síria_ a pior crise humanitária do mundo em 70 anos versão impressa. pravda

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14/09/2015 Síria: a pior crise humanitária do mundo em 70 anos Versão impressa. Pravda.Ru http://port.pravda.ru/sociedade/curiosas/08092015/39422siria_crise0/?mode=print 1/2 Tamanho da Fonte Síria: a pior crise humanitária do mundo em 70 anos 08.09.2015 00:56 Damasco (Prensa Latina) Síria enfrenta a pior crise humanitária vista no mundo após a Segunda Guerra Mundial, com cifras que superam os 4 milhões de refugiados e cerca de 11 milhões de deslocados em consequência da guerra. Ninguém já se assombra de ler manchetes da imprensa que ressaltam os milhares de refugiados sírios que esperam um comboio para a Europa na fronteira entre Grécia e Macedônia, buscando chegar à Alemanha, França ou a qualquer nação que os acolha como asilados. O terror, a miséria, e sobretudo a falta de segurança nos lugares ocupados pelos grupos terroristas do Estado Islâmico (EI) e a Frente AlNusra, entre outras organizações extremistas armadas presentes aqui, provocaram esta avalanche humana que coloca a Síria hoje entre os primeiros emissores de refugiados. As cifras são assustadoras: quase 1 milhão e 200 mil sírios refugiados no Líbano, mais de 832 mil na Turquia, 612 mil na Jordânia, 217 mil no Iraque e 138 mil no Egito, sem contar outras dezenas de milhares espalhados pela Europa, América e outros rincões do mundo. O que os impulsiona a abandonar seu país? Após mais de 50 meses de sangrenta guerra, a imposição de dogmas religiosos nas regiões ocupadas pelos jihadistas, a perda de moradias e propriedades e o risco permanente a morrer entre o fogo cruzado, milhões de sírios optaram por deixar seus territórios e buscar amparo em lugares seguros. Mas estas não são as únicas causas destes deslocamentos em massa. Também respondem a manobras políticas desenvolvidas pelos estrategistas que organizaram esta guerra e que estão dirigidas a gerar o caos, a fragmentação do país. Mas sobretudo, para debilitar as forças armadas do governo sírio de potenciais combatentes que reforçam a capacidade do exército e as milícias. Segundo o intelectual francês Thierry Meyssan, fundador da Rede Voltaire, além das razões lógicas que impõe o conflito armado entre a população civil, esta onda de imigrantes é consequência da estratégia desenhada pelos Estados Unidos para a região e posta em prática a partir de 2001. Em uma recente entrevista oferecida por Meyssan ao site sérvio Geopolitika, afirmou que "Washington já não tenta se apoderar do controle dos Estados, mas sim destruir os Estados e de impor um caos que torna impossível organizar algo sem contar com a vontade estadunidense". Para o analista galês, tudo se baseia na aplicação das teorias do filósofo Leo Strauss paradigma teórico de muitos oficiais do Departamento de Defesa norteamericano , que afirmam que "o verdadeiro poder não se exerce em uma situação de imobilidade mas, pelo contrário, mediante a destruição de toda forma de resistência". Olhar internacional Recentemente, a diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), Ertharin Cousin, solicitou à comunidade internacional 163 milhões de dólares para garantir o apoio aos refugiados sírios em diferentes países. Em particular, para atender as necessidades de aproximadamente 1,5 milhões que vivem amontoados na Jordânia, Líbano, Turquia, Iraque e Egito. Segundo dados publicados por meios de imprensa e oferecidos pela Comissão espanhola de Ajuda ao Refugiado (CEAR), nestas ocasiões uma das principais vias de saída para os refugiados sírios é através das máfias migratórias. Muitas famílias refugiadas sublinha um relatório da CEAR reúnem suas poupanças e chegam a pagar aos traficantes até 4 mil e 500 euros pela viagem de um único passageiro para a Europa, que inclui o bilhete de avião, o passaporte e a documentação falsa.

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14/09/2015 Síria: a pior crise humanitária do mundo em 70 anos Versão impressa. Pravda.Ru

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Síria: a pior crise humanitária do mundo em 70 anos08.09.2015 00:56

Damasco (Prensa Latina) Síria enfrenta a pior crise humanitária vista no mundo após aSegunda Guerra Mundial, com cifras que superam os 4 milhões de refugiados e cercade 11 milhões de deslocados em consequência da guerra.

Ninguém já se assombra de ler manchetes da imprensa que ressaltam os milhares derefugiados sírios que esperam um comboio para a Europa na fronteira entre Grécia eMacedônia, buscando chegar à Alemanha, França ou a qualquer nação que os acolhacomo asilados.

O  terror,  a  miséria,  e  sobretudo  a  falta  de  segurança  nos  lugares  ocupados  pelosgrupos  terroristas  do  Estado  Islâmico  (EI)  e  a  Frente  Al­Nusra,  entre  outrasorganizações  extremistas  armadas  presentes  aqui,  provocaram  esta  avalanche

humana que coloca a Síria hoje entre os primeiros emissores de refugiados.

As cifras são assustadoras: quase 1 milhão e 200 mil sírios refugiados no Líbano, mais de 832 mil na Turquia, 612 mil naJordânia, 217 mil no Iraque e 138 mil no Egito, sem contar outras dezenas de milhares espalhados pela Europa, América eoutros rincões do mundo.

O que os impulsiona a abandonar seu país?

Após mais de 50 meses de sangrenta guerra, a imposição de dogmas religiosos nas regiões ocupadas pelos jihadistas, a perda demoradias e propriedades e o risco permanente a morrer entre o fogo cruzado, milhões de sírios optaram por deixar seus territórios ebuscar amparo em lugares seguros.

Mas estas não são as únicas causas destes deslocamentos em massa. Também respondem a manobras políticas desenvolvidaspelos estrategistas que organizaram esta guerra e que estão dirigidas a gerar o caos, a fragmentação do país.

Mas sobretudo, para debilitar as forças armadas do governo sírio de potenciais combatentes que reforçam a capacidade doexército e as milícias.

Segundo o intelectual francês Thierry Meyssan, fundador da Rede Voltaire, além das razões lógicas que impõe o conflito armado entrea população civil, esta onda de imigrantes é consequência da estratégia desenhada pelos Estados Unidos para a região e posta emprática a partir de 2001.

Em uma recente entrevista oferecida por Meyssan ao site sérvio Geopolitika, afirmou que "Washington já não tenta se apoderar docontrole  dos  Estados, mas  sim  destruir  os  Estados  e  de  impor  um  caos  que  torna  impossível  organizar  algo  sem  contar  com  avontade estadunidense".

Para  o  analista  galês,  tudo  se  baseia  na  aplicação  das  teorias  do  filósofo  Leo  Strauss  ­  paradigma  teórico  de muitos  oficiais  doDepartamento de Defesa norte­americano  ­, que afirmam que  "o verdadeiro poder não se exerce em uma situação de  imobilidademas, pelo contrário, mediante a destruição de toda forma de resistência".

Olhar internacional

Recentemente,  a  diretora  executiva  do  Programa  Mundial  de  Alimentos  das  Nações  Unidas  (PMA),  Ertharin  Cousin,  solicitou  àcomunidade internacional 163 milhões de dólares para garantir o apoio aos refugiados sírios em diferentes países.

Em particular, para atender as necessidades de aproximadamente 1,5 milhões que vivem amontoados na Jordânia, Líbano, Turquia,Iraque e Egito.

Segundo dados publicados por meios de  imprensa e oferecidos pela Comissão espanhola de Ajuda ao Refugiado  (CEAR), nestasocasiões uma das principais vias de saída para os refugiados sírios é através das máfias migratórias.

Muitas famílias refugiadas ­ sublinha um relatório da CEAR ­ reúnem suas poupanças e chegam a pagar aos traficantes até4 mil  e  500  euros  pela  viagem  de  um  único  passageiro  para  a  Europa,  que  inclui  o  bilhete  de  avião,  o  passaporte  e  adocumentação falsa.

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14/09/2015 Síria: a pior crise humanitária do mundo em 70 anos Versão impressa. Pravda.Ru

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Copyright © 1999­2015, «PRAVDA.Ru». No acto de reproduzir nossos materiais na íntegra ou em parte, deve fazerreferência à PRAVDA.Ru As opiniões e pontos de vista dos autores nem sempre coincidem com os dos editores.

Explica  que  os  refugiados  costumam  permanecer  na  Turquia  em  vários  meses  esperando  instruções  da máfia  para  dali,  e  semlevantar  suspeitas,  voar  a  diferentes  países  da  América  Latina,  como Colômbia  e  Brasil,  ainda  que  os  itinerários  aéreos  possamvariar.

Este  caos  humanitário  afeta  fundamentalmente  às  crianças,  já  que  as  condições  médicas,  alimentares,  escolares  epsicológicas  se  encarecem  e  se  dificultam,  e  deixam  um  saldo  de  mais  de  cinco  milhões  de  menores  refugiados  oudeslocados e a alarmante cifra de 10 mil crianças mortas em consequência da crise.

Também se impõe a miséria na qual se encontram as famílias dos deslocados e refugiados que obriga, principalmente aos menores, ase dedicar à mendicância, ou a buscar qualquer forma de subsistência.

Realidades imediatas

Esta  é  a  situação  que  vive  a  Síria  hoje,  com  uma  população  que  se  debate  entre  dois  fogos,  com mais  de  240  mil  mortos  emconsequência  da  guerra,  e  ante  o  olhar  de  países  desenvolvidos  que  continuam  apostando  no  terrorismo,  como  via  rápida  paraalcançar seus propósitos hegemônicos e expansionistas.

Enquanto as famílias sírias seguem buscando vias de escape, ainda que tenham que superar obstáculos, para além das balas.

O governo da Turquia ordenou em data recente a construção de um muro de concreto de três metros de altura em um trecho de oitoquilômetros da fronteira comum com a Síria.

Ainda  que  os  porta­vozes  do  governo  encabeçado  pelo  presidente Recep Tayyip Erdogan  tenham  se  apressado  em dizer  que  amedida foi adotada em consequência da recente onda de ataques terroristas no sul do país, está claro que o que busca é frear o fluxomigratório dos povoados sírios.

Por outro  lado, os  traficantes de seres humanos  lucram, com ganhos que apontam a quase meio milhão de dólares porcada travessia clandestina pelo mar, um terrível cemitério que continua custando vidas inocentes.

Por Miguel Fernández Martínez 

Correspondente da Prensa Latina na Síria.

Fonte:

Timothy Bancroft­Hinchey