam osteoide unidirecionalmente para a superfície óssea. O núcleo do

osteoblasto é ovoide, e seu citoplasma preenchido por retículo endoplasmático

rugoso abundante, e um complexo Golgiense proeminente A heterogeneidade entre

os osteoblastos parece existir e pode refletir diferenças entre os tipos de osso e ou

de sítios anatómicos. O osteoblasto é responsável pela síntese, montagem e

mineralização da matriz óssea, porem alguns dos osteoblastos tornam-se osteócitos

pela inversão da matriz ou pelo aprisionamento através dos osteoblastos adjacentes,

portanto os osteócitos são osteoblastos inativos ou em repouso e quando o

organismo os precisa se transformam em osteoblastos,

Candeliere, et al., (2001), alguns dos osteoblastos tornam-se osteócitos pela

inversão da matriz ou pelo aprisionamento através dos osteoblastos adjacentes,

portanto os osteócitos são osteoblastos inativos ou em repouso e quando o

organismo os precisa se transformam em osteoblastos, desde que esteja

aprisionado, mas a certa distância que permita uma difusão de nutrientes e

13

subprodutos para estes osteócitos manterem vivos e ativos através da interconexão

por processos citoplasmáticos delgados estendendo-se através de um sistema

canalicular denso.

Jones, (1978), os osteócitos podem participar do início da reabsorção pela

liberação de fatores de ativação de osteoclastos e pela contração ativa, tida como a

exposição da superfície óssea para adesão dos osteoclastos.

Teitelbaum, (2003) falou que, os osteoclastos são células da linhagem

hematopoiética dos monócitos-macrófagos.

Minkin, (1982) afirmou que, a sua função primária é degradar a matriz óssea

em diversos contextos fisiopatológicos. Eles diferem das outras células gigantes, em

especial das células gigantes de corpo estranho, e são identificadas

convencionalmente pela sua localização numa cavidade absorvida, Outras

características singulares são as presenças de diversos receptores na superfície das

células, incluindo aqueles para o ativador do fator nuclear KB (RANK), fatores para

estimuladores de colônias de macrófagos, vitronectina e calcitonina. O seu tamanho

varia de 30 a 100 jm e o número de núcleos, de 3 a 30.

Nanci, (1999), o osteoblasto sintetiza uma mistura de macromoléculas que

são secretadas no ambiente extracelular para formar a matriz óssea, o osteoide ou

pré-osso, que consiste de uma matriz feita de proteínas colagenosas e não

colagenosas. A certa distância do osteoblasto, na frente de mineralização, o

osteoide converte-se em osso mineralizado. A mineralização da matriz osteoide é

iniciada pelas suas vesículas. Em contraste, as vesículas da matriz raramente são

vistas no osteoide do osso lamelar em mineralização. Entretanto, o primeiro mineral

que surge entre as fibrilas de colágeno pode ser encontrado em pequenos locais

discretos distribuídos dentro do osteoide se acumulando na frente de mineralização.

São considerados como Pioneiros da Regeneração Óssea Guiada:

Ollier LL, (1867).

Axhausen, (1956),

Bassett C.A.L, (1956).

Hurley L.A, (1959).

Dahlin C, (1988).

14

Os estudos a respeito de enxertia óssea já vêm de longa data, quando Ollier,

(1867), estudou as propriedades osteogênicas do osso e do periósteo, Concluindo

que a nova formação do tecido ósseo, (osteogênese) é maior nos casos de enxertos

autógenos e menor nos enxertos alógenos. A utilização de enxertos ósseos em

ortopedia, nos casos de substituição ósseas para fraturas foi descrita por MacEwen

(1881).

Axhausen, (1956), estudou a osteogênese e o meio de transporte nutricional

ósseo, ponto chave para o sucesso da enxertia. Baseado em seus trabalhos,

formulou os princípios de que o periósteo possui uma grande importância na

formação e sobrevida do enxerto autólogo.

Bassett, (1956) & Hurley, (1959), o uso de barreiras mecânicas vem sido

usados para a cirurgia reconstrutiva e para regeneração neural nas funções espinais

desde a metade dos anos 50.

Hurley, et al., (1959), o uso de barreiras mecânicas para isolar um sitio

anatômico, no intuito de selecionar determinado tecido e excluir outros, direcionando

a regeneração da área, foi relatado ha algum tempo, em cirurgias reconstrutivas de

tendões e feixes nervosos.

Dahlin, et al., (1988), usou uma membrana de politetrafluoretileno (e-PTFE)

para excluir tecido epitelial e conjuntivo do contato dos defeitos padrões nas

mandíbulas de ratos. Os defeitos do grupo controle não foram protegidos com

membranas. Após seis semanas, os defeitos tratados com membranas foram

formados com tecido ósseo, enquanto uma mínima formação óssea tenha ocorrido

no grupo controle. As membranas e-PTFE foram colocadas sobre implantes para

isolar do tecido conjuntivo e epitelial. O isolamento dos implantes com membranas

criou um espaço para a retenção do coágulo e crescimento ósseo. Nos sítios de

controle não foi feito uso de membrana. A média de formação de tecido ósseo nos

sítios com membrana foi 3.8mm, enquanto no controle teve médias 2.2 mm de

regeneração óssea.

Becker, (1990), a regeneração tecidual guiada é um principio baseado sobre

a seletividade da população de células. Este conceito tem sido usado para obter

nova adesão em vários tipos de lesões ósseas periodontais. As membranas usadas

para realçar a formação de tecido ósseo adjacente ao implante dentário deveriam

manter espaço suficiente para a organização de coágulo e formação óssea. A fim de

minimizar o trauma do paciente, a membrana deveria permanecer coberta até que a

15

segunda etapa do procedimento do implante seja feita. A fim de reduzir à

possibilidade de uma infecção após a cirurgia e inflamação, é importante que o sítio

cirúrgico seja completamente fechado após a colocação do implante. Caso o

material venha a ser exposto durante a cicatrização, este deve ser removido entre

quatro e seis semanas. Quando possível, o material deve ser fixado ao implante,

pois isto facilita o fechamento do retalho pela imobilização do material e pode prever

o seu deslocamento durante a sutura. O principio da regeneração tecidual guiada

pode ter importante aplicação para o implante odontológico. O principio biológico da

regeneração óssea guiada permite a neoformação óssea. Para tanto, é usado uma

membrana como barreira mecânica à migração de células epiteliais, e proteção

quanto à coaptação do coágulo causado pela pressão exercido pelo tecido mole.

Buser et al., (1990), no qual o objetivo era apresentar procedimentos

cirúrgicos e resposta clinica no tratamento que foi escolhido a técnica de

regeneração óssea guiada (ROG), focada para a regeneração local do tecido ósseo

da mandíbula em situações onde a anatomia do rebordo não permitia a colocação

de implantes dentais. Neste estudo foram selecionados 12 pacientes para aumento

do rebordo, ou para regeneração de defeito ósseo. Uma combinação de retalho

dividido e inteiro foi levantada em áreas designadas para subsequente colocação de

implante. Seguido de perfuração da cortical para criar uma superfície óssea com

sangramento, uma membrana de e-PTFE foi ajustada para o sitio cirúrgico de tal

forma que um espaço fosse separado com objetivo de aumentar a largura do

rebordo, ou regenerar o defeito ósseo presente. Um fechamento livre de tensão dos

tecidos moles do retalho foi enfatizado. Seguido um período de cicatrização de seis

a doze meses, os procedimentos de reabertura foram feitos e o ganho da dimensão

óssea foi avaliado. Em nove pacientes com 12 sítios potenciais para implante, um

volume ósseo suficiente foi obtido para subsequente colocação de implante. Em três

pacientes, houve desenvolvimento de infecção aguda, necessitando de remoção

precoce das membranas, sem que uma formação óssea fosse alcançada. Os

resultados do estudo indicaram que o principio da ROG é altamente previsível para

aumento de rebordo, ou regeneração do defeito sob o pré-requisito de uma

cicatrização livre de complicação e também relatou que amostras histológicas,

encontradas a partir de preparos na região de implante, documentaram

recentemente um tecido ósseo regenerado de estrutura e morfologia normais. No

presente material, um pequeno número de complicações ocorreu durante a

16

formação óssea. Em três pacientes, o desenvolvimento de abscessos na área

cirúrgica requereu a remoção precoce da membrana, e a regeneração óssea não foi

um sucesso. Em dois pacientes, foi desenvolvido deiscências e as membranas

foram removidas prematuramente. No entanto, uma regeneração óssea completa

ocorreu, apesar da remoção precoce da membrana, sugerindo que uma nova

formação de tecido mole encontrada embaixo das membranas representou uma

matriz óssea não mineralizada. Em um sitio de um paciente n5o foi observado ganho

em largura do tecido ósseo, devido ao fato da membrana ter sido pressionada pelos

tecidos moles e ter ficado em contato próximo com a superfície óssea. Esta

incidência demonstra claramente a importância de se promover um espaço

adequado para regeneração. Para esta proposta, parafusos mini-corticais foram

aplicados em certas circunstancias para funcionar como mantedores de espaço. No

entanto, é concebível que, no futuro, um material de membrana com uma armação

melhor, própria para manter espaço, será produzido. Em respeito a isto, a variação

de ganho ósseo achado no presente material, variando entre 1.5 a 5.5 mm, foi a

maior probabilidade de efeito de espaço que poderia ter sido obtido a partir de uma

técnica, e que o período de formação óssea, para assegurar o aumento de largura

do rebordo, ou a regeneração do defeito ósseo, foi aguardado de seis a doze meses.

Então estes períodos foram escolhidos com base no empirismo, ao invés de

evidências científicas. A partir do momento que uma completa regeneração óssea

também foi observada em dois casos em que ocorreram deiscências, no qual as

membranas foram removidas prematuramente, isto pode ser antecipado que o efeito

mantedor de espaço da membrana. Talvez não seja necessário um prazo de seis a

doze meses para o período de cicatrização. Por outro lado, o período de tempo

requerido para a mineralização da matriz óssea mandibular não é sabido, até que o

período de mineralização tenha sido determinado por estudos controlados, um

período de cicatrização de pelo menos seis meses deve ser recomendado antes da

instalação de um implante. A partir dos resultados do estudo, é evidente que o

principio biológico da ROG é altamente previsível para o aumento do rebordo antes

da colocação de implantes. No entanto, fatores técnicos, tais como o desenho do

retalho, colocação de membranas provendo espaço suficiente para regeneração

óssea, fechamento do retalho e o controle de infecção pós-operatório, influenciam o

prognóstico para um melhor grau e estes devem ser melhorados. A fim de se

alcançar uma cobertura total da membrana e um fechamento do retalho livre de

17

tensão, uma combinação de técnica de retalho dividido e total foi usada neste

presente estudo em todos os pacientes, a exceção dos dois primeiros. Apesar

destas precauções, a deiscência nestes foi observada. Para tal, a técnica cirúrgica

deve sofrer melhoramentos.

Ogiso et al., (1991), com a finalidade de reduzir a velocidade de reabsorção

das membranas que contêm acido poliláctico, soma-se a elas, acido poliglicólico, ou

ésteres do acido cítrico. Pois essas membranas são obtidas através de um processo

químico, exclusivamente sintético, não há possibilidade de risco de transmissão de

enfermidades. Os polímeros orgânicos que fazem parte de sua estrutura provocam,

além de tudo, diminuta resposta imune. Na ausência da membrana, as células não

osteogênicas e, em especial, os fibroblastos presentes nos tecidos adjacentes ao

defeito ósseo, tendem a ocupar a área em fase de cicatrização mais rápido que as

células osteogênicas presentes na medula óssea. Além disso, experimentos

efetuados in vitro evidenciaram que os fibroblastos podem tornar a osteogênese

mais lenta por meio de mecanismos de inibição da regeneração óssea.

Mundell et al., (1993), a razão de velocidade de reabsorção está diretamente

ligada ao número de ligações cruzadas presentes entre as moléculas: o colágeno

tipo I é aquele que apresenta tempo de reabsorção mais longo, da ordem de quatro

a oito semanas; o colágeno fibrilar degrada-se muito rapidamente e que é

desprezado para os objetivos da regeneração óssea guiada (ROG).

Buser et al., (1996), o objetivo da ROG é o uso de um material temporário, o

qual possibilite um ambiente adequado, para o organismo utilizar seu potencial de

cicatrização natural para uma regeneração do tecido ósseo sitiado por uma barreira

que o protege contra a proliferação do tecido conjuntivo e epitelial os quais têm um

poder de crescimento mais rápido que o tecido ósseo. A ROG é obtida, através de

um planejamento e o uso de uma técnica ideal para que células do coágulo recebam

apenas estímulos químicos dos tecidos ósseos adjacentes. E indicada para facilitar o

crescimento ósseo vertical e horizontal em um rebordo alveolar reabsorvido, com a

intenção de obter uma boa morfologia da crista óssea, facilitando a colocação dos

implantes.

Schlegel et al., (1997), as membranas derivadas de colágeno são

constituídas de puro colágeno suíno tipo I e tipo III, extraído de porcos com

certificado veterinário de cautelosa purificação do animal (para prevenir

contaminação bacteriana, viral e outra ao paciente), sendo esterilizada através de

18

radiação gama. Ela consiste de uma superfície porosa, que deve ser posicionada

adjacente ao osso, para permitir a invasão de osteoblastos e uma superfície lisa que

previne a invasão de tecido epitelial, conjuntivo e fibroso para o interior do defeito

ósseo, devendo ficar adjacente ao retalho. As membranas de colágeno, em especial

as de origem bovina ou suína, apresentam a vantagem de serem bem toleradas pelo

organismo, provocarem pouca resposta imune, favorecerem a migração de células

mesenquimáticas e serem de fácil manipulação. Elas possuem permeabilidade

celular semelhante às de e-PTFE.

Hãmmerle et al., (1998), o biomaterial osso bovino desproteinizado, tem

mostrado boa eficiência osteocondutora. Em estudo recente realizado em primatas,

foram criados cirurgicamente defeitos do tipo deiscências, padronizados tanto em

forma como também em dimensões. Os defeitos foram tratados associando-se osso

bovino desproteinizado e membranas não reabsorveis ou apenas membranas.

Concluiu-se que dessa forma que os resultados obtidos, que a evidencia

empregando os dois materiais de enxerto em estudo demonstram capacidade

regenerativa semelhante a própria do osso autógeno; o uso desses substitutos

ósseos, na técnica da ROG, esta indicado para os casos cuja extensão do defeito

requeira coleta com quantidade notável de osso autógeno de área intra ou extra oral.

Hãmmerle et al., (2002), com seu trabalho de revisão sistemática comparou

a longevidade dos implantes, quando utilizado a técnica de regeneração óssea

guiada e quando esta não era empregada. Os estudos para serem inclusos

precisavam de, no mínimo, 12 meses de resultados após reabilitação protética de

implantes de titânio pela ROG ou na ausência desta técnica. Conclui-se que, as

taxas de sobrevida dos implantes colocados com o uso de barreiras variaram de

79% a 100% e após um ano de função, mais de 90%; e não houve dados

significantes quando usado no osso regenerado sem barreira. Considerando a

questão longevidade, não houve diferenças significativas achadas nas amostras

clinicas de controle entre implantes em tecido ósseo regenerado e tecido ósseo

normal (não regenerado).

Chiapasco, (2007), as membranas de politetrafluoretileno expandido (e-

PTFE) são atualmente as mais empregadas e que apresentam uma documentação

histoclínica mais completa e de longa data. As membranas de e-PTFE são

biocompatíveis, por isso, não provocam reações de corpo estranho nem respostas

inflamatórias. Elas são formadas através de camadas sobrepostas de Teflon de

19

estrutura altamente ordenada. Isso confere as mesmas uma porosidade controle que

permite a passagem de líquidos, porém não de células. As membranas não

reabsorvíveis são compostas de duas partes diferentes: uma periférica de maior

porosidade e flexibilidade, que permite à adaptação as margens do defeito ósseo; e

outra, central, de menor permeabilidade e com maior rigidez, que auxilia a

concretizar o chamado “efeito carpa”. A principal vantagem das membranas não

reabsorvíveis é a permanência das mesmas na área até o momento de sua remoção

cirúrgica, permitindo estabelecer com precisão o tempo de cicatrização do defeito

ósseo. As desvantagens são a necessidade da intervenção cirúrgica adicional para a

remoção e as complicações associadas à exposição precoce da membrana

(possível infecção com necessidade de retirada imediata da membrana e sequente

interrupção do processo regenerativo). Já as membranas reabsorvíveis, têm a

vantagem de, sendo degradados pelo organismo, evitam a necessidade da segunda

intervenção cirúrgica de remoção. As complicações causadas por exposição precoce

da membrana, além disso, tem magnitude muito menor. A principal desvantagem

esta relacionada a previsão limitada do tempo de reabsorção e tendência de entrar

em colapso. O tempo de reabsorção é influenciado, por certo, de forma significativa,

pelas características individuais em si; portanto, não é possível estabelecer com

precisão o tempo de cicatrização “protegida” pelo defeito ósseo. As membranas

reabsorvíveis são classificadas em dois principais grupos, com base nos polímeros

orgânicos que as compõem: membranas de colágeno e membranas de ácido

poliláctico e que durante a fase diagnóstica, também devem ser avaliadas a

quantidade e qualidade do osso presente no sentido apical ao defeito. Podendo se

permitir um travamento primário ao implante realizar uma abordagem simultânea

implante e regeneração óssea guiada através da membrana reabsorvível e ou não

rabsorvível.

Hãmmerle & Jung, (2003); Becker et al., (1994), no início da ROG, o primeiro

procedimento com um sucesso satisfatório utilizou a membrana politetrafluoretileno

expandido (e-PTFE), que apresentou aplicações bem sucedidas. Esse material

tornou-se um padrão para regeneração óssea guiada. É caracterizado, como um

polímero com alta estabilidade em sistemas biológicos. Resiste à disseminação por

tecidos e por micróbios e não desencadeia reações imunológicas.

Buser et al., (1993), desde o uso de membranas de e-PTFE com sucesso,

os resultados obtidos utilizando novos materiais são sempre comparados com este.

20

Uma desvantagem da membrana de e-PTFE é que ela não é absorvível e, portanto,

tem que ser removida em um segundo procedimento cirúrgico. Outra desvantagem è

o fato de ser bastante complexa sua manipulação cirúrgica e não poder ficar exposta

ao meio bucal sob-risco de contaminação.

Hãmmerle, (2003), outras membranas que vieram como alternativa foi a e-

PTFE reforçado com titânio e membranas de politetrafluoretileno denso (d-PTFE),

ambas para proporcionar maior resistência à pressão de tecidos moles.

Barber et al., (2007); Hoffman et. al., (2008), uma vantagem da d-PTFE é o

fato de poder ficar exposta ao meio bucal, por ter porosidade menor e não precisar

de parafusos de fixação, facilitando a técnica cirúrgica de colocação da membrana,

podendo ser utilizada em defeitos maiores com biomaterial de enxerto, preservando

as papilas interdentais e toda a mucosa queratinizada sem as preocupações de

contaminação.

Hoffman et al., (2008), mostra em seu trabalho que, apesar do acúmulo de

placa sobre esta membrana exposta mesmo com boa higiene, não houve sinais de

inflamação ou outra reação adversa dos tecidos moles durante o período de

acompanhamento de 30 dias, e a membrana não necessitou de enxertos ou

parafusos de fixação para suporte, desde que as paredes estivessem preservadas.

A regeneração óssea aconteceu mais rápida com membrana sem enxerto, do que

com membrana e enxerto.

Hãmmerle & Jung, (2003), devido ao risco de exposição prematura e

necessidade de segunda cirurgia para remover as membranas não absorvíveis,

pesquisadores tem preconizado o uso de membranas absorvíveis nos

procedimentos de ROG. Vantagens e características das membranas absorvíveis

descritas na literatura incluem eliminação de cirurgia para remoção da membrana,

procedimento cirúrgico simples, menor efetivo e morbidade para o paciente. Como

desvantagem, causam uma pequena reação inflamatória inicial.

Buser, (2010), atualmente, dois materiais são usados para a confecção das

membranas absorvíveis: os poliésteres sintéticos alifáticos e o colágeno derivado de

diversas fontes animais. Embora ambos sejam considerados biomateriais, cada um

possui características e efeitos biológicos distintos. Aspectos importantes para o

significado clínico são a longevidade da função de barreira e a resposta tecidual, em

função da fragmentação da membrana.

21

Corinaldesi et al., (2007), que realizou estudos em 12 pacientes. O uso de

telas de titânio como barreiras têm se destacado, principalmente para que se

obtenha um aumento do rebordo alveolar no qual, existe a necessidade de um maior

suporte para o enxerto autógeno ou xenógeno (Bio-Oss®), por exemplo, e também

para o coágulo sanguíneo através de membranas reabsorvíveis ou não

reabsorvíveis, sobre as telas de titânio e baseado nestes estudos em pacientes

concluiu que o resultado com apenas enxerto xenógeno apresentou um resultado

similar ao de enxerto autógeno e através destes estudos sugere que em pesquisas

próximas usem menos enxerto autógeno ou apenas xenógeno o que reduziria a

mobilidade dos pacientes.

Hãmmerle, (2003), com o surgimento da membrana de e-PTFE reforçada

com titânio que recebeu o nome de membrana de politetrafluoretileno denso (d-

PTFE), para conferirem maior resistência à pressão de tecidos moles.

Barber et al., (2007); Hoffman et al., (2008), uma vantagem da d-PTFE é o

fato de poder ficar exposta ao meio bucal, por ter porosidade menor e não precisar

de parafusos de fixação, facilitando a técnica cirúrgica de colocação da membrana,

podendo ser utilizada em defeitos maiores com biomaterial de enxerto, preservando

as papilas interdentais e toda a mucosa queratinizada sem as preocupações de

contaminação.

Hoffman et al., (2008), concluiu que, em seu trabalho, apesar do acúmulo de

placa sobre a membrana de politetrafluoretileno denso (d-PTFE) exposta, mesmo

com boa higiene, mesmo assim não houve sinais de inflamação ou outra reação

adversa dos tecidos moles durante o período de acompanhamento de 30 dias, e a

membrana não recebeu enxertos ou parafusos de fixação para suporte, desde que

as paredes estivessem preservadas. A regeneração óssea aconteceu mais

rapidamente na membrana sem enxerto, do que com membrana e enxerto,

concluindo assim que o coagulo sanguíneo foi o responsável pela regeneração mais

rápida.

Van Der Weijden et al., (2009), para que haja sucesso na instalação e

longevidade de um implante é necessária uma boa quantidade e qualidade ósseas.

Muitos defeitos, quando não corrigidos comprometem a reabilitação oral do paciente,

tanto na estética como na função.

22

A Barreira, de polipropileno (impermeável) Bone Heal®®, foi idealizada por

Munir Salomão e é comercializada por (INP®).

Aydos et al., (1999), as barreiras de PP não são absorvíveis e largamente

utilizadas na área da medicina no tratamento de hérnias abdominais, assim como as

de e-PTFE, que possuem comportamento muito semelhante nestes casos.

Hoffman et al., (2008); Marques, (2010), as características da barreira de

polipropileno (PP) são muito parecidas com as características da membrana de d-

PTFE, entre as quais, podem ficar expostas ao meio bucal, ambas tem resistência à

pressão dos tecidos moles sem entrar em colapso, preservam a gengiva

queratinizada, não produzem reações adversas nos tecidos moles, são de fácil

remoção clínica, não necessitando de procedimento cirúrgico, fácil manuseio

cirúrgico sem necessidades de retalhos para fechamento primário pode ser

preenchidas apenas com sangue.

Srouji, (2009), apresentou um trabalho e conclui que a Membrana de

Schneider possui potencial osteogênico e pode contribuir para o aumento e

desenvolvimento ósseo dos seios maxilares, com êxito de técnicas utilizadas para

este fim. Esta pesquisa embasa os resultados de Borges 2010.

Salomão & Siqueira, (2009), o uso da barreira impermeável de polipropileno

(PP), está indicado para manutenção do coágulo sanguíneo e formação de osso

primário, mantendo a forma e dimensão do rebordo alveolar após exodontias.

Munir & Siqueira, (2010), para que um material de barreira funcione

satisfatoriamente ele precisa respeitar certos critérios como: Ser biocompatível. Agir

como uma barreira (para impedir que células progenitoras de tecido epitelial,

conjuntivo fibroso, os quais tem uma velocidade de formação mais rápida em relação

ao tecido ósseo, como consequência a formação de uma fibrose). Servir de

arcabouço para manter o coágulo sanguíneo, no qual existem células

indiferenciadas, que em contacto com apenas tecido ósseo vão se transformarem

em tecido ósseo. Criar e manter um espaço. Não ser extremamente rígido

provocando perfurações no tecido que o recobre ou flexível demais podendo

desadaptar-se e ser provido de configurações fáceis de ajustamento e colocação.

Ter uma ideal porosidade em contacto com o coágulo de forma que sirva de

arcabouço para as células osteogênicas e não ter porosidade (lisa) para o contacto

com o tecido epitelial, e tecido conjuntivo fibroso e ser de fácil remoção.

Salomão & Siqueira, (2010); Marques, (2010), tendo alta rigidez e memória

23

elástica, a membrana de PP, se mantém estável apenas com o posicionamento dos

retalhos teciduais vestibulares e palatinos ou linguais sobre ela, suturados sem

tensão ou aproximação (a barreira não deve ser perfurada) não necessitando

fixação com parafusos. Pode ser removido a partir de sete dias de sua colocação,

período este de efetiva utilidade.

De Luca, (2010), demonstrou através de seu trabalho, que em experimentos

realizados em calvária de coelhos, a resposta inflamatória do grupo teste (com

membrana de PP) e do grupo controle (sem membrana), seguiu o mesmo padrão

inicial, porém no grupo teste houve menor invasão de tecido conjuntivo fibroso e

precoce processo de osteogênese comparado com o grupo controle no período de

30 dias. Estes dados levaram a conclusão de que a Membrana de Polipropileno é

material biocompatível e tem a capacidade de realizar a regeneração óssea guiada

(ROG).

Borges, (2010), que utilizou a membrana de polipropileno (PP), para

fechamento da janela lateral formada durante a cirurgia de elevação de seio maxilar

no qual, foram selecionados 15 voluntários que necessitavam de elevação bilateral

da membrana de Schneider para colocação de implantes. Por sorteio, um lado foi

preenchido com osso autógeno e do outro apenas coágulo sanguíneo do próprio

local. A colocação dos implantes foi imediata, seguida da colocação da membrana

de PP para fechar a janela aberta. Vale observar que em ambos os casos a ilha

óssea resultante da abertura não foi separada da membrana sinusal, o autor

concluiu que após seis meses, os grupos apresentavam semelhantes resultados de

formação óssea, estabilidade dos implantes e densidade óssea do osso recém-

formado.

2.1-CONSEQUÊNCIAS DAS EXODONTIAS

Lan, (1960), a reabsorção do rebordo alveolar após a exodontia é uma

consequência inevitável e ocorre através de um padrão variável de modelação e

remodelação óssea fisiológicas, gerando uma perda considerável e progressiva do

contorno do rebordo alveolar.

Atwood, (1971), considerou que esta perda óssea poderia ser classificada

como uma das principais entidades de doença da cavidade oral.

Araújo & Lindhe, (2005) mostraram que esta perda óssea causada pela

24

reabsorção ocorre de maneira mais acelerada nos primeiros seis meses levando a

uma perda de cerca de 60% da largura e 40% da altura do rebordo alveolar, e

infelizmente é irreversível. Esta perda óssea pode dificultar a reabilitação estética e

funcional do paciente, por meio de próteses convencionais ou próteses implanto

suportadas, uma vez que o tecido ósseo remanescente não oferece condições

normais para inserção de implantes. Fig.1.

Fig. 1. Observar a perda da parede vestibular. Munir & Siqueira, (2009).

2.2-OCORRÊNCIAS APÓS AS EXODONTIAS

Araújo & Lindhe, (2005), mostraram que, nas primeiras oito semanas após a

extração, realizada em modelo animal de cão, há intensa atividade osteoclástica,

resultando em reabsorção das cristas das paredes vestibular e lingual. Eles ob-

servaram que a redução da altura foi mais pronunciada na parede vestibular, e foram

acompanhadas por perda horizontal em ambas as paredes, vestibular e lingual. Este

achado é importante porque largura e altura ósseas inadequadas comprometem a

estética, função e também a instalação de implantes.

Trombelli et al., (2008), imediatamente após a exodontia, o alvéolo se enche

de sangue e no mesmo dia ocorre à formação de um coágulo que possui rico

suprimento de plaquetas e fatores de crescimento, que propiciam a regeneração

óssea alveolar; além disso, a rede de fibrina que se forma e que dá resistência ao

coágulo é fundamental para o processo de reparação óssea. Concomitantemente,

instala-se uma resposta inflamatória. Entre 48 e 72 horas, o coágulo é penetrado por

tecido de granulação, iniciando-se no fundo do alvéolo. Em quatro dias, já existe a

formação de epitélio na periferia do alvéolo e presença de tecido conjuntivo imaturo

25

no seu interior. No sétimo dia, todo o coágulo desaparece e é então substituído por

tecido de granulação, e já pode ser observado o início da formação de tecido

osteóide no fundo do alvéolo. Por volta da quarta semana, ocorre a mineralização da

matriz das paredes ósseas para o centro e superfície do alvéolo. Em 90 dias é

possível identificar tecido ósseo denso através de radiografias.

Buser et al., (1996), muitos pacientes não conseguem utilizar suas próteses

eficazmente e também se sentirem confortáveis, porque estas não apresentam a

estabilidade necessária para uma eficiente função mastigatória, causando a este

pacientes falta de confiança ao mastigarem, e também mudança de comportamento

ao falarem sorrirem e no relacionamento com outras pessoas. Com o advento dos

implantes, entretanto, muitos pacientes passaram a trocar suas próteses móveis por

próteses fixas. Os implantes realmente trouxeram um forte impacto para a vida das

pessoas, uma vez que permitem a confecção de próteses estéticas funcionais

duradouras, resgatando a confiança dos portadores para exercerem as mesmas

atividades quando estavam presentes os dentes naturais. Os procedimentos de

regeneração óssea do rebordo alveolar, no momento das exodontias, têm

beneficiado muitos pacientes, permitindo a instalação de implantes, melhorando

sobremaneira sua qualidade de vida. Daí, a importância de cada vez mais, os

Cirurgiões Dentistas serem treinados para desenvolverem como rotina, em todos os

casos de exodontias, os procedimentos regenerativos, diminuindo posteriormente,

de maneira significativa, a utilização de técnicas mais complexas como os enxertos

nas suas mais variadas modalidades.

Salomão & Siqueira, (2010), a preservação do rebordo consiste em qualquer

procedimento realizado no momento da exodontia, com o objetivo de minimizar a

reabsorção da crista e maximizar a formação óssea dentro do alvéolo. Às vezes, em

algumas situações clínicas, não é aconselhável realizar esta manobra ao mesmo

tempo em que se realiza a exodontia, como nos casos de presença de infecção

aguda, por exemplo. Nestas situações, a manobra de preservação da crista pode ser

adiada por seis a oito semanas porem, o ideal é diagnosticar e planejar este

procedimento com uma antecedência para que haja um mínimo de perda óssea

causada pela infecção.

26

2.3-REQUISITOS PARA UMA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA

Salomão & Siqueira, (2009), definiram como requesitos para que tenha possibilidade de uma

regeneração óssea guiada com sucesso:

1 Existência de uma fonte de células osteogênicas;

2 Adequada vascularização;

3 Tecido ósseo viável adjacente ao defeito onde se deseja a regeneração;

4 Criação de espaço para permitir a formação e manutenção do coágulo;

5 Exclusão de células não osteogênicas da área a ser regenerada;

6 O local deve permanecer mecanicamente estável durante a cicatrização;

7 Osteopromoção: Segundo Salomão & Siqueira, (2009), o isolamento de um

defeito ósseo através de barreira física, criando um espaço segregado, permitindo

que células osteoprogenitoras exerçam suas atividades, é conhecido como princípio

da osteopromoção;

8 A barreira tem como finalidade impedir que o tecido conjuntivo frouxo, por

apresentar uma rápida proliferação, ocupe o lugar do tecido ósseo em defeito a ser

regenerado.

2.4-MUDANÇAS DE PARADIGMAS NA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA

Buser, (1996), a barreira Bone Heal® foi idealizada para facilitar os

procedimentos regenerativos, já que não apresenta os inconvenientes de outros

materiais usados com a mesma finalidade.

Greca et al., (2004), vários materiais tem sido considerado biocompatíveis e,

portanto são utilizados em diferentes tipos de cirurgias para conter os tecidos, como

as telas de polipropileno para cirurgias abdominais ou para regeneração óssea

27

guiada pós- exodontias.

Salomão, (2009) “Bone Heal® é constituída por um filme de polipropileno, to-

talmente impermeável, bioinerte e biocompatível, e preenche os requisitos exigidos

para os procedimentos ósseos regenerativos”.

Munir & Siqueira, (2010), a barreira BONE HEAL®:

1- Deve preferentemente ser deixada intencionalmente exposta ao meio bucal;

2- Os retalhos deverão ser mantidos distantes entre si;

3- Não há necessidade de liberação de grandes retalhos cirúrgicos;

4- Somente sangue deve preencher o local a ser regenerado;

5- Não há necessidade de instrumental especial;

6- Não há necessidade de ser hidratada ou acrescer nenhum outro material à

sua superfície;

7- Já está pronta e esterilizada para ser usada;

8- Dispensa o uso de parafusos, tachinhas ou qualquer artefato de fixação;

9- Não sofrem alterações dimensionais durante o período que permanece no

local do defeito;

10- As suturas envolvem somente os retalhos, sem exercer pressão sobre a

barreira;

11- Qualquer tipo de fio de sutura pode ser usado;

12- É 100% impermeável;

13- Entre 7 a 14 dias podem ser removida;

14- A superfície interna, por ser de certa porosidade, promove adsorção do

sangue;

15- Não adere aos tecidos;

16- Pode ser usada juntamente com implantes imediatos;

17- Compatível com todos os sistemas de implantes;

18- As diástases de qualquer dimensão são preenchidas somente com sangue;

19- Indicada em implantes imediatos com falta da parede vestibular;

20- Permite a regeneração simultânea de tecido ósseo e tecido queratinizado;

21- Não interfere com a posição da linha muco gengival;

22- Adapta-se perfeitamente ao defeito;

23- Não é preciso anestesiar o paciente para remoção;

24- É removida sem cirurgia;

28

25- É resistente;

26- Não sofre degradação nos tecidos;

27- Não interfere na formação e organização do coágulo;

28- Não apresenta porosidades para a mucosa;

29- Pode invadir o sulco gengival de dentes vizinhos ao defeito ósseo;

30- Dificulta a proliferação de microrganismos em sua superfície;

31- Dificulta o acúmulo de detritos em sua superfície;

32- Técnica cirúrgica simples de ser executada;

33- Maior conforto para o paciente;

34- Maior conforto para o cirurgião

35- Dispensa o uso de qualquer material para preenchimento do defeito ósseo;

36- Tamanho Único: 3 x 4 cm;

37- Inserção do implante em 90 dias;

38- Tem validade de 3 anos;

39- Esterilizada em raios gama;

40- Baixo custo;

41- Registrada na ANVISA.

A barreira de Polipropileno, BONE HEAL®, idealizada e concebida por Munir

Salomão, (2009), é comercializada pela empresa (INP®), a qual já vem esterilizada

através de raios gama e, pronta para ser usada. Recorte com uma tesoura dando o

formato desejado, para que todo o defeito ósseo seja completamente isolado dos

tecidos moles. Fig. 2.

Fig. 2. Bone Heal®. Uso de barreira de polipropileno pós exodontia, Munir & Siqueira,

(2009).

29

2.5-TERAPIAS MEDICAMENTOSAS.

Como em todo procedimento cirúrgico, a colocação da barreira Bone Heal®

para regeneração óssea guiada deve também merecer atenção relativa ao controle

do processo inflamatório.

Ahmad et al., (1997); Derry et al., (2009), analgésicos e anti-inflamatórios

não esteroidais (AINES) são indicados para o controle da dor pós-operatória. Entre

eles, o ibuprofeno tem sido usado com frequência no controle da dor e edema das

cirurgias odontológicas.

Rainsford, (2009), consideradou um dos mais seguros (AINES), sua eficácia

e segurança foram intensamente avaliadas em adultos e crianças que apresentavam

febre ou grande variedade de afecções dolorosas ou inflamatórias, situações em que

demonstrou dispor de efeitos terapêuticos comparáveis ou superiores aos demais

AINES e ao paracetamol.

Teixeira, (2010), o ibuprofeno é um anti-inflamatório não hormonal, e um dos

analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios mais prescritos atualmente, além de

ser um dos medicamentos mais utilizados sem receita médica no mundo.

2.6-CASOS CLÍNICOS COM BARREIRA (BONE HEAL®) Dr. João Vianey da Costa

Primeiro caso clínico

Paciente: Sexo feminino,

Idade: 51 anos e seis meses,

Saúde boa, mas portadora de hepatite B.

Radiografia inicial apresentando dentes com lesões, grande perda óssea e,

também através do exame clínico, grande mobilidade, tendo como planejamento:

exodontias dos 45, 46 e 47 e, na mesma secção, instalação de BONE HEAL® e

aguardar quatro meses para a inserção de implantes. Fig. 3.

30

Fig.3. Radiografia periapical inicial.

Exodontias realizadas com um cuidado todo especial para preservar paredes

ósseas ainda remanescentes e instalação da BONE HEAL®, com a primeira sutura.

Fig. 4.

Fig.4. Exodontias realizadas e instalação da BONE HEAL®.

Suturas completadas e a BONE HEAL® embutida entre o periósteo e o osso

mandibular, tanto na vestibular como na lingual. Obs.: Pode também a barreira não

ficar exposta ao meio exterior, quando no ato da sutura, pode ser uma vantagem

para segurar o coágulo e impedir a instalação de micro-organismos. Fig. 5.

Fig.5. Fig. 5. Suturas.

31

Retirada a BONE HEAL® com 14 dias e, já com tecido de granulação ao

centro e o tecido epitelial circundando-o, indicando nova formação óssea (Tecido

ósseo primário), através da regeneração óssea guiada com o auxilio da BONE

HEAL®. Fig. 6.

Fig.6. Retirada a BONE HEAL®

Após de três meses, já com o tecido epitelial recobrindo totalmente o tecido

ósseo, verificando assim o sucesso do procedimento, que através da barreira BONE

HEAL® sem nenhum enxerto particulado, usando apenas, o coágulo sanguíneo que

através de células indiferenciadas, se transformaram em apenas, tecido ósseo.

Fig. 7.

Fig.7. Após de três meses.

32

Selo de controle do fabricante (INP®) e ANVISA. Fig.8.

Fig.8. Fig.8. Selo de controle.

Depois de quatro meses foi realizada uma tomografia para o planejamento

dos respectivos implantes e para comprovar o sucesso da etapa anterior constatou-

se que houve uma regeneração óssea guiada através da barreira BONE HEAL®.

(Fig. 9), e através de cortes tomográficos indicando um bom espaço nos quais foram

planejados e selecionados um implante BLACK FIX 3.75 por 11.5 mm TITANIUM

FIX ® para a região 47, (Fig. 10), um implante BLACK FIX 3.75 por 13 mm da

TITANIUM FIX® para a região 46 e um implante BLACK FIX 3.75 por 13 mm da

TITANIUM FIX® para a região 45. Fig.12.

Fig.9. Tomografia após quatro meses. Fig.10. Região 47.

Fig.11. Região 46. Fig. 12. Região 45

33

Fig.13. Paralelômetro no 45, com apenas Fig. 14. Paralelômetros nos 45, 46 e 47.

lança, para em seguida dar andamento

com as demais brocas.

Fig.15. Implantes e tapa implantes completados. Fig. 16. Suturas finais realizadas. Fig.16.

Fig.17. Selo de controle do fabricante. Fig.18. Cicatrizadores, após quatro meses, da

instalação dos implantes.

34

PROVAS DOS ELEMENTOS PROTÉTICOS, 45, 46,47, INDIVIDUAIS E

APARAFUSADOS SOBRE IMPLANTES, FIG. 18-A, 18-B E 18-C.

Fig.18-A - Vestibular

Fig.18-B - Oclusal

Fig.18-C - Lingual

35

Segundo caso clínico

Paciente: Sexo masculino,

Idade: 62 anos e seis meses,

Saúde boa, portador de hepatite A.

Ausência do dente 21 e grande comprometimento nos dentes 22 e 11, com

lesões severas, mobilidade dental e grande perda óssea, sendo realizado o

planejamento para moldagem para confecção de uma prótese parcial imediata e

exodontias dos mesmos, instalação de BONE HEAL® e aguardar quatro meses para

a instalação dos implantes. Fig.19.

Fig.19. Radiografia inicial.

Exodontias realizadas com muito cuidado para não destruir paredes ósseas

remanescentes e instalação de BONE HEAL, e suturas completadas. Fig.20.

Fig.20. Exodontias realizadas, Bone Heal® instalada e suturas.

36

Após 14 dias, quando da retirada da BONE HEAL. Fig.21.

Fig.21. Fig. 21. Após 14 dias.

Retirada a BONE HEAL® e já se nota o tecido ósseo primário (Tecido de

granulação) ao centro e tecido epitelial ao seu redor, comprovando que houve o

sucesso na aplicação da Bone Heal® apenas com o coágulo sanguíneo, sendo o

responsável pela regeneração óssea guiada e que nos defeitos ósseos existentes

anteriormente está formando um novo osso. Fig. 22.

.

Fig.22. Retirada a BONE HEAL®.

37

Tomografia após quatro meses da instalação da BONE HEAL®, já se nota

que houve uma neoformação óssea. Fig.23.

Fig.23. Tomografia após quatro meses

Tomografia da região 11, onde foi removido o dente por um grande

comprometimento e, nota-se um enorme sucesso, através da BONE HEAL® que

apenas segurou o coágulo sanguíneo e isolou o tecido epitelial e fibroso e

consequentemente houve uma bela regeneração óssea guiada. Fig.24.

Fig.24. Tomografia da região 11.

38

Tomografia da região 21 onde havia ausência do elemento dental e que

apresenta boas condições para realização de implante, talvez graças a barreira

BONE HEAL®, que além de provocar nova formação óssea nos 11 e 22 estimulou

também esta região visinha. Fig., 25.

Fig.25. Tomografia da região 21.

Tomografia da região 22, onde havia um sério comprometimento da

estrutura óssea, e graças a regeneração óssea guiada, através da BONE HEAL®,

conseguiu-se um sucesso para a instalação de implante. Fig.26.

Fig.26. Tomografia da região 22.

39

Espaço e tecido ósseo neoformado que, permite a instalação de três

implantes: 11 - 21 - 22. Fig.27.

Fig.27. Tomografia com medida de espaço lateral.

No ato da instalação dos implantes. Nota-se que houve uma neoformação

óssea e também de papilas o que dará uma estética perfeita ao paciente e uma

proteção muito melhor contra periimplantite. Fig. 28.

Fig.28. No ato da instalação dos implantes.

40

Fig.29. Paralelômetros para verificar o posicionamento dos implantes.

Fig.30. Implantes instalados.

Fig.31. Tapa implantes fixados e suturas realizadas.

41

Fig.32. Selo de controle do fabricante, região 22.

Fig. 33. Selo de controle do fabricante, região 21.

Fig.34. Selo de controle do fabricante, região 11.

42

3-DISCUSSÃO

Ollier, (1867), Já se preocupava com a nova formação óssea e já

desenvolvia uma técnica para esta neoformação através de enxerto autógeno e

enxertos alógenos e com o passar dos anos outros estudiosos foram desenvolvendo

e evoluindo a ideia deste, e deste modo chegou-se hoje a ter várias técnicas e

materiais para realizar com sucesso a regeneração óssea guiada, permitindo assim

uma satisfação aos pacientes e aos que profissionais que as realizem.

3.1-MEMBRANAS NÃO REABSORVÍVEIS

Em um estudo de Buser et al., (1990), no qual o objetivo era apresentar

procedimentos cirúrgicos e resposta clinica no tratamento que foi escolhido a técnica

de regeneração óssea guiada (ROG), focada para a regeneração local do tecido

ósseo da mandíbula em situações onde a anatomia do rebordo não permitia a

colocação de implantes dentais. Neste estudo foram selecionados 12 pacientes para

aumento do rebordo, ou para regeneração de defeito ósseo. Uma combinação de

retalho dividido e inteiro foi levantada em áreas designadas para subsequente

colocação de implante. Seguido de perfuração da cortical para criar uma superfície

óssea com sangramento, uma membrana de e-PTFE foi ajustada para o sitio

cirúrgico de tal forma que um espaço fosse separado com objetivo de aumentar a

largura do rebordo, ou regenerar o defeito ósseo presente. Um fechamento livre de

tensão dos tecidos moles do retalho foi enfatizado. Seguido um período de

cicatrização de seis a doze meses, os procedimentos de reabertura foram feitos e o

ganho da dimensão óssea foi avaliado. Em nove pacientes com 12 sítios potenciais

para implante, um volume ósseo suficiente foi obtido para subsequente colocação de

implante. Em três pacientes, houve desenvolvimento de infecção aguda,

necessitando de remoção precoce das membranas, sem que uma formação óssea

fosse alcançada. Os resultados do estudo indicaram que o principio da ROG é

altamente previsível para aumento de rebordo, ou regeneração do defeito sob o pré-

requisito de uma cicatrização livre de complicação.

Buser et al., (1993), desde o uso de membranas de e-PTFE com sucesso,

os resultados obtidos utilizando novos materiais são sempre comparados com este.

Uma desvantagem da membrana de e-PTFE é que ela não é absorvível e, portanto,

43

tem que ser removida em um segundo procedimento cirúrgico, outra desvantagem è

o fato de ser bastante complexa sua manipulação cirúrgica e não poder ficar exposta

ao meio bucal sob-risco de contaminação.

Buser, (1996), o objetivo da ROG é o uso de um material temporário, o qual

possibilite um ambiente adequado, para o organismo utilizar seu potencial de

cicatrização natural para uma regeneração do tecido ósseo sitiado por uma barreira

que o protege contra a proliferação do tecido conjuntivo e epitelial os quais têm um

poder de crescimento mais rápido que o tecido ósseo. A ROG é obtida, através de

um planejamento e o uso de uma técnica ideal para que células do coágulo recebam

apenas estímulos químicos dos tecidos ósseos adjacentes. E indicada para facilitar o

crescimento ósseo vertical e horizontal em um rebordo alveolar reabsorvido, com a

intenção de obter uma boa morfologia da crista óssea, facilitando a colocação dos

implantes.

Hãmmerle, (2003), constatou que, outras membranas que vieram como

alternativa foi a e-PTFE reforçado com titânio e membranas de politetrafluoretileno

denso (d-PTFE), ambas para proporcionar maior resistência à pressão de tecidos

moles contaminação.

Barber et al., (2007); Hoffman et al., (2008), uma vantagem da d-PTFE é o

fato de poder ficar exposta ao meio bucal, por ter porosidade menor e não precisar

de parafusos de fixação, facilitando a técnica cirúrgica de colocação da membrana,

podendo ser utilizada em defeitos maiores com biomaterial de enxerto, preservando

as papilas interdentais e toda a mucosa queratinizada sem as preocupações de

contaminação.

3.2-BARREIRA DE POLIPROPILENO (PP)

A Barreira, de polipropileno (impermeável) foi idealizada por Munir Salomão

e é comercializada por (INP®).

Aydos et al., (1999), as barreiras de PP não são absorvíveis e largamente

utilizadas na área da medicina no tratamento de hérnias abdominais, assim como as

de e-PTFE, que possuem comportamento muito semelhante nestes casos.

Hoffman et al., (2008),Marques, (2010). As características da barreira de

polipropileno (PP) são muito parecidas com as características da membrana de d-

PTFE, entre as quais, podem ficar expostas ao meio bucal, ambas tem resistência à

44

pressão dos tecidos moles sem entrar em colapso, preservam a gengiva

queratinizada, não produzem reações adversas nos tecidos moles, são de fácil

remoção clínica, não necessitando de procedimento cirúrgico, fácil manuseio

cirúrgico sem necessidades de retalhos para fechamento primário pode ser

preenchidas apenas com sangue.

Salomão & Siqueira, (2009). O uso da barreira impermeável de polipropileno

(PP) está indicado para manutenção do coágulo sanguíneo e formação de osso

primário, mantendo a forma e dimensão do rebordo alveolar após exodontias.

Srouji, (2009), apresentou um trabalho e conclui que a Membrana de

Schneider possui potencial osteogênico e pode contribuir para o aumento e

desenvolvimento ósseo dos seios com êxito de técnicas utilizadas para este fim.

Esta pesquisa embasa os resultados de Borges, (2010).

Munir & Siqueira, (2010), para que um material de barreira funcione

satisfatoriamente ele precisa respeitar certos critérios como: Ser biocompatível. Agir

como uma barreira (para impedir que células progenitoras de tecido epitelial,

conjuntivo fibroso, os quais tem uma velocidade de formação mais rápida em relação

ao tecido ósseo, como consequência a formação de uma fibrose). Servir de

arcabouço para manter o coágulo sanguíneo, no qual existem células

indiferenciadas, que em contacto com apenas tecido ósseo vão se transformarem

em tecido ósseo. Criar e manter um espaço. Não ser extremamente rígido

provocando perfurações no tecido que o recobre ou flexível demais podendo

desadaptar-se e ser provido de configurações fáceis de ajustamento e colocação.

Ter uma ideal porosidade em contacto com o coágulo de forma que sirva de

arcabouço para as células osteogênicas e não ter porosidade (lisa) para o contacto

com o tecido epitelial, e tecido conjuntivo fibroso e ser de fácil remoção.

Salomão & Siqueira, (2010); Marques, (2010). Tendo alta rigidez e memória

elástica, a membrana de PP, se mantém estável apenas com o posicionamento dos

retalhos teciduais vestibulares e palatinos ou linguais sobre ela, suturados sem

tensão ou aproximação (a barreira não deve ser perfurada) não necessitando

fixação com parafusos. Pode ser removido a partir de sete dias de sua colocação,

período este de efetiva utilidade.

Borges, (2010), utilizou a membrana de polipropileno (PP), para fechamento

da janela lateral formada durante a cirurgia de elevação de seio maxilar no qual,

foram selecionados 15 voluntários que necessitavam de elevação bilateral da

45

membrana de Schneider para colocação de implantes. Por sorteio, um lado foi

preenchido com osso autógeno e do outro apenas coágulo sanguíneo do próprio

local. A colocação dos implantes foi imediata, seguida da colocação da membrana

de PP para fechar a janela aberta. Vale observar que em ambos os casos a ilha

óssea resultante da abertura não foi separada da membrana sinusal, o autor

concluiu que após seis meses, os grupos apresentavam semelhantes resultados de

formação óssea, estabilidade dos implantes e densidade óssea do osso recém-

formado.

3.3-MEMBRANAS ABSORVÍVEIS

Mundell et al., (1993), a razão de velocidade de reabsorção está diretamente

ligada ao número de ligações cruzadas presentes entre as moléculas: o colágeno

tipo I é aquele que apresenta tempo de reabsorção mais longo, da ordem de quatro

a oito semanas; o colágeno fibrilar degrada-se muito rapidamente e que é

desprezado para os objetivos da regeneração óssea guiada (ROG).

Schlegel et al., (1997), as membranas derivadas de colágeno são

constituídas de puro colágeno suíno tipo I e tipo III, extraído de porcos com

certificado veterinário de cautelosa purificação do animal (para prevenir

contaminação bacteriana, viral e outra ao paciente), sendo esterilizada através de

radiação gama. Ela consiste de uma superfície porosa, que deve ser posicionada

adjacente ao osso, para permitir a invasão de osteoblastos e uma superfície lisa que

previne a invasão de tecido epitelial, conjuntivo e fibroso para o interior do defeito

ósseo, devendo ficar adjacente ao retalho. As membranas de colágeno, em especial

as de origem bovina ou suína, apresentam a vantagem de serem bem toleradas pelo

organismo, provocarem pouca resposta imune, favorecerem a migração de células

mesenquimáticas e serem de fácil manipulação. Elas possuem permeabilidade

celular semelhante às de e-PTFE.

Hãmmerle & Jung, (2003), devido ao risco de exposição prematura e

necessidade de segunda cirurgia para remover as membranas não absorvíveis,

pesquisadores tem preconizado o uso de membranas absorvíveis nos

procedimentos de ROG. Vantagens e características das membranas absorvíveis

descritas na literatura incluem eliminação de cirurgia para remoção da membrana,

46

procedimento cirúrgico simples, menor efetivo e morbidade para o paciente. Como

desvantagem, causam uma pequena reação inflamatória inicial.

Buser, (2010), atualmente, dois materiais são usados para a confecção das

membranas absorvíveis: os poliésteres sintéticos alifáticos e o colágeno derivado de

diversas fontes animais. Embora ambos sejam considerados biomateriais, cada um

possui características e efeitos biológicos distintos. Aspectos importantes para o

significado clínico são a longevidade da função de barreira e a resposta tecidual, em

função da fragmentação da membrana.

3.4-TELAS DE TITÂNIO

Hãmmerle, (2003) com o surgimento da membrana de e-PTFE reforçada

com titânio que recebeu o nome de membrana de politetrafluoretileno denso (d-

PTFE), para conferirem maior resistência à pressão de tecidos moles houve uma

grande evolução no caso de regeneração óssea guiada.

Corinaldesi et al., (2007), que realizou estudos em 12 pacientes. O uso de

telas de titânio como barreiras têm se destacado, principalmente para que se

obtenha um aumento do rebordo alveolar no qual, existe a necessidade de um maior

suporte para o enxerto autógeno ou xenógeno (Bio-Oss®), por exemplo, e também

para o coágulo sanguíneo através de membranas reabsorvíveis ou não

reabsorvíveis, sobre as telas de titânio e baseado nestes estudos em pacientes

concluiu que o resultado com apenas enxerto xenógeno apresentou um resultado

similar ao de enxerto autógeno e através destes estudos sugere que em pesquisas

próximas usem menos enxerto autógeno ou apenas xenógeno o que reduziria a

mobilidade dos pacientes.

Atualmente foi desenvolvido pela (INP®) Brasil, a produção e

comercialização de telas de titânio e o respectivo kit para a instalação das mesmas a

um custo acessível, sendo assim possível o uso destas telas de titânio associadas a

enxertos particulados usando membranas reabsorvíveis ou não com o uso

associado da barreira Bone Heal que dispensa o uso do enxerto particulado, pois é

apenas necessária a presença de coágulo sanguíneo para a neoformação óssea

baseado na regeneração óssea guiada, permitindo assim ter um ganho de novo

osso também em altura, o que para somente com a barreira Bone Heal não é

possível, pois com a Bone Heal é preciso pelo menos três paredes ósseas, porem a

47

barreira Bone Heal pode ser associada a telas de titânio também com o uso do

enxerto particulado ou bloco de enxerto autógeno, alógeno ou xenógeno.

Fig.35. Livro enxertos ósseos em implantodontia, Renato Mazzonetto, et al., (2012),

Vol.1, Pg. 322.

Fig. 36. Livro enxertos ósseos em implantodontia, Renato Mazzonetto, et al., (2012).

Vol.1, Pg. 323.

Fig. 37. Livro enxertos ósseos em implantodontia, Renato Mazzonetto, et al., (2012).

Vol.1, Pg. 322.

48

4-CONCLUSÃO

Através das pesquisas realizadas por vários autores citados e contidas neste

trabalho pode-se concluir que a respeito da regeneração óssea guiada todas as

técnicas aplicáveis com membranas não absorvíveis (e-PTFE), tela de titânio e mais

recentemente a (BONE HEAL®) idealizada e concretizada por Munir Salomão e as

absorvíveis são eficientes e de uma previsibilidade muito boa, porem a Barreira

BONE HEAL leva uma vantagem enorme sobre as demais por não precisar de uma

cirurgia posterior para sua remoção; ser de fácil manuseio; poder ser exposta sem

ter contaminação bacteriológica; ter biocompatibilidade com todos os tecidos; ter

certa porosidade no lado interno, o que serve de arcabouço para as células ósseas

(Osteoblastos); ser de certa lisura para o lado externo, não permitindo adesão do

tecido epitelial e fibroso; ter como função o isolamento do coágulo sanguíneo, que

através de células indiferenciadas, as quais receberão apenas estímulos de paredes

ósseas e se transformarão em apenas tecido ósseo; não permitir a invasão de tecido

epitelial e conjuntivo fibroso que tem um poder de formação muito mais rápido que o

tecido ósseo e consequentemente à invasão do espaço no qual irá acontecer a

neoformação óssea; por ser de um relativo custo menor; não precisar de enxertos

particulados, os quais levam um tempo maior para serem reabsorvidos,

economizando tempo e energia do organismo do paciente e levando a uma

neoformação óssea ideal para a instalação de implantes.

49

5-BIBLIOGRAFIA.

AHMAD, N.; GRAD, HA.; HASS, DA.; ARONSON, KJ.; JOKOVIC, A.; LOCKER, D.

The efficacy of nonopioid analgesics for postoperative dental pain: a meta-analysis.

Anesthesia Progress 1997; 44 (4): 119-126.

ARAUJO, M. G. & LINDHEL, J. (2005) Dimensional ridge alterations following tooth

extraction. An experimental study in the dog. Journal of Clinical Periodontology 32,

212-218.

ATWOOD, DA. Reduction of residual ridges: A mayor oral disease entity. J. Prothet.

Dent.1971:26(3):266-79.

AXHAUSEN, W. - The Osteogenic Phase Of Regeneration Of Bone: A historical and

experimental study. J Bone Joint Surg, 1956.

AYDOS, R.D.; SILVA, I.S.; GOLDENBREG, S.; GOLDENBERG A.; SIMÕES , M.J.;

TAKITA, L.C.; NIGRO, A.J.T. Estudo comparative do efeito das telas de

politetrafluoretileno expandido e de polipropileno, colocadas por laparoscopia, em

hérnias ventrais produzidas em coelhos. Acta cir Bras [serial on line] 1999; 14(2).

BARBER, H. D.; LIGNELLI, J.; SMITH B. M.; BARTEE, K. Using a dense ptfe

membrane without primary closure to achieve bone and tissue regeneration. J Oral

Maxillofac Surg 2007; 65:748-52.

BARTEE BK. Extraction site reconstruction for alveolar ridge preservation. Part 1 & 2

J.Oral implantol. 2001; 27(4): 187-93; 194-7.

BASSET, CA; CAMPBELL, JB.; GIRADO, JM.; ROSSI, RJ. Application of

monomolecular filter tubes in bridging gaps in peripleral nerves and for prevention of

neuroma formation; A preliminary report. J Neurosurg1956; 13:635-637.

50

BECKER, W. et al. Bone formation at dehisced dental implant sites treated with

implant augmentation material: a pilot study in dogs. International Journal of

Peridontology, Restauration and Dentistry, v. 10, p. 93, 1990.

BORGES, F.L, Elevação da mucosa sinusal associada à inserção de implantes

osseointegrados sem a utilização de enxerto autógeno: avaliação clínica e

radiográfica. Dissertação de Mestrado na Universidade de Guarulhos - 2009.

BRANEMARK PI.; BREINE U.; ADELL R.; HANSOOON BO.; LINDSTOM J.;

OHISSON A. Intra-osseous anchorage of dental prostheses, 1, Experimental

studies,.Scand J Plast Reconstr Surg 1969;3:81-100.

BRÂNEMARK, P. I. et al. Osseointegrated dental implants in the treatment of

edentulous jaw. Experience from a 10-years period. Scand. J. Plast. Reconstr. Surg.,

II SUPPL., v. 16, 1977.

BRÃNEMARK, P.I et al. Tissue Integrated prostheses-osseointegration in clinical

dentistry. Chicago: Quintessence, 1985.

BRÃNEMARK, P.I. Precision Predictability. Gothenburg, Sweden: Institute for

Applied Biotechnology, 1990. V. 15.

BUSER D., et al. Lateral ridge augmentation using autografts and barrier

membranes: a clinical study with 40 partially edentulous patients. J. Oral. Maxillifac.

Surg. v. 54, p. 420- 432, 1996.

BUSER, D. Regeneração óssea guiada na implantodontia. Editora Quintessence

Ltda., 2010: p.15-16.

BUSER, D. Regeneração óssea guiada na implantodontia. Editora Quintessence

Ltda., 2010: p.18-24.

BUSER, D., et al, Localized ridge augmentation using guided bone regeneration. I.

Surgical Procedure in the maxilla. J. Periodontics & Restorative Dentistry. V.13, no.l,

1993.

51

BUSER, D., et al. Regeneration and enlargement of jaw bone using guided tissue

regeneration. Clin. Oral Impl. Res. v. 1, p. 22-32. 1990.

BUSER, DANIEL,; DAHLIN, CHRISTEN SCHENK, ROBERT K. Regeneração Óssea

Guiada na implantodontia. São Paulo. Quintessence Editora Ltda. 1996.p.270.

CANDELIERE, GA.; LIU, F.; AUBIN, JE. Individual osteoblasts in the developing

calvaria express different gene repertoires. Bone 2001; 28; 351-361.

CHIAPASCO, M.; ROMEO, E. Reabilitação oral com prótese implantossuportada

para casos complexos. 1. ed. São Paulo: Santos, 197-223 p. 2007.

CORRINALDESI, G.; PIERI, F.; MARCHETTI, C.; FINI, M.; ALDINI, NN.; GIARDINO,

R.; Hitologic and histomorphometric evaluation of alveolar ridge augmentation using

bone grafts and titanium micromesh in humans. J Periodontol. 2007; 78.1477-84.

CORTELLI, J.R.; LOTUFO, R.F.M, OPPERMAN, RV. SALLUM, AW. Glossário da

Sociedade Brasileira de Periodontia e Texto de posicionamento científico. São

Paulo: SOBRAPE. 2005; 15 (4).

DAHLIN, C., et al. Healing of bone defects by guided tissue regeneration. Plast.

Reconstr. Surg., v. 81, n. 5, p. 672-6, 1988.

DE LUCCA, L. Estudo histológico da regeneração óssea guiada com membrana de

polipropileno em calvária de coelhos. Dissertação de mestrado na Universidade de

Santo Amaro. 2010.

DERRY, C.; DERRY, S.; MOORE, RA.; MCQUAY, HJ. Single dose oral ibuprofen for

acute postoperative pain in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews

2009;3.

DIMAR; JOHN, R. MD; Glassman, Steven D. MD, PHD: The Art of Bone Grafting.

Contemporary Spine Surgery. 9:1-7, January 2008.

52

GRECA FH; SOUZA FILHO ZA; ROCHA SL; BORSATO KS; FERNANDES HAD;

NIISIDE MA. Submucosa de intestino delgado no reparo de defeito em parede

abdominal de ratos. Acta Cr Brás 2004; 19(3):471 -477.

HÄMMERLE, C. H. et al. A systematic review of the survival of implants in bone sites

augmented with barrier membranes (guided bone regeneration) in partially

edentulous patients. J. Clin. Periodontol. n°29, Suppl 3, p. 226-31, 2002.

HÄMMERLE, C. H. F. et al. The effect of a deproteinized bovine bone mineral on

bone regeneration around titanium dental implants. Clin. Oral Implants Research, v.

9, p. 151- 162, 1998.

HÄMMERLE, C. H. F.; JUNG, R.E.; Bone augmentation by means of barrier

membranes. Period ontology 2000 2003, v.33, p. 36-53.

HOFFMANN, O.; BARTEE, B. K.; BEAUMONT, C.; KASAJ, A.; DELI, G.;

ZAFIROPOULOS, G.G. Alveolar Bone Preservation in Extraction Sockets Using Non-

Resorbable dPTFE Membranes: A Retrospective Non-Randomized Study. J

Periodontol 2008; 79; 1355-1369.

HUNTER, LA.; STINCHFIED, FE.; BASSETT et al. LYON, WH. The role of soft

tissues in osteogenesis. An experimental study of canine spine fusions. J Bone Joint

Surg Am 1959; 41A:1243-1254.

HURLEY, A. L. et al. The role of soft tissues in osteogenesis. J. Bone joint Surg., v:

41a, p. 1243-54, 1959.

JONES. SJ.; BOYDE. A, Scanning electron microscopy of bone cells in cultures.In:

Copp DH, Talmage RV (eds). Endocrinology of Calcium Metabolism. Amsterdam:

Excerpta Medica, 1978:97-104.

KLINGE. U.; KUSCHEL MS.; SCHUESSLER. B. Demands and properties of

alloplastic implants for the treatment of stress urinary incontinence. Expert Review of

53

Medical Devices 2007; 4(3):349-359.

LAN, RV. Contour changes of the alveolar rocesses. J. Prosthet. Dent. 1960:10(1):

25-32.

MACEWEN. W.; William Macewen's Glasgow Collection. "A clinical photograph".

Archived from the original on 15 May 2006. Retrieved 7 April 2007.

MARKS. SC Jr, POPOFF SN. Bone cell biology: The regulation of development,

structure, and function in the skeleton. Am J Anat 1988; 183:1-44.

MARQUES, M. D. C. Estudo clínico e radiográfico da regeneração óssea alveolar

pós exodontia utilizando uma barreira de polipropileno. Dissertação de mestrado na

Universidade de Santo Amaro 2010.

MINKIN. C. Bone acid phosphatase: Tartrate-resistant acid phosphatase as a marker

of osteoclast function. Calcif Tissue Int 1982; 34:285-290.

MUNDELL, R. D. et al. Osseous guided tissue regeneration using a collagen barrier

membrane. J. Oral Maxillifac. Surg. v. 51, 1004-1012, 1993.

MUNIR; S. SIQUEIRA, J.T.T. Mudança de paradigma na regeneração óssea guiada.

Essencial em Revista, v. 8, n. 38, p. 1-2, 2010.

MUNIR; S. SIQUEIRA, J.T.T. Uso de barreira de polipropileno pós exodontia. Relato

de três casos clínicos. Rev Bras Implantodontia, p.12-15, 2009.

MUNIR; S. SIQUEIRA, J.T.T. Uso de barreira exposta ao meio bucal para

regeneração óssea guiada após exodontia. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent, v. 64, n. 3,

p. 184-188, 2010.

NANCI. A. Content and distribution of noncollage- nous matrix proteins in bone and

cementum: Relationship to speed of formation and collagen packing density. J Struct

Biol 1999; 126:256-269.

54

OGISO, B.; HUGES, F. J.; MELCHER, A. C. et al., Fibroblast inhibit mineralized bone

enodule formation by rat bone marrow stromal cells in vitro. J. Cellular Phisiol. p.

146-442. 1991.

OLLIER. L L, Traité expérimental et clinique de la régénération des os et de la

production artificielle du tissu osseux. two volumes; Paris, Victor Masson, 1867.

RAINSFORD, KD. Ibuprofen: pharmacology, efficacy and safety.

Inflammopharmacology. 2009; 17(6):275-342.6:1048-1058.

SALOMÃO, M.; SIQUEIRA, JTT. Uso de barreira de polipropileno pós exodontia.

Relato de três casos clínicos. Rev Bras Implant 2009; 2:12-5.

SALOMÃO, M.; SIQUEIRA, JTT. Uso de barreira exposta ao meio bucal para

regeneração óssea guiada após a exodontia. Rev Assoc Paul Cir Dent 2010; 64(3):

184-8.

SALOMÃO, M.; SIQUEIRA, J.T.T. Recuperação do rebordo alveolar através de

barreira exposta ao meio bucal. Novo paradigma Revista Catarinense de

Implantodontia 2010, n.12.

SALOMÃO, M.; SIQUEIRA, JTT; Jr, CL. Mudança de paradigma na Regeneração

Óssea Guiada - Rev Assoc Paul Cir Dent - JP 2010; 38; 4-5.

SCHLEGEL, A. K. et al. Preclinical and clinical studies of a collagen membrane (Bio-

guide). Biomaterials, Oxford, vol. 18, p. 535-38, 1997.

SCHREDER, A. et al. Oral implantology. General basics and ITI- bollow-cylinder

system. New York: Thieme medical, 1991.

55

SROUJI, S.; KIZHNER, T.; BEN DAVID, D; RIMINUCCI, M; BIANCO, P; LIVNE, E.

The Schneiderian membrane contains osteoprogenitor cells: in vivo and in vitro

study. Calcify Tissue In 2009; 84:138-145.

TEITELBAUM, SL.; ROSS, FP. Genetic regulation of osteoclast development and

function. Nat Rev Genet 2003; 4:638-649.

TEIXEIRA, M.J. Revisão sobre a eficácia, Segurança e tolerabilidade do ibuprofeno

em Crianças e Adultos - 2010 - Abbott #1 - Panorama Atual - Segmento Farma -

Editores -São Paulo – SP.

TROMBELLI, L.; FARINA R.; MARZOLA, A.; BOZZIL.; LILIENBERG, B.; LIBDHE, J,

Modeling and remodeling of human extraction sockets. J Clin Periodontal 2008; 35:

630-639.

UVO, SAB.; BERETTA, EM Mixoma da maxila em crianca, descricao de um caso e

revisão da literatura. Rev. Hosp. Clin. Fac. Med. Univ. São Paulo 1996; 51 (3): 99.

VAN DER WEJJDEN, F.; DEL’ACQUA, F; SLOT, DE, Alveolar bone dimensional

changes of post-extraction sockets in humans: a systematic review, J Clin

Periodontol: 2009; 3