SISMOI

Sistema de Monitoramento das Mudanças Climáticas

Jean Ometto Daniel Andrés Rodriguez

Rita Marcia da Silva Pinto Vieira

SJCampos, 10 de abril de 2017

• Estudos de Mudanças Climáticas, e

• Tomada de Decisão e Desenvolvimento de Políticas de Adaptação

Requerem grandes volumes de informação

Motivação

• Dados fragmentados e descentralizados em diferentes instituições

• Informações esparsas seguindo diferentes protocolos

• Informação complexa que dificulta o uso por um público leigo

Situação atual

Fonte: Marco Follador / UNESCO/MCTI: Projeto 914BRZ2018

Visa criar uma plataforma de compartilhamento de dados sobre os efeitos das mudanças climáticas no Brasil baseada em uma rede de fornecedores de informações (nós) que autorizem o acesso a seus bancos de dados.

Proposta

• Seleção, organização e harmonização das informações

• Abordagem descentralizada porem integrada • Portal de acesso aos dados das diferentes

instituições através de meta-dados • Ação colaborativa entre diferentes instituições

• Indicadores simples e compostos • Mensagem resumida, clara e facilmente

utilizável pelo tomador de decisão • Selecionados a partir da discussão

Baseado em:

Pilares

INFORMAÇÃO C

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• Dados coletados através de processo participativo

• Dados originais apresentados em forma de indicadores, como ferramenta de suporte à tomada de decisão

• Informação facilmente acessível

• Infraestrutura Web “automatizada”

• Conceito de rede

• Cooperação entre todas as partes envolvidas

Integração e sistematização de informações

Baseado em recortes temáticos definidos pelo Primeiro Workshop Internacional sobre o SISMOI (Programa Diálogos Setoriais Brasil - União Europeia)

Dados socioeconômicos,

demografia, IDH, PIB, demandas

de energia, políticas públicas, etc.

volume de água per capita

água disponível para captação

vazão na estação seca

índice de qualidade de água

SISMOI

Segurança Alimentar

volume de água per capita

água disponível para captação

vazão na estação seca

índice de qualidade de água

Segurança Energética

Produção de energia

Energia assegurada

Estado dos

reservatórios

Dados ambientais

geologia, geomorfologia, uso da

terra, hidrologia, solos etc. Projeções climáticas e de

mudanças do uso da terra etc.

Segurança Hídrica

Projeto Piloto Objetivo

– Apoiar, fomentar e viabilizar ações para desenvolver e implantar o Sistema Brasileiro de Monitoramento e Observação de Impactos da Mudança

Climática (SISMOI).

SISMOI x SAP

• Num primeiro momento, o SISMOI terá como “alvo” o semiárido brasileiro,

posteriormente será expandido para todas as regiões do país.

• No Brasil, o Sistema de Alerta Precoce contra Seca e Desertificação - SAP, desenvolvido

em parceria pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e o Ministério do

Meio Ambiente – MMA é uma das primeiras iniciativas do governo federal em

desenvolver uma base de dados integrada que assegure a observação sistemática do

processo de degradação/desertificação da terra na região semiárida do Brasil. Para a

utilização da base de conhecimentos, está sendo desenvolvido um sistema capaz de

cruzar informações ambientais e socioeconômicas para a avaliação e prevenção de

efeitos danosos ao solo e consequentemente à capacidade de produção agrícola e à

preservação ambiental.

• A Elaboração do SAP 2010-2016 esta sendo fundamentada nas demandas da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação – UNCCD no Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação – PAN Brasil.

• O INPE vem dando suporte às ações de combate a desertificação e de adaptação/mitigação às mudanças climáticas do MMA.

SAP SERVIÇO À SOCIEDADE E TOMADORES DE DECISÃO

• Permite a obtenção de um conjunto de indicadores capaz de determinar os padrões de degradação do uso e cobertura da terra associados aos diferentes contextos socioeconômicos e políticos presentes no semiárido do Brasil;

• Fornece informações de alerta sobre as áreas com maior potencial a degradação/desertificação da terra;

• Promove subsídios para o desenvolvimento de estratégias apropriadas para minimizar o processo de degradação do solo frente aos diferentes cenários de uso e cobertura da terra e de clima;

• Aumenta a conscientização social do problema relacionado a degradação da terra por meio da disponibilidade pública de informações.

Finalidade

Integração e assimilação de dados espaciais e temporais, de caráter bio-geofísicos, sócio-econômicos, nas mais variadas escalas temporais e espaciais.

Prover bases técnicas para a formulação de estratégias de redução e mitigação dos efeitos da desertificação/degradação, bem como servir de fonte de informação para a sociedade.

Monitoramento constante de series temporais

Integração da informação no Sistema de Alerta contra Degradação/Desertificação

Susceptibilidade a degradação/desertificação Cenários atuais e futuros (Monitoramento 5 anos)

Índice de degradação/desertificação (Monitoramento anual)

Índice de vulnerabilidade da população à degradação (Monitoramento 5 anos)

Índice de Pobreza Hídrica (Monitoramento anual)

Vulnerabilidade Ambiental

Vulnerabilidade Social

Adaptação e Mitigação

Índice de degradação por município

Dos 23 municípios identificados com área de degradação >= 60% 13 pertencem ao Estado da BA, 3 da PB, 1 de PE e 6 no RN

Estado Municípios Moderado Alto Muito_Alto Deg_Total

(km2)

% Deg

BA JOÃO DOURADO 215,22 405,32 169,55 790,09 86,36

BA CANARANA 235,61 208,90 36,79 481,30 83,51

BA LAPÃO 271,62 202,94 26,16 500,71 82,75

BA IBITITÁ 281,04 203,43 26,74 511,21 82,05

BA AMÉRICA DOURADA 277,56 299,12 87,30 663,98 79,26

BA IRECÊ 135,33 92,61 18,52 246,47 77,26

BA PRESIDENTE DUTRA 40,78 50,53 32,42 123,73 75,65

BA JUSSARA 262,67 303,03 137,20 702,90 74,10

BA MACURURÉ 534,18 399,15 685,03 1618,36 70,54

BA BARRO ALTO 143,00 123,23 16,81 283,04 67,95

BA SÃO GABRIEL 313,23 337,28 155,52 806,03 67,20

BA CAFARNAUM 174,24 210,37 49,27 433,88 64,26

BA ABARÉ 220,03 211,12 464,82 895,97 60,34

PB FREI MARTINHO 121,11 39,76 4,87 165,74 67,84

PB SÃO JOSÉ DO SABUGI 75,93 50,19 8,95 135,07 65,28

PB CONGO 99,83 65,13 46,34 211,30 63,37

PE ITACURUBA 9,20 18,21 251,98 279,40 64,97

RN OURO BRANCO 106,60 46,84 28,06 181,50 71,65

RN ANGICOS 269,76 203,98 41,57 515,31 69,49

RN ITAJÁ 67,45 49,29 18,96 135,69 66,64

RN PARAÚ 127,91 88,02 34,12 250,05 65,25

RN FERNANDO PEDROZA 121,81 67,22 15,84 204,87 63,50

RN PEDRO AVELINO 390,58 182,15 18,98 591,71 62,10

Mapa de Susceptibilidade

2000 2010

IAS = (IQA*IQM*IQC*IQS)1/4

cenários de mudança de uso, clima e população até 2040 foram gerados os cenários de susceptibilidade

₊

Mudança 2000-2010 (Observado)

Cenário - Pessimista 2040

Cenário – Otimista 2040

Sistema permite além de identificar os locais com mais alta susceptibilidade a degradação/desertificação identificar que fatores estão atuando. Neste estudo

o manejo foi o indicador que mais contribuiu para a degradação.

Índice de Vulnerabilidade da População à Degradação

Dos 217 municípios pertencentes ao Estado do Maranhão 96 se encontram com alta vulnerabilidade social.

Índice desenvolvido para avaliar como que a susceptibilidade ambiental produz impactos diretos na vulnerabilidade social de uma população, afetando sua qualidade de vida tanto social como cultural.

Vulnerabilidade da população a degradação

Municipios Disponibilidade Acesso Capacidade Ambiente IPH

RIACHÃO DO DANTAS 1 1 0,3549 0,517 0,718

INDIAROBA 1 0,8338 0,498 0,5193 0,7128

CRISTINÁPOLIS 1 0,694 0,3601 0,735 0,6973

SANTA LUZIA DO ITANHY 1 0,8456 0,3758 0,5555 0,6942

ITABAIANINHA 1 0,7792 0,3427 0,6064 0,6821

GARARU 0,9174 0,5985 0,4318 0,666 0,6534

MOITA BONITA 1 0,7679 0,3118 0,5121 0,648

MONTE ALEGRE DE SERGIPE 1 0,4277 0,5052 0,6511 0,646

PEDRINHAS 1 0,6808 0,3194 0,5659 0,6415

SÃO MIGUEL DO ALEIXO 1 0,6218 0,2845 0,6432 0,6374

UMBAÚBA 1 0,712 0,2861 0,5106 0,6272

PORTO DA FOLHA 0,9583 0,4284 0,4182 0,6339 0,6097

ITAPORANGA D'AJUDA 1 0,5056 0,3905 0,5291 0,6063

PEDRA MOLE 1 0,2495 0,5039 0,6703 0,6059

SIRIRI 1 0,5673 0,3464 0,5045 0,6046

MACAMBIRA 1 0,533 0,2891 0,5961 0,6045

PINHÃO 0,9 0,6129 0,3056 0,5938 0,6031

BOQUIM 1 0,6057 0,2917 0,5076 0,6013

Dos 18 municípios mapeados com problemas relacionados à pobreza hídrica 3 deles merecem atenção devido ao fato de já terem sido identificados com alto valor de pobreza social, destacados na tabela em vermelho. Os indicadores de disponibilidade e ambiente foram os que mais contribuíram para o alto índice de pobreza nesses municípios

SISMOI ESTADO e SOCIEDADE

• Promove a disponibilidade de dados de qualidade sobre os efeitos da mudança do clima, respondendo à crescente demanda do setor acadêmico e dos setores público e privado;

• Facilita o acesso aos dados públicos;

• Promove a disseminação de informações e conhecimento relacionados aos impactos da mudança do clima nos diversos setores;

• Promove a integração entre instituições, atores públicos, setores produtivos e sociedade;

• Induz a produção de conhecimento no país;

• Amplia a capacidade de resposta frente aos impactos da mudança do clima;

• Promove o debate público através de dados e informações transparentes à opinião pública.

• O SISMOI se destaca como um Projeto Estruturante do MCTIC

• Seus produtos atenderão diferentes Iniciativas do Estado Nacional: Os produtos do SISMOI atendem às necessidades nacionais de conhecimento sobre mudanças do clima, incluindo a produção de informações para formulação de políticas públicas.

• PLANO NACIONAL DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS:

• De encontro com objetivos e necessidades da REDE CLIMA

• PLANO NACIONAL DE ADAPTACÃO:

• O desenvolvimento do SISMOI está explícito como Meta do PNA

• Forte parceria com a Plataforma Adapta-Clima do MMA-FGV

SISMOI ESTADO e SOCIEDADE

Situação atual do SISMOI

• O MCTIC, através da Coordenação-Geral de Mudanças Globais de Clima, entende que o Projeto SISMOI apresenta forte aderença com os Objetivos do CCST-INPE

• O Ministério está trabalhando para sua viabilização