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Universidade Cândido Mendes SISTEMA PREVIDENCIÁRIO MERCADO ABERTO E FECHADO Expandir o conhecimento de como funciona os Planos Previdência Complementar Aberto e Fechado, e sua importância para assegurar o futuro de todos nós, uma vez que o público conhecedor deste mercado é bem reduzido. Curso de Gestão Estratégica William Ariosa Ferreira de araujo

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Universidade Cândido Mendes

SISTEMA PREVIDENCIÁRIO

MERCADO ABERTO E FECHADO

Expandir o conhecimento de como funciona os Planos Previdência Complementar Aberto e Fechado, e sua importância para assegurar o futuro de todos nós, uma vez que o público conhecedor

deste mercado é bem reduzido.

Curso de Gestão Estratégica

William Ariosa Ferreira de araujo

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SISTEMA PREVIDENCIÁRIO

MERCADO ABERTO E FECHADO

RIO DE JANEIRO

2006

SUMÁRIO

Introdução .............................................................................................................04

Capítulo 1 ..............................................................................................................05

1. A Previdência Social no Brasil ......................................................................05

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1.1. Funcionamento da Previdência Social no Brasil .........................................05

1.2. Evolução Histórica da Previdência Social Brasileira ...................................07

Capítulo 2 ..............................................................................................................15

2. Previdência Complementar ..........................................................................15

2.1 Diferença entre Mercado Aberto e Fechado ................................................15

Capítulo 3 ..............................................................................................................16

3. Entidades abertas de Previdência Complementar......................................16

3.1. Tipos de Planos de Benefícios de Entidades Abertas .................................19

3.1.1. PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre.................................................22

3.1.2. PRGP e PAGP ......................................................................................25

3.1.3. FAPI. - Fundo de Aposentadoria Programada Individual .....................26

3.1.4. Plano Tradicional ..................................................................................27

Capítulo 4 .............................................................................................................30

4. Entidades Fechadas de Previdência Complementar .................................30

4.1. Tipos de Planos de Benefícios de Entidades Fechadas ...........................35

4.2. Tipos de Benefícios Fechados....................................................................36

Resumo ................................................................................................................39

Conclusão ............................................................................................................40

Referências Bibliográficas ...................................................................................41

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INTRODUÇÃO

A proteção social pública para os que não dispõem de meios de

subsistência é crucial para o bem-estar das pessoas e das famílias e para o

funcionamento da economia e da sociedade como um todo. Além da dignidade e

independência que a previdência social possibilita aos seus beneficiários, os

benefícios em dinheiro são importantes para a manutenção da capacidade de

consumo. Um sistema previdenciário bem desenhado melhora diretamente o

funcionamento do mercado de trabalho. A previdência social constitui um

programa eficaz para o incremento da paz social e da coesão econômica nas

sociedades modernas.

O debate atual e as restrições econômicas já levaram a significativas

reduções do nível de proteção social em muitos países. Ao mesmo tempo, devido

à acelerada mudança social, novos riscos estão surgindo e alguns dos anteriores

estão ficando mais importantes. O número de pessoas que vivem em ambientes

“sujeitos a risco” está aumentando.

Muitos países têm procurado enfrentar os crescentes custos da saúde

mediante participação dos usuários e condições mais restritivas do direito aos

serviços. Os índices cada vez mais altos de desemprego e o crescente uso de

trabalhadores eventuais ou em tempo parcial têm reduzido o acesso ao seguro-

doença e outros benefícios sociais.

Este trabalho tem o objetivo de mostrar um pouco da evolução da

Previdência Social no Brasil, com ênfase no surgimento da Previdência

Complementar e sua importância para o mercado consumidor.

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A Previdência Social no Brasil

1.1. Funcionamento da Previdência Social no Brasil

No Brasil, o sistema de previdência pública ( Previdência Social ) funciona

em “regime de caixa”. Isso significa que as contribuições dos brasileiros ao INSS

vão todas para um fundo comum, do qual sairá a renda de cada brasileiro na

aposentadoria.

O sistema de previdência oficial no Brasil foi estruturado de forma que não

há equilíbrio entre as contribuições pagas e a renda mensal de aposentadoria que

o contribuinte irá receber no futuro.

Se existisse no País uma proporção de, por exemplo, cinco trabalhadores

contribuintes para cada aposentado, a contribuição paga ao INSS seria suficiente

para garantir uma aposentadoria digna aos brasileiros.

Porém, as contribuições não crescem no mesmo ritmo do montante de benefícios

que devem ser pagos. Há um número cada vez menor de contribuintes para um

número cada vez maior de aposentados – hoje esta proporção já é de apenas

dois para um.

Além de cuidar de aposentadorias e pensões, a Previdência tornou-se, a

partir da Constituição Federal de 1988, a gestora de um amplo programa de renda

mínima e de transferências diretas a pessoas que, em última instância, acaba

sendo custeado com recursos do Tesouro Nacional.

Dos 20 milhões de aposentados e pensionistas do INSS, excetuando seis milhões

que efetivamente contribuíram para fruir os seus benefícios previdenciário, dois

milhões estão escritos na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS ); seis

milhões são pobres urbanos, que jamais contribuíram para a Previdência Social, e

participam de algum tipo de programa de renda mínima; e os restantes seis

milhões são beneficiários de aposentadorias rurais, para as quais também jamais

contribuíram.

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E o cenário se agrava ainda mais a cada dia devido às seguintes razões:

Aumento na expectativa de vida dos brasileiros, que causa um aumento do

número de aposentados;

Queda do índice de natalidade no País, que faz diminuir o número de

futuros contribuintes;

Economia informal e ao desemprego, que provocam redução do número de

contribuintes.

Diversas causas explicam por que um regime de repartição está fadado ao

insucesso. As principais razões, no caso brasileiro, referem-se aos efeitos

perversos para o sistema das mudanças demográficas, o baixo crescimento da

economia, e às mudanças no mercado de trabalho, com o aumento da

informalidade.

Os efeitos perversos da demografia são simples de perceber com o auxílio

de alguns dados. Por exemplo, a relação entre o número de contribuintes ativos

do Regime Geral da Previdência Social e o número de beneficiários inativos era

de 2,5 em 1991. Em 1997, apenas seis anos depois, essa relação havia declinado

para 1,6.

O crescimento do emprego está obviamente associado, entre outras

causas, ao desempenho da economia. Uma recessão prolongada,

particularmente se comandada pelo setor industrial, acarretará uma redução no

emprego e, portanto, do número de contribuintes ativos da Previdência.

Acarretará também um maior uso do seguro-desemprego, cujas contas se

encontram entrelaçadas com as da seguridade social.

Como, para a empresa, a cada real pago de salário corresponde outro

pago sob a forma de encargos trabalhistas, torna-se imperativa a substituição de

postos de trabalho por equipamentos, para que a empresa permaneça

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competitiva no mercado. Essa substituição, diga-se de passagem, é ainda

incentivada pelos benefícios fiscais aos investimentos concedidos às empresas.

A conjugação dessas forças reduziu de forma expressiva o percentual de

trabalhadores formais – os que recolhem contribuições previdenciárias – no total

da força de trabalho. A informalidade atinge diretamente o equilíbrio do sistema

previdenciário, já que trabalhadores informais, por definição, não são contribuintes

da Previdência.

1.2. Evolução Histórica da Previdência Social Brasileira

O sistema de Previdência Social brasileira, desde sua fase embrionária até

nossos dias, experimentou considerável evolução, ora como fruto de conquista

políticas no contexto democrático, ora como fruto da ação paternalista e

autoritária do Estado. As crises pelas quais atravessa o sistema previdenciário

assistencial, se, por um lado, intranqüilizam a população, por outro apresentam o

aspecto extremamente positivo de ensejar o debate de algumas questões antes

mantidas dentro dos limites da burocracia estatal.

As medidas mais antigas no campo da previdência social no Brasil

remontam ao período colonial. Naquele período foram criadas as primeiras

instituições de caráter assistencial, como a Casa de Misericórdia de Santos

(1543). Mais adiante, época do Império, pode-se identificar mais alguns

antecedentes do atual sistema nos montepios civis e militares e em outras

sociedades beneficentes.

Em termos mais abrangentes, a primeira medida de proteção social que se

conhece é a Lei nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919. Essa lei estabelecia o seguro

de acidentes de trabalho, tornando obrigatório a indenização, por parte do

empregador, dos acidentes ocorridos na execução do trabalho.

Todavia, a Lei Eloy Chaves (Decreto-Lei nº 4.682, de 24 de janeiro de

1923) pode ser considerada, efetivamente, o ponto de partida do sistema

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previdenciário brasileiro. Esta lei determinava a criação de caixas de

aposentadorias e pensões nas empresas ferroviárias existentes na época. Cada

empresa possuía uma caixa destinada a amparar seus empregados na

inatividade. Ela marcava o início da fase de vinculação por empresa,

caracterizada pelo pequeno numero de segurados – algumas vezes o mínimo

indispensável para o funcionamento nos moldes adotados – e pela multiplicidade

de instituições. A administração das caixas era feita por um colegiado, composto,

em partes iguais, por representantes dos empregados e dos empregadores, sem

a participação do Estado. No decorrer das décadas de 20 e 30 o sistema foi

estendido a empresas de diversas categorias profissionais, chegando a existir 183

caixas em 1937.

A partir de 1930, as classes assalariadas urbanas passaram a ter maior

peso no cenário político econômico do país. Foi criado o Ministério do Trabalho,

Indústria e Comércio, e a previdência social passou a merecer maior atenção por

parte do Estado. Como pequeno número de segurados proporcionava recursos

insuficientes para o funcionamento das caixas em moldes estáveis, foi necessário

imprimir uma mudança de orientação ao sistema.

Começou então a nova fase, em que a vinculação passou a ser feita pela

categoria profissional. Foram criados os institutos de aposentadorias e pensões e

a cobertura previdenciária foi estendida à virtual totalidade dos trabalhadores

urbanos e a boa parte dos trabalhadores autônomos. O Estado, que até então

mantivera-se afastado da administração dos sistemas, assumiu mais

estreitamente a gestão das novas instituições, escolhendo e nomeando seus

presidentes.

A primeira instituição de âmbito nacional a seguir os novos critérios foi o

Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM). Criado em 29 de

junho de 1933, abrangia os trabalhadores de todas as empresas que exerciam

atividades de marinha mercante no país. Em 1934, foram criados o Instituto de

Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC), o Instituto de Aposentadoria

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e Pensões dos Bancários (IAPB), a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos

Trabalhadores em Trapiches e Armazéns de Café e a Caixa de Aposentadoria e

Pensões dos Operários Estivadores. As duas últimas, apesar de serem

denominadas caixas, eram também instituições de caráter nacional. Em 1936, foi

criado o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (Iapi), instalado

somente a 3 de janeiro de 1938. Também em 1938, a Caixa de Aposentadoria e

Pensões dos Trabalhadores em Trapiches e Armazéns de Café passou a ser

chamada de Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em

Transportes e Cargas (Iaptec) e a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos

Operários Estivadores foi transformada em Instituto de Aposentadoria e Pensão

da Estiva (Iape), incorporado em 1945 ao Iaptec.

Embora os institutos proporcionassem cobertura a uma grande parcela dos

trabalhadores urbanos, as disparidades entre os planos de benefícios oferecidos

por cada um deles permaneceram motivadas principalmente pelas diferenças na

capacidade financeira de cada instituição. Como a contribuição era feita tendo

como base o salário dos empregados, os institutos que representavam categorias

de profissionais mais abonadas obtinham maiores recursos.

Em 1945 se tentou corrigir esse tipo de distorção com a criação do Instituto

de Serviços Sociais do Brasil (ISSB), órgão que unificaria as instituições

previdenciárias existentes e centralizaria o seguro social de toda a população

ativa no país. No entanto, o governo empossado em 1946 tornou sem aplicação o

crédito para a sua instalação e o ISSB não foi implementado.

A primeira medida correta para diminuir a disparidade existente entre as

categorias profissionais, em decorrência da forma pela qual a previdência social

brasileira estava implantada, foi a promulgação da Lei Orgânica da Previdência

Social (Lops), em 26 de agosto de 1960. Essa lei tramitou durante 14 anos no

Congresso Nacional, e sua importância reside no fato de haver uniformizado as

contribuições e os planos de benefícios dos diversos institutos. Com sua

aprovação a cobertura previdenciária foi estendida aos empregadores e aos

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trabalhadores autônomos em geral, incluídos a partir de então como segurados

obrigatórios.

Decorridos seis anos da promulgação da Lops, a unificação institucional foi

efetivada através da criação do Instituto Nacional da Previdência Social (INPS)

em 21 de novembro de 1966. O novo órgão, instalado no princípio do ano

seguinte, reuniu em uma mesma estrutura seis institutos de aposentadoria e

pensões até então existentes (Iapi, IAPB, IAPC, IAPM e Iaptec).

Quase concluída a expansão da cobertura previdenciária aos trabalhadores

urbanos – a única exceção eram empregados domésticos - faltava estendê-la

aos trabalhadores rurais. No decorrer da década de 60 foram feitas duas

tentativas neste sentido: em 1963 e 1969 foram criados, respectivamente, o

Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural e o Plano Básico. O último, destinado

inicialmente a amparar os trabalhadores da agroindústria canavieira, foi depois

estendido a outras atividades rurais. Nenhuma dessas iniciativas atingiu seus

objetivos de maneira satisfatória, e a inclusão efetiva dos trabalhadores rurais no

sistema previdenciário só se concretizou com a aprovação da Lei Suplementar nº

11, de 25 de maio de 1971, que extinguiu o Plano Básico e criou, em seu lugar, o

Programa de Assistência ao Trabalhador Rural (Pró-Rual).

O processo de expansão da cobertura previdenciária às categorias

marginalizadas foi concluído no decorrer da década de 70, com as seguintes

medidas: inclusão dos empregados domésticos (1972); regulamentação da

inscrição de autônomos em caráter compulsório (1973); instituição do amparo

previdenciário aos maiores de 70 anos de idade e aos inválidos não-segurados

(1974); e extensão dos benefícios de previdência e assistência social aos

empregadores rurais e seus dependentes (1976). Dessa forma, a previdência

passou a abranger a totalidade das pessoas que exerciam atividades

remuneradas no país.

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Em 1974, através do desdobramento do antigo Ministério do Trabalho e

Previdência Social, foi criado o Ministério da Previdência e Assistência Social

(MPAS), que veio a responder pela elaboração e execução das políticas de

previdência, assistência médica e social.

A criação do MPAS representou mais um marco significativo na evolução

da previdência social brasileira. Com a instituição do Sistema Nacional de

Previdência e Assistência Social (Sinpas), em 1977, cada função do sistema

passou a ser exercida por um órgão determinado. Para tanto, algumas entidades

foram criadas e outras já existentes tiveram suas funções redefinidas. Ao INPS foi

atribuída exclusivamente a parte referente à manutenção e à concessão de

benefícios. A prestação de assistência médica, tanto aos trabalhadores urbanos

quanto aos trabalhadores e empregadores rurais, ficou a cargo Instituto Nacional

de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), autarquia criada

especialmente para esse fim. Outra autarquia, o Instituto da Administração

Financeira da Previdência e Assistência Social (Iapas), surgiu com a finalidade

específica de promover a gestão administrativa, financeira e patrimonial do

sistema. A assistência social às populações carentes ficou sob competência da

Legião Brasileira de Assistência (LBA), já com suas atribuições devidamente

reformuladas. Além dessas entidades, integraram o Sinpas a Fundação Nacional

do Bem-Estar do Menor (Funabem), a Empresa de Processamento de Dados da

Previdência Social (Dataprev) e a Central de Medicamentos (Ceme).

Em agosto de 1987, através do Decreto-Lei nº 2.351, o governo instituiu o

Piso Nacional de Salário e o Salário Mínimo de Referência. Esta medida afetava a

previdência social duplamente: do lado das despesas, desvinculava o

comportamento dos benefícios do salário mínimo e, do lado das receitas,

igualmente desvinculava do salário mínimo as faixas do salário-contribuição dos

segurados, que passaram a referir-se ao Salário Mínimo de Referência.

Em 1988, a LBA e a Funabem são desvinculadas do Ministério da

Previdência e Assistência Social e passam a fazer parte do Ministério da

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Habitação e Bem-Estar Social. No ano seguinte, nova mudança, desta vez para o

Ministério do Interior.

No mesmo ano, com a promulgação da nova Constituição, a seguridade

social passa a ser caracterizada como “um conjunto integrado de ações de

iniciativas dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito

relativo à saúde, à previdência e à assistência social”. A Constituição introduziu

substanciais inovações, estabeleceu como princípios básicos a universalização, a

equivalência de benefícios urbanos e rurais, seletividade na concessão, a

irredutibilidade do valor das prestações, a equanimidade no custeio, a

diversificação da base de financiamento, descentralização e participação de

trabalhadores na gestão, avançando no sentido de conceituar a seguridade social

como um contrato social coletivo, integrante do próprio direito de cidadania, onde

benefícios seriam concedidos conforme a necessidade e o custeio seria feito

segundo a capacidade de cada um.

A questão que envolvia a capacidade de a previdência financiar os novos

direitos previdenciários foi objetivo de acalorada discussão durante o período que

se segue à aprovação da Constituição até a publicação das Leis nºs 8.212 e

8.213 (Plano de Custeio e Organização da Seguridade), o que só aconteceu em

1991. Argumentava-se, sobretudo, que a crise da Previdência (acrescida com as

novas responsabilidades expressas na Constituição) prendia-se a um

esgotamento do padrão de financiamento adotado até então.

Com o governo Collor, em março de 1990, o Ministério da Previdência e

Assistência Social foi extinto e suas atribuições divididas. As áreas assistencial e

de saúde passaram respectivamente para os Ministérios da Ação Social e da

Saúde e a da previdência foi incorporada sob a forma de Secretaria Nacional no

então recém-criado Ministério do Trabalho e da Previdência Social (MTPS).

Outras alterações institucionais compreenderam a criação do Instituto Nacional de

Seguro Social, autarquia federal vinculada ao MTPS, mediante a fusão do INPS e

do Iapas, e o deslocamento do Inamps para o MS.

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Em 24 de julho de 1991, o Presidente da República sancionou as Leis nºs

8.212 e 8.213. A primeira, dispondo sobre a organização da seguridade social,

instituía o Plano de Custeio; a segunda dispunha sobre os Planos de Benefícios.

Poucos meses depois de sancionar os Projetos de Lei acima citados, o

Executivo apresentou uma proposta de reforma da seguridade social para ser

discutida pelos vários setores representativos da sociedade. Esta proposta,

formada por um conjunto de projetos substancialmente o conteúdo dos projetos

de lei, recém-sancionados, abrangendo vários aspectos da organização do

sistema, da base de financiamento e do leque de riscos cobertos.

Pela proposta, a previdência social pública seria composta de dois planos

de benefícios: um plano geral e compulsório abrangendo da previdência social,

garantindo os mesmos benefícios (exceto aposentadoria especial com referência

específica em outro projeto) até então vigentes e limitando o seu valor máximo ao

correspondente a cinco salários mínimos; e um plano complementar, facultativo a

todos os segurados do plano geral que desejassem complementar o valor dos

seus benefícios.

A previdência complementar privada incorporaria, além das entidades

fechadas e abertas de previdência privada, as federações, sindicatos e

associações profissionais que instituíssem e mantivessem planos de cobertura.

Propunha também a criação do Instituto de Previdência do Servidor

Público, que passaria a administrar o Plano de Previdência dos Servidores Civis

da União, das autarquias (inclusive daquelas em regime especial) e das

fundações públicas federais. Além disso, instituía o seguro de riscos sociais

(SRS). Este seguro cobriria os acidentes de trabalho, as enfermidades

profissionais e comuns, com filiação obrigatória de todos os trabalhadores. A

proposta do governo, entretanto, foi engavetada, em função dos vários eventos

políticos envolvendo a previdência que caracterizaram o período.

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Em janeiro de 1992, após grande polêmica em torno do pagamento dos 147%

aos aposentados e da substituição do Ministério do Trabalho e Previdência Social,

foi criada pela Câmara dos Deputados uma Comissão Especial para Estudo do

Sistema Previdenciário, visando a um diagnóstico da situação e elaboração de

novas propostas para discussão.

Através da Lei nº 8.490, de 19 de novembro de 1992, novas reformulações

na área ministerial têm lugar com o governo interino de Itamar Franco. O MTPS

desmembra-se em Ministério do Trabalho e Ministério da Previdência Social.

Em 7 de dezembro de 1993 promulga-se a Lei Orgânica da Assistência

Social (Loas) – Lei nº 8.742, onde estabelece uma garantia de um salário mínimo

de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem

não possuir meios de prover a própria manutenção; e pagamento de auxílio por

nascimento (auxílio natalidade) ou morte (auxílio funeral), também no valor de um

salário mínimo, às famílias com renda per capita inferior a ¼ de salário mínimo.

Em 1994, com o início do processo de estabilização econômica, algumas

correntes políticas do país voltaram a defender mudanças na Constituição,

alegando serem estas essenciais para o equilíbrio financeiro do Estado e,

conseqüentemente, para a manutenção da estabilidade dos preços na economia.

Após cerca de quatro anos de discussões e negociações políticas em torno da

Reforma da Previdência, incluindo um sem número de discussão e de embates

políticos, foi finalmente aprovada em 1998 uma emenda à Constituição que criou

as condições para a realização da Reforma na Previdência Social brasileira

(Emenda Constitucional nº 20 – EC 20).

Entretanto, diferente de outros países que também reformaram seu sistema

de proteção social, no Brasil, as mudanças introduzidas não visaram à passagem

do sistema de repartição para o de capitalização, mas tiveram o objetivo de

viabilizar financeiramente o regime de repartição simples vigente.

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2. Previdência Complementar

A previdência complementar compreende duas modalidades, atendidas

pelas Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPCs) e pelas

Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs).

No caso brasileiro, as entidades fechadas têm participação

substancialmente maior, tanto em número de participantes, quanto em volume de

ativos. As dimensões relativamente pequenas do segmento aberto decorrem da

escassa tradição da previdência privada como opção voluntária de poupança.

Recentemente, porém, o setor vem registrando crescimento acentuado.

Por sua vez, as entidades fechadas, sobretudo as patrocinadas por empresas

estatais ou de economia mista, sempre atraíram grande interesse, motivado, entre

outros fatores, pelas fortes contribuições da patrocinadora, pela possibilidade de

acesso a financiamentos imobiliários e pela garantia concreta de complementação

da aposentadoria.

2.1. A Diferença entre Mercado Aberto e Fechado

O mercado de previdência privada se divide em duas áreas distintas: as

Entidades Fechadas de Previdência Privada (EFPP), mais conhecidas como os

Fundos de Pensão, e as Entidades Abertas de Previdência Privada (EAPP), que

são os planos encontrados nos bancos, corretoras e empresas específicas de

previdência, disponíveis para a compra de qualquer pessoa.

Para participar de um plano de previdência fechada é preciso ter vínculo

empregatício com a empresa patrocinadora. Alguns planos são patrocinados

simultaneamente por várias empresas. Regra geral, as empresas pagam uma

parte da contribuição para formação do capital do associado nos planos fechados.

É uma forma de dar benefício indireto ao trabalhador que fica na empresa.

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3. Entidades Abertas de Previdência Complementar

As Entidades Abertas de Previdência Complementar funcionam como

administradoras de poupanças de pessoas físicas, as quais podem aderir

livremente aos planos, ao contrário do que acontece nos fundos de pensão, onde

somente os empregados das empresas patrocinadoras podem participar. Nos

planos abertos, prevalece o sistema de contribuição definido e as instituições que

os oferecem podem auferir lucro, com a ressalva de que "... não poderão distribuir

lucros ou quaisquer fundos correspondentes às reservas patrimoniais, desde que

essa distribuição possa prejudicar os investimentos obrigatórios do capital e

reserva, de acordo com os critérios estabelecidos na presente Lei" (art. 18, Lei

6.435/1977). Cabe aos participantes uma parte residual do lucro total,

remunerada a juros atuariais, a ser incorporada ao fundo.

A previdência privada aberta é constituída por sociedades civis com ou

sem fins lucrativos e por companhias seguradoras. Estas detêm a maior

participação relativa, 81,5% em 2002, como indica a Tabela 1. A administração

dos investimentos dos fundos constituídos pelas entidades pode ser realizada por

elas próprias ou delegada a instituições financeiras habilitadas pelo Banco

Central.

TABELA 1 – PARTICIPAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR – DEZ-2002

Entidades Participação

Entidades Abertas com Fins Lucrativos 11,9 %

Entidades Abertas sem Fins Lucrativos 6,6%

Seguradoras 81,5%

Fonte: Susep, Internet

Atualmente, o tipo de plano mais comum, segundo a Associação Nacional

da Previdência Privada (ANAPP), é o chamado Plano Geral de Benefícios Livres

(PGBL), regulamentado pela Resolução CNSP 006, de novembro de 1997. Nesta

modalidade, o participante pode decidir sobre o perfil das aplicações do fundo

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constituído para financiar seus benefícios individuais, bem como optar por

contribuições mensais, bimestrais, semestrais ou anuais.

O benefício pode ter a forma de renda vitalícia ou temporária, sendo

também possível o resgate do saldo acumulado.

O valor do benefício é calculado ao término do período de contribuições,

com base no valor do saldo da reserva matemática de benefícios a conceder(1)

acumulado pelo participante (Item 24, Regulamento Anexo à Resolução CNSP

25/1994 e arts.16, §1º e art. 1º, Regulamento Anexo à Resolução CNSP 6/1997).

O crescimento significativo nos últimos anos se deve à estabilização

monetária posterior ao Plano Real e à possibilidade, a partir de 1996, de dedução

das contribuições a esses planos até o limite de 12% da renda bruta anual

declarada à Receita Federal para fins de tributação (ANAPP, Internet).

TABELA 2 – RECEITA E CARTEIRA DE INVESTIMENTOS DA PREVIDÊNCIA PRIVADA

ABERTA NO BRASIL – 1994 a 2000

Ano Receita de Planos

Previdenciários

Variação

(%)

Carteira de

Investimentos

Variação

(%)

1994 546 93,6 2.084 34,4

1995 1.050 92,3 3.539 69,8

1996 1.397 33,1 4.637 31,0

1997 2.163 54,8 6.254 34,9

1998 3.185 47,2 8.376 33,9

1999 3.803 19,4 12.726 51,9

2000 5.326 40,3 17.142 34,7

2001 7.120 33,7 21.321 24,3

2002 9.254 29,9 24.153 13,2

Fonte: ANAPP

A regulamentação e a fiscalização das entidades abertas de previdência

complementar no Brasil são de responsabilidade da Superintendência de Seguros

1 “Valor atual do compromisso da entidade em relação a seus participantes ativos, descontado do valor atual das contribuições que esses participantes e/ou a respectiva irão recolher à entidade” (Ministério da Previdência e Assistência Social, 2001a, pg.16)

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Privados (Susep). Os fundos de investimento constituídos em seus planos, bem

como as instituições financeiras que os administram, são fiscalizados pelo Banco

Central. Os bens garantidores das reservas são custodiados e não podem ser

alienados ou agravados sem prévia autorização oficial. Alterações das tabelas e

disposições regulamentares dos planos dependem do consentimento dos órgãos

normativos e são vedadas operações comerciais ou financeiras com os dirigentes,

seus familiares e empresas de que participem.

Os investimentos das entidades abertas de previdência complementar

estão regulamentados pela Resolução CMN 2.286, de junho de 1996, alterada

pela Resolução 2.639, de agosto de 1999. De acordo com esta resolução, os

recursos garantidores das reservas técnicas não comprometidas(2) das entidades

podem ser aplicados da seguinte forma:

• até 100% em títulos de emissão do Tesouro Nacional ou do Banco Central do

Brasil;

• até 80% em instrumentos de renda fixa: títulos públicos estaduais ou

municipais,depósitos a prazo, cadernetas de poupança, fundos de investimento,

ouro, fundos de investimento no exterior, debêntures de emissão pública, letras

de câmbio, letras hipotecárias e certificados de privatização, entre outros;

• até 50% em investimentos de renda variável: ações ou quotas em fundos

mútuos de investimento em ações(3);

• até 30% em imóveis urbanos ou em quotas de fundos de investimento

imobiliário;

• até 10% em empréstimos concedidos a participantes.

A parcela comprometida dos recursos garantidores das reservas pode ser

aplicada de acordo com os seguintes limites:

• até 100% em títulos de emissão do Tesouro Nacional ou do Banco Central do

Brasil;

2 Reservas vinculadas a desembolsos programados para ocorrência em prazo superior a 360 dias (Resolução 460, do CMN, fevereiro de 1978).3 Nos planos de contribuição variável, as aplicações em renda variável estão limitadas a 49% do total das aplicações do fundo (Resolução 2.460/1997, art. 4°, inciso I).

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• até 60% em instrumentos de renda fixa: depósitos a prazo, cadernetas de

poupança, letras de câmbio, letras hipotecárias, fundos de investimento, ouro e

fundos de investimento no exterior;

• até 50% em investimentos de renda variável.

São permitidas aplicações em derivativos, dentro de condições

especificadas pela Susep4.

Existem limites para o investimento em títulos, ações, debêntures ou fundos de investimento de uma única instituição financeira, empresa ou unidade da federação. É vedada a aplicação em empresas coligadas ou nas quais os administradores ou seus parentes até o segundo grau possuam participação superior a 10%. As entidades abertas de previdência complementar não podem atuar como instituição financeira, concedendo empréstimos ou adiantamentos apessoas físicas ou jurídicas, ressalvados as exceções previstas nesta regulamentação. É proibida a aplicação dos recursos fora do país, a não ser por meio dos fundos de investimento no exterior.

3.1. Tipos de Planos de Benefícios de Entidades Abertas

Os produtos oferecidos pelas Entidades Abertas de Previdência

Complementar são classificados em planos para pessoa física e planos empresa,

com os seguintes tipos:

Plano Tradicional (composto de benefício de sobrevivência e/ou de riscos), FAPI,

PGBL, PAGP, PRGP.

As Entidades Abertas de Previdência Complementar possuem planos

contratados por empresas para grupos de empregados ou para todos os

empregados, geralmente na forma de rendas diferidas. A entidade aberta

4 “...é permitida a contratação de operações apenas em pregão – leilão público – ou por meio de sistema eletrônico que atenda às mesmas condições de pregão competitivo, em mercados administrados por bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros; a contratação de operações no mercado de balcão, inclusive quando em sistemas administrados por bolsas de valores ou de mercadorias e de futuros, dependerá de regulamentação a ser baixada, por decisão conjunta, pelo Banco Central do Brasil, pela Susep e pela comissão de Valores Mobiliários (CVM); as operações devem estar vinculadas a contratos referenciados em ativos passíveis de integrar a carteira do fundo de investimento financeiro exclusivo, bem como em índices representativos desses ativos e das respectivas taxas de remuneração; o somatório dos valores correspondentes às margens de garantia, adicionado ao somatório dos valores pagos a título de prêmio em operações de compra de opções, não pode exceder 5% do patrimônio líquido do fundo de investimento financeiro exclusivo, limitados os valores correspondentes às margens em operações de venda de opções de compra a descoberto e de venda de opções de venda a 1%; é vedada a contratação de operações de captação.” (Art. 4°, inciso II da Resolução CMN 2.460/1997).

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normalmente também aceita contribuições do público (planos individuais), sem

qualquer vínculo a uma determinada empresa.

As Entidades Abertas de Previdência Complementar estão acabando e

sendo substituídas pelas Sociedades Seguradoras autorizadas a operar planos de

previdência complementar.

Os Planos de Benefícios de Previdência Aberta podem ser classificados

em individual ou coletivo, sendo os coletivos diferenciados pelo custeio:

Empresarial ou Instituído – contratado por pessoa jurídica, ficando investida de

poderes de representação, exclusivamente para contratação com a EAPC, e que

participa, total ou parcialmente, do custeio.

Averbado – contratado por pessoa jurídica, ficando investida de poderes de

representação, exclusivamente para contratação com a EAPC, sem participar do

custeio;

- Órgãos de normatização e fiscalização das Entidades Abertas

O órgão que exerce a função de normatizar as atividades securitícias do

país é o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), que foi criado pelo

Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou,

também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o

órgão de cúpula.

A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar as

diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de Seguros

Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da Lei nº 6.435,

de 15 de julho de 1977, suas atribuições se estendido à Previdência

Complementar, no âmbito das entidades abertas. Dentre as atribuições atuais do

CNSP, as principais são:

I - Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;

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II - Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que

exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem

como a aplicação das penalidades previstas;

III - Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência

complementar aberta e capitalização;

IV - Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de

Previdência Complementar Aberta e de Capitalização, com fixação dos limites

legais e técnicos das respectivas operações;

V - Estabelecer normas de contabilidade, auditoria, atuária e estatística

O órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro,

previdência complementar aberta, capitalização e resseguro é a Superintendência

de Seguros Privados - SUSEP. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi

criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966.

De acordo com a Deliberação SUSEP nº 87 de 04/06/2003, a SUSEP tem

por finalidade, dentre outras, as seguintes atribuições:

I – Zelar pela liquidez e solvência das entidades subordinadas a sua jurisdição;

II – Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP, exercer as atividades que

por este forem delegadas;

III – Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial

os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;

IV – Zelar pela defesa dos interesses dos segurados, dos participantes de planos

de previdência complementar aberta;

- Legislação

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Atualmente as Entidades Abertas são regidas segundo a Lei

Complementar nº 109 de 29 de maio de 2001 que dispõe sobre o Regime de

Previdência Complementar e o Decreto 81.402 /1978, no que não conflitar com a

LC 109/2001, além das Resoluções do CNSP, como a Resolução nº 092/2002 –

sobre os planos com cobertura de riscos (individuais e coletivos); a Resolução nº

093/2002 – sobre os planos por sobrevivência (previdência – individual e coletiva);

Resolução nº 096/2002 – sobre planos por sobrevivência (vida – individual e

coletiva).

3.1.1. PGBL

PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre

É um plano na modalidade de contribuição variável, que tem como critério

de remuneração da provisão matemática de benefícios a conceder, a

rentabilidade da carteira de investimentos instituída para o plano, ou seja, durante

o período de diferimento contratado, estruturado pelo regime de capitalização, na

modalidade de contribuição variável, em que o valor e o prazo de pagamento das

contribuições são definidos, previamente ou não, não há garantia de

rentabilidade.

Os planos conjugados, planos de renda por invalidez, pensão e pecúlio

comercializados em conjunto com o PGBL, são estruturados por repartição de

capitais.

Cada Plano PGBL está vinculado a um FIE (Fundo de Investimento

especialmente constituído) e poderá ter sua carteira de investimentos estruturada

sob as seguintes modalidades, escolhida pelo participante:

. Soberano (PGBL-S) – títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco

Central do Brasil e créditos securitizados do Tesouro Nacional;

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. Renda Fixa (PGBL-RF) - títulos de emissão do Tesouro Nacional e/ou do Banco

Central do Brasil, créditos securitizados do Tesouro Nacional e investimentos de

renda fixa;

. Composto (PGBL-C) – investimento em renda variável limitados a um percentual

máximo de 49% do patrimônio líquido do FIE.

Na Proposta de Inscrição é indicada a data de concessão de benefício escolhida

pelo participante, a periodicidade das contribuições, sendo facultado o pagamento

de contribuições adicionais a qualquer momento, e a taxa de carregamento que

tem critério e forma de cobrança estabelecidos na Nota Técnica Atuarial, no

Regulamento do plano e, no caso de plano coletivo, também no contrato.

É facultado ao participante requerer o resgate total ou parcial dos fundos

acumulados, com exceção do montante dos recursos transferidos de planos de

benefícios de entidades fechadas de previdência complementar.

Após o cumprimento do prazo de carência e independente do número de

contribuições vertidas, o participante poderá solicitar a transferência, total ou

parcial, para outro plano previdenciário, do saldo constante na sua reserva de

benefícios a conceder.

O valor do benefício será calculado em função da provisão matemática de

benefícios a conceder (saldo acumulado) na data da concessão do benefício e do

tipo de benefício contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na

Proposta de Inscrição.

Durante o período de pagamento do benefício em renda, é facultado a

reversão dos resultados financeiros (excedente financeiro). Geralmente, quanto

maior a garantia de juros e mortalidade oferecidas, menor é o percentual de

distribuição de excedentes na fase de pagamento do benefício.

O fator de cálculo do benefício, o excedente financeiro, se considerado, e o índice

de correção são garantidos na contratação do plano e estabelecidos em Nota

Técnica e no Regulamento. O limite máximo de taxa de juros é de 6% ªª e o limite

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máximo de taxa de mortalidade é a AT-83 (male). Caso ocorra déficit, esse será

totalmente coberto pela EAPC.

Na contratação do plano, devem ser observados durante o período de

pagamento das contribuições, o carregamento, a rentabilidade do FIE e o

percentual de gestão financeira do fundo, já na fase de pagamento dos benefícios

deve-se observar a tábua biométrica, a taxa de juros e se oferece reversão de

excedente financeiro e qual o percentual concedido.

- Formas de Pagamento do PGBL

O participante contratará um dos seguintes tipos de renda mensal,

tornando-se um BD que será atualizado por um indexador econômico

(usualmente IGP-M):

Renda mensal vitalícia: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao

Participante a partir da data de concessão do benefício.

Renda mensal temporária: consiste na renda paga temporariamente e

exclusivamente ao participante. O benefício cessa com o seu falecimento ou com

o fim da temporariedade contratada, o que ocorrer primeiro.

Renda mensal vitalícia com prazo mínimo garantido: consiste em uma

renda paga vitaliciamente ao Participante a partir da data da concessão do

benefício, sendo garantida aos beneficiários pelo período restante do prazo

mínimo de garantia.

Renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário indicado: consiste em uma

renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do

benefício, com reversão ao beneficiário indicado se o participante falecer durante

a percepção da renda.

Renda mensal vitalícia reversível ao cônjuge com continuidade aos

dependentes: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir

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da data de concessão do benefício, com reversão ao cônjuge e na falta deste,

reversível temporariamente aos menores até a maioridade.

- Encargos do PGBL

O percentual de carregamento deverá incidir exclusivamente sobre o valor

das contribuições pagas à EAPC e/ou no momento do resgate ou da portabilidade

(correspondente ao valor nominal das contribuições pagas), de no máximo 10%,

não podendo sofrer aumento e a redução ficando a critério da EAPC. Não incide

taxa de carregamento sobre recursos portados para o plano. O destino do

carregamento é a despesa administrativa, de corretagem e colocação do plano.

Admite-se a cobrança de percentual de gestão financeira “pro rata die”, incidente

sobre o saldo da parcela do patrimônio líquido do FIE, em plano com reversão de

resultados financeiros.

O encargo de saída é a importância resultante da aplicação de percentual

incidente, durante o período de diferimento, sobre valores resgatados e portados.

- Tributação do PGBL

No PGBL, as pessoas usufruem do diferimento fiscal previsto no modelo

completo da declaração de ajuste anual do IRPF, e o IR incidirá sobre o valor a

ser resgatado ou recebido sob a forma de renda.

3.1.2. PRGP e PAGP

PRGP – Plano com Remuneração Garantida e Performance e PAGP – Plano com

Atualização Garantida e Performance.

Os Planos PRGP garantirão, durante o período de diferimento,

remuneração dos recursos da Provisão Matemática de Benefícios a Conceder,

por taxa de juros efetiva anual e índice de atualização de valores.

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Já os Planos PAGP garantirão, durante o período de diferimento,

atualização dos recursos da Provisão Matemática de Benefícios a Conceder, por

índice de atualização de valores somente.

Durante o período de diferimento, há apuração dos resultados financeiros e

o percentual de reversão é previsto em regulamento, em ambos os planos.

O valor do benefício será calculado em função da provisão matemática de

benefícios a conceder na data da concessão do benefício e do tipo de benefício

contratado, de acordo com os fatores de renda apresentados na Proposta de

Inscrição.

Na contratação desses planos, devem ser observados durante o período

de pagamento das contribuições: a taxa de juros (somente no PRGP); a tábua

biométrica, se for o caso; o indexador; o carregamento; o percentual de reversão

financeira; a rentabilidade do FIE (para excedente financeiro) e o percentual de

gestão financeira do fundo (para excedente financeiro) e durante a fase de

pagamento dos benefícios, deve-se observar a tábua biométrica; o indexador; a

taxa de juros e se oferece reversão de excedente financeiro e qual o percentual.

- Formas de Pagamento do PRGP e PAGP

Os tipos de renda são:

. Renda Mensal Vitalícia;

. Renda Mensal Temporária;

. Renda Mensal Vitalícia com prazo mínimo garantido;

. Renda Mensal Vitalícia Reversível ao beneficiário Indicado;

. Renda Mensal Vitalícia Reversível ao cônjuge com continuidade aos menores;

- Tributação do PRGP e PAGP

A empresa e o participante abatem suas contribuições da base de cálculo

do respectivo IR e no momento do resgate ou do benefício, são tributados pela

alíquota de IR de pessoa física.

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3.1.3. FAPI

FAPI – Fundo de Aposentadoria Programada Individual

É um fundo de investimentos, que tem como objetivo principal constituir

uma poupança de longo prazo para a complementação de aposentadoria,

especialmente aos autônomos e aos empregados de pequenas e médias

empresas, não atendidos pela previdência complementar, e também aos

indivíduos já participantes, desejosos de uma suplementação de renda no período

de aposentadoria. O FAPI poderá receber contribuições do empregado, do

empregador ou de ambos. As empresas podem fazer contribuições, mensais ou

anuais, em nome de seus empregados. Ele é extremamente interessante para as

micro, pequenas e médias empresas em geral, que não possuem massa

suficiente para a formação de entidades de seguridade.

O FAPI não possui garantia de rentabilidade.

- Formas de Pagamento do FAPI

Ao final do tempo mínimo de capitalização, o participante terá direito a

receber o total dos recursos capitalizados acrescidos do rendimento das

aplicações financeiras, ou a adquirir renda, por período determinado, ressalta-se

que se o participante optar em adquirir renda, ele não pagará IR, somente quando

do recebimento da renda mensal.

- Tributação do FAPI

O tratamento fiscal é o de diferimento da tributação do IRPF para as

aplicações nos fundos, com tributação plena do IRPF quando do recebimento do

total da poupança ou, no caso de opção por aquisição de uma renda, quando do

recebimento da mesma.

As contribuições das empresas são despesas dedutíveis do imposto de

renda, pessoa jurídica, em até 20% da folha de pagamento dos seus respectivos

empregados e administradores.

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Pode participar também os indivíduos que mesmo pertencendo a qualquer

forma de previdência, consideram os benefícios insuficientes para o período de

aposentadoria, com contribuições limitadas a 12% do seu rendimento bruto

tributável, incluindo suas contribuições a entidades de previdência se for o caso.

3.1.4. Plano Tradicional

Plano Tradicional – composto de benefício de sobrevivência e/ou de riscos

O Plano Tradicional é composto pelo benefício de sobrevivência e por

benefícios de risco ocorridos durante o período de cobertura contratada. O

benefício de sobrevivência é a renda a ser paga ao participante do plano que

sobreviver ao prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de

aposentadoria. Eles podem ser estruturados como contribuição Definida ou

Benefício Definido, em ambos os casos, sob o regime de capitalização. Os

benefícios de risco são aqueles contratados pelo participante e cujo pagamento

do benefício se dará se ocorrer o evento durante o período de cobertura

contratado e após cumprido o período de carência estabelecido no Plano,

podendo ser:

Renda por Invalidez: renda a ser paga ao participante, em decorrência de

sua invalidez total e permanente;

Pensão por Morte: renda a ser paga aos beneficiários indicados na

proposta de inscrição, em decorrência da morte do Participante;

Pecúlio por Morte: pagável de uma só vez aos beneficiários indicados na

proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante;

Pecúlio por Invalidez: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao

próprio participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente.

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Na contratação de planos de risco, devem ser observados o período de

carência, as coberturas oferecidas e se estas possuem seus valores iniciais de

benefício, a contribuição discriminada na Proposta de Inscrição, o índice de

atualização de benefícios e contribuição, a periodicidade de atualização e o

carregamento.

Os benefícios de riscos são sempre estruturados como benefício definido e

sob o regime de capitalização ou de repartição, podendo haver contribuição da

empresa e do empregado.

As reservas matemáticas dos benefícios sob o regime de capitalização dos

planos Tradicionais oferecem garantia mínima de rentabilidade, geralmente de 6%

aa. mais um índice inflacionário, podendo também oferecer excedente financeiro

sobre as reservas matemáticas de seus benefícios.

O conceito de Vesting existe somente nos planos coletivos, ele é o

conjunto de regras constantes do contrato e que o participante deve cumprir para

que tenha acesso à parte do fundo acumulado que tenha sido originada pelas

contribuições da empresa (líquidas de carregamento) que deverá integrar o saldo

de conta do participante. As regras podem sugerir recebimento imediato ou de

forma diferida (BPD). A Circular da SUSEP 210, diz que a parcela da PMBAC

constituída pela Instituidora deve ser disponibilizada ao participante ou seu

beneficiário em caso de invalidez ou morte, inclusive dando a opção de

recebimento através de renda.

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4. Entidades Fechadas de Previdência Complementar

As Entidades Fechadas de Previdência Complementar, também

denominadas fundos de pensão, são entidades sem fins lucrativos, com adesão

somente permitida a empregados de uma empresa ou grupo de empresas,

denominada(s) patrocinadora(s). Há, portanto, a necessidade legal de vínculo

empregatício e de contribuições da empresa patrocinadora, conforme condições

contratuais. Tais entidades recebem contribuições dos empregados e da empresa

e realizam investimentos com a finalidade de garantir aos participantes o

pagamento de benefícios complementares aos da previdência social. Neste

segmento, predomina o sistema de benefício definido, embora haja tendência

crescente de migração para modelos de contribuição definida, especialmente em

fundos patrocinados por empresas privadas. As entidades fechadas são

fiscalizadas pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da

Previdência e Assistência Social (SPC/MPAS).

Os fundos de pensão são formadores de um sistema endógeno de

poupança interna e se caracterizam como detentores de poupança de longo

prazo. O desenvolvimento do setor pode contribuir favoravelmente para a

expansão da taxa de poupança interna, fator fundamental para viabilizar os

investimentos necessários à sustentação do crescimento econômico. A exemplo

do que ocorre com os investidores institucionais em outros países, os fundos de

pensão efetivamente têm assumido importância crescente na economia brasileira,

com significativa expansão de seus ativos. A proporção desses recursos em

relação ao PIB avançou rapidamente ao longo da década de noventa, atingindo

R$151,5 bilhões em abril de 2001, valor equivalente a 13,9% do PIB (Ministério da

Previdência e Assistência Social, Internet). A evolução dos ativos de fundo de

pensão em relação ao PIB, está representada na tabela 3.

Em abril de 2001, havia 361 entidades fechadas de previdência

complementar, as quais contavam com 2,3 milhões de participantes, dos quais

1,7 milhão de ativos e 539 mil inativos.

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TABELA 3 – ATIVOS DE FUNDO DE PENSÃO DE 1990 a 2000Ano Ativos dos Fundos de

Pensão(R$ Bilhões)

Ativo / PIB(%)

1990 26,3 3,31991 36,8 4,61992 43,3 5,51993 60,0 7,21994 72,7 8,31995 74,8 8,21996 86,6 9,21997 101,0 10,31998 101,1 10,31999 126,0 12,52000 144,0 13,22001 (Abril) 151,5 13,9 *Fonte: Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada

(ABRAPP)

Inicialmente, os fundos estavam sujeitos às exigências de limites mínimos

de aplicação em determinados ativos, o que implicava a compulsoriedade destes

investimentos. A Resolução 460, de 1978, consolidada na Resolução CMN 1.362,

de 1987, fixou percentuais mínimos de aplicação para as diversas modalidades

de investimentos, a maioria até então pouco utilizada pelos fundos, que foram

compelidos a diversificar sua carteira. Percebe-se, nesta legislação, preocupação

com a excessiva concentração das carteiras das entidades de previdência.

Adicionalmente, a Resolução 460 estabeleceu limites para o

relacionamento dos fundos com as empresas patrocinadoras, visando impedir que

estas subordinassem as entidades de previdência aos seus interesses. A norma

também vedou às entidades o controle acionário de qualquer empresa, restringiu

a atuação dos fundos ao território nacional e estabeleceu que no mínimo 75% da

carteira dos fundos deveria ser constituída por papéis emitidos por empresas

nacionais.

O processo de diversificação das carteiras dos fundos previdenciários

beneficiou-se do desenvolvimento verificado nos mercados financeiros nacionais

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e internacionais. As entidades passaram a contar com novos instrumentos

financeiros, alguns dos quais capazes de expô-las a níveis elevados de risco. A

Resolução CMN 2.109, de 1994, foi editada nesse contexto, estabelecendo limites

máximos para as aplicações, ao invés de definir limites mínimos, e fixando

restrições à aplicação dos recursos no mercado de derivativos.

A Resolução CMN 2.206, de 1995, introduziu outras restrições a

alavancagem de recursos por meio de derivativos. Essa norma limitou a

proporção do valor total dos ativos que podem ser aplicados a descoberto nesses

mercados, procurando induzir os fundos de pensão a atuar nos mercados de

derivativos como hedgers e não como especuladores. Para que os fundos se

qualificassem para participar do Programa Nacional de Desestatização (PND),

exigiu-se que as aplicações em ações fossem realizadas exclusivamente em

companhias de capital aberto. Esse dispositivo permitiu participação intensa dos

fundos de pensão mais capitalizados no PND.

As aplicações no exterior por parte dos fundos de pensão foram

possibilitadas pela Resolução 2.109, de 1994, que permitiu investimentos na área

do Mercosul. Foram também permitidos investimentos em fundos de investimento

no exterior, a partir da Resolução 2.114, de 1994.

A Resolução CMN 2.324, de 1996, introduziu alterações nos limites de

aplicações dos fundos de pensão:

. redução do limite máximo dos empréstimos pessoais aos participantes, de 7%

para 3% dos ativos;

. redução do limite máximo dos financiamentos imobiliários aos participantes, de

10% para 7% dos ativos;

. redução do limite para aplicações em imóveis, de 20% para 15% dos ativos;

. redução do limite para compra de terrenos, de até 5% para até 2% dos ativos;

. redução do limite para aplicações em ações de uma única companhia, de 25%

para, no máximo, 20% do capital da mesma;

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. redução do limite para aplicações em cotas de fundos mútuos de investimento

em empresas emergentes, de 50% para 5%, sendo que essas aplicações não

podiam exceder 20% do patrimônio líquido do fundo de investimento;

. redução do limite para aplicações em fundos de investimento imobiliário, de 50%

para 10%, não podendo exceder 20% do patrimônio líquido do fundo de

investimento;

. redução do limite máximo de empréstimos às patrocinadoras, de 30% para 10%

dos ativos;

. aplicações em ações e bônus de subscrição de ações de uma única companhia

não podiam exceder 5% dos recursos, nem representar mais de 20% do capital

votante ou do capital total da mesma;

. aplicações em cotas de um único fundo de investimento imobiliário ou fundo

mútuo de investimento em empresas emergentes, foram limitadas a 20% do

patrimônio líquido do fundo.

A Resolução 2.720, de 24 de abril de 2000, restringiu ainda mais as

operações com imóveis e entre os fundos e suas patrocinadoras e manteve a

exigência de rentabilidade nas aplicações.

Prevaleceu o cuidado com a exposição ao risco, verificada tanto pela

estipulação de limites máximos prudenciais para a posse dos ativos, como pela

contemplação explícita da utilização de derivativos em busca de proteção (hedge)

contra a posição de risco dos demais investimentos. Uma inovação foi a

introdução do segmento especial, que compreendia investimentos em projetos de

infra-estrutura nas áreas de energia e saneamento e em ações ou debêntures de

companhias abertas em processo de reestruturação.

A Resolução 2.720 foi suspensa pelas Resoluções 2.791, de novembro de

2000, e 2.810, de dezembro do mesmo ano, " ... até que concluídos os estudos

relativamente à revisão das disposições da referida Resolução ... " (Resolução

2.791/2000, art. 1), voltando a vigorar a Resolução 2.324, de 1996.

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A nova regulamentação referente às aplicações dos fundos de pensão foi

estabelecida pela Resolução 2.829 , de março de 2001, que prevê investimentos

em quatro segmentos: renda fixa, renda variável, imóveis e empréstimos e

financiamentos.

Cada um deve ser administrado de forma independente, como se fosse um

fundo de investimento distinto. As diretrizes reforçam tendências verificadas nas

resoluções anteriores, entre as quais: estipulação de limites prudenciais para os

diversos segmentos de aplicações; restrições às operações com a patrocinadora

e com imóveis, incluindo a redução gradual dos investimentos imobiliários e a

eliminação, a partir de 2005, dos investimentos em terrenos; e exigência de

rentabilidade mínima em aplicações nos segmentos de imóveis e de empréstimos

e financiamentos. Entre as principais novidades, vale destacar o incentivo ao

investimento em ações de empresas que estejam em conformidade com práticas

requeridas de governança corporativa, por meio da fixação de limites máximos

mais elevados para as aplicações em tais companhias. As entidades fechadas de

previdência complementar devem também manter contratados um serviço de

auditoria independente e um agente custodiante, incumbido do controle e

movimentação dos títulos e valores mobiliários, da liquidação financeira das

operações e da documentação e das informações relativas às aplicações em

renda fixa e em renda variável.

Os administradores dos fundos passam a responder "...por ação ou

omissão, pelos danos ou prejuízos que causarem à entidade fechada de

previdência privada, inclusive em razão da não observância da política de

investimento de seus recursos, ou pela utilização de critérios inconsistentes de

avaliação de risco" (Resolução 2.829, Art. 54)

O Decreto 3.721, de janeiro de 2001, alterou a idade mínima para a

concessão de aposentadoria nos fundos de pensão. Esse limite mínimo, que era

de 55 anos, será estendido em 6 meses a cada ano, nos planos de contribuição

definida, até alcançar 60 anos, em 2010. Para os demais planos, a idade mínima

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será estendida no mesmo ritmo, porém, até 2020, atingindo 65 anos. De acordo

com a Secretaria de Previdência Complementar, em janeiro de 2001, 51,7% dos

planos de previdência complementar fechada já adotavam idades mínimas para

aposentadoria iguais ou superiores a 60 anos. Entre esses planos, encontravam-

se 86,4% dos planos com patrocinadoras estrangeiras e 52,4% dos planos com

patrocinadoras privadas nacionais, mas apenas 5,1% dos planos patrocinados por

empresas públicas federais (Ministério da Previdência e Assistência Social,

2000a, pgs. 5 e 6).

4.1. Tipos de Planos de Benefícios de Entidades Fechadas

Os tipos de planos de Entidades Fechadas existentes no Brasil, podem ser

basicamente classificados nas modalidades benefício definido e contribuição

definida, bem como outras formas de planos de benefícios que reflitam a evolução

técnica e possibilitem flexibilidade ao regime de previdência complementar.

Benefício Definido

Os planos de Benefícios Definidos estabelecem os benefícios mensais a

serem pagos, tipicamente em percentagem do salário final e refletindo direta ou

indiretamente os benefícios da previdência social. A patrocinadora e/ou os

empregados participantes pagarão as contribuições necessárias para gerar um

fundo que proporcionará o benefício prometido. As contribuições neste tipo de

plano são calculadas por um atuário e poderão variar a cada ano, dependendo do

comportamento do retorno de investimentos do fundo, do crescimento dos

salários, dos benefícios do INSS, etc.

. Contribuição Definida

Os planos de Contribuição Definida estabelecem, a priori, as contribuições

a serem pagas pela patrocinadora e/ou pelos empregados participantes, mas não

os benefícios mensais. Neste plano, os benefícios pagos não são conhecidos

previamente, pois serão calculados em função do montante capitalizado do fundo

no momento da aposentadoria.

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As principais vantagens dos Planos de Contribuição Definida em relação

aos de Benefício Definido, são: o maior controle dos custos pela patrocinadora;

riscos financeiros e biométricos transferidos para os participantes, favorecendo a

patrocinadora; maior participação do participante no plano – acessibilidade de

benefício antes da elegibilidade a aposentadoria; programação das rendas

mensais, favorecendo o participante; e ganhos diretos da rentabilidade sobre o

saldo de conta individual, também favorecendo o participante.

As principais desvantagens dos Planos de Contribuição Definida, são:

benefício variável de acordo com a rentabilidade, desfavorecendo a

patrocinadora; responsabilidade maior na gestão dos investimentos; indefinição

do valor do benefício futuro, desfavorecendo o participante.

No mercado encontramos algumas classificações de planos de benefícios

na modalidade contribuição definida, como:

Plano de Contribuição Definida Puro – são planos que durante a fase de

capitalização, ocorre o que chamamos de capitalização financeira, ou seja o saldo

de conta do participante é constituído pelas contribuições e pelo retorno dos

investimentos, e na concessão do benefício caso o participante opte por uma

renda vitalícia terá que comprar em Entidade Aberta, caso contrário o benefício

estará limitado ao saldo de conta constituído até a data da concessão do

benefício, podendo receber o benefício por um prazo certo;

Plano de Contribuição Definida Híbrido – são planos que durante a fase de

capitalização, ocorre o que chamamos de capitalização financeira, ou seja o saldo

de conta do participante é constituído pelas contribuições e pelo retorno dos

investimentos, e na fase de pagamento do benefício, o benefício não

necessariamente será limitado ao saldo individual constituído, pode ser pago em

forma de renda vitalícia com reajuste indexado por um índice inflacionário;

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Pseudo Plano de Contribuição Definida – são planos que durante a fase de

capitalização, os créditos no saldo de conta independem das contribuições e do

resultado dos investimentos, essas contribuições são avaliadas atuarialmente e o

benefício será em forma de renda vitalícia.

4.2. Tipos de Benefícios de Entidades Fechadas

Aposentadoria normal – é o valor de uma renda mensal, que o participante

receberá a partir da data em que tenha cumprido as exigências do plano, tais

como idade mínima, tempo de serviço na empresa, tempo de participação no

plano, etc.

Aposentadoria antecipada - é o valor de uma renda mensal, que o

participante receberá antes de ter cumprido as exigências do plano para

recebimento da Aposentadoria Normal. Entretanto, o valor da renda poderá sofrer

redução em função da antecipação da data de recebimento da Aposentadoria

Normal.

Aposentadoria por Invalidez - é o valor de uma renda mensal, que o

participante receberá caso tenha se tornado total e permanentemente inválido e

desde que seja elegível a receber o benefício de invalidez pelo INSS.

Pensão do Cônjuge - é o valor de uma renda mensal, que o cônjuge receberá a

partir do falecimento do participante.

Pensão aos Dependentes – é o valor de uma renda mensal temporária,

podendo ser vitalícia em alguns casos, que será paga aos dependentes a partir

do falecimento do participante até uma determinada idade fixada no regulamento

do plano.

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Pecúlio – é o valor pago ao participante ou aos seus beneficiários, à vista,

por ocasião de sua morte ou invalidez.

Resgate ou Reserva de Poupança – é o valor pago ao participante, geralmente à

vista, na data em que o mesmo se desligar do plano, sem ter direito a qualquer

benefício, esse valor se refere às suas próprias contribuições.

Benefício Proporcional Diferido – segundo a Resolução nº 6 de 30/10/2003, o

instituto do BPD faculta ao participante optar por receber da entidade, no futuro,

um benefício proporcional. Os requisitos para que o participante faça sua opção

são: cessação do vínculo empregatício; não ter preenchido requisitos de

elegibilidade a aposentadoria plena ou antecipada e carência de até 3 anos de

vinculação. O BPD corresponderá a um valor atuarialmente equivalente ao total

da reserva matemática do benefício programado pleno, na data da opção, sendo

este devido a partir da data de elegibilidade a aposentadoria plena.

Portabilidade – segundo a Resolução CGPC nº 6 de 30/10/2003, o instituto

da portabilidade é aquele que faculta ao participante transferir os recursos

financeiros correspondentes ao seu “direito acumulado” (o maior entre as

reservas constituídas pelo participante ou à reserva matemática, sendo que para

os planos instituídos até 29/05/2001 é o valor estabelecido no regulamento para o

caso de desligamento) para outro plano de benefícios em caso de desligamento

da patrocinadora e da entidade. Os requisitos para que o participante possa

exercer a sua opção são: cessação do vínculo empregatício; não ter preenchido

os requisitos de elegibilidade ao benefício de aposentadoria plena e carência de

até 3 anos de vinculação ao plano. A entidade receptora de recursos portados,

deverá registrar os recursos em separado daqueles acumulados no plano de

benefícios.

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RESUMO

Esta monografia é composta de 2 (dois) capítulos. Após a introdução sobre o

assunto que será abordado no trabalho, descrevo no capitulo 1, sobre o nosso

atual Sistema Previdênciario, dando ênfase a seus aspectos históricos e sua

evolução no Brasil.

No capitulo 2, falarei sobre o mercado de Previdência alternativo que é composto

Pela Previdência Complementar Aberta e Fechada, onde mostraremos seus

planos e benefícios.

Tenho como objetivo neste trabalho, fazer uma abordagem sobre os planos que

existentes no mercado e que estão sendo oferecidos por Entidades de

Previdência Complementar, para que os contribuintes tenham uma vida mais

tranquila após sua saída do mercado de trabalho e sua consequente

aposentadoria.

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CONCLUSÃO

Concluímos o projeto, no qual procuramos mostrar aos contribuintes a

situação hoje enfrentada pela Previdência Social, e expondo o que o mercado tem

a oferecer no que diz respeito aos novos planos de Previdência Complementar.

Pois temos conhecimento do que tem sido muito enfatizado nos últimos

anos em todos os meios de comunicação, sobre a difícil situação em que se

encontra nosso Sistema Previdenciário Social, o que pode trazer em um futuro

bem próximo uma dificuldade muito desconfortável para trabalhadores que hoje

tem contribuído para esse Sistema, contando em ter um futuro tranqüilo e

mantendo uma qualidade de vida igual ao que possui hoje.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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dos

Investimentos dos Fundos de Pensão. Rio de Janeiro: [s.n.], 1998.

2 FARO, Clovis

de et al. Pesquisas EPGE (Escola de Pós-Graduação em Economia) –

Previdência Social no Brasil: Diagnósticos e Sugestões de Reforma. Rio de

Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1993. p. 3-9.

3 GUSHIKEN, Luiz e outros. Previdência Complementar - Entendendo sua Complexidade.2002.

4 PÓVOAS, Manoel Soares. Previdência Privada: Planos Empresariais. São

Paulo:

Fundação Escola Nacional de Seguros, 1990. Vol. 1. p. 190-193.

5 PÓVOAS, Manoel Soares. Na Rota das Instituições do Bem-Estar: Seguro e

Previdência. São Paulo: Green Forest do Brasil, 2000. p. 260-266.

6 THOMPSON, Lawrence. Previdência Social: Coleção Previdência Social.

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