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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
1
Simulado
Redação para o ENEM - 2016
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma
padrão da língua portuguesa sobre o tema “A escassez d’água cada vez mais presente nos
centros urbanos”, apresentando proposta de conscientização social de respeito ao meio
ambiente e garantia pela qualidade de vida. Selecione, organize e relacione, de forma coerente
e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
MORTE DO VELHO CHICO
Poesia de cordel de: Honorato Ribeiro dos Santos (Zé de Patrício)
Meu Velho, meu Velho Chico,
Quem te viu e quem te vê!...
Não dá mais para acreditar!
Quem quiser te conhecer,
Pois esqueceram de ti,
Tão magro como um faquir
De ti querem esquecer.
Onde está o Velho Chico
Com seus navios a vapor?
Acabou-se o turismo
E o povo dispersou
Em busca de um bom emprego,
Pois aqui virou degredo
E a seca tudo acabou.
Se esse rio morrer
Morre o povo do sertão
Tudo aqui vira deserto
Culpa da desmatação
Esgotos podres a jorrar,
Tantos lixos a amontoar
Sem nenhuma correção. [...]
Adaptado de: <http://www.recantodasletras.com.br/cordel/3094539>. Acesso em: 18 Jul. 2016.
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Texto 2
Rio Doce: A 'morte matada' do que já que sofria de 'morte morrida'
As expressões "morte matada" e "morte morrida", tipicamente mineiras, são perfeitas
para descrever a degradação que tem acontecido na bacia do rio Doce. O rompimento da
barragem de rejeito de mineração no interior de Minas Gerais, em 2015, que afetou a calha
principal do rio em quase toda a sua extensão, foi mais um – e não o único– trágico capítulo
nessa história.
A "morte morrida" da bacia, que vem ocorrendo há pelo menos um século, é fruto do
processo desorganizado de interiorização do país. Para a abertura de áreas agrícolas e a
consolidação de centros urbanos ao longo do rio, houve: devastação e intensa queimada de
florestas; uso intensivo e desqualificado do solo, levando à sua deterioração em boa parte da
bacia; ocupação irregular de margens dos rios; retirada em excesso de água – seja para matar
a sede humana, para uso abusivo na agricultura mecanizada das últimas décadas, pela
desordem urbana ou pela poluição permanente das suas microbacias[...]
Esse histórico de degradação, somado à caça indiscriminada que não parece cessar, fez
com que diversas espécies da fauna fossem extintas regionalmente. No início do século
passado, por exemplo, exemplares do peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) eram
encontrados na foz do rio Doce, mas há muitas décadas não são mais vistos. A ariranha
(Pteronura brasiliensis), o maior mustelídeo do mundo, tem apenas dois registros que
confirmam essa espécie na Mata Atlântica e ambos são da bacia do rio Doce–um do século 19
e outro do início do século 20. Depois desses registros, a espécie nunca mais foi observada
por essas bandas mineiras ou capixabas. A ausência de ambas as espécies demonstra o estado
caótico que o rio Doce alcançou ao longo de décadas de saque, destruição e mau uso. [...]
Como se não bastasse tudo isso, de acordo com laudo técnico do Ministério do
Trabalho, a drenagem insuficiente na Barragem do Fundão, em Bento Rodrigues, distrito de
Mariana, foi considerada a principal causa da tragédia que matou 19 pessoas e asfixiou o rio
Doce com a lama do reservatório da Samarco, em 2015. Nesse caso, a lama afetou
indistintamente todas as partes da bacia, ao percorrer quase 700 km do local do acidente até
sua foz.
Esse ato seria então a "morte matada", aquela considerada como um dolo, ou seja, com
intenção de matar. E assim, nesse início do século 21, o rio Doce foi sacrificado mais uma
vez, com esse acidente grotesco, de prejuízos ambientais incalculáveis e cuja perda de
biodiversidade só será efetivamente calculada após algumas décadas de estudo.
Fabiano Melo
Doutor em Ecologia, pós-doutor em Antropologia, Professor Associado da
Universidade Federal de Goiás e membro da Rede de Especialistas em Conservação da
Natureza.
Adaptado de: <http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2016/07/04/rio-doce-a-morte-matada-do-que-ja-que-
sofria-de-morte-morrida.htm>. Acesso em: 18 Jul. 2016.
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Texto 3
Disponível em: http://wellingtonflagg.blogspot.com.br/2015/11/morte-do-rio-doce-e-eco-sistema.html. Acesso
em: 18 Jul. 2016.
Texto 4
Água: a escassez na abundância
Hoje, 40% da população do planeta já sofre as consequências da falta de água. Além do aumento
da sede no mundo, a falta de recursos hídricos tem graves implicações econômicas e políticas
para as nações.
A água é o recurso natural mais abundante do planeta. De maneira quase onipresente,
ela está no dia a dia dos 7 bilhões de pessoas que habitam o planeta. Além de matar a sede, a
água está nos alimentos, nas roupas, nos carros e na revista que está nas suas mãos—[...] o
recurso mais fundamental para a sobrevivência dos seres humanos enfrenta uma crise de
abastecimento. Estima-se que cerca de 40% da população global viva hoje sob a situação de
estresse hídrico. Essas pessoas habitam regiões onde a oferta anual é inferior a 1 700 metros
cúbicos de água por habitante, limite mínimo considerado seguro pela Organização das
Nações Unidas (ONU). Nesse caso, a falta de água é frequente — e, para piorar, a perspectiva
para o futuro é de maior escassez. De acordo com estimativas do Instituto Internacional de
Pesquisa de Política Alimentar, com sede em Washington, até 2050 um total de 4,8 bilhões de
pessoas estará em situação de estresse hídrico. Além de problemas para o consumo humano,
esse cenário, caso se confirme, colocará em xeque safras agrícolas e a produção industrial,
uma vez que a água e o crescimento econômico caminham juntos. [...]
A diminuição da água no mundo é constante e, muitas vezes, silenciosa. Seus ruídos
tendem a ser percebidos apenas quando é tarde para agir. Das dez bacias hidrográficas mais
densamente povoadas do mundo, grupo que compreende os arredores de rios como o indiano
Ganges e o chinês Yang-tsé, cinco já são exploradas acima dos níveis considerados
sustentáveis. [...]
Adaptado de: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/populacao-falta-agua-recursos-hidricos-
graves-problemas-economicos-politicos-723513.shtml >. Acesso em: 20 Jul. 2016.
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2º Proposta
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma
padrão da língua portuguesa sobre o tema “A homossexualidade não é uma doença. A
homofobia sim.”, apresentando proposta de conscientização social do respeito aos direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Violência homofóbica: Brasil tem 5 denúncias por dia, mas números reais são muito
maiores, diz relatório
De Ana Beatriz Rosa- Publicado: 26/02/2016 20:34 BRT
"Mulher é morta na frente de namorada após ofensas homofóbicas", "Estudante é
assaltado e agredido em crime de homofobia e racismo no Rio", "Uma morte LGBT
acontece a cada 28 horas motivada por homofobia".
Com certeza você já leu alguma dessas manchetes, e o terceiro relatório de violência
homofóbica, publicado nesta sexta-feira (26) pelo Ministério das Mulheres, da Igualdade
Racial e dos Direitos Humanos, destaca: ao menos cinco casos de violência homofóbica são
registrados todos os dias no Brasil.
[...] O estudo é referente aos dados de 2013 - o que demonstra relativa dificuldade e
demora dos órgãos públicos em apurar estas denúncias - e toma como base o conceito de
homofobia para tratar de preconceito ou discriminação (e demais violências) contra pessoas
em função de sua orientação sexual e/ou identidade de gênero.
Naquele ano, foram registradas 1.965 denúncias de 3.398 violações relacionadas à
população LGBT, envolvendo 1.906 vítimas e 2.461 suspeitos.
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Os dados estão longe de corresponder à totalidade dos crimes ocorridos todos os dias,
já que apenas são captadas as queixas feitas por meio das ouvidorias do SUS e das antigas
secretarias de Políticas para Mulheres e de Direitos Humanos, por meio do Disque 100.
Adaptado de <http://www.brasilpost.com.br/2016/02/26/relatorio-
homofobia_n_9330692.html> acesso em 15 jul. 2016.
Texto 2
A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, em seu artigo 5º estabelece
que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros [...] a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade”. Ainda no parágrafo X, do mesmo artigo, [...] “são invioláveis a intimidade, a
vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação”.
Adaptado de< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> acesso em 15 jul.
2016.
Texto 3
ONU lembra Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia; veja principais
ações no Brasil
Publicado em 17/05/2016
Hoje o mundo lembra o Dia Internacional contra a Homofobia e a Transfobia, data na
qual, em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da
Classificação Internacional de Doenças. Desde então, o 17 de maio virou símbolo da luta
por direitos humanos e pela diversidade sexual, contra a violência e o preconceito.
A data foi criada em meio a um cenário em que atitudes homofóbicas e transfóbicas
ainda estão profundamente arraigadas globalmente, expondo lésbicas, gays, bissexuais,
pessoas trans e intersex (LGBTI) de todas as idades a violações aos direitos humanos. O
Brasil, em especial, apresenta dados alarmantes. Segundo pesquisa da organização não
governamental “Transgender Europe” (TGEU), rede europeia que apoia os direitos da
população trans, trata-se do país onde mais se matam travestis e transexuais no mundo. Entre
janeiro de 2008 e março de 2014, foram registradas 604 mortes de homens e mulheres trans
brasileiras.
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Outro relatório sobre violência homofóbica e transfóbica no Brasil, publicado em 2012
pela Secretaria de Direitos Humanos, apontou quase 10 mil denúncias de violações de direitos
humanos relacionadas à população LGBTI registradas pelo governo federal. Em 2011, esse
número era de quase sete mil casos. Apesar disso, o país ainda não dispõe de uma legislação
específica que criminalize delitos com motivações homofóbicas ou transfóbicas. “No contexto
da Agenda 2030, não podemos deixar ninguém para trás. Isso exige de nós um olhar especial
também para a população LGBTI”, disse o coordenador residente das Nações Unidas no
Brasil, Niky Fabiancic. [...]
Adaptado de <https://nacoesunidas.org/onu-lembra-dia-internacional-contra-a-homofobia-e-a-transfobia-veja-principais-acoes-no-
brasil/> acesso em 15 jul. 2016.
Texto 4
Adaptado de < http://noticias.uol.com.br/album/2014/06/11/charges.htm#fotoNav=88> acesso em 15 jul. 2016.
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3º Proposta
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma
padrão da língua portuguesa sobre o tema “Intolerância religiosa”, adiante, apresentando
proposta de conscientização social de respeito ao meio ambiente e garantia pela qualidade de
vida. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Intolerância religiosa faz Brasília criar delegacia especial
Incêndios em terreiros de candomblé e agressões nos últimos meses deixaram moradores
preocupados. Administração do Distrito Federal quer investigar responsáveis e evitar novos
ataques.
por Hylda Cavalcanti, da RBA publicado 25/01/2016 14:16
Brasília – Os casos registrados de
intolerância religiosa aumentaram
quase 70% em todo o Brasil em
2015, mas o número desenfreado
de destruição de estátuas de orixás
e incêndios e ataques a terreiros de
candomblé no Distrito Federal, nos
últimos tempos, tem chamado a
atenção da administração, dos
praticantes e demais moradores de
Brasília e seu entorno. Antes
pouco vistas, as agressões levaram o Governo do Distrito Federal (GDF) a instalar, na
semana passada, a primeira delegacia, já existentes nos estados de Mato Grosso, Pará e
Piauí. Isso porque também especial de repressão aos crimes por discriminação racial e
religiosa, que entrou em funcionamento hoje (25).
Na prática, a delegacia especializada funcionará nos moldes das delegacias de mulheres e
participará de uma série de ações em parceria com outros órgãos para tentar coibir esse tipo
de agressão. Anunciada inicialmente como a primeira do país, a delegacia tem suporte
semelhante a outras três incorporará às suas atribuições a repressão a outros casos, como os
crimes por orientação sexual ou contra a pessoa idosa ou com deficiência.
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Mas, levando-se em conta o que tem acontecido em Brasília e no seu entorno, tem como
foco principal as ações de intolerância religiosa, sobretudo contra os adeptos de religiões de
matriz africana. Governo do DF abre delegacia especializada. “Primeiro foram os incêndios
aos terreiros, entre setembro e novembro do ano passado, depois, a depredação de estátuas
e, por último, o ataque desenfreado a manifestantes que usavam vestes religiosos típicos,
durante passeata de mulheres negras realizada em dezembro, na Esplanada dos Ministérios",
afirma o sociólogo Alessandro Medeiros. "Se o Estado não agir rapidamente para colocar
um freio, dentro em pouco as pessoas não poderão mais sair nas ruas nem manifestar a
escolha por determinada religião." [...]
Adaptado de:<http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/01/casos-de-intolerancia-religiosa-em-brasilia-
assustam-autoridades-que-criam-delegacia-especial-8494.html>. Acesso em: 18 jul. 2016.
Texto 2
INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes
crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição.
Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a
perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa,
discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em
comum certas crenças.
As liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela Declaração Universal dos
Direitos Humanos e pela Constituição Federal. A religião e a crença de um ser humano não
devem constituir barreiras a fraternais e melhores relações humanas. Todos devem ser
respeitados e tratados de maneira igual perante a lei, independente da orientação religiosa.
O Brasil é um país de Estado Laico, isso significa que não há uma religião oficial
brasileira e que o Estado se mantém neutro e imparcial às diferentes religiões. Desta forma, há
uma separação entre Estado e Igreja; o que, teoricamente, assegura uma governabilidade
imune à influência de dogmas religiosos. Além de separar governo de religião, a Constituição
Federal também garante o tratamento igualitário a todos os seres humanos, quaisquer que
sejam suas crenças. Dessa maneira, a liberdade religiosa está protegida e não deve, de forma
alguma, ser desrespeitada. [...]
Adaptado de
<http://www.guiadedireitos.org/index.php?option=com_content&view=article&id=1041&Itemid=263>. Acesso
em: 18 Jul. 2016.
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Texto 3
A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 5º, inciso VI, preceitua
que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício
dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas
liturgias. O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos veda, em seu artigo 2º, primeiro
parágrafo, a discriminação por motivo de religião. Mais adiante, no art. 18, preceitua:
"ARTIGO 18
1. Toda pessoa terá direito a liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Esse
direito implicará a liberdade de ter ou adotar uma religião ou uma crença de sua escolha e a
liberdade de professar sua religião ou crença, individual ou coletivamente, tanto pública como
privadamente, por meio do culto, da celebração de ritos, de práticas e do ensino.
2. Ninguém poderá ser submetido a medidas coercitivas que possam restringir sua liberdade
de ter ou de adotar uma religião ou crença de sua escolha.
3. A liberdade de manifestar a própria religião ou crença estará sujeita apenas a limitações
previstas em lei e que se façam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a
moral públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas.
4. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a respeitar a liberdade dos países e,
quando for o caso, dos tutores legais de assegurar a educação religiosa e moral dos filhos que
esteja de acordo com suas próprias convicções."
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 18 Jul.
2016.
Texto 4
Disponível em:<http://acropolemg.blogspot.com.br/2016_03_01_archive.html>. Acesso em: 18 jul. 2016.
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4º Proposta
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma
padrão da língua portuguesa sobre o tema “O meu direito termina onde começa o do
outro”, apresentando experiência ou proposta de conscientização social que respeite os
direitos do outro. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e
fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto 1
Disponível em:
https://www.google.com.br/search?q=liberdade+de+express%C3%A3o+termina+quando+co
me%C3%A7a+a+do+outro+em+cartoons&biw=1920&bih=965&source=lnms&tbm=isch&sa
=X&ved=0ahUKEwiQgPSzh9rNAhWHjJAKHevaAeUQ_AUIBygC#tbm=isch&q=liberdade
+termina+quando+come%C3%A7a+a+do+outro+em+mafalda&imgrc=GHeINkMNdzeleM%
3A >. Acesso em: 04 jul. 2016.
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Texto 2
"A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro"
(Spencer)
Segundo o Dicionário de Filosofia, em sentido geral, o termo liberdade é a condição
daquele que é livre; capacidade de agir por si próprio; autodeterminação; independência;
autonomia.
A história desse conceito perpassa os estudos de épocas e pensadores diversos e
registra a interpretação de doutrinas sociais bastante variadas. Podemos fazer uma distinção
inicial entre o que se convencionou chamar de concepção “negativa” e “positiva” da
liberdade. Em seu sentido negativo, liberdade significa a ausência de restrições ou de
interferência. O sentido positivo de liberdade significa a posse de direitos, implicando o
estabelecimento de um amplo âmbito de direitos civis, políticos e sociais. O crescimento da
liberdade é concebido como uma conquista da cidadania.
No sentido político, a liberdade civil ou individual é o exercício de sua cidadania
dentro dos limites da lei e respeitando os direitos dos outros. "A liberdade de cada um termina
onde começa a liberdade do outro" (Spencer). [...]
A liberdade de pensamento, em seu sentido estrito, é inalienável, inquestionável.
Reivindicar a liberdade de pensar significa lutar pela liberdade de exprimir o pensamento.
Voltaire ilustra bem essa liberdade: "Não estou de acordo com o que você diz, mas lutarei até
o fim para que você tenha o direito de dizê-lo."
T. Hobbes afirma que o “homem livre é aquele que não é impedido de fazer o que tem
vontade, no que se refere às coisas e que pode fazer por sua força e capacidade”. Kant diz que
ser livre é ser autônomo, isto, é dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente. Para
Jean-Paul Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é, antes de
tudo, livre. O homem é nada antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para
definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo. [...]
De maneira geral, a liberdade de indivíduos ou grupos sempre sugere, ou tem a
possibilidade de implicar, a limitação da liberdade de outros.
Autor: Orson Camargo
Mestre em Sociologia - UNICAMP
Adaptado de:< http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/consciencia-e-liberda-humana-texto-
2.htm >. Acesso em: 04 jul. 2016.
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Disponível em:< http://ordemeliberdadebrasil.blogspot.com.br/2011/05/imprensa-livre-e-o-pilar-da-
democracia.html>. Acesso em: 04 jul. 2016.
A liberdade de expressão na Constituição Federal
No Brasil, o mais amplo princípio constitucional que se invoca, quando se trata de
garantir o direito de comunicação, é a liberdade de expressão. E, por consequência, a
liberdade de imprensa, sem qualquer tipo de censura.
Atualmente, a liberdade de expressão é bem tutelada pela Constituição da Republica
Federativa do Brasil, tendo sua fundamental importância para a construção da democracia
no país:
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes: [...]
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; [...]
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença [...]
“Liberdade de pensamento, de palavra, de opinião, de consciência, de imprensa, de
expressão e informação. Liberdade do trabalho jornalístico de manifestar
pensamentos e de informar. Direito à informação e direito de comunicação.
Adaptado de: <http://karineo.jusbrasil.com.br/artigos/184738381/a-liberdade-de-expressao-o-papel-da-midia-
e-a-banalizacao-do-dano-moral-no-direito-brasileiro>. Acesso em 04 jul. 2016.
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Dano Moral nas Redes Sociais
O 1º Juizado Cível de Taguatinga recentemente condenou um usuário de rede social a
pagar indenização por dano moral por proferir xingamentos no Facebook, o magistrado
entendeu que foi inegável a efetiva mácula à honra da vitima, com palavras de baixo calão,
fundamentou sua decisão alegando que de acordo com o entendimento predominante, o dano
moral, ao contrário do dano material, não reclama prova específica do prejuízo objetivo, vez
que este decorre do próprio fato.
Adaptado de: <http://velosodemelo.jusbrasil.com.br/noticias/100556009/dano-moral-nas-
redes-sociais>. Acesso em 04 jul.
Texto 3
Disponível em:<https://acasadevidro.com/tag/impeachment/>. Acesso em: 04 jul. 2016.