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32 EM DESTAQUE IRCULANDO REVISTA SEMESTRAL INFORMATIVO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA - XVII - 2º SEMESTRE 2015 PATROCINADOR CLATEBRAS ANO QUE VEM NO BRASIL CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL OS MELHORES TRABALHOS CIENTÍFICOS VAGAS PARA PERFUSIONISTAS ClateBras DIAS 11, 12 E 13 DE AGOSTO DE 2016 NO BRASIL 9º Congresso Latino-Americano de Tecnologia Extracorpórea

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Nº 32

EM DESTAQUE

IRCULANDOR E V I S TA S E M E S T R A L

INFORMATIVO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA - XVII - 2º SEMESTRE 2015

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 32

PATROCINADOR

CLATEBRASANO QUE VEM NO BRASIL

CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERAL

OS MELHORESTRABALHOS CIENTÍFICOS

VAGAS PARAPERFUSIONISTAS

ClateBrasDIAS 11, 12 E 13 DE AGOSTO DE 2016 NO BRASIL

9º Congresso Latino-Americano de Tecnologia Extracorpórea

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC02

DIRETORIA SBCEC

Convocamos todos os sócios da SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA – SBCEC para a

Assembleia Geral Ordinária que será realizada na cidade de Vitória-ES, no Hotel Golden Tulip, Av. Nossa Senhora dos

Navegantes, nº 635, no dia 13 de novembro de 2015, às 11 horas em primeira chamada e 11h30 em segunda chamada.

1. Leitura e aprovação da Ata da Assembleia Ordinária de 2014

2. Relatório Financeiro da Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea – SBCEC de 2015

3. Relatório das Atividades da Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea – SBCEC

4. Votação para aumento da anuidade

5. Informes sobre o andamento do Projeto de Lei 1587/07 para regulamentação da Profissão de Perfusionista

6. Votação para parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular - SBCCV

7. Punição para os sócios que descumprirem a determinação da CBO, e treinarem profissionais não graduados para

serem perfusionistas

8. Decisão sobre nova eleição devido à mudança de período do Congresso Brasileiro De Circulação Extracorpórea

ORDEM DO DIA:

www.sbcec.com.br

Biom. Perf. Mateus de Souza SantosConselho Fiscal

Biom. Perf. Willian Duarte Machado Membro do Conselho Fiscal

Enfº. Perf. Edvaldo do Nascimento Diretor de Relações Públicas

Enfª. Perf. Andréia Cristina PassaroniCoordenadora do Conselho Científico

Biol. Perf. Júlio César FranciscoConselho Científico

CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Biom. Perf. Daniela Pavão1º Secretária

Biom. Perf. Fábio Murilo da Costa2º Secretário

Biol. Perf. Márcio Roberto do Carmo 1º Tesoureiro

Biom. Perf. João Victor Aves de Oliveira2º Tesoureiro e Membro do Conselho Científico

Enfª. Perf. Alessandra de Araújo Costa OliveiraMembro do Conselho Fiscal

ABAIXO TODOS OS MEMBROS QUE COMPÕEM A DIRETORIA DA SBCEC

Sintya Tertuliano Chalegre Fisioterapeuta PerfusionistaPresidente

Biom. Perf. Élio Barreto de Carvalho FilhoVice-presidente e membro do Conselho Científico

Vale lembrar que poderão participar da

Assembleia apenas aqueles que estiverem com

as anuidades em dia com a SBCEC.

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 03

A Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea - SBCEC, entidade que congrega os Perfusionistas e demais profissionais que atuam na área da Circulação Extracorpórea (CEC), vem por meio desta esclarecer importantes aspectos relacionadas à formação, à prática e ao reconhecimento da Perfusão e reafirmar o sentimento de repúdio e indignação quanto aos Editais para concurso público praticados pela EBSERH em território nacional, nos quais se restringe a elegibilidade de qualquer outro profissional da área de saúde Perfusionista, exigindo que o mesmo seja Enfermeiro.

Primeiramente, entendemos que a Circulação Extracorpórea é de caráter multiprofissional, abrangendo diversos profissionais de nível superior da Saúde, destacando-se o Biomédico, o Enfermeiro e o Fisioterapeuta, além do Biólogo e Farmacêutico, todos munidos de conhecimento básico necessário para iniciar uma especialização e treinamento específicos a fim de se capacitar adequadamente.

A SBCEC apenas reconhece e concede o Título de Especialista em Perfusão àqueles que se submetem a todos os critérios normativos em seu Estatuto, aos candidatos que minimamente tenham graduação na área da Saúde ou Ciências Biológicas e sejam aprovados em exame específico realizado anualmente. O Projeto de Lei em tramitação no Congresso Nacional, PL 1587/2007 defende a regulamentação da atuação do Perfusionista em território nacional exercida por profissionais graduados na área da Saúde ou Biológicas com especialização em Circulação Extracorpórea.

Destaca-se a PORTARIA Nº 620, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2010 do Ministério da Saúde-Secretaria de Atenção à Saúde, que trata da inclusão da CBO de Técnico Perfusionista e o descreve como profissional de nível técnico/superior que atua durante a realização de cirurgia cardíaca na qual o paciente é submetido à CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA (CEC) e que durante o ato cirúrgico monitora o equipamento de CEC mantendo a atividade hemodinâmica normal do paciente. Considerando o Art. 2º da mesma Portaria que afirma: “Utilizar, provisoriamente, os códigos de CBO instituídos no art. 1º desta Portaria, até a inclusão dos mesmos pelo Ministério do Trabalho e Emprego.”

CARTA ABERTAFato consumado e divulgado em 13 de Fevereiro de 2013, quando passou a ser designado o termo Perfusionista 2235-70 e que não o atrela a qualquer outra condição ou profissão obrigatória.

No âmbito da Biomedicina, a Perfusão Extracorpórea é reconhecida como área de atuação dos profissionais biomédicos, tal como exposto no sítio eletrônico do Conselho Federal de Biomedicina , bem como por meio da Resolução nº 135, de 03 de abril de 2007. Esta resolução prevê apenas que a perfusão é uma atribuição do biomédico e seu exercício requer, em parte, submissão às normas estabelecidas pela RDC 306, de 07 de dezembro de 2004, da ANVISA. No âmbito do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) foi expedida a Resolução COFEN nº 292/2004, a qual normatiza a atuação do Enfermeiro na captação e transplante de órgãos e tecidos. Dentre os procedimentos de incumbência do enfermeiro, encontra-se listado o de considerar a mesa auxiliar para perfusão de órgãos como campo operatório.

Muito recentemente, em 06 de Outubro de 2015, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, emitiu Parecer Técnico que reconhece que os profissionais fisioterapeutas possuem em sua formação superior o conhecimento e a capacidade necessários para o exercício da atividade de perfusão, desde que comprovem o conhecimento específico na atividade de circulação extracorpórea por meio de instituição reconhecida nacionalmente, tal como ocorre com a Sociedade Brasileira de Circulação Extracorpórea (SBCEC).

No Brasil existem cursos de especialização em Circulação Extracorpórea há quase duas décadas: Unifesp, USP e UNICAMP, além de algumas instituições particulares de tempo indeterminado, todas com exigência mínima do nível superior na área da Saúde.

Certa da colaboração de todos que compreendem a importância e o real valor da Perfusão na divulgação destas informações.

____________________________________Ms. Sintya T. Chalegre

Presidente da SBCEC

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PERFUSÃO

TRAJETÓRIA DO PROJETO DE LEI 1587 DE 2007 (PL 1587/2007)

Ilustres colegas de profissão, achamos conveniente como

sociedade representativa dessa nobre categoria deixá-los

informados em um breve resumo sobre o andamento do

nosso sonhado projeto de lei 1587/2007, que dispõe

sobre a regulamentação do exercício da Perfusão

Cardiocirculatória e Respiratória no território

nacional.

No ano de 2006 essa tentativa de regulamentação foi

arquivada na Câmara Federal, através do projeto de lei

apresentado na época pelo Deputado Roberto Gouveia,

pois esse não tramitou e, assim não foi possível ser votado

nas comissões especificas como: 1º) Comissão de

Trabalho e de Administração e Serviço Público, 2º)

Seguridade Social e Família e 3º) Constituição e

Justiça e de Cidadania. Observado que, todo o projeto

de lei tem por obrigação passar pelas comissões da

Câmara dos Deputados e Senado para ser votado, assim

sendo aprovado ou arquivado.

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC04

DA NOSSA PROFISSÃOR E G U L A R I Z A Ç Ã O

www.sbcec.com.br

PATROCINADOR

PÓS GRADUAÇÃO EM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREAPara mais informações acesse nosso site

www.asgardeducacao.com.br

(62) 3095-6485 | (62) 9273-5036

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INSCREVA-SE JÁ! VAGAS LIMITADAS!

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 05

Em 2007, através do Deputado Chico D’Angelo (PT-RJ) e da diretoria da SBCEC, o projeto de lei

novamente foi apresentado na Câmara Federal para apreciação. Contudo, iniciamos nova corrida contra

o tempo, pois, caso não tramitasse nas comissões no prazo de 2 anos da data da apresentação, seria

novamente arquivado. Mas desta vez foi diferente do primeiro projeto e o PL foi aprovado por todas as

comissões da casa, sendo assim, o mesmo pôde ser arquivado por tempo. Porém, nossa “luta” não

terminou. Pronto para votação em plenário, o PL tem que ser incluído na pauta do dia da Câmara Federal.

Como fazemos isso?

Temos que cobrar nossos representantes, os deputados. Quem tem poder para inclusão na pauta são os

líderes dos partidos e bancadas. Estes por sua vez, cobram da mesa diretora, que organiza a ordem do dia

para discussão e apreciação.

Enfim, nota-se que o processo é longo e burocrático, mas você sócio e colega perfusionista pode

colaborar unindo-se nessa corrente em prol do nosso projeto, cobrando o (s) deputado (s) que representa

sua região. Você pode encontrar o contato do deputado líder da sua região através do site: http://www2.camara.leg.br/deputados/liderancas-e-bancadas.

Devido ao exposto, trabalhamos, concomitantemente, junto aos Conselhos Federais das categorias:

Biologia, Biomedicina, Enfermagem e Fisioterapia, para que a perfusão seja reconhecida como

especialidade, criando um Código Brasileiro de Ocupação (CBO) específico em cada categoria ou em uma

CBO generalista englobando, assim, todos os profissionais em um só código de ocupação. Tal ação

justifica-se, principalmente, tendo em vista alguns editais de concursos para vaga de perfusionista sendo

descritos de forma errônea como “Enfermeiro Perfusionista” e justificada com uma interpretação

equivocada da CBO 2235-70.

Você também pode fortalecer mais esta luta pressionando seu Conselho Regional para que consigamos

chegar com força no Conselho Federal e assim agir de forma efetiva.

J U N T O S S O M O S

MAIS FORTES

Venha conosco fortalecer nossa campanha

“Perfusão é Profissão”!

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www.sbcec.com.br

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC06

ACOMPANHE TODAS AS NOVIDADES DA SBCEC

À procura do aperfeiçoamento, a SBCEC decidiu tornar nosso Boletim em uma Revista, trazendo cada vez mais

informações ao nosso sócio.

Nesta edição trazemos a pauta da nossa Assembleia, bem como a convocação de todos os sócios, os trabalhos

premiados do Congresso Brasileiro de Circulação Extracorpórea 2014, e diversas informações e novidades sobre a

área de Perfusão.

Agradecemos a todos que fazem parte desta classe e principalmente desta Sociedade.

Editor chefe: Élio Barreto de Carvalho Filho | Revisão: Cláudia Razzante | Diagramação: Alvares Design - www.alvaresdesign.com.br | Impressão: IGC

NOSSA REVISTA

A partir do Congresso deste ano, os alunos de todas as

instituições que fazem o curso de Perfusão poderão fazer

parte da seleção para ministrar aulas no Congresso

Brasileiro de Circulação Extracorpórea. O aluno, além de

ganhar mais um certificado referente a apresentação, terá

sua inscrição gratuita.

Para concorrer basta entrar em contato com a secretaria

da Sociedade ([email protected]) ou acessar nosso

site (www.sbcec.com.br), onde encontrará as informações

para as inscrições. Os alunos poderão escolher duas aulas

disponíveis através de um formulário e precisarão enviar o

currículo lattes, pois este será um dos critérios analisados.

Para o Congresso Brasileiro de 2017, já se iniciou o

processo que será finalizado em 30 de janeiro de 2017.

Então corra e faça sua inscrição! Você não irá querer ficar

fora dessa!É a SBCEC incentivando, desde o início da formação, a

presença dos futuros perfusionistas. Pois juntos, somos

mais fortes!

RECONHECIMENTO DA PERFUSÃO PARA FISIOTERAPEUTASO Conselho Federal de Fisioterapia expediu seu parecer

técnico aprovando a Perfusão como uma de suas

especialidades. Agora, oficialmente, a Fisioterapia se

junta à Biomedicina e à Enfermagem, como profissões que

reconheceram a perfusão.

Esta é uma grande vitória para os Fisioterapeutas que

comemoram seu dia neste mês de outubro. Dia 13 de

outubro dia do Fisioterapeuta. Mais um motivo para

comemorar!! Parabéns!!

Vejam o parecer técnico do Conselho Federal de

Fisioterapia na página 08.

NOVIDADES PARA OS ALUNOS DA PERFUSÃO

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 07

A SBCEC recebe mensalmente denúncias sobre as práticas

ilícitas da Perfusão. Sabemos que em determinados

serviços ainda se permite que o perfusionista seja um

profissional sem curso superior, o que não é permitido pelo

Ministério do Trabalho que regulamentou a atividade do

Perfusionista pelo código 223570.

Porém, a SBCEC, como Sociedade representativa, não

possui poderes legais para punir empresas e profissionais

que descumprem esta regulamentação. O que fazemos

com muita indignação e frequência é repudiar todo e

qualquer tipo de atitude que desvalorize a profissão que

luta até hoje para ser, verdadeiramente, valorizada por

todas as instâncias.

DENÚNCIAS RECEBIDASContudo, ainda não estamos satisfeitos.

Por isso, decidimos colocar em pauta para a próxima

Assembleia a votação que determina punição para sócios

e perfusionistas que treinam profissionais não graduados

para exercerem a profissão. Bem como empresas, que

também incentivam esta prática, serão fortemente

denunciadas e retiradas dos eventos da Perfusão.

Esta foi uma das maneiras de começarmos a firmar nossa

posição de forma não só ética, mas também moral, com

ações firmes que nos promovam uma Perfusão cada vez

mais forte.

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PARECER TÉCNICOFoi submetido à minha apreciação a elaboração de parecer técnico acerca da técnica de perfusão, haja

vista ofício oriundo do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 6ª Região (CREFITO-6),

em que seu presidente, Dr. Ricardo Lotif Araújo, solicita o posicionamento do COFFITO sobre o tema.

Neste ofício, expõe o Presidente do CREFITO-6 que há demanda local por parte dos profissionais de Fisioterapia que

trabalham como perfusionistas (circulação extracorpórea – CEC) para que seja expedido documento que assegure e

reconheça como legítima a atuação destes, tal como já ocorre nas profissões de enfermeiros, biólogos e biomédicos.

Foram apresentados diversos documentos que versam sobre o tema. Dentre eles, cartas da Sociedade Brasileira de

Circulação Extracorpórea (SBCEC) para o CREFITO-6, onde se expõe que cerca de 10% de seus associados são fisioterapeutas

que praticam a técnica de perfusão ou de circulação extracorpórea (CEC), incluindo a atual presidente da Sociedade, Dra.

Sintya Tertuliano Chalegre.

É possível extrair destes ofícios também o fato de que esta prática já é reconhecida pelos Conselhos Profissionais de

Biomedicina e de Enfermagem, o que tem trazido alguns transtornos aos fisioterapeuras, uma vez que são indagados sobre a

legitimidade para que exerçam tal atividade.

No âmbito do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) foi expedida a Resolução COFEN nº 292/2004, a qual normatiza a

atuação do Enfermeiro na captação e transplante de órgãos e tecidos. Dentre os procedimentos de incumbência do

enfermeiro, encontra-se listado o de considerar a mesa auxiliar para perfusão de órgãos como campo operatório.

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC08

C O F F I T OCONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL

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Em 2011, o Conselho Regional de Enfermagem do Espírito

Santo expediu parecer técnico no qual entendeu que “a

perfusão de órgãos é atribuição do enfermeiro, tendo em

vista que envolve procedimentos que exigem

conhecimento de maior complexidade técnica, que vão

desde a escolha da solução adequada para perfusão dos

órgãos, até o controle da quantidade da solução

infundida”. Desta forma, entende ser atividade exclusiva de

profissional enfermeiro.

Nesta mesma linha está o reconhecimento da atividade de

perfusionista pelo Ministério do Trabalho através da

Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) nº 2235-70.

Segundo esta classificação, a atividade é exercida por

profissionais enfermeiros e afins, sendo exigido curso

superior de enfermagem e registro no respectivo Conselho

Regional de Enfermagem (COREN).

Por sua vez, em 2015, o Conselho Regional de Enfermagem

de Santa Catarina expediu parecer em que expõe que a

perfusão deve ser realizada por profissionais de formação

específica de nível universitário na área da saúde, haja vista

ser um procedimento que demanda conhecimento e

habilidade técnico-científica, para a sua execução, onde a

integração entre os profissionais é fundamental para o

sucesso do procedimento.

No âmbito da Biomedicina, verifica-se que a Perfusão

Extracorpórea é reconhecida como área de atuação dos

profissionais biomédicos, tal como exposto no sítio

eletrônico do Conselho Federal de Biomedicina , bem como

por meio da Resolução nº 135, de 03 de abril de 2007. Esta

resolução prevê apenas que a perfusão é uma atribuição do

biomédico e seu exercício requer, em parte, submissão às

normas estabelecidas pela RDC 306, de 07 de dezembro de

2004, da ANVISA.

Desta forma, tem-se que não há pacificado entendimento

entre os conselhos profissionais, de enfermagem e de

biomedicina, sobre a formação necessária do profissional

para a prática da perfusão.

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 09

Imagens: Cidenir - RJ

1 - http://www.coren-es.org.br/wp-content/uploads/2014/02/03-2011.pdf

2 - http://www.corensc.gov.br/wp-content/uploads/2015/07/Parecer-019-2015-circula%C3%A7%C3%A3o-extracorp%C3%B3rea-enfermeiro-perfusionismo-cuidados-de-enfermagem.pdf

3 - http://www.cfbiomedicina.org.br/atuacao.php

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC10

Por outro lado, verifica-se que há projeto de lei em trâmite

junto à Câmara dos Deputados que visa regulamentar o

exercício da Perfusão Cardiocirculatória e Respiratória (PL

nº 1587/2007). O projeto foi analisado pelas Comissões de

Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP);

Seguridade Social e Família (CSSF) e Constituição e Justiça e

de Cidadania (CCJC) e, atualmente, aguarda apreciação

pelo Plenário.

Segundo o texto do atual projeto em análise, a prática da

perfusão cardiocirculatória e respiratória poderá ser

exercida por profissionais de nível superior das carreiras

da área da saúde e biologia, com curso de formação

especialmente designado para este fim. Desta forma,

verifica-se que não há limitação para o exercício da

perfusão dentre as diversas graduações em saúde.

Neste sentido, é possível concluir que, no atual cenário,

não há ainda legislação que regulamente a profissão de

perfusionista, não podendo assim ser exclusividade de

apenas um ou outra profissão. O documento que mais se

aproxima da legislação, o PL 1587/07, com interesse geral

e não de apenas de determinado grupo de profissionais,

deixa em aberto a prática da atividade de perfusão para

“profissionais de nível superior das carreiras da área da

saúde e biologia”.

Além disso, inclusive os profissionais de Enfermagem,

reconhecem a importância e a expertise da Sociedade

Brasileira de Circulação Extracorpórea (SBCEC) a qual, por

sua vez, reconhece e tem em seu quadro de profissionais

diversos fisioterapeutas que exercem a atividade de

perfusionistas.

A Classificação Brasileira de Ocupações, portaria do

Ministério do Trabalho e Emprego, reconhece como área

de atividade do fisioterapeuta a avaliação tecnológica

fisioterapêutica para operar equipamentos, materiais e

dispositivos; além de avaliar as funções respiratórias e

card íacas dos pac ientes, o que demonstra o

reconhecimento do próprio Estado Federativo o fato do

profissional fisioterapeuta ter destreza e conhecimento

necessário para atuar em áreas afins do perfusionista. O

Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional

reconhece a competência dos profissionais fisioterapeutas

atuarem nas áreas Respiratória e Cardiovascular, inclusive

como Especialidade em Fisioterapia Respiratória,

conforme Resolução nº 318/2006 e Especialidade em

Fisioterapia Cardiovascular, conforme Resolução nº

454/2015, o que demonstra clara afinidade ao tema

perfusão.

Importa ressaltar que as Diretrizes Curriculares Nacionais

do Curso de Graduação em Fisioterapia, Resolução

CNE/CES nº 4, de 19 de Fevereiro de 2002, prevê, além de

outras competências e capacidades, que “a formação do

Fisioterapeuta deverá atender ao sistema de saúde vigente

no país”, bem como que um dos conteúdos essenciais do

curso “abrange conhecimentos que favorecem o

acompanhamento dos avanços biotecnológicos utilizados

nas ações fisioterapêuticas que permitam incorporar as

inovações tecnológicas”.

Por fim, destaco que a graduação do profissional

fisioterapeuta é uma formação de Nível Superior e possui

em seu Projeto Pedagógico matérias como anatomia e

fisiologia do sistema cardiovascular e respiratório assim

como patologias relacionadas a estes; demonstrando

aquisição de conhecimento na graduação que certamente

evidenciam mais uma vez a aptidão do profissional

fisioterapeuta para atuar como perfusionista. Assim, de

acordo com tudo o que fora exposto, manifesto meu

posicionamento no sentido de que os profissionais

fisioterapeutas possuem em sua formação superior a

conhecimento e a capacidade necessária para o exercício

da atividade de perfusão, desde que comprovem o

conhecimento específico na atividade de circulação

extracorpórea por meio de instituição reconhecida

nacionalmente, tal como ocorre com a Sociedade Brasileira

de Circulação Extracorpórea (SBCEC).

Dr. Cássio Fernando Oliveira da SilvaDIRETOR-SECRETÁRIO – COFFITO

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 11

Quizz da PerfusãoA Revista Circulando agora traz o "QUIZZ DA PERFUSÃO". São questões cedidas pelo Conselho Científico da SBCEC para ajudar os

perfusionistas que pretendem fazer a prova de Título além de desafiar os que já o possuem! Vamos lá, teste seus conhecimentos!!!

1- A heparina administrada a um paciente que será submetido à uma cirurgia cardíaca com CEC, interfere

na cascata de coagulação. É correto afirmar que:

a) A heparina impede a transformação de protrombina em trombina.

b) A heparina impede a transformação de trombina em protrombina.

c) A heparina impede a transformação de fibrina em fibrinogênio.

d) A heparina impede a transformação fibrinogênio em fibrina.

e) A heparina é extraída do salmão.

2- Os hemoconcentradores ou ultrafiltros para uso na CEC são habitualmente construídos com fibras

microporosas de:

a) Polietileno.

b) Policarbonato.

c) Polivinil.

d) Polisulfona.

e) Poliacrilonitrila.

3- Dentre as alternativas abaixo, as complicações mais frequentes observadas no período pós-operatório

de cirurgia cardíaca são as seguintes, exceto:

a) Acidente vascular cerebral isquêmico.

b) Hipertermia.

c) Crise epilética.

d) Meningite.

e) Esternomielite.

4- É caracterizada por hipotensão arterial sistêmica, alto índice cardíaco, baixa pressão capilar pulmonar,

insuficiente resposta a catecolaminas, sendo que os pacientes acometidos por esse fenômeno apresentam-se

vasodilatados, taquicárdicos e hipotensos. Essas informações referem-se:

a) Insuficiência renal aguda.

b) Alergia à sulfa.

c) Síndrome vasoplégiica.

d) Disfunção de prótese valvar aórtica.

e) Infarto agudo do miocárdio.

Respostas: 1) a 2) d 3) d 4) c

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC12

5- São considerados fatores de risco para as complicações neurológicas no pós-operatório de cirurgia

cardíaca, exceto:

a) Idade avançada (�70 anos).

b) Duração da CEC.

c) Sexo.

d) Hipotensão arterial durante a cec.

e) Nehuma das alternativas acima.

6- O circuito de CEC é composto por tubos que conectam com o sistema circulatório do paciente.

Qual é o material mais usado na fabricação desses tubos?

a) Poliacrilonitrila.

b) Látex.

c) Poliamida.

d) Polivinilcloridro.

e) Borracha.

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 13

7- De onde é extraído a heparina para uso clínico?

a) De ovas de salmão.

b) Dos pulmões de bovinos e mucosa intestinal de suínos.

c) De pericárdio bovino ou suíno.

d) De fígado de coelho.

e) Do esperma do salmão.

8- O enrijecimento das artérias através do espessamento da sub-intima associado à aterosclerose constitui

um fenômeno que pode .................................. a onde de pulso arterial e ................................... a pressão arterial

sistólica, enquanto a pressão diastólica ................................., exceto quando há hipertensão arterial.

Assinale a alternativa correta completando o parágrafo acima.

a) Reduzir, elevar, torna-se reduzida.

b) Elevar, elevar, permanece inalterada.

c) Elevar, reduzir, permanece inalterada.

d) Reduzir, elevar, torna-se elevada.

e) Reduzir, elevar, permanece inalterada.

9- O movimento de líquidos através das paredes dos capilares é determinado por forças hidrostáticas e

osmóticas que atuam nos dois lados da membrana capilar. Qual destas forças depende fundamentalmente

das proteínas?

a) Pressão coloidosmótica do plasma.

b) Pressão hidrostática.

c) Pressão coloidosmótica do líquido intersticial.

d) Pressão oncótica do liquido intersticial.

e) Pressão oncótica total do plasma.

10- Qual o principal aspecto a ser observado na decisão de instalar um sistema de ECMO?

Assinale a alternativa correta.

a) Tamanho do reservatório venoso a ser utilizado.

b) Potencial de reversão da patologia causadora da insuficiência respiratória.

c) Baixo custo do procedimento.

d) Não necessita de profissional (perfusionista) treinado.

e) Não há complicação como a CEC convencional.

Respostas: 5) b 6) d 7) b 8) e 9) a 10) b

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NO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREACONGRESSO BRASILEIRO

USO DE ANESTÉSICO INALATÓRIO EM CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA COM ADAPTAÇÃO EM CIRCUITO DE GÁS

1 2 3Fábio Murilo da COSTA ; Élio Barreto de CARVALHO Filho ; Maurício José Silva JUNIOR ; Luciano Abdallah

4FERREIRA

1. Biomédico Perfusionista no Hospital Ibiapaba/CEBAM – Barbacena/MG

2. Biomédico Perfusionista e Microbiologista Departamento de Patologia Clínica, Faculdade de Ciências

Médicas, Hospital de Clínicas – Universidade Estadual de Campinas – Unicamp

3. Médico Anestesiologista e Responsável Técnico Bloco Cirúrgico do Hospital Ibiapaba/CEBAMS –

Barbacena/MG

4. Médico Cirurgião Cardiovascular e Coordenador do Serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital

Ibiapaba/CEBAMS – Barbacena/MG

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC14

TRABALHOS PREMIADOS

2014

Os anestésicos inalatórios são frequentemente utilizados pelos médicos anestesistas na

rotina cirúrgica, visando a proteção de órgãos, o que reduz a lesão celular decorrente da

lesão de isquemia-reperfusão. Na cirurgia cardíaca este procedimento é usualmente

realizado com auxílio de um vaporizador externo. Relatamos um caso em que realizamos

um circuito alternativo envolvendo o circuito de gás anestésico e o circuito de gás da

circulação extracorpórea.

RESUMO

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INTRODUÇÃO:

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www.sbcec.com.br

Os anestésicos inalatórios são frequentemente utilizados 1pelos médicos anestesistas na rotina cirúrgica , visando a

proteção de órgãos, o que reduz a lesão celular decorrente 2

da lesão de isquemia-reperfusão . Situações de isquemia-

reperfusão associadas ao pinçamento aórtico e circulação

extracorpórea resultam em resposta inflamatória local e 3

sistêmica . Vários agentes farmacológicos desencadeiam

efeitos de pré-condicionamento e pós-condicionamento,

representando um mecanismo protetor endógeno

inerente a todos os tecidos com alto consumo de energia,

sendo uma forma mais segura que a isquemia, para 4induzir um efeito cardioprotetor no ser humano .

‘De Hert et al’ demonstrou que o uso desses anestésicos

inalatórios exercia alguma proteção na disfunção

isquêmica miocárdica, capaz de pré-condicionar

diretamente, ou indiretamente aumentar o pré-

condicionamento isquêmico resultando em proteção 5contra a lesão de isquemia-reperfusão . Esses anestésicos

inalatórios inibem a expressão das moléculas

responsáveis pela ativação dos leucócitos e melhoram a 6reatividade vascular .

O efeito cardioprotetor apresentado por estes anestésicos

tem sido demonstrado de forma direta, pois eles pré-

condicionam diretamente ou aumentam indiretamente o

pré-condicionamento isquêmico, assim como promovem

pós-condiconamento; estes efeitos resultam em proteção

contra a lesão miocárdica sistêmica reversível e 7,8,9

irreversível.

A introdução de agentes voláteis como o halotano,

isoflurano, desflurano ou sevoflurano, antes da isquemia

miocárdica, resulta em diminuição da área de infarto, 5

evidenciando o pré-condicionamento anestésico . Esses

mesmos agentes, quando administrados durante a

reperfusão após o período de isquemia, também 5,10

promovem proteção .

Desse modo, estes anestésicos tornaram-se frequentes na

prática da cirurgia cardíaca, sendo aplicados durante todo

o processo cirúrgico, inclusive durante a CEC,

demonstrando em recentes pesquisas, propriedades 11

cardioprotetoras .

’Neto et al’ questionaram a segurança da utilização desses

anestésicos inalatórios durante a CEC, uma vez que as

membranas disponíveis no mercado internacional já são 12

preparadas para receber o uso de agentes voláteis .

Enquanto no mercado brasileiro existem membranas

constituídas por silicone, usadas em circuitos para

assistência circulatória mecânica pós-cirúrgica, como

ECMO (extracorporeal membrane oxygenation), que

apesar de terem durabilidade maior com relação ao tempo

de uso, não são compatíveis com uso de anestésicos 11inalatórios , mostrando a necessidade do uso de

vaporizadores calibrados e adaptados juntos ao circuito

de CEC. Porém, a necessidade de colocar mais um

aparelho de alto custo em um procedimento dispendioso

como uma cirurgia cardíaca, torna esta prática inviável na 13

maioria dos serviços de cirurgia brasileira .

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RELATO DE CASO

Paciente de 56 anos, sexo masculino, com insuficiência

coronariana, submetido à cirurgia de revascularização

miocárdica com uso de circulação extracorpórea, em que

se optou pela interposição do vaporizador anestésico

durante a CEC, na ocasião, o uso de anestésico volátil

Sevoflurano, sem uso de um vaporizador externo ou

móvel, ligado apenas à saída de gás fresco por fluxo

contínuo do aparelho de anestesia (Drager®Primus).

Foi utilizada uma conexão em “Y” de ¼ na linha de gás do

oxigenador (Nipro, Vital®), na qual um tubo de látex foi

unido ao tubo de gás padrão do kit da CEC e um conector

reto com saída lateral de ¼ para conexão do capnógrafo

do gás anestésico. (Figura 1).

Antes de entrar em CEC, pinçou-se a via da anestesia

(Figura 2A), mantendo a via da CEC liberada (Figura 2B).

Ao entrar em CEC, após manter fluxo teórico e

estabilizados pressão e gases provindos do blender para a

parada pulmonar, liberamos a via da anestesia (Figura

2A), mantendo ambas as vias abertas até a interposição

do fluxo continuo de gás anestésico pelo Anestesista.

Após esse momento, o Anestesista programou o mesmo

Fluxo de Gás (L/min) e a FiO2 (%) que estava no blender do

aparelho de CEC, no vaporizador da Estação de Anestesia.

Em seguida, pinçou-se a via da CEC (Figura 2B) e se deixou

apenas liberada a via da anestesia (Figura 2A).

Durante a CEC, a infusão de Sevoflurano manteve-se em

1,5%, só aumentando ou diminuindo em picos de

hipertensão ou hipotensão, ou quando o BIS (Índice

Biespectral) mostrava-se elevado.

Quando solicitada a ventilação por parte do cirurgião para

o procedimento de saída de CEC, liberamos a via da CEC

(Figura 2B) e pinçamos a via da anestesia (Figura 2A),

deixando todo controle de gases sob a responsabilidade

do Perfusionista até a saída de CEC.

O tempo de CEC foi de 117 minutos com pinçamento

aórtico de 73 minutos.

TUBO / SENSOR ANESTÉSICOTUBO 1/4 - LINHA DE GÁSCONECTOR EM ‘Y’ DE 1/4CONECTOR 1/4 C/ SAÍDA LATERAL

LEGENDA

FIGURA 1 FIGURA 2

Esquema de conexão do circuito de CEC com aparelho de anestesia.

Ilustração de pinçamento das vias de saída de ar.

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DISCUSSÃOPara a realização da anestesia com anestésicos voláteis, não utilizamos vaporizadores externos ou móveis acoplados ao circuito

de CEC (Figura 3A), uma vez que, a utilização de adaptações na linha de gás do oxigenador em união a linha de gás fresco de

fluxo contínuo do aparelho de anestesia habitual (Figura 3B), mostrou-se suficiente e com o mesmo efeito esperado ao uso de

vaporizadores externos, como no trabalho de ‘Neto et al’. Esse tipo de adaptação utilizado no estudo, foi estimulada devido à

falta de condições financeiras e de viabilidade por parte dos serviços que realizam cirurgias cardíacas financiadas pelo Sistema

Único de Saúde Brasileiro. A utilização do vaporizador externo é proposta apenas para o controle da concentração do

anestésico. Porém, isto pode ser feito conforme a Figura 2. De forma simples, podemos utilizar anestésicos inalatórios durante

todo o procedimento, inclusive CEC, de revascularização miocárdica sem a utilização do vaporizador externo.

Estudos demonstraram que, o uso durante todo o procedimento de cirurgia cardíaca, inclusive CEC, possui um efeito protetor

clinicamente relevante tanto nos marcadores de função miocárdica pós-operatória como nos marcadores bioquímicos de lesão 14celular, quando comparados a técnicas de anestesia intravenosa total . ‘El Azab SR et al’, mostrou que a melhor evolução pós-

operatória de cirurgia cardíaca em pacientes que recebem anestesia com agentes voláteis fica evidenciada pelo menor tempo de 15

internação na unidade de terapia intensiva e alta hospitalar mais precoce e morbimortalidade pós-operatória , quando 16

comparados aos que recebem anestesia intravenosa total .

O procedimento realizado demonstra sucesso, no qual o paciente não fez uso de drogas vasoativas durante o pós-operatório imediato e tardio, com extubação após 4 horas do termino da cirurgia e alta médica

hospitalar em 4 dias.

Com soluções simples e de custo zero, visto que, as conexões de tubos e uso de anestésicos voláteis estão presentes em

praticamente todos os centros realizadores de cirurgia cardíaca, pode-se utilizar em todo tempo operatório, inclusive CEC, os

anestésicos voláteis e usufruir de seus benefícios de curto, médio e longo prazo, haja vista, o alto valor dos vaporizadores

externos ou móveis (aproximadamente R$ 7.000,00) e a disposição de anestésicos voláteis apenas para o uso desses em CEC.

A B

FIGURA 3

Uso de adaptação na linha de gás.

TUBO / SENSOR ANESTÉSICOTUBO 1/4 - LINHA DE GÁS

LEGENDACONECTOR EM ‘Y’ DE 1/4CONECTOR 1/4 C/ SAÍDA LATERAL

Uso com vaporizador externo.

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REFERÊNCIAS

Considerando a atual situação econômica dos serviços de cirurgias cardíacas que atendem pelo sistema público no Brasil e a

eficiência do modelo proposto para utilizar anestésicos voláteis sem uso de vaporizadores externos, concluímos ser possível e

confiável a utilização do modelo proposto quando o anestesista e o perfusionista tiverem segurança na sua aplicação.

CONCLUSÃO

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COLOIDES VERSUS CRISTALOIDES COMO SOLUÇÕES PARA PRIMING NO CIRCUITO DE CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Durante a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea (CEC), o priming da máquina de perfusão é feito rotineiramente com

solução cristaloide, diminuindo a tão importante pressão coloidosmótica e favorecendo a passagem de líquido para o

interstício. Coloides tornaram-se uma alternativa promissora para a substituição de volume intravascular. Existem diferenças

importantes entre coloides e cristaloides, e essas diferenças têm relevância direta para os pacientes de cirurgia cardíaca.

Considerando cada uma das soluções colóides e cristalóides disponíveis, e os diferentes pontos, em termos de valor, eficácia e

segurança, encontramos resultados e opiniões diferentes. O objetivo desta Revisão Integrativa é discutir a seleção das soluções

na hemodiluição do priming do circuito de circulação extracorpórea em pacientes adultos, submetidos à cirurgia cardíaca.

Foram sintetizadas evidências disponíveis, extraídas a partir de trabalhos publicados, as quais demonstraram que entre os

estudos realizados, em suma, não houve diferenças significativas entre os grupos que utilizam coloides no perfusato de CEC e

aqueles que usam apenas cristaloides.

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 19

Juliana de Cássia Nunes SOARES - [email protected] Enfermeira, Especialista em Circulação extracorpórea pelo Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de

Campinas (UNICAMP)

RESUMO

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC20

A hemodiluição representa um dos maiores avanços

dentre as técnicas auxiliares da circulação extracorpórea.

A função dos diversos órgãos e sistemas é melhor

preservada e o número e a gravidade das complicações

diminuíram substancialmente. A razão essencial para a

introdução da hemodiluição na cirurgia cardíaca foi a

necessidade de atenuar os efeitos adversos da perfusão

com sangue, especialmente a síndrome do sangue

homólogo. Com isso foi demonstrado que a técnica reduz

a incidência da acidose metabólica pela melhor perfusão

tissular e menor desenvolvimento de vasoconstricção;

mantém os eletrólitos mais estáveis, promove diurese (1)abundante e reduz a incidência de disfunção renal .

O uso da administração de sangue e seus derivados foi

diminuído pelo risco de transmissão de doenças

infecciosas e de sensibilização para os diferentes

componentes do mesmo. Durante a cirurgia cardíaca com

circulação extracorpórea (CEC), o priming da máquina de

perfusão é feito rotineiramente com solução cristaloide,

diminuindo a tão importante pressão coloidosmótica e

favorecendo a passagem de líquido para o interstício.

Colóides tornaram-se uma alternativa promissora para a (2)

substituição de volume intravascular .

Em cirurgia cardíaca, dependendo do tipo de oxigenador,

os circuitos de circulação extracorpórea (CEC) são

preenchidos com volumes de aproximadamente 30 ml.kg-

1 ou 40% do volume sanguíneo (cerca de 2000 ml no

paciente adulto de 70 kg), que constituem o que se chama

“perfusato”. Diversas soluções têm sido utilizadas com (3)

esta finalidade .

As soluções para uso no perfusato devem ter concentração

eletrolítica semelhante à do plasma, ou seja, devem ser

isotônicas. A solução de Ringer, simples ou lactado, é a

mais usada, além de manter a composição eletrolítica do

plasma inalterada, ela assegura a manutenção da pressão

osmótica do perfusato.

E embora o perfusato possa ser inteiramente cristaloide, a

adição de soluções colóides contribui para manter a

pressão de perfusão em níveis mais elevados, pois

mantém a pressão oncótica, fundamental para evitar o

edema intersticial. Os colóides disponíveis em nosso meio (1)são as gelatinas, os dextrans e os amidos .

As soluções coloidais utilizadas na prática clínica para a

terapia de fluído são divididas para os semissintéticos

coloidais (gelatinas, e dextranos amidos hidroxietil) e as

que ocorrem naturalmente derivadas de plasma humano

(soluções de albumina humana, fração protéica do

plasma, plasma fresco congelado e as soluções de (4)imunoglobulina) .

Cristaloides atravessam livremente a membrana capilar e

um pequeno volume permanece no intravascular. Os

coloides permanecem mais tempo na corrente sanguínea,

mas seu efeito de expansão volêmica é transitório. O

benefício do coloide como expansor é devido ao efeito de

sua força osmótica combinado com sua depuração da

c i rcu lação, que depende da porcentagem de

extravazamento, de sua degradação e das perdas renais e (5)gastrintestinais .

A distribuição dos cristaloides é principalmente

extracelular. As soluções cristaloides balanceadas tem

componentes tampão, tais como acetato e lactato; ou têm

composição iônica semelhante, que permite o uso de

grandes volumes sem interrupção metabólica. Idealmente

25% do volume infundido com cristaloide permanecerá no

espaço intravascular, enquanto o resto vai passar para o (6)espaço extravascular . Por todas estas razões, cristaloide

sozinho, teoricamente não parece ser a melhor escolha

para a substituição volêmica.

Alguns estudos apontam para a manutenção mais

adequada da pressão coloidosmótica com o uso de

coloides, bem como a diminuição da perda de fluídos para

INTRODUÇÃO: SEGUNDO TRABALHO

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MÉTODOSTrata-se de uma Revisão Integrativa.(7).

Para nortear a revisão integrativa, formulou-se a seguinte questão: quais as soluções mais eficazes na hemodiluição do priming

do circuito de CEC em pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca: soluções coloides ou cristaloides? A busca das

produções científicas foi realizada no Medical Literature Analysis and Retrieval System On-line (MedLine), no SCIELO, no

PubMed e na Revista Brasileira de Cirurgia Cardíaca (RBCC).

Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram os seguintes: artigos publicados nos idiomas português,

espanhol e inglês, com resumos disponíveis nessas bases de dados e ensaios clínicos randomizados e controlados (ECRC) que

abordassem o uso de soluções coloides e cristaloides em cirurgia cardíaca.

Foram utilizadas, para a busca dos artigos, as seguintes palavras-chave e as suas combinações nas línguas portuguesa, inglesa e

espanhola: “cirurgia cardíaca”, “hemodiluição”, “circulação extracorpórea” e “cristaloides” e “colóides”. A busca foi realizada

por meio do acesso on-line e, utilizando os critérios de inclusão, a amostra final desta revisão integrativa foi composta por 13

artigos. Foram incluídos todos os artigos encontrados que preenchessem os critérios de inclusão no período entre 1981 e 2012.

(3)o espaço extravascular durante a Circulação Extracorpórea (CEC) .

Durante a cirurgia cardíaca, em que os determinantes do débito cardíaco podem ser alterados, a estratégia de reposição

volêmica e a seleção do fluído são essenciais para a manutenção de estabilidade hemodinâmica. As soluções administradas têm

de ser consideradas por aquilo que são: fármacos com suas indicações, contraindicações e efeitos colaterais (6).Considerando cada uma das soluções coloides e cristaloides disponíveis, e os diferentes pontos, em termos de valor, eficácia e

segurança, encontramos resultados e opiniões diferentes.

O objetivo desta Revisão é discutir a seleção das soluções na hemodiluição do priming do circuito de circulação extracorpórea

em pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca.

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DISCUSSÃO

A hemodiluição representa um dos maiores avanços

dentre as técnicas auxiliares da circulação extracorpórea.

A função dos diversos órgãos e sistemas é melhor

preservada e o número e a gravidade das complicações

diminuíram substancialmente. A razão essencial para a

introdução da hemodiluição na cirurgia cardíaca foi a

necessidade de atenuar os efeitos adversos da perfusão

com sangue, especialmente a síndrome do sangue

homólogo. Com isso, foi demonstrado que a técnica reduz

a incidência da acidose metabólica pela melhor perfusão

tissular e menor desenvolvimento de vasoconstrição;

mantém os eletrólitos mais estáveis, promove diurese (1)abundante e reduz a incidência de disfunção renal .

O uso da administração de sangue e seus derivados foi

diminuído pelo risco de transmissão de doenças

infecciosas e de sensibilização para os diferentes

componentes do mesmo. Durante a cirurgia cardíaca com

circulação extracorpórea (CEC), o priming da máquina de

perfusão é feito rotineiramente com solução cristalóide,

diminuindo a tão importante pressão coloidosmótica e

favorecendo a passagem de líquido para o interstício.

Coloides tornaram-se uma alternativa promissora para a (2)substituição de volume intravascular .

Em cirurgia cardíaca, dependendo do tipo de oxigenador,

os circuitos de circulação extracorpórea (CEC) são

preenchidos com volumes de aproximadamente 30 ml.kg-

1 ou 40% do volume sanguíneo (cerca de 2000 ml no

paciente adulto de 70 kg), que constituem o que se chama

“perfusato”. Diversas soluções têm sido utilizadas com (3)esta finalidade .

As soluções para uso no perfusato devem ter concentração

eletrolítica semelhante à do plasma, ou seja, devem ser

isotônicas. A solução de Ringer, simples ou lactado, é a

mais usada, além de manter a composição eletrolítica do

plasma inalterada, ela assegura a manutenção da pressão

osmótica do perfusato.

Existem diferenças inerentes entre os coloides e

cristaloides que contribuem para seus efeitos. Coloides

tem um peso molecular maior, e assim, podem expandir o

compartimento intravascular mais efetivamente.

Especificamente, os colóides demonstraram melhorar o

transporte de oxigênio e a contratilidade miocárdica.

Argumentos em favor do uso de cristaloides incluem as

observações que ampliam o compartimento extracelular

de forma mais eficaz, com menos aumento da água

extravascular dos pulmões como resultado de equilíbrio

rápido. Cristaloides também podem minimizar o risco de

reações anafiláticas e custam menos do que coloides. No

entanto, cristaloides reduzem a pressão oncótica e podem

predispor a edema pulmonar e edema tecidual e podem (4)também interferir com a troca de oxigênio nos tecidos .

A composição do fluído administrado determina sua

distribuição. A principal diferença entre coloides e

cristaloides, é a capacidade do coloide gerar pressão

oloidosmótica (POC), o qual tem hipotéticas vantagens, já

que evita a passagem livre de água e de íons através da

membrana capilar. No entanto, cada tipo de coloide, como

qualquer fármaco, está associado a comportamentos e (6)

riscos específicos .

Quando surge uma estratégia terapêutica de reposição

volêmica baseada nos coloides, a albumina, coloide

naturalmente presente no plasma, é responsável por 75%

- 80% da POC, e pode ser considerado o "padrão-ouro". A

sua eficácia é alta, a administração de 1000 ml de

albumina 5%, produz uma expansão do volume vascular

compreendida entre 500 e 1000 ml. Mas a sua eficácia na

manutenção da POC e, portanto, os seus efeitos

hemodinâmicos, dependerá da permanência ou não desta

no espaço intravascular, da integridade do endotélio, a

qual, substancialmente, varia dependendo da situação do (6)paciente .

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Em um estudo realizado no Hospital das Clínicas da

Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Vinte

pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos,

em relação à solução utilizada no perfusato da CEC: no

grupo controle (n = 10) utilizou-se diluição total com

solução de Ringer com lactato, também utilizada na

hidratação intra-operatória. No grupo albumina (n = 10)

foram adicionados 20 g de albumina humana ao perfusato

da CEC ou como parte da hidratação no período pós-CEC.

Os dois grupos foram comparados em relação às

características pré-operatórias, tempo de CEC e de cirurgia.

O mesmo demonstrou que a adição de albumina humana

no perfusato da CEC ou como parte da hidratação intra-

operatória da cirurgia não resultou em benefícios para a

função pulmonar. Como a albumina apresenta custo (3)

elevado, o seu uso rotineiro não estaria justificado .

As gelatinas são macromoléculas proteicas elaboradas de

colágeno bovino Na atualidade, é comercializada de duas

maneiras: gelatina succinilada (Gelafundina®), alterada

quimicamente para aumentar a sua carga negativa e assim

ter uma maior capacidade de retenção intravascular. Por

isso tem no conteúdo pouco potássio (K +) e cálcio (Ca ++)

e está comercializada a 4%; e gelatina ligada à ureia

(Hemocé®), que está comercializada a 3,5% e tem um teor

elevado de potássio e de cálcio. Devido ao pequeno peso

molecular, as gelatinas são removidas rapidamente por

filtração glomerular. Consequentemente, a energia do

expansor é mantida apenas 2 a 3 horas, com a capacidade

expansora entre 70-80% do volume infundido, perdendo (6)cerca de 60% do volume dentro de 24 horas .

Os dextranos são biossintetizados a partir da sacarose por

bactérias Leuconostoc, utilizando a enzima dextrano (5)sucrase . Devido aos seus efeitos negativos sobre a

coagulação do sangue com aumento da tendência de

hemorragia, e devido a um alto risco de reações alérgicas

em comparação com outras substituições de volume

colóides, dextranos foram substituídos na prática clínica

por outras soluções de coloides artificiais. Na Alemanha,

dextranos não desempenham qualquer papel na (8)fluidoterapia para cirurgia cardíaca .

Amidos de hidroxietilo (HES) são sintetizados a partir de

amilopectina, um polímero de D-glicose derivada de (8)ramificação de milho ou sorgo . Os amidos são os

coloides mais usados na Europa. Atualmente contamos

no mercado com a terceira geração de HEAs a 6%

(Voluven® e Volulyte®) que têm demonstrado uma

capacidade de expansão de 100%, uma duração de 4 a 6

horas e o que é mais importante, um excelente perfil de

segurança quanto à coagulação e função renal, até

mesmo em doentes críticos. Ambos colóides, dextrano e

HEA demonstraram gerar uma deterioração da

coagulação, de modo que sua utilização na cirurgia (6)cardíaca não é indicada .

No estudo de Ohqvist, duas soluções diferentes para o

priming da máquina coração-pulmão foram comparados

em 14 pacientes durante a substituição da válvula aórtica.

Pressão coloidosmótica (COP), albumina no plasma,

porcentagem em volume de eritrócitos no sangue(B-EVF)

e a tensão de oxigênio arterial (PaO2) (FiO2 = 1,0) foram

seguidos antes, durante e após a perfusão. As duas

soluções foram 2.000 ml de Ringerdex (7 pacientes) e

1.800 ml Ringerdex + 200 ml de 20% de albumina (7

doentes). Depois de 10 min, a COP foi ligeiramente inferior

no grupo não-co lo ide . Ambos COP e B-EVF

permaneceram inalterados durante a perfusão. Após a

perfusão, a restituição do COP e B-EVF foi rápida e

paralela. Ambos voltaram aos níveis normais depois de 2

horas. Havia uma boa correlação entre a COP da albumina

medida nas amostras de plasma. Uma hora após o bypass,

a PaO2 (FiO2 = 1,0) tendeu a diminuir no grupo não-

coloide, em comparação com o nível pré-perfusão. 40g de

albumina foi uma quantidade muito pequena de coloide

para diminuir substancialmente a redução da COP durante (9)a perfusão .

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A pesquisa de Tamayo testou a hipótese de que o priming do

circuito extracorpóreo com soluções coloides resultava em

menos inflamação em pacientes submetidos à cirurgia

cardíaca do que o priming com soluções cristaloides. Em 22

pacientes utilizou-se a solução Ringer com Lactato e em 22

pacientes, solução contendo gelatina somado ao Ringer

com Lactato. Os níveis plasmáticos de interleucina (IL) -6, IL-

8, factor de necrose tumoral (TNF-alfa), a proteína C-reativa

(CRP) foram medidos durante a intervenção cirúrgica e

durante as seguintes 48 horas pós-operatórias. Em ambos

os grupos, os níveis séricos de citoquinas pró-inflamatórias

(IL-6, IL-8, TNF-alfa ), CRP e leucócitos aumentou

significativamente ao longo da linha de base, embora não

foram observadas diferenças significativas entre os dois

grupos. O tempo de operação, perda de sangue, a

necessidade de suporte inotrópico, tempo de extubação, e

duração da estadia na Unidade de Terapia Intensiva não

diferiram significativamente entre os dois grupos. Concluiu-

se, a partir deste, que Priming com gelatina vs RL não

produz diferenças significativas na resposta inflamatória em

pacientes submetidos a revascularização do miocárdio com (11)circulação extracorpórea .

Outra pesquisa também investigou as respostas

inflamatórias dos coloides em comparação com priming

cristaloide em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca de

revascularização miocárdica com CEC. Trinta pacientes

foram randomizados em solução de Ringer (RS), 10% de

amido de hidroxietil (HES) ou 25% albumina humana,

grupo (HA).

As concentrações séricas de fator de necrose tumoral (NF-α

α), interleucina-1β (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) e

interleucina-10 (IL-10) foram medidas antes da CEC, no

final do CPB e 1, 6 e 12 h após a CEC. No presente estudo,

também não houve diferença no tempo de extubação

traqueal, unidade de terapia intensiva e de internação

hospitalar entre os três grupos. Os nossos dados indicam

que os grupos de HA e HES apresentam níveis mais baixos

de citocinas pró-inflamatórias, mas os níveis não foram

estatisticamente significativos. Os pacientes do grupo de

priming com RS tinha níveis mais elevados de TNF-α, IL-1β

e IL-6 no início da reperfusão e para 1 e 6 horas após a

reperfusão, do que em pacientes nos grupos com HA e HES. (12)Não houve diferença significativa entre os grupos .

No estudo realizado por Buhre, foram investigados 26 pacientes submetidos à substituição eletiva da válvula mitral, a fim de

determinar a influência do efeito de diferentes soluções de priming de circulação extracorpórea: Priming Cristaloide com Ringer

com Lactato foi comparado com solução de albumina humana. Nesse estudo foi observado que não houve interação entre o tipo

de solução do priming e o curso sobre a água extravascular pulmonar no tempo pós-operatório, e não foram observadas (10)

diferenças nas variáveis respiratórias ou duração da ventilação mecânica entre os grupos .

A resposta inflamatória sistêmica frequentemente ocorre após a cirurgia de revascularização do miocárdio e está fortemente (11)

correlacionada com o risco de morbidade e mortalidade pós-operatória .

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A manutenção de pressões oncóticas aceitáveis durante a CEC deve contribuir para equilíbrio dos fluídos ideais e melhores

resultados clínicos. Por outro lado, alguns colóides conhecidos já têm os efeitos negativos por si só sobre a coagulação do (12)sangue e função plaquetária. Na CEC os efeitos relacionados ao sistema hemostático podem agravar .

Na meta-análise de Himpe, foram testadas principalmente, as seguintes hipóteses: (I) usar coloides para o priming da CEC é

mais benéfico do que cristaloides e, (II), a escolha no priming pode modificar perda de sangue pós-operatória. Entre as variáveis

analisadas, perda de sangue é sem dúvida um dos mais comuns e com resultados clinicamente relevantes após cirurgia. Perda

de sangue após a cirurgia cardíaca pode ser o resultado de uma hemostase cirúrgica incompleta, ou de uma disfunção

plaquetária transiente adquirida. A albumina foi considerada por muito tempo o fluido de escolha para reduzir estes efeitos

indesejados sobre as plaquetas. Nesta meta-análise, no entanto, significativamente, uma elevada contagem de plaquetas foi

encontrada com cristaloides em comparação com todos os coloides combinados. Isto pode em parte ser explicado por uma

hemodiluição mais pronunciada com o uso de coloides, mas também pelos amidos, desfavoráveis para as plaquetas mais do que

outros coloides. A contagem de plaquetas não diferiu da albumina ao usar gelatinas. Apesar destas diferenças observadas na

contagem de plaquetas, a hipótese de que o gerenciamento de fluido do priming pode modificar a perda de sangue no pós-(13)operatório em si não foi verificada pela meta-análise citada .

Existem diferenças importantes entre coloides e

cristalóides, e essas diferenças têm relevância direta para

os pacientes de cirurgia cardíaca. O debate entre essas

duas soluções tem se intensificado ao longo de décadas, e

mesmo com a publicação de alguns estudos, ainda não há

consenso.

Existe uma disputa de longa data entre entusiastas

cristalóides e colóides em relação ao mérito das duas

classes de fluidos. Em suma, são argumentos em torno do

aumento do edema associado à terapia com cristalóide e os

efeitos adversos conhecidos (hemostasia prejudicada,

anafilaxia, etc.) associado ao uso de colóides. Algumas

pesquisas foram realizadas para comparar colóide e

cristalóide em uma variedade de situações clínicas, embora

nenhuma delas tenha focado na mortalidade como um

ponto final.

Considerando cada uma das soluções colóides e

cristalóides disponíveis, e os diferentes pontos, em termos

de valor, eficácia e segurança, encontramos resultados e

opiniões diferentes.

Foi possível concluir que dentre os estudos selecionados,

não houve diferenças significativas entre os grupos que

utilizam coloides no perfusato de CEC e aqueles que usam

apenas cristaloides. Como as soluções coloides tem seu

custo mais elevado em relação aos cristaloides, o seu uso

rotineiro não foi justificado, sendo, portanto, uma escolha

da equipe e suas convicções.

CONCLUSÃO

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC26

REFERÊNCIAS

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extracorpórea. 2.ed. Rio de Janeiro: Centro editorial Alfa

Rio, 2006.

2. Romero Borja, Jorge; Luna Ortíz, Pastor; Lanza

Valladares, Enrique A; González Chon, Octavio; Fernández

Rivera, Bernardo; Palomar Lever, Andrés. Uso de

pentalmidón 10 por ciento em cirurgía cardíaca como

solución de cebado del circuito de circulación

extracorpórea. Ver. Mex. Anestesiol; 21(3): 159-66, jul.-

sept. 1998.

3. Luz, Hugo Leonardo de Moura; MOREIRA, Mara Regina

Guerreiro; AULER JUNIOR, José Otávio Costa and

CARMONA, Maria José Carvalho. Influência do emprego de

albumina humana sobre a função pulmonar de pacientes

submetidos à cirurgia cardíaca com circulação

extracorpórea. Rev. Bras. Anestesiol. 2004, vol. 54, n.4, pp.

532-541.

4. Tong J. Gan, M.D., M.H.S., F.R.C.A. Colloid or Crystalloid:

Any Differences in Outcomes? PubMed. 2011.

5. SOARES, Raquel Reis; FERBER, Leonardo; LORENTZ,

Michelle Nacur and SOLDATI, Marjorie Taboada. Reposição

volêmica intraoperatória: cristaloides versus coloides em

revascularização cirúrgica do miocárdio sem circulação

extracorpórea. Rev. Bras. Anestesiol. 2009, vol.59, n.4, pp.

439-451.

6. Franch, Fernando; Teigell, Enrique. Reposición Volémica

em Cirurgia Cardiaca. Fresenius Kabi, Barcelona. B-2111.

2008.

7. Souza, Marcela Tavares de; Silva, Michelly Dias da;

Carvalho, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como

fazer. Einstein (Säo Paulo);8(1), jan.-mar. 2010.

8. J. Schumacher, K.-F. Klotz. Fluid therapy in cardiac surgery

patients. Applied Cardiopulmonary Pathophysiology 13:

138-142, 2009.

9. Ohqvist G; Settergren G; Bergström K; Lundberg S.

Scand J Thorac Cardiovasc Surg. Plasma colloid osmotic

pressure during open-heart surgery using non-colloid or

colloid priming solution in the extracorporeal circuit.

Medline. 15(3): 251-5, 1981.

10. Buhre W, Hoeft A, Schorn B, Weyland A, Scholz M,

Sonntag H. Acute affect of mitral calve replacement on

extravascular lung water in patients receiving colloid or

crystalloid priming of cardiopulmonary bypass. Br J

Anaesth. 1997 Sep;79(3):311-6.

11. Tamayo, E; Alonso, O; Soria, S; Lajo, C; Rodríguez, R;

Bustamante R, Rosa; Álvarez, F. J; Flórez, S. Efecto del

purgado de la bomba de circulación extracorpórea con

coloides o cristaloides sobre la concentración de las

proteínas de fase aguda despué de la cirugía cardíaca.

Rev. esp. investig. quir; 11(1): 26-32, ene.-mar. 2008.

12. Huey-Ling Liou; Chun-Che Shih; Yann-Fen C. Chao;

Nien-Tsung Lin; Shau-Ting Lai; Shu-Hua Wang; Hsing I

Chen. Inflammatory Response to Colloids Compared to

Crystalloid Priming in Cardiac Surgery Patients with

Cardiopulmonary Bypass. Chinese Journal of Physiology

55(3): 210-218, 2012.

13. Himpe D. Colloids versus crystalloids as priming

solutions for cardiopulmonary bypass : a meta-analysis of

prospective, randomized clinical trials. Acta Anaesth.

Belg., 2003, 54, 207-215.

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VAGAS PARA PERFUSIONISTAS

fazer perfusão, além de outras atividades na equipe ou no

hospital.

A SBCEC é totalmente contra esta prática e comunica a

todos os serviços e concursos, da contrariedade desta

ação. Mesmo assim ainda persiste a falta de bom senso, e

a cegueira da justiça perante a classe. Desta maneira,

mesmo com limitações financeiras, a SBCEC possui agora

uma assessoria jurídica que irá auxiliar na luta pela

regulação da perfusão bem como orientar os sócios

adimplentes da Sociedade perante problemas como este

descrito.

Além disso iremos intensificar os processos políticos para

a regularização da profissão como especialidade,

procurando a maneira mais simples e rápida para que

nossa classe seja homogênea, com direitos iguais a todos

os profissionais que a ela pertencem, afinal, somos todos

perfusionistas, independente da graduação.

Um dos problemas graves que estamos enfrentando

atualmente é a restrição de vagas vinculados à uma

profissão, como a enfermagem.

Sabemos que historicamente a primeira profissão a exercer

esta função foi a médica e depois disso tivemos uma

disseminação perante todas as profissões. A primeira

profissão a reconhecer a Perfusão como especialidade foi a

biomedicina e em seguida a enfermagem. Isto são dados

cronológicos, o que não tem significado nenhum perante a

atuação do profissional perfusionista. A CBO aprovada é

clara e mostra que todos os profissionais da saúde podem

exercer a especialidade, desde que sejam habilitados com

um curso de especialização e/ou com o Título da SBCEC.

Porém os concursos públicos atuais assim como alguns

serviços, inclusive que a SBCEC recebe pelo site, restringem

esta vaga para enfermeiros perfusionistas, por um simples

motivo: querem utilizar este profissional contratado para

Os Perfusionistas brasileiros encontram-se em situação delicada por todos os problemas

já citados anteriormente, devido a não regulamentação completa da nossa classe.

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PRIMEIRO DIAQuinta-feira 12 de novembro de 2015

Auditório Prof. Dr. Dagoberto S. ConceiçãoXXXIII Congresso Brasileiro de Circulação Extracorpórea

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC28

08:00 – Boas vindas e Entrega de material08:30 – Conferência - ApresentaçãoCoordenação: Fisiota. Perf. Profa. Sintya Tertuliano Chalegre – PEConsultor: Enfa. Perf. Profa. Dra. Andréia Cristina Passaroni – SPSecretário: Biomo. Perf. Prof. Élio Barreto de Carvalho Filho – PI

08:30 – Evolução da Circulação ExtracorpóreaDr. Otoni Moreira Gomes - MG

09:00 – Atualização e Revisão dos Princípios da CECCoordenação: Enfa. Perf. Profa. Dra. Andréia Cristina Passaroni – SPConsultor: Biomo. Perf. João Victor Alves Oliveira – PISecretário: Enfa. Perf. Natália Peres Gonçalves – SPRelatores: (10 minutos)

09:00 – Revisão da anatomia cardiovascularEnfa. Perf. Aline Andrea Teodoro dos Santos – SP

09:10 – Revisão da fisiologia cardiovascularEnfa. Perf. Aline Andrea Teodoro dos Santos – SP

09:20 – Revisão de anatomia e fisiologia pulmonarSandra Regina Ormenesi - SP

09:30 – Revisão de anatomia e fisiologia renalBruno Tadeu Gomes - SP

09:40 – Revisão de fisiologia sanguíneaAluna de Perfusão: Silvia Helena Pimenta

09:50 – Revisão da fisiologia da coagulaçãoAluna de Perfusão: Ana Paula Costa Lyra

10:00 – Materiais e biocompatibilidadeKadige Jamil El Kadri -SP

10:10 – Características das bombas propulsoras

disponíveis Kadige Jamil El Kadri -SP

10:20 – Hemoconcentração na CEC: modalidades e

sistemasKadige Jamil El Kadri -SP

10:30 – Anticoagulação e reversãoFisiota. Perf. Rozeli Brandão Mendes – ES

10:40 – HipotermiaEnfa. Perf. Flávia Cristina Gomes Alves – SP

10:50 – HemodiluiçãoEnfa. Perf. Natália Peres Gonçalves – SP

11:00 – Alterações do equilíbrio ácido-baseBiomº. Perf. Remington Brasil Júnior – MG

11:10 – Proteção miocárdicaDr. Perf. Guilherme Viotto Rodrigues da Silva – SP

11:20 – Como identificar e solucionar problemas na CECBiomo. Perf. Willian Duarte Machado – RS

11:30 – Perguntas e discussão12:00 – Intervalo/almoço

PROGRAMAÇÃO DO CONGRESSOPROGRAMA PRELIMINAR

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 29

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2015

14:00 – MESA REDONDA INTERATIVA I: Dissecção de aortaCoordenação: Biolo. Perf. Júlio César Francisco – SPSecretário: Enfa. Perf. Natália Peres Gonçalves – SP

14:00 – Perfusão cerebralBiolo. Perf. Cidenir Braga dos Santos – RJ

14:20 – Técnicas de canulação e riscosProf. Dr. Perf. Alessandro Altoé – ES

14:40 – pH stat ou α stat? Quando e por que?Biomo. Perf. Osvaldo Nogueira Sanches

15:00 – Apresentação do CasoBiomo. Perf. Fábio Murilo da Costa – SP

15:20 – Debate Interativo

15:40 – APRESENTAÇÃO DE TEMAS LIVRESCoordenação: Enfa. Perf. Profa. Dra. Andréia Cristina Passaroni – SPConsultor: Biomo. Perf. Prof. Élio Barreto de Carvalho Filho – PISecretário: Enfa. Perf. Aline Andrea Teodoro dos Santos – SPRelatores: (15 minutos: no máximo 8 trabalhos)

15:40 – Apresentação 1Eliana Campos Bastos – Tema livre (relato de caso):

Cirurgia Comunicação Interatrial em Gestante

15:55 – Apresentação 2.Eclair Santos Borba – Título (relato de caso): Relato de

caso de ECMO.

16:10 – Apresentação 3Guilherme Viotto Rodrigues da Silva – Título (caso

clínico): Insuficiência renal aguda no pós-operatório de

cirurgia de revascularização do miocárdio com

circulação extracorpórea. Análise dos fatores de risco,

incidência e mortalidade.

16:25 – Apresentação 4Lívia Maria Teixeira de Siqueira – Título (revisão de

literatura): Técnicas para circulação extracorpórea

minimamente invasiva.

16:40 – Apresentação 5Wiillian Duarte Machado – Título (revisão de literatura):

Controle de qualidade na circulação extracorpórea: as

dez fases da perfusão segura e eficiente.

16:55 – Discussão

17:00 - Apresentações em Poster 18:00 – Sessão solene de abertura

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SEGUNDO DIASexta-feira 13 de novembro de 2015

Auditório Prof. Dr. Dagoberto S. ConceiçãoXXXIII Congresso Brasileiro de Circulação Extracorpórea

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Coordenação: Biomo. Perf. Prof. Élio Barreto de Carvalho Filho – PIConsultor: Enfa. Perf. Profa. Dra. Andréia Cristina Passaroni – SPSecretário: Enfa. Perf. Alessandra de Araujo – PIRelatores: (20 minutos)

08:00 – Conferências

08:00 – Drenagem venosa a vácuo: uso de rotina?Fisiota. Perf. Profa. Sintya Chalegre – PE

08:20 – Métodos para redução das transfusões

sanguíneas durante a CECDr. Perf. Guilherme Viotto Rodrigues da Silva – SP

08:40 – Comparação de cardioplegias: cristaloide e

sanguíneaFisiota. Perf. Estella Martins – SP

09:00 – Pré-operatório: qual sua importância e quais os

cuidados necessários no paciente pediátrico?Dra Lúcia Salerno - PI

09:20 – Formalização da prestação de serviços e CECEnfa. Perf. Ana Paula Noronha da Silva – SP

09:50 – Papel do Perfusionista na preparação da cirurgia

cardiovascularEnfa. Perf. Élida Carvalho – SP

10:20 – Perguntas e Discussão

10:40 – Sorteio de brindes da SBCEC 11:00 – ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA SBCECPresidente: Fisiota. Perf. Profa. Sintya Tertuliano Chalegre – PEVice-Presidente: Biomo. Perf. Prof. Élio Barreto de Carvalho Filho – PI1º Secretário: Biomo. Perf. Fábio Murilo da Costa – SP1º Tesoureiro: Biolo. Perf. Márcio Roberto do Carmo – SP

12:00 – Intervalo/almoço

14:00 – SITUAÇÕES ESPECIAIS EM CEC Coordenação: Biolo. Perf. Márcio Roberto do Carmo – SPConsultor: Enfa. Perf Natália Peres Gonçalves – SP Secretário: Fisiota. Perf. Estella Martins – SPRelatores: (20 minutos)

14:00 – Hemólise: É possível evitar?Enfa. Perf. Ana Paula Noronha da Silva – SP

14:20 – Distúrbio de Coagulação pós-CEC: Quando e por

que ocorre?Biomo. Perf. João Victor Alves Oliveira – PI

14:40 – Proteção miocárdica: qual sua relevância e o

que há de novo?Dr. Pedro Rafael Salerno – PI

15:00 – Discussão

15:20 – SIMPÓSIO PROFISSIONALCoordenação: Biomo. Perf. Fábio Murilo da Costa – SPConsultor: Biomo. Perf. Prof. Élio Barreto de Carvalho Filho – PISecretário: Biolo. Perf. Eclair Santos Borba – SPRelatores: (30 minutos)

15:20 – Perfusionista: o especialistaFisiota. Perf. Profa. Sintya Tertuliano Chalegre – PE

15:50 – O que estamos fazendo de errado hoje na CEC? Biomo. Perf. Osvaldo Nogueira Sanches

16:10 – Na busca dos direitos do PerfusionistaDr. Rafael da Silva Nascimento - BH

17:00 – Discussão

17:30 – Saída oficial para Confraternização dos

Perfusionistas: Homenagem Especial (Dr. Otoni Moreira

Gomes e Maria Helena Leal de Souza)

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC30

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Sábado 14 de novembro de 2015Auditório Prof. Dr. Dagoberto S. ConceiçãoXXXIII Congresso Brasileiro de Circulação Extracorpórea

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 31

2015

08:00 – AVANÇOS TECNOLÓGICOS EM CIRURGIA

CARDÍACA E CECCoordenação: Biolo. Perf. Márcio Roberto do Carmo – SPConsultor: Biomo. Perf. Fábio Murilo da Costa – SPSecretario: Enfa. Perf. Natália Peres Gonçalves – SPRelatores: (30 minutos)

08:00 – Tudo o que você queria saber sobre ECMO, mas

tinha medo de perguntarBiomº. Perf. Matheus de Souza Santos – DF

08:30 – Mini-CEC: atualidadesBiolo. Perf. Eclair Santos Borba- RS

09:00 – Auto-transfusão: quando é possível?Prof. Dr. Otoni Moreira Gomes – MG

09:30 – Discussão

9:45 – MESA REDONDA INTERATIVA II: CEC PediátricaCoordenação: Fisiota. Perf. Profa. Sintya Tertuliano

Chalegre - PESecretário: Biomo. Perf. Fábio Murilo da Costa – SP

9:45 – Diferenças de Priming do neonato à criança de

maior pesoEnfª. Perf. Ana Paula Noronha da Silva – SP

10:05 – Peculiaridades da condução e monitorização da

CEC infantilEnfª. Perf. Ana Paula Noronha da Silva – SP

10:25 – Apresentação de relato de casoEnfª. Perf. Ana Paula Noronha da Silva – SP

10:35 – Discussão

11:00 – ENTREGA DOS PRÊMIOS DO CONGRESSO

SBCEC Presidente da SBCEC: Fisiota. Perf. Profa. Sintya Tertuliano Chalegre – PEVice-presidente da SBCEC: Biomo. Perf. Prof. Élio Barreto Carvalho Filho – PICoordenadora do Conselho Científico da SBCEC: Enfa. Perf. Profa. Dra. Andréia Cristina Passaroni – SP

“PRÊMIO ANTONIO GILBERTO MARTINS” - Melhor Estudo Clínico

“PRÊMIO OTONI MOREIRA GOMES” - Melhor Relato de Caso

“PRÊMIO DOMINGO MARCOLINO BRAILE”- Melhor Trabalho Experimental

“PRÊMIO MARIA HELENA LEAL DE SOUZA”- Melhor Revisão Sistemática

12:10 – Intervalo/almoço

14:00 – Prova do Título de Especialista em Perfusão -

sala à parteCoordenação: Enfa. Perf. Profa. Dra. Andréia Cristina Passaroni - SP Secretária: Marilza Conceição Rondini

TERCEIRO DIA

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| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC06

Editor chefe: Élio Barreto de Carvalho Filho | Revisão: Cláudia RazzanteDiagramação: Alvares Design | Impressão: IGC

Rua Jardel Frederico de Bôscolli, 110 - Vila Teixeira - Campinas - SP CEP 13034-440 - (19) 3242-5748 - [email protected]

| REVISTA CIRCULANDO : SBCEC 32

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PRÓXIMOS EVENTOSACOMPANHE AQUI O QUE AINDA ESTÁ PARA ACONTECER

12-14 NOV | 2015Hotel Golden Tulip - Vitória ES

Mais informações:

Congresso Brasileiro de Circulação Extracorpórea

www.forumcientifico.com

07-09 ABRIL | 2016Centro de Eventos Fortaleza CEMais informações:

43º Congresso da Sociedade de Cirurgia Cardiovascular

www.sbccv.org.br/43congresso

ClateBras11-13 AGO | 2016Evento em Campinas - SP

Mais informações:

9º Congresso Latino-Americano de Tecnologia Extracorpórea

www.clatebras.com.br

DIAS 11, 12 E 13 DE AGOSTO DE 2016 NO BRASIL

9º Congresso Latino-Americano de Tecnologia Extracorpórea

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