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Sílvia Lima Gonçalves Araújo Maio de 2008 Universidade do Minho Instituto de Letras e Ciências Humanas UMinho|2008 Entre l’actif et le passif: Syntaxe, sémantique et pragmatique comparées français-portugais se faire /fazer-se. Sílvia Lima Gonçalves Araújo Entre l’actif et le passif: Syntaxe, sémantique et pragmatique comparées français-portugais se faire /fazer-se.

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  • Sílvia Lima Gonçalves Araújo

    Maio de 2008

    Universidade do MinhoInstituto de Letras e Ciências Humanas

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    8

    Entre l’actif et le passif:Syntaxe, sémantique et pragmatique comparéesfrançais-portugais

    se faire /fazer-se.

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    se.

  • Tese de DoutoramentoRamo: Ciências da LinguagemÁrea de Conhecimento: Linguística Românica

    Trabalho efectuado sob a orientação de: Professora Doutora Nicole Rivière(Universidade Paris 7 - Denis Diderot)Professora Doutora Maria Aldina Bessa Marques(Universidade do Minho)

    Sílvia Lima Gonçalves Araújo

    Maio de 2008

    Universidade do MinhoInstituto de Letras e Ciências Humanas

    Entre l’actif et le passif:Syntaxe, sémantique et pragmatique comparéesfrançais-portugais

    se faire /fazer-se.

  • É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTA TESEAPENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃOESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

  • iii

    A mon mari et à nos enfants

    A mes parents

  • iv

  • v

    Remerciements

    Je tiens à exprimer ma plus profonde gratitude à tous ceux qui, de près ou de loin, ont

    contribué à la réalisation de ce mémoire de thèse.

    Je voudrais, avant tout, remercier mes deux directrices de recherche:

    Madame le Professeur Nicole Rivière, pour l‘intérêt qu‘elle a toujours porté à mon travail,

    pour sa disponiblité, ses précieuses suggestions et son exigence, pour les discussions qui m‘ont

    permis d‘éclairer certains problèmes linguistiques et pour l‘apport de ses travaux qui ont

    inspiré la conception et la rédaction de ces pages.

    Madame le Professeur Aldina de Bessa Marques Ferreira Rodrigues, pour tout ce qu‘ont pu

    m‘apporter ses conseils pratiques et scientifiques et les discussions fructueuses qui ont jalonné

    les différentes étapes de ce travail.

    Je tiens à remercier également tous mes collègues et étudiants lusophones qui ont accepté de

    jouer patiemment le rôle d‘informateur.

    Je ne peux pas manquer de remercier Messieurs les Professeurs José João Dias de Almeida et

    Alberto Manuel Brandão Simões du Département d‘Informatique de l‘Université du Minho,

    pour leurs conseils décisifs en informatique (surtout à propos des outils de recherche sur

    corpus) et pour leur participation au travail de constitution du corpus parallèle Le Monde

    Diplomatique (FR-PT).

    Enfin, je voudrais remercier ma famille et mes amis qui m‘ont été d‘une aide constante et se

    sont montrés d‘une patience à toute épreuve. Sans leur bienveillance et leur compréhension,

    ma thèse n‘aurait pas pu voir le jour.

  • vi

  • vii

    TÍTULO E RESUMO

    «E Entre a activa e a passiva: se faire /fazer-se. Sintaxe, semântica e pragmática comparadas

    francês-português

    Apesar dos diversos contextos de utilização que apresenta e das várias questões teóricas que

    levanta, a construção se faire nunca foi objecto de um estudo contrastivo entre o francês e o

    português. A constatação de que nem sempre é possível estabelecer uma correspondência literal

    directa entre se faire e fazer-se motivou a elaboração deste estudo.

    As relações estabelecidas quer pelo verbo faire quer pela pronominalização, que implicam

    fenómenos de diátese activa, passiva e causativa, são equivalentes em ambas as línguas. Este estudo

    pretende analisar as restrições sintácticas e/ou semânticas específicas de cada língua que, em alguns

    casos, bloqueiam o processo de tradução literal.

    A fim de estabelecer o contraponto entre as duas línguas, recorreu-se, essencialmente, a um

    corpus literário e jornalístico composto por textos idênticos, publicados em francês e em português.

    Um inquérito submetido a locutores nativos do português pretende determinar os factores que

    condicionam o uso de fazer-se por parte dos falantes inquiridos e dos diferentes tradutores

    analisados.

    Este estudo contrastivo coloca sobretudo em evidência o papel central desempenhado pelo

    factor da intencionalidade na língua portuguesa, a par da agentividade e da causa.

  • viii

  • ix

    TITRE ET RÉSUMÉ

    « Entre l‘actif et le passif: se faire /fazer-se. Syntaxe, sémantique et pragmatique comparées

    français-portugais

    Malgré la richesse de ses usages et les problèmes théoriques qu‘elle pose, la construction en se faire

    n‘a jamais été au centre d'une étude contrastive français-portugais. Cependant la traduction directe de

    se faire par fazer-se n‘est pas toujours possible.

    Les relations construites par faire, d‘un côté, par la pronominalisation de l‘autre, qui font intervenir

    les phénomènes de diathèse, active, passive et causative, sont les mêmes en français et en portugais.

    Il s‘agissait donc de comprendre les contraintes spécifiques à chaque langue, syntaxiques et/ou

    sémantiques, qui empêchent la traduction directe dans certains cas. Le contraste entre les deux

    langues est établi majoritairement à partir d‘un corpus littéraire et journalistique de textes identiques,

    édités dans les deux langues. Un sondage auprès de lusophones vient apporter un éclairage

    sociologique à certaines divergences observées entre différents locuteurs et traducteurs d‘un même

    énoncé en se faire.

    Le résultat le plus marquant de cette étude contrastive est la mise en évidence du rôle central en

    portugais de l‘intentionnalité à côté de celui de l‘agentivité et de la cause.

  • x

  • xi

    TITLE AND ABSTRACT

    ― Between active and passive: se faire /fazer-se. A comparison of the syntax, semantics and

    pragmatics in French and Portuguese

    The French se faire construction presents numerous and varied usage possibilities while also

    raising a number of theoretical issues. Furthermore, it should be noticed that it is not always possible

    to establish a direct correspondence between French se faire and Portuguese fazer-se. The se faire

    construction, however, has never before been at the core of a contrastive study of French and

    Portuguese.

    The connections established by the verb faire, on the one hand, and by the

    pronominalization, on the other hand, which involve linguistic phenomena such as active, passive

    and causative diathesis, are the same in French as in Portuguese. It is the purpose of the present study

    to shed light on the language-specific constraints, whether they be syntactic and/or semantic, which

    in some cases impede literal translation.

    The contrast between the two languages was based mainly on a literary and journalistic

    corpus, composed of identical texts, published both in Portuguese and French. A survey was carried

    out among native speakers of Portuguese in order to offer a sociological explanation for the

    differences found between various speakers and between the divergent versions of the same text by

    different translators.

    The most remarkable result of this contrastive study was that it underscored the role of

    intention in the Portuguese language along with that of agentivity and cause.

  • xii

  • xiii

    TABLE DES MATIÈRES

    INTRODUCTION ....................................................................................................................................................... 1 1. Désignation et délimitation du champ d‘étude ............................................................................................2 2. Objectifs de la recherche .............................................................................................................................6 3. Plan de la thèse ............................................................................................................................................7 4. Constitution des données .............................................................................................................................9

    4.1. Linguistique de corpus et définition de corpus ................................................................................9 4.2. Corpus portugais en libre accès .....................................................................................................10 4.3. Choix des corpus ...........................................................................................................................15

    4.3.1. Corpus unilingues ...................................................................................................................................... 15 4.3.1.1. Pour le français ............................................................................................................... 15

    4.3.1.1.1. Corpus littéraire ....................................................................................................... 16 4.3.1.1.2. Corpus journalistique ............................................................................................... 17

    4.3.1.2. Pour le portugais ............................................................................................................. 18 4.3.1.2.1. Corpus littéraire ....................................................................................................... 19 4.3.1.2.2. Corpus journalistique ............................................................................................... 19

    4.3.2. Corpus bilingues ........................................................................................................................................ 20 4.3.2.1. Critères de choix du sens de la traduction: français → portugais ................................... 21 4.3.2.2. Les traductions et la démarche suivie ............................................................................. 21 4.3.2.3. Système de référence des exemples des corpus bilingues .............................................. 22

    4.4. Questionnaires soumis aux locuteurs natifs du portugais ..............................................................23 4.5. Résumé ..........................................................................................................................................23

    CHAPITRE 1 – CADRE THÉORICO-MÉTHODOLOGIQUE ...................................................................... 25 1. La Théorie des Opérations Prédicatives et Enonciatives de A. Culioli (abrégée en T.O.P.E) ..................25

    1.1. A la recherche des invariants .........................................................................................................25 1.2. Système de représentation métalinguistique ..................................................................................27 1.3. Notion et topologie du domaine notionnel ....................................................................................28 1.4. Instance de localisation et instance de validation, modes d‘articulation .......................................31

    2. Description de quelques opérations constitutives d‘un énoncé .................................................................34 2.1. Opérations prédicatives .................................................................................................................34

    2.1.1. ‗Relation primitive‘, ou relation ordonnée .............................................................................................. 35 2.1.2. ‗Relation prédicative‘, ou relation orientée, premier argument et terme de départ............................. 36

    2. 2. Opérations énonciatives ................................................................................................................41 2.2.1. Repère constitutif ....................................................................................................................................... 42 2.2.2. Distinction entre terme de départ et repère constitutif ........................................................................... 42

    CHAPITRE 2. VOIX ET DIATHÈSE. DÉFINITION ET PROBLÈME DE DÉLIMITATION ................ 45 1. La voix chez Dubois et al 1973 et Mounin 1974: actif, passif et pronominal (ou moyen) .......................45 2. Tesnière 1959: voix = transitivité, diathèse = actif, passif, réfléchi et causatif ........................................46 3. Benveniste 1966: diathèse externe et interne ............................................................................................48 4. Creissels 1995: voix: passif, moyen, causatif............................................................................................50 5. Wilmet 1998: 3 voix, 5 voies par composition avec diathèse: topicalisation............................................52 6. Muller 2005: voix = domaine grammatical, diathèse = choix communicatifs du locuteur .......................59 7. Résumé ......................................................................................................................................................62

    CHAPITRE 3. LA DIATHÈSE PASSIVE. ÉLÉMENTS DE DÉFINITION .................................................. 67 1. Définition du passif selon des critères sémantico-pragmatiques ...............................................................67

    1.1 Discussion de l‘opposition sémantico-référentielle action vs passion............................................67 1.2. Opérations de «démotion» et de «promotion» ..............................................................................70

    1.2.1. Passif canonique, promotion de b et démotion de a ............................................................................... 70 1.2.2. Passif impersonnel, démotion de a sans promotion de b ....................................................................... 71 1.2.3. Fonction principale du choix du premier argument (thème) ................................................................. 73

    1.3. Diathèses et changement de perspective sur l‘événement .............................................................74 1.3.1. Redistribution des actants sans modification morphologique du verbe ............................................... 79 1.3.2. Redistribution des actants avec modification morphologique du verbe .............................................. 82

  • xiv

    1.4. Passivation et problèmes de thématisation et se faire ....................................................................90 1.5. Orientation du prédicat, propriétés primitives des N, détermination et rôles actanciels ...............94

    2. Définition du passif selon des critères formels .........................................................................................98 2.1. Pour une définition du passif dans le cadre d‘une approche sémasiologique restreinte ................98 2.2. Définition du passif dans le cadre d‘une approche sémasiologique associée à une approche onomasiologique .................................................................................................................100

    3. Quelques procédés d‘encodage du passif en français et en portugais .....................................................104 3.1. Remarques à propos des quelques constructions françaises et portugaises apparentées au passif ...................................................................................................................................................104 3.2. Le couplage du passif canonique avec l‘actif canonique dans les deux langues .........................108 3.3.Passif classique et passif pronominal dans les deux langues ........................................................112

    4. Transitivité, schéma non pronominal et pronominal, auxiliaires être et avoir et rôles actanciels ...........124 4.1. La transitivité prototypique, auxiliaires avoir et être ...................................................................125 4.2. Les rôles actanciels et la pronominalisation en construction personnelle ...................................133 4.3. Le continuum actif > moyen réfléchi > passif .............................................................................143

    5. Résumé ....................................................................................................................................................162

    CHAPITRE 4. LA DIATHÈSE CAUSATIVE. ÉLÉMENTS DE DÉFINITION........................................ 167 1. Les types de mécanismes causatifs selon l‘échelle de compacité de Dixon (2000) ................................167

    1.1. Application des principes de Dixon: du prédicat complexe en français au lexical en portugais .............................................................................................................................................169 1.2. Le mécanisme du prédicat complexe (avec faire-Inf) en français et ses équivalents en portugais dans LMD ...........................................................................................................................171

    1.2.1. Traduction lexicalisée sous forme d‘un verbe simple .......................................................................... 171 1.2.1.1. Traduction de faire + inf intransitif en français par un seul verbe transitif en portugais .................................................................................................................................... 172 1.2.1.2. Traduction de faire + inf transitif par un seul verbe transitif en portugais ................... 173

    1.2.2 Traduction par une construction causative verbale avec verbe autre que fazer ................................. 175 1.2.3. Traduction par une nominalisation ........................................................................................................ 176 1.2.4. Traduction par une construction causative avec un nom ou un adjectif ............................................ 177 1.2.5. Traductions par le biais de transformations syntaxiques complexes.................................................. 177

    1.3. Le mécanisme du prédicat complexe (avec faire-Inf) et degré d‘animation du causateur et du causativé dans LMD ..................................................................................................................180

    1.3.1. Repérages causatifs intersubjectifs entre deux animés : S1 et S2 ......................................................... 180 1.3.2. Repérages causatifs entre un animé humain et un non-humain ou un inanimé: S1 – N2 ................. 182 1.3.3. Repérages causatifs entre un inanimé et un animé: N1 - S2 ................................................................. 182 1.3.4. Repérages causatifs entre deux inanimés: N1 et N2 .............................................................................. 183

    2. Construction causative analytique en faire/fazer INF en français et en portugais: le plan syntaxique ...................................................................................................................................................184

    2.1. Les constructions causatives construites avec fazer en portugais................................................187 2.1.1. Hiérarchie de relations et marquage casuel dans les constructions perméables de type VV ........... 187 2.1.2. Hiérarchie de relations et marquage casuel dans les constructions imperméables de type VSV et VOV. ................................................................................................................................................................... 189

    2.2. La construction en faire INF en français .....................................................................................193 2.2.1. Réalisation syntaxique du «sujet» de l‘infinitif .................................................................................... 193 2.2.2. Non respect de la hiérarchie d‘accessibilité aux fonctions objet direct > objet indirect > obliques 194

    2.3. Formes et position des clitiques compléments de l‘infinitif dans les deux langues ....................195 2.3.1. Place et fonction des clitiques compléments non réfléchis ................................................................. 196 2.3.2. Place et fonction des pronoms compléments réfléchis ........................................................................ 201

    2.4. Constructions causatives en faire-Inf et fazer-Inf et différentes possibilités de diathèse ............212 2.4.1. Rapport entre la construction ‗Faire Par‘ et le passif ........................................................................... 212 2.4.2. Faire + inf et les quatre schémas diathétiques de Tesnière 1959 ...................................................... 220

    2.4.2.1. Le passif dans l‘imbriquée dans la construction en faire-par ....................................... 221 2.4.2.2. Le passif dans l‘imbriquée dans la construction en fazer-por....................................... 222 2.4.2.3. Le causatif passif du transitif actif et du transitif passif dans les deux langues ............ 224

    2.4.2.3.1. Le passif périphrastique long: l‘ajout d‘un actant ................................................. 224 2.4.2.3.2. Mouvement Long de l‘Objet

    dans une construction en se ..................................... 229 2.4.3. Tableau synoptique des différentes possibilités d‘orientation de l‘imbricante et/ou de l‘imbriquée230

  • xv

    3. Construction causative analytique en faire/fazer INF en français et en portugais: le plan des visées sémantico-pragmatiques ...................................................................................................................238

    3.1. Configuration générale des repérages causatifs ...........................................................................239 3.1.1. Différents cas de «vidage» des places d‘arguments ............................................................................. 240 3.1.2. Choix du terme de départ au niveau prédicatif et énonciatif ............................................................... 242

    3.2. Différents types de complémentation pour le S2 .........................................................................244 3.2.1. Différence interprétative entre construction en faire- Và et construction en faire- Vpar ..................... 244 3.2.2. Structure ergative, structure objective, et le choix par/à N ................................................................. 247

    3.3. Modes d‘intervention du S2 dans le procès imbriqué des constructions causatives VSV, VOV et VV et inférences sémantico-pragmatiques différentes .........................................................250

    3.3.1. Degré d‘intégration syntaxique de l‘événement imbriqué dans l‘événement imbricant .................. 250 3.3.2. Choix de VV ou VOV en fonction des traits d‘animation de S2 ........................................................ 251

    3.4. Causation directe et causation indirecte ......................................................................................252 3.4.1. Marquage accusatif ou datif assigné au causativé: le degré d‘autonomie du causativé .................. 253 3.4.2. Concurrence entre la forme verbale synthétique et la construction analytique causative ................ 254

    4. Se Faire-Inf et Faire-Inf: rapprochement et contraste ............................................................................259 4.1. Différences entre faire + Vinf et se faire + Vinf .........................................................................259

    4.1.1. Redistribution des actants avec augmentation de la valence du verbe: faire + Vinf ........................ 259 4.1.2. Redistribution des actants sans augmentation de la valence du verbe: se faire + VINF .................. 260

    4.2. Similitudes entre faire + Vinf et se faire + Vinf ..........................................................................267 4.2.1. Distinction entre ―causatif‖ et ―factitif‖ ................................................................................................. 267

    4.2.1.1. Faire factitif .................................................................................................................. 267 4.2.1.2. Faire causatif ................................................................................................................ 268

    4.2.2. L'action, l‘agentivité et la causativité ..................................................................................................... 268 CHAPITRE 5– SE FAIRE-INF. ÉTAT DE LA QUESTION ...............................................................271 1.Traitement de se faire-inf/fazer-se inf/PP dans les dictionnaires monolingues .......................................271

    1.1.Dictionnaires français en ligne .....................................................................................................271 1.1.1. Trésor de la Langue Française informatisé .......................................................................................... 273 1.1.2. Dictionnaire de l'Académie Française, neuvième édition .................................................................. 273

    1.2. Dictionnaires portugais ................................................................................................................274 1.2.1. Moderno dicionário da língua portuguesa 1998 ................................................................................. 274 1.2.2. Dicionário da Língua Portuguesa contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa 2001 ... 274 1.2.3. Houaiss da língua portuguesa 2003 ...................................................................................................... 275

    2. Traitement de se faire-Inf dans les grammaires françaises .....................................................................275 2.1. Grammaires «traditionnelles» .....................................................................................................276

    2.1.1 Grammaire du français classique et moderne de Wagner et Pinchon 1962 ...................................... 276 2.1.2. Grammaire Larousse du français contemporain de Chevalier et al. 1964 ....................................... 277 2.1.3. La grammaire d‘aujourd‘hui de Arrivé et al. 1986 ............................................................................. 278

    2.2. Grammaires plus récentes ............................................................................................................279 2.2.1. Grammaire de la phrase française de Le Goffic 1993........................................................................ 279 2.2.2. Grammaire méthodique du français de Riegel et al. 1994 ................................................................. 281 2.2.3. La grammaire du français de Denis et al. 1994 ................................................................................... 283 2.2.4. Grammaire critique du français de Wilmet 1997 ................................................................................ 287

    3. Se faire-Inf selon les théories linguistiques .............................................................................................288 3.1. Dubois 1967 et Spang-Hanssen 1967 ..........................................................................................288 3.2. Gaatone 1983 ...............................................................................................................................289 3.3. Tasmowski et Van Oevelen 1987 ................................................................................................291 3.4. Kupferman 1995 ..........................................................................................................................292 3.5. Martin 2002 .................................................................................................................................295 3.6. Cottier 1985 .................................................................................................................................301 3.7. Cordier et al. 2001 et Kokutani 2005 ..........................................................................................306 3.8. Résumé ........................................................................................................................................313

    CHAPITRE 6 - SE FAIRE INF - FAZER-SE INF/PP – CONTRAINTES SYNTAXIQUES ET SÉMANTIQUES .................................................................................................................................................... 317 1. Conditions d‘emploi de SE FAIRE INF ..................................................................................................317

  • xvi

    1.1. Classement des occurrences de se faire INF dans la base textuelle FRANTEXT et celle de LE MONDE DIPLOMATIQUE ....................................................................................................317

    1.1.1. Les verbes communs aux deux corpus .................................................................................................. 318 1.1.2. Les verbes plus fréquents dans les deux corpus ................................................................................... 321 1.1.3. Se faire-Inf et les verbes de perception .................................................................................................. 322 1.1.4. Les verbes non communs aux deux corpus .......................................................................................... 327

    1.1.4.1. Verbes du CL et CJ rangés par ordre alphabétique ....................................................... 328 1.1.4.2. La dimension ‗détrimentale‘ de se faire ....................................................................... 329 1.1.4.3. Le registre «familier» du tour se faire-Inf .................................................................... 333

    1.2. Se faire INF – types de verbes et schémas valenciels privilégiés ................................................341 1.2.1. Verbes trivalents ...................................................................................................................................... 341

    1.2.1.1. N0 V N1 à N2 ................................................................................................................. 341 1.2.1.1.1.Verbes locatifs «concrets» ...................................................................................... 341 1.2.1.1.2. Verbes locatifs «abstraits» ..................................................................................... 344 1.2.1.1.3. Verbes de communication ..................................................................................... 347 1.2.1.1.4. Verbes «locatifs négatifs» ..................................................................................... 349

    1.2.1.2. N0 V N1 Prép N2 ............................................................................................................ 354 1.2.1.2.1. Marquage locatif du OI des verbes locatifs concrets ............................................. 355 1.2.1.2.2. Marquage locatif et/ou datif du OI des verbes locatifs concrets............................ 358

    1.2.1.3. N0 V N1 attribut du N1 ................................................................................................... 359 1.2.1.4. N0 V N1 N2 infinitif ....................................................................................................... 361

    1.2.2. Verbes bivalents directs .......................................................................................................................... 362 1.2.2.1. Note comparative sur se faire-Inf et être-PP ................................................................ 368 1.2.2.2. Propriétés ontologiques des arguments N1 et N2 ........................................................... 372

    1.2.3. Verbes bivalents indirects ....................................................................................................................... 381 1.2.4. Verbes monovalents ................................................................................................................................ 382

    1.2.4.1. Changement du rôle sémantique du référent du sujet ................................................... 383 1.2.4.2. (Se) faire, un coverbe «transitiveur» de l‘infinitif ........................................................ 386 1.2.4.3. Constructions du type: ils se sont fait courir après ...................................................... 388

    1.3. Résumé ........................................................................................................................................394 2. Conditions d‘emploi de FAZER-SE INF .................................................................................................397

    2.1. Classement des occurrences de fazer-se-Inf dans la base textuelle VERCIAL et celle de CETEMPúblico ..................................................................................................................................397

    2.1.1. Liste des concordances et distribution des lemmes .............................................................................. 397 2.1.2. Occurrences de fazer-se INF/PP non traitées ....................................................................................... 400 2.1.3. Les verbes plus fréquents dans les deux corpus ................................................................................... 403 2.1.4. Les verbes communs aux deux corpus .................................................................................................. 410

    2.2. Lectures possibles de fazer-se-Inf en comparaison avec se faire-Inf ..........................................414 2.2.1. Factitif-bénéficiaire (+I, +C) ................................................................................................................... 414

    2.2.1.1. S1 = terme agi du processus imbriqué ........................................................................... 414 2.2.1.2 S1 = attributaire du processus imbriqué ......................................................................... 425

    2.2.2. Causatif-désagréable (-I, +C) ................................................................................................................. 433 2.2.2.1. S1 = terme agi du processus imbriqué ........................................................................... 433 2.2.2.2. S1 = terme attributaire du prédicat imbriqué ................................................................. 436

    2.2.3. Passif-fataliste (-I, -C).............................................................................................................................. 438 2.2.3.1. S1 = terme agi du processus imbriqué ........................................................................... 438 2.2.3.2. S1 = terme attributaire du prédicat imbriqué ................................................................. 440

    2.3.4. Lecture dynamique (+I, +C) ................................................................................................................... 441 2.3.5. Lecture de manifestation (-I, +C) ........................................................................................................... 445 2.3.6. Résumé ..................................................................................................................................................... 451

    3. Questionnaires relatifs à fazer-se Inf soumis à des locuteurs natifs du portugais ...................................452 3.1. Description des questionnaires ....................................................................................................452 3.2. Résultats des questionnaires ........................................................................................................455

    3.2.1. Emploi de fazer-se dans des constructions bivalentes ......................................................................... 456 3.2.1.1. Fazer-se à valeur factitive-bénéficiaire ........................................................................ 456 3.2.1.2. Fazer-se à valeur causative-désagréable ....................................................................... 470 3.2.1.3. Fazer-se à valeur causative-agréable ............................................................................ 478

  • xvii

    3.2.1.4. Fazer-se à valeur de manifestation ............................................................................... 484 3.2.2. Emploi de fazer-se dans des constructions trivalentes ......................................................................... 491

    3.3. Bilan des résultats obtenus ..........................................................................................................494

    CHAPITRE 7- SE FAIRE-INF DANS LES TRADUCTIONS EN PORTUGAIS: PROBLÈMES ET SOLUTIONS ........................................................................................................................................................... 499 1. Cas A — promotion de l‘OD et procès visé par le S1 .............................................................................500

    1.1. Traduction-calque: se faire Inf→ fazer se Inf ..............................................................................500 1.2. Transformation se faire + Inf → fazer se + adjectif/PP / fazer-se → tornar-se ..........................510 1.3. Inversion de l‘orientation diathétique (transformation active) ....................................................511 1.4.Mandar INF ..................................................................................................................................517 1.5. Fazer INF ....................................................................................................................................520 1.6. Fazer com que + subjonctif .........................................................................................................520 1.7. Deixar-se INF ..............................................................................................................................522 1.8. Passif canonique en ser PP ..........................................................................................................525

    2. Cas B — Promotion de l‘OD et se faire de «manifestation» ..................................................................529 2.1. Traduction-calque ........................................................................................................................529 2.2. Passif en ser PP ...........................................................................................................................530 2.3. construction en se à orientation diathétique passive ....................................................................531 2.4. Inversion de diathèse (passage à l‘actif) ......................................................................................534 2.5. Passage à un verbe intransitif de manifestation ...........................................................................536

    3. Cas C — Se faire «dynamique» ..............................................................................................................537 3.1. Traduction-calque ........................................................................................................................537 3.2. Verbe intransitif sans fazer-se .....................................................................................................539 3.3. Fazer infinitif...............................................................................................................................540 3.4. Passage à l‘actif ...........................................................................................................................541

    4. Cas D — Promotion de l‘OD et procès non visé par le S1 ......................................................................542 4.1. Traduction-calque ........................................................................................................................542 4.2. Passif en ser PP ...........................................................................................................................543 4.3. Passage à l‘actif ...........................................................................................................................545

    5. Cas E — Promotion de l‘OI en position de sujet syntaxique ..................................................................546 5.1. Traduction-calque ........................................................................................................................546 5.2. Fazer (com) que subjonctif ..........................................................................................................548

    5.2.1. Avec récupération de l‘OI dans la complétive...................................................................................... 548 5.2.2. Sans récupération de l‘OI dans la complétive....................................................................................... 551

    5.3. Fazer+ infinitif ............................................................................................................................551 5.3.1. Avec récupération du bénéficiaire ......................................................................................................... 551 5.3.2. Effacement du Bénéficiaire s‘il est récupérable contextuellement ..................................................... 553

    5.4. Mandar que + subjonctif .............................................................................................................556 5.5. mandar + infinitif ........................................................................................................................557

    5.5.1. Avec récupération du bénéficiaire ......................................................................................................... 557 5.5.2. Effacement du bénéficiaire ..................................................................................................................... 560

    5.6. Autres verbes manipulatifs (du type de obrigar) .........................................................................565 5.7. Glissement du déclencheur à l‘agent réalisateur .........................................................................568 5.8. Passif en ser PP ...........................................................................................................................570 5.9. Inversion de diathèse (actif) ........................................................................................................571 5.10. Passage à une construction symétrique (du type donner/recevoir) ...........................................575

    6. Tableau synoptique des équivalents de se faire en portugais ..................................................................580

    Conclusion ............. ....................................................................................................................................585

    Bibliographie ...............................................................................................................................................593 I. Ouvrages d‘où sont extraits les exemples du corpus littéraire bilingue ...................................................593 II. Ouvrages linguistiques ...........................................................................................................................594 III. Linguistique contrastive et traduction ...................................................................................................616 IV. Dictionnaires, Glossaires et Grammaires ..............................................................................................616 Index ............................................................................................................................................................619

  • xviii

    Annexes .......................................................................................................................................................621

  • xix

    Liste des tableaux, des graphiques et des figures ■ Tableaux

    Tableau 1: Type et taille des corpus parallèles français/portugais accessibles gratuitement en ligne ..........11

    Tableau 2: Niveaux de représentation ..............................................................................................................27

    Tableau 3: Domaine notionnel ........................................................................................................................29

    Tableau 4: Articulation entre instance de localisation et instance de validation ..................................................31

    Tableau 5: Répartition des voix et diathèses par auteur .....................................................................................62

    Tableau 6: Relation syntaxique actif/passif...................................................................................................90

    Tableau 7: Accord verbe-sujet postposé: comparaison français-portugais ........................................................118

    Tableau 8: Auxiliaires être et avoir aux temps simples et composés ................................................................142

    Tableau 9: Différentes valeurs diathétiques du verbe s‘apercevoir ..................................................................146

    Tableau 10a: Continuum dans les diathèses selon Desclés 1993 ......................................................................146

    Tableau 10b: Continuum dans les diathèses selon Desclés 1993 (rappel) .........................................................156

    Tableau 11: Flottement terminologique autour des concepts de «moyen» et de «sens passif» ...........................147

    Tableau 12: Degré de distinguabilité des participants selon Kemmer (1994: 209) ............................................155

    Tableau 13: Continuum de réflexivisation selon Guentchéva 1997 .................................................................155

    Tableau 14: Principales variantes récessives en se à partir de verbes transitifs à la base chez Garcia-Miguel

    1985 .............................................................................................................................................................157

    Tableau 15: Valeurs moyennes des constructions pronominales selon Garcia-Miguel 1985 .............................158

    Tableau 16: Constructions en se-verbe: classifications comparées de Garcia-Miguel 1985 et de Creissels

    2007 .............................................................................................................................................................159

    Tableau 17: L‘occultif récessif et non récessif chez Brahim 2001, 2002 ..........................................................164

    Tableau 18: Équivalents de la construction causative verbale en faire ..............................................................171

    Tableau 19: Constructions causatives analytiques en faire ..............................................................................185

    Tableau 20: Constructions causatives analytiques en fazer Inf ........................................................................186

    Tableau 21: Marquage casuel du sujet logique de l‘inf. dans les constructions en fazer Inf de type VSV, VOV 192

    Tableau 22: Place et fonction des pronoms compléments avec laisser Inf en contexte VOV et VV ...................196

    Tableau 23: Lien entre faire … par et le passif — arguments avancés par Kayne ............................................216

    Tableau 24: Le passif dans l‘imbriquée dans la construction en laisser en contexte VOV .........................224

    Tableau 25: Orientations diathétiques possibles de Faire/fazer + inf en fonction des quatre schémas de

    Tesnière .......................................................................................................................................................231

    Tableau 26: Interprétations de se faire Inf selon Cordier et al. 2001 ................................................................309

    Tableau 27a: Typologies comparées de Kokutani 2005, Cordier et al. 2001 et de Cottier 1985 ........................310

    Tableau 27b: Typologies comparées de Kokutani 2005, Cordier et al. 2001 et de Cottier 1985 ........................414

    Tableau 28: Classement des lectures de se faire de Kokutani illustré par des exemples proposés par Cottier .....311

    Tableau 29: Verbes communs aux corpus Frantext et LMD ...........................................................................320

  • xx

    Tableau 30: Verbes dont le nombre d‘occurrences est supérieur ou égal à l0 dans CJ et CL ..............................321

    Tableau 31: Ordre de fréquence des verbes dans CJ et CL ...............................................................................321

    Tableau 32: Se faire entendre/sentir dans le TLF ............................................................................................323

    Tableau 33: Se faire remarquer dans le TLF ........................................................................................ ..........324

    Tableau 34: Liste des verbes recueillis dans le corpus de LMD ........................................................................328

    Tableau 35: Liste des verbes recueillis dans le corpus FRANTEXT .................................................................328

    Tableau 36: Liste de verbes communs aux corpus FRANTEXT et LMD .........................................................329

    Tableau 37: Se faire dynamique - passage d‘un sujet expérienceur (vomir) à un sujet agentif (se faire vomir) ..383

    Tableau 38: Distribution des lemmes et nombre d‘occurrences de se fazer INF/fazer-se INF dans

    CETEMPúblico et dans Vercial...................................................................................................................399

    Tableau 39a: Ordre de fréquence des verbes dans CETEMPúblico et dans VERCIAL ................................. ...403

    Tableau 39b: Ordre de fréquence des verbes dans BDS (corpus espagnol) ............................................... .... 404

    Tableau 40: Les verbes les plus fréquents qui se recoupent dans les deux corpus ................................. ............404

    Tableau 41: Verbes communs au CETEMPúblico et au VERCIAL .................................................................410

    Tableau 42: Types de verbes trivalents préférentiellement sélectionnés par se faire .................................. .......426

    Tableau 43: Restrictions syntaxiques et sémantiques de se faire/fazer-se Inf selon la fonction exercée par se . ...451

    Tableau 44: Fréquence des jugements en faveur d‘un comportement intentionnel en fonction des facteurs:

    nature du contexte (C) et nature de l‘action. ................................................................................................465

    Tableau 45: Alternatives proposées à la construction en fazer-se ................................................................498

    Tableau 46: Moyens utilisés en portugais pour traduire les constructions en se faire-Inf du français ..................584

    Tableau 47: Espace sémantique commun à se faire/fazer en contexte de promotion de l‘objet direct et indirect 590

    ■ Graphiques

    Graphique 1: Fazer-se / situations bénéfiques pour le sujet ........................................................................456

    Graphique 2: Variations des jugements d‘acceptabilité à propos de fazer-se conduzir ...............................460

    Graphique 3: Variations des jugements d‘acceptabilité à propos de fazer-se operar ..........................................462

    Graphique 4: Fazer-se à valeur causative-désagréable: jugements favorables/défavorables de la part des professeurs et étudiants ..................................................................................................................................470

    Graphique 5: Variations des jugements d‘acceptabilité à propos de fazer-se demitir ................................471

    Graphique 6: Fazer-se à valeur causative-désagréable: jugements favorables/défavorables de la part des professeurs ............................................................................................................................................473

    Graphique 7: Fazer-se à valeur causative-désagréable: jugements favorables/défavorables de la part de quelques étudiants .........................................................................................................................................473

    Graphique 8: Variations des jugements d‘acceptabilité à propos de fazer-se galardoar/recompensar ...............479

    Graphique 9: Fazer-se de manifestation: jugements d‘acceptabilité/ d‘inacceptabilité de la part de quelques professeurs ...................................................................................................................................485

    Graphique 10: Fazer-se de manifestation: jugements d‘acceptabilité de la part des étudiants ...................488

    Graphique 11: Fazer-se de manifestation: jugements favorables/défavorables chez les professeurs et étudiants ......................................................................................................................................................489

  • xxi

    Graphique 12: Jugements d‘acceptabilité à propos de fazer-se esperar .......................................................490

    Graphique 13: Bilan des résultats obtenus pour les quatre valeurs de fazer-se Inf. ......................................494

    ■ Figures

    Figure 1: Corpus parallèles disponibles sur le site de la Linguateca ..............................................................10

    Figure 2: Concordance bilingue récupérée de LMD pour se faire .................................................................12

    Figure 3: Extrait de concordance: fazer-se ouvir du côté portugais et se faire entendre du côté français ..................13

    Figure 4: Requête conjointe de fazer-se et de se faire ....................................................................................14

    Figure 5: FRANTEXT sur le site de L‘ATILF ..............................................................................................16

    Figure 6: Frantext. Formulaire de recherche ..................................................................................................17

    Figure 7: Corpus monolingues portugais en libre consultation sur la page AC/DC de la Linguateca ...................... 18

    Figure 8: Description de la structure du corpus VERCIAL diffusé sur le site de la Linguateca ...................19

    Figure 9: Description de la structure du corpus CETEMPúblico disponible sur le site de la Linguateca ..................... 20

    Figure 10: Le passif: changement de l‘orientation de la prédication ....................................................................73

    Figure 11: Echelle de la transitivité des schémas syntaxiques réalisés .........................................................126

    Figure 12: Modèle de l‘événement canonique de Langacker (1991b: 285) ........................................................129

    Figure 13: Fenêtre d‘attention de Talmy 1996 sur le modèle de Langacker ......................................................131

    Figure 14: Continuum actif > moyen réfléchi > passif......................................................................................152

    Figure 15: Échelle de compacité chez Dixon 2000 ...........................................................................................167

    Figure 16: Equivalents portugais de faire INF selon l‘échelle de compacité de Dixon 2000 ..............................179

    Figure 17: Augmentation de valence avec faire Inf, réduction de valence avec se faire Inf.................................264

    Figure 18: Trésor de la Langue Française Informatisé disponible sur le site de l‘ATILF ....................................272

    Figure 19: Dictionnaire de l‘Académie Française disponible sur le site de l‘ATILF ..........................................272

    Figure 20: Verbes de perception visuelle rangés dans le sous-champ de voir ou celui de regarder .....................324

    Figure 21: Formule introduite pour accéder à la liste des occurrences de se fazer-Inf dans le

    CETEMPúblico .............................................................................................................................................398

    Figure 22: Extrait de concordance pour la chaîne de caractères "se" [lema="fazer"] @[pos="V.*"] ....................399

    Figure 23: Échelle de fidélité à l‘original .........................................................................................................499

    Figure 24: Échelle de gradation passive ...........................................................................................................587

  • xxii

    Araújo, Sílvia Lima Gonçalves (2008). Entre l‘actif et le passif: se faire /fazer-se. Syntaxe, sémantique et pragmatique comparées français-portugais. Braga, Institut de Lettres et Sciences Humaines/Université du Minho. Paris, Université Paris 7 – Denis Diderot. Mots-clés: corpus, se faire, fazer-se, actif, passif, causatif, pronominalisation, rôles actanciels, traduction littérale/oblique.

  • 1

    Introduction

    Aussi étonnant que cela puisse paraître, il n’existe à ce jour aucune étude systématique sur le

    passif en portugais en comparaison avec ce qu’on peut appeler le passif en français1. Pour

    combler cette lacune, nous avons choisi de travailler en parallèle sur ces deux langues. Décrire

    et analyser, dans le cadre théorique défini par A. Culioli, comment chacune de ces deux

    langues réalise cette notion, et déterminer leurs convergences et leurs divergences nous a paru

    une voie de recherche intéressante et fructueuse qui conduit à des résultats théoriques aidant à

    comprendre non seulement le fonctionnement de ces deux langues séparément mais aussi cette

    zone médiane que constitue le passage de l’une à l’autre. Pour rendre compte de la complexité

    de ce passage, il est important de bien comprendre que «l’objectif principal de la linguistique,

    entendue comme science de la langue (par opposition à la parole…) est la découverte

    d’invariants interlangues, c’est-à-dire de relations plus ou moins abstraites qui se vérifient

    dans les langues les plus diverses. C’est donc par la recherche typologique que l’on peut

    espérer les atteindre» (Lazard 2000: 447). Pour ce linguiste, qui s’est surtout soucié de

    comparer les langues, afin de dégager des propriétés communes, par-delà les variations

    observées d’une langue à l’autre, cette recherche typologique «comporte deux étapes: d’abord

    la description des langues, puis leur comparaison…» (ibid). Dans notre démarche

    comparative, nous avons tenu compte de ces deux étapes pour découvrir toutes les divergences

    à prendre en compte lors de l'établissement des équivalences fonctionnelles entre des formes

    de deux langues et nous avons essayé d’éviter le piège qui consiste à projeter les catégories

    d’une langue à l’autre car comme le souligne à juste titre Lazard (ibid) à la suite de la citation

    transcrite ci-dessus, «les catégories étant propres à chaque langue, ne coïncident généralement

    pas d’une langue à l’autre… Il faut donc recourir au contenu sémantique, qui est ce que les

    langues ont en commun,… [et] construire des cadres conceptuels qui serviront de base de

    comparaison…». Nous adoptons ce point de vue qui, sans écarter les réalisations syntaxiques

    et morphologiques, permet d’accéder à ce que les langues ont en commun. S’il est certain

    qu’une catégorie linguistique n’a pas un correspondant associé de façon biunivoque dans une

    autre langue (cf. Desclés 1982: 51-52), il n’en reste pas moins vrai que l’existence de telles

    1 Les seuls travaux plus exhaustifs auxquels nous avons pu avoir accès étudient le passif dans une perspective comparative portugais-anglais (cf. Azevedo 1973, Zanotto 1984, Duarte 1987, Gabriel 2001). Quant aux travaux (Cunha 1978, Arruda 1978, Nascimento 1979, Moura 1988, Moino 1988, B. C. D. da Silva 1990, Fagundes de Oliveira 2005) qui traitent des problèmes concernant la syntaxe, la sémantique ou la pragmatique du phénomène du passif en portugais, on notera qu’ils ont été menés pour la plupart dans le cadre du portugais du Brésil dans une perspective synchronique ou diachronique.

  • Entre l’actif et le passif: se faire/fazer-se

    2

    catégories oblige à prendre acte du fait qu’il est impossible d’établir une relation terme à terme

    entre forme et sens. On peut avoir: un marqueur - plusieurs valeurs; plusieurs marqueurs - une

    valeur. En d’autres termes, on est sans arrêt confronté au problème de la synonymie, de

    l’ambiguïté et de la paraphrase (cf. Fuchs et Le Goffic 1983: 109-136 ou bien encore Fuchs

    1987: 15-19), bref tout sauf un jeu fixe entre représentants et représentations2. En ce qui

    concerne la diathèse, phénomène en jeu dans la construction que nous étudions, Culioli

    remarque qu’il n’y a pas de correspondance directe entre la diathèse passive et un marqueur

    unique, bien identifiable, d’où la difficulté à délimiter ce que l’on appelle traditionnellement la

    «voix passive» (1990: 14-15). Aussi n’est-il pas étonnant de constater que de nombreux

    linguistes assument ce concept sans essayer de le définir; et si l’on consulte quelques

    grammaires de référence du français (Damourette & Pichon 1911-1940, Brunot 1936, Wagner

    & Pinchon 1962, Chevalier et alii 1964, etc.,) et du portugais (Cuesta, P. & M. A. Luz 1983,

    Cunha, C. & L. Cintra 1989, Mateus, H. M. M. et alii 2003, etc.), on est bien obligé de

    conclure que les conceptions implicites divergent, bien souvent, d’auteur à auteur et sont

    même incompatibles entre elles.

    1. Désignation et délimitation du champ d’étude

    La seule lecture de romans bilingues ou la pratique intuitive de la traduction nous a naturellement

    amenée à construire ce que Culioli (1999: 13) appelle «un problème», i.e. «des ensembles

    d’observations» dont l’étude s’est avérée à la fois passionnante et délicate du point de vue contrastif

    et traductologique, comme en témoigne le contraste d’acceptabilité des énoncés qui suivent:

    Français Portugais

    (1a) elle s’est fait avoir (1b)??ela fez-se enganar (2a) elle s’est fait prier (2b) ela fez-se rogar (2c) *elle s’est fait prié (2d) ela fez-se rogada (3a) Marie s’est fait voler ses bijoux (3b) *a Maria fez-se roubar as suas jóias (4a) elle s’est vu attribuer le premier prix (4b) *ela viu-se atribuir o primeiro prémio

    La linguistique a depuis longtemps montré que toutes les langues n'approchent pas la réalité de la

    même manière et que de nombreux problèmes se posent lors de l'établissement d'équivalences. Il

    semblerait qu’il n’y ait pas, au sein des langues indo-européennes occidentales, de systèmes plus

    antagoniques, malgré les apparences, que le système diathétique français et ce qui lui correspond en

    portugais. Pourtant, dans deux langues aussi proches l’une de l’autre, on pouvait penser que

    2 Même si le phénomène existe dans leur langue maternelle, les apprenants d’une langue étrangère n’en ont pas toujours conscience. La difficulté réside donc dans l’identification du système de correspondances qui ne se superposent pas à celui de la langue première.

  • Introduction

    3

    deux formes aussi apparentées que se voir/se faire en français et ver-se/fazer-se en portugais

    donneraient lieu à des emplois relativement similaires. Or, on s’aperçoit que les formes

    françaises n’ont généralement pas d’équivalents exacts en portugais, qu’il n’y a pas dans la

    plupart des cas de correspondance univoque terme à terme. Bien que le portugais possède

    également les formes fazer-se et ver-se, tout porte à croire, en effet, qu’il en use avec plus de

    parcimonie que le français, ce qui soulève bien évidemment de sérieux problèmes aux

    traducteurs. On voit, par exemple, qu’il est impossible de faire appel à ver-se et fazer-se pour

    proposer une traduction portugaise des exemples (3a) et (4a), soit par incompatibilité syntaxique

    (3a)-(4a), soit par incompatibilité sémantique (1a). Seul l’exemple (2a) peut être traduit d’une

    manière d’une manière littérale (2b) ou quasi littérale, grâce à la substitution de l’infinitif par un

    participe passé (cf., ex. (2d)).

    Une autre différence est encore à remarquer. Alors qu’en portugais la forme fazer-se peut être suivie

    du participe passé (cf. supra, ex. (2d)), le français fait normalement intervenir l’infinitif (cf. ex. (2a)),

    c’est d’ailleurs une des raisons pour lesquelles on considère faire dans ces constructions comme un

    semi-auxiliaire.

    Le déséquilibre entre ces deux langues romanes et l’anglais est ici patent. Il semblerait, en effet, que

    ce dernier ne réduise pas, contrairement au français et au portugais, la passivabilité du verbe à sa

    transitivité directe (de Giorgi 1997) puisqu’il accepte, bien volontiers, outre les passives

    «canoniques» du type de (5b):

    (5) a. Mary gave a book to Peter b. a book was given to Peter by Mary

    des constructions passives associées à des compléments d’objets indirects du type de (6b):

    (6) a. Mary gave Peter a book b. Peter was given a book by Mary S’il est vrai que «la plupart des langues ont des règles très strictes qui interdisent toutes

    l’emploi de l’objet au datif comme sujet d’une phrase passive» (Jespersen 1977: 222), il est

    vrai aussi qu’en anglais, «on a de plus en plus tendance à réserver le rôle de sujet au terme qui

    désigne une personne […] pour des raisons d’ordre émotionnel. C’est pourquoi, on emploie

    facilement le passif pour dire she was promised an apple, «on lui a promis une pomme» ou he

    was awarded a good metal, «on lui a décerné une médaille d’or»» (idem)3.

    3 Il semblerait, en effet, qu’il y ait, en anglais, une plus grande propension à utiliser la construction passive pour certaines fonctions. Granger-Legrand (1976: 51, 53), dans une étude contrastive sur le passif, note, par exemple, que le passif est deux fois plus fréquent dans son

  • Entre l’actif et le passif: se faire/fazer-se

    4

    L’auxiliaire est exactement le même en (5b) et en (6b), mais la différence réside dans le choix des

    objets, objet «direct» et objet «indirect», qui peuvent tous deux accéder au rang de sujet. En

    revanche, on sait qu’en français, seul l’objet direct est subjectifiable au passif, d’où, par exemple,

    l’agrammaticalité des séquences qui suivent:

    (3) c. *Marie a été volée ses bijoux (7a) *Félix est permis de sortir (7b) *une enquête a été procédée (7c) *cette situation a été profitée (exs de François 1998: 17) Tel est le cas, également, en portugais, comme l’ont noté Mateus et al. (2003: 529) à qui nous

    empruntons les trois premiers exemples qui suivent:

    (8a) *o João foi tossido pelo fumo (8b) *o telhado foi caído pelo vendaval (8c) *o espectáculo foi gostado pelos críticos (8d) * a Maria foi roubada as jóais por X4

    On notera, néanmoins, que le portugais refuse, outre les constructions passives anglaises illustrées

    par (6b), les constructions françaises en se faire qui font de l’objet direct (1a) ou indirect (3a) d’une

    construction active le sujet d’une construction équivalant à un passif. Le portugais diffère donc

    radicalement du français en ce sens qu’il ne partage pas la possibilité de construire un passif de

    l’objet prépositionnel à partir d’une construction pronominale du type fazer-se inf (cf., supra, ex.

    (3b)) ou ver-se inf (cf., supra, ex. (4b)).

    À l’issue de cette brève caractérisation, on peut déjà voir qu’il existe, en français, des procédures de

    type diathétique qui sont, en règle générale, d’un emploi nettement plus contraint en portugais:

    • une première possibilité est d’utiliser le verbe se faire suivi d’un infinitif. La forme fazer-se peut

    figurer, en portugais, dans des structures du type: ele fez-se representar por X qui sont, formellement

    et sémantiquement, très proches des structures françaises mentionnées plus haut. Mais comme nous

    essayerons de le montrer, ce genre de structures n’apparaît sélectivement que sous certaines

    conditions contextuelles bien précises dont nous essayerons de rendre compte.

    • une deuxième possibilité est d’utiliser, sous certaines conditions, avec, comme procédé de raccord,

    le verbe se voir, vidé de son sens concret, et suivi d’un infinitif. Cette combinaison donne lieu, en

    corpus en anglais qu’en français et lie ce fait, entre autres, à l’absence d’un pronom indéfini approprié en anglais, correspondant au pronom on. 4 La séquence a Maria foi roubada serait, en revanche, parfaitement naturelle si on devait répondre à une question du type: o que aconteceu à Maria? En effet, comme le remarque, à ce propos, Vilela (1995: 144), il y a des verbes transitifs indirects (du type de: responder, assistir, presidir, perdoar, etc.,) qui sont passivables, en portugais: (1) a. o João respondeu à carta → a carta foi respondida; (1) b. o João pagou aos lixeiros → os lixeiros já foram pagos.

  • Introduction

    5

    portugais, à des séquences fort peu naturelles, voire totalement agrammaticales, lorsqu’on procède à

    la mise au premier rang d’un complément prépositionnel (cf., supra, ex. (4b)) qui est, on l’a vu,

    possible en français (cf. ex. (4a)) et en anglais.

    Ces deux procédés diathétiques sont visiblement plus aptes à engendrer en français qu’en portugais

    des constructions sémantiquement proches du passif. Il est à noter, en effet, que ces procédés

    donnent lieu à des constructions qui peuvent aisément être considérées comme une trace de

    l'engagement personnel de l'énonciateur dans la communication; elles mettent en place une véritable

    relation intersubjective, dans le cadre de laquelle le co-énonciateur est naturellement engagé à inférer

    ce qui est impliqué par le message et à possiblement évaluer le degré d’agentivité du référent du sujet

    syntaxique. En effet, ces constructions prennent une valeur active ou passive plus ou moins affirmée,

    en particulier selon le degré d’agentivité (et donc d’intentionnalité et de contrôle) du sujet, comme le

    montrent les quatre exemples cités ci-dessous5 et dans lesquels ce degré diffère sensiblement:

    (9) un homme encagoulé et armé d’un couteau s’est fait remettre la caisse de l’hôtel «Le Paris», dans la nuit de jeudi à vendredi... (10) mon mari s’est fait remettre une contravention par la police car le policier certifie qu’il n’a pas respecté un feu rouge (11) les 30 lauréats se verront remettre un trophée réalisé par un artiste (12) arrivé en France le 17 janvier pour demander l'asile, M. Lom Ali Aldamov, ancien ministre du commerce du gouvernement tchétchène et membre de la représentation tchétchène en Géorgie, s'est vu remettre le 25 janvier un refus d'admission sur le territoire En effet, dans ces énoncés dans la mesure où il y a retour sur le sujet de l’énoncé qui subit le procès,

    on peut voir la relation avec le passif. Si le sujet s’engage dans un procès dont l’action lui est

    favorable, on peut considérer qu’il est susceptible de déclencher l’événement désigné par le verbe

    qui suit faire (tel est le cas dans la construction factitive pronominale à objet humain transcrite en (9)

    qui introduit une nuance sémantique de forte coercition, d’implication plus directe, voire brutale de

    la part du sujet dans le procès). Mais si le sujet est impliqué dans un procès dont l’action lui est

    néfaste (tel est le cas dans l’exemple (10)), il n’en sera alors que l’affecté (en général, personne ne

    souhaite la validation d’un procès qui lui soit défavorable). On observe donc, à travers ces deux

    constructions, une gradation de l’agentivité en ce qui concerne le sujet grammatical. Alors que le

    sujet de l’énoncé (9) a un fort degré d’intentionnalité, le choix dans (10) de l’item lexical

    «contravention» abaisse à lui seul la capacité agentive du sujet de l’énoncé qui n’a visiblement plus

    5 Ces trois exemples ont été prélevés sur google.fr. Le premier sur le site: www.info.lnc.nc/weekend/ - 18k; le second sur: http://www.moto-net.com/p_commentaires.php?RefArticle=200&marque=#34151, le troisième sur la page: http://www.trophees-communication.com/reglement.html, le quatrième: http://www.dfo-mpo.gc.ca/overfishing-surpeche/en_citations_f.htm.

    http://www.moto-net.com/p_commentaires.php?RefArticle=200&marque=#34151http://www.moto-net.com/p_commentaires.php?RefArticle=200&marque=#34151http://www.trophees-communication.com/reglement.htmlhttp://www.dfo-mpo.gc.ca/overfishing-surpeche/en_citations_f.htm

  • Entre l’actif et le passif: se faire/fazer-se

    6

    le contrôle du procès qui l’affecte. Il est donc bien clair que l’énoncé (10) présente une «dose

    passive» nettement supérieure à celle de l’énoncé (9), bien que l’on ait affaire à une même forme

    verbale («s’est fait remettre»). En (11) et (12), l'agentivité du sujet est également réduite à l'extrême —

    les propriétés caractéristiques de l'agent (intentionnalité, contrôle) étant ici exclues, indépendamment

    de la nature bénéfactive (ex. (11)) ou détrimentale (ex. (12)) du procès. D’où les parentés avec le

    concept de passif envisagé d’un point de vue sémantique: on pourrait ajouter que dans les tours se voir

    Vinf, il ne peut s’agir que d’un procès qui se produit, qui survient, indépendamment de toute

    anticipation, de toute prise en charge subjective6. Le sujet n’est que le spectateur de ce qui lui arrive.

    Voilà pourquoi le procès décrit par ce type de construction se voit facilement associé à une valeur

    dommageable, ce qui n’est nécessairement le cas dans le passif classique.

    En abordant un champ d’investigation aussi vaste que le ‘passif’ dans deux langues (français et

    portugais), il semble inévitable d’y délimiter un sous-ensemble de phénomènes et de les analyser

    conformément à une méthodologie bien précise. C’est ce que nous proposons de faire dans le cadre

    de cette étude: la méthodologie sera celle d’une approche contrastive7, le phénomène étudié celui

    des constructions pronominales mettant en jeu le verbe causatif faire. Ces constructions méritent,

    nous semble-t-il, un développement à part entière car elles renvoient, comme nous allons le voir, à

    une claire dissymétrie entre le bénéfactif/détrimental, où les problèmes d’agentivité, de causativité et

    d’intentionnalité se trouvent étroitement imbriqués à la modalité et à l’aspect.

    2. Objectifs de la recherche

    Malgré la richesse de ses usages et les problèmes théoriques dont elle est l’objet, la forme se faire n’a

    jamais été au centre d'une étude contrastive français-portugais. La présente étude se propose donc

    d’examiner les différentes configurations dans lesquelles se faire apparaît et d’observer les relations

    syntaxiques et sémantiques qui se construisent autour de se faire dans un cadre contrastif mettant en

    présence les langues voisines (romanes) que sont le français et le portugais.

    Nous essayerons, tout d’abord, d’apporter un certain éclaircissement concernant les contraintes

    d’emploi de ces constructions françaises en rapport avec celles en fazer-se tant au niveau syntaxique

    qu’au niveau sémantique en adoptant pour cela une méthode de travail mixte qui recourt au

    6 En fait, cela n’a rien d’étonnant, si l’on admet, à l’instar de Franckel (1989: 415), que dans le cas du verbe voir, «c’est le sujet qui actualise, comme à son insu, le visible. Il ne peut en être le constructeur indépendamment de cette actualisation. Le sujet est “agi” par son percept, il en est le localisateur». On peut donc dire qu’à travers le fonctionnement de ver-se, le sujet devient localisateur à son insu, un “centreur malgré lui ” (pour reprendre une expression de Franckel (idem)). Voir se présente tout simplement comme un accident visuel. Dans la phrase j’ai vu Pierre, il n’est nullement dit que la volonté de Pierre soit en jeu. 7 Dans notre analyse, nous nous appuyerons sur les principes de la linguistique contrastive dont les principaux concepts ont été élaborés par Vinay et Darbelnet dans la Stylistique comparée du français et de l’anglais et par Guillemin-Flescher dans son ouvrage Syntaxe comparée du français et de l’anglais pour être completés plus tard dans l’ouvrage de Chuquet et de Paillard, intitulé Approche linguistique des problèmes de traduction anglais-français.

  • Introduction

    7

    «corpus», comme ressource principale de nos données, et à l’intuition de quelques informateurs

    comme complément. Nous tenterons, par ailleurs, de faire le point sur les obstacles linguistiques à la

    traduction directe/littérale de se faire en portugais, ainsi que sur les solutions offertes par la langue

    portugaise dans les cas où le recours à la traduction indirecte s’impose.

    3. Plan de la thèse

    Le plan de ce travail est le suivant:

    ■ Nous commencerons par présenter les corpus que nous avons utilisés: nous en avons

    constitué certains, seule ou en collaboration, nous avons également exploité des extraits

    d’autres corpus qui existaient déjà, en fonction de nos objectifs de recherche.

    ■ Le premier chapitre plante le cadre théorique et méthodologique dans lequel s’inscrit cette

    étude, et expose les outils conceptuels qui ont nourri notre réflexion et ont servi à l’analyse de

    se faire/fazer-se.

    ■ Le deuxième chapitre dresse un bilan des différents usages des termes voix et diathèse par

    les linguistes. En effet ce point est central pour notre sujet, mais les définitions varient d’un

    linguiste à l’autre. Il nous a donc semblé important d’éclaircir le problème de façon à nous

    situer et à situer les différents auteurs qui ont parlé de se faire/fazer-se de ce point de vue.

    ■ Le troisième chapitre sera consacré entièrement au traitement linguistique (lexico-

    syntaxique, sémantique) et pragmatique du passif. En effet, il ne paraît pas possible d’aborder

    efficacement l’étude de se faire/fazer-se sans se mettre au préalable d’accord sur le terme de

    passif. Après avoir brièvement évoqué les nombreux critères explicites ou –plus souvent–

    implicites, de nature syntaxique, sémantique, fonctionnelle ou pragmatique censés définir la

    catégorie du passif, nous essayerons d’expliquer et de justifier l’adoption d’une définition du

    passif qui dépasse les restrictions purement syntaxiques. C’est en partant d’une perspective

    syntaxico-sémantique que nous nous proposons d’examiner, dans ce chapitre, les liens qui

    existent entre le passif canonique et le pronominal de sens passif. Cette perspective permet, en

    effet, de placer sous l’étiquette du passif proprement dit des constructions passivoïdes

    présentant des similarités syntaxiques et/ou sémantiques avec le passif. Nous donnerons, tout

    d’abord, les propriétés distinctives de ces deux types de constructions en français et en

    portugais, ce qui nous permettra ensuite, en faisant appel aux rôles actanciels, de considérer le

    pronominal dans un continuum de significations entre les deux extrêmes qu’incarnent le passif

    et l’actif.

  • Entre l’actif et le passif: se faire/fazer-se

    8

    ■ Dans le quatrième chapitre seront examinées les caractéristiques morphosyntaxiques et

    sémantico-pragmatiques que présentent les constructions causatives en faire/fazer Inf en

    français et en portugais. Après une brève description des cas où fazer correspond à faire, ainsi

    que des équivalents disponibles en portugais lorsqu’il n’y a pas de correspondance mutuelle,

    nous étudierons les combinaisons possibles dans l’orientation des deux lexis (imbricante et

    imbriquée) en fonction des quatre schémas diathétiques de Tesnière 1959. De façon

    ponctuelle, nous ferons référence à l’opérateur causatif mandar qui apparait dans les

    traductions de faire et met en évidence certaines caractéristiques de fazer.

    ■ Le cinquième chapitre se propose de dresser un état des lieux des descriptions qui ont été

    proposées sur les constructions en se faire, aussi bien dans les grammaires françaises que dans

    la littérature linguistique.

    ■ Le sixième chapitre constitue le coeur de ce travail: nous y présentons les résultats d’une

    étude de corpus unilingues en portugais et en français appartenant à des registres semblables.

    Le but de cette étude est de cerner plus précisément les spécificités propres à chacune de ces

    langues en ce qui concerne les conditions d’apparition et le mode de fonctionnement de la

    construction en se faire en français et de fazer-se en portugais.

    En observant les exemples les plus significatifs regroupés d’après les paramètres d’analyse, nous

    tenterons, tout d’abord, de dégager les propriétés syntaxiques et sémantiques des constructions

    en se faire. Nous examinerons ensuite les points de convergence et de divergence entre se faire

    et fazer-se en faisant appel à des typologies comparées, telles que celles de Cottier 1985, de

    Cordier et al. 2001 et de Kokutani 2005. Enfin, nous examinerons la façon dont quelques

    informateurs lusophones utilisent les constructions en fazer-se, dans le but d’évaluer leur

    représentativité en partant des données relatives à fazer-se Inf que nous avons pu recueillir

    dans nos corpus monolingues.

    ■ Le septième chapitre étudie les constructions en se faire et leurs traductions en portugais

    dans des textes publiés. Au cours de cette mise en regard des deux langues, qui repose sur un

    corpus d’énoncés français extraits d’œuvres littéraires et de leurs traductions portugaises, nous

    pourrons déterminer les facteurs qui favorisent et ceux qui bloquent le maintien de fazer-se

    dans le passage du français vers le portugais.

    Pour ne pas alourdir la thèse, nous avons choisi de ne pas faire figurer la totalité de notre

    corpus. Nous joignons donc un Cd-Rom comportant les textes des différents corpus utilisés

    dans notre thèse; il pourra ainsi être facilement exploité dans des études ultérieures.

  • Introduction

    9

    4. Constitution des données

    Une fois le sujet délimité, il fallait établir un corpus d’exemples. Mais avant de présenter nos

    critères de choix et de sélection de nos corpus, on commencera par examiner la notion même

    de «linguistique de corpus» pour tenter ensuite d’en illustrer les apports, aussi bien

    systématiques que ponctuels, au domaine de l’étude des langues.

    4.1. Linguistique de corpus et définition de corpus

    Depuis ces quelques années, les linguistiques «de corpus» s’affirment à part entière dans la

    recherche fondamentale en linguistique qui semble vouloir renoncer à l’«héritage»

    chomskyen8 et renouer avec une tradition anglo-saxonne fondée sur l’empirisme. Par

    empirisme, on entend que l'observation contribue à la théorie, et non l'inverse. Cette démarche

    empirique est, selon Leech (1992: 112), essentielle en linguistique des corpus. Pour parler clair,

    le linguiste de corpus, au lieu de forger lui-même des exemples de ce qu’il croit être l’usage, se

    fonde sur des textes réels et c’est à partir des données observées dans ces textes qu’il pourra

    proposer une étude descriptive précise.

    En effet, les langues étant particulièrement complexes à décrire, les chercheurs ne peuvent se

    fier à l'introspection seule pour les étudier. C’est pourquoi, il est si important de s’éloigner des

    productions artificielles produites par l’intuition des linguistes et de privilégier l’observation de

    données réelles extraites de corpus informatisés. Ces derniers permettent de mettre en lumière

    des phénomènes linguistiques qui échappent à une approche seulement introspective. Cette

    observa