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A CULTURA DO HOBBY A CONDIÇÃO DO FÃ COMO PRODUTOR E COLECIONADOR DE CONTEÚDO

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Page 1: Slides Pdf   A Cultura Do Hobby

A CULTURA DO HOBBYA CONDIÇÃO DO FÃ COMO PRODUTOR E COLECIONADOR DE CONTEÚDO

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GEORGIA NATAL LUCINA VIANA

pesquisa em andamento pesquisa em andamento

Mestrandas em Comunicação e Linguagens da UTP – PR

Linha de pesquisa de Comunicação e Tecnologia

sobre consumo da música na cibercultura, realizada com o apoio do CNPq

pesquisa em andamento sobre Consumo e construção de identidades adolescentes na internet.

[email protected] [email protected]

Page 3: Slides Pdf   A Cultura Do Hobby

• Momento anterior: fã nem sempre tratado com credibilidade

O ESTUDO DA CULTURA DO FÃ

“os fãs operavam de forma marginal na nossa cultura, ridicularizados na mídia,

estigmatizados socialmente, relegados ao underground por ameaças legais, e

freqüentemente classificados como limitados e

Participação através de

• Organização

• produção de conteúdo

Formas inusitadas

• Apropriação de conteúdo

Possibilitado pela

• Tecnologia

freqüentemente classificados como limitados e não articulados” (JENKINS, 2006a, p. 1).

• Momento atual: fã num ponto central na dinâmica da cultura

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Condição do fã mediado por computador

PONTO DE PARTIDA

FÃ PRODUTOR E COLECIONADOR FÃ PRODUTOR E COLECIONADOR DE CONTEÚDODE CONTEÚDO

CONSUMIDOR CONSUMIDOR PARTICIPATIVOPARTICIPATIVO

FÃ OFFLINEFÃ OFFLINE

As características do fã como produtor de conteúdo são as mesmas dos consumidores participativos, haja vista que a motivação para a colaboração de ambos tem as mesmas bases:

“eles fogem à média e são levados pela paixão, criatividade e por uma noção de dever” (McCONNELL & HUBA, 2008, p. 3).

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O SER HIPER-MEDIADO

Ele está “constantemente construindo e

• É quem ocupa a condição de fã no ciberespaço ao produzir e colecionar conteúdo, quando emprega seu tempo livre reunindo informações online a respeito de seus hobbies, ou remixando conteúdo original na condição de amador

• Ele é definido pela “tensão entre pontos de vista competitivos” (BOLTER & GRUSIN, 2000, p. 257)

Ele está “constantemente construindo e quebrando conexões, declarando alianças e

interesses e depois renunciando a eles” (BOLTER & GRUSIN, 2000, p. 232), apresentando-se assim

em constante transformação.

Page 6: Slides Pdf   A Cultura Do Hobby

O SER HIPER-MEDIADO

• É composto tanto do eu que está fazendo a rede de conexões, quanto dos vários eus presentes no online, sejam todos eles correspondentes a um referencial no um referencial no mundo off-line ou não.

Page 7: Slides Pdf   A Cultura Do Hobby

ENGAJAMENTO E PARTICIPAÇÃOColecionar conteúdo

Proporcionar relevância

Criação de pontos focais

Praças de idéias

IDEÁGORAS (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007)

Notoriedade das praças de conteúdo

Notoriedade

das Pessoas

Rede formada entre elas + conteúdo

produzido ou organizado

Influencia e transforma o

cenário da propaganda

e do mkt

Page 8: Slides Pdf   A Cultura Do Hobby

Transformando as pessoas na mensagem e multiplicando o seu poder individual

COMO?

Quem são essas pessoas?

“esses novos formadores de preferência não são uma super-elite, cujos componentes são melhores do que nós. Eles são nós. (...) Os novos formadores de preferências são simplesmente as pessoas cujas opiniões são respeitadas” (ANDERSON, 2006, p. 105).

Quem são essas pessoas?

Page 9: Slides Pdf   A Cultura Do Hobby

QUANDO ESSAS OPINIÕES SÃO RESPEITADAS? • Quando têm credibilidade, derivada de sua reputação. As formas de adquiri-la:

“transitam entre a quantidade de trabalho e de tempo dedicado ao grupo, bem como a qualidade

e a confiabilidade desse trabalho colaborativo e a confiabilidade desse trabalho colaborativo “(JENKINS, 2006, p. 34)

• intenção verdadeira cria confiabilidade e boa reputação

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EM OUTRO POLO...

• As pessoas buscam a opinião de seus pares

SATURAÇÃO DA PROPAGANDA

DESLOCAMENTO DE PODER

DA MIDIA DE MASSA

PARA O BOCA A BOCA

“as pessoas são o antídoto à realidade injetada na cultura

Quando “a propaganda boca a boca é uma conversa pública (...) as formigas têm megafones” (ANDERSON, 2006, p. 97).

realidade injetada na cultura do dia-a-dia” (McCONNELL &

HUBA, 2008, p. 20),

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DIMENSÃO PÚBLICA DO CONSUMO

“Hoje, o consumo assume muito mais uma dimensão pública – não mais uma questão de

escolhas e preferências pessoais, o consumo se tornou tema de discussões públicas e deliberações

coletivas; o compartilhamento de interesses comumente leva a conhecimento compartilhado, visões compartilhadas e ações compartilhadas” visões compartilhadas e ações compartilhadas”

(JENKINS, 2006, p. 222)

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PRESSUPOSTO DA CULTURA DO HOBBY

O compartilhamento de informações

COMPARTILHAR...

O compartilhamento de informações é umas das condições de ser fã, pois um só fã não consegue obter todas as informações necessárias para a completa apreciação de seu objeto

(JENKINS, 2006a).

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CARACTERÍSTICAS DO FÃ NA CULTURA DO HOBBY

Quem é o fã

Usuário precoce

Disponibiliza

compartilha

Cria algo precoce

Freqüente

ReceptivoMonitoramen

to pessoal

Monitoramento da rede

Disponibilizaalgo mais que a soma das

partes

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influência

recomendaçãoreputação

CICLO DE RETRO-ALIMENTAÇÃO DA CULTURA DO HOBBY

recomendação

Padrões de consumo

credibilidade

reputação

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CONSIDERAÇÕESA produção ou ordenação de conteúdo feita pelo fã com o caráter de hobby, durante seu engajamento online,desencadeia um processo de formação de reputação, a qual pode ser convertida em credibilidade que será posteriormente credibilidade que será posteriormente utilizada para fortalecer suas recomendações.

Este círculo gera uma micro-

economia, fundamentada na

dinâmica do grupo denominada

CULTURA DO HOBBY

Page 16: Slides Pdf   A Cultura Do Hobby

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• ANDERSON, C. (2006). A Cauda Longa. Rio de Janeiro: Elsevier.

• BOLTER, J. D., & GRUSIN, R. (2000). Remediation: Understanding New Media. Cambridge, Massachusetts: The MIT

Press.

• BOURDIEU, P. (1986). The forms of capital. In: J. E. RICHARDSON, Handbook of Theory of Research for the

Sociology of Education (pp. 46-58). Greenword Press.

• JENKINS, Harry. (2006)Fans, Bloggers and Gammers: Exploring

Participatory Culture, New York University Press, NY,

• JENKINS, H. (2006). Convergence Culture, when old and new media

collide. New York: New York University Press.

• LÉVY, P. (2003). A Inteligencia Coletiva. Por uma antropologia do

ciberespaço. São Paulo: Loyola.

• McCONNELL, B., & HUBA, J. (2008). Citizen Marketers. São Paulo: MBooks.

• TAPSCOTT, D., & WILLIAMS, A. (2007). Wikinomics: como a colaboração

em massa pode mudar o seu negócio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

• TURKLE, S. (1995). Life on the Screen: Identity in the age of the Internet. New York: Simon and Shuster.

• TURKLE, S. (2004). Whither Psychoanalysis in Computer Culture? disponível em Kurzweil AI