simulado do exame de ordem 20081

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ATENÇÃO 1) O CADERNO DE QUESTÕES É DO ALUNO; 2) O EXAME TEM DURAÇÃO DE 5 HORAS (DAS 8 ÀS 13 HORAS) E O ALUNO SÓ PODERÁ ENTREGAR SEU CARTÃO RESPOSTA A PARTIR DAS 10H30; 3) É PROIBIDO QUALQUER TIPO DE CONSULTA; 4) É VEDADA A UTILIZAÇÃO DE QUALQUER TIPO DE APARELHO ELETRO-ELETRÔNICO, RECEPTOR OU TRANSMISSOR DE MENSAGENS, DADOS OU VOZ, CALCULADORA, AGENDA ELETRÔNICA, TELEFONE CELULAR, BIP, GRAVADOR, FONES DE OUVIDO, WALKMAN, MP3, DISCMAN, PALMTOP E SIMILARES, DEVENDO O ALUNO, AO INGRESSAR NA SALA, DESLIGAR SEUS APARELHOS; 5) TENHA MUITO CUIDADO AO PREENCHER O CARTÃO-RESPOSTA. NÃO RASURE O CARTÃO-RESPOSTA. DUPLA MARCAÇÃO NA MESMA QUESTÃO ANULA AUTOMATICAMENTE A QUESTÃO. OS CARTÕES RESPOSTA SÃO PERSONALIZADOS, PORTANTO, NÃO HÁ COMO SUBSTITUIR SEU CARTÃO EM CASO DE ERRO. EM NENHUMA HIPÓTESE HAVERÁ A SUBSTITUIÇÃO DO CARTÃO-RESPOSTA; 6) O GABARITO DO EXAME SERÁ ENVIADO POR E-MAIL HOJE, DIA 17/05, A PARTIR DAS 14 HORAS. SIMULADO EXAME DE ORDEM - 2008.1 – GABARITO

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  • ATENO

    1) O CADERNO DE QUESTES DO ALUNO;

    2) O EXAME TEM DURAO DE 5 HORAS (DAS 8 S 13 HORAS) E O ALUNO S PODER ENTREGAR SEU CARTO RESPOSTA A PARTIR DAS 10H30;

    3) PROIBIDO QUALQUER TIPO DE CONSULTA;

    4) VEDADA A UTILIZAO DE QUALQUER TIPO DE APARELHO ELETRO-ELETRNICO, RECEPTOR OU TRANSMISSOR DE MENSAGENS, DADOS OU VOZ, CALCULADORA, AGENDA ELETRNICA, TELEFONE CELULAR, BIP, GRAVADOR, FONES DE OUVIDO, WALKMAN, MP3, DISCMAN, PALMTOP E SIMILARES, DEVENDO O ALUNO, AO INGRESSAR NA SALA, DESLIGAR SEUS APARELHOS;

    5) TENHA MUITO CUIDADO AO PREENCHER O CARTO-RESPOSTA. NO RASURE O CARTO-RESPOSTA. DUPLA MARCAO NA MESMA QUESTO ANULA AUTOMATICAMENTE A QUESTO. OS CARTES RESPOSTA SO PERSONALIZADOS, PORTANTO, NO H COMO SUBSTITUIR SEU CARTO EM CASO DE ERRO. EM NENHUMA HIPTESE HAVER A SUBSTITUIO DO CARTO-RESPOSTA;

    6) O GABARITO DO EXAME SER ENVIADO POR E-MAIL HOJE, DIA 17/05, A PARTIR DAS 14 HORAS.

    SIMULADO EXAME DE ORDEM - 2008.1

    GABARITO

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    PUC-RIO PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE DIREITO NCLEO DE PRTICA JURDICA SIMULAO DE EXAME DE ORDEM 2008.1

    DATA: 17.05.2008

    1 Se os bens destinados constituio de uma fundao forem

    insuficientes para a finalidade almejada, na ausncia de disposio do instituidor:

    a. ato ser nulo, pela impossibilidade material de se concretizar a vontade do

    agente; b. incumbir ao Ministrio Pblico determinar o destino que ser dado aos bens; c. os bens sero convertidos em ttulos da dvida pblica, at que, aumentados

    com os rendimentos ou novas dotaes, tornem-se suficientes; d. os bens sero incorporados em outra fundao que se proponha a fim igual ou

    semelhante.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: a resposta correta alternativa d, de acordo com art. 63 do Cdigo Civil, pois respeita a vontade do agente na persecuo de uma finalidade socialmente til. O Cdigo de 1916 determinava a converso em ttulos da dvida pblica, mas foi descartada por subordinar o cumprimento da designao a uma condio.

    2 Quando um hospital exige um cheque-cauo para permitir a internao

    de um paciente em estado grave pode configurar-se: a. dolo; b. coao; c. leso; d. estado de perigo.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: a resposta correta alternativa d, pois est caracterizado o aproveitamento da situao de perigo para extrair benefcio excessivamente oneroso, descrito no art. 156 do Cdigo Civil.

    3 Sobre a indenizao devida em virtude do inadimplemento das

    obrigaes, correto afirmar: a. o juiz poder majorar equitativamente o valor da indenizao se houver

    desproporo entre o grau de culpa e o prejuzo sofrido pelo credor; b. tratando-se de obrigao de pagamento em dinheiro, as perdas e danos resumir-

    se-o aos juros e atualizao monetria, no cabendo indenizao suplementar;

    c. se tiver sido convencionada clusula penal, o credor poder exigir indenizao suplementar se provar prejuzo superior, valendo a clusula penal como mnimo da indenizao;

    d. se tiverem sido dadas arras por ocasio da celebrao do contrato e ainda houver interesse do contratante inocente no cumprimento da obrigao, diante

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    do inadimplemento este poder exigir indenizao suplementar provando prejuzo superior (valendo as arras como mnimo) e a execuo do contrato.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: a resposta correta alternativa d, pois as arras, no regime estabelecido pelo Cdigo Civil de 2002 (art. 419), configuram apenas o mnimo da indenizao e podem ser cumuladas com a execuo do contrato. Nas demais alternativas, a incorreo est em que o juiz somente pode reduzir eqitativamente o valor da indenizao (CC, art. 944, pargrafo nico), no aument-lo; a parte pode pleitear indenizao suplementar nas obrigaes pecunirias se provar o prejuzo superior (CC, art. 404, pargrafo nico); e a clusula penal limita o mximo da indenizao se no houver disposio em sentido contrrio (CC, art. 416, pargrafo nico).

    4 Acerca da proposta de contrato, incorreto afirmar que: a. vincula o proponente, salvo se o contrrio resultar dos seus termos, da natureza

    do negcio ou das circunstncias do caso; b. a oferta ao pblico equivale proposta em seus efeitos, desde que contenha

    todos os requisitos essenciais do contrato e o contrrio no resultar dos usos ou das circunstncias concretas;

    c. se feita por telefone, desobriga-se o policitante se a aceitao no lhe for transmitida em prazo razovel;

    d. se feita por correio eletrnico, desobriga-se o policitante se a aceitao no chegar ao seu conhecimento no prazo moral ou naquele que tenha sido fixado na proposta.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a resposta correta alternativa c, pois de acordo com o inc. I do art. 428 do Cdigo Civil, a proposta feita por telefone equipara-se quela feita a pessoa presente, logo, desobriga-se o proponente se no for imediatamente aceita. Incorreto, portanto, afirmar-se a vinculao do policitante por prazo razovel. As demais alternativas trazem assertivas corretas, porque a vinculao do proponente proposta, com as excees descritas na alternativa a, encontra fundamento no art. 427 do Cdigo Civil; a alternativa c encontra respaldo no art. 429 do Cdigo Civil; e a alternativa d encontra-se de acordo com a regra do art. 428, inc. II, na medida em que a proposta feita por e-mail considera-se realizada entre ausentes, logo, submete-se o proponente ao tempo suficiente para chegar a resposta ao seu conhecimento, a que a doutrina denomina prazo moral.

    5 Considere as seguintes afirmativas: I Se o locatrio permanece no imvel por mais trinta dias a contar do

    trmino do prazo ajustado em contrato para temporada, a locao prorroga-se por tempo indeterminado, cabendo a qualquer das partes a resilio unilateral a qualquer momento, mediante aviso prvio de trinta dias contraparte.

    II Aplica-se a Lei do Inquilinato s locaes em shopping center, mas se excluem diversas clusulas protetivas do locatrio em razo da prevalncia da iniciativa privada nesses contratos.

    III vlida a clusula em contrato de locao que isenta o locador de ressarcir as benfeitorias realizadas pelo locatrio, ainda que necessrias.

    IV Melhor proposta de terceiro autoriza ao locador resistir pretenso renovatria do locatrio em contrato no-residencial.

    correto afirmar que: a. so verdadeiras todas as afirmativas; b. so verdadeiras as afirmativas I, II e III;

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    c. so verdadeiras as afirmativas II, III e IV; d. so verdadeiras as afirmativas I e III.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a resposta correta alternativa c, pois falsa a afirmativa I, na medida em que, conforme o art. 50, pargrafo nico, da Lei n. 8.245/ 91, havendo prorrogao, o locador s pode denunciar o contrato aps trinta meses de vigncia ou nas hipteses do art. 47. As demais assertivas so verdadeiras, porque o art. 54 da Lei do Inquilinato, ainda que sujeitando o contrato de locao em shopping center lei especial, impe a prevalncia das condies livremente pactuadas entre lojistas e empreendedores; em regra, o locatrio tem direito a indenizao pelas benfeitorias necessrias e teis autorizadas pelo locador, mas a regra dispositiva, consoante o art. 35 da LI; e a existncia de proposta de locao por terceiro em melhores condies constitui uma das matrias que pode ser alegada em defesa pelo locador, para evitar a renovao da avena, conforme art. 72, inc. III, da LI, no que pese o direito do locatrio a aceitar tais condies ( 2) ou a haver indenizao prevista no art. 52, 3.

    6 correto afirmar que: a. o possuidor de boa-f tem direito a indenizao pelas benfeitorias realizadas pelo

    seu valor atual, o possuidor de m-f no pode exigir do reivindicante mais do que o seu custo, se inferior ao valor atual das benfeitorias;

    b. o possuidor de boa-f faz jus a indenizao por todas as benfeitorias realizadas necessrias, teis e volupturias bem como a exercer o direito de reteno pelo seu valor integral;

    c. o possuidor de m-f s faz jus a indenizao pelas benfeitorias teis e necessrias e s pode exercer direito de reteno pelo valor das ltimas;

    d. o possuidor de m-f s tem direito indenizao pelas benfeitorias realizadas na coisa se elas ainda existirem ao tempo da evico, o possuidor de boa-f tem direito indenizao ainda que as benfeitorias no mais existissem ao tempo da evico, salvo se deu causa perda ou deteriorao.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: a resposta correta alternativa a, pois, de acordo com o art. 1.222 do Cdigo Civil, o reivindicante, ao indenizar ao possuidor de m-f, pode optar pelo custo das benfeitorias ou o seu valor atual, mas, quanto ao possuidor de boa-f, obriga-se a indenizar pelo seu valor atual. Das demais afirmativas so incorretas, pois contrariam, respectivamente, os arts. 1.219, 1.220 e 1.221 do Cdigo Civil.

    7 Se os cnjuges divorciados pretenderem restabelecer a unio conjugal,

    podero faz-lo: a. por petio conjunta endereada ao juzo que decretou o divrcio; b. por petio conjunta endereada ao juzo do divrcio, desde que no tenham

    partilhado os bens e permaneam no mesmo domiclio conjugal; c. por novo casamento; d. por novo casamento precedido de alvar judicial.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: Tanto o Divrcio como a separao judicial pem termo a sociedade conjugal como se pode notar pelo artigo 1571 do Cdigo Civil. Ocorre que, o teor do artigo 1576 informa que a separao judicial pe termo aos deveres de coabitao e fidelidade recproca e ao regime de bens, permitindo que os cnjuges fiquem dispensados dos deveres de coabitao e fidelidade recproca, sem, no entanto, romper com

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    o vnculo do matrimnio. Termina a sociedade, mas o vnculo se mantm. Esse, s ser rompido com o Divrcio. Assim, os cnjuges separados judicialmente, se quiserem restabelecer o casamento podero requerer ao Juzo que os separou a restaurao da sociedade que, dessa forma, volta a ser um casamento, conforme o que dispe o artigo 1577. Como o Divrcio, ao contrrio, rompe o vnculo e pe termo a sociedade conjugal, para que os cnjuges voltem a estar casados, necessrio um novo casamento, com todos os requisitos relativos sua celebrao.

    8 Para requerer separao judicial, indispensvel o prazo de 1 (um) ano

    do casamento: a. se um dos cnjuges estiver acometido de grave e irreversvel doena mental; b. se o pedido for de separao judicial consensual; c. se o pedido for de separao-falncia; d. se houver ao de nulidade do casamento, pendente de julgamento.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: Segundo a determinao do artigo 1574 do Cdigo Civil, dar-se- a Separao Judicial por mtuo consentimento dos cnjuges que forem casados h mais de um ano e o manifestarem perante o Juiz. Esse prazo era, at a edio do Cdigo Civil de 2002, de dois anos, repetindo o teor do artigo 318 do antigo cdigo que determinava que o desquite por mtuo consentimento poderia ser pedido por ambos os cnjuges desde que os requerentes estivessem casados h, pelo menos, dois anos.

    9 Com fundamento na legislao, doutrina e jurisprudncia dominantes,

    quanto Ao Monitria (Procedimento Monitrio) pode afirmar-se que: a. a prova escrita pode ser composta por vrios documentos que, em conjunto,

    sejam capazes de legitimar a ao monitria; b. o oferecimento de embargos, pelo demandado, depende da prvia segurana do

    juzo; c. o demandante obrigado a utilizar-se da Ao Monitria, no sendo possvel a

    utilizao dos Ritos Ordinrio ou Sumrio; d. a sentena condenatria, transitada em julgado, documento hbil a

    fundamentar o ajuizamento de uma Ao Monitria.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: a resposta correta alternativa a, pois a jurisprudncia e a doutrina dominantes entendem como cabvel a utilizao de vrios documentos, como prova escrita a fundamentar a utilizao do procedimento em tela.

    10 Da deciso proferida em Exceo de Incompetncia, cabe o seguinte

    recurso: a. apelao; b. embargos Infringentes; c. agravo de Instrumento; d. na hiptese, no cabvel qualquer recurso, devendo o interessado impugnar a

    deciso atravs de Mandado de Segurana.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa c. A deciso proferida em Exceo de Incompetncia tem a natureza de deciso interlocutria, devendo ser atacada mediante

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    Agravo na modalidade de Instrumento, vez que faltaria interesse em se recorre na modalidade retida.

    11 Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que no contempla uma das condies da ao (ou condio para o exerccio regular do direito de ao):

    a. legitimidade da parte; b. interesse processual; c. capacidade postulatria; d. possibilidade jurdica do pedido.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a resposta correta alternativa c, vez que o Cdigo de Processo Civil enumera, em seu artigo 267, inciso VI, as condies da ao.

    12 Quanto Execuo (fundada em Ttulo Executivo Extrajudicial) por

    Quantia Certa contra Devedor Solvente, pode-se afirmar que: a. o executado pode opor-se Execuo atravs de Contestao ou de Embargos

    do Devedor; b. no h a necessidade de garantia do juzo para o oferecimento de Embargos do

    Devedor; c. o credor no pode adjudicar o bem penhorado antes de ser tentada a

    arrematao judicial ou particular; d. no existe qualquer vedao penhora do bem de famlia.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa b. Com o advento da Lei 11.232/05, foi afastada a necessidade de garantia do juzo para o oferecimento dos Embargos do Devedor.

    13 No que diz respeito aos Embargos de Declarao: a. o prazo para sua interposio de quinze dias; b. os Embargos de Declarao geram a suspenso do prazo para a interposio de

    outro recurso; c. ainda que o recurso seja considerado protelatrio, no pode o juiz impor multa

    ao Embargante; d. o recurso cabvel para sanar obscuridade ou contradio, existentes na

    sentena ou no acrdo.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa d, nica das alternativas que est de acordo com a disciplina legal dos Embargos de Declarao.

    14 O artigo 282 do Cdigo de Processo Civil traz alguns dos elementos que

    devem fazer parte de uma petio inicial em uma Ao de Rito Ordinrio. No se encontra entre os elementos enumerados pela citada norma:

    a. o valor da causa; b. o pedido com suas especificaes; c. o nome da ao; d. o requerimento para a citao do ru.

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    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa c, que apresenta um elemento estranho ao elenco estabelecido pelo artigo 282 do Cdigo de Processo Civil.

    15 So pressupostos para a concesso de qualquer medida cautelar: a. a hipossuficincia da parte e a necessidade de inverso do nus da prova; b. o fumus boni iuris e o periculum in mora; c. a vacatio legis e o princpio do tempus regit actum; d. a reversibilidade da medida.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa b, que traz em seus termos clssicos os pressupostos das medidas cautelares: o perigo da demora (periculum in mora) e a plausibilidade do direito alegado (fumus boni iuris).

    16 (Questo 20 do Exame de Ordem 2007.2 da Ordem dos Advogados do

    Brasil Seo do Paran). Sobre o direito das sucesses, assinale a alternativa CORRETA:

    a. a ordem de vocao hereditria na sucesso de uma pessoa falecida no dia 1.

    de janeiro de 2000, cujo inventrio se inicia no dia de hoje, subordina-se ao Cdigo Civil de 2002;

    b. o herdeiro legtimo que renunciar ao seu quinho na sucesso legtima no poder receber os legados que lhe tenham sido destinados pelo de cujus em testamento, sob pena de violao regra de que a aceitao e a renncia da herana so indivisveis;

    c. o quinho do descendente de primeiro grau que renunciar herana acrescer exclusivamente ao quinho da viva do de cujus, ainda que tenha o falecido deixado outros descendentes de primeiro grau;

    d. o cnjuge sobrevivente que era casado com o de cujus pelo regime da separao obrigatria de bens herdar a totalidade da herana quando o falecido no houver deixado descendentes nem ascendentes.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: a resposta correta a alternativa d.

    a) Conforme dispe o art. 1.787 do Cdigo Civil, a legitimao para suceder regida pela legislao vigente na data da abertura da sucesso do de cujus e no por aquela em vigor na data da instaurao do inventrio de seus bens;

    b) Consoante se depreende do art. 1.808 do Cdigo Civil, a afirmativa incorreta. perfeitamente compatvel com a legislao vigente que o herdeiro legtimo renuncie a seu quinho na herana legtima e aceite os legados que lhe tenham sido destinados na sucesso testamentria;

    c) Extrai-se da dico do art. 1.810 do Cdigo Civil que, no caso descrito, o quinho do descendente de primeiro grau que renunciar herana acrescer ao quinho de todos os demais herdeiros concorrentes;

    d) Consoante dispe o art. 1.829, III, do Cdigo Civil, o cnjuge herda a integralidade da herana, independentemente do regime de bens do casamento, se no figurarem na sucesso do de cujus descendentes ou ascendentes.

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    17 Aps o trnsito em julgado da sentena penal condenatria, intimado a pagar a pena de multa que lhe fora fixada, mas no o fazendo, o condenado poder:

    a. ter a pena de multa convertida em pena privativa de liberdade; b. ter o valor da pena de multa aumentado; c. ter sua pena de multa convertida em pena restritiva de direitos; d. ter sua dvida inscrita na Fazenda Pblica, com o conseqente ajuizamento de

    ao de execuo fiscal.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: a resposta correta alternativa d, pois a Lei 9.268/96 alterou a redao do artigo 51 do Cdigo Penal, proibindo a converso da pena de multa em privativa de liberdade e considerando a pena de multa como dvida de valor.

    18 Assinale a opo INCORRETA acerca do Regime Disciplinar Diferenciado

    (RDD): a. ter durao mxima de 360 dias, prorrogveis por at um sexto da pena; b. assegura visitas semanais ao preso; c. impede banho de Sol dirio do preso; d. impe recolhimento em cela individual ao preso.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a resposta correta alternativa c, pois segundo o artigo 52, IV da Lei de Execuo Penal o preso em RDDD tem direito a duas horas dirias de banho de Sol.

    19 Qual dos crimes abaixo pode ser considerado de natureza habitual: a. roubo; b. curandeirismo; c. quadrilha ou bando; d. extorso mediante seqestro.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: a resposta correta alternativa b, pois o crime de curandeirismo (artigo 284 do Cdigo Penal) dentre os mencionados o nico de natureza habitual, ao exigir a prtica reiterada de atos de curandeirismo para a configurao da tipicidade.

    20 Pode ser s um engodo, mas, se for verdade, a histria da Segunda

    Guerra Mundial ganhar mais um captulo espantoso. Dois octogenrios garantem que so soldados do Exrcito Imperial japons e que viveram durante os ltimos 60 anos nas florestas da ilha de Mindanao, nas Filipinas, aparentemente sem saber que a guerra acabou h seis dcadas. Segundo o empresrio japons que os encontrou na ilha filipina, prximo cidade de General Santos (1000 km ao sul de Manila), eles queriam voltar para o Japo, mas no o fizeram por medo de enfrentarem corte marcial por desero. Eles no sabiam que o Exrcito Imperial no existe mais. (jornal Folha de So Paulo).

    Caso esses octogenrios viessem a efetuar disparos de arma de fogo

    contra um norte-americano, supondo tratar-se de um soldado inimigo invasor, qual seria a tese jurdica a ser invocada na defesa deles?

    a. legtima defesa; b. estrito cumprimento do dever legal;

  • 9

    c. erro de proibio; d. erro de tipo.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a resposta correta a alternativa c, pois na hiptese incide causa de iseno de pena chamada erro de proibio (artigo 20, 1 do Cdigo Penal), pois os agentes supunham ter efetuado os disparos contra soldado inimigo durante uma guerra, portanto ao abrigo de causa excludente da ilicitude (estrito cumprimento do seu dever legal).

    21 Assinale a alternativa CORRETA: a. a extino da punibilidade de crime que pressuposto, elemento constitutivo ou

    circunstncia agravante de outro se estende a este ltimo; b. as penas restritivas de direitos sempre prescrevem em dois anos; c. o prazo prescricional dos crimes permanentes s comea a correr na data em

    que cessa a permanncia; d. as penas de multa sempre prescrevem em dois anos.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a resposta correta a alternativa c, devido ao disposto no artigo 111, III do Cdigo Penal. As demais alternativas esto incorretas, a teor do disposto nos artigos 108, 109, pargrafo nico e 114, II, todos do Estatuto Repressivo.

    22 Sentindo-se ameaado por CRBERO, um co de grande porte, e no

    tendo para onde fugir, o pedreiro RAIMUNDO abate o animal com nica marretada. Ocorre que o co pertencia a JOS e, como era manso e carente, invadira o parque de obras no qual se encontrava RAIMUNDO em busca de afagos. A conduta de RAIMUNDO:

    a. no configura infrao penal punvel, em razo de legtima defesa; b. no configura infrao penal punvel, em razo de legtima defesa putativa; c. no configura infrao penal punvel, em razo de estado de necessidade; d. no configura infrao penal punvel, em razo de estado de necessidade

    putativo.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa d, pois o ataque de animais, desde que no sejam instigados por seres humanos, no configura agresso, e assim no d ensejo legtima defesa, e sim ao estado de necessidade. Na hiptese, como o ataque foi erroneamente suposto pelo agente, este se encontrava em estado de necessidade putativo, que exclui a culpabilidade ou o dolo, para parte da doutrina nos termos do artigo 20, 1, do Cdigo Penal.

    23 Admitem a chamada exceo da verdade os seguintes crimes contra a

    honra tipificados no Cdigo Penal: a. calnia e difamao, neste caso somente se ofendido for funcionrio pblico e a

    ofensa for relativa ao exerccio das suas funes; b. calnia e difamao, neste caso somente se o ofendido permitir a prova; c. calnia e injria; d. difamao e injria.

    RESPOSTA: LETRA A

  • 10

    COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa a, conforme o disposto nos artigos 138, 3 e 139, pargrafo nico, ambos do Cdigo Penal.

    24 OTELO obriga DEDMONA, mediante ameaa exercida com arma de fogo,

    a com ele praticar sexo anal. Aps isso, mata-a, para assegurar que no noticiaria o fato autoridade policial. Assinale o crime cometido por OTELO:

    a. atentado violento ao pudor seguido de morte (crime preterdoloso); b. estupro seguido de morte (crime preterdoloso); c. homicdio qualificado e estupro, em continuidade delitiva; d. homicdio qualificado e atentado violento ao pudor, em concurso material.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa d, pois dolo direto de homicdio afasta as formas preterdolosas. Quanto alternativa c, o constrangimento prtica de sexo anal configura crime de atentado violento ao pudor e no de estupro, de acordo com o artigo 214 do Cdigo Penal.

    25 GONERIL, desejando a morte de seu pai LEAR, incentiva este ltimo a

    almoar todos os dias em restaurante cuja higiene era extremamente precria. Um dia LEAR vem a falecer em virtude de fortssima intoxicao alimentar, causada por uma das refeies servidas nesse restaurante. Qual a teoria que poderia ser invocada em defesa de GONERIL:

    a. imputao objetiva do resultado; b. atipicidade conglobante; c. adequao social da conduta; d. ilegitimidade do Direito penal do inimigo.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa a, pois a conduta de GONERIL no causou aumento do grau de risco ao bem jurdico penalmente tutelado (a vida de LEAR), no podendo o resultado morte, portanto, ser atribudo a ela, conforme a teoria da imputao objetiva do resultado.

    26 A reparao do dano pode ser causa extintiva da punibilidade: a. no crime de dano culposo; b. no crime de peculato culposo; c. no crime de dano doloso; d. no crime de peculato doloso.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: A resposta correta a alternativa b, a teor do disposto no artigo 312, 3 do Cdigo Penal, que permite a extino da punibilidade do agente que pratica peculato culposo e repara o dano antes da prolao da sentena irrecorrvel.

    27 Assinalar a alternativa correta: a. os crimes hediondos e assemelhados so insuscetveis de anistia, graa, indulto,

    fiana, sendo a pena cominada cumprida em regime inicialmente fechado;

  • 11

    b. a teor do artigo 2.o. da lei 8.072/90, os crimes hediondos, a prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo so insuscetveis de anistia, graa e indulto, sendo ainda vedada a progresso de regime;

    c. a lei 8.072/90 veda expressamente a liberdade provisria nos crimes hediondos; d. a nova redao dada pela lei 11.464/2007 ao artigo 2.o. da lei dos crimes

    hediondos permitiu a fiana nos crimes previstos na lei 8.072/90, mantendo a insuscetibilidade da anistia, graa e indulto.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: a resposta correta alternativa a, pois o artigo 2.o. da Lei 8.072/90 foi modificada pela lei 11.464/2007, permitindo a progresso do regime nos crimes prevista na lei dos crimes hediondos.

    28 Acerca da competncia em matria processual penal, assinale a

    alternativa incorreta: a. a competncia constitucional do Tribunal do Jri contra a vida prevalece sobre o

    foro por prerrogativa de funo estabelecido exclusivamente pela Constituio estadual;

    b. o lugar da consumao da infrao determina, em regra, a competncia jurisdicional, podendo no entanto ser estabelecida a competncia pelo domiclio ou residncia do ru nas hipteses previstas no Cdigo de Processo Penal;

    c. a teor do artigo 291 e seu pargrafo nico da lei 9.503/97, todos os crimes cometidos na direo de veculos automotores so de competncia dos Juizados Especiais Criminais;

    d. o STF entende que no viola a garantia do juiz natural a atrao por conexo ou continncia do processo de co-ru ao foro de prerrogativa de funo de um dos denunciados.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a alternativa a da letra c, pois o artigo 291 e seu pargrafo nico do Cdigo de Trnsito Brasileiro no prev a competncia dos JECRIMs para todos os crimes, mas apenas alguns. Letra a e d so smulas do STF e a letra b, texto de lei (CPP).

    29 Tem cabimento a decretao de priso preventiva: a. para garantia da ordem pblica, para atender o clamor pblico, por convenincia

    da instruo criminal ou para assegurar a aplicao da lei penal, quando houver prova da existncia do crime e indcio suficiente de autoria;

    b. para garantia da ordem pblica, por convenincia da instruo criminal ou para assegurar a aplicao da lei penal, quando imprescindvel para as investigaes do inqurito policial alm da existncia de indcio suficiente de autoria;

    c. nos crimes dolosos punidos com recluso, para garantia da ordem pblica e/ou econmica, por convenincia da instruo criminal, ou para assegurar a aplicao da lei penal, quando houver prova da existncia do crime e indcio suficiente de autoria;

    d. quando a gravidade em abstrato do crime for grande, presumindo-se a periculosidade do agente, a teor do artigo 312 do CPP.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a alternativa correta a letra c, conforme disposto no artigo 312 do CPP.

    30 Em relao ao procedimento penal previsto na lei 11.434/2006 que

    dispe sobre drogas, pode-se afirmar que:

  • 12

    a. a referida lei no revogou inteiramente as leis 6.368/76 e 10.409/2002, permanecendo em vigor algumas disposies destas, sobretudo no que toca a instruo criminal das aes penais relativas aos crimes de trfico ilcito de entorpecentes;

    b. o usurio ou dependente de drogas poder ser preso em flagrante, devendo imediatamente ser encaminhado ao juzo competente;

    c. nos crimes de trfico ilcito de drogas, o inqurito policial obedecer as regras do Cdigo de Processo Penal devendo terminar em 10 (dez) dias se o indiciado estiver preso ou 30 (trinta) dias caso o indiciado esteja solto;

    d. nos crimes de trfico ilcito de drogas, antes do recebimento da denncia ofertada pelo Ministrio Pblico, o juiz notificar o acusado para que oferea defesa prvia no prazo de 10 (dez) dias, para somente aps decidir acerca do recebimento.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: a alternativa correta a letra d, conforme disposto procedimento previsto no artigo 55, caput e pargrafos da lei 11.434/2006 que revogou toda legislao anterior.

    31 Assinale a resposta incorreta: a. alguns recursos so privativos da defesa, a exemplo do protesto por novo jri b. o princpio da reformatio in pejus s aplicvel no processo penal se ambas as

    partes, Defesa e Acusao, recorreram da deciso; c. o Cdigo de Processo Penal permite que o apelante interponha suas razes

    recursais apenas na segunda instncia, desde que o tenha declarado na petio ou termo de apelao;

    d. os embargos de declarao, em sede de ao penal, devero ser opostos em 2 (dois) dias a partir da publicao da deciso embargada.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: a alternativa correta a letra b, uma vez que a reformatio in pejus vedada apenas quando existe recurso exclusivo da defesa.

    32 (OAB-RJ 30 EXAME) A respeito do Recurso de Revista, qual a

    alternativa correta? a. dotado de efeito apenas suspensivo, ser apresentado ao Presidente do

    Tribunal Superior do Trabalho, que poder receb-lo ou deneg-lo, fundamentando, em qualquer caso, a deciso;

    b. dotado de duplo efeito, ser apresentado ao Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, que poder receb-lo ou deneg-lo, quando o recurso no fundamenta violao constitucional da deciso recorrida;

    c. em qualquer rito processual somente ser admitido por contrariedade a smula de jurisprudncia uniforme do Tribunal Superior do Trabalho e violao direta da Constituio da Repblica;

    d. dotado de efeito apenas devolutivo, ser apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poder receb-lo ou deneg-lo, fundamentando, em qualquer caso, a deciso.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A resposta correta a 4a. Os recursos trabalhistas, em regra, tm efeito apenas devolutivo, como o caso do recurso de revista, conforme o pargrafo 1. do art. 896 da CLT.

  • 13

    33 (OAB-RJ 23 EXAME) No Direito processual do Trabalho correto afirmar:

    a. no cabe recurso contra decises interlocutrias; b. somente em caso de omisso aplica-se o CPC; c. segundo a CLT, a regra so as audincias Unas; d. a apelao chama-se Recurso Inominado.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: Embora na prtica quase sempre seja inobservada, a regra da CLT, art. 849, de que a audincia trabalhista seja Una, salvo fora maior. O CPC, segundo o art. 769 da CLT, aplica-se ao processo laboral em casos de omisso e compatibilidade. A apelao trabalhista chama-se Recurso Ordinrio e as decises interlocutrias no processo laboral so irrecorrveis, de imediato, havendo a possibilidade de sua impugnao na preliminar do Recurso Ordinrio.

    34 (OAB-RJ 23 EXAME) Em que casos os Recursos ou o meio de

    impugnao ou de defesa (no caso dos Embargos abaixo) so interponveis no prazo de at 8 dias:

    a. ordinrio, Agravo de Petio e Embargos Execuo (ou penhora); b. revista, Ordinrio e Embargos de Declarao (para estes, autores o classificam

    tambm como Recurso); c. extraordinrio, Ordinrio e Embargos de Terceiro; d. nenhuma das alternativas anteriores.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: Nenhuma das alternativas. Segundo a CLT, em seu art. 893, p. 1o. , os recursos essencialmente de natureza trabalhista, que possuem o prazo de 8 dias, so: RR, RO, AGS, Embargos. Os meios de impugnao, Embargos de Terceiro e a Execuo, tem prazo de 5 dias.

    35 (OAB-RJ 23 EXAME) Inacolhidos os embargos execuo, o

    executado poder interpor: a. agravo de petio; b. recurso ordinrio; c. agravo de instrumento; d. embargos infringentes.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: Inacolhidos os embargos a execuo o executado poder apresentar o recurso denominado Agravo de Petio, conforme o art. 897, letra a.

    36 Qual o prazo para ajuizamento da apelao trabalhista? a. cinco dias; b. quinze dias; c. oito dias; d. dez dias.

    RESPOSTA: LETRA C

  • 14

    COMENTRIOS: Conforme o artigo 895, letra a, o prazo recursal para interposio do Recurso Ordinrio de 8 dias.

    37 (CESPE/ADVOGADO/UNB/96) O perodo mnimo de descanso, entre

    duas jornadas de trabalho, garantido ao empregado pela Consolidao das Leis do Trabalho, de:

    a. 1 hora; b. 2 horas; c. 11 horas; d. 12 horas.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: Art. 66 da CLT trata se de intervalo entre duas distintas jornadas e no intervalo intrajornada, que aquele previsto no art. 71 da CLT e diz respeito ao descanso para almoo.

    38 (CESPE/FISCAL INSS/97) Acerca do direito do trabalhador s frias,

    assinale a alternativa correta: a. o empregado no ter direito remunerao correspondente s frias

    proporcionais, quando a resciso do contrato de trabalho decorrer de culpa recproca das partes;

    b. as faltas do empregado ao servio so descontadas do perodo de suas frias. Assim, o empregado ter direito a vinte e seis dias de frias se, no curso do perodo aquisitivo, forem registradas quatro faltas ao servio;

    c. a converso de um tero do perodo de frias em abono pecunirio uma faculdade atribuda ao empregador, quando estiverem presentes as condies, legalmente previstas, que a autorizam;

    d. o empregado demitido por justa causa reconhecida no julgamento da respectiva reclamao trabalhista no ter direito ao pagamento das frias proporcionais.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A) Na hiptese de culpa recproca, a resciso devida pela metade art. 484 da CLT ou seja, ter direito metade das frias proporcionais. B) As faltas injustificadas no do ensejo ao desconto dos dias respectivos nas frias (uma falta um desconto) art. 130, 1, da CLT. As faltas so apenas consideradas para efeito da proporo dos dias de frias, de acordo com o escalonamento do art. 130 da CLT. C) A converso ao abono uma opo do trabalhador (art. 143 da CLT). D) Correta: a justa causa faz perder as frias proporcionais, o 13 proporcional, o aviso prvio, a indenizao de 40% do FGTS. Em hiptese de justa causa, s so devidas as frias vencidas e o saldo de dias trabalhados.

    39 (CESPE/MDICO/MTB/97) Com referncia insalubridade, marque a

    opo incorreta: a. o simples fornecimento do aparelho de proteo pelo empregador no o exime

    do pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam diminuio ou eliminao da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado;

    b. a descaracterizao da insalubridade por ato da autoridade competente repercute na satisfao do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princpio da irredutibilidade salarial;

    c. os efeitos pecunirios decorrentes do trabalho em condies de insalubridade sero devidos a contar da data da incluso da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministrio do Trabalho;

  • 15

    d. o percentual do adicional de insalubridade incide apenas sobre o salrio contratual e no sobre este acrescido de outros adicionais.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A) No basta ao empregador fornecer o EPI equipamento de proteo individual devendo zelar e obrigar o uso pelo trabalhador. Ver Smula 289 do TST. B) Ver Smula 248 do TST. Se uma atividade deixa de ser considerada insalubre, aqueles trabalhadores perdem o direito ao adicional, que no eterno, mas, sim, devido enquanto existente o agente nocivo sade do trabalhador. C) Ver OJ (orientao jurisprudencial) n 4, I, do TST. D) Errada. O adicional de insalubridade, pela CLT, ainda seria calculado sobre o salrio mnimo, salvo para aqueles que se encaixam no perfil da Smula 17 do TST. Recentemente, o STF editou sua 4 smula vinculante, que decreta a inconstitucionalidade da indexao ao salrio mnimo e repercutir na questo da insalubridade. Mas, por enquanto, pela CLT, no h previso de que este adicional incida sobre o salrio contratual. Esta regra para a periculosidade (ver arts. 192 e 193, 1, da CLT).

    40 (CESPE/ADVOGADO/UNB/96) Acerca do adicional devido ao empregado

    em razo de transferncia que lhe acarrete mudana de domiclio, julgue os itens a seguir:

    I O empregado que, aderindo ao interesse do empregador no seu

    deslocamento, transferir-se em definitivo para a nova localidade, ter direito ao adicional de transferncia correspondente a 25% do salrio.

    II O empregado ter incorporado sua remunerao o adicional de

    transferncia pago continuamente por dois anos, mesmo que volte a se domiciliar na localidade em que estava estabelecido anteriormente transferncia.

    III O adicional de 25% s devido quando a transferncia do

    empregado se efetiva de forma ilcita. IV O empregado transferido a pedido para outra localidade, atendendo

    a seu exclusivo interesse ao qual adere o empregador -, receber somente metade do adicional de transferncia.

    Assinale a opo correta: a. nenhum item est certo; b. apenas um item est certo; c. apenas dois itens esto certos; d. apenas trs itens esto certos.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: I) O adicional de transferncia s devido na hiptese de transferncia temporria e no nas definitivas. Ver art. 469, 3, da CLT e OJ 113 do TST. II) Idem acima: sendo temporria a transferncia, no h incorporao eterna do adicional. III) No est ligado licitude ou no da transferncia, mas, to somente, sua temporariedade. IV) Em sendo solicitada a transferncia pelo empregado, no h que se falar em adicional.

    41 (CESPE/FISCAL INSS/97) A respeito do aviso prvio, marque a opo

    errada: a. o aviso prvio devido ao empregado, na hiptese de despedida indireta; b. formalizado o aviso prvio, a resciso do contrato de trabalho torna-se efetiva

    somente depois de expirado o respectivo prazo. Assim, se o empregado

  • 16

    notificante, no curso do prazo do aviso, reconsiderar o ato, o empregador poder aceitar a reconsiderao;

    c. a lei autoriza que, sendo combinado o cumprimento do aviso prvio mediante reduo de duas horas na jornada de trabalho, o empregado e o empregador ajustem a prestao de servios naquele perodo mediante a remunerao dobrada das horas nas quais o empregado deveria ser dispensado;

    d. o trabalhador rural e o trabalhador domstico tm direito ao aviso prvio.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A) A despedida indireta a justa causa do empregador (art. 483 da CLT) e as verbas rescisrias so as mesmas de uma dispensa sem justa causa. Ver art. 487, 4, da CLT. B) A parte que recebe o aviso no obrigada a aceitar a reconsiderao da outra, mas pode, se quiser, aceitar, ocasio em que o contrato continua a fluir normalmente art. 489 da CLT. C) O empregador no pode frustrar a regra imperativa do art. 488 da CLT. Ver Smula 230 do TST. D) A CRFB/88 equiparou o trabalhador rural ao urbano e estendeu aos domsticos alguns direitos trabalhistas, entre os quais, o aviso prvio. Ver art. 7, pargrafo nico, da Constituio Federal.

    42 (CESPE/FISCAL INSS/97) Acerca das estabilidades especiais de

    trabalhadores, previstas no direito brasileiro, marque a opo correta: a. o trabalhador que sofre acidente no local de trabalho ficando incapacitado

    apenas temporariamente para a atividade laboral goza de estabilidade no emprego at a data em que, por deciso de uma junta mdica oficial, seja considerado novamente apto para o trabalho;

    b. o empregado eleito suplente de conselho fiscal de sindicato goza de estabilidade no emprego at um ano aps o trmino do mandato;

    c. observadas as formalidades legais, o diretor de um sindicato poder ser demitido, mesmo na vigncia do seu mandato, se cometer falta grave;

    d. os empregados designados pelo empregador como representantes da empresa na Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) gozam de estabilidade no emprego at um ano aps o encerramento do mandato.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A) Os requisitos para a estabilidade do acidentado do trabalho esto previstos, basicamente, no art. 118 da lei previdenciria (8.213/91) e na Smula 378 do TST. B) Apenas gozam de estabilidade os membros da diretoria e suplentes e, mesmo assim, limitados a 7 titulares e 7 suplentes. Os membros de conselho fiscal e suplentes no tm a estabilidade. Ver arts. 8, VIII, da CRFB/88, 522 e 543, 3, da CLT, Smula 369, II, do TST. C) Correto. A falta grave deve ser apurada em inqurito judicial e pode gerar o trmino do contrato. Ver art. 853 da CLT. D) S os membros eleitos pelos empregados gozam da estabilidade. Os indicados (nomeados) pelo empregador no. Ver art. 165 da CLT e art. 10, II, do ADCT da CRFB/88.

    43 (CESPE/MDICO/MTB/97) Em relao proteo legal ao trabalho da

    mulher, marque a opo incorreta: a. ao empregador vedado empregar mulher em servio que demande o emprego

    de fora muscular; b. em caso de prorrogao do horrio normal de trabalhadora, ser obrigatrio um

    descanso de quinze minutos, no mnimo, antes do incio do perodo extraordinrio do trabalho;

  • 17

    c. os estabelecimentos em que trabalhem pelo menos trinta mulheres com mais de dezesseis anos de idade devem ter local apropriado para que as empregadas guardem, sob vigilncia e assistncia, os seus filhos no perodo de amamentao;

    d. a proteo dispensada pela legislao trabalhista mulher no se estende quelas que trabalhem em regime de economia familiar, em oficina em que sirvam exclusivamente a pessoas da famlia, submetidas direo de esposo, pai, me, tutor ou filho.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: A) Errado. Pode demandar fora muscular, desde que no ultrapasse os limites previstos no art. 390 da CLT. B) Art. 384 da CLT. C) Art. 389, 1, da CLT. D) Art. 372, pargrafo nico, da CLT.

    44 (CESPE/FISCAL INSS/98) Marque a opo correta a respeito da

    alterao, suspenso e interrupo do contrato de trabalho: a. a alterao de um contrato individual de trabalho s ser vlida quando se

    implementar mediante mtuo consentimento e no resultar em prejuzos para o empregado. Assim, no se admite a alterao unilateral mediante a qual o empregador reverte ao cargo efetivo o empregado que se encontrava no exerccio de funo de confiana;

    b. o empregador no pode, sem a anuncia do empregado, transferi-lo para outro estabelecimento da empresa, ainda que tal transferncia no acarrete a mudana de domiclio do trabalhador;

    c. a suspenso do empregado por mais de trinta dias enseja sua despedida indireta;

    d. a ausncia do empregado acidentado ao trabalho caracteriza, nos primeiros quinze dias, interrupo do contrato de trabalho; a partir do dcimo sexto dia de ausncia, restar caracterizada a suspenso do contrato.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A) A reverso ao cargo efetivo sempre permitida, s havendo restrio quanto perda da gratificao recebida h mais de 10 anos. Ver art. 468, pargrafo nico, da CLT e Smula 372 do TST. B) Se no h mudana de domiclio, no h impedimento, encontrando-se validade no poder diretivo do empregador seu ius variandi. Ver art. 469 da CLT (fala em localidade diversa). C) Essa suspenso por mais de 30 dias caracteriza resciso injusta do contrato. Ver art. 474 da CLT. D) Correta. Os 15 primeiros dias so arcados pelo empregador, o que denota a interrupo do contrato (no h trabalho, mas h remunerao). Do 16 dia em diante, o INSS que pagar o benefcio, gerando a suspenso do contrato (no h trabalho, tampouco remunerao paga pelo empregador).

    45 (CESPE/FISCAL INSS/97) Marque a opo correta relativa resciso do

    contrato de trabalho: a. o empregador estar obrigado a pagar em dobro a parte incontroversa devida ao

    empregado, se no efetuar o pagamento at o quinto dia til do ms subseqente resciso do contrato;

    b. o pagamento das verbas rescisrias dever ser efetuado no ato de homologao da resciso do contrato de trabalho. Essa homologao dever ocorrer at o quinto dia til aps a notificao da demisso ou do encerramento do aviso prvio;

  • 18

    c. a indenizao devida por ocasio da resciso do contrato de trabalho instituto de proteo ao trabalhador. O direito brasileiro no admite, portanto, que se imponha ao trabalhador o dever de indenizar o empregador em decorrncia de prejuzos advindos da cessao da relao de emprego;

    d. o pedido de demisso de empregado com mais de 1 ano s ser vlido quando feito com a assistncia do respectivo sindicato ou perante a autoridade do Ministrio do Trabalho.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A) A previso de pagamento em dobro das verbas rescisrias encontra amparo no art. 467 da CLT.

    46 (CESPE/PROCURADOR INSS/97) Com relao ao regime do FGTS,

    marque a opo errada: a. na resciso do contrato de trabalho por fora maior, o empregador deve pagar

    ao empregado multa indenizatria de 20% sobre todos os depsitos realizados na conta vinculada do FGTS, durante a existncia do contrato, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros;

    b. na resciso do contrato de trabalho por culpa recproca, o empregador deve pagar ao empregado multa indenizatria de 20% sobre todos os depsitos realizados na conta vinculada do FGTS, durante a existncia do contrato, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros;

    c. a conta vinculada do trabalhador temporrio no pode ser movimentada por ocasio da extino normal do contrato de trabalho a termo;

    d. o regime do FGTS pode ser estendido, por iniciativa da empresa, aos diretores no-empregados.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A) Redao do art. 18, 2, da Lei 8.036/90. B) Redao do art. 18, 2, da Lei 8.036/90. C) Errado: redao do art. 20, IX, da Lei 8.036/90. D) Redao do art. 16 da Lei 8.036/90.

    47 Esclarea qual o rgo da sociedade annima de capital aberto, que

    tem competncia para a alienao de bens do ativo permanente da companhia?

    a. diretoria; b. assemblia geral; c. conselho fiscal; d. nenhuma das respostas anteriores.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: Uma companhia ou sociedade annima possui 4(quatro) rgos principais: assemblia geral, conselho de administrao, diretoria e o conselho fiscal. De acordo com o pargrafo 2, do artigo 138 da Lei n 6.404/76 (LSA), as companhias abertas e de capital autorizado tero obrigatoriamente conselho de administrao. Alm disso, o artigo 142, inciso VIII da LSA, dispe que compete ao conselho de administrao autorizar a alienao de bens do ativo permanente da companhia.

    48 Com base na Lei n 11.101/2005 (que regula a recuperao judicial, a

    extrajudicial e a falncia do empresrio e da sociedade empresria), assinale qual das afirmaes abaixo est errada:

  • 19

    a. a Lei supramencionada no se aplica s empresas pblicas, bem como s

    sociedades de economia mista; b. da deciso que decreta a falncia cabe agravo, e da sentena que julga a

    improcedncia do pedido cabe apelao; c. o prazo de contestao na falncia de 15 (quinze) dias; d. a decretao da falncia das concessionrias de servios pblicos implica

    extino da concesso, na forma da lei.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A letra c a questo que dever ser assinalada, pois est incorreta. De acordo com o artigo 98 da Lei n 11.101/2005, o devedor citado no processo falimentar, poder apresentar contestao no prazo de 10 (dez) dias. A letra a est correta (ver artigo2). A letra b est correta (ver artigo 100). A letra d est correta (ver artigo 195).

    49 Tendo em vista o Cdigo Civil (Lei n 10.406/2002), assinale a questo

    correta, no que diz respeito s sociedades limitadas: a. na sociedade limitada, a responsabilidade de cada scio restrita ao valor de

    suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralizao do capital social;

    b. no vedada no capital social contribuio que consista em prestao de servios;

    c. o contrato social somente poder prever a regncia supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade simples;

    d. pela exata estimao de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os scios at o prazo de 2(dois) anos da data de registro da sociedade.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: De acordo com o artigo 1.052 da Lei n 10.406/2002.

    50 Com relao aos ttulos de crdito incorreto afirmar: a. o ttulo de crdito, documento necessrio ao exerccio do direito literal e

    autnomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei;

    b. o Cdigo Civil vedou genericamente o aval parcial, ao contrrio do que dispe a legislao especial relativa a determinados ttulos de crdito;

    c. a nota promissria uma ordem de pagamento vista; d. a letra de cmbio uma ordem de pagamento.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A resposta que dever ser assinalada a letra c, tendo em vista que est incorreta, j que a nota promissria uma promessa de pagamento.

    51 Com relao Lei n 8.934/1994, que dispe sobre o registro pblico de

    empresas mercantis e atividades afins, assinale a alternativa abaixo que est errada:

    a. qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poder consultar os

    assentamentos existentes na Juntas Comerciais e obter certides, mediante pagamento do preo devido;

    b. a proteo ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alteraes;

    c. o nome empresarial obedecer aos princpios da veracidade e da publicidade;

  • 20

    d. expirado o prazo da sociedade celebrada por prazo determinado, esta perder a proteo de seu nome empresarial.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A letra c est incorreta, tendo em vista que de acordo com o artigo 34, da Lei em anlise, o nome empresarial obedecer aos princpios da veracidade e da novidade. A letra a est correta (ver artigo 29). A letra b est correta (ver artigo 33). A letra d est correta (ver artigo 59). Com relao s questes envolvendo nome empresarial interessante que o aluno (a) analise a instruo normativa n 104 do DNRC (ver site www.dnrc.gov.br).

    52 Com relao Lei n 9.279/1996, que regula direitos e obrigaes

    relativos propriedade industrial, assinale a alternativa incorreta: a. consideram-se bens mveis, para os efeitos legais, os direitos de propriedade

    industrial; b. marca registrada no Brasil considerada de alto renome ser assegurada

    proteo especial, em todos os ramos de atividade; c. quem usa indevidamente nome comercial, ttulo de estabelecimento ou insgna

    alheios ou vende, expe ou oferece venda ou tem em estoque produto com essa referncias, comete crime de concorrncia desleal;

    d. o INPI no far o registro dos contratos que impliquem contratos de transferncia de tecnologia, contratos de franquia e similares para produzirem efeitos em relao a terceiros, j que tais contratos so registrados nas juntas comerciais.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A letra d est errada de acordo com o artigo 211 da Lei n 9.279/96. A letra a est correta (ver artigo 5). A letra b est correta (ver artigo 125). A letrac est correta (ver artigo 195, inciso v).

    53 (OAB/ SC 2003) Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com o

    Cdigo de Defesa do Consumidor (Lei n.o 8.078/90, de 11 de setembro de 1990):

    a. a ignorncia do fornecedor sobre os vcios de qualidade por inadequao dos

    produtos e servios o exime da responsabilidade de indenizar; b. uma pessoa jurdica de direito pblico no pode ser considerada fornecedor; c. o direito de reclamar pelos vcios aparentes ou de fcil constatao caduca em

    30 (trinta) dias, tratando-se de fornecimento de servio e de produtos no durveis, e 90 (noventa) dias, tratando-se de fornecimento de servio e de produtos durveis;

    d. a pessoa jurdica no considerada Consumidor em nenhuma hiptese.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: a resposta correta alternativa c, pois a nica que se coaduna com os ditames do CDC, mormente com o artigo 26, incisos I e II, que fixa em 30 dias o prazo para o consumidor reclamar por vcios aparentes ou de fcil constatao com relao a bens no durveis e em 90 dias o prazo referente aos bens durveis. A alternativa a no est correta, pois a responsabilidade do fornecedor de bens e servios objetiva e s haver iseno de responsabilidade caso o fornecedor demonstre a ocorrncia de uma das hipteses indicadas no artigo 12, 3. e seus incisos, para os casos relacionados ao fato do produto/servio, ou art. 14 , 3. e incisos, para os casos referentes ao vcio do produto/servio, acrescentando s hipteses o caso fortuito e a fora maior. A alternativa b est incorreta, pois a pessoa jurdica de direito pblico pode ser considerada fornecedora de

  • 21

    bens e servios, tendo como exemplos a CEDAE, CEF e os CORREIOS. Por ltimo, temos que a alternativa d est incorreta, pois a pessoa jurdica pode ser considerada consumidora, desde que seja a destinatria final do produto ou do servio.

    54 (TJ/ BA - Juiz Substituto 1999) Assinale a alternativa CORRETA, de

    acordo com o Cdigo de Defesa do Consumidor: O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito:

    a. ao dobro do que pagou em excesso, a titulo de repetio de indbito, acrescido

    de correo monetria e juros legais; b. restituio simples do valor que pagou em excesso, acrescida de juros legais e

    correo monetria; c. a respeito do indbito, por valor igual ao que pagou, acrescido de 50%

    (cinqenta por cento), juros legais e correo monetria; d. a receber a ttulo de restituio, o valor que pagou em excesso, e como

    indenizao a quantia correspondente a duas vezes o valor da restituio.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: a resposta correta alternativa a, pois a nica que se coaduna com os ditames do CDC, mormente com o nico do artigo 42, que garante ao consumidor cobrado em quantia indevida o direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria e juros legais. As demais alternativas esto incorretas, pois no tm amparo legal.

    55 No que se refere s regras determinadas pela Constituio Federal que

    regulam os processos eleitorais, correto afirmar que: a. nas eleies para Presidente da Repblica, apenas os votos nulos no se

    consideram votos vlidos; b. admite-se, com base no princpio federativo, que os estados federados adotem

    sistema eleitoral distrital misto para escolha de Deputados Estaduais; c. o sistema proporcional se aplica s eleies dos ocupantes de quaisquer cargos

    eletivos do Congresso Nacional; d. nas eleies para a Cmara dos Deputados, a escolha dos candidatos se processa

    em cada estado federado e no Distrito Federal, separadamente, sob a gide do princpio proporcional, no podendo nenhum estado ou o Distrito Federal ser representado por menos de 8 (oito) deputados e mais de 70 (setenta).

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: A alternativa a incorreta, pois so votos vlidos os que no forem nulos ou brancos. A alternativa b incorreta porque o art. 27, 1 da CF determina que se apliquem aos mandatos dos Deputados Estaduais as demais regras constitucionais sobre sistema eleitoral. Portanto, com base no princpio da simetria, deve ser estendida a aplicao do art. 45, caput, que estabelece o princpio proporcional como critrio de deciso das eleies de Deputados Federais, s eleies dos Deputados Estaduais. A alternativa c incorreta, na medida em que os Senadores so eleitos segundo o princpio majoritrio (art. 46, caput da CF). A alternativa d correta, tendo em vista que reflete o que se determinou pelo art. 45, 1 da Constituio Federal.

    56 da natureza do princpio federativo: a. descentralizao territorial do poder poltico; b. subordinao hierrquica das leis estaduais em relao lei federal; c. padronizao das constituies estaduais;

  • 22

    d. adoo do regime presidencialista de governo.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: A alternativa a correta porque a finalidade primeira de uma federao a descentralizao do poder poltico. A alternativa b incorreta porque em toda federao h distribuio de competncias exclusivas entre a Unio e os estados federados, ao menos. Assim, as leis estaduais no encontram subordinadas s leis federais por um regime de hierarquia normativa, ou seja, as leis federais no so fundamento de validade das leis estaduais. A alternativa c incorreta, pois a padronizao das constituies estaduais determinaria uma ntida e indevida restrio autonomia federativa. A alternativa d incorreta, na medida em que o presidencialismo diz respeito ao sistema de governo e no forma de Estado, que o caso da federao.

    57 No que se refere forma republicana de governo e de acordo com o que

    determinou a Constituio Federal de 1988, no procede a seguinte assero:

    a. A vitaliciedade vedada aos ocupantes de quaisquer cargos pblicos; b. Aos ocupantes de cargos eletivos cabe responsabilidade pelo atos praticados no

    exerccio das funes inerentes ao cargo ocupado; c. A impessoalidade deve orientar a ao dos gestores dos bens pblicos; d. Aplica-se o princpio da eletividade para escolha dos membros de rgos

    legislativos.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: A alternativa a incorreta porque a vitaliciedade admitida em hipteses excepcionais, quando justificvel for. o caso dos magistrados, cujo cargo vitalcio, nos termos do art. 95, I da Constituio Federal.

    58 Quanto ao conceito de constituio, correto afirmar que: a. em termos sociolgicos, segundo Ferdinan Lassalle, constituio significa a

    resultante da soma dos fatores reais de poder que, por configurarem a constituio real e efetiva, constituem a lei fundamental de um Estado;

    b. o conceito poltico de constituio, cunhado por Carl Schmitt, se compreende mediante uma deciso poltica de qualquer natureza;

    c. a constituio, em seu sentido jurdico, o mesmo que a norma fundamental hipottica, concebida por Kelsen como fundamento ltimo de qualquer sistema normativo;

    d. a constituio deve ser necessariamente escrita, do contrrio, inexiste constituio.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: A alternativa a correta porque reproduz fielmente o conceito sociolgico de constituio cunhado por Lassalle A alternativa b incorreta, pois Carl Schmitt afirma categoricamente que apenas as decises polticas fundamentais instituem constituies. A alternativa c incorreta, na medida em que, segundo Kelsen, a constituio se fundamenta na prpria norma fundamental hipottica, que um juzo lgico-transcendental necessrio para que aceitemos logicamente o fundamento primeiro de uma constituio. A alternativa d incorreta, pois a doutrina unnime em considerar a hiptese de constituies no-escritas, tanto que essa uma das classificaes de constituio estabelecidas doutrinariamente.

  • 23

    59 Considerando os modos de exerccio da funo legislativa determinados

    pela Constituio da Repblica Federativa do Brasil, correto afirmar que:

    a. A funo legislativa exercida predominantemente, mas no exclusivamente,

    pelo Legislativo, que tem a Cmara dos Deputados como protagonista do exerccio do poder de legislar, visto que o Senado atua como mero rgo colaborador no processo legislativo;

    b. O Presidente da Repblica pode exercer funo legislativa apenas em virtude de atribuio constitucional do poder de legislar, jamais por intermdio de delegao;

    c. As Medidas Provisrias podem envolver matria referente majorao de tributos, mas no podem regular contedos pertinentes ao direito penal e ao direito processual civil;

    d. O STF, ao exercer o controle concentrado de constitucionalidade, participa do processo de elaborao de leis, ainda que de modo negativo, ao sustar a validade dos atos normativos inconstitucionais.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A alternativa a incorreta, pois o Senado participa do processo legislativo em p de igualdade com a Cmara dos Deputados, no sendo mero colaborador. A alternativa b incorreta, pois o Presidente da Repblica, nos termos do art. 68 da CF, pode exercer funo legislativa por delegao. A alternativa c correta, pois se enquadra perfeitamente nas hipteses previstas no art. 62, 1, I, b e no art. 62, 2, ambos da CF. A alternativa d incorreta, pois o STF s habilitado a realizar o controle de constitucionalidade de leis j em vigor, ou seja, tais leis so a conseqncia do encerramento do processo de tramitao de um projeto de lei.

    60 Assinale a alternativa correta sobre os remdios constitucionais: a. A ao popular tem por finalidade evitar que sejam realizados atos

    administrativos lesivos ao patrimnio pblico, sendo atribuda legitimidade para impetrar ao popular a qualquer brasileiro, nato ou naturalizado;

    b. O mandado de injuno um remdio eficaz para suprir a omisso do poder pblico, permitindo o exerccio de direitos fundamentais na ausncia de norma regulamentadora, e para interromper leses a direitos fundamentais que j houverem sido regulamentados por normas infraconstitucionais;

    c. O habeas data tem por finalidade a garantia do livre acesso dos indivduos aos dados de interesse pessoal, armazenados por bancos de dados de carter pblico, que podem ser organizados e geridos pelo prprio poder pblico ou por entidades privadas;

    d. O mandado de segurana busca tutelar direito lquido e certo no defensvel por habeas corpus ou habeas data e se dirige contra atos de autoridades que devem necessariamente representar pessoas jurdicas de direito pblico.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A alternativa a incorreta, pois s pode impetrar ao popular quem pode exercer direitos polticos. Assim, brasileiros natos ou naturalizados que no preencherem os requisitos constitucionais para o exerccio pleno dos direitos polticos, no podem impetrar ao popular. o que determina a lei 4717/65, que regulamenta a ao popular. A alternativa b incorreta, na medida em que o mandado de injuno apenas se aplica aos casos em que a omisso do poder pblico torna invivel o exerccio de direitos fundamentais. Se houver leso a um direito fundamental j regulamentado, outro remdio deve ser usado.

  • 24

    A alternativa c correta, pois o habeas data pode ser usado tanto contra atos de entidades governamentais quanto contra atos de bancos de dados de carter pblico, nos termos do art. 5, LXXII da CF. Por bancos de dados de carter entende-se qualquer banco de dados que fornea informaes de carter pessoal a terceiros, independente de tais bancos de dados pertencerem a pessoas jurdicas de direito pblico ou de direito privado. A alternativa d incorreta, pois o art. 5, LXIX da CF estabelece que atos de agentes de pessoas jurdicas no exerccio de atribuies do poder pblico tambm podem ser impugnados por mandado de segurana.

    61 Quanto ao controle de constitucionalidade, verdadeiro afirmar que: I De acordo com a doutrina e a jurisprudncia, um dos principais

    aspectos do controle abstrato de constitucionalidade a no-vinculao imediata de interesses subjetivos nos processos que desencadeiam tal forma de controle.

    II No Brasil, o controle concreto de constitucionalidade sempre se realiza por via incidental.

    III As Comisses de Constituio e Justia da Cmara dos Deputados e do Senado Federal podem realizar controle poltico de constitucionalidade de projetos de lei em tramitao nessas casas legislativas.

    IV Os efeitos temporais da deciso em controle concentrado de constitucionalidade, de acordo com a legislao vigente, se produzem, em qualquer hiptese, com eficcia ex tunc.

    Assinale: a. se I e III forem verdadeiras; b. se II e IV forem verdadeiras; c. se II e III forem verdadeiras; d. se I e IV forem verdadeiras.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: A afirmativa I verdadeira, pois, segundo a doutrina e a jurisprudncia, o controle abstrato se desencadeia mediante processo objetivo, isto , sem partes. No h influncia, portanto, de interesses subjetivos imediatamente vinculados ao processo. A afirmativa II falsa, visto que h uma hiptese de controle concreto por via direta, que a ao direta interventiva. A afirmativa III verdadeira, pois da competncia das Comisses de Constituio e Justia realizar a verificao da constitucionalidade dos projetos de lei, exigindo modificao ou arquivamento dos projetos que contiverem dispositivos contrrios Constituio Federal. A afirmativa IV falsa, na medida em que as leis 9868/99 e 9882/99 determinaram a possibilidade de mitigao dos efeitos ex tunc das decises em sede de controle concentrado. Tal mitigao pode ser efetivada por deciso de dois teros dos membros do STF.

    62 Considere os atos normativos hipotticos abaixo: I Lei ordinria instituiu um novo Estatuto da Magistratura, seguindo as

    diretrizes do art. 93 da Constituio Federal. II Emenda constitucional foi aprovada em turno nico de votao por

    4/5 dos Deputados Federais, o mesmo ocorrendo no Senado Federal. III Emenda constitucional devidamente aprovada pelo Congresso

    Nacional foi responsvel pela alterao do art. 5, LXVI da Carta Magna, que passou a prever apenas uma hiptese de priso civil por dvida, a do devedor de obrigao alimentcia, retirando-se do texto constitucional a priso civil do depositrio infiel.

    Em se tratando da constitucionalidade dos atos normativos acima

    citados, possvel afirmar:

  • 25

    a. I, II e III so inconstitucionais; b. I e II so inconstitucionais e III constitucional; c. I inconstitucional, enquanto II e III so constitucionais; d. I, II e III so constitucionais.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: A lei ordinria da hiptese I inconstitucional, pois o art. 93 requer lei complementar para que se estabelea regulao sobre o Estatuto da Magistratura. A emenda constitucional da hiptese II inconstitucional, pois o art. 60, 2 da Constituio Federal determina que sejam dois os turnos de votao em cada casa do Congresso Nacional. H inconstitucionalidade formal. A emenda constitucional da hiptese III constitucional, na medida em que acrescentou um direito individual ao sistema de direitos fundamentais ao proibir a priso por dvida do depositrio infiel. No houve, portanto, violao ao art. 60, 4, IV da Constituio Federal.

    63 Considerando o processo legislativo, correto afirmar que: a. No Brasil vigora, quanto ao veto, o mesmo sistema estabelecido nos EUA, ou

    seja, expirado o prazo para o presidente da Repblica se manifestar acerca da sano ou do veto e no havendo se manifestado o presidente, considera-se vetado o projeto de lei;

    b. O veto parcial pode referir-se a trechos dos textos de dispositivos do projeto de lei, desde que no altere o sentido original de tais dispositivos, afastando do projeto de lei aquilo que o presidente considera inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico;

    c. Deputado federal ou senador pode impetrar mandado de segurana visando a interromper a tramitao de projeto de ato normativo, desde que reste demonstrada a violao de norma constitucional regulamentadora do processo legislativo;

    d. O Senado Federal a casa revisora dos projetos de lei, exceo daqueles projetos apresentados por membros do prprio Senado e pelo Presidente da Repblica.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A opo a incorreta, pois o silncio do presidente da Repblica no conduz ao veto do projeto de lei, mas sua sano, o que se convencionou chamar de sano tcita. O sistema adotado no Brasil , portanto, o inverso do norte-americano. A opo b incorreta porque, nos termos do art. 66, 2 da Constituio Federal, o veto parcial s admitido quando referente integra de inciso, alnea, pargrafo ou artigo de projeto de lei. A opo c correta, pois o STF pacificamente admite que os membros do Congresso Nacional possuem direito lquido e certo de exigir o cumprimento das normas constitucionais relativas ao processo legislativo e de somente se submeterem discusso e votao de projetos de atos normativos adequados aos cnones constitucionais do processo legislativo. A opo d incorreta, pois a discusso dos projetos de lei apresentados pelo Presidente da Repblica se inicia na Cmara dos Deputados.

    64 Suponha-se que determinada sociedade limitada, estando em dbito

    com a fazenda pblica estadual em razo do no recolhimento do imposto sobre operaes referentes circulao de mercadorias relativo aos dois ltimos anos, promova o parcelamento do valor devido. Nessa situao, o parcelamento:

    a. extingue o crdito tributrio; b. suspende a exigibilidade do crdito tributrio; c. concede remisso ao crdito tributrio;

  • 26

    d. exclui o crdito tributrio.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: Art. 151, VI, do CTN.

    65 Considerando a progressividade de alquotas do IPTU e do ITR na atual

    redao da Constituio, assinale a opo correta: a. ambos podero ter alquotas progressivas no tempo de modo a atender a funo

    social da propriedade e tambm podero ter alquotas progressivas em razo do valor do imvel;

    b. somente o ITR poder ter alquotas progressivas no tempo de modo a atender a funo social da propriedade, e ambos podero ter alquotas progressivas em razo do valor do imvel;

    c. ambos podero ter alquotas progressivas em razo do valor do imvel, mas s o IPTU poder ter alquotas progressivas no tempo de modo a atender a funo social da propriedade;

    d. somente o IPTU poder ter alquotas progressivas em razo do valor do imvel, porm ambos podero ter alquotas progressivas no tempo de modo a atender a funo social da propriedade.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: CF art. 153, 4. E art. 156, 1.

    66 O imposto sobre produtos industrializados, de competncia da Unio,

    no incide sobre: a. a importao de produtos industrializados; b. a arrematao de produtos industrializados apreendidos e levados a leilo; c. o retorno de mercadoria industrializada anteriormente exportada,

    independentemente do motivo do retorno; d. a exportao de produtos industrializados.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: Art. 153, 3., inc. III, CF.

    67 Por hiptese, que, com o intuito de incentivar o setor de informtica

    carioca, o Municpio do Rio de Janeiro tenha editado lei ordinria reduzindo a alquota do imposto sobre servios de qualquer natureza (ISS) incidente sobre a elaborao de programas de computador de 3% para 1%. A propsito dessa situao hipottica, assinale a opo correta:

    a. a reduo irregular porque no atende aos parmetros constitucionais; b. a reduo irregular porque no houve permisso em convnio celebrado pelos

    municpios brasileiros; c. a reduo regular porque ao municpio do Rio de Janeiro cabe dispor sobre os

    tributos de sua competncia; d. a reduo regular porque preenche todos os requisitos exigidos pelo Cdigo

    Tributrio Nacional (CTN). RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: Art. 88, inc. I do ADCT.

  • 27

    68 A Empresa, localizada no estado A, adquiriu mercadorias de empresa situada no estado B. Acerca dessa situao, assinale a opo correta quanto ao ICMS incidente na operao, levando em considerao as diretrizes constitucionais aplicveis:

    a. caso a empresa adquirente seja contribuinte do ICMS e consumidora final das

    mercadorias, o imposto dever ser integralmente recolhido para o estado B; b. caso a empresa adquirente no seja contribuinte do ICMS e seja consumidora

    final das mercadorias, o valor do imposto correspondente aplicao da alquota interestadual dever ser recolhido para o estado B, cabendo ao estado A a diferena entre a alquota interna e a interestadual;

    c. caso a empresa adquirente no seja contribuinte do ICMS e seja consumidora final das mercadorias, dever ser aplicada a alquota interna do estado B;

    d. caso a empresa adquirente seja contribuinte do ICMS e consumidora final das mercadorias, dever ser aplicada a alquota interestadual, cabendo ao estado B o valor do imposto correspondente diferena entre essa alquota e a interna.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: Art. 155, inc. VII, letra b, da CF.

    69 Consoante a Constituio Federal, assinale a opo correta em relao

    ao imposto sobre importao de produtos estrangeiros (II): a. pode ser cobrado no mesmo exerccio financeiro em que foi institudo; b. a sua instituio pode ser realizada por meio de decreto; c. a majorao de suas alquotas somente poder ser realizada por lei ordinria; d. o contribuinte a empresa estrangeira que vendeu o produto.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: Art. 153, 1. CF.

    QUESTO 86 70 Wilson foi ao DETRAN, no dia 17/12/2007, para proceder

    transferncia da propriedade de seu veculo a Airton. L, foi informado de que a transferncia dependia da quitao do IPVA daquele ano, e que ele deveria ir Secretaria da Fazenda para providenciar o pagamento. Na Secretaria da Fazenda, relatou o fato e, aps assinar o requerimento da segunda via do documento de arrecadao do imposto sobre a propriedade de veculos automotores (IPVA), recebeu a notificao para pagamento do respectivo imposto.

    A situao hipottica acima configura caso de lanamento Tributrio: a. por declarao; b. por homologao; c. de ofcio; d. por requerimento.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: Art. 149 do CTN.

    71 Do conceito de competncia residual deduz-se que: a. os estados no podem criar taxas que tenham base de clculo idntica dos

    impostos; b. os estados s podem criar impostos que no tenham fato gerador ou base de

    clculo idnticos aos dos impostos previstos na Constituio;

  • 28

    c. a Unio no pode criar emprstimos compulsrios que tenham base de clculo idntica dos impostos previstos na Constituio;

    d. a Unio no pode criar impostos cumulativos.

    RESPOSTA: LETRA D COMENTRIOS: Art. 154, inc.I, da CF.

    72 Entre as seguinte vedaes, no tem exceo expressa no texto

    constitucional: a. a instituio de tributo sem lei que o estabelea; b. a majorao de tributo sem lei que o estabelea; c. a cobrana de tributo novo no mesmo exerccio financeiro em que haja sido

    publicada a lei que o criou; d. a cobrana de tributo novo em menos de 90 dias a partir da publicao da lei

    que o criou.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: Art. 150, inc. I, da CF.

    73 O taxista Joo recebeu do fisco estadual uma correspondncia na qual

    lhe foi informado que, mesmo tendo ocorrido o fato gerador do IPVA, ele no precisaria pagar o tributo, uma vez que fora aprovada uma lei, pela respectiva assemblia legislativa, que exclua o crdito tributrio dos taxistas, relativamente ao IPVA.

    Nessa situao hipottica, pode-se dizer que a citada lei estabeleceu

    uma: a. remisso; b. transao; c. iseno; d. anistia.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: Art. 175, inc. I do CTN.

    74 (OAB/MT 2006.1) Assinale a alternativa INCORRETA: a. a Floresta Amaznica brasileira, a Mata Atlntica, a Serra do Mar, o Pantanal

    Mato-Grossense e a Zona Costeira so patrimnio nacional, e sua utilizao far-se-, na forma da lei, dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais;

    b. as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores pessoas fsicas a sanes penais e administrativas, somente incumbindo s pessoas jurdicas a obrigao de reparar os danos causados;

    c. as usinas que operem com reator nuclear devero ter sua localizao definida em lei federal, sem o que no podero ser instaladas;

    d. para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente equilibrado, incumbe ao Poder Pblico, dentre outras obrigaes, preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das espcies e ecossistemas.

    RESPOSTA: LETRA B

  • 29

    COMENTRIOS: todas as pessoas, fsicas ou jurdicas, so obrigadas a reparar os danos causados ao meio ambiente.

    75 (OAB/RJ 2007.3) Assinale a opo correta em relao ao dano

    ambiental: a. sendo o meio ambiente um bem difuso, o dano ambiental tambm tem natureza

    exclusivamente difusa, razo pela qual vedado ao indivduo vtima direta de um dano reivindicar indenizao a si prprio;

    b. quanto extenso, o dano ambiental pode ser patrimonial, quando disser respeito perda material do bem ambiental, ou extra patrimonial, quando ofender valores imateriais, reduzindo o bem-estar do indivduo ou da coletividade ou atingindo o valor intrnseco do bem;

    c. dada a irreversibilidade do dano ambiental, a nica forma de reparao contra esse tipo de dano, na via judicial, a indenizao pecuniria, a qual dever resultar em recursos para a minimizao dos impactos na rea afetada pela atividade lesiva;

    d. a responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente de natureza objetiva, sendo imprescindveis, para sua caracterizao, o elemento culpa e a comprovao do indiscutvel carter lesivo da atividade desenvolvida pelo agente.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: A) incorreta porque o indivduo pode reivindicar indenizao; B) correta; C) A reparao do dano ambiental deve se dar preferencialmente com o restabelecimento ao status quo do meio ambiente anterior degradao. D) Tanto a culpa, quanto a comprovao do carter lesivo no so necessrias para a responsabilizao civil por danos causados ao meio ambiente.

    76 (Baseada em questo do Exame OAB/BA 2007.2) Em relao aos

    princpios gerais do direito ambiental, assinale a opo correta: a. em funo do princpio da preveno, o empreendedor deve apresentar ao rgo

    ambiental competente estudo prvio de impacto ambiental referente a qualquer atividade que implique a utilizao ou transformao de recursos naturais, independentemente do impacto ambiental causado;

    b. o princpio da funo socioambiental da propriedade autoriza o poder pblico a impor limites apenas ao uso de bens imveis localizados em rea rural, no que respeita explorao de seus recursos naturais, no se aplicando, porm, tal preceito propriedade urbana;

    c. de acordo com o princpio da precauo, diante de ameaas de danos srios e irreversveis, a falta de certeza cientfica no pode ser invocada como motivo para se adiarem medidas destinadas a prevenir a degradao ambiental, podendo a administrao pblica, com base no poder de polcia, embargar obras ou atividades;

    d. consoante o princpio do poluidor-pagador, a definio dos custos de produo de determinada empresa poluidora no pode levar em considerao os custos sociais externos decorrentes de sua atividade poluente, sob pena de cometimento de infrao administrativa ambiental.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: A) a necessidade de apresentao do estudo prvio de impacto ambiental depende do significativo impacto ambiental causado, B) o principio da funo socioambiental se aplica propriedade urbana; C) CORRETA; D) de acordo com este princpio, deve-se levar em considerao os custos sociais externos decorrentes da atividade poluente para definio dos custos de produo.

  • 30

    77 (UFPR/2001) Sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservao (SNUC), institudo pela Lei 9.985/2000, correto afirmar:

    a. o SNUC constitudo exclusivamente pelas unidades de conservao federais e

    estaduais; b. o Objetivo principal das Unidades de Uso Sustentvel compatibilizar a

    conservao da natureza ao uso sustentvel de parte dos recursos naturais; c. as reas de Proteo Ambiental devem ser constitudas exclusivamente em reas

    pblicas; d. nas reas de Floresta Nacional no admitida a permanncia de populaes

    tradicionais.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: A) pode haver unidades de conservao municipais no SNUC; B) CORRETA; C) possvel haver reas de proteo ambiental em reas privadas; D) No h essa proibio e populaes tradicionais podem permanecer em reas de Floresta Nacional.

    78 Assinale a afirmativa incorreta: a. com relao ao princpio da autotutela, a Administrao tem a faculdade de

    anular e revogar seus prprios atos, respectivamente, por razes de ilegalidade e de convenincia e oportunidade;

    b. so elementos dos atos administrativos a competncia, a forma, o motivo, o objeto e a finalidade. Seus atributos so: presuno de legalidade e legitimidade, coercitividade ou imperatividade e auto-executoriedade;

    c. pratica ato de improbidade administrativa o agente pblico que viola o dever de lealdade para com as instituies pblicas;

    d. como regra, so independentes as instncias civil, penal e administrativa. Porm, a deciso penal que negue a existncia do fato ou sua autoria vincula as demais instncias.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: o gabarito a letra (A) eis que a Administrao Pblica tem o DEVER de anular os atos eivados de ilegalidade (En. 473 do STF). Com relao s opes B, C e D, esto corretas, conforme se infere da anlise dos seguintes dispositivos legais: artigo 2 da Lei n. 4.717/65; 11 da Lei n. 8.429/92; e artigos 125 e 126 da Lei n. 8.112/90.

    79 Com relao desapropriao, assinale a afirmativa correta: a. os bens pblicos, por serem imprescritveis, no podem ser desapropriados; b. a Unio Federal pode desapropriar bens do domnio dos Estados e dos

    Municpios, mas depende de prvia autorizao legislativa; c. os Estados no podem desapropriar bens do domnio da Unio Federal, mas

    podem desapropriar, independentemente de prvia autorizao legislativa, bens do domnio dos Municpios;

    d. a desapropriao de bens pblicos efetiva-se sempre mediante justa indenizao em ttulos da dvida pblica de emisso previamente aprovada pelo Senado Federal.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: o gabarito a letra (B), tendo em vista a norma do artigo 2, 2, do Decreto-Lei n. 3.365/41. As demais opes so incorretas em decorrncia da interpretao daquele mesmo dispositivo legal, sendo importante salientar que a imprescritibilidade dos bens pblicos conduz impossibilidade de se sujeitarem prescrio aquisitiva (usucapio).

  • 31

    80 So bens pblicos: a. os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno e s pessoas

    jurdicas de direito privado que exeram funes delegadas do Poder Pblico; b. apenas os bens pertencentes Unio Federal, aos Estados, ao Distrito Federal e

    aos Municpios; c. os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno; d. apenas os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico e s

    empresas pblicas.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: o gabarito a letra (C), com base na norma do artigo 98 do NCC. Artigo 98 do NCC so os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico. Com relao natureza jurdica dos bens das estatais, Hely Lopes Meirelles sempre defendeu a natureza pblica de tais bens, em razo de sua origem pblica. A doutrina majoritria, porm, diverge de tal entendimento, considerando os bens das estatais bens de natureza privada, em razo da personalidade jurdica de direito privado de tais entidades. O artigo 98 do NCC veio a afastar qualquer dvida quanto natureza privada dos bens das estatais.

    81 bem considerado constitucionalmente de uso comum do povo: a. o meio ambiente; b. o terreno de marinha; c. o terreno marginal; d. o acrescido de marinha.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: o gabarito a letra (A), com base no artigo 225 da CRFB.

    82 Assinale a afirmativa correta: a. o aumento de vencimentos de professor da rede de ensino pblico federal

    estabelecido mediante lei de iniciativa do Chefe do Executivo Federal; b. o aumento de vencimentos de professor da rede de ensino pblico federal

    estabelecido por lei de iniciativa do Congresso Nacional; c. o aumento de vencimentos de professor da rede de ensino pblico federal

    estabelecido por lei de iniciativa do Senado Federal; d. o aumento de vencimentos de professor da rede de ensino pblico federal

    estabelecido por lei de iniciativa da Cmara dos Deputados.

    RESPOSTA: LETRA A COMENTRIOS: o gabarito a letra (A), com base na norma do artigo 37, inciso X, c/c artigo 61, 1, II, alnea a, ambos da CRFB.

    83 Para instituio de uma autarquia necessrio: a. lei complementar de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo; b. lei ordinria especfica de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo; c. decreto do Chefe do Poder Executivo; d. lei complementar.

    RESPOSTA: LETRA B

  • 32

    COMENTRIOS: o gabarito a letra (B), tendo em vista a norma do artigo 37, inciso XIX, da CRFB.

    84 O que se entende por agncia reguladora? a. autarquia dotada de personalidade jurdica de direito privado, que detm regime

    jurdico especial que lhe possibilita atuar com neutralidade poltica e independncia;

    b. autarquia dotada de um regime jurdico comum; c. autarquia dotada de personalidade jurdica de direito pblico, que detm regime

    jurdico especial que lhe possibilita atuar com neutralidade poltica e independncia;

    d. rgo vinculado aos Entes Polticos para regular a prestao de servios pblicos e atividades econmicas.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: o gabarito a letra (C). Com efeito, as agncias reguladoras so autarquias de regime especial, caracterizadas pelos seguintes elementos:

    (i) Poder normativo tcnico as leis que criam as agncias reguladoras lhes delegam poder para editar normas tcnicas complementares de carter geral, retratando poder regulamentar mais amplo, porquanto tais normas se introduzem no ordenamento jurdico como direito novo.

    (ii) Autonomia decisria os conflitos administrativos, inclusive aqueles que envolvem as entidades sob seu controle, se desencadeiam e se dirimem atravs dos prprios rgos da autarquia.

    (iii) Independncia administrativa os seus dirigentes tm investidura a termo, possuindo alguma estabilidade em seus cargos, porque a nomeao feita pelo Presidente da Repblica, mas a investidura depende de prvia aprovao do Senado Federal.

    Autonomia econmico-financeira as autarquias tm recursos prprios e recebem dotaes oramentrias para gesto de seus prprios rgos (instituio de taxa de fiscalizao e controle de servios pblicos delegados).

    85 Considerando os princpios da administrao pblica, assinale a opo

    correta: a. o ato imoral no pode ser anulado por meio de ao popular, j que esta

    pressupe lesividade econmica, no se estendendo ao dano moral; b. com base no princpio da segurana jurdica, o ordenamento jurdico em vigor

    veda, no mbito da Unio, a aplicao retroativa de nova interpretao jurdica dada pela administrao ao mesmo dispositivo legal;

    c. com base no princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado, lcito ao Estado desapropriar qualquer bem particular, sem que haja prvia e justa indenizao;

    d. o princpio da razovel durao do processo, inserido na Constituio por emenda, no se estende, pelo menos expressamente, aos processos administrativos.

    RESPOSTA: LETRA B COMENTRIOS: o gabarito a letra (B), com base na norma do artigo 2, inciso XIII, da Lei n. 9.784/99, que disciplina o processo administrativo em mbito federal. As demais opes esto incorretas tendo em vista as seguintes normas constitucionais: artigo 5, incisos LXXIII (prev ao popular em caso de ato lesivo moralidade administrativa), LXXVIII (prev expressamente a aplicao da durao razovel do processo na esfera administrativa) e XXIV (prev a exigncia de prvia e justa indenizao nas desapropriaes).

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    86 No que concerne ao TCU, assinale a opo correta: a. o TCU rgo integrante da estrutura administrativa do Poder Legislativo, com

    competncia, entre outras, para aprovar as contas do presidente da Repblica; b. o TCU no detm competncia para fiscalizar a aplicao de recursos pblicos

    feita pelas empresas estatais exploradoras de atividade econmica; c. as decises do TCU de que resulte imputao de dbito ou multa tero eficcia

    de ttulo executivo; d. o Poder Judicirio no pode anular as decises do TCU, sob pena de violao do

    princpio da separao dos poderes.

    RESPOSTA: LETRA C COMENTRIOS: o gabarito a letra (C), com base na norma do artigo 71, 3, da CRFB. As demais opes esto incorretas tendo em vista que os Tribunais de Contas so considerados rgo constitucionais autnomos que prestam auxlio tcnico ao Poder Legislativo no exerccio do controle externo da atividade financeira pblica. Ser um rgo que auxilia o Poder Legislativo no exerccio do controle externo no s