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1 ADEMI Niterói

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Revista Ademi Niterói

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Page 1: Revista Ademi Niterói

1 ADEMI Niterói

Page 2: Revista Ademi Niterói

2 ADEMI Niterói

Criação

Mídia

Financeiro Administrativo

Atendimento

Diretoria

Sala de reunião

Finalização

Recepção

Copa

www.ps10.com.br

POR TRÁS DE UMSUCESSO IMOBILIÁRIO,TEM SEMPREUMA GRANDE AGÊNCIA.

Art Buyer

Promoções e Eventos

Page 3: Revista Ademi Niterói

Criação

Mídia

Financeiro Administrativo

Atendimento

Diretoria

Sala de reunião

Finalização

Recepção

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POR TRÁS DE UMSUCESSO IMOBILIÁRIO,TEM SEMPREUMA GRANDE AGÊNCIA.

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Promoções e Eventos

Page 4: Revista Ademi Niterói

4 ADEMI Niterói

ENTREVISTA8

TENDÊNCIA20

CAPA28

INICIATIVA14

POLÍTICAS PÚBLICAS24

ESPECIAL36

Empresa do setor se envolve em projeto social de Niterói

Mixed use melhora convivência e utilização de espaços

Adensamento urbano e suas consequências

Oscar Niemeyer e o relacionamento com a cidade

Quatro décadas de participação no município

Os problemas da urbanização por Aluizio Elvas

Page 5: Revista Ademi Niterói

5 ADEMI Niterói

ALTERNATIVA40

GASTRONOMIA46

OPINIÃO53

SUSTENTABILIDADE43

DECORAÇÃO50

VITRINE54

Considerações sobre o uso de bicicletas

O conceito de cidade-inteligente

O número 29 da Moreira César

Cimento queimado pode ser estiloso

Como organizar a agenda, por Christian Barbosa

Promessas de 2013

Thiago Louza

Page 6: Revista Ademi Niterói

6 ADEMI Niterói

Ademi - Niterói:Travessa 28 de Março, 12 - Centro - Niterói - RJ CEP: 24210-000(21) 2620-4237 / 2717-6963 [email protected]

Presidente: Jean Pierre Biot

Vice-presidente de Relações Externas: Joaquim Andrade

Vice-presidente de Relações Internas: Aluisio Monteiro Elvas Júnior

1º diretor secretário: Plínio Augusto de Serpa Pinto

2º secretário: Rogério Faria Maciel

Diretor técnico: José Carlos Monteiro André

Diretor de eventos: Naum Roberto Ryfer

Diretor administrativo financeiro: Richard Sonsol

Diretor de Normas e Legislação: Fernando Policarpo de Oliveira

Projeto Editorial: Totvs EditoraAvenida Sete de Setembro, 317 / 1101 - Jardim Icaraí - Niterói - RJ CEP: 24230-050 (21) 3228-1002 www.totvseditora.com.br

Diretor responsável:Alexandre [email protected]

Executiva de conta:Bianca [email protected]

Jornalista responsável:Natália [email protected]

Projeto gráfico:Janaína Fernandes e Mariana Guimarã[email protected]

Colaboradores:PS10 ComunicaçãoChermont Br

Foto de capa: Thiago Louza

Tiragem: 5.000

Distribuição gratuita

Page 7: Revista Ademi Niterói

7 ADEMI Niterói

2013 focado em parceriasA Construção Civil encerrou o ano de 2012 recebendo uma boa notícia. O Ministé-rio da Fazenda resolveu desonerar a folha de pagamentos do setor para alavancar a geração de empregos. A medida significa uma economia de R$ 2,8 bilhões, já que os empresários do ramo deixarão de ter gastos com o INSS ao longo de de-terminado período. Como consequência, o número de vagas formalizadas aumen-tará significativamente, o que traz mais estabilidade e segurança ao profissional.

Pensando na importância da qualificação para a formalização do trabalho na Construção Civil, a Ademi-Niterói firmou parcerias de peso para 2013.

Uma delas foi com o Instituto George Mark Klabin (IGMK), uma organização sem fins lucrativos com ações voltadas para pessoas de baixa renda, que realizará um projeto de capacitação profissional prevista para começar em fevereiro.

Na sede da Ademi-Niterói, será ministrado curso com duração de três meses e carga horária de 138 horas, contem-plando as seguintes oficinas: Autoestima, Motivação, Relações Interpessoais no Trabalho, Valores (Ética, Cidadania e Sustentabilidade), Noções de Empreendedorismo, Português e Matemática. A parte prática contará com o curso de Colocação de Pastilhas, Carpintaria e Pedreiro, realizado no canteiro de obras.

Direcionado a um público alvo, composto por jovens entre 18 e 30 anos e adultos até 35 anos, a iniciativa também prevê saídas técnicas, culturais e pedagógicas no centro das cidades do Rio e Niterói, para que o aluno vislumbre a intervenção da Construção Civil moderna e antiga nos dois locais. A união da prática com a teoria, por meio de even-tos fora da sala de aula, otimiza o aprendizado de quem procura alcançar melhores posições no mercado do setor.

Outra parceria importante foi a firmada com a ONG Soluções Urbanas, que pretende expandir o Projeto Arquiteto de Família no município. Atuaremos na formação do banco de materiais de construção para abastecer a Feira de Trocas Solidárias, a qual faz parte do Arquiteto de Família no Morro Vital Brazil.

Para tanto, contaremos com a mobilização de nossos associados na doação de materiais de construção exceden-tes, porém, em condições para uso imediato em reformas de casas populares. Destinaremos ferramentas e equipa-mentos, além de um encarregado para auxiliar a supervisão de obras e estruturação dos canteiros.

O Projeto Arquiteto de Família visa beneficiar famílias com renda inferior a três salários mínimos, aplicando meto-dologia focada na saúde e qualidade de vida da população, criação de empregos e capacitação, com o objetivo de estimular o mercado local da Construção Civil. Vale ressaltar que, os imóveis dos beneficiados não devem estar em situação de risco irreversível e impróprio para moradia.

Neste clima otimista, que ronda as primeiras ações da ADEMI-Niterói em 2013, aproveitamos para celebrar a volta da revista. Aqui, daremos continuidade à troca de informações entre os associados, alimentando este valioso espaço com matérias, artigos, divulgação de eventos e cursos promovidos pela instituição. Acreditamos que as boas ações e mudanças dependem exclusivamente de um diálogo franco, aberto e sadio.

Boa leitura,

Jean Pierre Biot Presidente da Ademi-Niterói

Page 8: Revista Ademi Niterói

8 ADEMI Niterói

• ABS ENGENHARIA LTDA.

• ANFRA – CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES LTDA.

• ANTÔNIO CAMPOS CONSTRUÇÕES LTDA.

• ARS PROJETOS DE ENGENHARIA

• BACOS CONSTRUTORA LTDA.

• BRANDÃO & MA ASSESSORIA E CONSULTORIA IMOBILIÁRIA LTDA.

• BRASIL BROKERS

• BROOKFIELD INCORPORAÇÕES

• CALL CONSTRUTORA ALVES LOPES LTDA.

• CARVAS IMÓVEIS S/C LTDA.

• CENTURY EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.

• CEU – CONSTRUÇÕES E ENGENHARIA URBANA S/A.

• CHEADE ENGENHARIA LTDA.

• CHL DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO S/A.

• CONIPAR CONSTRUÇÕES, INCORPORAÇÕES E PARTICIPAÇÕES LTDA.

• CONSTRUTORA FERNANDES MACIEL LTDA.

• CONSTRUTORA JOAMA LTDA.

• CONSTRUTORA MADEL LTDA.

• CONSTRUTORA MEDEIROS CARVALHO DE ALMEIDA LTDA.

• CONTESI CONSTRUÇÃO LTDA.

• CYRELA BRAZIL REALTY S.A. EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES

• DANIELLA LAGO E ADVOGADOS ASSOCIADOS

• DELTA INCORPORAÇÕES E EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA.

• DELITE CONSTRUÇÕES LTDA.

• DUTISA – DESENV. URB. TURÍS. IMOBILIÁRIO S.A.

• ELVAS EMPREENDIMENTOS

• EQUIPE PROJETOS CONSTRUÇÕES LTDA.

• ENGENET CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA.

• GACON PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA.

• GAFISA S.A.

• GIMENEZ ANDRADE ARQUITETOS LTDA.

• CURY CONSTRUTORA E INCORPORADORA S.A.

• GLOBAL EQUITY PROPERTIES PROJETOS LTDA.

• GROW ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA.

• FOX ENGENHARIA LTDA.

• ITAUBA ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA.

• INTERNIT LTDA.

• JM CONSTRUÇÕES LTDA.

• JPR PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA.

• JORPLAN CONSULTORIA IMOBILIÁRIA

• JOÃO FORTES ENTENHARIA S.A.

• JULIO BOGORICIN IMÓVEIS

• JUSTINO VIEIRA – MÔNICA AGUIAR PROJ. ESTR. S/C LTDA.

• KLACON ENGENHARIA LTDA.

• KREK ADMINISTRAÇÃO LTDA.

• LPS CONSULTORIA DE IMÓVEIS S.A.

• LRM – PROJETOS E CONSTRUÇÕES LTDA.

• MATTOS & MATTOS LTDA.

• MDL REALTY INCORPORADORA S.A.

• M.J. FLORIDO PLANEJAMENTO E PROJETOS LTDA. EPP

• MOEMA MACHADO ARQUITETURA E URBANISMO

• MUDA ARQUITETOS ASSOCIADOS

• NISKIER CONSTRUTORA LTDA.

• NOBILIS CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS LTDA.

• ODEBRECHT REALIZAÇÕES IMOBILIÁRIAS S.A.

• PINTO DE ALMEIDA ENGENHARIA S.A.

• PLACON PLANEJAMENTO, CONSTRUÇÃO E INCORPORAÇÃO LTDA.

• PNEL P.A. MAINER CONSULTORIA E EVENTOS LTDA .

• PREMAG - SISTEMA DE CONSTRUÇÕES LTDA.

• PROTEST ADM. E EMPREENDIMENTOS LTDA.

• PRONTO SELF CONSULTORIA DE IMÓVEIS

• PS10 PROPAGANDA LTDA.

• RG CÔRTES ENGENHARIA S.A.

• RIO DE JANEIRO – NITERÓI EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS SPE LTDA.

• ROSSI RESIDENCIAL S.A.

• S3 EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA.

• SCON - SABRINA CONSTRUÇÃO E ENGENHARIA LTDA.

• S.D. TREIGER EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA.

• SOCOL – SALGADO DE OLIVEIRA CONSTRUÇÕES LTDA.

• SOTER – SOCIEDADE TÉCNICA DE ENGENHARIA S.A.

• TEMPO TERRITORIAL EMPREEN. PRAIAS OCEÂNICAS LTDA.

• VIRTUAL PROJETOS E CONSULTORIA LTDA.

• VIVIAN HARDMAN ME

ASSOCIADOS

Seja a mudança que você quer ver Seja a mudança que você quer ver Seja a mudança

no mundo.que você quer ver no mundo.que você quer ver

Feliz 2013.

Ninguém tem capacidade demudar o mundo. Mas tem de mudara si mesmo. E, ironicamente, é assim que mudamos o mundo. Sendo exemplos do que queremospara os outros. Gerando mudançasde dentro para fora. Porque primeiroa gente arruma a casa, depoischama as visitas. Lei natural das coisas.

Este ano, a Brasil Brokers ajudará a realizar milhares de mudanças. Mudanças para uma casa melhor. Para um lar melhor. E essas mudanças transformarão a vida de muitas pessoas.

Vamos continuar realizando sonhose mudanças de vida. Porque a cada mudança nasce um novo sonho.E a vida se renova.

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9 ADEMI Niterói

Seja a mudança que você quer ver Seja a mudança que você quer ver Seja a mudança

no mundo.que você quer ver no mundo.que você quer ver

Feliz 2013.

Ninguém tem capacidade demudar o mundo. Mas tem de mudara si mesmo. E, ironicamente, é assim que mudamos o mundo. Sendo exemplos do que queremospara os outros. Gerando mudançasde dentro para fora. Porque primeiroa gente arruma a casa, depoischama as visitas. Lei natural das coisas.

Este ano, a Brasil Brokers ajudará a realizar milhares de mudanças. Mudanças para uma casa melhor. Para um lar melhor. E essas mudanças transformarão a vida de muitas pessoas.

Vamos continuar realizando sonhose mudanças de vida. Porque a cada mudança nasce um novo sonho.E a vida se renova.

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ENTREVISTATh

iago Louza

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DADOS DO DENATRAN, IBGE E DA PREFEITURA CONFIRMAM QUE A SEN-SAÇÃO DE INCHAÇO NÃO É SIMPLES RESULTADO DO AVANÇO IMOBILIÁ-RIO. GOSTARIA QUE VOCÊ COMEN-TASSE UM POUCO ISSO, JÁ QUE ES-TEVE ENVOLVIDO NA PRODUÇÃO DO ‘ESTUDO ADEMI’.

Todos os moradores daqui repetem um senso comum de que o crescimento da cidade é desordenado e que ele está pro-vocando o inchaço que sentem nas ruas. Como morador, sem pesquisar, sem mergu-lhar em dados estatísticos tenho a mesma sensação que todos os outros. Até que um dia eu resolvi comprovar essa informação. Isso aconteceu quando eu entrei no site do IBGE e verifiquei primeiro que a população de Niterói está crescendo em uma faixa de 0,5% ao ano, que dá 6% em dez anos. Esse é um crescimento populacional totalmente compatível com os países mais desenvolvi-dos. Então, esse fato de que as novas cons-truções de Niterói estavam atraindo novos moradores, não se comprovou.

COMO FOI A SENSAÇÃO DE OBTER ESSAS INFORMAÇÕES?

Aluizio Elvas Eu já tinha essa intuição porque per-cebi que aproximadamente 85% das vendas que eu fazia eram para moradores de Niterói que estavam simplesmente mudando de bairro – jovens se eman-cipando, casais formando famílias – e os outros 15% eram de moradores do Rio, de São Gonçalo e das cidades do entorno. A demanda não é tão grande. Quem tem filho em Niterói não quer que ele saia da cidade. Todos os pais gostariam que os filhos ficassem por aqui, e esse mercado está atenden-do justamente a esta demanda. Então, não poderia a construção civil estar causando este transtorno – há dez anos a cidade era uma e hoje não con-seguimos andar no trânsito. E o que nós vimos de diferente desse tempo para cá nas ruas? Prédios. E por isso há essa associação.

Aluizio Elvas, engenheiro civil e vice-presidente da Ademi-Ni-terói, conversa sobre os núme-ros do crescimento urbano de Niterói, levantados por ele e mais uma equipe para o Estudo Ademi, e desmistifica o inchaço na cida-de. De acordo com ele, muitos re-lacionam essa sensação às novas edificações, o que seria um erro. Nesta entrevista, entenda o ponto de vista que defende um melhor uso da malha viária, dos meios de transporte, estacionamentos e dos espaços públicos em geral. Tem jeito, mas é preciso mexer logo nas estruturas para curto e longo prazo, garante o profissional.

PELO DESINCHAÇO URBANO

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O QUE, ENTÃO, ESTARIA CAUSANDO O CAOS NO TRÂNSITO?

Aluizio Elvas Quando eu vi que o crescimento de Niterói está somente vegetativo – diferença entre nas-cimentos e óbitos – e não havia nada de migração também, me perguntei como se explicaria o caos nessa cidade. Bom, a primeira constatação que tive-mos é que a culpa não é dos apartamentos ou das novas edificações, cujo crescimento gira em torno de 17%. Além disso, a gente pesquisou o aumento das construções e nosso índice foi bem baixo, se comparado às vizinhas. Com isso só, a gente já che-ga à conclusão de que não há ligação do número de prédios com o número de carros que há nas ruas, que é o que mais incomoda. Nós, moradores de Ni-terói, não temos um problema grave com luz, água, esgoto, claro que tem problemas em determinados bairros, mas não é o que causa maior estranheza. O que mais incomoda é a falta de mobilidade urbana.

POR QUE VOCÊ CONSIDERA QUE HÁ TANTOS CARROS NAS RUAS?

Aluizio Elvas Fui investigar mais fundo o que estava acontecendo e vi que o fato do Produto Interno Bruto da cidade ter aumentado de maneira absurda nos últimos anos – tanto é que a renda per capta de Ni-terói está entre as maiores do País – unido ao fato do governo ter melhorado as possibilidades de crédito, reduzido os juros para compras de automóveis... Tudo isso proporcionou uma explosão na compra de veículos. A frota daqui aumentou em números extrema-mente elevados, segundo números do Denatran. Com isso, ficou comprovado que o grande problema que aconteceu foi que o mercado automotivo da cidade está para atender o mercado, assim como o imobiliário.

E COM ISSO, O NÚMERO DE CARROS DAQUI CHEGOU A UM PARA CADA DOIS HABITANTES, ENQUANTO NA PRÓPRIA CAPITAL ESTA RELA-ÇÃO É DE UM CARRO A CADA TRÊS PESSOAS...

Aluizio Elvas Com poder aquisitivo alto, fica fácil con-sumir mais e mais carros. Menos concentradas, as famílias hoje chegam a ter quatro integrantes e quatro carros na garagem: um para cada pessoa – um para cada filho, outro para o marido, outro para a mulher. Isso se justifica nos números. Eu avalio, de um lado positivo, que a população tem poder de compra, ou seja, está podendo comprar o que deseja. Por outro

Thiago Louza

Thiago Louza

Thiago Louza

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lado, o que atrapalha o trânsito não é a pessoa ter o automóvel, mas o uso que faz dele. Porque é diferente usá-lo para passear, para ir ao trabalho ou à esquina, comprar pão. Outra coisa importante é que quando você tem uma rede de transporte público bem formu-lada, confortável, a pessoa pode deixar o automóvel em casa. Ou seja, se todos os dias todo mundo vai trabalhar de carro, se não há melhoria na malha viária da cidade, se nenhuma medida é tomada, fica com-plicado, é quase impossível que não haja trânsito.

TODO MUNDO ESTAVA ESPERANDO O BOOM IMOBILIÁRIO NA CIDADE. EXPLIQUE O QUE É ISSO E SE ACONTECEU DE FATO.

Aluizio Elvas Trata-se do crescimento do número de edificações e do investimento nelas. Crescemos, sim, 17%, o que se comparado às outras cidades, foi muito menor. Tão pouco que eu nem chamaria de “boom imobiliário”. Essa expectativa toda está relacionada ao fato de prédios se destacarem na paisagem e de serem permanentes. Isso causa uma percepção estranha: a pessoa passa em um dia e não tem o problema, passa no outro e tem engar-rafamento e prédio, então ela soma as informações e faz associações; isso assusta, criam-se mitos. Não tenha dúvidas que a obra causa um transtorno ao trânsito, um movimento maior, por mais que as construtoras tentem minimizá-lo, mas isso não é tão relevante, é apenas no período de construção. Em dois anos, em média, você precisa chegar com todo aquele material ali... Mas isso não justifica o pensa-mento de algumas pessoas, que têm a ideia de que “bom é casa, ruim é prédio”. Isso está totalmente equivocado, e é explicado pelas teorias abordadas pelo adensamento urbano.

FALA UM POUCO DISSO...

Aluizio Elvas A casa é a coisa menos ecológica que existe, de acordo com a racionalidade do uso do solo. Se você tirasse todos os prédios de Niterói, e desse uma casa para cada morador, seria inviável. Teríamos que tirar todas as árvores da cidade, as áre-as de respiração... Não existe uso compartilhado de casa, de quintal, de área. Se no prédio você tem uma piscina compartilhada com várias famílias, nas casas da Região Oceânica, por exemplo, tem uma para cada residência, uma varanda enorme para cada fa-mília... O agrupamento da população é sustentável,

o crescimento populacional deve subir a cidade, e não espalhá-la. Algumas pessoas acham que “Icaraí está muito concentrado”, isto deve ser visto de forma positiva. Não são esses moradores que criam engar-rafamento: ele sai daqui e vai para ali a pé, de táxi, de ônibus; produz bem menos viagens de carro que a pessoa que mora em Itaipú, por exemplo. As regiões adensadas facilitam a vida, o lazer, a ida para o tra-balho, diminui a distância dos shoppings, do cinema, dos restaurantes: o bairro ganha vida própria, ele não obriga ninguém a enfrentar grandes distâncias para suprir necessidades.

O PERFIL DA CIDADE TEM SIDO MODIFICADO AO LONGO DOS ANOS. COMO VOCÊ AVALIA ESTE PROCESSO?

Aluizio Elvas Há muitos anos atrás Niterói era con-siderada uma “cidade dormitório”, pois as pesso-as moravam aqui e trabalhavam no Rio. Hoje esse conceito mudou. A quantidade de pessoas que vêm trabalhar aqui e moram em outras localidades é mui-to maior do que a que sai, seja em São Gonçalo, Maricá... Acho, inclusive que o baixo crescimento populacional só ocorre porque a oferta de imóveis na cidade não é tão grande para atender essa deman-da. A própria população local consome os imóveis que são disponibilizados, o que acaba não deixando espaço para a vinda de outros moradores.

E O QUE VOCÊ ACHA QUE PODE SER FEITO PARA MELHORAR A SENSAÇÃO DE INCHAÇO DA CIDADE?

Aluizio Elvas Com certeza é um conjunto de coisas. É preciso ordenar o trânsito, regulamentar estaciona-mentos... Hoje, como você aumenta a malha viária sem causar tanto transtorno ou fazer um grande in-vestimento? Bom, as pistas de rolamento se tornaram espaços para parar automóveis. Então, você tem, por exemplo, a Otávio Carneiro com carros dos dois lados: viramos um grande estacionamento, os que estão parados estão competindo com os em movi-mento. É preciso organizar o trânsito, diminuir a quan-tidade de carros parados nas ruas, e melhorar a oferta de transporte de massa e táxis. Sem contar algumas obras, alguns elevados e outros detalhes que preci-sam ser feitos, mas isso em longo prazo. Em curto prazo são essas medidas que mencionei e o investi-mento em ciclovias, em transportes ecológicos.

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Brookfield incorporações juntou moradia com diversão e acaBou conquistando mais do que clientes felizes. AllFamily Condominium Club. Destaque ADEMI na categoria Empreendimento Residencial de Médio Porte.

o lançamento que teve seu foco no lazer, trouxe para esta cidade o conceito de condominium club. são apartamentos sob medida para cada família, com o privilégio de estar perto de tudo o que cada um gosta de fazer sem precisar sair de casa.A Brookfield Incorporações e a Latini Bertoletti estão orgulhosas tanto pelo projeto bem-sucedido, quanto pelo prêmio tão importante.

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INICIATIVA

RESPONSABILIDADE TAMBÉM EM NITERÓIGrupo ligado ao setor de construção celebra dez anos de participação em projetos sociais em mais de 300 municípios

Ao completar uma década de atuação, o Instituto Votorantim acredita ter se consolidado como agente propulsor das práticas de responsabilidade social e relacionamento com comunidades, trabalhando em parceria com as Unidades de Negócio para fomen-tar o desenvolvimento local dos municípios onde o grupo atua. Difícil de acreditar? De acordo com a di-reção da empresa, ao longo desses 10 anos, são quase 1,2 mil projetos apoiados nos mais de 300 municípios de operação da empresa que beneficia-ram, aproximadamente, 4,6 milhões de pessoas.

“Queremos contribuir para a melhoria da qualidade de vida das comunidades com as quais nos rela-cionamos, a partir da realização de ações no campo da educação, geração de trabalho e renda, cultura, preservação e fortalecimento de direitos infanto-juve-nis, entre outros. Dessa forma, buscamos promover uma sociedade mais justa e inclusiva”, explica Celia Picon, diretora do Instituto Votorantim.

Em Niterói, o Instituto Votorantim apoia o Projeto Grael, do Instituto Rumo Náutico. Lá, são promovidas inclu-são social e a cidadania de crianças e jovens estu-dantes da rede pública de ensino entre 9 e 24 anos, oferecendo caminhos de socialização por meio do esporte da vela, alternativas profissionais no mercado de trabalho do setor náutico, a educação ambiental e o resgate da cultura da maritimidade.

Quem conhece a vela sabe que é um esporte que nem todo mundo tem condições de participar. No entanto, ela é considerada um esporte que, de forma particular, oferece um grande potencial educativo e de suporte na formação geral do jovem. Os ensina-mentos obtidos, muitas vezes de forma empírica e lú-dica, portanto de fácil assimilação, são amplamente utilizados na vida social e profissional.

Quem conhece a família Grael sabe da importância que dão a este projeto. Apesar da parceria ser de pou-co tempo, a Votorantim chegou ao Rumo Náutico em

Instituto Rumo N

áutico

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2012, eles garantem querer se interar cada vez mais dos processos de educação que envolvem esporte na cidade.

“A Votorantim acredita no papel transformador do espor-te. E o Projeto Grael tem uma metodologia consagrada no desenvolvimento de competências de liderança e trabalho em grupo, assim como, a valorização do papel da escola e da família”, afirma Diogo Quitério, coorde-nador do Programa de Esportes do Instituto Votorantim.

Com o passar dos anos, a instituição passou tam-bém a desenvolver e implantar metodologias pró-prias e a apoiar a agenda de sustentabilidade. Neste processo, em 2009, o Instituto Votorantim criou os sete “Princípios de Sustentabilidade da Votorantim” e desenvolveu o “Manual de Engajamento com Partes Interessadas”; uma ferramenta que subsidia o pro-cesso de tomada de decisão e a melhoria da gestão nas plantas operacionais, com base na análise de te-mas considerados relevantes para os públicos com os quais a empresa se relaciona.

No mesmo período, foi lançado o “Parceria Votorantim pela Educação” (PVE), projeto que mobiliza e sensi-biliza as comunidades, com o objetivo de fortalecer e qualificar a oferta e demanda de educação pública. No ano seguinte, o Instituto consolidou acordos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que culminou na criação do progra-ma ReDes, e com a Fundação Banco do Brasil, que, entre outros resultados, proporcionou apoio à agri-cultura familiar por meio da “Produção Agroecológica Integrada e Sustentável” (PAIS).

“Para alavancar ainda mais o desenvolvimento local dos municípios de atuação da Votorantim, a partir de 2010, passamos a articular parcerias diretas com prefeituras municipais e envolver as comunidades em conselhos para discutir, definir, em conjunto, a estratégia dos investimentos socioambientais da em-presa na região”, complementa Picon.

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Outros destaques

Capão Bonito, em São Paulo, é um dos 29 municí-pios contemplados com o PVE. Por meio da atuação do projeto junto à Secretaria Municipal de Educa-ção, o município conseguiu concluir o seu “Plano de Ações Articuladas” (PAR), o que culminou no aporte de R$ 600 mil reais do PAC para a construção de uma creche. Tal ação viabilizou outras verbas fede-rais por meio do Fundo de Manutenção e Desenvol-vimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), o qual já permi-tiu a construção de mais três creches.

Outro exemplo de ação ocorreu no município de Primavera (PA), cidade que receberá uma nova fá-brica da Votorantim Cimentos, prevista para entrar em operação em 2014, com capacidade de produ-ção anual de 1,2 milhão de toneladas de cimento.

Antes mesmo do início das obras para a constru-ção da unidade produtiva, o instituto coordenou um diagnóstico socioeconômico na região identificando oportunidades de investimento social nas áreas de saneamento básico, saúde, educação, assistência social, segurança pública e qualificação da gestão pública, além de fomento às cadeias produtivas com foco na geração de trabalho e renda.

Da discussão deste diagnóstico com a comunidade local resultou o “Projeto Primavera Sustentável”, que apresenta um plano de trabalho e de investimentos no total de R$ 8 milhões a serem executados até 2015. Os investimentos na localidade deverão ser ainda ampliados por meio da captação de recursos com os governos federal e estadual, de acordo com a estratégia de atuação desenhada em parceria com a prefeitura, garante a empresa, que tem ainda pro-jetos de cultura e de produção agrícola sustentável.

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USO MÚLTIPLO DE ESPAÇOEmpreendimentos comerciais oferecem serviços diferenciados e podem servir para promover busca ao sentimento comum

A esta altura, todo mundo já ouviu falar em empreen-dimento mixed use. Quem ainda não se interou, preci-sa descobrir as promessas deste tipo de investimen-to, que já tornou-se tendência nos grandes centros urbanos. Este tipo de prédio misto, que reúne salas comerciais e hotel, além de área de convivência e ou-tras vantagens, visa valorizar a ideia de adensamento, quando um pequeno espaço da cidade torna -se útil em todos os sentidos, buscando uma espécie de re-torno da convivência em comunidade.

De acordo com o engenheiro e empresário do setor imobiliário Selmo David Treiger, tudo converge para o crescimento para cima dos bairros, o que não deve ser visto com maus olhos. Apesar de uma parcela da população ser contrária, ele diz que a melhor forma de se desenvolver é esta, verticalmente.

“A melhor maneira da gente ocupar um espaço urba-no, hoje, é concentrando a mobilidade das pessoas

no menor espaço possível. Se você puder sair do tra-balho e ir para casa, sair de casa e ir para o trabalho, ir para o lazer e voltar para o trabalho, ter esse circuito nos melhores espaços de áreas públicas possíveis, vai estar fazendo o desenvolvimento ordenado da melhor maneira possível”, declara o engenheiro.

De acordo com ele, ao mesmo tempo em que as pessoas, de uma maneira geral, criticam a ideia de que as cidades têm “espigões”, ou prédios muito al-tos, os grandes centros exigem este crescimento, o que não significa criar paredões imensos de edifícios que obliteram as passagens e a parte mais verde.

“Uma cidade que cresce para cima tem nos seus ele-vadores os metrôs, os ônibus que estão nas ruas. Nos contatos desses elevadores, os carros que estão indo de um lado para o outro, e isso é construído pela ini-ciativa privada, e não pelo imposto público. O impos-to serve para estruturar o local onde este prédio será

Danthi Com

unicação

O complexo que está sendo construído em Itaboraí

TENDÊNCIA

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construído”, diz ele, defendendo que existe um erro de “senso comum” ao analisar o “crescer para cima” porque se confunde com a forma errada de construir.

Ou seja, se os equipamentos urbanos disponibilizarem clínica, lazer, shopping, trabalho e moradia, tudo no mes-mo local, no mesmo bairro, é possível criar núcleos de encontro do homem com ele mesmo, locais onde as pessoas se encontram, e é na troca de ideias que se dá a criação, são nesses encontros que se gera progresso.

Os edifícios de uso mistos tem, por ideal, a utilização correta do terreno, com distância adequada dos outros prédios e, consequentemente, a valorização das áreas verdes, criando-se a oportunidade de não impermea-bilizar o solo, porque entre um mixed use e outro são construídos jardins e espaços de comunicação. De certa forma, aquilo que se fazia há uns anos atrás nas grandes cidades, que eram os downtowns, centros repletos de prédios muito altos com as pessoas mo-rando em volta, nos suburbs, acabou. Treiger diz que downtown se transformou em mixed use, quando diminui-se o deslocamento de uma maneira geral.

“Então, é muito importante que isso ocorra e que as cidades possam analisar o “crescer para cima” não como como algo ruim, mas como fundamental para a mobilidade urbana, de encontro ao crescimento desor-denado”, conclui.

Em Niterói, o primeiro lançamento de um edifício des-ses foi feito em parceria com a PDG e a Latini Bertoletti, com projeto assinado por ninguém menos que Oscar Niemeyer. O “Monumental” será composto por duas torres e haverá hotel, salas comerciais, lojas e espaços corporativos. Além disso, será localizado no Caminho Niemeyer. De acordo com a PDG, o valor geral de ven-das (VGV) chegará a R$ 300 milhões e pretende aten-der uma demanda local, relacionada à revitalização do Centro. A justificativa da empresa é que Niterói é hoje uma das 20 melhores cidades brasileiras para se fazer negócio, segundo dados do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBI).

A mesma construtora está de olho nas promessas da “futura cidade do petróleo”, e está construindo o maior complexo imobiliário de Itaboraí, que chama-

Danthi Com

unicação

O Enteprise City Center, da PDG

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ram de Enterprise City Center. O empreendimento, que será localizado na Avenida 22 de Maio, será er-guido em um terreno de 15 mil metros quadrados e contará com torres comerciais, corporativas, flat, edifícios residenciais e um mall.

“O Comperj vai alavancar a região e municípios vizi-nhos. Em 2012, 160 novas empresas se instalaram lá. E, desde 2011, o complexo petroquímico já atraiu 50 mil novos moradores, elevando a população para 300 mil habitantes”, explica, justificando o investi-mento, o diretor de Incorporação da PDG.

Para Fabiano Gonçalves, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL - Niterói), a ideia dos prédios de uso mistos é “fantástica”.

“Principalmente no Centro, que tem vocação para o co-mércio e serviços, a entrada de moradias é a resposta que as pessoas precisam. Este tipo de investimento faz ainda com que as vendas sejam aquecidas, e tem tudo para melhorar a economia. Agregar essas deman-das só pode fazer bem para os bairros e para a cida-de como um todo, é ótimo ter lojas e salas comerciais em um local onde as pessoas passam o tempo todo. Esperamos um grande apoio desse momento político para que possamos transformar as regiões para rece-ber essas edificações”, declara Gonçalves.

South Tai Sheng Road

Fachada do Monumental Niemeyer

Danthi Com

unicação

O empreendimento está localizado no Sudoeste da China

InternetInternet

A melhor maneira da gente desenvolver um espaço urbano, hoje, é concentran-do a mobilidade das pessoas no menor espaço possível. Se você puder sair do trabalho e ir para casa, sair de casa e ir para o trabalho, ir para o lazer e voltar para o trabalho, ter esse circuito nos melhores espaços de áreas públicas possíveis, vai estar fazendo o desenvolvimento ordena-do da melhor maneira possível

“ Selmo David Treiger

Desenhando a paisagem da cidade

com projetos inovadores e

requinte em detalhes para

um público exigente

como Niterói merece.

Elvas

Parabéns,

pelos seus 40 anos!

Ademi Niterói

www . e l v a s . e n g . b r

Matriz Niterói: R. Miguel de Frias, nº 77 / Sala 701 - Icaraí RJ. Tel: (21) 2010-1000 Sede Itaboraí: R. Pereira do Santos, n° 43 / Sala 504 - Centro RJ Tel: (21) 2635-4020

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Desenhando a paisagem da cidade

com projetos inovadores e

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PROBLEMATIZAR O ADENSAMENTOEntenda os prós e contras do adensamento urbano, essa preocupação dos espaços coletivos, comentado até pela Organização das Nações Unidas

Andar pelas cidades é encontrar vários tipos urbanos, várias realidades diferentes. Árvores nas ruas, gramas nas calçadas, casas com jardins e quintal estão mui-to entremeadas por paisagens cobertas pelo cinza do concreto, que parecem não respirar.

Muitas soluções ambientais estão ligadas ao urbanis-mo que, embora seja uma questão política e as so-luções urbanas sejam coletivas, precisa ser debatido para se chegar às melhores escolhas, principalmente quando se trata do indivíduo “ecologicamente cor-reto”, tendência nos dias atuais. Quando, por exem-plo, os recuos entre construções são mais amplos e elas não se grudam umas às outras, ou, em alguns condomínios de apartamentos é possível encontrar ampla área livre e verde abundante, essas áreas resi-denciais além de propiciarem uma qualidade de vida melhor aos moradores, também têm algumas vanta-gens ambientais.

“A presença do verde tem efeito positivo no efeito estufa, afinal os vegetais sequestram o carbono atmosférico. Áreas gramadas, jardins e quintais permitem a infiltração da água da chuva, e isso é ótimo para a circulação sub-

terrânea das águas. Construções com bons recuos, ou seja, com espaço livre em volta, podem receber ven-tilação e iluminação naturais, e assim se tornam mais econômicas”, defende o engenheiro químico Radamés Manosso, em sua página na internet.

Sobre as vantagens do adensamento, o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Niterói (Ademi-Niterói), Jean Pierre Biot, recorre aos números divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), mais especificamente pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Huma-nos (ONU-Habitat). A divisão lançou, em agosto do último ano, o “Estado das Cidades da América Latina e Caribe”, relatório que apresenta taxas e conclusões sobre desenvolvimento econômico, habitação, servi-ços básicos urbanos, gestão de riscos, governança e meio ambiente.

Em termos populacionais, essas regiões são as me-nos povoadas em relação ao território, pois cerca de 80% dos habitantes vivem em cidades. No entanto, metade da população urbana ou mais de 222 milhões de pessoas moram em localidades com menos de

Internet

Super quadra brasiliense

POLÍTICAS PÚBLICAS

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500 mil habitantes. O fato demonstra que o acesso a saneamento básico, água e outros serviços, pro-porcionados de forma gradativa nestas cidades in-termediárias, atraíram novos moradores. Fechando mais o raio de alcance, a ONU projeta uma taxa de urbanização no Brasil e no Cone Sul de 90% até 2020.

“Tal expansão urbana acabou por tornar as frontei-ras administrativas dos municípios cada vez menos claras, dando início ao chamado processo de conur-bação. O que ocorre no Leste Metropolitano, entre Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Rio Bonito e Tanguá, pode ser considerado um exemplo de área em processo de conurbação. Conforme já anuncia-do, as obras em curso do Comperj e as consequen-tes mudanças irão estreitar cada vez mais os laços entre os municípios”, acredita Biot.

O relatório aponta, no entanto, para o crescimento cada vez menos compacto dessas localidades, que, junto a uma expansão física superando o aumento de sua população, revela um padrão não compatível com os parâmetros de qualidade de vida e sustenta-bilidade. O argumento é válido, já que é do interesse de todos que se desenvolvam políticas de planeja-mento, concepção e regulamentação para propiciar o adensamento urbano.

Atenção redobrada nas áreas cinzentas

O problema está, principalmente, quando nas cida-des também pode-se encontrar áreas onde as edifi-cações ficam encostadas umas às outras e utilizam quase toda a área do terreno. As ruas são asfalta-das, as calçadas cobrem toda a área de circulação e praticamente não há verde. O adensamento urbano tem a vantagem de concentrar a população em área menor, o que resulta em economia de infra-estrutura urbana, menos deslocamentos, etc. Por outro lado, quando o concreto ocupa o lugar do verde, perde--se a área de infiltração da água de chuva. As tem-peraturas nessas áreas passam a lembrar clima de deserto: escaldantes durante o dia e frias durante a noite. Fora que a impermeabilização do solo favore-ce as inundações e enxurradas.

De acordo com Manosso, há um ponto de equilíbrio entre as alternativas. Porque se do ponto de vista ambiental, em áreas urbanas, seria interessante uma

densidade populacional alta, ou seja, mais pessoas habitando áreas menores, ao mesmo tempo, é pre-ciso manter uma baixa ocupação do solo com a área verde predominando sobre a área construída.

“Conciliar essas duas necessidades não é fácil. Geralmente, densidade populacional maior é acom-panhada de alta ocupação do solo. Soluções que equilibram maior densidade populacional com me-nor ocupação do solo existem, embora ainda não sejam comuns. Brasília nos oferece um modelo in-teressante nesse sentido. As chamadas super qua-dras brasilienses mantém uma relação boa entre área verde e área construída”, analisa o engenheiro.

Lá, o código de urbanismo restringe a área construída predial a 15% da área total da quadra e a ocupação se dá com prédios de apartamentos de até seis andares. Esses prédios acomodam mais moradores do que na ocupação por casas. Nesse caso, há uma relação amistosa entre áreas livres e construídas, combinadas com uma densidade populacional média.

O planejamento rigoroso de Brasília não é encontrado em outras cidades brasileiras em função do proces-so histórico particular da capital federal, mas existem, pelo Brasil, projetos que também conciliam maior den-sidade populacional com manutenção do verde. São exemplos, os condomínios verticais construídos em terrenos amplos. Esses projetos pontuais talvez não sigam um modelo ideal, pois, geralmente, atendem à demanda de famílias de alta renda, mas demonstram preocupação ambiental aliada à qualidade de vida.

Cidade grande

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*Ivo Szterling, diretor de urbanismo da Cipasa, que atua no mercado de loteamentos há mais de 20 anos. Atualmente, possui em seu portfólio mais de 160 pro-jetos lançados ou em desenvolvimento, divididos em mais de 90 milhões de metros quadrados urbanizados. A empresa está presente em 17 estados brasileiros.

UMA NOVA FORMA DE MORADIA

Eficiência, qualidade de vida e sustentabilidade. Es-ses conceitos permeiam a escolha de moradia das pessoas e por isso, cada vez mais, os bairros inteli-gentes ganham espaço em um mercado que apre-senta muitas oportunidades, mas que é exigente. O conceito urbanístico de bairro inteligente tem inspi-ração e uma importante referência no Novo Urbanis-mo, um movimento que surgiu nos Estados Unidos na década de 90 como um contraponto às cidades americanas desenvolvidas em modelos mais espraia-dos, onde o carro é privilegiado ao invés do pedestre.

O grande diferencial: qualidade de vida a pequenas distâncias. Os bairros inteligentes, em geral, são de-senvolvidos em grandes áreas (geralmente com mais de dois milhões de m²) integradas a tecidos urbanos consolidados, que oferecem uma ampla variedade de produtos: residenciais horizontais e verticais, co-mércio, indústria, serviços e lazer, cercados por par-ques e áreas verdes. Os projetos devem apresentar uma correta hierarquia viária que contemple o carro, o transporte público, ciclovias e vias de pedestre.

Entre os aspectos do Novo Urbanismo, que são in-seridos nesses projetos, estão a diversidade de usos e de classes, a qualificação dos espaços públicos valorizando os pontos de encontro, o ordenamento da paisagem urbana, através da harmonização da volumetria das construções, promovendo um espaço público amigável e atraente ao pedestre.

O conceito de sustentabilidade desses projetos está, entre outros fatores, na ocupação mais adensada, que permite o aproveitamento mais eficiente da infra-

estrutura e dos serviços públicos, na redução das de-mandas de mobilidade, ao oferecer moradia, trabalho, comércio, escola e lazer em espaços mais integrados e acessíveis, reduzindo consumo de tempo e energia e na preservação efetiva de áreas com atributos naturais importantes, criando grandes parques protegidos e in-tegrados à cidade.

A estruturação econômica e financeira dos bairros in-teligentes pode ser considerada como um dos prin-cipais desafios na sua implantação. Aspectos como o timming de ocupação, geração de demandas para atividades complementares e a estratégia de anco-ragem são processos importantes para o sucesso desses empreendimentos, e podem demandar al-gum tipo de operação inicial subsidiada. São, por-tanto, operações complexas e de gestão estratégica de longo prazo.

O processo de implantação pode levar de 10 a 20 anos para ganhar uma configuração de bairro con-solidado, com comércio e serviços sustentados por demanda própria. Dessa forma, o empreendedor precisa estar preparado para um planejamento de longo prazo, e, principalmente, para superar os de-safios de ter um projeto economicamente sustentável e equilibrado a cada etapa.

Embora os projetos sejam desafiadores, atualmente, são amplas as oportunidades em cidades médias e metrópoles em fase de expansão econômica, que trazem uma valiosa oportunidade para construirmos cidades mais ordenadas, sustentáveis e belas para seus moradores.

Sérgio Zacchi

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Obras primas de Niemeyer no cartão postal Gênio das linhas e formas, o arquiteto fez do município galeria de exposição de suas obras

“Comentar o que representa o Caminho Niemeyer nos dias atuais e a sua importância para a constru-ção de uma nova face para a cidade de Niterói é, sem dúvida, uma tarefa delicada, complexa e difí-cil de ser abordada, principalmente pelo reconhe-cimento da qualidade da obra do genial arquiteto Oscar Niemeyer”. Assim começa o artigo “O cami-nho Niemeyer e a nova face de Niterói”, escrito pelo mestre em urbanismo, ex-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil - Rio de Janeiro (IAB/RJ), Luiz

Fernando Janot, quando pretendia homenagear o centenário daquele que é considerado um dos prin-cipais gênios dessa terra tupiniquim. Quatro anos depois desta constatação, e apesar ter falecido, Nie-meyer não deixou apenas saudades. Mais especifica-mente para a cidade de Niterói, deixou um caminho inteiro de exposição de suas “esculturas arquitetôni-cas urbanas”, como alguns gostam de chamar seus feitos. Hoje, o município se destaca por ser o segun-do lugar com maior número de obras do arquiteto.

CAPA

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Obras primas de Niemeyer no cartão postal Gênio das linhas e formas, o arquiteto fez do município galeria de exposição de suas obras

“Depois do sucesso alcançado pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC), do ponto de vista arquitetôni-co e como atração turística para a cidade de Niterói, o governo municipal tratou de tirar partido desse sucesso buscando iniciativas semelhantes para re-verter o dito popular que, de forma preconceituosa, afirmava que Niterói só tinha de bonito a vista da ci-dade do Rio de Janeiro. E o que melhor poderia ser feito para reverter essa situação? E como conseguir simultaneamente elevar a auto estima da população

niteroiense? Ora, nada melhor do que a construção de novas obras do genial arquiteto Oscar Niemeyer que, por si só, é reconhecido como uma referên-cia mundial da arquitetura”, comenta Janot. Esta re-portagem serve para relembrar o que Niterói deve a este homem, e prestar homenagens a genialidade nele contida, ao jeito simples e poético que ele via as formas e os contornos. Com pouco tempo de seu falecimento, a Cidade, o País e, principalmente, os pupilos do mestre já sentem muita falta.

Istockphotos.com

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A poesia e questões políticas do mestre

Em seu texto “O reinventor da Arquitetura”, Ferreira Gullar descreve o famoso museu que inaugurou o conjunto de obras primas que se encontram do lado de cá da Baía de Guanabara.

“Pousado à margem da baía, o museu, que lembra também um cálice ou uma flor, tem uma única sus-tentação — uma haste, um talo —, que mergulha num espelho d’água. O acesso a ele se faz por uma passarela que dá caprichosas voltas no ar antes de tocar o edifício. Essa passarela, além de enriquecer plasticamente o conjunto arquitetônico, faculta ao vi-sitante uma extraordinária sensação de voo antes de pousar na borda da nave. Ele, então, penetra no es-paço do museu propriamente dito, onde viverá uma nova e inesperada experiência: o edifício abre-se para fora em toda a sua volta, possibilitando ao visi-tante a vista da paisagem em volta: o mar aberto e, do outro lado da baía, distante, a silhueta da cidade do Rio de Janeiro com seu horizonte de montanhas”, descreveu o, por sua vez, gênio literário.

Selmo David Treiger foi um dos convidados para fa-zer parte do Grupo Executivo do Caminho Niemeyer, montado em 2001 por Jorge Roberto Silveira. No car-go da presidência, Treiger diz ter entrado em contato com vários setores da sociedade a fim de desenvol-ver uma gestão do Caminho integralmente apoiada pela iniciativa privada. A Universidade Salgado de Oliveira (Universo) doou o Memorial Roberto Silveira, recursos da Caixa Econômica Federal e da Barcas S/A fizeram a Fundação Oscar Niemeyer, a NitPark construiu a Praça JK, o Centro Petrobras de Cinema veio pela Petrobras Distribuidora e pela Petrobras, a Estação Hidroviária de Charitas foi feita pela Barcas S/A, hoje, CCR.

De acordo com Treiger, houve um adiantamento de recursos para fazer o Teatro Popular, mas o retorno “já ocorreu inúmeras vezes para a cidade como um lu-cro, um crédito social e patrimonial”. Ainda, segundo ele, a credibilidade que o governo municipal dotou o Caminho Niemeyer, através dessa primeira injeção de recursos que fez no teatro, proporcionou a pos-sibilidade de que outros recursos fossem injetados por todos esses personagens, todas essas grandes empresas, que apareceram depois.

“O Caminho não é só uma série de prédios colo-cados na orla de Niterói, mas um projeto de revita-lização urbana profundo, que se relaciona com os anseios populares, que se relaciona com a vontade de trazer de volta ao centro da cidade toda vitalidade que ele perdeu, principalmente, quando deixamos de ser a capital do Estado. O que aconteceu foi que os vetores de crescimento da cidade foram se ir-radiando para outras direções, outros lugares, e a região central foi se degradando. E a orla do Centro tem uma vista muito bonita, uma das mais bonitas do País, da Baía de Guanabara”, explica ele, que é engenheiro civil.

Com a construção do MAC, a autoestima da cidade teria aumentado, seria como se Niterói passasse a ser representada pelo museu em forma de lírio, que mais parece um disco voador pousado. A partir daí, o prefeito à época, junto com o Niemeyer, come-çou a idealizar outros projetos que servissem como revitalizadores do Centro e que, ao mesmo tempo, respondessem a esse anseio da população por no-vos equipamentos urbanos. Só que esses equipa-mentos tinham a vantagem da assinatura do maior arquiteto, até então, vivo do planeta.

Teatro Popular

Museu do Cinema

Thia

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Mar

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Os governos se sucederam e, de uma forma ou de outra, o projeto foi andando para frente. Agora ele chegou numa fase que já proporciona credibilida-de suficiente para a iniciativa privada atuar, não só como atuou na doação dos terrenos que eram do município, como na compra de terrenos particulares para fazer projetos com o próprio Niemeyer, como demonstra a CHL e a PDG, lembra Treiger.

“O que me cabe aqui é comemorar que a iniciati-va privada tenha acreditado no projeto, que queira revitalizar o Centro, fazer o que a cidade precisa, construindo salas, lojas, hotéis... Então, a gente pas-sa a ter toda essa relação com o projeto, a ousadia começa a surgir, e a ideia de fazer um novo termi-nal intermodal, com uma nova estação hidroviária e metroviária, passando a Linha 3 do metrô no Cami-nho Niemeyer, quer dizer, a coisa começa a ter uma grandiosidade que, é claro, ultrapassa o período dos governos”, acredita o engenheiro.

Ou seja, apesar da mudança de governos, a iniciativa cria uma irreversibilidade no projeto e no processo que se dá como uma corrida de revezamento, que vai pas-sando de um para o outro, e a cidade vai crescendo,

o projeto vai surgindo. Hoje, por exemplo, já há uma grande preocupação com o Centro, que havia apenas de uma forma subjacente, a latere dos desejos dos go-vernantes, passou a ser o centro das atenções. Para os envolvidos no projeto idealizado por Jorge Roberto Silveira e Niemeyer, isto também tem a ver com o pró-prio Caminho, que conseguiu atuar de tal forma, que a sociedade de uma maneira geral, a Câmara, o Exe-cutivo, e o próprio Legislativo se preocupassem com essa área urbana que, apesar de ter iluminação, água, esgoto, em um dado momento, ficou de lado.

Em que pé se anda

O Caminho Niemeyer não foi pensado para ficar pronto da noite para o dia. Afinal de contas, em uma cidade que tem mais de 400 anos, não adianta se cobrar dos prefeitos se eles em quatro, cinco, seis ou em dez anos fizeram ou não o projeto inteiro, defende Treiger. O que importa é que ele esteja sempre vin-culado àquele processo de revitalização do espaço.

Hoje, há o MAC, a Praça JK, o Memorial Roberto Silveira, a Estação Hidroviária de Charitas. O Teatro Popular, a Fundação Oscar Niemeyer já vão entrar em fase de operação. O Centro Petrobrás de Cine-ma também teve suas obras finalizadas e responde ao anseio popular de uma cidade que foi perdendo seus cinemas. Ele inclusive tem uma característica interessante: os nomes de cada uma das salas fa-zem referência àqueles espaços que a cidade foi perdendo - Cinema Odeon, Mandaro, Central, Impe-rial: todos homenageados.

Ainda no governo do Jorge Roberto, a ideia da Torre Panorâmica foi cancelada, e já havia sido determinada a construção da Catedral Católica no lugar dela. Em entrevista antes da posse, o prefeito Rodrigo Neves disse que terminaria as obras começadas e arquivaria os projetos que estavam apenas no papel. Na opinião de Treiger, a torre de 60 metros de altura não deve ser abandonada, até por conta dos recursos que seriam injetados pelo Ministério do Turismo do Governo do Estado. Para ele, este tipo de investimento não deve ser deixado de lado. Divergências nas opiniões à parte, as mudanças no projeto do Caminho incluem, além da construção da Cadetral Católica no lugar da Torre Panorâmica, a construção da Catedral Adventis-ta no lugar do Centro de Convenções.

Estação das Barcas em Charitas

Fundação Oscar Niemeyer

Thiago Louza

Internet

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A figura de Niemeyer

Quem conheceu o poeta das formas arquitetônicas pode-se dizer um sortudo. É desta maneira que ficou a lembrança de Oscar Niemeyer, que surpreendia por sua simplicidade e leveza, de sua alma e seus traços.

“Ele é um presente para quem pode, de alguma forma, conhecê-lo pessoalmente. Ele talvez tenha sido o maior gênio que o Brasil produziu nesses 513 anos de existência, e com certeza, foi personagem importantíssimo para a civilização. Então, qualquer momento que você possa conviver com alguém dessa envergadura, com essa grandiosidade, essa capacidade espetacular de criar, é fantástico. O que é interessante é que até a simplicidade, a facilidade de relacionamento dele, a tranquilidade, a postura em relação à vida, em relação ao homem... O Oscar sempre repetia isso: que as obras dele você pode dizer que gostou ou não gostou, mas dizer que viu igual, nunca vai dizer”, relatou SelmoTreiger.

Nas palavras de Gullar, o “reinventor da arquitetura” se fez porque a arquitetura moderna, desde seu começo, priorizava a forma funcional, despojada, li-mitando o vocabulário arquitetônico à linha reta e à concepção ortogonal. Para ele, foi o “nosso Oscar” que, buscando explorar as possibilidades plásticas do concreto armado, nela introduziu a forma curva, que mudou a linguagem da arquitetura mundial.

Mas a preocupação com a renovação da arquitetura estava presente desde o primeiro momento. De acordo com as próprias palavras de Niemeyer, sua ideia era, nos edifícios de Brasília, lugar que reúne, atualmente, o maior número de “esculturas”, alcançar a unidade entre a estrutura dos edifícios e a forma arquitetônica, isto é, que a forma do edifício fosse resultado da concepção estrutural e não um elemento superposto a ela, mera-mente decorativo. Como se não bastasse, ele estava longe de retornar à forma meramente funcional, empo-brecedora da linguagem que o rodeava. Sua intenção era, na verdade, usar as possibilidades técnicas da en-genharia de construção para inventar formas arquitetô-nicas inusitadas e surpreendentes.

“De lá para cá, Oscar Niemeyer continuou o seu tra-balho, criando obras de indiscutível significação para a arquitetura brasileira, como o Memorial da América

Nelson Perez / Valor

Latina, em São Paulo, e o Museu de Arte Contempo-rânea de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, para citar apenas estes. [...] Hoje, esse museu integra um conjunto arquitetônico em construção — o “Caminho Niemeyer” — que, quando completo, compreenderá 11 edificações e se estenderá desde a Estação das Barcas, no centro de Niterói, até Charitas, destacan-do-se um museu de cinema, duas catedrais e um teatro popular”, lembra o poeta maranhense Gullar em seu texto.

“A arquitetura tem que surpreender”, dizia Niemeyer, que descrevia em seus traços os orgulhos e desa-mores da realidade do país em que morou durante sua trajetória. Enquanto esteve vivo, percorreu suas obras em andamento, mesmo que em cadeira de ro-das, para checar se tudo caminhava como ele havia pensado. As paredes de seu ateliê eram cobertas de desenhos e frases de protesto contra a desigualda-de que considerava existir na sociedade brasileira. Niemeyer é o arquiteto que mais projetos concebeu e que mais obras teve construídas em toda a história da arquitetura mundial.

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Pousado à margem da baía, o museu, que lembra também um cálice ou uma flor, tem uma única sustentação — uma haste, um talo —, que mergulha num espelho d’água. O acesso a ele se faz por uma passarela que dá caprichosas voltas no ar antes de tocar o edifício. Essa passarela, além de enriquecer plasticamente o conjunto arquitetônico, faculta ao vi-sitante uma extraordinária sensação de voo antes de pousar na borda da nave. Ele, então, penetra no espaço do museu propriamente dito, onde viverá uma nova e inesperada experiência: o edifício abre-se para fora em toda a sua volta, possibilitando ao visitante a vista da paisagem em volta: o mar aberto e, do outro lado da baía, distante, a silhueta da cidade do Rio de Janeiro com seu horizonte de montanhas

“ Ferreira Gullar

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( QUANTIDADE + QUALIDADE = CONFIANÇA

)Essa é a fórmula do sucesso da João Fortes em Niterói.

Em 2012, a João Fortes foi a incorporadora que mais investiu em Niterói. Além do número crescente de lançamentos, a preocupação com a excelência de seus projetos foi uma constante para acompanhar o crescimento do setor e oferecer a confiança que todo investidor precisa.   Não é à toa que, em 2013, queremos continuar líderes de mercado, já que a nossa fórmula de sucesso vai continuar valendo  como ponto de partida para os próximos empreendimentos.

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A história da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da cidade, a Ademi-Niterói, completou quatro décadas. Idealizada entre os anos 60 e 70, quando o município atravessava mudanças significativas de ordem política, econômica e social, ela teve sua origem na necessidade da união de um grupo de empresários e o poder público, tendo em vista que a Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida como Rio-Niterói, estava às vésperas da inauguração e já mostrava-se como marco urbanísti-co do Rio de Janeiro, o que fez crescer exponencial-mente a demanda por negócios imobiliários.

A fundação se deu finalmente em 1972, dois anos antes da inauguração da ponte, liderada por Leon Vaisburd, Mario Rozencwajg, Marcelo Garzon, Nissin Sonsol, Hélio Wrobel e Newton Moraes, que coman-daram a participação de 38 empresas na análise, elaboração e acompanhamento de projetos e es-tudos imobiliários em andamento, dando início aos trabalhos da associação.

“Ao longo dos 40 anos de funcionamento, há de se destacar momentos-chave como a troca de sede, em 1987, quando mudou da Avenida Amaral Peixo-to, nº 207, para o atual endereço, Travessa Vinte e Oito de Março, nº 12. No ano de 2010, foi construída uma nova sede, ampliando os horizontes da ativida-de imobiliária: um prédio de dois andares com um auditório cuja capacidade de 120 pessoas facilita e otimiza a realização de eventos relativos ao mercado imobiliário, além de contribuir para a revitalização do centro da cidade”, lembra-se Jean Pierre Biot, atual presidente da organização.

Presente em momentos difíceis e estratégicos

A instituição coleciona participações no histórico do desenvolvimento municipal. Diante do cenário favo-rável à expansão do mercado imobiliário durante o chamado “milagre econômico” dos anos 70, o co-letivo agilizou o passo para acompanhar as novas exigências de infraestrutura do município, que, pos-teriormente, ganhou a alcunha de “Cidade sorriso”, assim como adiantar uma adaptação às mudanças previstas paras as décadas seguintes.

ESPECIAL

Jean Pierre Biot

Neves, Pezão e Grael estiveram presentes

40 ANOS CONSTRUINDO SONHOSA participação da Ademi na vida dos niteroienses vai além do setor imobiliário. Conheça um pouco a instituição e as expectativas até o ano de 2014

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40 ANOS CONSTRUINDO SONHOSA participação da Ademi na vida dos niteroienses vai além do setor imobiliário. Conheça um pouco a instituição e as expectativas até o ano de 2014

“Fomos personagem ativo de grandes momentos da história do município, como a recuperação do Centro Comercial de Niterói, em 1979; a construção do Parque Central da Cidade e dos terminais rodo-viários e estacionamentos, nos anos 80. Nos dez anos subsequentes, testemunhamos a ampliação do Caminho Niemeyer, da Avenida Visconde de Rio Branco, a construção do Museu de Arte Contempo-rânea (MAC), as restaurações do Palácio Araribóia, do Teatro Municipal João Caetano, entre outros acontecimentos”, destaca Biot.

É importante lembrar também que, em abril de 2010, a cidade foi atingida por fortes chuvas e a Ademi--Niterói se prontificou a ajudar de imediato. Foram disponibilizados tratores, retroescavadeiras, máqui-nas, baldes, pás e caminhões para a desobstrução de vias, além da doação de colchões e donativos. Hoje, com 73 associados, a instituição espera conti-nuar participando do desenvolvimento da economia e suas consequências no espaço urbano da cidade, à luz de uma época cujas palavras de ordem são “sustentabilidade” e “mobilidade inteligente”.

O Prêmio Top imobiliário

Outro destaque na trajetória da instituição foi a criação do Prêmio Top Imobiliário, solenidade que virou tradição no setor, pondo em evidência os melhores projetos e negócios que levam em conta, sobretudo, a adaptação ao ambiente a partir do qual foram planejados.

Desde a criação do Prêmio Top Imobiliário, a Associa-ção ampliou o seu raio de alcance de tal maneira que pode-se até afirmar a existência de uma Ademi-Niterói antes e depois da solenidade. A boa visibilidade con-quistada nestes anos trouxe novos e importantes as-sociados, além da possibilidade da realização de um antigo sonho: a construção da nova sede, ocorrida em 2011. Com um auditório para 120 pessoas, a instala-ção facilita a realização de eventos relativos ao mer-cado imobiliário e, consequentemente, o diálogo com autoridades e organizações.

A última edição, realizada em novembro de 2012, fi-cou marcada por uma grande festa da Construção

Erica Ramalho

Cajá Agência de Com

unicação

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Prêmio 40 anos Ademi

Thiago Louza

Civil, tendo em vista a comemoração dos 40 anos. Na cerimônia, a instituição recebeu autoridades municipais e estaduais, como o novo prefeito da Cida-de, Rodrigo Neves, e seu vice Axel Grael, além do vice--governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.

O discurso de abertura ficou marcado pela fala de Biot, que mencionou a participação da entidade nas demandas do município e atribuiu os problemas de mobilidade urbana à falta de planejamento, apontan-do possibilidades para um futuro melhor.

“É obrigação de nossa cidade antever, antecipar-se e evitar as inúmeras armadilhas que um crescimen-to desenfreado e mal planejado pode trazer, bem como se unir e liderar as cidades vizinhas na busca de soluções integradas”, declarou.

Rodrigo Neves afirmou contar com a participação do mercado imobiliário nos projetos de revitaliza-ção. “O Centro tem que ser uma vitrine da cidade, que não pode ficar de fora do legado das Olimpía-das de 2016. Para isso, contamos com a ajuda de vocês”, ressaltou.

Ao lado do futuro prefeito, Luiz Fernando Pezão asse-gurou a união das esferas estadual e municipal para alavancar o crescimento de Niterói. Pezão, que também esteve na edição de 2011, parabenizou a Ademi-Niterói pelos 40 anos e espera comparecer novamente em 2013. “O setor imobiliário é a locomotiva do Brasil, este é um setor que emprega muita gente”, reconheceu.

De acordo com a tradição do prêmio, realizado des-de 2007, a escolha dos vencedores das 23 catego-rias criadas baseou-se nos itens: qualidade global da concepção, integração ao meio ambiente e à comunidade, originalidade e solidez da concepção administrativo-financeira. Também foram analisados aspectos urbanísticos e arquitetônicos, além do tra-balho de planejamento de marketing e vendas.

Nesta edição, a associação recebeu 33 inscritos e, para a seleção dos premiados, contou com a enge-nheira e a, então, secretária de urbanismo de Niterói, Christina Monnerat; o arquiteto e ex-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Demetre Anastas-sakis; o publicitário Eduardo Serpa Pinto; o arquiteto David Cardeman; e o gerente comercial do Infoglobo, Cláudio Furtado.

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Nova sede, levantada em 2010

Vagner Ferreira

Fomos personagem ativo de grandes momentos da história do mu-nicípio, como a recuperação do Centro Comercial de Niterói, em 1979; a construção do Parque Central da Cidade e dos terminais rodoviários e estacionamentos, nos anos 80. Nos dez anos sub-sequentes, testemunhamos a ampliação do Caminho Niemeyer, da Avenida Visconde de Rio Branco, a construção do Museu de Arte Contemporânea (MAC), as restaurações do Palácio Araribóia, do Teatro Municipal João Caetano, entre outros acontecimentos.

“ Jean Pierre Biot

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OUTRA FORMA DE LOCOMOÇÃODependentes de carros, brasileiros e niteroienses esquecem de alternativas menos impactantes de transporte

A cultura dos carros não envolve apenas a questão das taxas reduzidas e da facilidade para comprar au-tomóveis. Para a jornalista Fernanda Lago, em seu artigo “Dependentes”, as pessoas andam com uma necessidade bastante curiosa da utilização de carros. A tendência é que as cidades urbanizadas restrinjam a presença desse tipo de transporte em algumas áre-as, forçando os habitantes a procurarem outras for-mas de locomoção. Do contrário, sucumbirão em um mar de poluição e trânsito.

Algumas cidades da América Latina têm, como cos-tume, a utilização de bibicletas. Ao optar por privilegiar o trânsito de pedestres e veículos pequenos, mais individualizados, como também o skate, o patinete, o patins e até as motinhos e vespas, as cidades “im-pedem que os tentáculos do trânsito pesado espa-lhem-se sobre os espaços públicos como se fossem os únicos, ou os mais importantes componentes de

uma cidade”, diz Lago. “Assim, torna-se mais comum pensar, planejar e implantar meios de transportes al-ternativos e de veículos coletivos e públicos, tão fun-damentais para o fluxo das coisas”, opina a jornalista.

Exemplos como Nova York, que em cinco anos criou 450 quilômetros de ciclovias e fechou várias praças aos carros, entre elas a famosa Times Square e, ape-sar das críticas, o comércio cresceu e a cidade toda comemora. Lá, o transporte público também melho-rou com a ampliação dos corredores de ônibus.

Mais perto, na América do Sul, a Colômbia chegou na frente. Bogotá, hoje, é exemplo em desenvolvimento social e mobilidade urbana. O caminho foi longo, mas a cidade melhorou quando priorizou os espaços pú-blicos com a ampliação de calçadas, ciclovias e par-ques. As áreas de estacionamentos da cidade foram reduzidas, apesar das reclamações dos donos dos carros. Toda a América Latina, aliás, mais o Caribe apresentam como marca a participação do ciclismo, caminhada e transportes públicos no deslocamento e desenvolvimento dos transportes coletivos integra-dos (BRT); porém, o aumento do número de carros na rua agrava o problema dos congestionamentos. Ao lado deste fator desfavorável, a proliferação de veículos individuais torna maior a emissão de gases poluentes para a atmosfera.

A “cidade das bicicletas” é uma questão política

A preocupação torna-se ainda maior, se considerar o quanto individualistas se tornaram os carros, an-tes usados para transportar cinco pessoas ou mais, dependendo do modelo. Segundo a ONU-Habitat, o papel dos governos e instituições é o de estimu-lar políticas de incentivos em uma perspectiva sócio espacial dada, além de fomentar soluções em con-junto entre vários municípios.

Devido à grande capacidade de interferir na loca-lização da habitação, demanda por mobilidade, prevenção de desastres e consumo de energia, os departamentos de urbanismo, planejamento físico e transporte possuem importante papel no desen-volvimento sustentável de uma região e, por conse-guinte, devem interagir entre si.

Thiago Louza

Ciclista na Praia de Icaraí

ALTERNATIVA

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O relatório reconhece que, nos últimos anos, hou-ve uma conscientização em larga escala acerca dos problemas enfrentados por uma cidade latino--americana, mas também identifica a defasagem em termos práticos.

Aprovado em maio de 2011, o “Estatuto da Bicicle-ta” é considerado um marco importante no incentivo ao uso deste meio de transporte em Niterói. Propos-to em maio de 2009, ainda com o nome de “Pla-no Municipal do Transporte Não Motorizado”, pelo, então, vereador Felipe Peixoto, a ideia foi vetada pelo, na época, prefeito Godofredo Pinto e pela Câ-mara dos Vereadores. Mas, em outubro de 2009, o próprio Felipe reapresentou o projeto, com algu-mas modificações e com o atual nome, que final-mente foi aprovado. Passado um ano e meio, a lei ainda não foi totalmente inserida na rotina da cidade. Na aprovação do texto, a Câmara não estipulou pra-zos para a criação de ciclovias ou ciclofaixas.

Porém, alertados sobre a importância de se pensar em novas formas de locomoção, os políticos em campanha para comandar a prefeitura de Niterói, o deputado Felipe Peixoto (PDT) e o prefeito eleito Ro-drigo Neves (PT), se valeram do discurso da “cidade da bicicleta” para debaterem a ideia publicamente.

“Quando elaborei o Estatuto da Bicicleta para Nite-rói pensava em garantir o trânsito das bicicletas em uma sociedade cuja cultura de progresso é ter carro. O planejamento de trânsito, no Brasil, é estruturado apenas para automóveis. Mas, a bicicleta também é um veículo e seu uso está garantido e regulamenta-do pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”, alega Peixoto, em seu blog.

Se for levado em conta que o CTB já possui nor-mas de conduta para o tráfego compartilhado de veículos motorizados e bicicletas, o que parece faltar são ações educativas, construção de ciclovias e fis-calização adequada. Quanto a isso, Neves garante que ampliará a malha cicloviária da cidade. A ideia, segundo ele, é implantar uma malha planejada que irá interligar a Região Oceânica, as praias da Baía de Guanabara, a Zona Norte e a região de Pendotiba. Além disso, ele quer permitir o acesso de bicicletas nos transportes públicos, como barcas e ônibus.

“O Plano de Mobilidade Urbana prevê uma galeria específica no túnel [Charitas-Cafubá] para os ci-clistas e para a ciclovia. A TransOceânica, que nós vamos construir em parceria com os governos es-tadual e federal, é uma via expressa que contempla

a integração de modais de transporte. As pessoas irão sair da Região Oceânica e chegar ao Rio em 50 minutos. Hoje, o percurso leva duas horas e meia”, afirmou, em seu programa de governo.

De acordo com os últimos números divulgados pela Prefeitura, a cidade possui 28,62 quilômetros de ciclorrotas, 26,81 quilômetros de ciclofaixas e dois quilômetros de ciclofaixas de treinos, que cobrem trechos dos bairros Centro, São Lourenço, Enge-nhoca, Pendotiba, Cafubá, Engenho do Mato, Icaraí, São Francisco e Charitas. A Avenida Professor João Brasil, no Fonseca, e a Rua Benjamin Constant, no Barreto, também estão contempladas com medidas deste tipo, enquanto a ciclovia da Boa Viagem está sendo executada.

Governo do Estado

Ciclovia

Rodrigo Neves conhece um dos bicicletários em Barcelona

Internet

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CONSTRUIR O FUTURO PENSANDOAlgumas cidades, entre elas Songdo, na Coreia do Sul, apresentam exem-plos de qualidade de vida aliada à sustentabilidade

Internet

Projeto de como ficará Songdo, na Coreia do Sul

Por enquanto, as ruas de Songdo parecem deser-tas. Com aproximadamente 30 mil habitantes, a ci-dadezinha de seis quilômetros quadrados, localizada em uma ilha artificial a 56 quilômetros ao oeste de Seul, na Coreia do Sul, não oferece muito o que se ver. Mas trata-se do lugar com alcunha de “cidade do futuro” que, até 2015, quando deve estar pronta, abrigará 65 mil pessoas. Eles viverão no espaço mais inteligente do planeta, graças à tecnologia emprega-da nos prédios, casas, ruas e parques.

O projeto concluído servirá de exemplo não só para o país, mas para todas as metrópoles do mundo. Lon-dres, Nova Iorque, Tóquio, Sydney, São Paulo e Ams-terdã, as quais precisarão rever alguns conceitos. A estimativa das Nações Unidas é de que os centros urbanos serão a moradia de mais de 70% da popu-lação mundial até 2050 – 6,4 bilhões dos 9,3 bilhões de habitantes do planeta. Elas já são o lar de metade dos 7 bilhões de seres humanos, e adicionar mais 3 bilhões de indivíduos a esse total testará os limites das cidades existentes. A solução, de acordo com os responsáveis por Songdo, é construir cidades in-teligentes, capazes de dialogar com seus residentes e com o meio ambiente.

Iniciada em 2000, e com um custo de quase R$ 80 bilhões, Songdo é o maior investimento privado do setor imobiliário da história. A maior parte do dinheiro veio da imobiliária americana Gale International e do banco de investimentos Morgan Stanley. O dinheiro é, em grande parte, para criar uma “rede universal” – utilizando a internet para ligar não apenas pessoas, mas também objetos, casas e carros. A ideia é criar um novo centro financeiro da Ásia, uma mistura de Paris, Nova Iorque e Dubai, que deve ficar pronta com 80 mil apartamentos residenciais, 4,6 km² de escritó-rios e um parque com 41 hectares. Songdo quer ser pioneira em absolutamente todos os aspectos.

Será uma cidade “verde”, com 40% de sua área destinada a parques e praças. Será a cidade sem trânsito, com todo o sistema viário planejado para au-mentar a fluidez, além de altos investimentos em me-trô, bondes elétricos e até táxis aquáticos elétricos. Também será uma cidade “wireless”, totalmente co-nectada - para se ter ideia, até as garrafas de refrige-rante vendidas no supermercado terão uma etiqueta eletrônica; depois de usadas, se as garrafas forem jogadas no cesto de lixo correto para reciclagem, o morador ganhará descontos nos impostos.

SUSTENTABILIDADE

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Internet

A cidade está sendo projetada para superar tecnologicamente todas as metrópoles

Conforme a cidade vem sendo construída, a gigante das telecomunicações Cisco está instalando senso-res no asfalto, nas ruas e nos edifícios. Cada um des-tes sensores enviará dados de forma ininterrupta para um centro de controle, onde informações a respeito dos prédios, da demanda por energia, das condi-ções do asfalto e do trânsito, assim como, a tempe-ratura externa e interna, serão coletadas e analisadas.

Câmeras de trânsito, por exemplo, vão monitorar quantos pedestres estão na calçada. Desta forma, para reduzir custos, ruas vazias poderão ter luzes diminuídas, enquanto as movimentadas terão a ilu-minação reforçada. Estresses atípicos também po-derão ser detectados precocemente em ruas ou estruturas, para prevenir atrasos custosos causados por obras maiores.

Até mesmo os semáforos terão alta tecnologia, com lâmpadas incandescentes comuns sendo substi-tuídas pelas LED – que necessitam de apenas 1% da energia das antigas. O elemento que deverá ter maior efeito na vida dos moradores, no entanto, será a telepresença. As telas serão instaladas em todas as casas e escritórios e até mesmo nas ruas, permitindo às pessoas fazer videochamadas de qualquer local.

O futuro pensa verde

A tecnologia integrada no coração de Songdo é ape-nas uma parte da história. O objetivo de uma cidade inteligente é criar algo artificial, mas também sustentá-vel, com o mínimo de impacto ao meio ambiente. O recurso natural mais fundamental para seres humanos é a água. Dados de 2006 das Nações Unidas apontam que, em média, moradores de cidades norte-america-nas usam 575 litros de água por dia. Qualquer nova cidade que surgir vai aumentar o uso global do recurso. Mas um desenho inteligente do terreno, mecanismos de retenção de água da chuva e o tratamento de água “suja” de pias e máquinas de lavar pratos e roupas per-mitirão ao sistema de irrigação de Songdo usar apenas um décimo da quantidade de água limpa que seria esperada para uma cidade desse porte. Plantar vege-tação no topo dos edifícios reduzirá perda de água da chuva e combaterá o efeito “ilha de calor” gerado pelas cidades, uma vez que as plantas absorverão os raios solares e os usarão para fotossíntese, refrescando o ar em sua volta.

Ainda por cima, Songdo não precisará de recolhimen-to de lixo. Um sistema centralizado de coleta, funcio-nando por meio de pressão, levará embora os resídu-os líquidos e sólidos, dispensando a necessidade de caminhões com lixeiros circulando pela cidade.

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Outras iniciativas caminham em passos lentos

Existem alguns projetos em andamento em outros locais do mundo. Particularmente, na Europa e na América do Norte, cidades estão integrando tecno-logias inteligentes em suas infraestruturas, na forma de redes elétricas que recolhem informação sobre os consumidores e fornecedores.

A companhia israelense Innowattech desenhou um sistema de pequenas placas a serem instaladas embaixo do asfalto, para que, conforme os carros passem, pressionem estas placas. Elas, por sua vez, convertem as pequenas depressões feitas no asfalto em eletricidade a ser armazenada em bate-rias ou enviada de volta à rede. O sistema também pode calcular se um caminhão está pesando acima do permitido, e enviar a informação diretamente às autoridades – utilizando a própria energia gerada pe-los veículos infratores para fazê-lo. A empresa está testando agora se a mesma tecnologia funcionaria para ferrovias. Enquanto isso, a arquiteta, morado-ra de Buenos Aires, Arianna Callegari desenvolveu uma rede de pequenas turbinas que se encaixam na parede e no teto de túneis. Estas turbinas geram

Songdo à noite

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pequenas quantidades de eletricidade com o ven-to, resultante da passagem de caminhões e trens.

Amsterdã, por exemplo, promove a colaboração entre moradores, empresas e governo para tentar poupar energia, mudando o comportamento das pessoas e implementando tecnologia inteligente. A meta, ambiciosa, é reduzir os níveis de gás carbônico para 40% do que era emitido pela cidade em 1990 até 2025.

Ao lado de Songdo, outra localidade do Oriente pretende se destacar ao explorar tecnologias sus-tentáveis, gastando menos energia elétrica e água. Com a meta de atingir os 42,5 mil habitantes, atrain-do 35 mil trabalhadores de outras cidades, o proje-to da cidade de Masdar, em Abu Dhabi, deve man-ter aspectos arquitetônicos árabes. Lá, os meios de transporte serão trem, metrô e veículos PRT (per-sonal rapid transit) elétricos com piloto automático.

Em uma escala menor, o plano não menos ousado do bairro holandês Ijburg previu a construção de sete ilhas artificiais para que os habitantes estabeleces-sem contato maior com a água. Os prédios flexíveis, podendo ser utilizados como hotéis, escritórios ou moradias, e o transporte por ônibus aquático, bonde e compartilhamento de táxis e carros são elementos pensados para uma população versátil e imprevisível.

A cidade do Porto também anunciou a ambição de virar um protótipo de cidade do futuro, com os sensores automáticos no estilo de Songdo e uma interligação entre os setores de informática, enge-nharia biomédica, psicologia, urbanismo e comu-nicação, de acordo com informações divulgadas pelo Centro de Competências em Cidades do Fu-turo da Universidade do Porto.

Os exemplos remetem ao conceito de cidade inte-ligente, que preconiza todas essas novidades de planejamento urbano em curso na Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Holanda e Portugal, pa-íses que têm pensamentos voltados já para 2050. Evidentemente, o Brasil ainda caminha de forma tí-mida nesta direção, mas vem utilizando, em muitos empreendimentos, o conceito de sustentabilidade aliado à tecnologia. Em Niterói, é possível encon-trar residências utilizando a medição individualizada da água, uso de vasos sanitários que gastam por fluxo de três a seis litros, reuso de águas cinzas, pavimentos drenantes e energia solar para aque-cimento de água. É pouco, mas reflete uma preo-cupação que deve se intensificar daqui para frente.

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GASTRONOMIA

O RESGATE DO NÚMERO 29 DA MOREIRA CÉSARCom vontade de expandir os negócios, família resolve montar um espaço gastronômico e cultural na antiga casa dos avós

O Espaço 29 é a última casa da Moreira César. No to-tal, são 60 anos de história contidas em um imóvel que passou de avós para netos. Como se não bastasse o que viveram no local, foi lá que os primos - e agora só-cios - Alexandre e Christiano Ramos resolveram montar um café-restaurante-armazém.

“Tem senhoras que chegam aqui e dizem se sentir literalmente em casa. Dizem que depois do café, do jantar, dá vontade de subir para o quarto e descan-sar”, diverte-se Ana Paula Brum, esposa de Alexan-dre e responsável pelo Armazém Paunian, localiza-do nos fundos do estabelecimento.

André Rodrigues

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O RESGATE DO NÚMERO 29 DA MOREIRA CÉSARCom vontade de expandir os negócios, família resolve montar um espaço gastronômico e cultural na antiga casa dos avós

Construída na década de 50, a residência da Dona Nair e do Seu Nelson sempre foi cenário de encon-tros para brindar o bem viver. Hoje, a mesma casa que recebia filhos, netos e amigos em movimenta-das reuniões, abre suas portas para toda a cidade, devolvendo à Niterói a atmosfera dos anos doura-dos, em um clima bastante aconchegante, com seus detalhes mais delicados mantidos e decoração su-pervisionada por pessoas que fizeram as memórias de cada cômodo da casa.

Entre temperos, sorrisos e delícias que marcaram aquela época, os atuais proprietários também bus-caram inspiração nas lembranças para montar um cardápio à la Família Castro Ramos, com preocupa-ção em resgatar sabores da infância, e direito a uma agenda mensal de degustações culturais: noite de jam sessions de Jazz, domingos com tardes musi-cais, lançamento de livros e exposições de arte no salão principal estão previstos. Sem contar as tortas e sobremesas de receitas exclusivas que só quem conhece a família já experimentou.

“Nós já tínhamos uma cafeteria pequena em uma galeria aqui perto e sentíamos a necessidade de ex-pandir, de repente criar franquia... Sentíamos que era hora de crescer, estávamos dispostos a isso. Mas nunca imaginávamos que seria nesta casa, que nos faz tão bem. Nossa vontade, agora, é reconstruir este ponto histórico na cidade com ajuda de uma arqui-teta, optando por manter o máximo da originalidade da casa. São, especialmente, os detalhes que enri-quecem esse ambiente”, conta Alexandre, que abriu o ponto há quatro meses.

O Café Gourmet, por exemplo, está localizado logo na entrada da casa. A varanda, com ombrelones, pe-quenas mesas com velas e cadeiras giratórias, con-vive em harmonia com a visão da rua e a degustação de livros e revistas espalhados pelo ambiente. Só de chegar no lugar, já dá vontade de ficar.

A ideia é incentivar entre os frequentadores o hábito da leitura com o projeto que eles chamam de Biblio-teca Itinerante. Nela, os clientes podem doar seus li-vros e também levar para ler em casa os que tiverem interesse, sem custos adicionais. Um ponto super

André Rodrigues

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agradável para encontros culturais, acompanhados pelo café Italiano Illy, chás importados, sucos diferen-ciados, drinks, e pelo cardápio especial com brus-chettas e tortas de dar água na boca, preparadas lá mesmo, na cozinha que hoje alimenta o local, e mais o café da galeria. Falando nisso, é preciso mencionar o café coado na hora na xícara, invenção de Ana Paula, que também é designer, e resolveu unir o paladar da bebida quentinha com o frescor do “feito por você”.

“Encontramos o Ibrik (pequeno bule de metal de ori-gem turca) em uma viagem, e eu logo pensei que tinha que trazer para cá. Desde então, ele é uma sensação, vendemos o conjuntinho para presentes e todo mundo adora. O esquema é ferver a água, separá-la nesses bules individuais, distribuir entre os convidados para que possam passar o café neste coadorzinho. É bem charmoso mesmo”, orgulha-se Ana Paula, idealizadora do “mimo”.

Cardápio de família

Quantos aos pratos desenvolvidos, é possível en-contrar desde saladas a frutos do mar, carnes no-bres, aves, massas frescas, e o ponto alto do car-dápio que são as receitas inspiradas na culinária da Dona Nair.

Numa homenagem à família, pratos artesanais fa-zem parte do menu fixo como a “Torta de Bacalhau da Tia Nícia”, tradicional dos almoços natalinos, e o “Picadinho de Carne com Batatas e Agrião da Bisa”, que harmoniza bem com vinhos Malbec ou Carménère. Na adega, rótulos de destaques como os vinhos Pera-Manca (Portugal), Bourgogne (Fran-ça), Ysern (Uruguay), Catena (Argentina), os espu-mantes rosé Casa Perine e Nero, e o Champagne Francês Pol Roger.

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Também, na carta de bebidas, os clientes podem degustar 80 tipos diferentes de cervejas de 35 mar-cas de 12 países, além da variedade de sofisticadas águas gourmet.

Arquitetura repaginada

No interior da casa, os elementos originais – do piso em taco parquet paulista aos espelhos e lustres de cristal italiano. O conceito em todos os ambientes é o mesmo: referências contando a história da família. Desde a mesa de costura até o antigo louceiro, pas-sando pelo mobiliário com pés palito, sem contar os sofás e cadeiras restaurados.

Para o público que curte este perfume vintage, a an-tiga garagem foi transformada no Armazém Paunian, em referência ao nome de um sítio onde os meninos

costumavam passar férias. A loja de decoração é composta por objetos, louças, móveis e as exclu-sivas essências francesas Lampe Berger. O mix de peças retrô foi cuidadosamente selecionado pela designer Ana Paula Brum, que restaurou uma estan-te para expor produtos, e ainda um velho fogão que era da família. “Peças de antiquário” foi um presente para os próprios familiares, e uma surpresa para os clientes que se interessam por peças de antiquário, diz Ana Paula Brum.

“Nossa ideia era fazer com que esta residência fosse vista como algo histórico, que realmente participou do passado dos cidadãos da cidade. É como uma visita a tempos atrás. Para manter esse clima, simplesmente, nos adaptamos à casa, e não o contrário. Fizemos de tudo para que cada deta-lhe fosse percebido, gostado, inspirador”, comenta Alexandre Ramos.

André Rodrigues

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RÚSTICO, MAS ELEGANTE E SOFISTICADOA ambiguidade do cimento queimado encanta a todos e serve bem qualquer ambiente

Projeto de Ana Eliza e Camilla Dias

Projeto de Ana Meirelles

Denilson M

achado / MCA

Studio

Divulgação

DECORAÇÃO

Apesar de muito conhecido pelas mora-dias brasileiras, por seu baixo custo e as-pecto rústico, o cimento ultrapassa essa barreira e agrada os olhos de muitos ar-quitetos e designers mais ligados no que há de “moderno”. Se um ambiente rústi-co é procurado por ser simples e bonito, pode-se dizer que é exatamente este o toque que o cimento queimado propor-ciona, quando passa a ser usado não só no chão, mas também em paredes, como se fosse uma aplicação de textura.

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RÚSTICO, MAS ELEGANTE E SOFISTICADOA ambiguidade do cimento queimado encanta a todos e serve bem qualquer ambiente

Projeto de Christiane Magalhães

Projeto de Claudia Brassaroto

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O custo é um dos principais fatores que o faz tão po-pular: visto que sua composição leva basicamente ci-mento e areia, está entre as alternativas mais baratas. É preciso mencionar ainda a flexibilidade e durabilida-de, o aspecto final e as várias alternativas de cores e acabamentos, o que permite seu uso nas mais sim-ples casas rurais, e nas mais refinadas residências das grandes metrópoles.

Ana Meirelles desenhou um quarto para dois irmãos com a parede em efeito de cimento queimado. Ao contrário da maneira mais comum de produzir esta tex-tura, ela utilizou um material da Suvinil para alcançá-la. O projeto é diferente porque todas as cores escolhidas remetem à sobriedade, e trata-se de um quarto adoles-cente. Para um clima mais descontraído, basta apostar em quadros coloridos e acessórios “descolados”.

Já a designer Ana Eliza Roder, em parceria com a só-cia Camilla Dias, produziu um espaço para a mostra Casa Design. Lá, o ambiente foi transformado em uma galeria de arte.

“Escolhemos misturar o cinza claro e o móvel ver-melho com alguns quadros que reuniam cores primárias. O resultado foi um espaço com cara de exposição mesmo, mas nós adoramos, tudo combi-nou”, comentou Roder. “O cimento queimado é um charme, um aliado que faz a diferença em qualquer ambiente”, completou ela.

O projeto da arquiteta Christiane Magalhães em par-ceria com o Grupo Comunicare foi elaborado para um jovem casal com duas premissas básicas: área de rela-xamento para ele e área de trabalho para ela.

“O cimentado foi escolhido por dar um aspecto sério ao espaço associado a uma estética contemporâ-nea. O tom de cinza mais claro quebra um pouco o peso desse revestimento. Além disso, a parede ga-nha mais destaque quando iluminado por um rasgo de luz indireta no gesso. Quebrando a seriedade do cimentado, optamos pela utilização de madeiras mais escuras e almofadas coloridas dando mais aconche-go ao espaço”, explicou Philipe Nunes, parceiro de Christiane Magalhães no Comunicare.

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Queimar o cimento não tem nenhuma relação com fogo ou maçaricos. Este é o nome dado ao processo de jogar pó de cimento sobre o piso de argamassa (de cimento e areia) ain-da mole e úmida; então, a superfície deve ser desempenada com uma desempenadeira de aço, espalhando o pó de cimento sobre a ar-gamassa e deixando o conjunto bem liso. Após a secagem está pronto o cimento queimado, com um aspecto liso e nivelado.

O cimento queimado pode ser utilizado em quase todos os ambientes de uma casa. Ele é um piso com alta resistência, pode ficar exposto ao tempo porque lida bem com a água, além de ser fácil executar os desníveis necessários para seu escoamento. No entanto, por ser mui-to liso, pode ficar escorregadio, especialmente quando molhado. Nos quartos e escritórios, es-pecialmente se associado ao uso de aparelhos de ar condicionado, podem deixar o ambiente bastante frio. A principal restrição, alertam os es-pecialistas, é com relação ao uso em banheiros, especialmente no interior dos boxes, porque o material pode reagir com xampus, sabonetes e outros produtos. A limpeza é simples e basta lavar com água e sabão neutro. Em ambientes como salas de estar, fica bom aplicar cera líqui-da ou em pasta para a manutenção.

Desde que bem aplicado, este tipo de cobertu-ra é extremamente durável, já que a sua limpeza e manutenção são muito simples. Por possuir grande resistência à abrasão, é muito difícil que este material quebre. Entretanto, uma das ca-racterísticas mais comuns do cimento queima-do são as trincas.

Por ser monolítico, ele funciona ao contrário de uma superfície composta por diversas peças cerâmicas independentes, é uma peça única, de grande dimensão. Como se movimenta ao longo dos dias dilatando e contraindo, é comum o aparecimento de al-gumas pequenas rachaduras. Essas trincas podem variar de pequenas fissuras, que não incomodam e que fazem parte da nature-za do material, até as maiores, que podem

comprometer a resistência e a durabilidade do piso. Para evitá-las é muito importante contar com aplicadores especializados.

“Apesar de, praticamente, todos os pedrei-ros do país afirmarem que sabem trabalhar com esse tipo de piso e que efetivamente já fizeram um alguma vez na vida, o fato é que muito poucos realmente sabem executar um bom cimento queimado. Antes de contratar um profissional, procure conhecer alguns aplicados por ele, veja se ele se preocupou com o correto nivelamento. Observe se o piso apresenta trincas esteticamente admis-síveis. Juntas de dilatação de plástico, ma-deira, pedra ou metal devem ser utilizadas a cada dois metros, pelo menos, para que elas e não o meio do piso trabalhem, evitan-do trincas. Na prática cada junta nada mais é do que uma trinca proposital criada pelo colocador para que o meio dos pisos fique intacto ou o mais perto disso”, argumentam os arquitetos Fernando Forte e Rodrigo Mar-condes Ferraz, em sua página na internet.

O aspecto final é o que agrada muitas pes-soas. Apenas leves linhas de dilatação, que podem ser inclusive da mesma cor, dividem os panos, o que torna os ambientes visual-mente maiores. Além dos aditivos para aumentar a resistência, é possível também misturar elementos que dêem cor. Estes ele-mentos normalmente são os corantes.

“O cimento queimado pode ser feito numa gama muito variada de cores, geralmente tendendo para os tons pastel, ou ainda pode se aproximar bastante da cor branca, se for executado com cimento branco e se o pó de mármore for aplicado na argamassa”, expli-cam os profissionais.

No mercado pode-se ainda encontrar mate-riais como o cimento polimérico, que apre-senta um aspecto final muito próximo do ci-mento queimado e é mais resistente, o que evita as trincas, além de proporcionarem uma maior uniformidade na coloração.

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Novos tempos, novos negócios.

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Novos tempos, novos negócios.

ORGANIZAÇÃO DA AGENDA: POR ONDE COMEÇAR?

Uma das principais dicas que costumo dar para quem pretende se organizar melhor é a escolha de uma boa ferramenta para isso, que normalmente costuma ser uma agenda. Como estamos no início do ano, ainda dá tempo para você, que não sabe como sair do lugar, começar a se planejar melhor e ter uma gestão do tem-po eficiente, com as tarefas separadas e cumpridas de acordo com a sua importância.

Mas não basta apenas ter a ferramenta, é preciso saber como administrá-la. O conceito básico é que você cen-tralize suas atividades e informações. Muitas pessoas utilizam uma ou duas agendas. Quando você distribui suas informações acaba perdendo muito tempo, e por isso, centralizar é fundamental neste caso.

Outro ponto é que ela seja móvel, ou seja, a agenda não pode estar somente no seu computador de mesa. Suas informações precisam estar com você onde quer que você esteja. Se você for high tech, recomendo a utilização da própria internet ou serviços online que per-mitem controlar toda sua produtividade.

Com a ferramenta escolhida, todas as ações que preci-sam ser feitas no dia a dia devem ser transformadas em tarefas no seu planejador. Cada uma dessas atividades tem uma duração, e essa é a informação mais impor-tante para você gerenciar seu tempo. Não deixe suas atividades ultrapassarem seis horas diárias, pois, com o tempo, você consegue espaço para encaixar eventuais urgências e interrupções que apareçam.

Gestão do tempo pessoal não tem receita a ser segui-da, mas algumas orientações de como encontrar o ca-minho para administrar melhor as atividades ao longo dos dias podem ajudar. Ao lado, listo cinco armadilhas que não ajudam na organização.

•Não anotar suas demandas - Se você faz gestão de tempo por memória, é provável que as urgências e esquecimentos tornem-se rotineiros. Faça o que cha-mo de “sessão descarrego”, tire tudo da cabeça e es-creva o que deve ser feito na agenda ou computador;

•Lotar a segunda-feira - Uma segunda-feira mal planejada é a chave para estragar o restante da sema-na. Se você perder o controle das suas atividades no primeiro dia e não recuperar na terça-feira, dificilmente conseguirá manter o planejamento;

•Planejar o dia - O dia não deve ser planejado, ele deve ser priorizado! O planejamento é antecedência, isso significa que você deve pensar nas suas ativida-des, no mínimo, dos próximos três dias, caso contrário será quase impossível reduzir as urgências;

•Trabalhar por e-mail - Quem deve definir a sua ro-tina é você mesmo, e não as demandas que chegam pela internet. É um grande erro ficar com o correio ele-trônico aberto o tempo todo, por isso estipule alguns horários por dia para verificar a sua caixa;

•Usar o calendário para anotar tarefas - Seu dia possui tarefas (não têm um horário pré-determinado) e compromissos (com hora de início e término). Des-sa forma, a adoção de um calendário não é uma boa alternativa. Isso porque este método não foi feito para agendar atividades ao longo do dia.

Com mais estes exemplos, reitero que os métodos errados podem arruinar uma agenda realmente eficaz. Não basta apenas focar no que uma boa gestão do tempo trará de benefícios, é importante, antes, verificar quais os meios adequados para chegar até ela e quais aqueles que devem ser evitados.

*Christian Barbosa é especialista em administração de tempo e produtividade, é CEO da Triad PS. Autor dos livros “A Tríade do Tempo”; “Você, Dona do Seu Tempo”; e “Estou em Reunião”; e co-autor do “Mais Tempo, Mais Dinheiro”. Sua mais nova obra: “Equilíbrio e resultado – Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?”

OPINIÃO

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