Sistema de Banco de Dados Dinâmico

Vinicius Duarte LimaBolsista de Iniciação Científica do Departamento de Engenharia Elétrica e da Computação UFPA

José Humberto Araújo Monteiro; Brígida Ramati Pereira da RochaDepartamento de Engenharia Elétrica e da Computação, Universidade Federal do Pará

CEP 66.075-110 Belém-PA tel: (091) 211-2072 fax: (091) 211-1634

Ivete Teixeira da SilvaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica – Mestranda UFPA

CEP 66.075-110 Belém-PA tel: (091) 211-2072 fax: (091) 211-1634

Isa Maria Oliveira da SilvaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e da Computação – Doutoranda UFPA

CEP 66.075-110 Belém-PA tel: (091) 211-2072 fax: (091) 211-1634

RESUMO

Este trabalho descreve o desenvolvimentode um Sistema de Bancos de Dados Dinâmicorealizado como parte das atividades do projetoENERBIO/UFPA e que consiste de um sistema degerenciamento de informações informatizadoelaborado em três etapas. Na primeira houve aconstrução de um programa de computador, emlinguagem Delphi, que consiste de uma fonte depesquisas por referências bibliográficas e de umdicionário dinâmico, que também está disponívelcomo produto à parte, e ambos alimentadosdinamicamente em rede apenas por usuáriosautorizados através de senha. Na etapa seguinterealizou-se a ampliação do sistema computacionalpara receber um modelamento de outros dadostécnicos, tais como dados quantitativos e qualitativosda biomassa da região e de tecnologias para geraçãode energia através destes materiais. Além disso,iniciou-se a fase de teste do programa em redeinterna. Com o sucesso dos testes, inicia-se fase finalda estruturação do sistema que foi baseada nacriação de uma página dentro do local destinado aoENERBIO na Internet que disponibiliza a versãofinal do programa.

ABSTRACT

The development of reseach in powergeneration sector through biomass residues intoAmazon introducing these systems at rural areas hasan obstacle: the unknowledge of thermophysicalfeatures of more abundant materials at the tropicalenviroment. Thus, the knowledge production into

region needs easy and fast diffusion amongresearches from Amazon, with the objective tobroaden knowledge and increasing the use biomassfrom the region to power generation.

So that this diffusion becomes possible, wasdeveloped in the project ENERBIO/UFPa acomputerized information management system workout in three stages. In the first, there was a computerprogram built, in Delphi language, that conssit in asource to researh through bibliographical referencesand a dynamically dictionary supply on networkonly for users allowed through to password. To thefollowing stage realized an broaden ofcomputacional system to receive a modelling ofanother technical dates, such quantitative andqualitative dates from region biomass and tecnologyto power generation from this raw material.Moreover, it was initiated the phase of test inprogram in an internal network. With a success intests, the last phase of estruturation os system isinitiated that was based on a creation of a pageinside the place destined to the ENERBIO on theinternet that available the final version of program.

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento de pesquisas na área degeração de energia a partir de resíduos de biomassana Amazônia, e a própria implantação dessessistemas em áreas rurais, tem como um dos fatoreslimitantes o desconhecimento das propriedadestermofísicas dos materiais mais abundantes no meiotropical. Dessa forma, a produção de conhecimentona região precisa de difusão fácil e rápida entre ospesquisadores da região, de forma a multiplicar o

conhecimento e com isso potencializar o uso dabiomassa regional para a produção de energia.

Portanto a produção de conhecimento nessesentido precisa de difusão fácil e rápida entre ospesquisadores da região, de forma a multiplicar oconhecimento e com isso potencializar o uso dabiomassa regional para a produção de energia. Daí anecessidade de um sistema de informações queviabilize este processo.

Para alcançar este objetivo, idealiza-se aconstrução de um sistema gerenciador de banco dedados que utiliza os princípios de linguagemorientada a objeto, visando, além da já mencionadadinamização da troca de conhecimento, umrelacionamento mais simplificado e objetivo com ousuário.

Os fundamentos da programação orientadaa objetos residem na idéia da abstração. Em suma,uma linguagem orientada a objeto possui trêsgrandes características que a permitem ser umaótima ferramenta ao lidar com problemas maioresem projetos mais complexos: implementa abstraçãode dados de um modo claro e objetivo, usando oconceito de classe, que pode ser definida como adescrição abstrata de um grupo de objetos, cada umdeles com um estado específico, mas todos capazesde executar as mesmas operações; tenta tornar cadaparte do programa um componente simples,reutilizável e flexível; e, torna o código facilmentemodificável sem alterações reais, físicas, no códigoanterior [1].

Essas características dão às linguagensorientadas a objetos capacidade de tornar a interaçãocom o usuário mais simples através da geração deuma interface mais “amigável".

O que se descreve no presente artigo é aelaboração e a construção do sistema computacionalque tem como objetivo realizar o ideal citado acima.O desenvolvimento deste sistema está em curso e emseus estágios finais, mas já apresenta as suasprincipais funções, aquelas às quais está destinado.

DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

APLICATIVO PRELIMINAR1. Levantamento de DadosFoi realizado um processo de obtenção de

dados sobre fontes alternativas de energia, dandoênfase à geração através de resíduos de biomassa,que resultou na idealização de um modelo dearmazenamento de informações que consistia de umconjunto de bancos de dados. Nesse ponto se adota oconceito de que banco de dados é um sistema cujoobjetivo global é registrar e manter informações [2].Embora este conceito pareça estático, ele não limitaa intenção de fazer deste projeto um instrumento degerenciamento dinâmico de informações.

Os bancos de dados foram baseados nasseguintes entidades: referências bibliográficas;pesquisas sobre resíduos de biomassa com fins

energéticos; tecnologias para geração de energiaatravés de biomassa; e, cadastro de usuários.

Nesta primeira etapa, por simplicidade,optamos por iniciar o desenvolvimento do programacom apenas um dos bancos de dados, o dereferências bibliográficas, que, tendo sido o primeiroa ser desenvolvido e sendo sua implementaçãonecessária naquele momento, permitiu elaborar aestrutura do aplicativo com menos dificuldade e aomesmo tempo, fornecer um mini aplicativo deconsulta com uma certa rapidez para o projetoENERBIO, respondendo a uma necessidade pré-existente.

Nestas circunstâncias foram levantados osdados e os tipos de dados que se necessitavaarmazenar. Deste modo, a estrutura desse banco dedados ficou baseada nas seguintes entidades: livros,periódicos, teses, anais de congressos e artigos.

O levantamento foi realizado porintegrantes do projeto ENERBIO, dentre os quaisalunos de iniciação científica e de mestrado daUniversidade Federal do Pará, baseando-se nasmesmas necessidades acima citadas e de acordo comas entidades já referidas. O cadastro de informaçõesnos quais foram baseados os campos das tabelas, emsua maioria foram baseados nas normas da ABNT,segundo a NBR 6023. Os demais campos foramcampos foram escolhidos com base em itens queeram requeridos pelo projeto do programa decomputador.

2. Estruturação do Banco de DadosA partir das informações obtidas na etapa

anterior, iniciou-se o planejamento e a estruturaçãodo sistema de armazenamento de dados relacionandoas informações coletadas pelo projeto ENERBIO.

Inicialmente, este projeto de bancos dedados teve como base o gerenciamento dereferências bibliográficas, obtidas pelas pesquisas járealizadas e que ainda viessem a se realizar, ou seja,seria atualizado dinamicamente e pelo própriousuário. Esta característica deve ser destacada, pois,ao mesmo tempo em que torna o sistema umaaplicação de interligação de informações, dandocorpo à própria motivação da construção doaplicativo, representa também uma dificuldade, nãosó à estruturação do banco de dados, mas também àprópria geração do programa de computador nosentido de dar a devida proteção aos dados esimplificar a transferência de dados via rede. Daí anecessidade de, em princípio, fazer uso de umaestrutura simples no banco de dados, basicamenteformada por tabelas independentes, sem interligaçãoentre si, ou seja, sem a utilização de integridadereferencial – mesmo porque a simplicidade deobjetivo desta aplicação em sua fase inicial não opermitia.

3. Desenvolvimento do aplicativoFinalizada a fase de planejamento, foi

iniciada a construção do programa de computadorpropriamente dito em sua versão preliminar. Alinguagem de programação utilizada para este fimfoi o Object Pascal, através do Borland Delphi 4.0.Este programa foi escolhido devido à suaflexibilidade e segurança no tratamento de dados,incluindo trocas via rede de computadores. OBorland Database Engine (BDE) foi utilizado comoacesso à fonte de dados construída em Paradox 7.0.O BDE foi escolhido por ser o gerador padrão doDelphi.

O computador utilizado para odesenvolvimento do software possui as seguintesespecificações: Processador AMD Duron 750 MHz,64MB de Memória RAM, Monitor SVGA comPlaca de Vídeo com 8MB de Memória RAM, HD de20 GB e kit multimídia. O sistema operacionalinstalado foi o Microsoft Windows 98.

A priori o programa seguiu, em relação aobanco de dados e à forma como o programa oacessa, a estrutura mostrada na figura 1. As caixaslimitadas por linha dupla representam tabelas e aslimitadas por linhas simples simbolizam as unidadesde acesso (representadas no esquema por seusrespectivos nomes no aplicativo) que o programausa, representadas em geral por “janelas”.

O Glossário, cuja referência pode sertambém observada na Figura 1, diz respeito a umaferramenta semelhante a um dicionário eletrônico,porém com algumas diferenças. Basicamente, elafunciona como outras ferramentas de tradução jáexistentes, tendo determinado banco de palavras eexpressões na memória, em especial, termostécnicos da área de geração de energia e depesquisas com biomassa. Mas, diferente dos demais,permite a inclusão de novos vocábulos e expressões,adaptando-se às necessidades do usuário, que poderáusá-lo em separado do programa principal einclusive instalá-lo à parte. Este acessório estáincluso no projeto e no programa, mas é

completamente independente a nível operacional.Tanto o programa principal como o

glossário são, nesta primeira fase, alimentadosdinamicamente em rede interna, utilizando-se dascaracterísticas cliente/servidor da linguagem deprogramação, apenas para que se pudesse observar ofuncionamento do aplicativo em rede.

Não utilizamos o mesmo computador pararealizar este primeiro teste, que foi realizado emoutras duas máquinas: a primeira possuindo umprocessador Pentium Pro 200 MHz – Intel, 128MBde memória RAM, Monitor SVGA com Placa deVídeo com 1MB de memória RAM, HD de 2,1 GB,kit multimídia e Windows NT Server 4.0 instalado; e,a segunda com um Processador Pentium 2 233 MHz– Intel, 128MB de memória RAM, Monitor SVGAcom Placa de Vídeo com 4MB de memória RAM,HD de 6GB, kit multimídia e Windows 98 instalado.

O sistema foi desenvolvido de modo que oacesso ao cadastro de informações fosse limitado,tendo permissão apenas usuários autorizados atravésde senha. Entretanto, isto não se constitui em umafase de testes, pois ainda não havia elementos parauma versão para teste de campo do aplicativo. Comojá mencionado, o objetivo era apenas a observaçãodo comportamento do aplicativo em rede. Feito isto,retorna-se ao desenvolvimento local, sem autilização do recurso cliente/servidor.

AMPLIAÇÃO DO BANCO DEDADOS E DO SISTEMACOMPUTACIONAL E SEGUNDA FASEDE TESTES

1. Modelamento de dadosAté este ponto, o banco de dados era

constituído apenas por tabelas simples e diziarespeito somente às referências de literatura técnico-científica. A utilização deste enfoque simplista,como já mencionado, tinha como objetivo servir

Figura 1. Estrutura de acesso do aplicativo às tabelas do banco de dados.

Programa principal

ConsultaCadastro

Bibliotecas

Acervo

Glossário

Bibliotecas Acervo GlossárioBibliotecas Glossário

Artigos Eventos

TesesPeriódicos

Livros

Artigos

TesesPeriódicosLivros

Eventos

Artigos Eventos

TesesPeriódicosLivros

Figura 2. Relacionamento da estrutura de banco de dados

InformaçõesTecnológicas

Tabela deTecnologias

Tabela deFornecedores

ReferênciasBibliográficas

Tabelas de identificaçãodas referências

Informaçõesde Biomassa

Tabelas de localização eidentificação de resíduos

Usuários

Tabela de Usuários

como estrutura inicial para o desenvolvimento doaplicativo computacional, gerar o primeiro dosquatro bancos de dados a serem implementados eainda disponibilizar um mini aplicativo de consultapara auxiliar os integrantes do ENERBIO empesquisas bibliográficas.

Com o término desta fase, realizou-se aampliação do sistema computacional para receber omodelamento de dados completo, que segue aestrutura mostrada na Figura 2, onde são exibidasdentro dos bancos de dados as tabelas maisrepresentativas.

No modelamento deve ser ressaltado que orelacionamento do banco de usuários com os demaisbancos exerce uma função de identificador dosdados, indicando o responsável pela inclusão dainformação em questão. Como já mencionado, oacesso à edição de dados no sistema é restrito aosusuários cadastrados. O relacionamento é realizadoatravés do uso da chave primária da tabela“usuários” como chave estrangeira nas demaistabelas, que é uma estrutura conhecida como umpara muitos.

O banco de informações tecnológicasrefere-se ao armazenamento de informações sobreequipamentos e máquinas utilizados na geração deenergia através de resíduos de biomassa.

As informações de biomassa a que se refereo outro banco de dados, registra as especificações deespécies – lembrar que o termo biomassa refere-setanto a animais como a vegetais – cujos resíduos sãoutilizados em geração de energia e apresenta dadosde localização, quantitativos e informaçõesqualitativas como poder calorífico e composiçãoquímica. Além disso, cadastra as fontes que geraramos dados, identificando os responsáveis pelapesquisa e a instituição onde foi realizada.

2. Ampliação do AplicativoPartindo do modelamento final, segue a

adaptação do programa para recebê-lo e processá-lo.Com o intuito de otimizar a memória

utilizada pelo programa, tanto no que diz respeito aoespaço físico ocupado pelo programa quando pela

sue acesso à memória volátil (RAM), passou-se aadotar como Sistema Gerenciador de Bancos deDados (SGBD) o Borland Interbase 6 no lugar doBorland Database Engine (BDE). Esta substituiçãose deve a necessidade de instalar o BDE em todo ocomputador em que o aplicativo estivesse rodando,pois o mesmo não seria capaz de acessar as tabelassem a presença do BDE. O espaço requerido por esteSGBD era considerável se for considerado o espaçoem disco requerido pelo próprio programa principal.Na verdade este aplicativo nem mesmo poderia serexecutado sem a presença do BDE. A princípio istonão foi considerado problema pois ainda não eramrealizadas operações em rede, mas desde o teste,citado na primeira fase, que se havia notado anecessidade de um programa que exige menos docomputador para agilizar a troca de dados.

As operações em rede, especialmente asque se planejava para Internet, motivaram aimplementação do modelamento de dados em umSGBD baseado na arquitetura cliente/servidor,devido à segurança e a alta performance destatecnologia. O Interbase, da Borland (utlizamos aversão update 6.5), é um programa gratuito, decódigo aberto, disponível na internet e que possui arobustez característica da tecnologia citada [3].Além disso sua enorme compatibilidade com oBorland Delphi 6, motivou a migração da versão 4.0desta linguagem, a qual havia sido utilizada até aqui,para esta nova versão. A mudança acima referidanão interferiu no funcionamento do softwareimplementado nos momentos anteriores, devido aoconceito de compatibilidade retroativa.

A utilização do Delphi 6, também foimotivada pela característica desta versão dedesenvolver programação orientada para Internet,possuindo diversos componentes e funções voltadospara este fim.

Uma vez estabelecidos os softwares dedesenvolvimento esta etapa consistiu naimplementação do modelo de dados em linguagemde computação através do Interbase e na expansãodas unidades de programação para a construção denovos módulos de interface dentro do programa de

computador. O modelo de interface segue o padrãodesenvolvido para o banco de referênciasbibliográficas.

É também desenvolvida a inclusão deopções adicionais como impressão rápida, legendase tópicos de ajuda. O intuito é tornar o ambientemais simples e auto-explicativo, entretanto não há,ainda, a preocupação com a aparência final doprograma. Melhora-se sua interface apenas para arealização dos testes de campo.

3. Fase de TestesO objetivo desta fase é verificar o

funcionamento do programa, abrangendo todas assuas operações, e a validade do modelo de banco dedados, de modo a identificar possíveis erros e anotarsugestões de melhoramento. Além disso, deseja-secoletar opiniões e idéias sobre como os usuáriosdesejariam a interface do programa.

Estes testes, para serem efetivos, devem serrealizados com um número razoavelmente grande depessoas e de modo que as informações levem umtempo suficientemente curto para ser coletadas.

Com o intuito de realizar estas metas,optou-se por realizar esta tarefa em rede local(Intranet). Como pode ser observado na Figura 3 aestrutura de realimentação de dados é centralizadano programa servidor. Desta forma, além de permitirque um número relativamente grande de usuáriosparticipe do teste com informações atualizadas,também permite alimentação de dados do programaprincipal, pois os dados a serem cadastrados, emboraainda em fase de teste, já são válidos e farão parte doconjunto inicial de informações disponíveis dosoftware final. Esta fase ainda está em andamento,dados ainda estão sendo coletados e a definição dainterface final do programa dependerá do nível desatisfação do usuário final.

A implementação do sistema, oraapresentado, ainda está em andamento e, a seguir, opresente artigo passará a demonstrar a fase final doprojeto a ser concluído.

FINALIZAÇÃO DO SISTEMA1. Modelo de Interação do Sistema

com a Internet

Nas etapas anteriores foi construído umaplicativo capaz de armazenar e efetuar diversasoperações sobre informações técnico-científicasconcernentes a geração de energia através debiomassa. Entretanto, o objetivo deste sistema édifundir de modo rápido e simples estesconhecimentos armazenados, enquanto que oprograma de computador desenvolvido até aquitrabalho de modo fixo, em um único computador, ouem Intranet.

A meta desta fase é apresentar o modelocompleto de funcionamento do Sistema de Banco deDados Dinâmico, mostrando sua interação com arede externa (Internet) e o modo como devemocorrer as transações de dados.

Um modelo de fluxo de dados do Sistemapode ser visualizado na Figura 4, onde o sentido dofluxo de informações é dado pela direção das setas.Observe que ocorre uma espécie de ciclo de dados,onde a cada período a quantidade de informaçõesaumenta e é armazenada no banco de dados servidorque repassa as informações para os usuários clientes.

Além disso, pode-se notar também apresença de uma caixa chamada filtro que fazintermédio os formulários de cadastro e o banco dedados do servidor. O Filtro é uma ferramenta defundamental importância para a verificação dosdados enviados pelos usuários.

Basicamente, o Filtro é um programa quepossui as mesmas tabelas do Programa Servidor e éele que recebe os novos dados. Ele possui umainterface que permite a visualização destes dados

Usuário

ProgramaCliente

Banco de Dados

Usuário

Site

Exibição de dados

Atualização de dados

Formulários de cadastro

Download do aplicativo

ProgramaServidor

Banco de Dados

Filtro

Figura4. Diagrama do fluxo de dados do Sistema.

Servidor Cliente

Cliente

Cliente

Cliente

Figura 3. Fluxo de dados da fase de teste

inseridos. O programa verificará os registrosrepetidos ou iguais aos já cadastrados e os excluirápermitindo a passagem dos demais. Haverá asupervisão de uma pessoa responsável pelaverificação dos dados e envio destes para oprograma servidor. O filtro pode ser visto como umaextensão do aplicativo servidor, cujo objetivo égarantir a integridade e confiabilidade dos dadosrecebidos.

2. Construção do Site do ProjetoENERBIO

O site na Internet é uma peça fundamentalna comunicação do programa servidor com os seusclientes, pois a página realiza a função decadastramento de novos usuários, e a estes, uma vezautorizados e possuidores de sua senha de acesso –obtida no momento do cadastro, podem fazer ainserção de novos registros no sistema servidor dedados.

Além disso, o site também será o local ondeserá disponibilizada a versão completa do programae será feita a atualização de dados para aqueles quejá possuem o sistema, como mostrado na figura 4.Também exibirá alguns dados importantes a partirdo banco de dados principal para consulta geral.Funciona então como intermediador do fluxo dedados.

Embora, de grande importância no projetoapresentado neste artigo, é preciso ressaltar que osite é fundamentalmente pertencente ao projetoENERBIO e, como tal, possui assuntos ligados aoprojeto como editais, equipe técnica e outrasinformações peculiares ao projeto.

As páginas em questão já estão sendodesenvolvidas, e para tal fim, utiliza-se as seguintesferramentas: o Macromedia Dreamweaver 4, umprograma de desenvolvimento de páginas deinternet, editor de HTML (Hyper Text MarkupLanguage, linguagem de marcação de hipertexto,comumente utilizado como linguagem dedesenvolvimento de páginas na Internet) e quetambém permite a utilização de componentes doformato “.swf”, formato de arquivo de animação doaplicativo Macromedia Flash, por possuir completainteração com este último. Embora o Flash seja umapoderosa ferramenta na criação de animações, nossaintenção é meramente criar alguns componentes, taiscomo botões e menus, para reduzir o temponecessário para visualizar as páginas por inteiro massem perder uma certa sofisticação na interfacegráfica.

3. Versão Final do SistemaO programa em si consiste no que foi

desenvolvido na segunda fase de desenvolvimento,ou seja, aquilo que foi desenvolvido é o núcleo daestrutura. Basicamente as alterações e inclusõesrealizadas nesta última etapa dizem respeito aadaptação do software a interação com a Internet e a

preocupação com aparência definitiva do aplicativo.Em relação a programação voltada para

Internet, é preciso considerar que os módulos clientee servidor descritos no modelo possuem na verdadeo mesmo núcleo acima descrito e, na verdade, sãoidênticos visualmente. O que os diferencia é o modocomo se portam diante do fluxo de dados. Aaplicação cliente não interage com outros clientes,sua ligação é unicamente com o servidor. Enquantoque o servidor envia e recebe dados de todos osclientes, além de ser o único a possuir a ferramentaFiltro.

Quanto a Interface final, os resultadosobtidos das sugestões daqueles que vemparticipando dos testes mostram que um visualbaseado em ambiente Flash é o mais aceito, emesmo, mais adequado, no sentido de obter ummelhor relacionamento com um usuário, embora aexpectativa inicial fosse a de que uma aparênciapadronizada com o Windows obteria melhoresresultados, por ser um ambiente conhecido. O que seobserva é que quando se escapa deste padrão,mantendo-se apenas as características principais daplataforma, e se utiliza de elementos visuais maisarrojados, obtêm-se um destaque maior doscomponentes dispostos na tela e uma menorapreensão do usuário ao lidar com o aplicativo.Adicione-se a isso o fato do ambiente desenvolvidopelo Flash ser normalmente relacionado com aInternet.

Então, para efetivar este intuito,utilizaremos o Macromedia Flash 5 (em detrimentode sua nova versão, o MX, por exigir menos dosrecursos do computador) em conjunto com oambiente de programação do Borland Delphi 6.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O programa disponibilizado na primeirafase, uma ferramenta que catalogava e processavareferências bibliográficas, foi instalado em umcomputador – diferente daquele onde ocorreu odesenvolvimento do mesmo – onde foicontinuamente utilizado durante o decorrer daelaboração e construção do projeto. Nesta primeiraetapa já se disponibilizava, juntamente com oprograma, uma primeira versão do GlossárioTécnico, para o qual tivemos a oportunidade deaumentar a quantidade de verbetes registrados.Tanto o programa principal como o Glossáriofuncionaram satisfatoriamente, com ressalva apenaspara a aparência do programa, que assim como nãodificultava a utilização do programa, não agradavaaos usuários. Nenhum erro de sistema foi detectado.Como esperado – considerando a quantidaderazoável de registros – dentre as operaçõesdisponíveis a de consulta foi a mais utilizada e, defato, se mostrou bastante eficiente.

Com a finalização do programa,substituímos o programa citado no parágrafo

anterior, mas aproveitamos seu banco de dados. Osresultados obtidos neste momento continuam a sersatisfatórios e em poucos momentos foramdetectados erros, os quais ocorreram principalmentena transferência de dados. De todo modo, foramocorrência de rápida resolução e até então nenhumoutro erro foi detectado.

Apesar disso, sentiu-se a necessidade deefetuar testes em rede externa (Internet) para que sepudesse ter uma visão mais precisa do que se desejarealmente observar do sistema. E esse é o próximopasso a ser realizado dentro da fase de testes.

PALAVRAS CHAVES

Banco de dados; Biomassa; Difusão de informações

AGRADECIMENTOS

Ao CNPq e à SECTAM pelo suportefinanceiro ao projeto e às pesquisas realizadas.

Vinicius Duarte Lima é bolsista deiniciação científica e realizou este trabalho dentro doplano de trabalho a que a bolsa se refere.

A Simone Aviz, Leonardo Rodrigues,Bruno Reis e Ivete Texeira pela participação nolevantamento de dados e dos testes do aplicativo epelo apoio.

REFERÊNCIAS

[1] CANTÙ, M.; Dominando o Delphi 3; MakronBooks; São Paulo; 1998.

[2] DATE, C.J.; Introdução à Sistemas de Banco deDados.; Editora Campus: Rio de Janeiro;1986

[3] WESTERICH, T.; Criando uma aplicaçãoCliente/Servidor usando Interbase 6 – ColeçãoDelphi 6; Editora Relativa; Santa Cantarina; 2001.