Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Ind. Metal. Mecân. e de Mat. Elét. de Canoas e Nova Santa RitaAno XXIV Nº 360 Junho / 2018

A Vez e a VozTodos(as) ao Sindicato para avaliar e votar a proposta do reajuste salarial!

CAMPANHA SALARIAL 2018

Companheiros/as:Nossa campanha salarial avançou na mesa de negociações nos últimos dias e uma proposta - que ainda está em fase de negociações - deverá ser formalizada e conhecida nos próximos dias.

Este é o motivo pelo qual a direção do Sindicato dos Metalúrgicos convoca a assembleia geral decisiva da próxima quinta-feira, 28 de junho, para avaliar, aprovar ou rejeitar a proposta apresentada nas negociações.

Neste ano estão sendo negociadas apenas as cláusulas econômicas, que são aquelas que tratam de salários. Mesmo nesta conjuntura econômica de recessão, desemprego e instabilidade política no país e no Estado, a comissão de negociação de nosso sindicato vai lutar até a data da assembleia geral para buscar um reajuste que recupere o poder de compra da categoria ou, no mínimo, reponha as perdas inflacionárias, que este ano, segundo o acumulado do INPC informado pelo IBGE, ficou em apenas 1,69%.

Nesta quinta-feira, todos e todas ao Sindicato para decidir o andamento da Campanha Salarial 2018. Participe!

Mobilização nas fábricasintensifica campanha

Nesta edição do jornal A Vez e a Voz,

você também confere como foi a rodada de assembleias na porta das principais empresas da base. Com início no mês de abril, a Campanha Salarial deste ano levanta não somente a luta em torno do reajuste salarial, mas também traz discussões a respeito das mudanças na legislação trabalhista e os ataques aos direitos e à dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras. Para garantir e melhorar os acordos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que tem validade até abril de 2019, o Sindicato reforçou a necessidade de apoio e mobilização. Confira!

Jornal A Vez e a Voz do Peão - Junho de 20182 Fale com o sindicato pelo fone: 0800.6024955

FÁBRICAS

Trabalhadores(as) mobilizados nas fábricas de Canoas e NSRitaSiemens

Frente à relutância da mesa patronal em discutir a pauta aprovada pela categoria, a última semana foi marcada por assembleias na porta das empresas da base. No dia 15 de junho, a mobilização foi em frente à Siemens, empresa que há quatro anos não reajusta o valor do vale alimentação dos trabalhadores(as). Além da reposição das perdas inflacionárias e de um reajuste real, uma das reivindicações da categoria é a inclusão de um vale alimentação no valor de R$ 250,00, como uma forma de enfrentar o aumento do custo de vida. “Eles acham que dando um prato de comida pra nós é o que fará a gente sobreviver. E nossos filhos em casa? E as despesas do dia a dia?”, questionou o dirigente Flavio de Souza.

O jornal A Vez e a Voz é uma publicação do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita - STIMMMEC

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Salário Mínimo Nacional: R$ 954,00Piso Regional do RS: R$ 1.278,03

INDICADORES SALARIAIS

Pisos salariaisMetalúrgicos / Máquinas Agrícolas: R$ 1.280,00

Reparação de Veículos:R$ 1.375,00 (piso normativo)R$ 4,90/hora (para aprendiz e borracheiro)Adicional de InsalubridadeGrau Médio / 20% do SM: R$ 190,80Grau Máximo / 40% do SM: R$ 381,60

Midea CarrierNa manhã do dia 18, trabalhadores e trabalhadoras

da Midea Carrier se mobilizaram em frente à fábrica, mesmo com os portões abertos para a entrada de todos. Na ocasião, o Sindicato reforçou a importância da Convenção Coletiva de Trabalho – válida até abril de 2019 - e falou dos objetivos de discutir/incluir cláusulas ainda neste ano. “Os muitos temporários que estão sendo contratados pela Midea entram sem os direitos previstos na Convenção, ou ainda, sem direito ao PLR. Agora é a hora de tomar consciência da importância da luta e da representação sindical, assim como dos direitos conquistados para a categoria, se não amanhã serão vocês todos trabalhando sem qualquer garantia”, afirmou o presidente Paulo Chitolina.

MaxiforjaEm frente à Maxiforja no dia 19, a assembleia

ocorreu na entrada de três turnos: 6h30, 7h30 e 21h30. Sendo uma das empresas com maior crescimento na base de Canoas e NSRita, os dirigentes reforçaram não somente os entraves da campanha, mas também os problemas envolvendo o pagamento de adicional para quem trabalha em ambiente insalubre. No que diz respeito ao reajuste, a direção do Sindicato lançou a pergunta: “O que o trabalhador e a trabalhadora vão fazer este ano com 1,69% no seu salário? Se formos colocar 1.69 no salário dos trabalhadores, aqui na Maxiforja, vai dar centavos em hora”, disse Paulo Chitolina, presidente do Sindicato.

BerettaNo mesmo dia, durante o início da tarde, o Sindicato

esteve presente na Galvânica Beretta, em Nova Santa Rita. O encontro com os trabalhadores(as) tratou questões específicas da empresa, como a perda do rancho mensal em caso de atraso e a instalação de câmeras no chão de fábrica. Na ocasião, os dirigentes também relataram o andamento das negociações com o sindicato patronal.

Harman do BrasilNa manhã do dia 20, a empresa da vez foi a

Harman. Sendo um dos pontos de pauta o reajuste salarial, os funcionários(as) da metalúrgica de Nova Santa Rita têm um motivo a mais para acompanhar a discussão com o sindicato patronal. “Aqui se paga o salário mais baixo da nossa categoria e o que foi oferecido na mesa de negociação para fecharmos o acordo com certeza não será o suficiente para os trabalhadores sobreviverem até maio do ano que vem”, declarou Flavião. De acordo com o secretário, não é aceitável que o empregado produza o ano inteiro para que no período de valorização de sua mão de obra a empresa ofereça um reajuste equivalente a centavos por hora de trabalho.

AGCOPara reivindicar os problemas nas negociações

do PROPAR (participação nos lucros da empresa), a parada do dia 21 ocorreu em frente à fábrica da AGCO, em Canoas. A comissão de negociações relatou os entraves e o pedido da empresa de uma mediação junto ao Tribunal Regional do Trabalho, que contraria o princípio de acordo direto entre as partes. Após a assembleia, que também abordou a pauta da Campanha Salarial, os trabalhadores(as) foram convidados a paralisar o dia de trabalho e retornar às suas casas. A empresa, como já ocorrido em outras ocasiões, apelou para a convocação da Brigada Militar, que ao chegar incitou a entrada de muitos companheiros(as) que aguardavam um transporte para ir embora. Não demorou muito para as chefias solicitarem o retorno dos trabalhadores(as) à fábrica, o que, segundo o vice-presidente do Sindicato, Silvio Bica, contraria o direito de paralisação/greve da categoria.

LiessJá a Liess, última empresa da rodada de

assembleias, recebeu o Sindicato na última sexta-feira (22). Paulo Chitolina afirmou a necessidade do acordo coletivo frente à Reforma Trabalhista, em vigor desde novembro passado. “Encaminhamos a pauta ao sindicato patronal com a reivindicação de que não tenha mais empregado terceirizado ou temporário na atividade fim. Quando acontece esse tipo de contrato, o trabalhador não ganha plano de saúde e um salário como os outros colegas”, explicou. Na base, a Liess é a fábrica com maior número de terceirizados na produção.