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Sistemas PAYT: potencialidades e desafios Paula Santana Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos 1

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Page 1: Sistemas PAYT: potencialidades e desafios€¦ · Sistemas PAYT: Guia técnico a desenvolver Objetivo • Desenvolvimento de uma ferramenta de caráter prático de suporte à implementação

Sistemas PAYT:

potencialidades e desafios

Paula Santana

Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos 1

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PAYT Pilares fundamentais

AMBIENTAL

ECONÓM. E FINANCEIRO

SOCIAL

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AMBIENTAL

• Economia circular

• Hierarquia de resíduos

• Prevenção

• Separação e reciclagem

AMBIENTAL

ECONÓM. E FINANCEIRO

SOCIAL

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PAYT Pilares fundamentais

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AMBIENTAL

ECONÓM. E FINANCEIRO

SOCIAL

ECONÓMICO E FINANCEIRO

• Maior conhecimento

• Otimização de meios

• Recuperação de custos

• Sustentabilidade das EG

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PAYT Pilares fundamentais

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AMBIENTAL

ECONÓM. E FINANCEIRO

SOCIAL

SOCIAL

• Perceção ambiental

• Cidadania

• Alteração de comportamentos

• Equidade

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PAYT Pilares fundamentais

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Sistemas PAYT: Instrumentos de enquadramento

• Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos 2007-2016 (PERSU II)

• Recomendação IRAR 01/2009 (formação de tarifários aplicáveis aos utilizadores finais)

• Relatório relativo à avaliação sobre o desempenho ambiental de Portugal (OECD, 2011)

• “Use of economic instruments and waste management performances” (COM, 2012)

• Resolução n.º 8/2013 da Assembleia da República

• Plano Nacional de Gestão de Resíduos (PNGR)

• Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020)

• Planos Multimunicipais, Intermunicipais e Municipais de Ação (PAPERSU)

• Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (PO SEUR)

• Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos

• Estratégia para a Economia Circular e proposta de diretiva resíduos 6

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Sistemas PAYT: PERSU 2020

Preconiza medidas com vista à aplicação de sistemas PAYT, sendo a ERSAR a entidade responsável pela sua coordenação, em articulação com a APA, as CCDR e os Municípios.

• OBJETIVO: Prevenção da produção e perigosidade dos resíduos urbanos

Prevenção junto do consumidor

Reforçar a aplicação do princípio do poluidor-pagador pela diferenciação de sistemas de tarifação (fixo e variável) consoante produção e destinos (e.g. através do apoio a sistemas PAYT)

• OBJETIVO: Reforço dos instrumentos económico-financeiros Reforço da aplicação da responsabilidade do produtor Promover projetos de aplicação de tarifação através de medição do peso/volume dos resíduos urbanos recolhidos, mediante sistemas PAYT

Estudar métodos de tarifação do serviço de gestão de RU (alternativos à indexação ao consumo de água)

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Sistemas PAYT: Regulamento Tarifário

Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos (Deliberação 928/2014)

Princípios:

• Universalidade, equidade, transparência, sustentabilidade, utilizador-pagador

• Salvaguardar a sustentabilidade das entidades gestoras sem comprometer a acessibilidade económica ao serviço, com enfoque na recuperação dos gastos por via tarifária

Serviços prestados a utilizadores finais

• Estrutura tarifária: desagrega tarifa de disponibilidade, tarifa variável, tarifas de serviços auxiliares e montante correspondente à repercussão da TGR

• Tarifa variável: aplicável de acordo com metodologias PAYT (euros por quantidade de resíduos urbanos depositados indiferenciadamente) ou por indexação ao consumo de água (quando não exista medição direta do peso ou volume de resíduos urbanos produzidos)

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Sistemas PAYT: Economia Circular

Estratégia para a Economia Circular e proposta de diretiva resíduos

• Estabelece metas ambiciosas de reciclagem e desvio de aterro para 2030;

• Refere que EM devem por em prática instrumentos económicos (entre os quais os mecanismos PAYT), eficazes para a mudança de comportamentos com vista à aplicação da hierarquia de resíduos urbanos, a nível nacional e local.

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Sistemas PAYT: Implementação

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Sistemas PAYT: Trabalhos desenvolvidos e previstos

• Estudos, experiências e projetos desenvolvidos pelas Entidades Gestoras

• Projetos previstos nos PAPERSU

• Estudo “Implementação do princípio do poluidor-pagador no sector dos resíduos (PAYT)”

• Aplicação do Regulamento Tarifário e mecanismos de regulação económica

• Reflexão e aprofundamento da temática PAYT

– Workshop(s), temática na ordem do dia

– Articulação com outras entidades (e.g., ARC, OVAM)

– Visitas técnicas

– Plataforma para partilha de informação

– Desenvolvimento de estudos complementares

(e.g. guia técnico sobre a implementação, na prática, de sistemas PAYT)

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Saco adicional (17 litros): 0,65 €

Sistemas PAYT: Exemplos (Argentona)

Resíduos domésticos indiferenciados Resíduos do comércio Parte fixa: f(tipo de atividade) Parte fixa "matéria orgânica": f(volume contentor) Parte variável: f(sacos, RI e embalagens)

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Zonas de menor densidade populacional • Contentores RFID • Resíduos orgânicos (verde) • Resíduos indiferenciados (cinza) • 25 – 40 – 140 – 240 litros • Recolha semanal com pesagem

Zonas de maior densidade populacional • Contentores coletivos para os indiferenciados • Acesso com cartão

Em complemento: Recurso a vidrões, recolha seletiva PaP (embalagens, papel/cartão), ecocentros

Pagamento: Tarifa base (assegura quantitativo e n.º de recolhas) + pagamento por recolhas adicionais

Sistemas PAYT: Exemplos (Liège – INTRADEL)

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Sistemas PAYT: Workshop 2015

Workshop para reflexão sobre a implementação de sistemas PAYT em Portugal

• Organizado pela ERSAR e realizado nas instalações da LIPOR (15 dezembro 2015)

• 126 participantes, 62 Entidades representadas

• Apresentações sobre enquadramento e estratégia, experiências e projetos em curso em Portugal e Itália, PAYT como instrumento para a mudança de comportamentos

• Debate:

– O papel das campanhas de sensibilização no contexto da recolha seletiva e os resultados obtidos

– A perspetiva do incentivo e das penalizações

– O equilíbrio entre custos e proveitos por via tarifária, no contexto dos modelos tarifários

Documentação disponível em:

\\srvrede\PUB\PROJETOS\RELATORIOS_TECNICOS\PAYT\Plano de Atuação\Workshop_15 dezembro\PAYT_finais

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Sistemas PAYT: Guia técnico a desenvolver

Objetivo

• Desenvolvimento de uma ferramenta de caráter prático de suporte à implementação de sistemas PAYT, incluindo:

– Guia técnico

• Descrição e análise comparativa de sistemas PAYT

• Sistemas técnicos e tecnológicos (e.g., deposição, recolha, sistemas informáticos e de gestão, fases de implementação)

– Simulador de custos

– Modelo de plano de implementação de sistemas de tipo PAYT

• Articulação com outros trabalhos desenvolvidos/em curso na ERSAR

Ponto de situação e próximos passos

• Foi elaborada proposta de termos de referência, que será colocada à consulta do setor

• Preparação de uma plataforma de comunicação de informação sobre sistemas PAYT

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Sistemas PAYT: Algumas notas e conclusões

• A solução adotada é função do contexto, a nível local, e está sujeita a evolução.

• Poderá ser necessário equacionar diferentes opções técnicas.

• É importante garantir:

– Sensibilização, comunicação e acompanhamento;

– Recuperação de custos.

• Principais resultados:

– Redução da produção de resíduos / melhor separação de resíduos;

– Melhor perceção: serviço prestado e pagamento em função do uso do serviço;

– Alteração de comportamentos de modo rápido e duradouro.

• Algumas dificuldades:

– Impacte inicial negativo;

– Alguns comportamentos indesejáveis, com maior impacte na fase inicial; importância da sensibilização e fiscalização.

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Muito obrigada!

Contatos:

Telefone: +351 210 052 200 Fax: +351 210 052 259 E-mail: [email protected] Site: www.ersar.pt