simulado direito civil 2ª fase xvi exame

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XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL SIMULADO 2ª FASE EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL CADERNO DE RASCUNHO Leia com atenção as instruções a seguir: Você está recebendo do fiscal de sala, além deste caderno de rascunho contendo o enunciado da peça prático-profissional e das quatro questões discursivas, um caderno destinado à transcrição dos textos definitivos das respostas. Ao receber o caderno de textos definitivos você deve: a) verificar se a disciplina constante da capa deste caderno coincide com a registrada em seu caderno de textos definitivos; b) conferir seu nome, número de identidade e número de inscrição; c) comunicar imediatamente ao fiscal da sala qualquer erro encontrado no material recebido; d) ler atentamente as instruções de preenchimento do caderno de textos definitivos; e) assinar o caderno de textos definitivos, no espaço reservado, com caneta esferográfica transparente de cor azul ou preta. As questões discursivas são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado. Durante a aplicação da prova não será permitido: a) qualquer tipo de comunicação entre os examinandos; b) levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala; c) portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador, máquina fotográfica, controle de alarme de carro, etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou qualquer acessório de chapelaria, como chapéu, boné, gorro, etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha ou corretivo de qualquer espécie. A FGV realizará a coleta da impressão digital dos examinandos no caderno de textos definitivos. Não será permitida a troca do caderno de textos definitivos por erro do examinando. O tempo disponível para esta prova será de 05 (cinco) horas, já incluído o tempo para preenchimento do caderno de textos definitivos. Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as respostas constantes do caderno de textos definitivos. Somente depois de decorridas duas horas do início da prova você poderá retirar-se da sala de prova sem levar o caderno de rascunho. Somente depois de decorridas quatro horas do início da prova você poderá retirar-se da sala de prova levando o caderno de rascunho. Quando terminar sua prova, entregue o caderno de textos definitivos devidamente preenchidos e assinado ao fiscal da sala. Os 03 (três) últimos examinados de cada sala só poderão sair juntos, devendo obrigatoriamente testemunhar o lacre da embalagem de segurança pelo fiscal de aplicação, contendo os documentos que serão utilizados na correção das provas dos examinandos, assinando termo quanto a esse procedimento. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplicação antes de presenciar o procedimento descrito, deverá assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas. Boa prova!

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Simulado de Direito Civil da 2ª Fase do XVI Exame da OAB

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Page 1: Simulado Direito Civil 2ª fase XVI Exame

XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL

SIMULADO 2ª FASE EXAME DE ORDEM

DIREITO CIVIL

CADERNO DE RASCUNHO Leia com atenção as instruções a seguir:

Você está recebendo do fiscal de sala, além deste caderno de rascunho contendo o enunciado da peça prático-profissional e das quatro questões discursivas, um caderno destinado à transcrição dos textos definitivos das respostas.

Ao receber o caderno de textos definitivos você deve: a) verificar se a disciplina constante da capa deste caderno coincide com a registrada em seu caderno de textos definitivos; b) conferir seu nome, número de identidade e número de inscrição; c) comunicar imediatamente ao fiscal da sala qualquer erro encontrado no material recebido; d) ler atentamente as instruções de preenchimento do caderno de textos definitivos; e) assinar o caderno de textos definitivos, no espaço reservado, com caneta esferográfica transparente de cor azul ou preta.

As questões discursivas são identificadas pelo número que se situa acima do seu enunciado.

Durante a aplicação da prova não será permitido: a) qualquer tipo de comunicação entre os examinandos; b) levantar da cadeira sem a devida autorização do fiscal de sala; c) portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone celular, walkman, agenda eletrônica, notebook, palmtop, receptor, gravador, máquina fotográfica, controle de alarme de carro, etc., bem como relógio de qualquer espécie, óculos escuros ou qualquer acessório de chapelaria, como chapéu, boné, gorro, etc., e ainda lápis, lapiseira, borracha ou corretivo de qualquer espécie.

A FGV realizará a coleta da impressão digital dos examinandos no caderno de textos definitivos.

Não será permitida a troca do caderno de textos definitivos por erro do examinando.

O tempo disponível para esta prova será de 05 (cinco) horas, já incluído o tempo para preenchimento do caderno de textos definitivos.

Para fins de avaliação, serão levadas em consideração apenas as respostas constantes do caderno de textos definitivos.

Somente depois de decorridas duas horas do início da prova você poderá retirar-se da sala de prova sem levar o caderno de rascunho.

Somente depois de decorridas quatro horas do início da prova você poderá retirar-se da sala de prova levando o caderno de rascunho.

Quando terminar sua prova, entregue o caderno de textos definitivos devidamente preenchidos e assinado ao fiscal da sala.

Os 03 (três) últimos examinados de cada sala só poderão sair juntos, devendo obrigatoriamente testemunhar o lacre da embalagem de segurança pelo fiscal de aplicação, contendo os documentos que serão utilizados na correção das provas dos examinandos, assinando termo quanto a esse procedimento. Caso algum desses examinandos insista em sair do local de aplicação antes de presenciar o procedimento descrito, deverá assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue, será lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois) outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo Coordenador da unidade de provas. Boa prova!

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XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL

PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL

Teodorico Fernandes é titular de um imóvel na cidade de Meleiro no Estado de Santa Catarina. O imóvel foi adquirido em 2003 para a construção de um haras para a criação e treinamento de cavalos da raça manga-larga. Em 2008, em razão de uma crise financeira, Teodorico Fernandes iniciou com a Fundação Educare Brasil tratativas comerciais para a venda do imóvel. Após muitas idas e vindas negociais, Teodorico Fernandes firmou com a Fundação Educare uma promessa de compra e venda com cláusula de irrevogabilidade e irretratabilidade em janeiro de 2014, cujo instrumento foi devidamente registrado na matrícula do imóvel em março do mesmo ano. Em fevereiro de 2015, ao iniciar as obras para a implantação de uma escola técnica, a Fundação Educare notou que o vizinho havia ocupado uma faixa lateral de 30 metros do imóvel, justamente no local de construção da escola. Imediatamente o administrador da Fundação Educare, o Sr. Jorge Miratelis, procurou o dono da propriedade vizinha para solucionar de forma pacífica o ocorrido. Após diversos telefonemas o Sr. Jorge Miratelis descobriu que o proprietário do imóvel vizinho, o Sr. Cristiano Rocha, havia falecido. Imediatamente procurou os herdeiros do falecido para verificar a forma mais fácil de resolver a questão. Com a ajuda do escrivão da 1a. Vara Cível da Comarca de Meleiro, o Sr. Jorge Miratelis conseguiu o telefone do Sr. Enzo Rocha, filho e inventariante do Sr. Jorge Miratelis (Processo no. 002001/12). Mesmo após todas as explicações, o Sr. Enzo Rocha afirmava que a área pertencia ao seu pai desde janeiro de 2013 e, portanto, não existia qualquer ilegalidade na ocupação. Inconformado com esta situação, o Sr. Jorge Miratelis procurou-lhe na condição de advogado(a) para tomar a medida judicial cabível para garantir a retomada da área ocupada irregularmente. A situação é extremamente grave, pois a Fundação Educare precisa terminar a construção até outubro de 2015, sob pena de perder um aporte internacional de um investidor finlandês. (Valor: 5,00)

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QUESTÃO 01

Claudia celebrou um contrato para a compra e venda de um colchão com a loja “Casa Amora” no dia 07/03/2013, de fabricação da empresa “Sonho Bom”, pois precisava trocar aquele que estava em sua cama. Ocorre que no dia 14/05/2014, quando Claudia dormia, o colchão de forma repentina cedeu e causou ferimentos nos braços e nas pernas de sua filha Joana que estava próxima da cama. Quando Claudia verificou o produto, descobriu que as molas do colchão estavam enferrujadas e em péssimo estado, bem como que algumas molas estavam faltando, o que acarretou o acidente. No dia 09/06/2014 Joana, filha de Cláudia, ingressou com ação em face da empresa “Sonho Bom” pretendendo a sua condenação no pagamento de indenização pelos danos sofridos em decorrência dos ferimentos. Em contestação a empresa “Sonho Bom” alegou a ocorrência de decadência do direito da autora com base no artigo 26, inciso II, do CDC, bem como aduziu, em preliminar, ilegitimidade ativa de Joana, já que consumidor é aquele que adquire ou utiliza o produto. Com base na situação apresentada responda: a) No caso em questão, considerando a data de aquisição do produto e o dia em que o acidente aconteceu é

possível afirmar que ocorreu a decadência? Fundamente. (0,65)

b) A respeito da ilegitimidade ativa alegada pela empresa “Sonho Bom”, há algum fundamento jurídico que possibilite a permanência de Joana no polo ativo da demanda? A loja “Casa Amora” é responsável pelos danos

causados à Joana? Fundamente. (0,60)

(Valor: 1,25)

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QUESTÃO 02

Joaquim, administrador de empresas, em meados de 2005, contratou o renomado advogado Mário, para a defesa de seus interesses nos autos da Ação de Nunciação de Obra Nova intentada pelo Consórcio de Urbanização São Alécio, na qual figurava como Réu. Após mais de 5 anos de trâmite do processo, sobreveio decisão irrecorrível de procedência, pelo que Joaquim amargou o ônus da condenação judicial. Irresignado com o resultado do julgamento e sua consequente condenação, Joaquim procurou Maurício, também advogado, visando responsabilizar Mário pelos dissabores decorrentes da ação judicial em que fora derrotado. Maurício, pouco experiente, intentou Ação de Indenização por Danos Materiais e Morais em face de Mário perante o Juizado Especial Cível do Foro Regional do Jabaquara, em São Paulo, requerendo a condenação do último ao pagamento de R$ 15.000,00 a título de danos materiais e R$ 100.000,00 a título de danos morais, atribuindo a causa o valor de R$ 115.000,00 e pugnando pela produção de prova pericial para comprovação dos fatos alegados. Com base na situação hipotética acima, responda fundamentadamente: a) É possível a realização de Perícia Técnica nos autos da Ação Indenizatória proposta? Quais os fundamentos devem

ser invocados pelo advogado contratado para defesa do Réu Mário? (0,40) b) No que diz respeito ao valor atribuído a causa, está correto o procedimento eleito por Maurício? Como advogado

de Mário, quais os fundamentos de sua defesa em relação a tal questão processual? (0,40) c) Em relação ao mérito, como é possível defender os direitos de Mário, sem adentrar no resultado de eventual

perícia? (0,45)

(Valor: 1,25)

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QUESTÃO 03

Paulo ajuizou ação de obrigação de fazer cumulada com indenização por danos morais em face da operadora de saúde “Vida Longa”, pleiteando em sua inicial o cumprimento do contrato firmado entre as partes com a concessão de tutela antecipada para o fornecimento de “home care”. Ao final, requereu a confirmação da tutela antecipada para obrigar a operadora de saúde a cumprir o contrato firmado entre as partes e conceder definitivamente o “home care”, bem como requereu a condenação da Ré no pagamento de indenização por danos morais. Em sede de cognição sumária, o juiz entendeu por ouvir a Ré primeiramente, razão pela qual determinou sua citação concedendo o prazo legal para apresentação de contestação. Após a apresentação da contestação, entendendo tratar-se de matéria exclusivamente de direito e sem necessidade de dilação probatória, o juiz proferiu sentença, na qual antecipou os efeitos da tutela, determinando o imediato fornecimento do “home care” pela Ré sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 em caso de descumprimento, bem como julgou procedentes todos os pedidos pleiteados por Paulo. Nesse cenário, responda de forma fundamentada: a) Qual o Recurso cabível em face da decisão que antecipou os efeitos da tutela pleiteada? A quem será dirigida e

qual o prazo para interposição? (0,65) b) Considerando o deferimento da tutela antecipada, em qual efeito será o recurso recebido? Paulo poderá executar a tutela antecipada de imediato, mesmo na pendência de julgamento de eventual recurso interposto pela Ré?

(0,60) (Valor: 1,25)

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QUESTÃO 04

Juliana e Thiago, casados há cinco anos pelo regime da comunhão parcial de bens, sem filhos, passando por instabilidade conjugal, optaram divorciar-se de comum acordo. Para a realização do divórcio, decidem procurar um advogado para saber a melhor opção para o seu caso, quando então são informados sobre a possibilidade da realização do divórcio extrajudicial. Considerando que ambos possuem diversos bens que adquiriram antes e na constância do casamento, responda: a) É possível a realização do divórcio extrajudicial no caso acima narrado mesmo sem a comprovação de separação de fato por um ano? Quais são os requisitos legais? Há necessidade de homologação judicial para a constituição do

título em hábil para o registro civil e para o registro de imóveis? (0,85) b) Na hipótese de não concordância com relação à divisão dos bens pelos cônjuges, considerando o regime de comunhão parcial de bens e que Thiago recebeu uma considerável quantia referente à herança deixada em

decorrência do falecimento de seu pai, terá Juliana direito à metade desse valor? (0,40)

(Valor: 1,25)

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