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SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO Escola da Saúde www.unp.br Medicina

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SÍNTESE DO PROJETO

PEDAGÓGICO

Escola da Saúde

www.unp.br

Medicina

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ESCOLA DA SAÚDECURSO DE MEDICINA

SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO

Maria da Conceição de Mesquita Cornetta eIon Mascarenhas de Andrade (orgs)

Regina Lúcia Freire de Oliveira (colaboração)

Natal/RN2011

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Caros professores e alunos,

O presente documento contém o registro dos principais elementos que compõem o Projeto Pedagógico do Curso de Medicina (PPC), cuja execução, iniciada no segundo semestre de 2006, vem sendo regida em conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/1996 (LDB/96); Diretrizes Curriculares Nacionais (Resolução CNE/CES n. 04/2001); disposi-ções estatutárias e regimentais da própria Universidade Potiguar; Projeto Pedagógico Institucio-nal (PPI) e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2007/2016).

Política e pedagogicamente, o Curso enfatiza a construção de competências e habilidades rela-tivas à constituição da cidadania, ao exercício profissional ético e competente, essenciais às ações de intervenção do médico generalista nas múltiplas e complexas questões que atravessam a área da saúde no Brasil, particularmente no Nordeste e Rio Grande do Norte (RN).

Destaca-se que Medicina é um dos 13 (treze) cursos de graduação da Escola da Saúde/UnP, e, nessa condição, alia-se aos outros 12 (doze) cursos no sentido de imprimir uma forma concreta às políticas e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), e aos princípios curriculares adotados institucionalmente, entre os quais o da interdisciplinaridade.

Conforme os registros aqui feitos, o Curso vem se caracterizando, por trabalhar três grandes prioridades:

• Relação ensino-serviço e ênfase na atenção básica, • Integração • Humanização e Ética profissional Por sua natureza, este documento assinala apenas as principais informações sobre a imple-

mentação do Curso de Medicina, de modo que vários aspectos conceituais, presentes no Projeto Pedagógico, são retomados de forma resumida, com vistas a facilitar a você professor e a você aluno, sua leitura e apreensão.

Direção do Curso de Medicina

DIRIGENTES

Diretor GeralDimas Alberto Ferreira

ReitoraProfª Msc. Sâmela Soraya Gomes de Oliveira

Pró-Reitora de Graduação e Ação ComunitáriaProfª Sandra Amaral de Araújo

Pró-Reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-graduaçãoProf. Dr. Aarão Lyra

Diretora da Escola da SaúdeProfa. Dra. Giselle Gasparino Santos-Coluchi

CURSO DE MEDICINA

CoordenadorProf. Dr. Ion Garcia Mascarenhas de Andrade

Diretor Prof. Msc. Fernando Antônio Brandão Suassuna

Diretora AdjuntaProfª Dra. Maria da Conceição de Mesquita Cornetta

U58r Universidade Potiguar Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Medicina / organização de Maria da Conceição Mesquita Cornetta e Ion Mascarenhas de Andrade. Colaboração de Regina Lúcia Freire de Oliveira. – Natal: Edunp, 2011. 60p.

1. Projeto Pedagógico – Curso de Medicina I.Título.

RN/UnP/BCSF CDU 614.253.1

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SUMÁRIO

1 ATO DE AUTORIZAÇÃO DO CURSO ........................................................................................7

2 ACESSO AO CURSO ..............................................................................................................7

3 PERFIL DO EGRESSO............................................................................................................7

4 OBJETIVOS DO CURSO .......................................................................................................10

5 CONCEPÇÃO DO CURSO.....................................................................................................11

6 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR..............................................................................................13

7 METODOLOGIA DE ENSINO ................................................................................................42

8 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.........................................................................................44

9 DIFERENCIAIS CURRICULARES ..........................................................................................46

10 DIFERENCIAIS DE INSTALAÇÕES ......................................................................................51

11 ESTRUTURA CURRICULAR................................................................................................54

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1 ATO DE AUTORIZAÇÃO DO CURSO

Parecer nº 11/2006, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, homologado pelo Ministro da Educação, conforme Despacho de 07/03/2006 publicado no DOU nº 46, de 08/03/2006, Seção 1, página 12.

2 ACESSO AO CURSO

3 PERFIL DO EGRESSO

O perfil traçado para o médico formado pela Universidade Potiguar tem como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais da Graduação em Medicina (Res. CNE/CES n. 4/2001):

Processo seletivo, realizado semestralmente e destinado a concluintes do ensino médio ou equivalente.

Transferência externa, observadas a legislação pertinente e as normas institucionais

Aproveitamento dos resultados do Exame Nacional Ensino Médio (ENEM), quando se tratar de candidatos ao PROUNI.

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» Colaborar com o treinamento de outros profissionais médicos e de distintos profissio-nais da área da saúde que com ele compartilhem as equipes de saúde;

O egresso deverá ainda apresentar ao final do curso médico competências para: » Promover estilos de vida saudáveis, como parte de um conjunto de ações preventivas a

ser desenvolvido na prática médica diária, com pleno conhecimento dos processos fisiológicos dos seres humanos, compreendendo a gestação, o nascimento, o crescimento, até o envelhe-cimento e a morte; » Atender seus pacientes com as técnicas e procedimentos médicos mais adequados a

cada caso, considerando as características sociais, culturais e demográficas do indivíduo; » Realizar o trabalho clínico com o domínio dos conhecimentos científicos mais atuali-

zados, levando em conta os aspectos sócio-econômicos, ambientais e familiares presentes no processo saúde/ doença, preservando a natureza humanista da relação médico-paciente; » A partir do exame clínico, história clínica, anamnese e exames complementares, e com

base no conhecimento fisiopatológico dos sinais e sintomas, diagnosticar e tratar corretamen-te as principais doenças do ser humano; » Considerar, nos processos de diagnóstico e tratamento, os aspectos de prevalência,

incidência, letalidade e mudanças epidemiológicas, com ênfase na transição epidemiológica e na transição demográfica sofridas pela população brasileira; » Solicitar exames complementares necessários e suficientes à elucidação diagnóstica

e ao encaminhamento terapêutico de cada caso, de forma parcimoniosa e dentro da melhor técnica, evitando procedimentos que possam causar danos ou desconforto ao paciente, ou que venham a onerá-lo ou ao Sistema Único de Saúde desnecessariamente; » Encaminhar seus pacientes aos níveis de maior complexidade, dentro dos princípios da

ética médica sempre que necessário, e que estejam esgotadas as possibilidades terapêuticas no nível de complexidade do sistema da saúde em que estiver atuando;

Médico com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar, pautado em princípios éticos, no processo de saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano.

» Promover ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo, tendo como pressuposto o fato de que o paciente é parte de uma família e de uma comunidade, as quais, por sua vez, integram um contexto mais amplo, ambiental, cultural e sócio-econômico; » Exercer suas atividades de forma integrada às diferentes instâncias e níveis do Sistema

Único de Saúde, tendo em vista a necessidade de abordar os problemas de saúde do paciente de forma crítica, considerando as bases sociais, econômicas e culturais que lhes são subjacentes; » Fazer-se entender por indivíduos de diferentes origens sociais, mantendo o sigilo das

informações a ele confiadas em seu trabalho, como parte do elevado nível de respeito à ética; » Manter adequada comunicação com os demais profissionais da equipe de saúde, com

seus superiores e com o público em geral; » Assumir posições de liderança em uma equipe multiprofissional de saúde, bem como

em instâncias diversas do Sistema Único de Saúde, com responsabilidade e habilidade na tomada de decisões, tendo por base os conhecimentos adquiridos em sua graduação acerca da gestão de sistemas de saúde; » Atualizar permanentemente seus conhecimentos tecnológicos e sua formação huma-

nística, através dos meios tradicionais como leituras de publicações em português e línguas estrangeiras, além da frequência a encontros científicos, bem como através da consulta per-manente a bases de dados informatizadas;

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da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, e como promotor da saúde integral do ser humano.

Específicos » Propiciar ao discente:

- Experiência em ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tan-to em nível individual quanto coletivo;- O exercício de atividades de forma integrada às diferentes instâncias e níveis do Sistema Único de Saúde;- O desenvolvimento da capacidade de fazer-se entender por indiví¬duos de diferentes origens sociais, diferentes sexos e gêneros e distintas etnias;

» Estimular e valorizar nos cenários de práticas a comunicação do aluno com os demais profissionais da equipe de saúde; » Incentivar o aluno a assumir as responsabilidades que lhe cabem em uma equipe mul-

tiprofissional de saúde e nos cenários de práticas do Sistema Único de Saúde; » Estimular o aluno a atualizar permanentemente seus conhecimentos tecnológicos e

científicos e a sua formação ética e humanística.

5 CONCEPÇÃO DO CURSO

O Curso caracteriza-se por três grandes prioridades:

1ª) Relação Ensino/Serviço e ênfase na Atenção Básica, destacando-se o Programa de Aprendizagem em Atenção Básica (PAAB), ofertado da 1ª à 8ª série, com 120 horas-aula por se-mestre. As séries iniciais referem-se à compreensão do processo saúde-doença numa comunidade real, Parnamirim. Da 6ª a 8ª, são realizadas práticas dos programas de saúde existentes no SUS e atividades clínicas da Estratégia Saúde da Família, considerando a Atenção Primária e suas

» Informar, de forma acessível e completa, a seus pacientes e familiares a respeito de seus problemas de saúde, das opções terapêuticas e de reabilitação, bem como das alterna-tivas de prevenção, sempre que possível; » Realizar os procedimentos clínicos e cirúrgicos básicos e indispensáveis ao atendimen-

to ambulatorial, bem como prestar o atendimento inicial nas urgências e emergências que venham a ocorrer em seu trabalho; » Atuar no Sistema Único de Saúde, conhecendo e obedecendo aos seus princípios de fun-

cionamento, com ênfase na referência e contra-referência, na hierarquização, na integração e na regionalização do sistema; » Exercer o papel de médico em serviços de saúde de diferentes complexidades, tendo por

base uma formação que inclui sua passagem por instituições de baixa, média e alta complexi-dade, tais como unidades básicas da saúde, equipes de saúde da família, hospitais de baixa, média e alta complexidade; » Colaborar na elaboração de políticas e no planejamento de ações de saúde, a partir de

seus conhecimentos de saúde pública, epidemiologia, e administração de serviços de saúde; » Manter-se atualizado com a legislação de saúde, respeitando os preceitos éticos que

regem a prática médica; » Atuar em equipe multiprofissional, liderando-a, quando solicitado; » Permanecer sempre atualizado e colaborar no processo de produção de novos conheci-

mentos em seu ambiente de trabalho.

4 OBJETIVOS DO CURSO

Geral » Formar o profissional médico generalista, humanista, crítico e reflexivo, capacitando-o a

atuar de forma ética no processo saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade

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seus direitos, valores e percepções e a divisão equitativa de tarefas. Destacam-se, ainda, no Curso:

6 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR O Curso compreende 3 (três) fases, constituídas por 8 módulos (cada um relacionado a uma

série- da 1ª à 8ª, e áreas temáticas para as quais convergem as disciplinas. Nos dois últimos anos é ofertado o Estágio Supervisionado Obrigatório em regime de internato com intensa atividade prática, assim organizado:

» 9ª série: Sáude da Mulher, » 10ª série: Saúde da Criança, » 11ª, abrangendo Clínica Médica e Cirurgia eletiva, » 12ª série, Saúde da Família e Urgência

Compromisso educacional, social e ético-culturalEnsino, pesquisa e extensão

Reflexão social

grandes áreas de conhecimento: Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria e Tocoginecologia. São enfatizados os princípios do SUS, e possibilitada a abordagem de questões complexas,

como a relação médico-paciente e a ética profissional. Exigem-se do aluno:

2ª) Integração, que permeia o Curso por meio, por exemplo, do PAAB e dos Seminários de Integração, e pelos procedimentos de ensino-aprendizagem adotados pelas diversas disciplinas. Os Seminários de Integração constituem momentos pedagógicos de integração, possibilitados a partir da definição de temas definidos por ocasião do planejamento do semestre e trabalhados em todas as séries ao mesmo tempo. Neste formato, o aluno da oitava série, preparando um estudo de caso real sobre qualquer tema, deve resgatar dados de disciplinas, por exemplo, da primeira sé-rie, como epidemiologia, sociologia/antropologia ou fundamentos da biologia, exercitando o olhar integral à saúde, considerando o indivíduo inserido em seu contexto biopsicossocial.

3ª) Humanização da medicina e ética profissional, temas que também atravessam o Curso e têm sido materializados nas atividades clínicas, no PAAB, ou mesmo no seminário de integração. A humanização da medicina nas atividades práticas em geral, inclusive do PAAB, compreende o entendimento, pelo aluno, do processo saúde-doença, do cuidado integral com a saúde ou mesmo da valorização do contexto social e familiar do indivíduo que precisa de cuidados médicos. O pa-ciente é reconhecido como um indivíduo, com peculiaridades subjetivas e objetivas próprias, e não como um problema ou uma doença em busca de cura. No Seminário de Integração, tanto a ética quanto a humanização também são experimentadas, aprendidas e apreendidas. O aluno trabalha em grupo, exercendo sua capacidade de liderança e de trabalho em equipe, respeitando o colega,

Responsabilidade e autonomia crescentesUm olhar integral à saúde, na vivência dos casos

Retomada ou ampliação de conteúdos de séries anterioresReflexão crítica com base no conhecimento científico e social

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Figura 2- Composição da fase II

6.1 FASES E MóDULOS (OU SéRIES)

Figura 1- Composição da Fase I

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Além dos outros componentes curriculares, são implementados de forma simultânea, o Programa de Aprendizagem em Atenção Básica (PAAB) e o Seminário de Integração. O PAAB constitui estratégia de articulação entre os demais componentes curriculares e de contato do aluno com cenários diver-sificados de práticas, conforme definido pela Resolução CNE/CES n. 4/2001, especialmente art. 12. A cada série do Curso, da 1ª a 8ª, corresponde um PAAB, ou seja, o PAAB I ocorre na 1ª série, o PAAB II na 2ª e, assim, sucessivamente (figura 4). Os objetivos, competências e habilidades a serem desen-volvidos por esta disciplina ao longo dos anos exercem um papel integrador no curso. Cabe ao PAAB trazer elementos dos diferentes cenários de saúde, e ao Seminário de Integração, introduzir novos conteúdos ou reaproximar o aluno daqueles já estudados. Essa dinâmica de integração se apresenta como momento por excelência de sínteses conceituais trabalhados nas diferentes séries (Figura 4).

Figura 4- Dinâmica Curricular da 1ª a 8ª série

Figura 3- Composição da fase III

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Figura 5- Síntese da dinâmica do Curso de Medicina- UnP

Atividades complementaresAs atividades complementares normatizadas pela Resolução n. 019/2003 – ConEPE, e desen-

volvidas no Curso de acordo do Regulamento próprio, entre a primeira e a décima série, compõem as estruturas curriculares de Medicina e assumem formatos variados, como participação em pa-lestras, conferências, simpósios, cursos presenciais ou a distância, disciplinas frequentadas em outro curso ou IES, encontros estudantis, iniciação científica e a extensão e ação comunitária, monitoria, dentre outras, observando-se as normas institucionais pertinentes.

6.2 SíNTESE DA FORMAÇÃO MéDICA NA UNP

O curso utiliza uma estrutura viva, que integra seus conteúdos, não permitindo o aprisiona-mento do conhecimento em séries, separadamente. Este currículo Inovador, com elementos tradi-cionais, mas adicionados a componentes integradores que lhe emprestam um formato em espiral, responde às Diretrizes Curriculares Nacionais e demonstra a iniciativa da Universidade Potiguar de participar dessa desafiante tarefa de fazer parte das Escolas Médicas Brasileiras (Figura 5).

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UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA

Objetivo geral » Capacitar o aluno para reconhecer os fundamentos humanísticos e bioéticos do exercí-

cio da medicina, com vistas a uma prática crítica e reflexiva.

Objetivos específicos » Proporcionar ao discente a compreensão da importância do comportamento do médico

frente ao seu paciente, colegas e sociedade, enfatizando os aspectos bioéticos envolvidos; » Oferecer ao aluno condições para reconhecer a importância da comunicação no exercí-

cio profissional; » Promover o estudo das correlações existentes entre meio ambiente, sociedade e saúde,

enfatizando o compromisso do profissional médico; » Promover a integração entre os conteúdos do semestre, ao mesmo tempo destacando

a importância de se compreender o paciente como um indivíduo singular, inserido em um contexto econômico, político, cultural e biopsicossocial.

6.3 ORGANIZAÇÃO DE MóDULOS (OU SéRIES) E DISCIPLINAS

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Objetivo geral » Promover a compreensão do desenvolvimento embrionário normal e dos aspectos mor-

fológicos e biomoleculares do organismo humano, integrando e aplicando os conhecimentos de biossegurança na prática médica.

Objetivos específicos » Ofertar situações de ensino e de aprendizagem que permitam ao estudante a compre-

ensão integrada das bases embriológicas, anatômicas, bioquímicas, histológicas e biológicas do ser humano; » Proporcionar ao aluno o estudo da biossegurança como uma das ferramentas norteado-

ras do comportamento médico; » Oferecer ao aluno, conhecimentos relacionados às diversas variáveis integrantes do

processo saúde/doença do ser humano, relacionadas ao meio ambiente e à sociedade; » Promover a integração entre os conteúdos do semestre e deste com os do semestre an-

terior, destacando-se a necessidade de que o paciente seja compreendido em sua totalidade, inserido em um contexto econômico, político e cultural e com características biopsicossociais próprias.

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Objetivo geral » Proporcionar ao estudante o aprofundamento dos conhecimentos que permitam a com-

preensão das interrelações existentes entre os condicionantes anatômicos, fisiológicos, biofí-sicos e histológicos do ser humano.

Objetivos específicos » Promover o estudo dos condicionantes anatômicos, fisiológicos, biofísicos e histológicos

do ser humano; » Propiciar ao aluno conhecimentos sobre as bases da farmacologia e da farmaco-

dinâmica; » Oferecer ao aluno conhecimentos sobre a genética humana e suas bases biológicas e

moleculares; » Promover a integração dos conteúdos do semestre e deste com os dos semestres ante-

riores, de modo que o aluno possa compreender o paciente como um indivíduo inserido em um contexto biopsicossocial.

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UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA

Objetivo geral » Desenvolver estudos sobre os mecanismos de agressão orgânica provocada por diversos

agentes e seus respectivos mecanismos de defesa, seus aspectos epidemiológicos, patológi-cos, suas interações biomoleculares, genéticas e as doenças delas resultantes.

Objetivos específicos » Proporcionar ao aluno conhecimentos aprofundados dos mecanismos de agressão ao

organismo presentes nas doenças e agravos prevalentes e seus condicionantes; » Promover estudos sobre os mecanismos de defesa do organismo frente às principais

doenças e agravos; » Construir uma sólida base científica necessária à compreensão dos mecanismos de

agressão e defesa do organismo no plano da genética, da imunologia e da patologia; » Promover a integração entre os conteúdos do semestre e deste com os dos semestres

anteriores, enfatizando-se a necessidade de entender o paciente como um indivíduo inserido em um contexto biopsicossocial.

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UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA

Objetivo geral » Introduzir o aluno na prática médica integrada, propiciando-lhe o estudo de conheci-

mentos nas áreas de ética médica, semiologia, semiotécnica, psicologia, epidemiologia clíni-ca e hospitalar e noções de enfermagem.

Objetivos específicos » Capacitar o aluno para a realização da anamnese e do exame físico dos diversos siste-

mas e aparelhos e para a identificação das síndromes clínicas mais comuns em semiologia; » Promover estudos e atividades que tratem dos componentes psicossociais presentes

no processo saúde doença e na interação médico paciente, assim como de conhecimentos básicos de epidemiologia clínica, hospitalar e bioestatística; » Capacitar o aluno em relação a procedimentos e técnicas introdutórtias à clínica cirúr-

gica e na semiotécnica da enfermagem; » Promover a integração entre os conteúdos do semestre e deste com os dos semestres

anteriores, de modo que o aluno possa compreender o paciente em sua totalidade, com ca-racterísticas biopsicossociais próprias, e inserido em um contexto econômico, político, social, cultural e educacional.

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UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA

Objetivo geral » Desenvolver estudos teórico-práticos sobre as doenças mais prevalentes do adulto em

nosso meio, enfatizando os aspectos preventivo, epidemiológico, clínico, diagnóstico, terapêu-tico e de reabilitação.

Objetivos específicos » Capacitar o aluno para desenvolver sólido raciocínio clínico a partir das informações

trazidas pelo paciente, e oriundas da semiologia, da patologia e da clínica, de forma integrada » Capacitar o aluno para desenvolver estratégias terapêuticas, preventivas e de reabi-

litação adequadas a cada caso, levando em conta o contexto sócio-econômico-cultural do paciente, e a formulação de políticas de promoção e proteção à saúde; » Proporcionar ao aluno experiência clínica ampla e diversificada através das atividades

práticas das clínicas e do PAAB; » Promover a integração entre os conteúdos do semestre e deste com os dos semestres

anteriores, de modo que o aluno possa compreender o paciente em sua totalidade, consideran-do suas características biopsicossociais e as do contexto econômico, político, social, cultural e educacional em que vive.

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UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA

Objetivo geral » Propiciar ao aluno o acesso a conhecimentos dos estados mórbidos, clínicos e cirúrgicos

que acometem com frequência o adulto e o idoso.

Objetivos específicos » Aprofundar a qualificação do raciocínio clínico do aluno através das novas clínicas

ofertadas; » Desenvolver competências e habilidades relativas à formulação de estratégias tera-

pêuticas, preventivas e de reabilitação adequadas a cada caso, levando em conta o contexto sócio-econômico-cultural do paciente, bem como as políticas de promoção e proteção à saúde; » Proporcionar ao aluno experiência clínica através das atividades práticas das clínicas

e do PAAB. » Promover a integração dos conteúdos do semestre e deste com os dos semestres an-

teriores, levando ao aluno a compreender o paciente como um indivíduo inserido em um contexto biopsicossocial.

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UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA

Objetivo geral » Propiciar ao aluno estudos sobre a clínica da mulher, criança e adolescente, capacitan-

do-o para o diagnóstico e tratamento das enfermidades mais prevalentes, com ênfase para as condições necessárias à atuação na prevenção e na promoção da saúde, específicas da área, e à condução dos processos normais relacionados à puericultura, gestação, parto e puerpério.

Objetivos específicos » Consolidar o raciocínio clínico do aluno através das novas clínicas ofertadas e as ha-

bilidades indispensáveis à condução dos processos normais da puericultura, gestação, parto e puerpério; » Desenvolver a capacidade de intervenção nos agravos pelas práticas de estratégias

terapêuticas, bem como a iniciativa de criar ou sugerir políticas de promoção e proteção à saúde, preventivas e de reabilitação e que levem em conta o contexto socioeconômico, político, educacional e cultural do paciente; » Diversificar e aprofundar a experiência clínica do aluno, através das atividades práticas

das clínicas e do PAAB. » Promover a integração dos conteúdos do semestre e deste com os dos semestres an-

teriores, levando ao aluno a compreender o paciente como um indivíduo inserido em um contexto biopsicossocial.

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UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA UNP | ESCOLA DA SAÚDE | CURSO DE MEDICINA

Neste cenário os alunos têm a possibilidade de acompanhar as consultas e procedimentos através de um observatório, enquanto dois alunos seguem presencialmente juntamente com o professor ou tutor a consulta dentro do ambulatório. A cada paciente ocorre um rodízio e os dois alunos que acompanhavam o docente são substituídos por outros dois que estavam no observa-tório. Esse sistema permite que: a) ninguém perca tempo de experiência clínica, por não estar presencialmente junto com o docente e b) que seja respeitado o quociente de 2 alunos /paciente ambulatorial/docente. Nessa atividade o paciente é informado da existência do observatório e assina um termo de consentimento específico.

Fotos 2 e 3- Alunos e Docente no observatório e no ambulatório da Unidade Docente Assistencial

6.4 - ATIVIDADES PRÁTICAS

Além das atividades práticas do Programa de Aprendizagem em Atenção Básica, que focaliza a construção da relação ensino-serviço utilizando as Unidades Básicas de Saúde de Parnamirim, a parte prática das disciplinas clínicas são desenvolvidas em outros ambientes da própria Univer-sidade (laboratório de habilidades, Hospital Simulado, Centro Integrado de Saúde)

Ainda no município de Parnamirim, o Hospital Deoclécio Marques, a Maternidade Divino Amor, o Ambulatório de pequenas cirurgias da Central de Diagnóstico e a Unidade Docente Assistencial “Governador Aluízio Alves” (UDA) (Foto 1) e, são cenários utilizados pelo Curso de Medicina.

A gestão dessa Unidade vem se consolidando como um modelo de gestão compartilhada, na medi-da em que compreende uma direção administrativa, vinculada ao município, e uma direção acadêmica, ligada à Universidade. Assim composta, essa gestão vem permitindo que a UDA esteja integrada à rede assistencial de Parnamirim enquanto uma Unidade SUS, participando do sistema de referência e con-tra-referência do fluxo dos pacientes do SUS mu-nicipal, conforme regula a Secretaria Municipal de Saúde. Desta forma, os usuários atendidos pelos tutores do PAAB juntamente com os alunos, podem ser encaminhados, tanto de forma direta, quanto através do Diretor da Unidade Básica de Saúde – UBS, junto à Central de Marcação, sendo agendada a consulta ou o procedimento para os profissionais médicos da Prefeitura e os professores das práticas ambulatoriais. Isso propicia ao aluno a oportunidade de rever seu paciente em um cenário de maior resolutividade, além de reforçar a relação médico-paciente, ini-ciada nas Unidades Básicas de Saúde.

Foto 1- Unidade Docente Assistencial Governador Aluísio Alves

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» Atividades práticas realizadas em Natal: - Serviços hospitalares conveniados como a Liga Norte Riograndense contra o Câncer; Hospital Infantil Varela Santiago e Hospital Giseuda Trigueiro, a Central de Hematologia e Hemoterapia do Estado (Hemonorte) e a Oftalmoclínica (instituição privada que presta atendimento ao SUS);- Ambulatórios do Núcleo de Ortopedia e Traumatologia (NOT) e do Centro de Reabilita-ção Infantil (CRI);

Referência e contra-referênciaOs pacientes avaliados nas diversas esferas de complexidade do Município, que necessitem

de atendimento especializado e/ou de qualquer exame, têm seus encaminhamentos, pedidos de pareceres e solicitações de exames direcionados à Central de Marcação, responsável pelo agen-damento desses procedimentos nas unidades municipais próprias de Parnamirim ou nos serviços conveniados e contratados. Inserida neste fluxo, a UDA integra a rede de saúde municipal.

Os exames complementares (laboratoriais e de imagem) são realizados na Central de Diag-nóstico ou nos serviços conveniados ou contratados no próprio município, ou em Natal, conforme a complexidade do caso e a disponibilidade do serviço.

Uma vez que os atendimentos prestados pelos professores de Medicina/UnP naquela unidade ambulatorial se destinam ao ensino das práticas de suas disciplinas, o número de usuários a serem agendados para eles é menor que para os médicos vinculados apenas ao município, para que os alunos disponham de tempo para a assimilação dos conhecimentos apresentados durante a consulta. Para isso, o sistema de Referência e Contra-referência se faz de forma mista, e o agendamento para os professores é feito pela própria diretora administrativa da unidade, que en-tra em contato com as UBS, oferecendo vagas para atendimento. As vagas são completadas com os usuários atendidos pelos tutores dos PAABs encaminhados direto das UBS e outros pacientes também são agendados através da Central de Marcação do Município de Parnamirim.

Os atendimentos feitos em conjunto com o aluno, devidamente autorizados pelos pacientes, colaboram com o treinamento prático em aula das disciplinas clínicas e também na prática do Internato. O número destes atendimentos só tem crescido desde o início do funcionamento da UDA, em 2008, como mostra o gráfico abaixo.

Fonte: Banco de Dados do CCPAR-UNP/ Maio de 2011

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PROGRAMA O estágio está estruturado nas seguintes grandes áreas:1. Saúde da Mulher (ginecologia – obstetrícia) e Saúde do Adulto - módulo cirúrgico I.2. Saúde da Criança (pediatria/puericultura) - módulo cirúrgico II.3. Saúde do adulto e do idoso - clínica médica e cirurgia eletiva.4. Saúde Coletiva/Medicina de Família e urgência clínica e cirúrgica.

ATIVIDADES TEÓRICAS: correspondem a 20% da carga horária de cada estágio (Resolução CNE/CES n. 4/2001, art. 7º, § 1º) e são desenvolvidas semanalmente, de modo a enfatizar a aten-ção integral à saúde e a visão interdisciplinar.

LOCAIS DE REALIZAÇÃO Hospitais conveniados de Parnamirim e de Natal.

AVALIAÇÃOOs internos são avaliados conforme o que se estabelece a seguir. » Avaliação de conhecimentos (considerando os temas desenvolvidos nas sessões de dis-

cussão de casos) » Avaliação atitudinal » Avaliação das habilidades

AGENDA DE ATIVIDADES, com registro das atividades desenvolvidas pelo aluno (horário de início e finalização; atividades extras acompanhadas por preceptor). A agenda é assinada diaria-mente pelo preceptor em tempo real.

OSCE (“Objective Structured Clinical Examination” ) realizado considerando a viabilização de 3 ou mais estações de até 10 minutos cada uma. As avaliações contam com as estações prepa-

6.5 ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATóRIO (INTERNATO)

O estágio do Curso de Medicina é realizado sob supervisão de docentes da Universidade Poti-guar, da 9ª a 12ª série, e está organizado da seguinte forma:

» Estágio em Atenção Primária (articulação com atenção secundária), 9ª e 10ª séries; » Estágio em Atenção Terciária (articulação com atenção secundária), 11ª e 12ª séries.

De modo coerente com o perfil do egresso e com a concepção do Curso, o estágio pressupõe um movimento de integração e de síntese das grandes áreas com os diversos níveis de atenção, reunindo todas as situações de aprendizagem no Seminário Integrado de Clínica, conforme figura a seguir:

Figura 16 – Dinâmica dos Estágios

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como também treinamento com pacientes nos PAABs e no Centro Integrado de Saúde, nas séries mais avançadas do curso.

Destaca-se, no currículo, a utilização das Metodologias Ativas da Aprendizagem, na qual a Educação modifica sua forma “bancária”, assumindo uma perspectiva construtivista, valorizando a mudança dos papeis, tanto do aluno, que começa a ter participação ativa na produção do seu saber, quanto do professor, que passa a ser mediador do conhecimento ao invés de apenas ser um mero transmissor de informações.

A problematização, efetivada a partir de situações reais identificadas pelos alunos nas práti-cas dos PAABs, integra a metodologia do Curso como estratégia para estimular a sua curiosidade, assim como a retomada e aprofundamento teórico dos conteúdos estudados, fortalecendo o sen-tido da investigação científica, da participação,do trabalho em equipe, da integração e capaci-dade de resolver problemas, aspectos essenciais quando se trata do atendimento aos princípios e diretrizes do SUS.

O estudo de caso e o PBL (Aprendizagem Baseada em Problemas), por sua vez, trabalha-do principalmente nos seminários de integração, pressupõem a descrição de situações reais, na perspectiva da associação direta do conhecimento com a ação, estabelecendo-se condições para o desenvolvimento de habilidades requeridas na vida real, como a participação, exames de pessoas e grupos, e o uso de habilidades críticoanalíticas e de solução de problemas.

O Método ativo de ensino-aprendizagem: Estudo de Caso e Aprendizagem Baseada em Problemas: estratégia de ensino centrada no aluno, que deixa de ser receptor passivo e passa a ser agente e principal responsável por sua aprendizagem.

radas para avaliação de comunicação, exame físico e raciocínio clínico, diagnóstico e tratamento. Há participação de alunos atores com treinamento prévio de acordo com o propósito de cada estação. Essas atividades devem acontecer ao final de cada estágio.

NOTA DO ESTÁGIOPara a formação da nota final do estágio, as avaliações são ponderadas por unidades (U1 e

U2) e etapas (E1 e E2) conforme o sistema de avaliação da aprendizagem da Universidade:

U1- composta de duas notas: E1- Avaliação Formativa das Habilidades (Peso 6) + Avaliação Atitudinal (Peso 4). E2-. Prova de ConhecimentosA nota da U1 será o resultado da média aritmética entre E1 e E2.

U2- composta de duas notas: E1- Prova de Conhecimentos (Peso 5) + Avaliação Formativa das Habilidades (Peso 3), +

Avaliação Atitudinal (Peso 2). E2- OSCE A nota será o resultado da média aritmética entre E1 e E2.

7 METODOLOGIA DE ENSINO

No desenvolvimento do Curso de Medicina da UnP utilizam-se técnicas e procedimentos variados, desde a Aula Expositiva Dialogada, Aulas Práticas nos laboratórios: Anatomia – Dissecação, Biologia dos Sistemas Orgânicos, Biofísica, Fisiologia e Farmacologia, Biologia Molecular e Genética, Laboratório de Histologia Virtual, Microbiologia e Imunologia, Parasito-logia, Química, Bioquímica e Bromatologia e nos laboratórios de Habilidades. Ocorrem aulas com manequins no Hospital de Simulação, aulas de campo com visita técnica, seminários,

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avaliações referentes a essas etapas, é realizada a apuração da média, resultante da apli-cação da seguinte fórmula:

U= E1 + E22

O sistema de avaliação do processo de ensino e aprendizagem do curso de Medicina considera dois aspectos complementares: a avaliação dos componentes gerais e integradores e a avaliação específica de cada disciplina.

A nota de cada Unidade de avaliação, referente a cada componente curricular, é formada por:a) E1: Componente Geral = Seminário de integração + Prova Geral) / 2 (Valor 0 a 10)b) E2: Componente Específico = Prova específica (Valor 0 a 10)

Instrumentos São adotadas provas escritas com questões objetivas ou subjetivas contextualizadas para

todas as disciplinas. O PAAB, por sua característica inovadora exige que sejam agregados outros procedimentos, como relatórios de seminários e de visitas técnicas nas atividades de campo, avaliação de Habilidades com pacientes através de instrumento com critérios próprios, como o MINI-CEx e avaliação das Atitudes, também com instrumento específico. Além disso, a adoção do Portfólio Reflexivo, nesta disciplina, permite que o tutor conheça melhor seu aluno e que, através do feed-back escrito e verbal individualizado, ressalte suas qualidades e recomende as adequa-ções a suas fragilidades de forma contínua. Além desses procedimentos, as habilidades clínicas e de comunicação são avaliadas nos internatos e em alguns PAABs, através do OSCE, com 3 a 5 estações, e o uso de manequins ou com o auxílio de alunos-atores treinados. No seminário de integração os alunos têm a oportunidade de serem avaliados pelos seus pares e de experimentar a auto-avaliação.

A exemplo dos demais cursos, a graduação em Medicina cumpre o previsto no Regimento Geral da Universidade no tocante à reprovação, dependência, transferência e aproveitamento de estu-

8 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação do aluno do curso de Medicina da Universidade Potiguar é somativa e formativa, esta sendo feita especialmente nos PAABs e no Internato.

Ou seja, o aluno tem conhecimento das distorções em tempo de se reorganizar. Aqui o que interessa é auxiliar o aluno a alcançar as metas de aprendizado, e não de puni-lo por não ter alcançado a pontuação necessária para seguir.

A avaliação da aprendizagem como um todo, é realizada de forma continuada, e segue o es-tabelecido no Regimento Geral da Universidade: é feita por disciplina incidindo sobre a frequência (mínimo de 75%) e aproveitamento - média mínima para aprovação: 7,0 (sete). A cada verificação da aprendizagem é atribuída nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez).

Cada componente curricular comporta duas unidades de avaliação (U1 e U2). Cada uni-dade, por sua vez, abrange duas etapas (E1 e E2), de natureza cumulativa. Concluídas as

O sistema de avaliação somativo é o tradicional, feito ao final de cada grupo de conteúdo ministrado ao qual é atribuído um valor ao desempenho do aluno e permite que ele avance no curso.

O sistema formativo, apesar de, em algum momento do processo, a ele também ser atribuído um valor, tem um caráter reformulativo, redirecionador de aprendizagens, posturas e atitudes, uma vez que seu caráter é contínuo ao longo de um determinado período.

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Programação:

Atividades AvaliativasA avaliação da aprendizagem é formativa e somativa. O portfólio reflexivo é utilizado como ins-

trumento principal de avaliação do aluno, constituindo-se, ao mesmo tempo em uma ferramenta de aprendizado. São também realizadas avaliações das atitudes, além das teóricas e práticas. Nestas, assinalam-se o OSCE (Exame Clínico Objetivo Estruturado) e o MINI-CEX (Mini Avaliação do Exame Clínico).

9.2 SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO

Atividades PedagógicasO seminário de integração é uma disciplina que faz parte do currículo do Curso, compõe

cada série, da 1ª a 8ª, e tem como objetivo a integração cumulativa de conteúdos teórico-práticos trabalhados nos semestres letivos. Cada seminário, conforme indica a sua denominação, focaliza a integração horizontal, considerando as disciplinas de uma mesma série, e vertical, articulando disciplinas de mais de uma série.

Por meio dos seminários, situações vivenciadas no cotidiano de uma unidade básica de saú-

PAAB I: Princípios da Atenção Primária e Atenção Básica no Brasil PAAB II: Saúde do Trabalhador no SUSPAAB III: Saúde da MulherPAAB IV: Saúde da criança e do adolescentePAAB V: Saúde do Adulto e do idoso- iniciaçãoPAAB VI: Saúde do adulto – problemas freqüentes

dos, segunda chamada e avaliação de recuperação da aprendizagem. O exame de proficiência, porém, é restrito à disciplina Inglês Instrumental.

9 DIFERENCIAIS CURRICULARES

9.1 PROGRAMA DE APRENDIZAGEM EM ATENÇÃO BÁSICA

Atividades PedagógicasNo desenvolvimento do Programa de Aprendizagem em Atenção Básica o aluno tem vivências

na atenção primária ao longo das oito primeiras séries o Curso de maneira contínua, e com ganhos progressivos de competências. Em cada PAAB as turmas são divididas em grupos tutoriais. Cada tutor fica com um grupo de 10 alunos, e os acompanha ao longo de todo o semestre, numa mesma Unidade de Saúde com uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF). Esses grupos tutoriais trabalham os diversos aspectos da atuação do profissional médico na ESF, conforme os objetivos de cada PAAB, exercitando o trabalho em equipe multidisciplinar, com foco no indivíduo, família e comunidade. A programação das atividades é planejada por cada grupo de tutores, semestral-mente, após avaliação do semestre anterior segundo sua a visão e também com a colaboração dos alunos, que respondem um questionário no final de cada semestre, a respeito de vários itens sobre a disciplina (Ver detalhes no Manual do PAAB- 2011).

A Metodologia de Ensino utilizada, além da vivência da realidade do indivíduo na comunidade, é a Problematização, utilizada para, a partir de uma situação real, o aluno desenvolva compe-tências de análise da realidade que envolve o tema central do PAAB em questão, com vistas a identificar as contradições, que serão transformadas em problemas.

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O CASO é algo que aconteceu e, portanto, é uma experiência verdadeira (realidade). Por isso, quando estudamos um caso temos a oportunidade de abordar conceitos anteriormente estudados num ambiente real.

A APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP ou PBL- Problem Based Learning) foi im-plantado na década de 1960, na Faculdade de Medicina da Universidade de McMaster (Canadá), em 1980, na Universidade do Havaí, em 1997, na Faculdade de Medicina de Marília e, em 1998, no Curso de Medicina da Universidade Estadual de Londrina, em 2005 na Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO) (cf. Mitre et al., p. 2139).

Para que a disciplina atenda a todos os propósitos mencionados, ela apresentará o seguinte formato: quatro temas por unidade avaliativa (U1 e U2) e, para cada aula do Seminário de Integra-ção, teremos a abordagem de um único tema (definidos por ocasião do planejamento do semestre) por um grupo apresentador e por um grupo de discussão.

Ter compaixão não significa adotar um posicionamento paternalista, fundamentado em um sentimento de pena, mas desenvolver e praticar um amplo respeito às diversas formas de compreensão da vida, pensamento e vivência das pessoas (cf. Mitre et al., 2008, 2136).

de, por outras disciplinas, podem também ser problematizadas e discutidas de forma mais apro-fundada, propiciando a abordagem de questões complexas inerentes à relação médico-paciente, à ética profissional, às habilidades em comunicação, à capacidade de liderança e de tomada de decisões, fundamentais a um exercício profissional competente e humanizado, coerente com as Diretrizes Curriculares Nacionais.

Metodologias ativas de ensino-aprendizagem foram adotadas nesta disciplina que acontece da 1ª à 8ª série: o Estudo de Caso e Aprendizagem Baseada em Problemas, estratégias de ensino centradas no aluno, que deixa o papel de receptor passivo, assumindo o de agente e principal responsável por sua aprendizagem, numa perspectiva construtivista.

Ao dar maior ênfase às experiências de autonomia e de autogestão do conhecimento, o discente aprende a aprender e aprende a fazer.

O método tem como características: 1) Respeito à autonomia do discente 2) Problematização, integração e autogestão do conhecimento, portanto, é reflexivo,

contextualizado, crítico, investigativo, construtivista, colaborativo, inter e transdisciplinar, huma-nista, motivador e desafiador

3) Amorosidade e compaixão 4) Avaliação contínua, compartilhada com o aluno e fundamentada em valores cogniti-

vos, psicomotores, sócio-afetivos, como mostra a figura:

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encontra-se a ficha de auto-avaliação que deverá ser preenchida e entregue ao professor coordenador da disciplina, no máximo 48h depois da apresentação.

O curso médico, sob esse novo olhar, passa a ter um fim que representa muito mais que for-mar um técnico competente em medicina. A escola médica, portanto, deve formar um profissional generalista, ético e com habilidades desenvolvidas durante o curso que o capacitem a interpretar, intervir e contribuir para a transformação da realidade social.

10 DIFERENCIAIS DE INSTALAÇÕES

10.1 CENTRO INTEGRADO DE SAúDE

O Centro Integrado de Saúde da Universidade Potiguar (CIS/UnP) foi criado com a missão de contribuir para o processo de formação de profissionais para atuar na área da saúde, adotando padrões de excelência que se materializam, por exemplo, na disponibilização de docentes qualifi-cados que, alinhados a uma estrutura física contemporânea e multidisciplinar, encontram condi-ções objetivas para a construção de competências e habilidades definidas nos projetos pedagógi-cos dos cursos de graduação e para prestar serviços de saúde humanizados à população. No CIS, busca-se a integração entre as diferentes áreas do conhecimento por meio de encaminhamentos internos, discussões clínicas, formação de grupos específicos para atendimentos, orientações, promoção de saúde, além da realização de ambulatório de especialidades.

Destaca-se que o Centro representa o cumprimento de políticas e estratégias estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2007/2016), especialmente no que se refere à integração entre teorias e práticas, interdisciplinaridade, reforço a iniciativas que fortaleçam uma formação assentada em valores éticos e na perspectiva da cidadania.

O CIS é estruturado com 22 (vinte e dois) consultórios, 01 (um) Ginásio Terapêutico, 01 (uma) Piscina Terapêutica, 01 (um) Sala de Atendimento em Enfermagem, 01 (um) Espaço Dermatolo-

Métodos AvaliativosA nota do Seminário é composta pela média aritmética de 3 (três) avaliações assim

distribuídas: » Avaliação no. 1: média aritmética das notas dadas pelo Grupo de Avaliadores (4 ava-

liadores). A ficha de avaliação é preenchida e entregue ao professor coordenador da disciplina ao final de cada apresentação

» Avaliação no. 2: é a nota dada pelos componentes dos grupos a partir da distribuição dos pontos concedido pelo Grupo de Avaliadores ao líder de cada grupo. Observem que não é o líder que distribui as notas, mas o grupo que faz avaliação pelos pares. A função do líder é coordenar o processo de distribuição das notas e entregá-las ao professor coordenador da disciplina, no máximo 48h depois da apresentação

» Avaliação no. 3: é nota que o aluno por meio do processo de auto-avaliação. Em anexo,

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A simulação é uma abordagem prática e segura para a aquisição e manutenção de competên-cias em todas as especialidades da medicina, como consultas ambulatoriais e urgências clínicas, ginecológicas, obstétricas e pediátricas.

O Hospital Simulado conta com 4 UTIs, divididas em adulto e pediátrica, cujos cenários são elaborados de acordo com as habilidades e os conhecimentos requeridos por determinadas dis-ciplinas, o que é possível graças a avançada tecnologia dos simuladores que respondem aos procedimentos realizados e as medicações ministradas.

Além das UTIs, o Hospital conta com uma enfermaria com leitos e simuladores, reproduzindo de maneira fiel a conformação e o funcionamento de uma enfermaria real. Existem ainda consul-tórios simulados para pacientes padronizados, reproduzindo-se, assim, cenários e situações que os futuros profissionais deverão enfrentar nos estágios e em sua prática clínica profissional. Estes ambientes têm o apoio das salas de controle, que dispõem de materiais específicos como Sistema de Audio e Vídeo, Microfone de lapela, Computador, Microfone e fone, além de Controle remoto das câmeras. As salas de observação são equipadas com poltronas e uma mesa para que o professor, em tempo real, faça as discussões e comentários.

A simulação passa a ser utilizada como forma de reproduzir cenários próximos aos encontra-dos no cotidiano clínico - hospitalar, para que o aluno tenha a oportunidade de treinar inúmeras vezes determinados procedimentos, estando assim preparados para a prática real, e para dominar situações de tensão em urgências e emergências. O treino em ambiente simulado visa ao aper-feiçoamento da técnica e a diminuição das chances de erro no momento em que o aluno se insere nos ambientes reais de atendimento ao paciente.

O Curso de Medicina já utiliza esta técnica de ensino nas disciplinas de semiologia e de obste-trícia, além do treinamento dos alunos do internato da nona série, e novos protocolos estão sendo elaborados para incluir estas atividades nas diversas disciplinas clínicas, na ginecologia, pedia-tria e neonatologia (disciplina e internato), e urgências clínicas. Esses protocolos serão utilizados também pelos PAABs que treinarão os alunos neste ambiente, em situações clínicas diversas e também em habilidade de comunicação, nos consultórios do hospital.

gia, 01 (um) Espaço Uroginecologia e Obstetrícia, 01 (uma) Reabilitação Cardio – Respiratória, 01 (uma) Neurologia Adulto e 01 (uma) Neurologia Pediátrica 01 (um) Laboratório de Análises Clínicas e Toxicológicas, 01 (um) Setor de Audiologia, e 2 (duas) clínicas odontológicas, com setor de radiologia e 01 (um) centro cirúrgico. Conta ainda com 2 (dois) anfiteatros para discussões e simpósios de casos clínicos, e 01 (um) Auditório com capacidade para 170 pessoas.

As consultas médicas ocorrem nas áreas de atuação dos internatos, nos quais os alunos do Curso de Medicina realizam atendimento clínico na atenção secundária, acompanhados pelos professores correspondentes de gastroenterologia, cardiologia, neurologia, alerlogologia/pneumo-logia, dermatologia, endocrinologia, hematologia e infectologia, tanto para o atendimento infantil como para o de adultos. Os casos são referenciados pelas Unidades Básicas/PAABs, Hospitais de Urgência conveniados e UDA.

A oferta de serviços é diversificada, abrangendo análises clínicas laboratoriais e toxicológi-cas, além de outros específicos nos campos da fonoaudiologia, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social e terapia ocupacional. Além disso, facilita o desenvolvimento de programas mul-tiprofissionais, como por exemplo, Envelhecimento Saudável e o Programa UnP-SUPERAR, já em funcionamento.

10.2 HOSPITAL SIMULADO

É um espaço existente na Unidade Salgado Filho no qual os acadêmicos de todos os cursos da Escola da Saúde da Universidade Potiguar, desde a 1ª série, têm a oportunidade de vivenciar situações que poderiam ser reais, através de simulações agendadas pelos professores dos diver-sos cursos e das mais variadas disciplinas. O Hospital Simulado da UnP é o maior do Brasil, um dos maiores da América Latina e o único do Norte e Nordeste. Com capacidade para 150 (cento e cinquenta pessoas), possui salas modernas e equipamentos de ultima geração, salas de áudio e vídeo, possibilitando melhor aprendizado ao aluno, que assiste a toda simulação em vídeo de alta definição.

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11 ESTRUTURA CURRICULAR

Na tabela abaixo observa-se a estrutura curricular do Curso de Medicina da UnP para Ingresso em 2010.1. Nela, as disciplinas estão agrupadas por série, com sua respectiva carga horária teórica e prática semanal, e o total semestral. Ao final de cada série estão a carga horária das atividades complementares a ser cumprida pelo aluno e o total de horas do semestre letivo.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Congresso Nacional. Lei no 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes da Educação Nacional. DiárioOficial da União 1996; 23 dez.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CES N°4, de 7 de novembro de 2001. Institui Diretrizes as Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina.

UNIVERSIDADE POTIGUAR. Pró-Reitoria de Graduação e Ação Comunitária. Escola da Saúde. Curso de Medicina. Projeto Pedagógico 2011. Natal, 2011

FREIRE P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 33ª ed. São Paulo: Paz e Terra; 2006.

Mitre SMM, Siqueira-Batista R, Girardi-de-Mendonça JM et al. Ciência & Saúde Coletiva, 2008; 13 (Sup 2):2133-2144.

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