sobre as virtudes e poderes do tabaco

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SOBRE AS VIRTUDES E PODERES DO TABACO, ENFEITIÇANDO O FUMO DE DOCES FOLHAS. Traduzido por Azrazayin Ben Zev Retirado do: “Viridarium Umbris” de Daniel A. Schulke A espécie Nicotiana compreende mais de setenta espécies de plantas anuais e perenes, tendo goma, folhas grandes e pungentes, veneno da mesma forma, e tendo perfeitamente todas as características ocultas das solanáceas. Possui curiosas propriedades estimulantes, tranquilizantes, narcóticas, e em altas doses, visões. No entanto, as visões que concede muitas vezes servem ao profeta como o opositor. Seu Genio é o próprio vapor do Inferno, sempre presente na vida, sendo a fonte de poder da bruxa. Usado de diversas maneiras como para comandar os espíritos, o tempo, e os mortos, bem como na guerra e no amor, ele carrega o poder dos luminares da Morte e Vida, destilado em folha e flor. Sua qualidade essencial é ser como uma ponte de poder, assim é exigido respeito para com ele. O tempo que passou entre os irmãos, as entranhas do homem e o espírito, deixaram dois cachimbos preenchidos com as bênçãos das folhas de poder. Entre feiticeiros ameríndios, o tabaco é usado de forma cerimonial combinado com outras ervas para se fumar. Estas combinações incluem casca de bétula, botões de Protium, echinacea, raiz de açafrão, casca de salgueiro, e outras espécies como coca, a trombeta do anjo, babosa, uva ursi, folhas de mamão e peyote desfiado. No que diz respeito aos seus poderes de potencialização, algumas combinações a erva podem aumentar a magia existente, ou sua eficácia em um ato de feitiçaria, por isso, é muito estimado. Tradicionalmente, é utilizado fumado, bebido como decocção, mastigado, utilizado como rapé ou clister. Na arte inominável sua virtude é aplicada em muitas obras, por exemplo, como tintura, pó, decocção, infusão, sal, incenso e unguento. Como fumaça que consagra o altar de trabalho, a primeira baforada é dada como oferenda aos poderosos mortos, aos pontos da cruz e sua comitiva angelical, assim seu poder é aumentado pela apreciação dos espíritos. Em todos os ritos onde os mortos são elogiados, ou quando se pede abertura de caminhos a espíritos intercessores, a fumaça será abençoada. Suas folhas recém-preparadas, consagram com energia todas as ferramentas de quem oferece, incluindo turíbulo, pinças, leques. Entretanto seu poder é tal que pode despertar o Daimon residente de qualquer Relíquia Mágica. Para trabalhos oraculares, o tabaco é excelente quando queimado com outras ervas aliadas para este fim, como a angelica ou meimendro. Como a oferta aos espíritos, apenas as melhores folhas devem ser ofertadas, sem poupar quantidade. Como o tabaco é um Deus ciumento, o cachimbo de oferecimento deve ser reservado para essa planta e nenhuma outra. Seu fornilho e haste devem ser fumigados primeiro pela fumaça de outro cachimbo de poder. A haste deve ser adornada com esculturas totêmicas, pois são agradáveis ao Gênio, bem como peles, garras, ossos são amarrados por cordas, todos estes são os sacramentos da morte. O fornilho, por tradição tem o formato de um crânio, para inalar os vapores da incineração e assim realiza a chamada da morte. Assim, em cada inalação existe a consciência de que se está convocando a morte, uma oferta perfumada ao sangue de Azrael, Rei Alado da Morte. O uso recreativo deve ser poupado, mas reservado para a cerimônia, pois caso contrário, haverá a degradação do seu poder pelo uso mundano, provocando a ira da planta, e sua afinidade com a sombra de Thanatos é assim aumentada. Em verdade, o seu mau uso é uma ofensa para as folhas, aos Ancestrais mortos, ao daimon, e aos vivos sábios. Súplica ao Daimon do Tabaco Hua-Zohodi Ha!

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  • SOBRE AS VIRTUDES E PODERES DO TABACO,

    ENFEITIANDO O FUMO DE DOCES FOLHAS.

    Traduzido por Azrazayin Ben Zev

    Retirado do: Viridarium Umbris de Daniel A. Schulke

    A espcie Nicotiana compreende mais de setenta espcies de plantas anuais e perenes, tendo

    goma, folhas grandes e pungentes, veneno da mesma forma, e tendo perfeitamente todas as

    caractersticas ocultas das solanceas.

    Possui curiosas propriedades estimulantes, tranquilizantes, narcticas, e em altas doses,

    vises. No entanto, as vises que concede muitas vezes servem ao profeta como o opositor.

    Seu Genio o prprio vapor do Inferno, sempre presente na vida, sendo a fonte de poder da

    bruxa.

    Usado de diversas maneiras como para comandar os espritos, o tempo, e os mortos, bem

    como na guerra e no amor, ele carrega o poder dos luminares da Morte e Vida, destilado em

    folha e flor. Sua qualidade essencial ser como uma ponte de poder, assim exigido respeito

    para com ele. O tempo que passou entre os irmos, as entranhas do homem e o esprito,

    deixaram dois cachimbos preenchidos com as bnos das folhas de poder.

    Entre feiticeiros amerndios, o tabaco usado de forma cerimonial combinado com outras

    ervas para se fumar. Estas combinaes incluem casca de btula, botes de Protium,

    echinacea, raiz de aafro, casca de salgueiro, e outras espcies como coca, a trombeta do

    anjo, babosa, uva ursi, folhas de mamo e peyote desfiado. No que diz respeito aos seus

    poderes de potencializao, algumas combinaes a erva podem aumentar a magia existente,

    ou sua eficcia em um ato de feitiaria, por isso, muito estimado. Tradicionalmente,

    utilizado fumado, bebido como decoco, mastigado, utilizado como rap ou clister.

    Na arte inominvel sua virtude aplicada em muitas obras, por exemplo, como tintura, p,

    decoco, infuso, sal, incenso e unguento. Como fumaa que consagra o altar de trabalho, a

    primeira baforada dada como oferenda aos poderosos mortos, aos pontos da cruz e sua

    comitiva angelical, assim seu poder aumentado pela apreciao dos espritos. Em todos os

    ritos onde os mortos so elogiados, ou quando se pede abertura de caminhos a espritos

    intercessores, a fumaa ser abenoada.

    Suas folhas recm-preparadas, consagram com energia todas as ferramentas de quem oferece,

    incluindo turbulo, pinas, leques. Entretanto seu poder tal que pode despertar o Daimon

    residente de qualquer Relquia Mgica. Para trabalhos oraculares, o tabaco excelente quando

    queimado com outras ervas aliadas para este fim, como a angelica ou meimendro. Como a

    oferta aos espritos, apenas as melhores folhas devem ser ofertadas, sem poupar quantidade.

    Como o tabaco um Deus ciumento, o cachimbo de oferecimento deve ser reservado para

    essa planta e nenhuma outra. Seu fornilho e haste devem ser fumigados primeiro pela fumaa

    de outro cachimbo de poder. A haste deve ser adornada com esculturas totmicas, pois so

    agradveis ao Gnio, bem como peles, garras, ossos so amarrados por cordas, todos estes so

    os sacramentos da morte. O fornilho, por tradio tem o formato de um crnio, para inalar os

    vapores da incinerao e assim realiza a chamada da morte. Assim, em cada inalao existe a

    conscincia de que se est convocando a morte, uma oferta perfumada ao sangue de Azrael, Rei Alado da Morte.

    O uso recreativo deve ser poupado, mas reservado para a cerimnia, pois caso contrrio,

    haver a degradao do seu poder pelo uso mundano, provocando a ira da planta, e sua

    afinidade com a sombra de Thanatos assim aumentada. Em verdade, o seu mau uso uma

    ofensa para as folhas, aos Ancestrais mortos, ao daimon, e aos vivos sbios.

    Splica ao Daimon do Tabaco

    Hua-Zohodi Ha!

  • Santo Manitu levante e ande!

    Manacler da carne do homem,

    Vapor do orculo dos chifres de Patem!

    Manifestado na fumaa do poo.

    Ser poderoso, poderosas folhas,

    Ser de poder, folhas de poder.

    Eu fumo e respiro o Esprito como uma nuvem sobre a boa terra

    Quatro vezes para os pontos da bssola

    Um para o seu corao

    E oito para o trabalho abenoado de arte

    Dez para a rvore que so suas formas

    De flor,crnio e folha

    Dez para a rvore

    E os sinos pelos mortos da meia-noite.