sistemas-tipos tradicionais e alternativos de produção na suinocultura moderna

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SISTEMAS/TIPOS TRADICIONAIS E ALTERNATIVOS DE PRODUÇÃO NA SUINOCULTURA MODERNA 1. INTRODUÇÃO O Brasil é um país tropical que possui amplas vantagens para a produção animal, principalmente devido às condições disponíveis para a transformação de energia solar (por meio da fotossíntese) em matéria verde disponível para a alimentação animal. Por estas vantagens tem sido destaque na produção e exportação de carnes de bovinos, aves e suínos nos últimos anos. De acordo com informações do IBGE o abate de suínos no Brasil o abate de suínos no Brasil cresceu 118% entre os anos 2000 e 2012, atingindo a marca de 35.980 milhões de cabeças abatidas em 2012. Em termos de peso de carcaças em 2012 foram produzidos 3.465 milhões de toneladas, consolidando o Brasil como o quarto maior produtor mundial de carne suína, superado apenas pela China, União Européia (27) e pelos Estados Unidos. Acompanhando este crescimento, o consumo per capta de carne suína no Brasil atingiu a marca de 15,1kg em 2012, resultado de um plano de ação desenvolvido em conjunto pelo SEBRAE Nacional e pela ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos) durante os anos 2010/2011. A despeito do aumento no consumo interno, as exportações brasileiras sofrem com o crescente nível de exigência dos consumidores externos, que mais preocupados com o meio ambiente, estão elevando a demanda por produtos

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apostila de aula sobre sistemas de produção de suínos

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SISTEMAS/TIPOS TRADICIONAIS E ALTERNATIVOS DE PRODUO NA SUINOCULTURA MODERNA

1. INTRODUOO Brasil um pas tropical que possui amplas vantagens para a produo animal, principalmente devido s condies disponveis para a transformao de energia solar (por meio da fotossntese) em matria verde disponvel para a alimentao animal. Por estas vantagens tem sido destaque na produo e exportao de carnes de bovinos, aves e sunos nos ltimos anos.De acordo com informaes do IBGE o abate de sunos no Brasil o abate de sunos no Brasil cresceu 118% entre os anos 2000 e 2012, atingindo a marca de 35.980 milhes de cabeas abatidas em 2012. Em termos de peso de carcaas em 2012 foram produzidos 3.465 milhes de toneladas, consolidando o Brasil como o quarto maior produtor mundial de carne suna, superado apenas pela China, Unio Europia (27) e pelos Estados Unidos.Acompanhando este crescimento, o consumo per capta de carne suna no Brasil atingiu a marca de 15,1kg em 2012, resultado de um plano de ao desenvolvido em conjunto pelo SEBRAE Nacional e pela ABCS (Associao Brasileira dos Criadores de Sunos) durante os anos 2010/2011.A despeito do aumento no consumo interno, as exportaes brasileiras sofrem com o crescente nvel de exigncia dos consumidores externos, que mais preocupados com o meio ambiente, esto elevando a demanda por produtos quimicamente limpos e optando por carnes que tenha sido produzidas observando-se rgidos critrios de bem-estar animal. Estas exigncias tem conduzido a diversas mudanas e adequaes nos sistemas de produo de sunos no Brasil.

2. SISTEMAS DE PRODUOOs sistemas de produo de sunos adotados no Brasil podem ser caracterizados como extensivo, semi-intensivo e intensivo que so definidos pelo grau de confinamento dos animais bem como pelo nvel de tecnificao das criaes.

2.1 Sistema de produo extensivoO sistema extensivo caracterizado pela manuteno permanente dos animais a campo, durante todo o perodo produtivo, isto , cobertura, gestao, lactao, crescimento e terminao; pelo uso de pouca tecnologia; pelos baixos ndices de produtividade; pelo baixo uso de capital e fora de trabalho e baseado no aproveitamento de recursos naturais e pelo material gentico nativo. As vantagens desse sistema so: economia em instalaes, mo de obra e alimentos e as desvantagens so a exigncia de grandes reas, resulta em baixa produtividade e maior mortalidade na pario.O sistema extensivo utilizado geralmente por produtores que tem relao extrativista e de subsistncia com a criao, o que comum nas regies norte e nordeste do pas.

2.2. Sistema de produo semi-intensivo (semi-confinado)O sistema semi-intensivo tradicional caracterizado pela criao dos animais separados por categoria e idade, sendo que as instalaes devem possuir acesso a piquetes, com a fase de reproduo sendo normalmente realizada em sistema de monta controlada e a fase final do perodo de engorda podendo ser em sistema de confinamento.Existe, porm, uma grande confuso mercadolgica (intencional ou no) quanto a produo de animais em sistema semi-intensivo e a produo orgnica. A produo orgnica regida pela lei 10831 (2003) e suas instrues normativas, em especial a IN n46 (06/10/2011) que tratam, alm do sistema de produo propriamente dito, da industrializao, armazenamento, transporte e comercializao de produtos orgnicos. Neste sentido o conceito de orgnico est mais relacionado ao tipo de alimentos que os animais recebem do que com o sistema de produo.Dentre os sistemas semi-intensivos existentes podemos citar o sistema de criao ao ar livre de ciclo completo, utilizados em pases como Argentina, Portugal e Espanha. O desempenho deste sistema bastante inferior ao sistema confinado, entretanto os animais criados neste sistema so utilizados para a produo de embutidos e presuntos curados (de alto valor agregado) compensando o menor desempenho zootcnico. No Brasil o sistema intensivo de sunos criados ao ar livre (SISCAL) encaixa-se na definio de semi-intensivo, sendo utilizado para a produo de leites com cerca de 25kg.

2.2.1 SISCALO sistema intensivo de sunos criados ao ar livre caracterizado por ter determinadas fases da criao em que os animais so alojados em piquetes (matrizes em gestao e lactao, leites nas fases de creche e recria e os cachaos) e outras fases executadas em sistema confinado (recria e terminao).Este sistema tornou-se bastante popular no interior da regio Sul do Brasil, no somente pela proximidade da EMBRAPA sunos e aves, mas pela existncia de grande nmero de pequenas propriedades rurais com criadores que possuem poucos recursos para investimentos. Assim a utilizao de um sistema tecnicamente vivel e que no envolva elevados investimentos, uma boa opo para estas situaes.A favor do SISCAL podemos enumerar alguns pontos como:a. Custo de implantao 80 a 85% inferior ao que seria investido em um sistema confinado;b. Diminuio substancial na utilizao de medicamentos; ec. Reduo na utilizao de mo-de-obra.Por ser um sistema simples o SISCAL pode ser implantado em praticamente qualquer lugar, entretanto devemos observar alguns aspectos: Solos com boa drenagem; rea correta para os piquetes - apesar de necessitar menor investimento em instalaes, existe a necessidade do correto dimensionamento dos piquetes gestao/lactao = 800m2/fmea; creche = 50m2/leito; cachaos = 800m2/animal; Tempo de ocupao dos piquetes depende do tipo de cobertura vegetal escolhido e da preservao da cobertura, em mdia de 27 dias; Instalao das cercas utilizar cercas eletrificadas nas fases de reproduo e telas na creche; rea de sombreamento este um aspecto de grande importncia, principalmente em regies quentes como o Nordeste brasileiro, devem ser providenciados abrigos mveis que protejam os animais tanto da insolao quanto de chuvas muito fortes.Embora o SISCAL seja aparentemente mais confortvel para os animais, existem alguns trabalhos mostrando que a temperatura dentro dos abrigos permanece sempre acima da zona considerada como de conforto trmico para os sunos, denotando a importncia que deve ser dada a este aspecto. muito importante a presena de rvores que proporcionem sombra para o piquete.O SISCAL, por suas caractersticas um dos sistemas que mais se encaixam no modo de produo orgnico.

2.2.2 Sistema de produo orgnicoOs sistemas orgnicos de produo animal constituem a parte da produo animal dentro dos sistemas produtivos orgnicos. Normalmente os sistemas produtivos orgnicos so constitudos por algumas atividades agrcolas e pecurias que se complementam no uso e reposio dos recursos naturais e nutrientes, dentro daquele espao, sobre manejo orgnico.Atualmente os sistemas de produo orgnicos tem ganhado fora, pois existe uma crescente preocupao dos consumidores em relao ao meio ambiente, aumentando a demanda por produtos quimicamente limpos, aumentando a seleo pela origem dos produtos, bem como a busca por produtos que deixem uma pegada de carbono menor, pressionando as empresas a darem respostas a estas expectativas.Como j comentado a produo de orgnicos regida por normas editadas pelo MAPA (Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento). necessrio utilizar prticas que maximizem o bem estar animal, a qualidade do produto e o retorno econmico, aliado a gentipos adaptados a tais tipos de sistemas no intensivos.Um importante aspecto nos sistemas de criao orgnicos o bem estar animal, neste sentido os sistemas devem ser projetados de forma que sejam produtivos e respeitem as necessidades dos animais, bem como utilizar raas adaptadas s condies climticas e ao tipo do manejo empregado. Os sistemas de produo devem respeitar as cinco liberdades animais:1. Liberdade nutricional: os animais devem estar livres de sede, fome e desnutrio;2. Liberdade sanitria: os animais dever estar livres de feridas e enfermidades;3. Liberdade de comportamento: os animais devem ter liberdade para expressar os comportamentos naturais da espcie;4. Liberdade psicolgica: os animais devem estar livres da sensao de medo e ansiedade; e5. Liberdade ambiental: os animais devem ter liberdade de movimentos em instalaes que sejam adequadas sua espcie.Um dos principais, seno o principal, fator que diferencia um sistema de produo orgnico de um sistema convencional a alimentao. Os sistemas de produo animal orgnicos devem utilizar alimentos produzidos sob manejo orgnico, sendo que somente em condies especiais ou de escassez ser permitida a utilizao de alimentos no orgnicos na ingesto diria (com base na matria seca) de no mximo 20%, sendo permitido a utilizao de suplementos vitamnicos e minerais, desde que os seus componentes no contenham resduos contaminantes acima dos limites permitidos e que atendam legislao especfica.No permitido o corte dos dentes, da cauda e nem o destrompe dos animais (insero de anel no focinho).Por fim, o que realmente caracteriza o sistema orgnico, a proibio da utilizao de produtos quimiossintticos artificiais, hormnios bem como produtos advindos de organismos geneticamente modificados, exceo das vacinas obrigatrias.

2.2 Sistema de produo intensivo (ou confinado)No sistema de criao de sunos confinados, todas as fases da criao so realizadas em instalaes fechadas, podendo ser desenvolvidas em um ou mais prdios. Neste sistema a necessidade de rea para a criao mnima. A aquisio dos insumos para a produo das raes, de fornecedores externos, contribui sobremaneira com a reduo da necessidade de rea.O sistema confinado permite, ainda, a mecanizao (com possibilidade de automatizao) do fornecimento de alimentos e limpeza, com consequente economia de mo-de-obra. Tal automatizao possui custo de implantao mais alto, o que pode inviabilizar sua utilizao por pequenos produtores.Em sistemas confinados as informaes relativas produtividade so extremamente variadas, de acordo com a tecnificao da propriedade, entretanto o conhecimento de valores de produtividade mdios histricos, muito importante para a definio de metas a serem atingidas (tabela 1).Quanto maior for o grau de intensificao da criao, maior dever ser tambm a ateno dispensada ao manejo dos dejetos, visando o atendimento de leis ambientais e a no contaminao dos solos e do lenol fretico. Atualmente, a utilizao dos dejetos para a produo de biogs pode constituir uma importante fonte de entrada de capital na atividade, seja pela utilizao do gs na prpria atividade, pela produo e venda de energia eltrica ou a comercializao de crditos de carbono.Tabela 1. Valores de produtividade em sistemas confinados.

Parmetrosvalor crticoMETA

peso do leito ao nascimento< 1,4> 1,5

nascidos vivos/parto< 10> 10,8

desmamados/parto< 9,2> 10,0

n partos/porca/ano2,02,35

idade ao abate (meses)> 65

peso aos 21 dias (kg)< 5,6> 6,7

peso ao abate (kg)90 a 120kg (depende do mercado)

No passado o sistema mais comum era o de ciclo completo ou seja, todas as fases da produo (reproduo, cria/recria e engorda) eram executadas na mesma propriedade, inclusive com a produo de alimentos (milho e soja). Com o aumento da profissionalizao do setor e a atuao cada vez mais presente de empresas que trabalham no sistema de integrao vertical (a empresa fornece os animais, alimentos e assistncia tcnica e o produtor arca com os custos de instalaes, gua, energia eltrica e mo-de-obra) tem aumentado a quantidade de produtores especializados em determinada fase como por exemplo somente a produo de leites ou a produo de terminadores, como veremos mais adiante.

2.1.2 Sistema de criao com cama sobreposta (deep breeding)Neste sistema os animais so criados em edificaes cujo piso formado por uma camada de maravalha, ou palha ou casca de arroz, onde os dejetos sofrem um processo de compostagem in situ. Este sistema visa reduzir os investimentos em edificaes bem como os riscos de contaminao ambiental e, ainda, melhorar valorizao econmica do composto gerado como adubo orgnico. indicado para a criao de sunos nas fases de crescimento e terminao.A grande vantagem do sistema se deve ao fato de que o mesmo constitui-se em uma alternativa em que as unidades de produo dispensam a necessidade de instalaes destinadas ao manejo do dejeto lquido, tais como canaletas, esterqueiras e/ou lagoas, entre outros, reduzindo os custos na construo das instalaes e no transporte de dejetos. Outra importante vantagem do sistema de cama sobreposta a reduo substancial do mau odor e da proliferao de vetores nas unidades produtoras, visto que os dejetos absorvidos e o substrato sofrem uma fermentao aerbia in situ o que resulta em um material que poder ser, posteriormente, utilizado ou comercializado como adubo orgnico.As desvantagens esto associadas ao maior consumo de gua no vero, maior cuidado e necessidade de ventilao nas edificaes, disponibilidade de maravalha, serragem ou outro tipo de substrato e, principalmente aspectos sanitrios relacionados com a ocorrncia de infeces.

3. TIPOS DE PRODUOOs tipos de produo podem ser definidos pelo produto a ser comercializado ou pelas fases de criao existentes na propriedade.

3.1. Produo de ciclo completo uma criao que abrange todas as fases da produo e que tem como produto o suno terminado. Esse o tipo de produo mais usual no Brasil e independe do tamanho do rebanho.

3.2. Produo de leites aquela criao que envolve basicamente a fase de reproduo e tem como produto final os leites. So consideradas, quando comparadas com as de ciclo completo, criaes especializadas.

3.2.1. Produo de leites desmamadosTem como produto o leito desmamado, que pode ter em mdia 6 kg (21 dias) ou 10 kg (42 dias). O valor de comercializao do quilo deste leito usualmente oscila entre 1,5 a 2 vezes o valor do quilo do suno terminado.

3.2.2. Produo de leites para terminaoTem como produto o leito com 18 a 25 kg de peso vivo e 50 a 70 dias de idade. Essa criao, alm dos reprodutores, tem a fase de creche onde os leites permanecem do desmame at a comercializao. O valor de comercializao do quilo desse leito varia de 1,3 a 1,6 vezes o valor do quilo do suno terminado

3.3. Produo de terminadosEnvolve somente a fase de terminao dos sunos, portanto tem como produto final o suno terminado. tambm uma criao especializada quando comparada com as criaes de ciclo completo. Usualmente, o criador adquire o leito com 20 a 30 kg e, portanto, s tem prdios de terminao. Quando adquire leites desmamados (6 a 10 kg) precisa ter as instalaes de creche ou local de pr-terminao para abrigar os leites antes de coloca-los nas instalaes de terminao.

3.3. Produo de reprodutoresEssas criaes tm como finalidade principal, ou produto principal, futuros reprodutores machos e fmeas. At o final da dcada de 70 essa atividade era desenvolvida por algumas centenas de produtores localizados em diversos estados do Brasil, principalmente na regio Sul.Atualmente, somente cerca de 30 criaes registram animais puros sendo que 61% destas criaes esto na regio Sul, 30,9 na regio Sudeste e o restante na regio Centro-oeste.

3.3.1. Produo de reprodutores tradicional uma criao nos moldes de um produtor de ciclo completo, tendo como produto principal futuros reprodutores, tanto machos como fmeas. A comercializao pode ser feita aps a inspeo zootcnica com trs meses, ou aps o final do teste de granja, com aproximadamente cinco meses, ou ainda em exposies e feiras.

3.3.2. Granja ncleo uma criao com plantel fechado, de animais de raa pura com alto padro gentico e sanitrio. Trabalha com no mnimo 60 fmeas por raa, fazendo avaliao de todos animais produzidos e passveis de comercializao do ponto de vista reprodutivo.Tendem a substituir todos os machos a cada seis meses e as fmeas aps, no mximo, a produo da segunda leitegada.Comercializam para granjas multiplicadoras machos e fmeas puros, geneticamente melhorados, e para produtores de terminados para a indstria, machos.

3.2.3. Granja multiplicadora uma criao vinculada a uma granja-ncleo que recebe machos e fmeas selecionados e predestinados a acasalamentos que geraro animais cruzados, incorporando vigor hbrido aos reprodutores que sero comercializados para os produtores de animais para a indstria.

Todos estes sistemas e tipos podem ser organizados em estruturas de produo verticais ou horizontais. Estruturas verticais so compostas por duas partes distintas, uma chamada genericamente de integrador e a outra formada pelos integrados. Ao integrador cabe, geralmente, a produo e fornecimento dos reprodutores, fornecimento da alimentao, fornecimento de produtos veterinrios, orientao tcnica e compromisso de compra dos sunos produzidos (leites e/ou terminados). Aos integrados participam com as instalaes, mo-de-obra, equipamentos, energia eltrica, gua, necessrios para a produo dos leites e/ou terminados.A integrao horizontal, tambm chamada de associativa, semelhante integrao vertical, porm exercida por cooperativas, associaes de produtores, condomnios ou outras formas de organizao dos suinocultores.

4. CONSIDERAES FINAISNo processo em curso no qual as organizaes lderes buscam a consolidao nos seus mercados domsticos e de disputa no mercado internacional, destacam-se dois traos que marcaram a evoluo da suinocultura nos principais pases produtores, inclusive no Brasil. O primeiro deles, associado intensificao tecnolgica das ltimas duas dcadas, o processo de concentrao e especializao na produo de sunos, e de concentrao no abate e processamento (agroindstria). O outro trao marcante, que ocorreu de forma concomitante ao anterior, foi o aumento da participao dos contratos, dos programas de fomento pecurio e da integrao na coordenao dos agentes. Buscou-se desta forma a reduo de custos atravs dos ganhos de escala na suinocultura e na agroindstria, bem como reduo dos riscos e aumento da qualidade atravs da maior coordenao no suprimento de matria-prima.Ressalta-se ainda que existe uma oferta abundante de dados e informaes no mundo e no pas, permitindo uma melhor caracterizao da cadeia produtiva. Entretanto, e apesar das iniciativas em andamento por parte das principais associaes de representao setorial em conjunto com a Embrapa Sunos e Aves e com diversas universidades, tais dados ainda no so suficientes para um adequado acompanhamento conjuntural e para o desenvolvimento de estudos mais aprofundados, o que requer maior abertura por parte dos diversos atores e associaes de representao da cadeia produtiva da carne suna.