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Sinduscon-GO e Ademi-GO realizam campanha para valorizar o recurso mais importante para o setor Pág. 18 REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO ANO I1, Nº 23 JUNHO/2012 CUB ABRIL 0,122% REVISTA MENSAL DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO ESTADO DE GOIÁS - SINDUSCON-GO ANO I1, Nº 23 JUNHO/2012 ENTREVISTA COM A SENADORA LÚCIA VÂNIA Pág. 6

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Sinduscon-GO e Ademi-GO realizam campanha para valorizar o recurso mais importante para o setor

Pág. 18

REVISTA MENSAL DOSINDICATO DA INDÚSTRIA DA

CONSTRUÇÃO NO ESTADODE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO I1, Nº 23JUNHO/2012

CUB ABRIL

0,122%

REVISTA MENSAL DOSINDICATO DA INDÚSTRIA DA

CONSTRUÇÃO NO ESTADODE GOIÁS - SINDUSCON-GO

ANO I1, Nº 23JUNHO/2012

ENtrEvIstA cOm A sENADOrA LúcIA vâNIA Pág. 6

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JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 3

D I T O R I A LE

vALOrIzAr O trAbALHADOr é investir no crescimento sustentado da atividade

O Brasil está se desenvolvendo a passos largos e para sus-tentar este crescimento a atividade econômica precisa continu-ar em expansão. A indústria da construção vive um ciclo virtu-oso importante para o País, pois ela é um dos setores que mais promovem a geração de emprego, renda, tributos, atuando como ferramenta para a distribuição da renda e melhoria da qualidade de vida da população. Felizmente, esse ciclo não será momentâneo, temos condições de crescer muito mais, por muito tempo. Mas, para que isso ocorra, é preciso planejar, tra-balhar sanando os problemas, eliminando os gargalos e, ainda, mais do que isso, pensar no futuro e agir preventivamente.

Com este pensamento, elencamos quais os principais en-traves que continham o desenvolvimento do setor em Goiás. Dentre os itens levantados, como burocracia, necessidade de inovação tecnológica e falta de infraestrutura, o déficit de mão de obra se apresentou como algo de grande relevância. Buscamos atuar em todas as frentes, mas sentimos a necessi-dade de dar atenção especial a este item, do qual depende a qualidade e a produtividade de nossas edificações: nossos tra-balhadores. Para desenvolver este projeto, convidamos no iní-cio do ano passado, o empresário Bruno Alvarenga de Mene-zes para coordenar o Projeto de Valorização da Mão de Obra do nosso Planejamento Estratégico. Hesitante no princípio, por não sentir ainda esta falta em sua empresa, ele aceitou nosso convite, usando de visão estratégica e com pensamen-to no futuro. A ajuda dele e de tantas outras pessoas, foi fun-damental para o êxito da campanha que orgulhosamente lan-çamos no dia 03 de maio. Uma campanha publicitária inédita no Brasil, que desenvolvemos em parceria com a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO) e apoio do Senai, além de diversos parceiros.

Com o slogan “Construção Civil – Aqui tem trabalho, aqui tem futuro”,a iniciativa está focada na valorização do traba-lhador do segmento e objetiva chamar a atenção da popu-

lação para as vantagens e os benefícios de buscar colocação neste mercado de trabalho em expansão, enaltecendo a im-portância e o valor que os trabalhadores da indústria da cons-trução possuem neste segmento econômico. Outra finalidade é a de reter os atuais talentos nas empresas e aprimorar a qualificação dos profissionais do setor. As peças de divulga-ção da campanha incluem três VT’s, quatro jingles, anúncios para jornal, outdoors, busdoors e materiais impressos. Quero destacar as ações de endomarketing nos canteiros de obras, como encenações teatrais, e outras atividades que considero de grande importância. Este assunto é o tema da nossa Ma-téria de Capa.

Além desta grande inciativa, que será duradoura, rea-lizamos também no último mês o nosso terceiro Encontro Empresarial, desta vez abordando o tema “Pensando a Infra-estrutura das Cidades”, enfocado em nossa coluna Registro de Eventos. Contamos com a honrosa presença do prefeito da cidade de Maringá (PR), Silvio Magalhães Barros, convi-dado especial que expos sobre o planejamento realizado no município paranaense, enquanto que o secretário Estadual de Cidades, Igor Montenegro, apresentou o Programa Cidades Sustentáveis, seguindo-se exposições e debates sobre mobili-dade urbana e trânsito, além de saneamento básico e gestão de resíduos sólidos, a cargo de representantes da Secidades; todos temas de extrema relevância e que influem diretamente sobre nossa atividade econômica e nossa vida como cidadãos. A infraestrutura do País também foi abordada em entrevista exclusiva com a Senadora Lúcia Vânia.

Portanto, convido você a conferir as matérias preparadas para esta edição da revista Construir Mais, pois, sem dúvida,lhe fornecerão muitas informações importantes.

JUstO OLIvEIrA D´AbrEU cOrDEIrOPresidente do Sinduscon-GO

DIrEtOrIA EXEcUtIvA DO sINDUscON-GO (2010/2013)PRESIDENTE: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro - 1º Vice-Presidente: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior - 2º Vice-Presidente: Eduardo Bilemjian Filho - Diretor Administrativo: Manoel Garcia Filho - Diretor Adjunto Administrativo: Daniel Jean Laperche - Diretor Financeiro e Patrimonial: José Rodrigues Peixoto Neto - Diretor Adjunto Financeiro e Patrimonial: Rodrigo Campos Ferreira - Diretor da Comissão de Economia e Estatística: Ibsen Rosa - Diretor Adjunto da Comissão de Economia e Estatística: Dinésio Pereira Rocha - Diretor da Comissão da Indústria Imobiliária: Roberto Elias de Lima Fernandes - Diretor Adjunto da Comissão da Indústria Imobiliária: Mário Andrade Valois - Diretora da Subcomissão de Habitação: Maria Amélia Alves e Silva - Diretor da Subcomissão de Legislação Municipal: Ilézio Inácio Ferreira - Diretor de Materiais e Tecnologia: Sarkis Nabi Curi - Diretor Adjunto de Materiais e Tecnologia: Renato de Sousa Correia - Diretor da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: Valdivino Dias de Oliveira - Diretor Adjunto da Comissão de Concessão, Privatização e Obras Públicas: José Carlos Gilberti - Diretor de Qualidade e Produtividade: Humberto Vasconcellos França - Diretor Adjunto de Qualidade e Produtividade: Marcelo Alves Ferreira - Diretor de Construção Pesada: Carmerindo Rodrigues Rabelo - Diretor Adjunto de Construção Pesada: Jadir Matsui - Diretor da Construção Metálica: Cezar Valmor Mortari - Diretor Adjunto da Construção Metálica: Joaquim Amazay Gomes Júnior - Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo José Roriz Pontes - Diretora Adjunta de Assuntos Jurídicos: Patrícia Garrote Carvalho - Diretor da Subcomissão de Política e Relações Trabalhistas e Sindicais: Jorge Tadeu Abrão - Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Moacyr Soares Moreira - Diretor Adjunto de Saúde e Meio Ambiente: José Augusto Florenzano - Diretor de Setor Elétrico e Telefonia: Carlos Vicente Mendez Rodriguez - Diretor Adjunto de Setor Elétrico e Telefonia: Osney Valadão Marques Júnior - Diretor Social e de Comunicação: Darci Moreira de Lima - Diretora Adjunta Social e de Comunicação: Eliane Carvalho Lima - CONSELHO CONSULTIVO: José Alves Fernandes Filho, Paulo Afonso Ferreira, Mário Andrade Valois, Joviano Teixeira Jardim, Sarkis Nabi Curi, José Rodrigues Peixoto Neto, Roberto Elias de Lima Fernandes, Alan Alvarenga Menezes, Marcos Alberto Luiz de Campos e Álvaro Castro Morais. SUPLENTES: Élbio Braz Moreira, Marco Antônio de Castro Miranda e João Arthur Rassi. CONSELHO FISCAL: Amós Vieira, Wilson Luiz da Costa e André Luiz Baptista Lins Rocha. SUPLENTES: Doriel Natalício da Fonseca, Célio Eustáquio de Moura e Naldo Alves Mundim. REPRESENTANTES JUNTO À FIEG: Roberto Elias de Lima Fernandes e Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. SUPLENTES: Marcos Alberto Luiz de Campos e Guilherme Pinheiro de Lima. REPRESENTANTE JUNTO À CBIC: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro. SUPLENTES: Carlos Alberto de Paula Moura Júnior e Mário Andrade Valois.

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 20124

U M Á R I OS

EntrevistaA senadora Lúcia Vânia, presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado Federal, aborda os principais desafios e gargalos dos cenários nacional e local na área de infraestrutura.

ArtigoConfira os três pontos relevantes para que a construção sustentável se torne realidade, indicados pela engenheira civil, mestre em Gestão Ambiental e consultora da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Lilian Sarrouf.

Espaço JurídicoContratação de profissional autônomo, como fazer? Acompanhe a orientação da Assessoria Jurídica do Sinduscon-GO, que explica a diferença entre um empregado e um autônomo.

Construção SustentávelProjeto de pesquisa para reutilização de sacos de cimento como fibras na produção de argamassas é o destaque desta seção.

Passado & PresenteCaminho Engenharia apresenta sua história de superação de desafios e crescimento com sustentabilidade.

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Registro de Eventos Realizado o terceiro Encontro Empresarial do Sinduscon-GO: “Pensando a Infraestrutura das Cidades”.

Viva com SaúdeNo mês de junho comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue. Uma doação pode salvar várias vidas.

RH & Você Avaliação de Desempenho. Veja orientações para colocar o processo em prática.

Indicadores EconômicosConfira o valor do Custo Unitário Básico (CUB) referente ao mês de abril/2012.

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EsPAÇO EmPrEsArIAL

INFORME-SE: (62) 3095-5155

rEvIstA cONstrUIr mAIs - Revista mensal do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO)sinduscon-GO - Filiado à CBIC e FIEG. Rua João de Abreu, n° 427, Setor Oeste, Goiânia-Goiás - CEP 74120-110. Telefone: (62) 3095-5155 / Fax: (62) 3095-5177 - Portal: www.sinduscongoias.com.br | Presidente: Justo Oliveira d’Abreu Cordeiro | Diretor social e de comunicação: Darci Moreira de Lima Gerente Executiva: Sebastiana Santos | Edição: Joelma Pinheiro | reportagem: Aymés Beatriz B. Gonçalves ([email protected]), Joelma

Pinheiro ([email protected]) e Valdevane Rosa ([email protected]) | Fotografia: Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-GO e Sílvio Simões | Projeto Gráfico e Diagramação: Duart Studio | Publicidade: Sinduscon-GO - telefone: (62) 3095-5155 | Impressão: Gráfica Art3 | tiragem: 6.000 exemplares | Publicação dirigida e distribuição gratuita. *As opiniões contidas em artigos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Consciente das questões ambientais e sociais, o

Sinduscon-GO trabalha em parceria com a gráfica

Art3, que utiliza papéis com certificação FSC (Forest Stewardship Council)

na impressão dos seus materiais.

18 MATéRIA DE CAPAMão de obra: Sinduscon-GO e Ademi-GO realizam campanha para valorizar o recurso mais importante para o setor.

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O T Í C I A S D O S P A R C E I R O SN

84º ENIC : MAIS IMPORTANTE ENCONTRO DA INDúSTRIA DA CONSTRUçãO NACIONAL EM BH O 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) será realizado em Belo Horizonte de 27 a 29 deste mês de junho, no Expominas,

paralelamente ao Minascon/Construir Minas 2012. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e organizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Pesada no Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o Enic é o maior evento empresarial do setor no País e reunirá em três dias, cerca de 1.500 empresários representantes de diferentes órgãos do Poder Público e outros atores relevantes para o segmento.

Serão discutidos temas estratégicos como inovação, sustentabilidade, qualificação profissional, relações de trabalho, saúde e segurança do trabalho, qualidade, produtividade, parcerias público-privadas, responsabilidade social, obras públicas, financiamento imobiliário e questões relacionadas às cidades, como mobilidade urbana, dentre outras. Pela terceira vez em Belo Horizonte, a organização do evento deste ano inovou e abriu a pauta para sugestões dos temas da programação técnica aos representantes das entidades e principais empresas do setor de todas as regiões do Brasil. O objetivo, segundo André de Sousa Lima Campos, vice-presidente do Sinduscon-MG e presidente da Comissão Organizadora do evento,é atender as demandas específicas prospectadas em cada localidade, captando assim, suas particularidades. O site do evento (www.enicmg.com.br) está no ar com informações e inscrições para o encontro. A abertura será no dia 27, no Palácio das Artes, às 20h. A festa de encerramento, no dia 29, no Domus XX, terá a apresentação do cantor Diogo Nogueira, com a participação de músicos mineiros.

CONSTRUTORA GILBERTI RECEBE HOMENAGEM DO PODER JUDICIáRIO

No último dia 10 de abril, durante a inauguração do prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 18ª Região), a Construtora Gilberti foi homenageada com placa de reconhecimento pelo “excelente trabalho e respeito à vida” e cumprimento das normas de segurança na edificação da sede do TRT em Goiânia, o que lhe possibilitou atingir a meta de acidente zero. A obra foi realizada em parceria com a Caminho Engenharia. A empresa também foi aplaudida durante a Reunião de Diretoria do Sinduscon-GO, realizada no dia 08 de maio, com a presença do Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Heberson Alcântara.

DIRETOR DA CONSTRUTORA GILBERTI, JOSÉ CARLOS GILBERTI, RECEBE HOMENAGEM DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (TST), MINISTRO JOÃO ORESTE DALAzEN

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Rua 102, Nº 34, St. Sul, Goiânia-GO (62) 3218.2233facebook.com/gra�caarttres facebook@gra�caart3twitter

Saiba mais em www.gra�caart3.com.br

O selo FSC é uma das certi�cações mais sérias e responsáveis do mundo. Ele garante que a matéria-prima foi obtida com respeito ao meio-ambiente, aos trabalhadores �orestais e à comunidade.

INCORPORADORA PROMOVE DINNER IN THE Sky PELA PRIMEIRA VEz EM GOIâNIA

A Toctao Rossi lançou, no dia 17 de maio, o empreendimento Parque Flamboyant 56, o último na orla do parque, no Jardim Goiás. Para o lançamento, a joint-venture trouxe à Goiânia pela primeira vez o Dinner in The Sky, ação que proporcionou uma experiência gastronômica única e inusitada nas alturas. A estrutura, que é elevada a uma altura de até 50 metros, comporta 22 pessoas sentadas e mais de cinco pessoas no corredor central, sendo um chef, assistente, garçons e um responsável técnico. A estrutura esteve em Goiânia até 3 de junho. Ao todo foram 52 subidas, que ofereceram vista privilegiada a 1.144 pessoas.

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Lúcia Vânia é natural de Cumari (GO), graduada em jorna-lismo pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e senadora da República em 2° mandato (2011-2018). Após ser primeira-da-ma de Anápolis (1973) e de Goiás (1974-1978) ela conquistou seu primeiro cargo público eletivo em 1988, já como Deputada Federal, função para a qual foi reeleita na eleição seguinte. Em 1994 empreendeu campanha para governadora de Goiás, mas de 1995 a 1998 atuou, com status de Ministra, na Secretária Nacional de Assistência Social – durante o primeiro governo Fernando Henrique Cardoso. De 1999 a 2003 exerceu o seu 3º mandato como Deputada Federal; ainda em 2003 conquistou seu primeiro mandato como Senadora da República. Feliz, ela relata que as conquistas em sua trajetória como senadora são inúmeras. Preside a Comissão de Infraestrutura que, de acordo com suas palavras, é a mais importante Comissão Permanente presidida pela oposição no Senado Federal. Seu foco para o futuro na vida pública é o trabalho no Senado. “Esse mandato significa o reconhecimento do meu trabalho, por isso, quero continuar trabalhando para o de-senvolvimento de Goiás e do nosso País”, declarou a Senadora. Acom-panhe, a seguir, a entrevista que ela concedeu à revista Construir Mais:

COMO PRESIDENTE DA COMISSãO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO FEDERAL, QUAIS SãO AS SUAS PRINCIPAIS ATRIBUIçõES?

Tenho o dever regimental de organizar e pautar as reuniões colegiadas da Comissão, mantendo um ritmo de trabalhos propositivos e uma agenda alinhada aos interesses do País e da sociedade brasileira, desde o cidadão comum até os grandes grupos empresariais que atuam no setor de infraestrutura nacional. À Comissão de Serviços de Infraestrutura cabe a análise das proposições legislativas que versem sobre transportes de terra, mar e ar, obras públicas em geral, minas, recursos geológicos, serviços de telecomunicações, parcerias público-privadas e agências reguladoras pertinentes. Também cabe à Comissão apreciar as mensagens de indicação de nomes que deverão ocupar altos cargos da Administração Pública Federal, como diretores de Agências reguladoras e autarquias públicas federais. Em tempos de crescimento econômico, PAC, Copa e Olimpíadas, a Comissão ganha uma notoriedade cada vez maior, pois, necessariamente, deverá apreciar as matérias que dão formatação às políticas públicas que cuidam desses assuntos no Governo Federal.

N T R E V I S T AE

brAsIL PArALIsADO:Não há progresso sem investimento em infraestrutura

QUE PROJETOS DE LEI DE SUA AUTORIA ESTãO EM TRAMITAçãO NO SENADO FEDERAL?

Tenho cerca de uma centena e meia de proposições em tramitação no Senado, envolvendo Projetos de Lei, Reque-rimentos, Relatorias e Emendas. Sugiro que o detalhamen-to seja visto em meu site: senado.gov.br/luciavania. No parla-mento consegui encaminhar e aprovar vários projetos. Por exemplo, posso citar a relatoria da chamada Lei Maria da Penha, que é considerada a Lei mais perfeita sancionada pelo então Presidente Lula; o projeto de emenda constitu-cional, PEC, que cria a Lei de Responsabilidade Social, em contraponto à Lei de Responsabilidade Fiscal (em tramita-ção na Câmara dos Deputados); o projeto que resultou na criação do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil; o projeto que resultou na criação do Dia Nacional de Com-bate ao Câncer de Mama, pelo qual fui homenageada pelo Conselho Brasileiro de Radiologia; a relatoria do projeto de desvinculação das verbas da união referentes à educação,

o que proporciona um aporte, a mais, de cerca de 12 bilhões de reais/ano.

QUE OBRAS DE INFRAESTRUTURA PARA GOIáS ESTãO CONTEMPLADAS NO ORçAMENTO DA UNIãO PARA 2012? QUAIS SãO OS VALORES DESTINADOS A CADA UMA DAS OBRAS?

As principais obras progra-madas para o nosso Estado es-tão na logística de transporte, ou seja, rodovias e ferrovias.

Além dos recursos orçamentários para essas obras, posso destacar emenda de autoria ao PPA 2012-2015, com o ob-jetivo de adequar a BR-452, trecho Rio Verde a Xapetuda, na BR-365, em Minas Gerais. É uma importante via de esco-amento de produção e ligação entre o Centro-Oeste, Sul e Sudeste, no valor de R$ 1,2 bilhão, do qual já consegui para o orçamento de 2012 uma emenda de R$ 13,4 milhões para dar início ao projeto. Tenho também uma emenda de banca-da, na qual eu sou a madrinha, para canalização do córrego Cascavel, no valor de R$ 30,6 milhões. As dotações de recur-sos federais para o trecho Ouro Verde de Goiás a São Simão, da Ferrovia Norte-Sul, são de R$ 717 milhões 146 mil e 861 reais. A dotação para o trecho de Anápolis-Uruaçu é da ordem de R$ 22,7 milhões. Para maiores detalhes de todas as obras propostas o meu site pode ser examinado.

LÚCIA VâNIA

O brAsIL vIvE UmA éPOcA DE DEsENvOLvImENtO EcONômIcO. cOm EcONOmIA AqUEcIDA, é POssívEL INvEstIr Em sEtOrEs EstrAtéGIcOs, cOmO A INDústrIA NAcIONAL. E NãO Há PrOGrEssO sEm INvEstImENtO Em INFrAEstrUtUrA”

SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 20126

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RECENTEMENTE, A SENHORA FEz UMA ExPOSIçãO SOBRE O TEMA INFRAESTRUTURA NA SEDE DO SINDUSCON-GO. NA OCASIãO, A SENADORA RESSALTOU QUE FALTA UMA GESTãO INTEGRADA (GOVERNOS E EMPRESáRIOS) VISANDO À REALIzAçãO DE MAIS OBRAS DE INFRAESTRUTURA QUE POSSAM BENEFICIAR O ESTADO DE GOIáS. NA SUA VISãO, O QUE FALTA PARA QUE ESTA ARTICULAçãO OCORRA?

O Brasil vive uma época de desenvolvimento econômi-co. Com economia aquecida, é possível investir em setores estratégicos, como a indústria nacional. E não há progresso sem investimento em infraestrutura. Ocorre que os recursos orçamentários são limitados e o Estado deve olhar também para todas as demais áreas, como a saúde, educação, se-gurança pública. Nesse sentido, políticas públicas de desen-volvimento requerem planejamento de ações e de alocação prioritária de recursos. O maior exemplo disso é o PAC. Mas, como uma obra pública pode ser contemplada por recursos do PAC? Essa é, sem dúvida, uma decisão política, comple-xa, que depende de uma série de fatores. Por isso, Goiás precisa unir-se em torno de um único propósito, através do alinhamento de interesses entre empresários e políticos, para que, juntos, possamos pleitear e, efetivamente, conse-guir que parte dessas políticas públicas do Governo Federal contemple nosso Estado. É o ditado popular que dita essa regra: “a união faz a força”.

QUE VISãO A SENHORA TEM A RESPEITO DOS CENáRIOS NACIONAL E ESTADUAL NA áREA DE INFRAESTRUTURA? ONDE ESTãO OS PRINCIPAIS DESAFIOS E GARGALOS?

Para que haja crescimento econômico e ganhos susten-tados de competitividade, são necessários investimentos em infraestrutura por longos períodos. O horizonte desejável para o Brasil na próxima década é de investimentos estima-dos em R$ 2 trilhões até 2022, que poderão mudar o perfil dos transportes, da energia e das telecomunicações. Os inves-timentos, relativamente ao PIB, devem dobrar nos próximos anos, alcançando pelo menos 5%. Com essas pré-condições atendidas, poderemos ter uma revolução na modernização e ampliação da infraestrutura: isso passa pelos aeroportos e

controles de tráfego aéreo, pelas ferrovias, pelas estradas, pe-los portos, pelas vias urbanas, pelos metrôs, pela comunica-ção, pelas redes hoteleira, hospitalar e de restaurantes, além dos estádios, se pensarmos na Copa 2014.

A SENHORA ACREDITA QUE A BUROCRACIA QUE IMPERA EM TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO SEJA UM DOS PRINCIPAIS ENTRAVES PARA O CRESCIMENTO DO PAíS?

Não tenho a menor dúvida disso. O Brasil não sofre, hoje, de falta de dinheiro. O orçamento federal está aí para de-monstrar que sobram recursos. O que não há é execução. Se fizermos uma análise imparcial da execução orçamentária dos últimos dois anos, vamos constatar que o País paralisou. Boa parte das obras públicas, muito embora contempladas no or-çamento aprovado pelo Congresso, não são levadas adiante por problemas que vão desde a gestão de contratos e licita-ções até os chamados “malfeitos”, ou seja, a corrupção. Este é, aliás, um problema endêmico: a cada escândalo político, o Governo promove a troca de dirigentes e gestores. Isso, muito embora necessário, atrasa o planejamento das obras. É preciso encontrar uma solução para esses problemas: seja o investi-mento em pessoal técnico, capacitação de servidores públicos, melhorias na infraestrutura organizacional dos órgãos públi-cos responsáveis pela gestão dessas obras e investimentos, seja em maior rigor na escolha de dirigentes políticos. O Brasil não precisa de dinheiro: precisa é de gente competente e honesta.

COMO SENADORA DA REPúBLICA, O QUE A SENHORA TEM FEITO PARA COMBATER A CORRUPçãO QUE ASSOLA A ECONOMIA DO NOSSO PAíS?

A corrupção traz sérias consequências para o Brasil, pro-duz pobreza e tem efeito devastador sobre o desenvolvimento do País, e precisa ser combatida por todos, políticos e cida-dãos. Pesquisas do Banco Mundial através de um banco de dados, envolvendo 160 países, resultaram em indicadores de boa governança, incluindo a corrupção. Por esse indicador, o Brasil ocupa a 70ª posição. O professor Marcos da Silva, da USP e da FGV, doutor em economia, especialista em relações entre política e economia, faz complexos cálculos de econo-metria para nos dar uma visão no mínimo chocante. Os seus estudos concluem que o custo médio da corrupção no Brasil é estimado entre 1,38% a 2,3% do PIB, isto é, de R$ 41,5 bilhões a R$ 69,1 bilhões (em valores de 2008). Ora, R$ 41,5 bilhões representam 60,2% dos investimentos públicos em 2008 (excluídos os investimentos das estatais federais) e 7,4% dos investimentos totais. Esse montante da corrupção equi-valia a 27% dos gastos com educação no período e 40% dos gastos com saúde. Na segurança pública, o valor ultrapassou os gastos totais de estados e União no período, que foram de R$ 39,52 bilhões. O total de R$ 41,5 bilhões significa 2,3% do consumo das famílias brasileiras. Se o dinheiro desviado para a corrupção fosse aplicado na educação, somente os recursos do ensino fundamental poderiam ser aumentados em 48%, ou 16,4 milhões de alunos a mais. No SUS, com dados de 2007, os recursos da corrupção permitiriam a manutenção de mais 367 mil e 400 leitos. Tenho escrito, falado e me manifes-tado sobre a questão. Sou ética e me coloco no Senado como representante do povo de Goiás, com dignidade.

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SENADORA LÚCIA VâNIA

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R T I G OA

Antes pouco conhecida, a Construção Sus-tentável agora passa a ser pauta não somen-te no setor da construção, mas do governo e da sociedade. Interessante notar que o tema tem sido explorado em reportagens em revis-tas técnicas do setor, revistas de decoração, reportagens em diversos canais de televisão e nos rádios. Ou seja, o que antes ficava restrito aos meios acadêmicos e empresas inovadoras, hoje é amplamente divulgado à sociedade e aos clientes. Outro aspecto interessante é que antes vista como uma grande “vilã” quando relacionada às questões ambientais, quer pela ocupação de áreas e consequente alteração das características locais, pela geração de resíduos, pela extração de recursos naturais para aplica-ção direta nas construções ou para a fabricação dos insumos utilizados, atualmente a constru-ção civil é “protagonista” quando se buscam soluções para mitigação dos efeitos do clima, como as enchentes, e também são reconheci-dos os rápidos avanços do setor voltados ao desenvolvimento sustentável.

Um novo desafio está criado: se a sociedade e clientes começam a enxergar a importância da construção sustentável, como as empresas devem atuar nes-te novo cenário? Antes de tudo, bom senso! Bom senso na concepção dos empreendimentos públicos e privados. O que é melhor, ter um único empreendimento “totalmente sustentá-vel”, ou adotar boas práticas de sustentabilidade em todos os empreendimentos? Questões como estas devem ser considera-das nas estratégias das empresas.

As empresas devem enxergar no desenvolvimento susten-tável maneiras de aumentar a sua competitividade. Uma nova forma de atuação que vise o melhor desempenho sócio am-biental de produtos e das obras, que promova o desenvolvi-mento tecnológico e de gestão, o aumento da produtividade, a geração de renda, a redução de custos, a melhoria do rela-cionamento com clientes e com o mercado e um significativo valor agregado à sua imagem. Sabemos das deficiências es-truturantes do setor e para elas devemos atuar diretamente. É preciso melhorar as condições de trabalho e a qualificação profissional, a diminuição dos índices de informalidade, au-mentar a produtividade, investir em inovação, além de garantir a qualidade e desempenho dos produtos dos materiais fabri-cados e das obras.

Além do bom senso, é preciso conhecimento! Políticas públicas vêm sendo elaboradas e implantadas, entre elas o Programa Procel Edifica, criado em 2003 pela Eletrobrás, cujo objetivo é o de incentivar ações que reduzam o desperdício de energia elétrica, difundindo o conceito de Eficiência Energética

em Edificações (EEE) entre os profissionais envolvidos em pro-jeto e construção. O Programa Procel Edifica lançou, em 2009, a etiqueta para edifícios comerciais, de serviços e públicos, e em 2010, a etiqueta para edifícios residenciais. O programa de etiquetagem, atualmente voluntário, passará a ser obrigatório a partir do ano de 2020, iniciando-se pelos edifícios comerciais, de serviços e públicos, de acordo com o Plano Nacional de Eficiência Energética aprovado pelo governo em 2011. Outra diretriz governamental que considera a construção civil como protagonista é a Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada em 2010 que, em sua regulamentação, dá um destaque espe-cial para a gestão dos resíduos de construção, uma vez que o seu gerenciamento deve ocorrer de forma diferenciada, não se aplicando as mesmas regras usadas para os resíduos industriais.

O Plano Nacional de Resíduos, instrumento de implemen-tação da Política Nacional que se encontra em elaboração, prevê metas para a eliminação da disposição irregular dos re-síduos até 2014, o que beneficiará as cidades reduzindo o descarte irregular, evitando desta forma enchentes e a proli-feração de vetores. O plano prevê também a implantação de metas para a redução da geração de resíduos nas obras e a reciclagem dos mesmos.

A resolução 307/2002 do Conama foi recém alterada pela resolução 448 de 2012, que atualiza as diretrizes à luz da Polí-tica Nacional de Resíduos e estipula prazos para que os municí-pios definam as regras para a gestão dos resíduos por parte dos

cONstrUÇãO sUstENtávELconstruindo conhecimentos para o mercado

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JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 9

LILIAN sArrOUFé mestre em Gestão Ambiental, engenheira civil, consultora em Gestão Empresarial, coordenadora técnica do Comitê de

Meio Ambiente do SindusCon-SP e consultora da Câmara Brasi-leira da Indústria da Construção

pequenos e grandes geradores; os planos municipais deverão ser elaborados até janeiro e implantados até agosto de 2013. Além das políticas públicas, o mercado é um fator indutor im-portante. A procura pela certificação das edificações tem des-pertado interesse nos empresários do setor. O maior volume de certificações ocorre em empreendimentos comerciais de alto padrão. Iniciaram como uma forma de atender às exigências de investidores e empresas internacionais que, voltados às práticas sustentáveis, buscam imóveis que apresentem melhor qualida-de ambiental para a instalação de seus escritórios.

Interessante é que a adoção de boas práticas de sustenta-bilidade por parte das construtoras e incorporadoras tem ocor-rido de forma espontânea, o mercado entende que é um dife-rencial que agrega valor ao seu produto. Os custos decorrentes podem ser absorvidos no caso dos empreendimentos de médio e alto padrão, há também a percepção de que o apelo de ser um empreendimento sustentável aumenta o interesse do com-prador e influencia na tomada de decisão, e isso tem acelerado a velocidade das vendas dos empreendimentos.

Além do bom senso e conhecimento, é preciso agir! O setor da construção civil está vivenciando o momento “sustentabili-dade”, encontra-se em fase de aprendizado e conscientização, mas já desponta um fator sinalizador, o de que as questões ambientais estão cada vez mais inseridas nos projetos e obras.

Questões como edifícios sustentáveis, consumo sustentável de recursos naturais, desenvolvimento de tecnologias e produ-tos que agridam menos o meio ambiente, gestão ambiental de resíduos dos canteiros de obras, educação ambiental, estão internalizadas. Temas mais complexos precisam ser explorados, como o desempenho sócio ambiental, análise do ciclo de vida dos produtos e das obras, adaptação aos efeitos do clima. A construção sustentável cada vez mais abre as portas para novas oportunidades de negócios, além de novos produtos e tecnolo-gias. As soluções para melhorar a qualidade de vida das cidades passam por obras de saneamento, transporte, comunicação e habitação, obras cada vez mais urgentes.

Para tornar a construção sustentável realidade, basta bom senso, conhecimento e ação.

OUtrA DIrEtrIz GOvErNAmENtAL qUE cONsIDErA A cONstrUÇãO cIvIL cOmO PrOtAGONIstA é A POLítIcA NAcIONAL DE rEsíDUOs sóLIDOs APrOvADA Em 2010 qUE, Em sUA rEGULAmENtAÇãO, Dá Um DEstAqUE EsPEcIAL PArA A GEstãO DOs rEsíDUOs DE cONstrUÇãO”

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 201210

S P A Ç O J U R Í D I C OE

A AssEssOrIA JUríDIcA DO sINDUscON-GO rEsPONDE:

Contratação de PrOFIssIONAL AUtôNOmO, como fazer?

É comum vermos as empresas optando por contratar a prestação de serviços de profissionais autônomos em virtu-de da natureza da atividade exercida pelo profissional au-tônomo ou, às vezes, por não justificar a manutenção de empregados efetivos. Entretanto, quando não observados alguns critérios, poderá haver a caracterização de vínculo empregatício.

Assim, para responder a essa pergunta, primeiramen-te é necessário estabelecer uma diferenciação sobre o que vem a ser um empregado e um autônomo. Para tanto, ob-serve o quadro:

Pelo o que se observa do quadro, em regra, a única ca-racterística comum entre o trabalhador empregado e o tra-balhador autônomo é a onerosidade, pois ambos recebem pela prestação de serviços. O primeiro recebe salário e o segundo, honorários. No caso de honorários, apenas a tí-tulo de sugestão, orientamos que este seja fixado com base horária a fim de evitar pagamentos de valores fixos mensais.

Portanto, para se contratar um profissional autônomo, o trabalho desenvolvido por ele deverá obedecer aos requi-sitos elencados no quadro acima. Além disso, é importante formalizar um contrato escrito com o autônomo, exigindo--lhe a comprovação de que está inscrito no Cadastro de Contribuintes do Município e de que está em dia com os recolhimentos do INSS e do ISS.

O pagamento pela prestação de serviços do autônomo será formalizado em Recibo de Pagamento de Autônomo - RPA e, neste caso, cabe à empresa realizar o recolhimento do INSS - Empresa, referente a 20% (vinte por cento) do valor dos serviços prestados. O autônomo também estará sujeito ao recolhimento do Imposto de Renda.

No entanto, a contratação de autônomo na construção civil é temerária, tendo em vista, que o tipo de trabalho nesta área pode ser descaracterizado pela sua continuidade e subordinação.

O que costumeiramente ocorre é que no decorrer da prestação do serviço, o contratante acaba por solicitar ao profissional que desenvolva alguma atividade estranha àquelas previstas no contrato. Isso é o suficiente para des-caracterizar o ajuste e deixar indícios de que, na realidade, estamos diante de um trabalhador com vínculo empregatí-cio, o que, uma vez comprovado, pode trazer ao emprega-dor sérios aborrecimentos junto à Justiça do Trabalho.

Portanto, é de suma importância observar e respeitar os requisitos da contratação de profissional autônomo e sempre fazer valer aquilo que está previsto no contrato, evitando descaracterizar a natureza jurídica da contratação.

é ImPOrtANtE FOrmALIzAr Um cONtrAtO EscrItO cOm O AUtôNOmO, EXIGINDO-LHE A cOmPrOvAÇãO DE qUE Está INscrItO NO cADAstrO DE cONtrIbUINtEs DO mUNIcíPIO E DE qUE Está Em DIA cOm Os rEcOLHImENtOs DO INss E DO Iss”

características

Pessoalidade

Subordinação

Habitualidade

DependênciaEconômica

Personalidade

Empregado

Não pode ser substituído por outroTem interferência na direção e execução dos trabalhos

Trabalha em dias determinados, com continuidadeNão assume os riscos de sua atividade, que correm por conta do empregadorSó pode ser pessoa física

Autônomo

Pode se fazer substituir por outroTem autonomia na execução das tarefas, importando em atender ao trabalho encomendadoTrabalha eventualmente e não tem aspecto de continuidade de trabalhoAssume os riscos de seu negócio, bem como as despesas para prestação de serviçosPode ser pessoa física ou jurídica

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JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 11

Recentemente foi aprovada pela Câmara de Vereado-res de Goiânia a redução da alíquota do ISTI de 3,5% para 2%. Entretanto, a mesma foi vetada pelo Prefeito, sob o argumento de proibição pela legislação eleitoral. A redu-ção seria muito bem vinda, pois combateria um problema social – a insegurança jurídica decorrente do alto número de transações imobiliárias não levadas ao registro público competente.

O ISTI (ou ITBI) é, em síntese, um imposto de com-petência municipal, incidente sobre a alienação onerosa de imóveis. Seu fato gerador é o registro da transação no Registro de Imóveis. O mesmo é calculado sobre o valor venal do bem. Representa, portanto, cifra relevante, espe-cialmente agora que passamos por considerável valoriza-ção imobiliária.

Seu alto valor, juntamente com a falta de corretas in-formações jurídicas, faz com que inúmeros compradores optem por não registrar suas escrituras de compra e venda, ou, até mesmo, se contentem em firmar meros compromis-sos de compra e venda.

Ocorre que tal situação gera inúmeros riscos, tanto ao comprador quanto ao vendedor. Isso porque, no direito pá-trio, a transmissão da propriedade somente se dá com o re-gistro do título no Registro de Imóveis. O simples pagamen-to do preço estipulado não torna o comprador proprietário. Quem não registra não é dono!

Por continuar proprietário, o vendedor fica sujeito a so-frer cobranças de IPTU e de rateio de despesas condomi-niais. No mínimo, arcará com os custos para se defender das mesmas.

O comprador, por sua vez, é, sem dúvida, o que corre maiores riscos. O imóvel, por continuar na propriedade do vendedor, fica sujeito a responder por dívidas contraídas pelo mesmo. Caso o credor insista em expropriar o bem, o comprador, também na melhor das hipóteses, arcará com os custos para se defender judicialmente e os prejuízos de-correntes da morosidade do Judiciário.

O vendedor de má-fé pode vender o imóvel novamente. Nada o impede a tanto. Caso o novo comprador registre seu título, o mesmo será, para todos os efeitos legais, o proprietário do imóvel. Provavelmente, restará ao primiti-vo comprador só o direito a ser indenizado pelo alienante. Ocorre que pessoas de má índole dificilmente possuem pa-trimônio em nome próprio. Logo, o comprador prejudicado pode nem receber de volta o valor pago pelo bem.

Pode ocorrer, ainda, que o vendedor não possua certi-dões negativas no momento em que o comprador pretende transferir a propriedade. Algumas são pressupostos para a

lavratura de escrituras públicas. Já o registrador pode en-tender que as apresentadas quando da escritura devem ser renovadas. Instala-se aí outro imbróglio.

A segurança jurídica nas transações imobiliárias é pres-suposto para a efetivação de um dos mais salutares direitos fundamentais do cidadão, o da moradia. Nesse sentido, a problemática decorrente da falta de registro das alienações de imóveis é de enorme relevância social.

Por outro lado, em termos de política fiscal, o ISTI é criti-cável, pois, ao incidir sobre a transferência da propriedade, serve de entrave à fluidez do mercado imobiliário, gerando efeitos econômicos negativos.

A redução da alíquota do ISTI seria, portanto, aplaudida por diferentes razões. Fica a esperança da derrubada do veto pela Câmara de Vereadores. Todavia, para que a medi-da possa contribuir efetivamente com a redução do número de transações imobiliárias não levadas ao registro, deve ser promovido, em paralelo, trabalho de conscientização da população sobre a sua relevância.

A relevância social da rEDUÇãO DO IstI

ArtHUr rIOs JúNIOré advogado do segmento imobiliário, sócio da Advocacia Arthur

Rios, especialista em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Cândido Mendes e em Direito Corporativo (LL.M.) pelo Ibmec

A sEGUrANÇA JUríDIcA NAs trANsAÇõEs ImObILIárIAs é PrEssUPOstO PArA A EFEtIvAÇãO DE Um DOs mAIs sALUtArEs DIrEItOs FUNDAmENtAIs DO cIDADãO, O DA mOrADIA”

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 201212

O O P E R A T I V I S M OC

Para o diretor técnico da Gecon - Engenharia e Constru-ção, Geraldo Ferreira Alves da Costa, a principal vantagem de utilizar o sistema de compra conjunta disponibilizado pela Coopercon-GO está na aquisição de produtos e equipamen-tos com preços e condições melhores, justamente em função das compras serem feitas em maior quantidade, possibilitan-do assim uma margem também maior de negociação com os fornecedores dos insumos. Recentemente, a Gecon e diversas empresas do setor integraram o grupo para aquisição de ele-vadores de cremalheira, assim como a Construtora Canadá, representada pelo gerente de Engenharia, Isidro Rocha.

Segundo o engenheiro, sua empresa teve mais de um be-nefício na compra cooperativada. “Porém, a principal vanta-gem que apontaríamos seria em relação ao poder de barga-nha que conseguimos na negociação coletiva”. Ele afirma que o processo de compra, como um todo, foi enriquecedor para os participantes, “principalmente quanto a questões técnicas referentes ao produto e também conhecimentos quanto a diferen-ciar vantagens e desvantagens en-tre os fabricantes e modelos dos equipamentos”. Além do aspecto tecnológico, o representante da Gecon, Geraldo Costa, ressalta que foram repassadas “informações conceituais sobre fornecedores em relação ao bom atendimento assis-tencial e garantias”, proporcionan-do segurança aos compradores.

Consenso e transparência fo-ram pontos positivos apontados pelos participantes nas reuniões realizadas para efetivar a aquisição conjunta dos equipamentos, predominando a pre-ferência, neste caso, para os equipamentos fabricados no Brasil devido às condições de assistência técnica e pós-venda. “Atingimos os objetivos propostos”, avaliou Isidro Rocha, des-tacando que a Construtora Canadá já tinha uma proposta encaminhada pelo fabricante, “e com o processo da compra em grupo, conseguimos melhorar a proposta em aproxima-damente 12%”.

Ambos os profissionais mostram-se satisfeitos, por isso afirmam que recomendariam a compra conjunta aos parcei-ros do setor da construção. Geraldo Costa enaltece a atuação do gestor da Coopercon-GO, eng. Paulo Marcelo Torres, pois “quando precisei fazer algumas exigências quanto ao cumpri-mento de prazos por parte da Montarte, o mesmo nos deu ajuda significativa”. Por sua vez, Isidro Rocha comentou que “essa foi nossa primeira participação na Coopercon Goiás e

consideramos que a atuação neste processo foi compensató-ria; temos a convicção de participar de novos processos para aquisição de outros equipamentos”.

Informação acessível e preço melhor

A participação no pacote de compras de elevadores de cremalheira via Coopercon-GO trouxe economia significativa para os participantes do grupo. “Conseguimos preços ótimos. A redução para mim, foi de 31% em relação ao preço que havia pago um ano antes”, relata Cláudio Augusto Perillo Daher, da Enec Engenharia, para quem o resultado da compra conjunta superou os objetivos da construtora. “A atuação da Cooperativa foi ótima, tanto que sugeri que fossem montados novos grupos para aquisição de outros equipamentos”. No caso específico da Pontal Engenharia, seu representante, eng. Ivo Corrêa Faria, conta que realizou duas compras do mes-mo produto praticamente na mesma época, sendo a primeira

individualmente; posteriormente a segunda compra foi realizada juntamente com a Coopercon-GO, “quando obtive uma economia significativa de 23% sobre o valor final do produto”.

Como principais vantagens da compra em grupo os partici-pantes destacaram as orientações repassadas sobre fornecedores e seus respectivos produtos, sobre as tendências de mercado e as es-pecificações exigidas pelas normas técnicas em vigor. O representante

da Pontal conta que durante o processo de compra obteve in-formações que definitivamente foram decisivas para a escolha do produto, implicando principalmente na escolha do equi-pamento que melhor se adequava à necessidade da empresa. Além disso, “a compra foi realizada com antecedência, o que permitiu um tempo hábil para adquirirmos informações técni-cas necessárias e também para realizar a negociação. Diante disso, creio que a atuação da Coopercon Goiás é de extrema importância para o meio, principalmente no que se diz res-peito a planejamento de compras e quebra de cartéis pré--estabelecidos entre fornecedores de um mesmo segmento”.

A Coopercon-GO informa que a partir deste mês re-ceberá a adesão de interessados em participar dos novos grupos a serem formados para a compra conjunta de eleva-dores de cremalheira e outros equipamentos. As empresas já podem entrar em contato pelos telefones (62) 3095-5166 ou 3095-5181.

Construtoras elogiam sistema de cOmPrA cONJUNtA

A PrINcIPAL vANtAGEm DE UtILIzAr O sIstEmA DE cOmPrA cONJUNtA DIsPONIbILIzADO PELA cOOPErcON-GO Está NA AqUIsIÇãO DE PrODUtOs E EqUIPAmENtOs cOm PrEÇOs E cONDIÇõEs mELHOrEs”

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R T I G OA

NOvOs NEGócIOs advindos da função social da propriedade

O Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001) trouxe ins-trumentos que permitem a modificação de índices e caracterís-ticas de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, assim como a alteração das normas edilícias, considerando o impacto ambiental delas decorrentes e a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a legis-lação vigente.

Um instrumento interessante previsto no Estatuto da Cidade, que sem réstia de dúvidas fomentará a realização de novos e grandes negócios imobiliários em observância à função social da propriedade, é a operação urbana consorciada. Ela tem como objetivo recuperar ambientes degradados ou abandonados e adequar à infraestrutura urbana, serviços e edificações a novas funções e novas tecnologias, visando adaptar as cidades aos no-vos processos de transformações econômicas, social e cultural.

A implementação da operação urbana consorciada deverá ser coordenada pelo Poder Público Municipal, com a participação de proprietários, moradores, usuários permanentes, empresas de construção civil e investidores privados, com o objetivo de realizar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a va-lorização ambiental e econômica em uma área que antes estava totalmente descuidada e desvalorizada.

Este instrumento poderá levar à modificação ou ampliação do sistema viário, criação ou ampliação de espaços públicos, recuperação e modernização da infraestrutura urbana de sane-

amento básico da área de sua realização, a construção de habi-tações de interesse social, a criação ou a revitalização de áreas centrais de bairros, a reurbanização e a regularização fundiária de áreas ocupadas por população de baixa renda.

A sua realização deverá ser precedida de lei municipal especí-fica, em observância ao Plano Diretor do Município e ao Estatuto da Cidade. Caberá à lei municipal mencionada definir as áreas e detalhar as ações que serão realizadas, sendo que a sua delimi-tação especificará quais os participantes da operação e qual o objetivo de sua adoção pelo Município.

Em Curitiba, está sendo implementada a operação urba-na consorciada da Linha Verde, por meio da Lei Municipal 13.909/2011. A operação urbana consorciada prevê interven-ções no eixo da Linha Verde daquele Município, desde o con-torno sul até o Atuba, que irão mudar o perfil urbano daque-la região. A área envolve 22 bairros ao longo da Linha Verde, sendo uma obra de grande impacto naquele Município. A sua implementação está sendo objeto de debates, por meio de au-diência pública, envolvendo lideranças e associados de entidades de classe, entre elas o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-PR), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), o Sindicato da Habitação e condomínios do Paraná (Secovi-PR), o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP), a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetu-ra (Asbea) e o Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado

do Paraná (SindArq-PR). Os recursos para as obras serão pro-venientes da emissão de títulos de potencial construtivo a ser comercializados em leilão público na Bolsa de Valores.

Para Goiânia, foi veiculado na imprensa que está em estudo a implementação de operações urbanas consorcia-das, sendo que cada operação será objeto de lei específica, conforme informou o secretário municipal de Planejamen-to e Urbanismo do Município de Goiânia.

Portanto, uma vez criadas as diretrizes para a imple-mentação e realização das operações urbanas consorcia-das no Município de Goiânia, temos a convicção que será uma grande oportunidade de trabalho a ser realizado pelas empresas de construção civil locais, que, além de te-rem a oportunidade de participarem de novos negócios, irão contribuir para o desenvolvimento sustentável e or-denado de nosso Município, trazendo ótimos benefícios para toda a população.

mAUrícIO ALvEs DE LImAé mestre em Direito pela PUC/SP,

advogado e autor do livro Perfil Atual da Propriedade Imobiliária, sócio da Skaf e Lima Advogados

EstE INstrUmENtO PODErá LEvAr à mODIFIcAÇãO OU AmPLIAÇãO DO sIstEmA vIárIO, crIAÇãO OU AmPLIAÇãO DE EsPAÇOs PúbLIcOs, rEcUPErAÇãO E mODErNIzAÇãO DA INFrAEstrUtUrA UrbANA DE sANEAmENtO básIcO DA árEA DE sUA rEALIzAÇãO, A cONstrUÇãO DE HAbItAÇõEs DE INtErEssE sOcIAL, A crIAÇãO OU A rEvItALIzAÇãO DE árEAs cENtrAIs DE bAIrrOs, A rEUrbANIzAÇãO E A rEGULArIzAÇãO FUNDIárIA DE árEAs OcUPADAs POr POPULAÇãO DE bAIXA rENDA”

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 201214

O N S T R U Ç Ã O S U S T E N T Á V E LC

Segundo pesquisas recentes, os resíduos das atividades de construção e demolição (RCD) são responsáveis por uma mé-dia de 50% a 70% do volume gerado nos principais centros urbanos do Brasil. Visando contribuir com soluções para este gargalo a Escola de Engenharia Civil (EEC) da UFG, sob coorde-nação da Profa. Helena Carasek, vem desenvolvendo pesquisas visando à reutilização de sacos de cimento na produção de ar-gamassas. As pesquisas iniciaram com o Eng. Cláudio Cintra, aluno do Curso de Especialização CEGT-EEC-UFG, que teve uma ideia simples, mas revolucionária: reutilizar os sacos de papel do cimento e da cal como fibras para a fabricação de argamassa, a ser usada na própria construção.

Os testes preliminares realizados em obra foram bem su-cedidos e geraram a monografia de especialização do Eng. Cláudio, sob a orientação da professora Helena Carasek. Mas existia a necessidade de se aprofundar a pesquisa, realizando uma etapa de laboratório. Neste momento, as alunas de gra-duação da EEC/UFG, Patrícia E. F. de Carvalho e Lorena R. dos Santos, foram incorporadas ao projeto. A ampla pesquisa labo-ratorial realizada revelou que as fibras de celulose, oriundas da transformação dos sacos de cimento, podem ser incorporadas à argamassa, obtendo resultados iguais ou superiores aos das ar-

gamassas convencionais. Este trabalho foi premiado no último mês de março, com o primeiro lugar do Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável – Brasil 2011.

A justificativa para a pesquisa baseia-se no fato de que atu-almente a construção civil faz parte do grupo das atividades mais importantes para o desenvolvimento econômico e social do País. Por outro lado, é também considerada uma das gran-des geradoras de impactos ambientais, tanto pelo alto consu-mo de recursos naturais como pela geração de resíduos.

A legislação ambiental está avançando no Brasil e, com isso, levando a construção civil a se preocupar cada vez mais com a sustentabilidade. A Lei 12.305, publicada em 2010 e que entrará em vigor em 2014, prevê a extinção de lixões a céu aberto e proibição de deposição de materiais recicláveis nos aterros sanitários.

Dentre os resíduos gerados pela construção civil destacam--se as embalagens de cimento e cal – sacos de papel kraft –, uma vez que elas estão presentes em quase todos os tipos de obra de edificações, e em grande volume. Os sacos de cimento e cal são resíduos da construção classificados segundo o CO-NAMA, como Classe B – reciclável fora da construção civil. No entanto, na prática, tem sido muito difícil para as construtoras

destinarem estas embalagens para a recicla-gem, seja pela dificuldade de armazenamen-to, organização e manutenção em condições adequadas destes resíduos na obra, seja pelo inexpressivo número de comerciantes de apa-ras para reciclagem, como papel.

Estima-se que em Goiás, apenas cerca de 10% desse papel é reciclado, e ainda fora do Estado, levando ao consumo de combustível no seu transporte e poluição atmosférica. O restante destas embalagens está indo para o aterro sanitário, misturado com o entulho de obra na caçamba. Assim, o aproveitamento dos sacos de cimento e cal na própria obra re-solveria este sério problema. Neste sentido, a pesquisa realizada teve como objetivo avaliar a adição de fibras celulósicas de papel kraft provenientes das embalagens em argamassas para assentamento de alvenaria. Tratou-se de uma pesquisa experimental, com ensaios de laboratório da argamassa no estado fresco e endurecido, bem como avaliação do desem-

penho dela aplicada como junta de assentamento de alvenaria de vedação. Também foram realizadas avaliações da argamassa em canteiro de obras de edificações, para testar a viabilidade prática. A polpação dos sacos de cimento para permitir o em-prego nas argamassas foi obtida mediante a agitação dos sacos

rEUtILIzAÇãO DE sAcOs DE cImENtO como fibras na produção de argamassas

AS ALUNAS DE GRADUAÇÃO PREMIADAS (PATRÍCIA E LORENA) JUNTO COM A ORIENTADORA, PROFA. HELENA CARASEk, E O REITOR DA UFG, PROF. EDWARD MADUREIRA BRASIL, RECEBENDO O PRêMIO NA CERIMôNIA REALIzADA NO ESPAÇO TOM JOBIM – CULTURA E MEIO AMBIENTE, NO JARDIM BOTâNICO, RIO DE JANEIRO, EM MARÇO DE 2012

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JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 15

juntamente com água potável, até a dispersão total das fibras. Para promover a agitação, foi utilizado um misturador seme-lhante aos empregados em fábricas de tintas, o qual apresenta um eixo central acoplado em uma extremidade à polia de um motor e, na outra, uma hélice. Por meio de testes, constatou--se que não há necessidade de imersão prévia dos sacos em água, tampouco da adição de produtos químicos para auxiliar o processo de polpação. Como principais resultados tem-se que a argamassa proposta, de traço 1:2:8 (cimento, cal e areia, em volume) com substituição de areia, na quantidade equivalente à 10% da massa de aglomerantes,por fibra de celulose, prove-niente do papel kraft dos sacos de cimento e cal, mostrou-se totalmente viável.

A primeira e mais importante vantagem para o mercado está ligada à sustentabilidade, dando uma destinação nobre a um resíduo da obra, que atualmente é um problema. Não bastasse isso, a adição de fibra na argamassa garantiu uma re-dução de 27% do custo com materiais em relação à argamassa de referência. Isto porque a introdução da fibra na mistura au-menta o volume de material produzido sem implicar maiores consumos de aglomerante ou agregado, portanto, a adição da fibra reduz o custo da argamassa.

Além disso, esta argamassa (com presença das fibras) mos-trou vantagens técnicas em comparação com a argamassa con-vencional (de referência – sem fibra). Dentre esses resultados, podem ser salientados a menor densidade e o aumento da coe-são da argamassa no estado fresco, levando a um aumento da

produtividade e redução do desperdício. Outra vantagem téc-nica foi o aumento da resistência à tração na flexão de prismas de alvenaria em 17%, que reflete o ganho de aderência, pro-priedade fundamental das argamassas. No caso da resistência à compressão de prismas de alvenaria,o resultado obtido com a argamassa com fibra foi igual ao da argamassa de referência.

Esta pesquisa terá prosseguimento visando à melhoria no processo de produção da polpa de papel, com ajustes no equi-pamento, bem como avaliação da durabilidade da fibra na pre-sença da matriz cimentícia. Uma vez alcançados esses passos, a próxima etapa será a implementação dessa ideia nas obras de Goiânia por meio da Comunidade da Construção. Mais informa-ções, Comunidade da Construção de Goiânia: (62) 3095-5178.

REALIzAÇÃO DO ENSAIO DE TRAÇÃO NA FLExÃO DE CORPO DE PROVA DE ARGAMASSA COM FIBRA DE CELULOSE

ASPECTO DA FIBRA OBTIDA PELA POLPAÇÃO DOS SACOS DE CIMENTO

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E G U R A N Ç A D O T R A B A L H OS

EXPOsIÇãO A sUbstâNcIAspotencialmente prejudiciais à saúde ou perigosas

Consideram-se como substâncias potencialmente prejudiciais à saúde ou perigosas, os agentes químicos, compostos ou produtos que pos-sam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo or-ganismo pela pele ou por ingestão, e geralmente são ignoradas porque seus efeitos não são observados ime-diatamente, podendo levar anos para

manifestar suas características maléficas no organismo. Se a exposição a uma substância for súbita e acidental ou cons-tante, o resultado será sempre o mesmo: dor, sofrimento, custos, perda de trabalho, etc.

São riscos causados pelas substâncias químicas presentes no ambiente de trabalho, na condição de matéria-prima, pro-duto intermediário, produto final ou como material auxiliar, os quais, em função das condições de utilização, poderão entrar em contato com o corpo humano, interagindo em ação locali-zada, como no caso de queimadura ou irritação da pele, ou em ação generalizada, quando forem levados pelos fluidos inter-nos, chegando aos diferentes órgãos e tecidos do organismo.

O conceito geral para limite de tolerância “é a intensi-dade/concentração máxima relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente físico/químico, que não cau-sará danos à saúde da maioria dos trabalhadores expostos, durante a sua vida laboral”.

Exposição – Os agentes químicos podem ser absorvidos por via cutânea (pele). Isso ocorre de modo mais lento e, portanto, exige na sua manipulação o uso de luvas adequadas, além do EPI necessário à eventual proteção de outras partes de corpo. Através da boca, ingerindo alimentos contaminados, conten-do agrotóxicos, ou aqueles que foram preparados por mãos sujas com algum contaminante; pela respiração, em forma de gases, fumaças, vapores e poeiras, podendo causar problemas respiratórios; e para que isso seja minimizado ou extinto, se faz necessário o uso correto de respiradores (máscaras).

controle – Os equipamentos de proteção respiratória (EPR), quando necessários, são para complementar as medidas de

proteção eletivas implementadas ou com a finalidade de ga-rantir uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos existentes nos ambientes de trabalho. Implantar medidas de controle específicas por acompanhamento médico, indica-ção correta de respiradores por trabalhador, treinamento e uso correto de EPI pelo Programa de Proteção Respiratória (PPR), reduz a ineficiência de equipamentos adquiridos e uti-lizados sem critérios, substituição frequentes de EPI’s, ocor-rências de intoxicação por contaminante não identificado e doenças ocupacionais.

Dicas de segurança – Mantenha o local de trabalho sempre limpo e isento de poeiras, incluindo as entradas de serviço; certifique-se de que haja boa ventilação ou ventila-dores de exaustão no lugar onde está sendo feito trabalho de soldagem ou quando motores a gasolina estiverem liga-dos; evite contato da pele com o concreto úmido, o cimen-to contém produtos que irritam a pele. Ao fazer contatos com solventes e desengraxantes, procure orientação sobre o equipamento de proteção individual a ser usado; use corre-tamente o EPI. O perigo, muitas vezes, é invisível e inodoro, a atenção deverá ser redobrada visando à segurança, a pre-venção da saúde e qualidade de vida do trabalhador.

bErtILHA rODrIGUEs DE mELOé técnica em Saúde e Segurança do Trabalho e

graduanda em Gestão de Recursos Humanos

LImItE DE tOLErâNcIA é A INtENsIDADE/cONcENtrAÇãO máXImA rELAcIONADA cOm A NAtUrEzA E O tEmPO DE EXPOsIÇãO AO AGENtE FísIcO/qUímIcO, qUE NãO cAUsArá DANOs à sAúDE DA mAIOrIA DOs trAbALHADOrEs EXPOstOs, DUrANtE A sUA vIDA LAbOrAL”

BERTILHA RODRIGUES

DE MELO

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N O V A R É P R E C I S OI

INtELIGêNcIA cONstrUtIvA inspira empreendimentos da Opus

O diretor geral da Opus Incorporadora, engenheiro Dener Justino, explica que o conceito de inteligência construtiva apli-cado nos empreendimentos da empresa contempla três con-juntos de benefícios para seus clientes – conforto, segurança e sustentabilidade. No quesito conforto, os imóveis entregues pela Opus estão preparados para receber o sistema de ar con-dicionado tipo multisplit em todas as suítes e na sala; sistemas de áudio e vídeo; sistema de água quente independente para cada apartamento; esquadrias especiais entre sala, cozinha e terraço, com projeto de arquitetura pensado para facilitar a personalização da planta.

Segundo ele, a empresa também investe nas mais avan-çadas tecnologias em segurança condominial, que garantem a tranquilidade do morador, desde o seu acesso ao condomí-nio até a total privacidade de seu apartamento, com circuito interno de TV (com gravação digital e colorida de imagens); segurança perimetral com cerca pulsátil monitorada; botões de pânico e controle de guarda; pulmão de acesso de pe-destres na entrada social e de serviço; duplo monitoramento da central de alarme via telefone, celular ou rádio; controle de acesso de visitantes e elevadores codificados, com aciona-mento biométrico ou por cartão.

Para cuidar do meio ambiente e oferecer alternativas de economia ao morador, a incorporadora prepara seus empre-endimentos com tecnologias que visam a sustentabilidade. “Nossos projetos têm grandes aberturas para permitir melhor iluminação e ventilação natural dos ambientes; sistema de gestão de resíduos da obra visando à reciclagem e adequada destinação do resíduo; lâmpadas frias na área comum; sen-sores de presença nos halls dos pavimentos de apartamentos; piscinas adulto e infantil aquecidas com trocador de calor; torneiras da área comum com acionamento automático para menor consumo de água; medidores individuais de água e gás por apartamento; irrigação automatizada dos jardins no térreo e vasos sanitários com duplo sistema de descarga, para redução do consumo de água”.

Arquitetura e automatizaçãoConforme o executivo, com apenas cinco anos de atuação

a Opus Incorporadora trabalha com o desafio permanente de superar-se, para transformar e surpreender o mercado imo-biliário a cada novo projeto, em plena sintonia com o de-senvolvimento de Goiânia e com os conceitos mundiais de sustentabilidade e inovação. Com empreendimentos localiza-dos nas mais valorizadas áreas da cidade, seus projetos têm espaços integrados, que proporcionam ao morador a mesma

sensação de uma casa, inspirando-se nas últimas tendências da arquitetura, que surpreendem do conceito da fachada às soluções de espaços e conveniências para o morador.

“Em nosso lançamento mais recente, inovamos com o primeiro empreendimento de Goiânia a ser entregue com o apartamento automatizado por um sistema de última ge-ração”, comenta o engenheiro, explicando que este sistema permite que o morador, com um simples toque em uma in-terface interativa (painel de controle no apartamento ou con-trole à distância por dispositivos móveis), programe cenários individuais em seu apartamento controlando iluminação, áu-dio e vídeo, persianas, climatização e acesso por fechadura eletrônica.

“Entendemos que os benefícios e vantagens proporcio-nados pela Opus não encarecem o imóvel e sim, valorizam a relação custo-benefício para o cliente, tornando-a muito mais interessante em comparação com outras ofertas do mercado”, salienta Dener Justino. O portfólio da Opus con-ta hoje com 19 lançamentos - sendo 14 residenciais e cinco comerciais - dentre os quais oito empreendimentos já foram entregues. Parceira da Casa Cor Goiás 2012, após o encerra-mento do evento – e unida à Sousa Andrade – a Opus deve apresentar no local um lançamento que promete surpreender novamente o mercado de Goiânia, antecipa o seu diretor.

IMAGEM DE UM DOS EMPREENDIMENTOS DA INCORPORADORA

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mais mão de obra e gerar milhares de novos empregos, como já vem ocorrendo conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com Goiás na liderança do Centro-Oeste, gerando mais 2.753 empregos na construção civil só no mês de março. Para garantir o atendimento à crescente demanda por moradias e infraestrutura, a indústria da construção goiana se organizou para desenvolver uma campanha publicitária inédita no Brasil, lançada oficialmente no dia 03 de maio pelo Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) e Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). O lançamento ocorreu na sede do Sindicato e foi direcionado aos empresários da indústria da construção, representantes das áreas de Desenvolvimento Humano e Marketing das construtoras, fornecedores e dirigentes de entidades de classe. A veiculação na mídia local teve início no dia 14 de maio. Tendo como mote o slogan “Construção Civil – Aqui tem trabalho, aqui tem futuro”, as peças de divulgação da campanha incluem

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O déficit de mão de obra tem sido assunto rotineiro nos veículos de comunicação e também tema de debates e discussões empresariais, pois atinge diversos setores da economia brasileira. No segmento da indústria da construção o problema se mostra mais acentuado, por conta do aquecimento do mercado imobiliário e da demanda crescente nos últimos anos, em um País onde 11 milhões de famílias têm planos de investir em reforma ou na aquisição de imóvel próprio. Segundo dados da Pesquisa Mercado Imobiliário, realizada mensalmente pelo Grupom – Consultoria e Pesquisas para a Ademi-GO, a média mensal de vendas subiu de 582 unidades em 2008 para 1.180 unidades/mês em 2011. No acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro/11 a fevereiro/12) foram lançadas 9.457 habitações, de um total de 56 empreendimentos.

Os dados mostram que a média de vendas superou a de lançamentos, a exemplo de fevereiro último, quando foram lançadas 265 unidades e vendidas 710. E há mercado para crescer mais, portanto receptivo a absorver

cONstrUÇãO cIvILAqUI tEm trAbALHO, AqUI tEm FUtUrO:

Entidades em campanha pela valorização do trabalhador

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três VT’s, quatro jingles, anúncios para jornal, outdoors, busdoors e materiais impressos. Também estão sendo realizadas ações de endomarketing nos canteiros de obras, como encenações teatrais semelhantes à apresentada no final do evento de lançamento da campanha.

A iniciativa está focada na valorização do trabalhador do segmento e objetiva chamar a atenção da população para as vantagens e os benefícios de buscar colocação neste mercado de trabalho em expansão, enaltecendo a importância e o valor que os trabalhadores da indústria da construção possuem neste segmento econômico. Outra finalidade é a de reter os atuais talentos nas empresas e aprimorar a qualificação dos profissionais do setor.

Exemplo para o PaísAbrindo a solenidade de lançamento da campanha

publicitária, o presidente do Sinduscon-GO, Justo d’Abreu Cordeiro, afirmou tratar-se de uma iniciativa que será realmente um marco para o desenvolvimento da indústria da construção no Estado e referência como exemplo para todo o País. “A campanha publicitária lançada hoje é direcionada a quem já está trabalhando no setor e também visa estimular a mão de obra informal do setor, que almeja qualificar-se e crescer no mercado de trabalho formal, usufruindo dos benefícios e da segurança proporcionados pela carteira de trabalho assinada. Além disso, objetivamos motivar as mulheres que desejam ingressar neste segmento, pois não faltam vagas, há lugar para todos que desejam crescer com a indústria da construção”, salientou Cordeiro.

Em sua fala, o presidente da Ademi-GO, Ilézio Inácio Ferreira, disse da preocupação do setor em prestigiar o trabalhador da construção, “o maior patrimônio de nossas empresas”. Também enalteceu o papel do Sistema Fieg e do Senai em apoio à indústria da construção, possibilitando o aprimoramento da qualificação de seus colaboradores: “estamos avançando, e hoje Goiânia está entre as capitais brasileiras com menor índice de atraso na entrega das obras”. Lembrou que as mulheres estão conquistando lugar na construção, citando como exemplo a cidade de Rio Verde, onde a presença da mão de obra feminina tem crescido muito. “A indústria da construção oferece oportunidade de sustento para milhares de famílias que,

com emprego formal e acesso a atendimento gratuito na área de saúde - como oferecemos através do Seconci-GO, encontram sustento digno, exercendo seu direito a uma cidadania plena”, concluiu.

Por sua vez, o presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, falou de seu contentamento em constatar a proatividade das lideranças empresariais, cumpridoras de seu papel social ao gerar emprego e renda. No ano passado, citou o dirigente, 83.677 pessoas ocuparam postos de trabalho na construção em Goiás, enquanto que o Senai-GO registrou 40 mil matrículas nos cursos dirigidos ao setor em 2011.

Em seguida, Bruno Alvarenga de Menezes, coordenador do item Valorização da Mão de Obra do Planejamento Estratégico do Sinduscon-GO, abordou a trajetória de trabalho que levou as instituições a estruturarem essa campanha publicitária ao longo de um ano. Um dos primeiros passos, segundo ele, foi encomendar uma pesquisa ao Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que em agosto de 2011 ouviu trabalhadores em canteiros de obras na Grande Goiânia. A amostragem revelou que apesar de muitos afirmarem ter abraçado esta atividade por falta de opções (67% não fizeram qualquer curso específico na área da construção), a vida melhorou para 85% dos pesquisados, em termos salariais, permitindo a compra do primeiro imóvel e a aquisição de veículo particular. E, ainda, que 31% dos consultados exercem a profissão há mais de 10 anos.

JUSTO D’ABREU CORDEIRO, PRESIDENTE DO SINDUSCON-GO

PEDRO ALVES DE OLIVEIRA, PRESIDENTE DA FIEG

ILÉzIO INÁCIO FERREIRA, PRESIDENTE DA ADEMI-GO

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Porém, a mesma enquete apontou que a maioria dos entrevistados não incentivaria os filhos (os que não tinham filhos afirmaram que não incentivariam mesmo que os tivesse) a ingressar no segmento. O motivo seria por se tratar de um serviço pesado e que não apresenta o retorno financeiro esperado. Uma aparente contradição, já que a grande maioria (85%) dos trabalhadores participantes informou ter melhorado de vida trabalhando na construção, revelando uma visão equivocada da própria sociedade, que não estaria consciente da importância desta mão de obra e seu real valor na edificação do sonho da casa própria. Daí a necessidade de colocar em prática um projeto como este da campanha, um divisor de águas, que se torna um importante instrumento para mudar concepções ultrapassadas e sensibilizar o público sobre a nova realidade da construção civil em Goiás. Conforme Bruno Menezes, hoje o mercado produz uma média mensal de lançamentos imobiliários equivalente à média anual de novos projetos lançados que se registrava até poucos anos atrás. “Frente a esse quadro, é preciso motivar, capacitar/qualificar e fidelizar o trabalhador da construção”, resumiu.

O diretor de Operações da Cannes Publicidade, Zander Campos da Silva Júnior, apresentou as peças publicitárias discorrendo sobre o foco central da temática, desenvolvido para diversos tipos de mídia, com veiculação de VTs nas emissoras locais de tevê, jingles em rádios, peças para jornais impressos e outdoors, na internet (web-banners) e backbus, durante um período previsto de 180 dias. Embasada sempre nos atributos e vantagens oferecidas para quem trabalha ou quer trabalhar na indústria da construção, a iniciativa também compreende ações de endomarketing junto aos

empresários, com kits de materiais direcionados a seus funcionários. Para captar o retorno da campanha para o setor, no dia 14 de maio também começou a funcionar um call center para atendimento ao público. O serviço funciona na sede do Sinduscon-Goiás, de segundas às sextas-feiras, das 8h às 18h, atendendo pelo número 0800-604 5199.

Apoio à iniciativaO empresariado do setor apoiou a iniciativa, que já

começou com a participação de 20 parceiros e ainda está agregando a contribuição de outros interessados. O gerente nacional de Produtos da Belmetal, Sergio Freitas, ilustra essa colocação. A empresa, de São Paulo, está montando

ESqUETE TEATRAL APRESENTADO PELO GRUPO ARTE E EVENTOS PRODUÇõES

BRUNO ALVARENGA DE MENEzES, COORDENADOR DO ITEM VALORIzAÇÃO DA MÃO DE OBRA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO SINDUSCON-GO

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filial em Goiânia, que deve começar a operar a partir deste mês, mas já se engajou no projeto de Valorização da Mão de Obra. Segundo ele, toda a cadeia da construção é beneficiada com esta iniciativa, por isso todos devem se unir. Em sua opinião, ações desta natureza também atuam prevenindo a falta de profissionais capacitados no futuro.

O diretor do Sinduscon-GO e presidente do Seconci-GO, Moacyr Soares Moreira, também enalteceu a iniciativa de valorização da mão de obra, julgando o momento muito oportuno, para acompanhar o bom período econômico que o País vive, e acrescentou que a indústria da construção tem grande importância neste contexto de desenvolvimento.

Para o empresário Lúcio Girundi (Locagyn), essa campanha representa a maior revolução no mercado dos últimos anos. “Tivemos diversos talentos que nasceram na construção civil e se tornaram expoentes no segmento, mas o setor não recebia este retorno. A indústria promove o desenvolvimento, dá oportunidade e o profissional obtém sucesso, mas às vezes não retorna e informa seu êxito, com isso não se formava a cadeia do sonho de crescimento no setor nos outros profissionais. Agora, a campanha vai promover na classe trabalhadora o sonho de prosseguir e crescer, pois ela vai trazer à tona os cases de sucesso, que já existiam, mas eram desconhecidos”, declarou.

Processo criativo e estratégia de mídia

O Sinduscon-GO realizou concorrência para escolher a empresa que seria parceira na criação e divulgação da campanha. Quatro agências de publicidade participaram. Pela apresentação do conceito mais adequado à expectativa da entidade, a Cannes Publicidade foi a vencedora. O diretor de Operações da Agência, Zander Júnior, explicou que como o objetivo macro da campanha é incentivar mais trabalhadores a optarem pelo ingresso na indústria da construção, a proposta abordou aspectos diversos da profissão, tais como estabilidade no emprego, carteira assinada, bons salários, boas possibilidades de ascensão profissional e social, oportunidades de qualificação, etc.

Tendo em vista que o mercado da construção civil está aquecido e aponta para uma realidade efervescente nos

próximos 15 a 20 anos, no mínimo, e que atualmente a falta de mão de obra especializada atrapalha este crescimento, buscou-se também valorizar o papel da mulher na profissão (quebrando velhos estigmas e amplificando o raio de ação para um público-alvo importante), além de ressaltar as inúmeras vantagens que o profissional tem ao aderir à indústria da construção. “Sendo assim, foi criado o conceito ‘Construção Civil. Aqui tem trabalho, aqui tem futuro’, com uma linguagem simples, direta, de fácil assimilação, que enfoca o momento atual do mercado, com oferta de trabalho, segurança e solução dos problemas em um plano imediatista. E no futuro, estabilidade, ascensão social, crescimento profissional e uma vida melhor”, destacou Zander Júnior.

Foram contemplados os meios de mídia eletrônica, digital, impressa e mídia exterior. Neste esforço de comunicação foram criados três VTs. O primeiro deles explora a estabilidade no emprego, mostrando um senhor, mestre de obras, que já trabalha num canteiro de obras há muitos anos e ali construiu a estabilidade da sua família, indicando o mesmo ramo ao seu filho e já prevendo o futuro da neta. Com esta mensagem, foi abordada uma questão identificada através de pesquisas, que é a pouca

FOI crIADO O cONcEItO ‘cONstrUÇãO cIvIL. AqUI tEm trAbALHO, AqUI tEm FUtUrO’, cOm UmA LINGUAGEm sImPLEs, DIrEtA, DE FácIL AssImILAÇãO, qUE ENFOcA O mOmENtO AtUAL DO mErcADO, cOm OFErtA DE trAbALHO, sEGUrANÇA E sOLUÇãO DOs PrObLEmAs”

AUTORIDADES E EMPRESÁRIOS PRESENTES NO EVENTO

zANDER JÚNIOR, DIRETOR DE OPERAÇõES DA CANNES PUBLICIDADE

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A T É R I A D E C A P AM

incidência de pais indicando filhos para a construção civil, combatendo uma visão estereotipada. O segundo VT foca a questão da mulher. Com uma mensagem direcionada, moderna e atual, reafirma que a construção civil é, sim, um amplo mercado de trabalho a ser explorado pelas mulheres, que nele podem encontrar bons salários, boas condições de trabalho, respeito profissional, assistência médica e odontológica e perspectivas de crescimento, em uma proporção muito maior do que em outros segmentos. O terceiro VT foca a questão da informalidade, mostrando o lado seguro da indústria da construção formal, a estabilidade no emprego, a possibilidade de planejar toda uma vida, se qualificar, crescer profissionalmente.

Para cada uma destas vertentes, foram desenvolvidas peças específicas de anúncio de jornal e outdoor, cartazes, fullbanners e backbus, sustentando a mensagem e buscando atingir o maior número possível do público-alvo. Foram criados também quatro jingles de rádio, com quatro opções distintas de uma mesma música, em versões pagode, sertanejo universitário, samba e forró. “Os ritmos foram escolhidos, sobretudo em função da identidade cultural de nosso público e da migração de pessoas do Norte e do Nordeste do País para o Estado”, informou o diretor de Operações da Cannes Publicidade.

Segundo Zander Júnior, mais do que atrair novos profissionais, era preciso valorizar e manter os atuais quadros dos canteiros de obras. Sendo assim, a campanha idealizada pela Ademi-GO e Sinduscon-GO tem como um de seus principais públicos, o interno. Uma grande ação de endomarketing foi pensada para ressaltar a este público a sua importância para o crescimento do segmento da, da construtora em que ele trabalha e do desenvolvimento do País como um todo. Foi criado um Kit Endomarketing com peças referenciais (bonés, bottons, squezes, cartazes e cartilhas com dicas e informações de como as construtoras estão trabalhando para oferecer melhores condições de vida, saúde, lazer e segurança no trabalho para todos os profissionais e seus familiares).

Além disso, há ações de teatralização com atores, nos canteiros de obras, mediante agendamento. O diretor de Operações explicou que em face do briefing apresentado, da argumentação necessária para a campanha, era necessário adequar/otimizar o investimento no período proposto de maio a setembro de 2012. Foram contemplados os meios de maior cobertura disponível, dentro do valor definido, diluídos em frequências concentradas, e deduzindo parte dos recursos alocados para a produção das peças.

“Para o objetivo de mídia buscamos maximizar a cobertura no período com uma programação de alto alcance que atinja até 90% do público-alvo, frequência média com até sete impactos e continuidade de veiculação concentrada em um período principal (maio para lançamento, com sustentação no restante do período)”, informou Zander Júnior. Ele complementou destacando outros esforços relevantes da área de no-mídia, como a utilização dos canais e veículos próprios do Sinduscon-GO e Ademi-GO; a utilização de um call center para a recepção das chamadas; a personalização das esperas telefônicas no PABX; a instalação de front-light com lona alusiva, na sede do Sinduscon-GO; além dos esforços de Relações Públicas com entidades parceiras, fornecedores e o trade do setor.

cOm UmA mENsAGEm DIrEcIONADA, mODErNA E AtUAL, rEAFIrmA qUE A cONstrUÇãO cIvIL é, sIm, Um AmPLO mErcADO DE trAbALHO A sEr EXPLOrADO PELAs mULHErEs, qUE NELE PODEm ENcONtrAr bOAs cONDIÇõEs DE trAbALHO”

ALGUMAS DAS PEÇAS DESENVOLVIDAS

PARA A CAMPANHA

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A S S A D O & P R E S E N T EP

cAmINHO ENGENHArIASuperando desafios e crescendo com sustentabilidade

A Caminho Engenharia nas-ceu em janeiro de 1994. O nome resultou da intenção dos sócios - Carlos Alberto Moura, José Ilídio Barbosa Fidalgo, Fernando Cicci Ferreira e Carlos Roberto Moreira Martins - em buscar um “cami-nho” para vencer o período de di-ficuldades que o País enfrentava, à época com troca de governo e alta taxa de desemprego. Com essa ideia, eles se associaram à Mo-rar Bem, uma loja de materiais de

construção que pertencia a Carlos Roberto Moreira Martins. Carlos Alberto de Paula Moura Júnior, atual presidente

da empresa, conta que desejava vencer novos desafios. Gra-duado em Engenharia Civil pela Universidade de Uberaba (Uniub), em 1988, e com larga experiência como engenheiro na iniciativa privada, começou na Warre Engenharia e, após trabalhar na Irecil, atuou por 12 anos na Construtora Centro- Oeste (CCO), de Uberlândia-MG, onde trabalhou inicialmente como colaborador da área comercial e atuou como Diretor.

Algum tempo depois da fundação da Caminho Engenha-ria, dois sócios deixaram a sociedade, e Carlos Alberto Moura continuou gerindo a empresa com Carlos Martins. Mas, em setembro de 2007, Moura adquiriu a parte correspondente à participação do sócio e hoje comemora o sucesso da em-presa. A sede, que começou na Rua 4, no setor Central de Goiânia, foi transferida para modernas instalações, em uma localização privilegiada - Rua C-231, no Setor Bueno -, e hoje já emprega cerca de 400 trabalhadores diretos e indiretos.

A Caminho Engenharia atua nas áreas de construção civil, obras industriais e empresariais, incorporação, restauração de patrimônio histórico e pavimentação. Já realizou obras em vá-rias cidades localizadas nos Estados de Goiás, Pará e Tocantins. Atualmente suas obras estão concentradas em Goiânia e em Belém, onde iniciou recentemente a construção da sede da Infraero. Já em Goiás, em parceria com a Construtora Gilbert, entregou a construção de uma obra de 4 mil m² para a empre-sa Real Moto Peças, em Goiânia, e a sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) com 27 mil m². A Caminho também execu-tou as obras das concessionárias Volvo e Cevel. Além destas, já estão em fase de aprovação na Caixa, dois projetos de incor-poração imobiliária para o município de Senador Canedo: os residenciais Verona e Flor de Ipê, empreendimentos incluídos no Programa Minha Casa Minha Vida, e mais dois lançamentos no Parque Amazonas, em parceria com a Construtora Gilberti.

Dentre as conquistas, está a abertura da nova empresa do grupo, a Construtora Moura Martins,focada nas áreas de in-corporação, habitação popular (Programa Minha Casa Minha Vida) e atendimento ao segmento privado, como com a cons-trução de concessionárias. Fundada há cerca de três anos, a construtora visa ser referência em qualidade, buscando aten-der a Norma de Desempenho de Edificações (NBR 15.575).

Carlos Alberto Moura relata que, no histórico da empresa, o momento mais difícil foi o início da sociedade, por causa de dois fatores: as dificuldades de acesso ao crédito e a falta de conhecimento de gestão empresarial. Mas, com ousadia e determinação, a primeira obra executada pela construtora, foi a Classe G para Telegoiás, que consistiu na colocação de tubos para cabos de fibra ótica no ambiente urbano, em mais de 20 cidades nos Estados de Goiás e Tocantins. “Foi uma obra de grande porte, demoramos cerca de dois anos para fe-char outro contrato de proporções semelhantes”, comentou.

Como uma das obras mais desafiadoras, o presidente da Caminho Engenharia destacou a restauração do muro do Lago das Rosas em Goiânia, realizada em 2009. “Foi ne-cessário fazer um reforço abaixo da fundação existente para conferir mais estabilidade ao terreno frágil caracterizado pela grande concentração de água no local. Além disso, as on-das propagadas pela movimentação dos veículos na via de fluxo intenso do Eixo-Anhanguera, aliadas à movimentação do solo, provocavam trincas nas paredes do muro. Para re-solver esta questão foi preciso criar uma barreira para que as ondas se dissipassem e, assim, o impacto na mureta foi reduzido”, relatou Moura. Outro ponto relevante foi a parte de revestimento, pois a obra é patrimônio histórico, constru-ída na década de 40, caracterizado pelo estilo arquitetônico Art Déco e devia ser preservado. Para conseguir alcançar re-CONSTRUÇÃO DA CONCESSIONÁRIA VOLVO

CARLOS ALBERTO MOURA

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vestimento equivalente ao original, tanto em cor quanto tex-tura, foram investidos mais de 90 dias em pesquisa, ensaios e testes, com apoio da Universidade Federal de Goiás (UFG).

valores e metasPautada por valores como transparência, ética, valorização

do ser humano, trabalho em equipe e compromisso sócioam-biental, a Caminho Engenharia visa atender às expectativas de seus clientes observando sempre o rigoroso cumprimento dos prazos estabelecidos e o desenvolvimento, com segurança e res-ponsabilidade do que foi proposto. Com o objetivo de garantir o padrão de qualidade; evitar retrabalhos; manter a memória das ações, que possibilita transmitir o conhecimento; a Caminho investe em Sistemas de Gestão da Qualidade, sendo certificada pela conformidade com a NBR ISO 9001:2008 e PBQP-H/SIAC

CONSTRUÇÃO DA CONCESSIONÁRIA CEVEL

nível “A’’. “Também estamos em fase de implantação do BSC (Balanced Scorecard), sistema de gestão para mensuração de índices de produtividade, o que nos permite remunerar os co-laboradores de acordo com o desempenho”, informou Moura.

Com base nestes princípios, a Caminho Engenharia desen-volve uma série de ações planejadas para execução gradativa e contínua. Uma das mais relevantes é o PPR (Programa de Participação nos Resultados), que está em fase de implanta-ção. “Mantemos diálogo aberto com nossa equipe para co-nhecer as suas necessidades e garantir o bom desempenho da função”, destacou Moura. Os colaboradores da empre-sa também contam com plano de cargos e salários e incen-tivo financeiro para a realização de cursos de qualificação.

Uma das metas da empresa para os próximos anos é ex-pandir a área de atuação para Brasília e Minas Gerais, exe-cutando obras públicas de grande porte. Para Carlos Alberto Moura, o crescimento deve ser construído dia a dia e com sustentabilidade. “Nos últimos três anos tivemos um avanço significativo no nosso faturamento, na preparação de nossa equipe técnica e na gestão. Estamos preparados para no-vos desafios, mas buscamos a expansão de forma cautelosa e pragmática”, afirmou o executivo. Em sua visão, o plane-jamento é a estratégia fundamental para o desenvolvimen-to, tanto de organizações privadas quanto nas públicas.

Por fim, o engenheiro ressaltou sua preocupação em co-laborar para que o setor cresça cada vez mais. “Procuramos apoiar e divulgar as boas ideias, participar das discussões de temas relevantes que podem contribuir com o mercado e a sociedade”, finalizou.

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ANUNCIO REVISTA TEREK.ai 1 2/15/12 11:25 AM

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JUNHO 2012 • CONSTRUIR MAIS • SINDUSCON-GO 27

E G I S T R O D E E V E N T O SR

A valorização do trabalhador foi destaque na Reunião de Diretoria do Sinduscon-GO, reali-zada em 08 de maio. O coordenador do Projeto, Bruno Alvarenga, apresentou novamente a campanha publicitária aos empresários e autoridades presentes, convidando-os a registrar sua marca como patrocinadores desta iniciativa. Na oportunidade, o superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Heberson Alcântara, elogiou a inciativa, destacando que ações como essa contribuem para melhorar a autoestima do trabalhador. Ele enalteceu o empenho das cons-trutoras associadas ao Sindicato quanto à prevenção de acidentes, mas enfatizou que ainda falta mais divulgação à sociedade sobre a mudança do perfil da indústria da construção, que se tornou um ambiente mais seguro nos últimos anos e tem melhorado constantemente. Sugeriu também que o segmento deve se organizar para apoiar as pequenas e médias empresas que ainda não conseguem realizar investimentos expressivos nesta área.

INDústrIA DA cONstrUÇãO apoia valorização da mão de obra e a Saúde e Segurança no Trabalho

No dia 14 de maio, lideranças da indústria da construção tiveram audiência com o deputado Federal Heuler Cruvinel, em seu escritório político, em Goiânia, para solicitar revisão do Pro-jeto de Lei nº 178/11, que trata sobre o prazo de entrega de imóveis. A matéria está sendo relatada por Heuler na Comis-são de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal. Estiveram presentes na reunião, os presidentes do Sinduscon-GO, Justo Cordeiro; da FIEG, Pedro Alves de Oliveira; da Ademi-GO, Ilezio Inácio Ferreira; do Seconci-GO, Moacyr Soares Moreira; da Co-mat/CBIC, Sarkis Nabi Curi; e os empresários Geraldo Magela da Silva (Toctao Engenharia), Dejair José Borges (Borges Landeiro), Mário Andrade Valois (Dinâmica Engenharia) e Antônio Carlos Costa (Tropical Imóveis).

De acordo com a Lei atual, as construtoras têm mais seis me-ses de carência para entregar a obra para o adquirente, após o término do prazo estipulado em contrato. A partir deste período estão sujeitas a sanções, como multas e reembolso de gastos aos consumidores. Contudo, o deputado propôs no Projeto reduzir este prazo de carência para 90 dias, o que, segundo as entida-des é injusto, tendo em vista que muitas vezes o atraso ocorre, não por culpa das construtoras, mas pela falta de infraestrutura e burocracia do setor público. Eles informaram também ao de-putado sobre ocasionais dificuldades com insumos e também sobre o déficit de mão de obra capacitada para trabalhar no segmento, ressaltando o esforço conjunto que a classe tem feito para solucionar este gargalo, lançando, inclusive, uma campa-nha publicitária para valorização dos trabalhadores do setor.

Empresários visitam deputado Heuler Cruvinel para solicitar rEvIsãO DO PL Nº 178/11

O presidente do Sinduscon-GO, Justo Cordeiro destacou a disposição do deputado Heuler Crunvinel em abrir o diálogo sobre um tema nacional tão importante. Segundo ele, a maior preocupação do setor é com uma redução drástica do prazo de entrega dos imóveis, hoje fixado em seis meses. “Isso pode atrapalhar o ritmo das obras que já estão em andamento e tam-bém as próximas”, observou. Sarkis Nabi Curi lembrou que as empresas também enfrentam muitos obstáculos que oneram custos ou refletem no tempo de entrega dos imóveis e que, por causa disso, não só as empresas devem ser responsabiliza-das pelos atrasos. “Na administração pública ainda há muita burocracia, ela também precisa cumprir prazos. Hoje, para li-berar um loteamento, por exemplo, leva-se cinco, seis e até dez anos”, reclamou.

Heuler Cruvinel destacou que os argumentos apresentados pelos empresários vão ajudar muito na redação do relatório fi-nal do projeto. “É uma contribuição muito importante. Por isso estamos conversando com todos os setores envolvidos, para que possamos oferecer a melhor legislação, um aperfeiçoamen-to do que já vigora, a todo o País. No projeto, nós pretendemos manter o prazo de entrega em 180 dias, mas buscaremos alter-nativas para que o consumidor possa ter este prazo minorado”, disse Heuler. Dentre elas, segundo o deputado, penalidades mais rígidas contra empresas que não cumprirem os contratos. Ele destacou que a sua intenção também é diminuir a burocra-cia, que contribui para esticar o tempo de entrega das chaves e prejudica o direito de quem compra imóveis.

FOTO: MIRELLE IRENE

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E G I S T R O D E E V E N T O SR

ENcONtrO DIscUtEinfraestrutura urbana e gestão pública participativa

O Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO) promoveu no dia 22 de maio, em sua sede, o Encontro Empresarial “Pensando a Infraestrutura das Cidades”. O evento contou com apoio do Fórum da Engenharia Goiana e da Secretaria Estadual de Cidades (Secidades) e registrou presen-ça de público significativa, entre autoridades, empresários e lide-ranças do setor. O presidente do Sinduscon-GO, Justo Cordeiro, ressaltou em sua fala a importância do evento. Para ele, “ao dis-cutirmos essas questões fundamentais, que afetam o acelerado ritmo de crescimento de nossas cidades, estamos contribuindo para ampliar o conhecimento dos responsáveis pela elabora-ção dos conceitos da gestão pública contemporânea e, assim, melhorar a infraestrutura dos espaços urbanos, influenciando a qualidade de vida das pessoas”.

O prefeito da cidade de Maringá (PR), Silvio Magalhães Bar-ros, posicionou o município do norte paranaense como desta-que no ranking de qualidade de vida (IDH), o qual conta com intensa participação de um conselho de desenvolvimento comu-nitário, que propõe as ações de planejamento urbano almejadas pela sociedade civil a serem implementadas pela administração pública. A cidade tem 65 anos de fundação, 365 mil habitantes e o 2° maior IDH do Paraná: 0,84%. Os méritos do suprimento à população de 100% de água tratada; 90% de rede de esgoto; 95% de vias pavimentadas, com meio fio e drenagem; o Prefeito confere à gestão participativa e ao conceito de sustentabilidade adotado no Município.

Dentro da visão sustentável que engloba os quesitos econô-mico, social, ambiental e emocional, os investimentos públicos em Maringá são direcionados a projetos inovadores, como, por exemplo, a deliberação de que todas as escolas públicas sejam projetadas com sistemas de reaproveitamento da água de chu-va. Outra inciativa positiva para o desenvolvimento sustentável é a obrigatoriedade de que o loteador faça o sistema de coleta de esgoto em sua área e doe para o Município, que faz o ligamento

e integra à rede pública; somente assim os empreendimentos podem receber a aprovação. O novo Centro Cívico do Maringá também reflete o espírito inovador da atual gestão, um projeto desafiador, realizado por meio de Parceria Público-Privada.

Desenvolvimento sustentável Abrindo os trabalhos, o secretário Estadual de Cidades, Igor

Montenegro, destacou que a palavra da nova ordem social no mundo é sustentabilidade, com tal grau de importância que, na sua avaliação, os próximos candidatos às eleições municipais de 2012 deveriam se compromissar com uma futura gestão pública planejada com base em ações sustentáveis e de inclusão social, como por exemplo, a implantação de ciclovias e transporte co-letivo eficaz. Citou que atores globais estão se engajando volun-tariamente em uma campanha na mídia para difundir o slogan ‘eu voto sustentável’, provocando no eleitor a necessidade de votar conscientemente. “A prática de ações sustentáveis implica em pensar globalmente e agir localmente. Daí que Goiás tornou--se o primeiro no País a assinar o termo de adesão ao Programa Cidades Sustentáveis, iniciativa originária da Europa e que agora chega ao Estado objetivando promover mais qualidade de vida nos 246 municípios goianos”.

Partindo do princípio que 85% da população brasileira vivem nas cidades, a plataforma de trabalho do Programa estabelece uma agenda concentrada em 12 eixos, incluindo, entre outros, governança, ações locais para melhoria da saúde pública, da mobilidade urbana e consumo consciente dos recursos naturais. Uma das referências, no caso de Goiás, parte da urgência de medidas para a redução do índice de acidentalidade no trânsito, perseguindo-se a meta de diminuir em 50% o número de aci-dentes até o ano de 2020, conforme prevê a ONU (Organização das Nações Unidas) ao estabelecer a Década da Segurança Viária para todos os países. O Secretário comentou que Porangatu é um exemplo de como as ruas pertencem às pessoas e não aos carros,

PROJETO DO NOVO CENTRO CÍVICO DE MARINGÁ

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AGENDA DE EvENtOsEvENtO DAtA HOrárIO LOcAL INFOrmAÇõEs

ENDErEÇOs: Sinduscon-GO: Rua João de Abreu, nº 427, Setor Oeste, Goiânia-GO. Auditório do CREA-GO: Rua 239, 585, Setor Universitário, Goiânia-GO. *Datas sujeitas a alterações

JUNHO

Palestra Reflexos da Norma de Desempenho na Indústria da Construção, no âmbito do Arranjo Produtivo Local (APL)

22/06 09h Auditório do CREA-GO

Informações e confirmações de presença até o dia 20/06 pelo e-mail: [email protected] ou pelos telefones: (62) 3224-0456 / 8458-9648

Programa de Desenvolvimento de Construtoras

19 e 26/06 16h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3095-5178

Lançamento do Manual para Pequenas Obras

21/06 08h Sinduscon-GO Mais informações: (62) 3095-5158

e que, como nessa cidade, as ciclo faixas (vias cicláveis e bicicletá-rios) devem ser adotadas em 50 municípios goianos.

De acordo com Igor Montenegro, o saneamento também constitui ação emergente, tendo em vista que 400 mil goianos não contam com água tratada em suas casas e três milhões de pessoas ainda não têm acesso ao serviço de esgotamento sani-tário, sem contar a necessidade de aterros sanitários com tecno-logia capaz de transformar lixo em energia, como já existe em países da Ásia e Europa. A gestão eficiente dos resíduos sólidos e o acesso à moradia popular de qualidade também estão na lista das prioridades, tendo em vista que atualmente 170 mil famílias compõem o déficit habitacional em Goiás.

Por sua vez, o superintendente de Trânsito e Mobilidade Ur-bana da Secidades, Antenor Pinheiro, discorreu sobre mobilidade urbana e trânsito, no painel “Observatório de Mobilidade e Saúde Humanas” - ação conjunta das Secretarias de Estado das Cidades e da Saúde - iniciado por 22 municípios goianos, com interven-ções que visam contribuir para uma efetiva redução dos acidentes de trânsito em Goiás. “A morte no trânsito hoje é algo banaliza-do”, lamentou o superintendente, ao informar que diariamente 3.561 pessoas no mundo morrem vitimadas por acidente de trân-sito, que é a terceira causa de mortalidade no Planeta.

“É uma verdadeira epidemia”, enfatizou Antenor Pinheiro, lembrando que a OMS (Organização Mundial de Saúde) registra 103,2 mortes/dia no trânsito brasileiro. Em Goiás, 1.593 pesso-as são mortas por ano em acidentes de trânsito, enquanto que Goiânia registra 598 mortes/ano, ou 51,9 mortes a cada 100 mil habitantes. O Observatório objetiva implantar ações mitigadoras da mortalidade no trânsito a partir da investigação dos aciden-tes, suas causas e as circunstâncias envolvidas visando identificar as intervenções necessárias para uma efetiva política pública de mobilidade urbana a ser desenvolvida nos primeiros municípios goianos envolvidos, que comporá com a política nacional a ser implementada no País até o ano de 2015.

Preservação do meio ambienteJá a engenheira civil, Mariza Sant’Anna, superintendente de

Políticas de Saneamento e Projetos Especiais da Secidades, abor-dou a importância do saneamento básico, da gestão adequada dos resíduos sólidos, e os impactos que a falta de investimento e planejamento nestas áreas acarretam à cidade, como asso-reamento de rios, enchentes, etc. Ela informou que, segundo levantamento da ONU, a cada R$ 1,00 investido em políticas

de saneamento, economiza-se cerca de R$ 5,00 com serviços médicos/hospitalares. Além dos benefícios para a saúde pública; saneamento, esgotamento sanitário e gestão de resíduos são ações que contribuem para a preservação do meio ambiente.

Há muito trabalho a ser feito nestas áreas. De acordo com informações da Secidades, 91% da população recebem água tratada e somente 41% contam com serviço de coleta e trata-mento de esgoto, compreendendo os 225 municípios atendidos pela Saneago em Goiás. Mariza Sant’Anna apresentou as me-tas e o planejamento do governo dentro do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) e também o planejamento estra-tégico da Secretaria que possui uma Agenda Mínima para uni-versalizar os serviços de saneamento no Estado, gradativamente.

Já em relação à disposição dos resíduos, em geral, 96% vão parar em lixões e somente 4% em aterros sanitários adequados às exigências da legislação. Diante deste fato, a superintenden-te, que afirmou acompanhar o trabalho do Sinduscon-GO e do Fórum da Engenharia Goiana no sentido de resolver este gargalo no Estado, implantando usinas de reciclagem; propôs uma par-ceria entre o órgão e as entidades para encaminhar, de forma urgente e pragmática, uma solução para a correta destinação e reciclagem dos Resíduos Sólidos da Construção e Demolição (RCD). “Dessa forma uniríamos o conhecimento técnico e a força política”, enfatizou Sant’Anna.

Sua ideia foi bem aceita e mereceu o reforço do secretário Igor Montenegro, que aproveitou o momento para lembrar que resíduo não é lixo, é matéria-prima que pode ser transformada em riqueza. Ele sugeriu a formação de consórcios para viabilizar recursos federais, e convidou os empresários para uma reunião específica, a ser realizada o quanto antes na Secidades, a fim de formalizar a proposta de parceria.

SECRETÁRIO IGOR MONTENEGRO

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O M U N I D A D E D A C O N S T R U Ç Ã OC

rEsIDENcIAL bEm vIvEr Resultados qualitativos na Bilenge Construtora

cessos como a fabricação de kits hidráulicos e de esgoto, fabri-cação de peças pré-moldadas e a racionalização da montagem das formas das vigas baldrames.

No desenvolvimento dos kits hidráulicos e de esgoto foram elaborados protótipos em tamanho real, utilizando uma placa de madeirite como “fundo de laje” para estudo e definição do plano de corte das peças hidrosanitárias. Tendo as dimensões necessárias, partiu-se, então, para a instalação de centrais de corte e montagem em série.

Para a fabricação de peças pré-moldadas a construtora re-servou um espaço do canteiro para instalação da Central de Pré--Moldados, em que fabricam treliças para lajes, degraus e viga “jacaré” para montagem das escadas fixadas com parabolts.

Em relação à montagem das vigas baldrames, o processo adotado elimina a utilização de pregos. “Após ter os painéis ‘batidos’, estes são posicionados com utilização de cantoneira metálica que ‘abraça’ os encontros dos painéis que, por sua vez, depois de alinhados e corretamente posicionados, são es-corados com pontaletes e fincados no chão. A desforma se dá com o arrancamento dos pontaletes e afastamento dos painéis das vigas já concretadas”, explica o engenheiro responsável pela obra, Eduardo Bilemjian Neto.

Tais procedimentos resultaram qualitativamente em maior rastreabilidade, otimização dos processos, capacitação de mão de obra, dinamicidade aos processos executivos, economia e di-minuição de desperdícios, bem como em melhoria na qualida-de final dos processos que envolvem repetição de serviços. No que tange aos resultados quantitativos, as etapas de instalação de esgoto e instalações hidráulicas somam 40% de economia (20% cada processo), e a etapa de montagem e desmontagem de formas das vigas baldrames totalizam 35% de ganho de pro-dutividade neste processo.

Mais informações sobre a Comunidade da Construção de Goiâ-nia com a arquiteta Carolina Chendes, telefone (62) 3095-5178 ou [email protected].

Tendo como missão a integração da cadeia construtiva e a busca constante por melhorias de desempenho nos processos construtivos à base de cimento, a Comunidade da Construção de Goiânia em seu 10º ano de atuação no mercado goiano lança o canal Minha Experiência, em que as empresas participantes do programa apresentam as boas práticas por elas adotadas enfati-zando produtividade, qualidade e tecnologia, fortalecendo, con-sequentemente, técnica e gerencialmente os sistemas construtivos abordados pela Comunidade da Construção em nível nacional.

Participante do 6º Ciclo de Ações, a Bilenge Construtora atua no mercado goiano desde 1985 com empreendimentos de diferentes categorias, do edifício à infraestrutura urbana. Cer-tificada segundo as normas NBR ISO 9001:2008 e nível A no PBQP-H, a empresa utiliza um sistema de gestão integrado, ga-rantindo controle gerencial de todos os seus empreendimentos, hoje focados na área de incorporação imobiliária.

Dessa forma, a Bilenge Construtora apresenta o Residencial Bem Viver, localizado no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. O empreendimento residencial conta com 11 blocos em alvena-ria estrutural com blocos de concreto dispostos em térreo, mais dois pavimentos. Como o sistema construtivo adotado possui muita repetição de serviços e o empreendimento se caracteriza por produção em larga escala, foram adotados métodos para simplificar os processos, proporcionando maior rapidez de exe-cução e menor desperdício de materiais e mão de obra. Sendo assim, a estratégia concebida para a execução da obra foi a pa-dronização dos processos operacionais, com a pré-fabricação e montagem de componentes da obra associada à definição de processos construtivos racionalizados. Foram desenvolvidos pro-

FIcHA técNIcA

Empresa: Bilenge Construtora Ltda.Obra: Residencial Bem Viver – GoiâniaCategoria: Obra verticalSistema construtivo: Alvenaria estrutural com blocos de concretoTipologia: 11 blocos com térreo + 2 pavimentos tipoPeríodo de produção: Janeiro a dezembro de 2011Data de implementação dos serviços: Fevereiro de 2011Equipe responsável pela obra: Engenheiros Guilherme Ribeiro de Castro e Eduardo Bilemjian NetoSupervisão: Engenheiro Eduardo Bilemjian FilhoContato: (62) 3224-6644 | [email protected]

FABRICAÇÃO DE kITS HIDROSANITÁRIOS. EMBAIxO: MONTAGEM DE PRÉ-MOLDADOS

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I V A C O M S A Ú D E & V O C êV RH

DOAÇãO DE sANGUE: PERMITA qUE ALGUÉM NASÇA DE NOVO

Após uma série de ações como sensibilização da organi-zação para o uso da ferramenta de avaliação, planejamen-to das etapas para implantação do processo, preparação dos gestores para a execução do procedimento, estrutu-ração do formulário de avaliação, chega o momento da utilização deste procedimento sistematizado de avaliar o desempenho dos colaboradores.

É muito importante que os períodos em que a avaliação ocorrer – semestral ou anualmente, já estejam previamen-te programados com toda a organização, para que todos possam participar do processo, lembrando que o objetivo principal desta ferramenta é o de conhecer, reconhecer e dar valor ao desempenho individual do colaborador.

Para que este momento ocorra de maneira eficaz, é extremamente importante que os avaliadores (gestores) contribuam por meio de uma postura amistosa, de respei-to e seriedade para com o avaliado e em relação a todo o processo.

Para que o ciclo do processo de avaliação seja iniciado, prestamos algumas orientações que merecem consideração:1. Fixação de Objetivos – Corresponde à base do ciclo da gestão por desempenho. É nesse momento que se esta-belece o que se deve alcançar durante o ano ou semestre, negociando-se prioridades e expectativas. Esse processo consiste em deixar claro, para cada colaborador, o que é esperado dele durante um determinado período, como será avaliado e como os seus resultados contribuirão para os objetivos estratégicos da organização.2. Documento de Desempenho – Refere-se ao formulário de avaliação no qual se deve registrar todas as informa-ções negociadas com o colaborador, que será solicitado a revisá-lo e assiná-lo para que, em seguida, seja avaliado na etapa final.3. Avaliação do Colaborador – Esta é uma das principais etapas do ciclo, o momento no qual líder e liderado, geral-mente acompanhado de um profissional da área de Gestão de Pessoas, se reúnem para conhecer, reconhecer, atribuir valor e analisar resultados.4. Compromisso de Desempenho (CMD) – Documento que registra as necessidades de mudanças do colaborador com desempenho aquém das expectativas.5. Devolutiva dos Resultados – Oferece feedback acerca do desempenho individual de cada colaborador.

Avaliar desempenho é uma difícil tarefa, que requer sensibilidade para perceber quais são as competências técnicas e comportamentais dos colaboradores e se estão alinhadas com as competências que a empresa e, mais es-pecificamente, a função do avaliado precisa.

FAbIANO sANtIAGO cOstA,coordenador de Desenvolvimento Humano da

Comissão de Qualidade e Produtividade do [email protected]

AVALIANDODEsEmPENHO

Dia 14 de junho comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue. Sendo assim, reservamos esse espaço para lem-brar a importância desse ato.

O sangue coletado através das doações, após ser exami-nado, é distribuído para hospitais, podendo uma coleta ser destinada a mais de um paciente, beneficiando pessoas que passaram por cirurgias, sofreram acidente, além de pessoas com leucemia, linfoma ou anemias graves.

Quem deseja doar sangue precisa, entre outros requisi-tos, estar em boa condição de saúde; ter entre 16 e 68 anos, sendo que os menores de idade precisam ir acompanhados do representante legal; pesar mais de 50 quilos; estar des-cansado e alimentado (evitando alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação).

Em Goiânia, o Hemocentro é um dos locais de coleta de sangue, localizado na Avenida Anhanguera, n° 5.195, Setor Coimbra (situado no mesmo quarteirão do Hospital Materno Infantil). O sangue doado neste local é distribuído para os hospitais da rede pública.

Os interessados em doar sangue devem comparecer ao Hemocentro, munidos de documento com foto. Caso você queira mais informações ligue no telefone (62) 3201-4574 (Hemocen-tro) e tire as suas dúvidas.

Uma doação pode salvar várias vidas. Pense e doe!

qUEm DEsEJA DOAr sANGUE PrEcIsA, ENtrE OUtrOs rEqUIsItOs, EstAr Em bOA cONDIÇãO DE sAúDE, tEr ENtrE 16 E 68 ANOs, PEsAr mAIs DE 50 qUILOs, EstAr DEscANsADO E ALImENtADO”

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U R E C O M E N D OE

GEstãO DA qUALIDADE: CRESCIMENTO ORGANIzADO E ALICERÇADO EM BASES SóLIDAS

Fundada em 14 de março de 2001, a Átila Engenharia é uma empresa goianiense, com atuação no mercado da construção civil. Iniciou seus trabalhos em condomínios residenciais horizon-tais e atualmente trabalha em incorporação de obras verticais re-sidenciais, atuando com ênfase em apartamentos de 1 e 2 quar-tos no setor Leste Universitário. Resultado da sociedade entre os engenheiros civis Vincenzo Michele Durante e Adalberto Teixeira França, ambos com mais de 20 anos de experiência, hoje, a so-lidez, segurança e capacidade técnica fazem com que a Átila Engenharia seja um sinônimo de bom investimento tanto para os investidores quanto para os futuros moradores de suas obras.

Com o intuito de aprimorar e garantir a qualidade dos servi-ços e produtos, a Átila Engenharia implementou e mantém um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) segundo os requisitos da norma NBR ISO 9001:2008, assim como do SiAC – Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras da Construção Civil, nível A, do PBQP-H – Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat. Este sistema estará em contínuo desenvolvimento e melhoria, como forma de con-quistar a satisfação dos clientes e o comprometimento de to-dos os colaboradores com os objetivos da empresa, obtendo, consequentemente, uma maior competitividade e destaque no seu meio de atuação. A empresa implementou o SGQ com a colaboração do Sinduscon-GO e consultoria do Grupo Destra. Foi desenvolvida uma parametrização dos métodos de trabalho

realizados no escritório central e nas obras, tanto na parte buro-crática quanto na execução dos serviços em campo. Essa transi-ção está sendo bem aceita por nossos colaboradores, que estão dando continuidade e implementando melhorias.

Como resultados e vantagens, podemos elencar: maior controle e organização da documentação; controle de todas as etapas da obra; padronização dos processos; aumento da qua-lidade na execução dos serviços; diminuição de retrabalho nas obras; otimização do tempo de serviço; medição e controle do índice de satisfação dos clientes junto aos produtos; maior segu-rança para os clientes; criação de dados históricos.

O processo de certificação conforme a NBR ISO 9001:2008 e o SiAC/PBQP-H trouxe muitos benefícios para nossa empresa, melhorando substancialmente o controle de toda documenta-ção, mapeando todos os processos construtivos, trazendo maior rapidez na detecção e correção de pequenas falhas, e a inserção de todos os colaboradores nos processos, resultando assim em um maior padrão de qualidade dos nossos produtos. Estamos satisfeitos e entusiasmados com o novo plano de qualidade que a empresa adotou, portanto recomendo a todas as empresas que estão em busca de um crescimento organizado, alicerçado em bases sólidas.

VINCENzO MICHELE

DURANTE

vINcENzO mIcHELE DUrANtEsócio proprietário da Átila Engenharia Ltda.

NOvOs AssOcIADOscONstrUtOrA sUrYA LtDA.

Fundada em 07/12/2007, a empresa é dirigida por Bento Odilon Moreira Filho e Carlos José Fernandes Martins. Tem como atividade principal a construção de edifícios e atua também com administração de obras. Está localizada na Avenida 136, n° 960, Qd. F-47, Lt. 19-21-23, andar 15, Edifício Executive Tower, Setor Marista, em Goiânia (GO).

sUPErA cONstrUtOrA E sANEAmENtO LtDA.

Atua nos ramos de reformas, ampliações e edificações residenciais e não residenciais, gerenciamento de obras, projetos hidráulicos, hidrossanitários, arquitetônicos, estrutural, fundações, etc. Foi constituída em 29/12/2010 pelos sócios Leonardo Divino da Silva Neves e Rejean Moreira de Souza. Sua sede atual fica na Avenida Castelo Branco, n° 604, Qd. R-25, Lt. 09, Setor Oeste, em Goiânia (GO).

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bANcO DE EmPrEGOs DA cONstrUÇãO

Está precisando contratar colaboradores para sua empresa?Por meio do Banco de Empregos da Construção, o Sinduscon-GO disponibiliza para as empresas associadas e filiadas, a preços abaixo dos praticados pelo mercado, cadastros de profissionais de várias categorias. Confira, a seguir, algumas opções de profissionais que poderão integrar a sua equipe de trabalho.

ENGENHEIrO cIvIL cOmPrADOr

AssIstENtE cONtábIL

m. L. G. s.Formação: Universidade Luterana do Brasil – Ulbra (2007).Experiência: Execução de projetos de pavimentos asfálticos, assistência técnica e acompanhamento em obras, fiscalização e gerenciamento de fábrica e montagem de equipe de produção, elaboração de relatórios, medições, planejamento e compras.

s. b. r.Formação: Universidade Católica de Goiás – UCG (2003).Experiência: Ampliação e reforma de obras civis, execução de fundação, visitas técnicas em obras, gerenciamento da rede de vendas, planejamento e manuseio do software UAU.

m. J. s. P.Formação: Escola Politécnica – UFBA (1994).Experiência: Elaboração e gerenciamento de projetos, execução de obras industriais e de saneamento, planejamento, terraplanagem, cronograma e coordenação de equipes.

W. F. F. G.Formação: Universidade de Uberaba – Uniube (2010).Experiência: Administração de empresas pública e privada, execução de obras civis e industriais, gerenciamento de equipes e assistência técnica em residências de alvenaria industrial.

G. c. s.Formação: Superior incompleto (conclusão 12/2012).Experiência: Cotação de preços, negociação e prospecção de novos fornecedores, emissão de ordens de compras, cadastro de insumos e fornecedores, elaboração de contratos e contratação de serviços.

c. P.Formação: Superior incompleto (conclusão 12/2012).Experiência: Compras, cotação, diligenciamento, julgamento de propostas de compras, reajuste, negociação, previsão de consumo e controle de estoque, ressuprimento e fixação de estoque de segurança.

J. r. A.Formação: Superior incompleto (trancado).Experiência: Negociação com fornecedor, compras, logística, controle patrimonial, locação de equipamentos e cadastro de produtos no sistema.

t. A. r. N.Formação: Ensino Médio profissionalizante (1985).Experiência: Captação de novos fornecedores, contração de serviços, elaboração de planilhas, compras, negociação, cálculo de impostos e conferência de nota fiscal e de materiais.

tEcNóLOGO Em cONstrUÇãO cIvIL

A. c. b. P.Formação: Edifícios – Faculdade de Tecnologia – Fatec (1999).Experiência: Orçamento e planejamento de obras civis, coordenação e realização de projetos arquitetônicos, instalações elétricas e hidráulicas, coordenação de imagens e execução de obras de terraplanagem.

A. A. m.Formação: Edifícios – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai (2007).Experiência: Acompanhamento e execução de obras, orçamento, compras, elaboração de projetos arquitetônicos, medição e implantação do Sistema de Gestão da Qualidade.

r. A. s.Formação: Edifícios – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai (2009).Experiência: Leitura e interpretação de projetos, acompanhamento de auditorias, elaboração de croquis para medição, execução de obras civis e contratação de empreiteiros.

r. s. m. Formação: Edifícios – Escola Técnica Federal de Goiás – Cefet (1997).Experiência: Orçamentos, manutenção e construções de postos de gasolina, coordenação e execução de obras, medições de serviços, compras e elaboração de projetos.

A. s.Formação: Superior incompleto (conclusão/2014).Experiência: Conciliação bancária e contábil, emissão de nota fiscal, elaboração de planilhas, contas a pagar e a receber, controle do fluxo de caixa, pagamento de colaboradores, análise de documentos e organização de arquivos e protocolo.

A. P. s. m.Formação: Superior completo (2010).Experiência: Lançamento contábil, controle de ativo fixo, conciliação bancária e contábil, fechamento de balancete, aquisições, controle de depreciações e transferências do centro de custo.

A. D. P.Formação: Superior completo (2012).Experiência: Escrita contábil e fiscal, IRPI, IRPF, logística, conciliação bancária, elaboração de balanço patrimonial e DRE, gerenciamento de tributos e realização de perícias judiciais.

D. A. s.Formação: Superior completo (1990).Experiência: Análise e classificação de documentos contábeis, fechamento de balancete, apuração de IRPJ, CSLL e DRE, contas a pagar e a receber, declarações federais e encerramento de exercício.

ObsErvAÇãO: Também dispomos no Banco de Empregos cadastros de profissionais formados pelo Senai-GO em áreas operacionais. Para mais informações procure a Comissão de qualidade e Produtividade/Desenvolvimento Humano do Sinduscon-GO, telefone (62) 3095-5170 (Juliana Maciel ou Fabiano Santiago).

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SINDUSCON-GO • CONSTRUIR MAIS • JUNHO 201234

cUb CUSTOS UNITáRIOS BáSICOS DE CONSTRUçãONBR 12.721:2006 – CUB 2006

ANO 2012AbrIL

0,122%

PrOJEtOs PADRÃO RESIDENCIAL

PADRãO BAIxO PADRãO NORMAL PADRãO ALTO

R-1

PP-4

R-8

PIS

846,10

768,30

730,60

560,66

R-1

PP-4

R-8

R-16

1.038,48

978,77

850,96

821,20

R-1

R-8

R-16

1.251,42

1.008,24

1.080,63

PrOJEtOs PADRÃO COMERCIAL*

PADRãO NORMAL PADRãO ALTO

CAL-8

CSL-8

CSL-16

972,19

849,87

1.132,97

CAL-8

CSL-8

CSL-16

1.037,94

933,09

1.241,55*CAL: Comercial Andares Livres - CSL: Comercial Salas e Lojas

PrOJEtOs

PADRÃO RESIDÊNCIA POPULAR (RP1q) 871,12

PADRÃO GALPãO INDUSTRIAL (G1) 468,46

VALOR REFERENCIAL (R$/m²) R-16A VARIAçãO MÊS %

1.080,63 0,122VARIAçãO ANO %

0,473VARIAçãO 12 MESES %

6,730DESPESAS ADMINISTRATIVAS

36,34

EQUIPAMENTO

5,75

MATERIAIS MãO DE OBRA

509,88 528,66

TOTAL

1.080,63

mãO DE ObrA*

PEDREIRO DE MASSA h 5,15900 SERVENTE h 3,76200 ENGENHEIRO h 41,3600*Custo médio R$/hora

PROJETOS-PADRãO QUE COMPõEM A NORMA NBR 12.721:2006

Padrão Baixo:

Padrão Normal:

Padrão Alto:

Comercial Normal:

Comercial Alto:

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Unifamiliar (RI)

Residência Unifamiliar (RI)

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Comercial Andar Livre (CAL-8)

Prédio Popular (PP)

Prédio Popular (PP)

Residência Multifamiliar (R8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Comercial Salas e Lojas (CSL-8)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R8)

Residência Multifamiliar (R16)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Comercial Salas e Lojas (CSL-16)

Projeto de Interesse Social (PIS)

Residência Multifamiliar (R16)

Residência Popular (RP1Q)

Galpão IndustriaL (GI)

Os valores acima referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de AbrIL DE 2012. “Estes custos unitários foram calculados conforme disposto na ABNT NBR 12.721:2006, com base em novos projetos, novos memoriais descritivos e novos critérios de orçamentação e, portanto, constituem nova série histórica de custos unitários, não comparáveis com a anterior, com a designação de CUB/2006”. “Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e insta-lações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; e outros serviços (que devem ser discriminados no Anexo A - quadro III); impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador”.

INDIcADOrEs EcONômIcOsíNDICES ECONÔMICOS

INCC (FGV) / ABRIL

INPC (IBGE) / ABRIL

IGP-M (FGV) / ABRIL

499,791

3.558,81

480,229

VARIAçãO MêS

0,748

0,64

0,853

ANO

2,469

1,73

1,474

12 MESES

7,768

4,88

3,651

INFOrmAÇõEs: (62) 3095-5162 | www.sinduscongoias.com.br | e-mail: [email protected] (Comissão de Economia e Estatística)

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