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Este CADERNO DE QUESTÕES contém + . 90 questões Proposta de Redação Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. ATENÇÃO: após a conferência, escreva e assine seu nome no CARTÃO-RESPOSTA com . caneta esferográfica de tinta preta Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá ser substituído. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas com as letras A, B, C, D e E, em algumas questões terão apenas 4 opções e isso não quer dizer que as mesmas estão erradas. Apenas uma opção é a correta. No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço compreendido no círculo cor- respondente à opção escolhida para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta. O tempo disponível para esta prova é de . cinco horas Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o término da prova. Você será excluído do SIMULADO no caso de: agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante ou pes- soa envolvida no processo de aplicação das provas; perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das provas, in- correndo em comportamento indevido durante a realização do SIMULADO; se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma; utilizar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação durante a realização do Exame; utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou de tercei- ros, em qualquer etapa do Exame; utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Simulado; se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES antes do prazo estabelecido e/ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo. a) b) c) d) e) f) g) 11. 10. 9. Redação Linguagem e suas tecnologias (45 questões) Ciências Humanas e suas tecnologias (45 Questões) CENTRO DE ESTUDOS CENTRO DE ESTUDOS 22.JULHO.2018 Caderno de Questões 08h às 13h Simuladão ENEM/UEA Dia 1

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Este CADERNO DE QUESTÕES contém + .90 questões Proposta de Redação

Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questõese se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso ocaderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência,comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.

ATENÇÃO: após a conferência, escreva e assine seu nome no CARTÃO-RESPOSTAcom .caneta esferográfica de tinta preta

Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderáser substituído.

Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadascom as letras A, B, C, D e E, em algumas questões terão apenas 4 opções e issonão quer dizer que as mesmas estão erradas. Apenas uma opção é a correta.

No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço compreendido no círculo cor-respondente à opção escolhida para a resposta. A marcação em mais de umaopção anula a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.

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Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue esteCADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA.

Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas doinício da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar emdefinitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o términoda prova.

Você será excluído do SIMULADO no caso de:

agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante ou pes-soa envolvida no processo de aplicação das provas;

perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das provas, in-correndo em comportamento indevido durante a realização do SIMULADO;

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utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou de tercei-ros, em qualquer etapa do Exame;

utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Simulado;

se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕESantes do prazo estabelecido e/ou o CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo.

a)

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9.

Redação

Linguagem e suas tecnologias (45 questões)

Ciências Humanas e suas tecnologias (45 Questões)

CENTRO DE ESTUDOSCENTRO DE ESTUDOS

22.JULHO.2018

Caderno deQuestões

08h às 13h

Simuladão

ENEM/UEA

Dia 1

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1 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

REDAÇÃO Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos adquiridos em sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema: A urbanização no Brasil e suas consequências, apresentando uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção à área urbana. Esse deslocamento, também chamado de êxodo rural, provocou a mudança de um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial. Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em áreas urbanas, o que equivale aos níveis de urbanização dos países desenvolvidos. Disponível em:<http://educacao.globo.com/geografia/assunto/urbanizacao/urbanizacao-brasileira.html>. Acesso em: 30 out. 2016. (adaptado)

TEXTO II O Brasil é um país urbanizado. Em 1940, apenas 31% dos brasileiros viviam em cidades, enquanto que 69% viviam no meio rural. Em 1980, a situação havia se invertido: 67,5% viviam em cidades e somente 32,5% na área rural. O País se urbanizou durante a década de 1970. Durante os anos 1940-2000, a população rural brasileira passou de 28,3 para 31,8 milhões de pessoas (um aumento de 12,4%), enquanto que a população urbana passou de 12,8 milhões para 137,6 milhões: um aumento de 1.006%. Hoje, mesmo a Região Nordeste, que é a menos urbanizada do Brasil, apresenta um alto índice de população urbana: 73,1%. Na última década, houve um acréscimo de quase 23 milhões de habitantes urbanos. Isso resultou no aumento do grau de urbanização, que passou de 81,2%, em 2000, para 84,3%, em 2010. Esse incremento foi causado pelas migrações do campo e pelo crescimento vegetativo nas áreas urbanas. Disponível em: <https://www.educabras.com/enem/materia/geografia/urbanizacao/aulas/urbanizacao_no_brasil>. Acesso em: 30 out. 2016. (adaptado)

TEXTO III

Como você pode ver na imagem, a praia fica completamente escondida na sombra dos prédios a partir do meio da tarde, e conseguir um lugar ao Sol é um desafio tão gigantesco quanto os edifícios que cercam a praia. E esse não é o único problema, afinal os prédios altos também interferem nas correntes de ar marítimas, e as ruas no entorno se transformam em verdadeiros túneis escuros de vento. O sistema de tratamento de água e esgoto também já apresentam sinais de saturação segundo alguns ambientalistas, o que, eventualmente, ocasiona a poluição das águas e muitos dias de praia imprópria para banho durante o ano. Disponível em:<http://www.curtoecurioso.com/2015/12/camboriu-sc-praia-sem-sol-dos-predios-mais-altos-do-brasil-.html>. Acesso em: 30 out. 2016. (adaptado)

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2 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÕES DE 1 ATÉ 45

Apenas observa o tanto de outros meninos e meninas que entram pelo grande portão de madeira. RITER, Caio. Eu e o silêncio do meu pai. São Paulo: Biruta, 2011, p. 53.

O termo destacado acima apresenta sentido equivalente à sua ocorrência no trecho a) “Queria saber do seu passado, das suas lembranças,

daquela infância comportada que tanto a tia Maria apregoava.” (p.18).

b) ”Observa o irmão maior e duvida que ele tenha suas mesmas dores, duvida que ele se incomode tanto com o que o pai faz agora.” (p.23).

c) “Porém, esse saber fica escondido no tanto de fantasia e de sonho que essas fases contêm.” (p.36).

d) "Algumas firmes, outras nem tanto." (p.94).

Leia esta tira de Orlandeli e assinale a alternativa incorreta.

a) Ainda que flexione o verbo ver no imperativo, o personagem do primeiro quadrinho, ao fazê-lo na primeira pessoa do plural, faz uma espécie de convite ao colega para conhecerem juntos as novas regras ortográficas. É como se dissesse: Vamos ver as novas regras.

b) O termo Nossa!!, no segundo quadrinho, não funciona como um pronome possessivo, mas como uma interjeição, não só porque exprime uma sensação do personagem, como porque, na escrita, as interjeições vêm, via de regra, acompanhadas de ponto de exclamação.

c) Embora apresente um valor semântico de admiração, de surpresa, a expressão Que coisa..., no segundo quadrinho, não se configura uma interjeição, pois vem seguida de reticências, que somente indicam suspensão ou interrupção de uma ideia ou pensamento.

d) Pode-se inferir do terceiro quadrinho que as regras ortográficas são imposições decorrentes do uso que os falantes fazem da língua, ou seja, como a maioria dos usuários desconhecia a função do trema e não sabia empregá-lo na escrita, o sinal tornou-se obsoleto, não havendo razão para continuar existindo nas regras ortográficas da língua.

e) O significado das interjeições está sempre vinculado ao uso, por isso qualquer palavra ou expressão da língua pode atuar como interjeição, dependendo do contexto e da intenção do falante. Assim, conclui-se que, por expressarem espanto, as três falas do personagem no segundo quadrinho são interjeições.

Leia o excerto do “Sermão do bom ladrão”, de Antônio Vieira (1608-1697), para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Navegava Alexandre [Magno] em uma poderosa armada pelo Mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, Senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”. Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres. Mas Sêneca, que sabia bem distinguir as qualidades, e interpretar as significações, a uns e outros, definiu com o mesmo nome: [...] Se o rei de Macedônia, ou qualquer outro, fizer o que faz o ladrão e o pirata; o ladrão, o pirata e o rei, todos têm o mesmo lugar, e merecem o mesmo nome.

Quando li isto em Sêneca, não me admirei tanto de que um filósofo estoico se atrevesse a escrever uma tal sentença em Roma, reinando nela Nero; o que mais me

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3 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

admirou, e quase envergonhou, foi que os nossos oradores evangélicos em tempo de príncipes católicos, ou para a emenda, ou para a cautela, não preguem a mesma doutrina. Saibam estes eloquentes mudos que mais ofendem os reis com o que calam que com o que disserem; porque a confiança com que isto se diz é sinal que lhes não toca, e que se não podem ofender; e a cautela com que se cala é argumento de que se ofenderão, porque lhes pode tocar. [...]

Suponho, finalmente, que os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida, porque a mesma sua miséria ou escusa ou alivia o seu pecado [...]. O ladrão que furta para comer não vai nem leva ao Inferno: os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são os ladrões de maior calibre e de mais alta esfera [...]. Não são só ladrões, diz o santo [São Basílio Magno], os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar, para lhes colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos: os outros furtam debaixo do seu risco, estes sem temor, nem perigo: os outros, se furtam, são enforcados: estes furtam e enforcam. (Essencial, 2011.)

3. “[...] os ladrões de que falo não são aqueles miseráveis, a quem a pobreza e vileza de sua fortuna condenou a este gênero de vida [...].” (3º parágrafo) Os termos destacados constituem, respectivamente, a) um artigo, uma preposição e uma preposição. b) uma preposição, um artigo e uma preposição. c) um artigo, um pronome e um pronome. d) um pronome, uma preposição e um artigo. e) uma preposição, um artigo e um pronome.

A(s) questão(ões) a seguir está(ão) relacionada(s) ao texto abaixo.

Nada mais importante para chamar a atenção sobre 1uma verdade do que exagerá-la. 2Mas também, nada mais perigoso, _________ um dia vem 3a 4reação indispensável e 5a relega injustamente para a categoria do erro, até que se efetue a operação difícil de 6chegar a um ponto de vista objetivo, sem desfigurá-7la de um lado nem de outro. 8É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como 9chave para compreendê-la, depois foi 10rebaixada como falha de visão, — e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos.

11De fato, antes se procurava mostrar que o valor e o significado de uma obra dependiam de ela 12exprimir ou não certo aspecto da realidade, e que este aspecto constituía o que ela tinha de essencial. Depois, chegou-se à posição oposta, procurando-se mostrar que a matéria de uma obra é secundária, e que a sua importância deriva das operações formais postas em jogo, conferindo-lhe uma peculiaridade que a torna de fato independente de 13quaisquer condicionamentos, sobretudo social, considerado inoperante como elemento de compreensão. 14Hoje sabemos que a integridade da obra não permite adotar 15nenhuma dessas visões _________; e que só a podemos entender fundindo texto e contexto numa interpretação 16dialeticamente íntegra, em que tanto o velho ponto de vista que 17explicava pelos fatores 18externos, quanto o outro, norteado pela 19convicção de que a estrutura é virtualmente independente, se combinam como momentos 20necessários do processo interpretativo. Sabemos, ainda, que o 21externo (no caso, o social) importa, não como causa, nem como significado, mas como elemento que desempenha certo papel na constituição da estrutura, tornando-22se, 23portanto, interno.

Neste caso, saímos dos aspectos periféricos da sociologia, ou da história sociologicamente orientada, para chegar a uma interpretação estética que assimilou a dimensão social como fator de arte. Quando isto se dá, ocorre o 24paradoxo assinalado inicialmente: o externo se torna interno e a crítica deixa de ser sociológica, para ser apenas crítica. Segundo esta ordem de ideias, o ângulo sociológico adquire uma validade maior do que tinha. Em __________, não pode mais ser imposto como critério único, ou mesmo preferencial, 25pois a importância de cada fator depende do caso a ser analisado. Uma crítica que se queira integral deve 26deixar de ser unilateralmente sociológica, psicológica ou 27linguística, para utilizar livremente os elementos capazes de conduzirem a uma interpretação coerente. Adaptado de: CANDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.

4. Considere as seguintes afirmações sobre o uso de pronomes no texto.

I. O pronome a (ref. 5) faz referência à expressão a reação indispensável (ref. 3).

II. A forma pronominal la (ref. 7) faz referência à expressão uma verdade (ref. 1).

III. O pronome se (ref. 22) faz referência à expressão o externo (ref. 21).

Quais das afirmações acima estão corretas?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III.

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4 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

ENCONTROS E DESENCONTROS

Hoje, jantando num pequeno restaurante aqui perto de casa, pude presenciar, ao vivo, uma cena que já me tinham descrito. Um casal de meia idade se senta à mesa vizinha da minha. Feitos os pedidos ao garçom, o homem, bem depressinha, tira o celular do bolso, e não mais o deixa, a merecer sua atenção exclusiva. A mulher, certamente de saber feito, não se faz de rogada e apanha um livro que trazia junto à bolsa. Começa a lê-lo a partir da página assinalada por um marcador. Espichando o meu pescoço inconveniente (nem tanto, afinal as mesas eram coladinhas) deu para ver que era uma obra da Martha Medeiros.

Desse modo, os dois iam usufruindo suas gulodices, sem comentários, com algumas reações dele, rindo com ele mesmo com postagens que certamente ocorriam em seu celular. Até dois estranhos, postos nessa situação, talvez acabassem por falar alguma coisa. Pensei: devem estar juntos há algum tempo, sem ter mais o que conversar. Cada um sabia tudo do outro, nada a acrescentar, nada de novo ou surpreendente. E assim caminhava, decerto, a vida daquele casal.

O que me choca, mesmo observando esta situação, como outras que o dia a dia me oferece, é a ausência de conversa. Sem conversa eu não vivo, sem sua força agregadora para trocar ideias, para convencer ou ser convencido pelo outro, para manifestar humor, para desabafar sobre o que angustia a alma, em suma, para falar e para ouvir. A conversa não é a base da terapia? Sei não, mas, atualmente, contar com um amigo para jogar conversa fora ou para confessar aquele temor que lhe está roubando o sossego talvez não seja fácil. O tempo também, nesta vida corre-corre, tem lá outras prioridades. Mia Couto é contundente: “Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa solidão.” Até se fala muito, mas ouvir o outro? Falo de conversas entre pessoas no mundo real. Vive-se hoje, parece, mais no mundo digital. Nele, até que se conversa muito; porém, é tão diferente, mesmo quando um está vendo o outro. O compartilhamento do mesmo espaço, diria, é que nos proporciona a abrangência do outro, a captação do seu respirar, as batidas de seu coração, o seu cheiro, o seu humor...

Desse diálogo é que tanta gente está sentindo falta. Até por telefone as pessoas conversam, atualmente, bem menos. Pelo WhatsApp fica mais fácil, alega-se. Rapidinho, rapidinho. Mas e a conversa? Conversa-se, sim, replicam. Será? Ou se trocam algumas palavras? Quando falo em conversa, refiro-me àquelas que se esticam, sem tempo marcado, sem caminho reto, a pularem de assunto em assunto. O WhatsApp é de graça, proclamam. Talvez um argumento que pode ser robusto, como se diz hoje, a favor da utilização desse instrumento moderno.

Mas será apenas por isso? Um amigo me lembra: no WhatsApp se trocam mensagens por escrito. Eu sei.

Entretanto, língua escrita é um outra modalidade, outro modo de ativar a linguagem, a começar pela não copresença física dos interlocutores. No telefone, não há essa copresença física, mas esse meio de comunicação não é impeditivo de falante e ouvinte, a cada passo, trocarem de papéis e até mesmo de falarem ao mesmo tempo, configurando, pois, características próprias da modalidade oral. Contudo, não se respira o mesmo ar, ainda que já se possa ver o outro. As pessoas passaram a valer-se menos do telefone, e as conversas também vão, por isso, tornando-se menos frequentes.

Gosto, mesmo, é de conversas, de preferência com poucos companheiros, sem pauta, sem temas censurados, sem se ter de esmerar na linguagem. Conversa sem compromisso, a não ser o de evitar a chatice. Com suas contundências, conflitos de opiniões e momentos de solidariedade. Conversa que é vida, que retrata a vida no seu dia a dia. No grupo maior, há de tudo: o louco, o filósofo, o depressivo, o conquistador de garganta, o saudosista... Nem sempre, é verdade, estou motivado para participar desses grupos. Porém, passado um tempo, a saudade me bate.

Aqueles bate-papos intimistas com um amigo tantas afinidades, merecedores que nos tornamos da confiança um do outro, esses não têm nada igual. A apreensão abrangente do amigo, de seu psiquismo, dos seus sentimentos, das dificuldades mais íntimas por que passa, faz-no sentir, fortemente, a nossa natureza humana, a maior valia da vida.

Esses momentos vão se tornando, assim me parece, uma cena menos habitual nestes tempos digitais. A pressa, os problemas a se multiplicarem, as tarefas a se diversificarem, como encontrar uma brecha para aquela conversa, que é entrega, confiança, despojamento? Conversa que exige respeito: um local calminho, sem gritos, vozes esganiçadas, garçons serenos. Sim, umas tulipas estourando de geladas e uns tira-gostos de nosso paladar a exigirem nova pedida. Não queria perder esses encontros. Afinal, a vida está passando tão depressa... Adaptado de: UCHOA, Carlos Eduardo. Disponível em: http://carloseduardouchoa.com.br/blog/.

Assinale a opção na qual o valor semântico da preposição em destaque foi classificado corretamente a) “[...] pequeno restaurante aqui perto de casa, pude

presenciar, ao vivo [...]” (1º parágrafo) – tempo b) “[...] esta situação, como outras que o dia a dia me

oferece [...]” (3º parágrafo) – sucessão c) “[...] deu para ver que era uma obra da Martha

Medeiros.” (1º parágrafo) – finalidade d) “[...]sem compromisso, a não ser o que evitar a

chatice.” (6º parágrafo) – oposição e) “Um casal de meia idade se senta à mesa vizinha [...]”

(1º parágrafo) – origem

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5 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Leia a frase abaixo e assinale a alternativa que traduz, na sequência em que aparecem, as circunstâncias grifadas. “Num átimo, cessou de todo o ruído das vozes e ele entrou a falar à vontade, calma e decididamente.” a) tempo - intensidade - modo - modo - modo b) modo - inclusão - explanação - modo - modo c) tempo - intensidade - intensidade - modo - modo d) modo - intensidade - intensidade - modo - modo e) realce - intensidade - modo - afetividade - modo

O texto abaixo é referência para a questão a seguir. “Aliás versos não se escrevem para leitura de olhos mudos. Versos cantam-se, urram-se, choram-se. Quem não souber cantar não leia Paisagem nº 1. Quem não souber urrar não leia Ode ao Burguês. Quem não souber rezar, não leia Religião. Desprezar: A Escalada. Sofrer: Colloque Sentimental. Perdoar: a cantiga do berço, um dos solos de Minha Loucura, das Enfibraturas do Ipiranga. Não continuo. Repugna-me dar a chave de meu livro. Quem for como eu tem essa chave.” Mário de Andrade. Literatura Comentada, p.131. Ed. Nova Cultural Ltda.

Tomando como base esse texto de Mário de Andrade, assinale a única alternativa falsa quanto às classes de palavras e suas flexões no uso da língua. a) Os verbos “escrever”, “cantar”, “urrar” e “chorar” têm

como sujeito o substantivo “Versos”, por isso estão no plural.

b) Em: “Versos cantam-se, urram-se, choram-se.”, o pronome “se” é índice de indeterminação do sujeito.

c) A vírgula, em: “Quem não souber rezar, não leia Religião.”, de acordo com os aspectos básicos da pontuação, está empregada indevidamente, uma vez que não se separa o sujeito do predicado.

d) Os substantivos “Escalada”, “Colloque” e “cantiga” são, respectivamente, núcleos dos objetos diretos do verbo “ler”, subentendido em: “Desprezar: A Escalada. Sofrer: Colloque Sentimental. Perdoar: a cantiga do berço...”

e) Se substituirmos a preposição “a”, em: “Ode ao Burguês”, pela preposição “de”, teremos o sentido de finalidade alterado para o sentido de posse.

Leia um trecho do conto “O mata-pau”, de Monteiro Lobato, em que o narrador, em visita, pela primeira vez,

à Serra do Palmital, pede ao capataz da fazenda que lhe explique o que é mata-pau. – Onde? Perguntei, tonto. – Aquele fiapinho de planta, ali no gancho daquele cedro, continuou o cicerone, apontando uma parasita mesquinha grudada na forquilha de um galho, com dois filamentos escorridos para o solo. Começa assinzinho, bota pra baixo esse fio de barbante na tenção de pegar a terra. E vai indo, sempre naquilo, nem pra mais nem pra menos, até que o fio alcança o chão. E vai então o fio vira raiz e pega a beber a substância da terra. A parasita cria fôlego e cresce que nem embaúba. O barbantinho engrossa todo dia, passa a cordel, passa a corda, passa a pau de caibro e acaba virando tronco de árvore e matando a mãe – como este aqui, concluiu, dando com o cabo do relho no meu mata-pau.

(Urupês, editora Brasiliense, 1972. Adaptado)

Vocabulário tenção: intenção relho: chicote de couro torcido com cabo de madeira cicerone: pessoa que mostra ou explica a visitantes ou a turistas os aspectos importantes ou curiosos de um determinado lugar. É correto afirmar que, na fala do capataz, predominam a linguagem a) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais

de afirmação. b) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais

de lugar. c) informal e expressões adverbiais/locuções adverbiais

de causa. d) científica /técnica e expressões adverbiais de lugar. e) científica/técnica e expressões adverbiais de tempo.

“Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão de ser da sua vida é você mesmo. A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si.(...)” Fonte: Roberto Gaefke. (Disponível em: http://www.mensagenscomamor.com/diversas/textos_felicidade.htm Acesso em: 27 maio de 2015.)

Com base no texto, assinale a alternativa CORRETA.

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6 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

a) Em “(...) remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos (...)”, o vocábulo destacado é um numeral.

b) Em “(...) busque a divindade que existe dentro de si (...)”, a palavra em destaque é um pronome possessivo.

c) Em “(...) por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém (...)”, os termos em destaque são objeto indireto do verbo “entregar”.

d) Ninguém, tudo e algo são pronomes indefinidos. e) Em “(...) quando acreditar que ainda falta algo (...)”, as

palavras destacadas são preposições.

O autor inseriu no balão do último quadrinho uma fala que exemplifica o conceito de metonímia (figura de linguagem baseada numa relação de proximidade). Essa fala é: a) Bem!... Vai ver que em vez de mente meu pai quis

dizer cabeça. b) Se é assim, por que você fica fora do ar, de vez em

quando? c) Filipe... Você acha, então, que o meu pai mente? d) Olhei pelo buraco do seu ouvido e não vi nada... e) Pra você, com esse topete que parece uma antena, é

fácil!

Dadas as orações:

A) O acesso à internet permite a produção de reportagens mais completas.

B) Os dados da internet podem ser consultados por jornalistas norte-americanos de dentro das redações.

Subordinando-se a segunda oração à primeira, e empregando-se o pronome relativo, o período resultante será: a) O acesso à internet, cujos dados podem ser

consultados por jornalistas norte-americanos de dentro das redações, permite a produção de reportagens mais completas.

b) Os dados da internet, cujo acesso permite a produção de reportagens mais comple-tas, podem ser consultados por jornalistas norte-americanos de dentro das redações.

c) De dentro das redações, os jornalistas norte-americanos podem consultar a internet, cujo acesso permite a produção de reportagens mais completas.

d) O acesso à internet, que pode ser consultada por jornalistas norte-americanos de dentro das redações, permite a produção de reportagens mais completas.

e) O acesso à internet permite a produção de reportagens mais completas, pois seus dados podem ser consultados por jornalistas norte-americanos de dentro das redações.

Assinale a alternativa que apresenta um período composto onde uma das orações é subordinada adjetiva: a) "... a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo

contrário, digo a todas como sou". b) "Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que

ainda há pouco mostrei." c) "... em toda a parte confesso que sou volúvel,

inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto".

d) "Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós enganais e eu desengano."

e) " - Está romântico!... está romântico... - exclamaram os três..."

A classificação da oração grifada está correta em todas as opções, exceto em: a) Ela sabia que ele estava fazendo o certo -

subordinada substantiva objetiva indireta b) Era a primeira vez que ficava assim tão perto de uma

mulher - subordinada substantiva subjetiva

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7 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

c) Mas não estava neles modificar um namoro que nascera difícil, cercado, travado - subordinada adjetiva

d) O momento foi tão intenso que ele teve medo - subordinada adverbial consecutiva

e) Solta, que você está me machucando - coordenada sindética explicativa

Assinale a opção em que a transformação das orações em um único período sintático mantém a correção gramatical e respeita seus sentidos originais. a) Na nossa rotina diária, cada vez mais a informação

digitalizada é predominante. Ela se apresenta durante o lazer ou durante o trabalho. / Na nossa rotina diária, a informação digitalizada, se apresenta durante o lazer ou o trabalho, é cada vez mais predominante.

b) Vivemos a era da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC). O setor de TIC avança rapidamente todos os dias. / Vivemos a era da Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), cujo setor avança rapidamente todos os dias.

c) Ficamos horas frente à tela do computador. Ora digitamos textos, ora pesquisamos informações nos milhares de sítios cada vez mais especializados e completos. / Diante dos milhares de sítios cada vez mais especializados e completos, ficamos horas em frente da tela do computador ora digitando textos, ora pesquisando informações.

d) São prontamente obtidas informações on line das mais importantes revistas científicas especializadas. Também o são informações dos principais jornais e revistas. / Obtém-se informações on line das mais importantes revistas científicas especializadas, além de prontamente dos principais jornais e revistas.

e) Começa a fazer parte da nossa vida o chamado comércio eletrônico. Ele nos permite adquirir os mais variados produtos com o mínimo esforço. / O chamado comércio eletrônico começa a fazer parte da nossa vida, do qual nos permite adquirir os mais variados produtos com o mínimo esforço.

"Enquanto a universidade não se refizer da reforma universitária, que deixou de lado a formação humanística, haverá espaço para este tipo de curso que vê na completa diversidade do público uma prova de que não só a falência da universidade empurra multidões para as novas salas de aula?" O período acima, composto por subordinação, constitui-se de:

a) cinco orações: duas adjetivas, duas substantivas e uma principal

b) quatro orações: duas substantivas, uma adjetiva e uma principal

c) cinco orações: uma adverbial, duas substantivas, uma adjetiva e uma principal.

d) duas orações: uma adjetiva e uma principal e) cinco orações: uma adverbial, duas adjetivas, uma

substantiva e uma principal

Aponte a alternativa que supõe o emprego correto do pronome relativo nestes períodos:

I. O desafio ______________ me refiro é tão ambicioso

quanto os objetivos ______________ você visa. II. As promessas _______________ ela duvidava não eram

piores do que os sonhos ___________ ela sempre se lembrava.

III. Já foi terminada a casa ____________ ficaremos alojados, é o lugar ______________ iremos no começo das férias.

IV. O desagradável incidente ______________ você aludiu hoje, à tarde, revelanos segredos ______ nunca tivemos acesso.

V. Os alunos __________ notas estão aqui devem pedir perdão à professora __________ desobedeceram.

a) I. a que, a que, II. que, que, III. onde, aonde, IV. de

que, que, V. dos quais, a quem; b) I. que, que, II. que, a que, III. aonde, onde, IV. que, de

que, V. cujas, que; c) I. a que, a que, II. de que, de que, III. onde, aonde, IV.

a que, a que, V. cujas, a quem; d) I. que, que, II. de que, que, III. aonde, aonde, IV. a que,

aos quais, V. dos quais, que; e) I. de que, que, II. que, com que, III. aonde, onde, IV.

que, a que, V. cujas, a quem

Numa das frases abaixo, não se encontra exemplo da conjunção anunciada. Assinale-a:

a) subordinativa concessiva -” Conquanto estivesse

cansado, concordou em prosseguir”; b) subordinativa condicional – “Digam o que quiserem

contanto que não me ofendam”; c) subordinativa temporal – “Mal anoiteceu, iniciou-se a

festa com grande entusiasmo”; d) subordinativa final – “Saiu sem que ninguém

percebesse”; e) subordinativa causal – “Como estou doente, não

comparecerei”.

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8 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

I) Os personagens da mitologia são arquétipos, isto é,

têm em si os traços gerais do homem. II) O acervo de personagens da mitologia conta com

doze figuras principais. Assinale a alternativa que apresenta a transformação adequada das orações I e II em um único período, por meio do emprego de pronome relativo. a) Os personagens da mitologia, que o acervo conta

com doze figuras principais, são arquétipos, isto é, tem em si os traços gerais do homem.

b) O acervo de personagens da mitologia conta com doze figuras principais cujas são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem.

c) Os personagens da mitologia são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem e seu acervo conta com doze figuras principais.

d) Os personagens da mitologia, cujo acervo conta com doze figuras principais, são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem.

e) O acervo de personagens da mitologia que conta com doze figuras principais , que são arquétipos, isto é, têm em si os traços gerais do homem.

Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal – que atende diretivas da União Europeia sobre o tema – trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, ou por conta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras de como essa responsabilização será aferida nos casos concretos (ela será aplicável [...], em função da inoperância de controles empresariais, sobre atividades desempenha-das pelas pessoas físicas que as dirigem ou que agem em seu nome). A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. Há uma oração coordenada sindética aditiva e uma

oração coordenada sindética alternativa. II. Há três orações na voz passiva, mas somente uma

com agente da passiva explícito. III. Há quatro orações subordinadas adjetivas

desenvolvidas e uma oração subordinada adjetiva reduzida.

Assinale a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. d) se nenhuma afirmativa estiver correta. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

“Foi solto no gramado e a tela fina de arame é escarmento ao rei dos animais. Não mais que um caco de leão (...)” “(...) sobre o focinho contei nove ou dez moscas, que ele não tinha ânimo de espantar.” “Um dos presentes explica que o bicho tem as pernas entrevadas, (...)” “Um de nós protesta que deviam servir-lhe a carne em pedacinhos.” Dos conectivos grifados nos fragmentos acima, somente um acumula em si os papéis de ligar orações e desempenhar uma função sintática (núcleo) na estrutura da oração introduzida. Assinale a opção que o contiver: a) “(...) e a tela fina de arame é escarmento ao rei dos

animais.” b) “(...) não mais que um caco de leão.” c) “(...) que ele não tinha ânimo de espantar.” d) “(...) que o bicho tem as pernas entrevadas,” e) “(...) que deviam servir-lhe a carne em pedacinhos.”

VIVEMOS O FIM DO MUNDO Luis Antônio Giron

(...) Bauman é autor do conceito de “modernidade líquida”. 1Com a ideia de “liquidez”, ele tenta explicar as mudanças profundas que a civilização vem sofrendo com a globalização e o impacto da tecnologia da informação. Nesta entrevista, ele fala sobre como a vida, a política e os padrões culturais mudaram nos últimos 20 anos. As instituições políticas perderam representatividade porque sofrem com um “déficit perpétuo de poder”. Na cultura, a elite abandonou o projeto de incentivar e patrocinar a cultura e as artes. Segundo ele, hoje é moda, entre os líderes e formadores de opinião, aceitar todas as manifestações, mas não apoiar nenhuma. (...) ÉPOCA – As redes sociais aumentaram sua força na internet como ferramentas eficazes de mobilização. Como o senhor analisa o surgimento de uma sociedade em rede?

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9 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Bauman – Redes, você sabe, são interligadas, mas também estão descosturadas e remendadas por meio de conexões e desconexões... As redes sociais eram atividades de difícil implementação entre as comunidades do passado. De algum modo, elas continuam assim dentro do mundo off-line. No mundo interligado, porém, as interações sociais ganharam a aparência de brinquedo de crianças rápidas. Não parece haver esforço na parcela on-line, virtual, de nossa experiência de vida. Hoje, assistimos à tendência de adaptar nossas interações na vida real (off-line), como se imitássemos o padrão de conforto que experimentamos quando estamos no mundo on-line na internet. ÉPOCA – Os jovens podem mudar e salvar o mundo? Ou nem os jovens podem fazer algo para alterar a história? Bauman – Sou tudo, menos desesperançoso. Confio que os jovens possam perseguir e consertar o estrago que os mais velhos fizeram. Como e se forem capazes de pôr isso em prática, dependerá da imaginação e da determinação deles. Para que se deem uma oportunidade, 2os jovens precisam resistir às pressões da fragmentação e recuperar a consciência da responsabilidade compartilhada para o futuro do planeta e seus habitantes. Os jovens precisam trocar o mundo virtual pelo real. ÉPOCA – O senhor afirma que as elites adotaram

uma atitude de máximo de tolerância com o mínimo de seletividade. Qual a razão dessa atitude? Bauman – Em relação ao domínio das escolhas culturais, a resposta é que 3não há mais autoconfiança quanto ao valor intrínseco das ofertas culturais disponíveis. Ao mesmo tempo, as elites renunciaram às ambições passadas, de empreender uma missão iluminadora da cultura. A elite deixou de ser o mecenas da cultura. 4Hoje, as elites medem sua superioridade cultural pela capacidade de devorar tudo. (...) ÉPOCA – Como diz o crítico George Steiner, os produtos culturais hoje visam ao máximo impacto e à obsolescência instantânea. Há uma saída para salvar a arte como uma experiência humana importante? Bauman – Bem, 5esses produtos se comportam como o resto do mercado. Voltam-se para as vendas de produtos na sociedade dos consumidores. Uma vez que a busca pelo lucro continua a ser o motor mais importante da economia, há pouca oportunidade para que os objetos de arte cessem de obedecer à sentença de Steiner... (...) Revista Época nº 819, 10 de fevereiro de 2014, p. 68-70.

Aquilo que motiva a indignação de Mafalda, na tirinha acima, foi também, de certa forma, abordado por Bauman na entrevista “Vivemos no fim do mundo”.

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10 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Assinale a alternativa em que o entrevistado fala de um aspecto que resultou na literatura que tanto desagrada à personagem Mafalda.

a) “...esses produtos se comportam como o resto do

mercado. Voltam-se para as vendas de produtos na sociedade dos consumidores.” (ref. 5)

b) “...os jovens precisam resistir às pressões da fragmentação e recuperar a consciência da responsabilidade compartilhada...” (ref. 2)

c) “Hoje, as elites medem sua superioridade cultural pela capacidade de devorar tudo.” (ref. 4)

d) “... não há mais autoconfiança quanto ao valor intrínseco das ofertas culturais disponíveis. (ref. 3)

'Obsessão por dietas estraga alimentação perfeita do brasileiro', diz Rita Lobo Apresentadora critica moda de 'substituir uma coisa pela outra' e defende valorização da 'comida de verdade' e do arroz e feijão contra epidemia de obesidade no Brasil: 'População foi ficando obesa à medida que se afastou da cozinha'. Por BBC Atualizado 30/08/2017 07h33

Obsessão por dietas da moda, por contagem de

calorias e por "substituir uma comida pela outra" são sintomas do nosso distanciamento da comida de verdade e da cozinha, diz a chef e apresentadora Rita Lobo, que defende a importância do arroz com feijão como o "alimento perfeito" para o brasileiro. A ex-modelo envolveu-se com comida 20 anos atrás, quando estudou gastronomia em Nova York e, desde então, popularizou-se com o site de receitas Panelinha (que deu origem a seis livros de culinária) e como apresentadora de televisão (seu programa no GNT, Cozinha Prática, estreou neste mês a nona temporada).

Um dos projetos de Rita, 42, chama-se justamente Comida de Verdade, com consultoria do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, órgão que criou o Guia Alimentar da População Brasileira – documento oficial do Ministério da Saúde. O Comida de Verdade ensina, em vídeos disponíveis no YouTube, a diferenciar comidas naturais (ou "verdadeiras") das ultraprocessadas – que costumam ser ricas em conservantes, açúcares e sal, mas pobres em nutrientes. Uma nova etapa do projeto começará em novembro, voltada à introdução alimentar de bebês.

"Comida de verdade é a que tem origem na natureza, seja animal ou vegetal – todas as frutas, verduras, grãos, cereais, carnes – e derivados desses alimentos, mas sem nenhum tipo de aditivo químico. E, para quem mora no Brasil, não tem dieta melhor do que a brasileira", afirma

Rita Lobo, que conversou com a BBC Brasil a respeito de alimentação, dietas e hábitos gastronômicos.

Rita traça paralelos entre a combinação clássica do Brasil – o "pê-efe", com arroz, feijão e acompanha-mentos – e famosas dietas internacionais, como a mediterrânea, a japonesa ou a francesa. "São centenas de anos (durante os quais) essa nossa dieta tem sido testada. Não é à toa que o arroz é servido com o feijão. Falta um aminoácido no feijão que justamente o arroz tem e, juntos, eles formam uma potência nutricional que quase não precisa de mais nada."

Rita tampouco é adepta da ideia de "substituir isso por aquilo" – popularizada pela chef Bela Gil e pela ideia de trocar um alimento calórico por um menos calórico. Ficou famoso o tuíte de fevereiro de Rita que, ao ser instada por um leitor a ensinar a preparar "maionese de óleo de coco e iogurte", respondeu: "1) Isso não é maionese; 2) Trate seu distúrbio alimentar". Compartilhado quase 2 mil vezes, o tuíte rendeu tanto elogios por levantar o debate sobre comida real, quanto críticas por fazer menção ao sensível tema de distúrbios alimentares. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/obsessao-por-dietas-estraga-alimentacao-perfeita-do-brasileirodiz-rita-lobo.ghtml (adaptado). Acesso em: 20 Set, 2017.

Em relação à resposta de Rita Lobo, “2) trate seu distúrbio alimentar”, apresentada no no tuíte acima, marque (V) para o que for verdadeiro e (F) para o que for falso. ( ) A resposta da apresentadora contém uma ordem

expressa ao leitor, marcada pelo uso do verbo “tratar”, utilizado no modo imperativo afirmativo.

( ) Se Rita Lobo utilizasse a frase Gostaria que você tratasse seu distúrbio alimentar no lugar de “trate seu distúrbio alimentar”, sua ordem se tornaria um pedido, pois a frase teria um tom mais cordial.

( ) Como Rita Lobo é uma apresentadora de TV, ela tem poder para dar ordens aos leitores; logo, preferiu utilizar a forma verbal “trate”.

( ) A inclusão da expressão “Por favor” no início da sentença (Por favor, trate seu distúrbio alimentar.) amenizaria o tom de ordem que acompanha a oração.

Marque a alternativa que contém a sequência CORRETA de respostas, de cima para baixo. a) V, V, F, V

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11 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

b) V, V, V, F c) V, F, F, V d) V, F, V, V e) V, V, F, F

ECONOMIA COMPORTAMENTAL LEVA O NOBEL Norte-americano Richard H. Thaler diz que ‘para fazer uma boa análise em economia deve-se ter em mente que as pessoas são humanas’

Richard H. Thaler recebeu o Prêmio Nobel de Economia pelas suas contribuições no campo da economia comportamental. O professor Thaler, nascido em 1945, em East Orange, New Jersey (EUA), trabalha na Faculdade de Administração da Universidade Booth de Chicago. Segundo o comitê do Nobel, ao anunciar o prêmio em Estocolmo, Thaler é pioneiro na aplicação da psicologia ao comportamento em economia e em explicar como as pessoas tomam decisões econômicas, às vezes, rejeitando a racionalidade.

Sua pesquisa, disse o comitê, levou o campo comportamental em economia, de um papel secundário, para a corrente principal da pesquisa acadêmica e mostrou que o fator tinha importantes implicações para a política econômica.

Thaler disse, nesta segunda-feira, 9, que a premissa básica de suas teorias é a seguinte: “Para fazer uma boa análise em economia deve-se ter em mente que as pessoas são humanas”. Quando lhe perguntaram como gastaria o dinheiro (cerca de US$ 1,1 milhão) do prêmio, respondeu: “Esta é uma pergunta bem divertida”. E acrescentou: “Tentarei gastá-lo da forma mais irracional possível”

O prêmio de Economia foi criado em 1968 em memória de Alfred Nobel e é concedido pela Academia Real de Ciências da Suécia.

As linhas principais de estudos econômicos em grande parte do século 20 basearam-se na hipótese simplificada de que as pessoas se comportavam racionalmente. Os economistas entendiam que isso não era literalmente real, mas argumentaram que estava bem próximo disso.

O professor Thaler desempenhou um papel central ao se distanciar desse pressuposto. Ele não só defendeu que os seres humanos são irracionais, o que é algo óbvio, mas também de pouca ajuda. Em vez disso, ele mostrou que as pessoas saem da racionalidade de maneiras coerentes, portanto seu comportamento ainda pode ser antecipado.

O comitê do Nobel descreveu como a teoria de Thaler sobre “contabilidade mental” explica de que forma as pessoas simplificam as decisões financeiras, concentrando-se no impacto limitado de cada decisão e não no seu efeito mais geral. Ele também mostrou como a aversão a uma perda pode explicar por que as pessoas

valorizam muito mais o mesmo item quando são proprietárias do que quando não o são, fenômeno chamado “efeito de doação”.

As teorias de Thaler explicam, ainda, porque as resoluções de ano-novo podem ser difíceis de se manter e analisam a tensão entre o planejamento de longo prazo e a ação no curto prazo. Sucumbir à tentação de curto prazo é uma razão importante pela qual muitas pessoas fracassam em seus planos de poupar para quando forem idosas, ou fazer escolhas de estilo de vida mais saudáveis, de acordo com a pesquisa de Thaler. Ele também demonstrou o quanto mudanças aparentemente pequenas na forma como os sistemas funcionam, ou como um “empurrãozinho” (“nudging”) – termo que ele inventou – pode ajudar as pessoas a exercer melhor o autocontrole quando, por exemplo, estão economizando para a aposentadoria.

O professor Thaler teve uma rápida participação no filme A Grande Aposta, ao lado da atriz e cantora Selena Gomez, no qual ele usou a economia comportamental para ajudar a explicar as causas da crise financeira. Quando perguntaram a ele sobre sua “curta carreira em Hollywood”, brincou se dizendo desapontado pelo fato de suas façanhas como ator não terem sido mencionadas no resumo de suas realizações quando o prêmio foi anunciado.

Por que o trabalho de Thaler foi importante? Seu trabalho forçou os economistas a lidarem com as limitações da análise tradicional com base no pressuposto de que as pessoas são atores racionais. Ele também tem sido excepcionalmente bem-sucedido ao influenciar diretamente políticas públicas. Uma das contribuições mais importantes é a sua influência sobre a mudança dos planos de aposentadoria nos quais os funcionários se inscrevem automaticamente e nas apólices que oferecem aos funcionários a opção de aumentar as contribuições ao longo do tempo. Ambos refletem a visão de Thaler de que a inércia pode ser usada para moldar resultados benéficos sem impor limites à escolha humana.

APPELBAUM, Binyamin.

Com base em seu conhecimento sobre o gênero charge e na leitura do texto “Economia comportamental leva o Nobel” e da charge apresentada acima, é CORRETO afirmar que

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12 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

a) na charge de Tiago Pecchia, o contexto não é evidente. Sem a leitura prévia do texto, o seu sentido se perde por completo.

b) o uso de caricatura é uma característica formal da charge. A caricatura de Thaler sentado na poltrona, por exemplo, é um dos elementos imagéticos mobilizados na charge.

c) o gênero charge revela que há uma relação muito estreita entre o sentido do texto e a situação em que foi produzido.

d) o humor da charge de Pecchia é desencadeado pelo comentário no 1º balão, que explicita a interpretação da personagem sobre a matéria lida.

e) a fala da personagem no 2º balão não é coerente com a forma como [ela] foi retratada: chegando com inúmeros pacotes e sacolas de compras.

BARATAS SERVEM PARA ALGO DE BOM? Encontrei uma barata na cozinha. Quando ela olhou pra mim, questionei meu asco: as baratas servem para algo de bom?

(Tonny Ronnier, Itapipoca, CE)

Ofereceu a ela um pedaço de pudim? Pois deveria.

Apesar da imagem degradante imposta às baratas pela humanidade, essa ingrata, elas são essenciais para a nutrição dos terráqueos – nem me refiro a dietas asiáticas – e para a preservação do ambiente. É que as cucarachas são decompositoras em escala global, já que estão espalhadas pelo mundo. Elas nutrem o solo traçando excrementos e restos de plantas e de animais.

Porém não fazem o trabalho sozinhas: elas dão carona, dentro e fora de seus corpos, para bactérias que quebram a matéria orgânica em minerais, como nitrogênio, fósforo e potássio, nutrientes fundamentais para os vegetais – processo conhecido como mineralização. Além disso, algumas espécies desempenham papel importante na polinização de plantas. Ou seja, as baratas, essas injustiçadas, são das mais relevantes jardineiras da face da Terra.

JOKURA, T.

A charge estabelece uma correspondência de sentido com a passagem transcrita em a) “Apesar da imagem degradante imposta às baratas

pela humanidade, [...] elas são essenciais para a nutrição dos terráqueos [...] e para a preservação do ambiente.”

b) “É que as cucarachas são decompositoras em escala global, [...] nutrem o solo traçando excrementos e restos de plantas e de animais.”

c) “Porém não fazem o trabalho sozinhas: elas dão carona, [...] para bactérias [...] processo conhecido como mineralização.”

d) “Além disso, algumas espécies desempenham papel importante na polinização [...] jardineiras da face da Terra.”

CONVERSAS ILUMINADAS

Tem coisa mais xarope do que faltar luz? 1Outro dia estava terminando de escrever um texto e não consegui concluí-lo: o céu enegreceu, trovões começaram a espocar e foi-se a energia da casa. Eram 15h10 da tarde. A luz só voltou às 20h. Fiquei com aquele pedaço de dia sem poder trabalhar. Então bati à porta do quarto da minha filha e percebi que ela também estava à toa, sem conseguir desfrutar da companhia inseparável do seu laptop. Ficamos as duas ali nos queixando do desperdício de tempo, até que nos jogamos em sua cama e começamos a conversas. Que jeito.

2Conversamos sobre os sonhos que ela tem para o futuro, e eu contei os que eu tinha na idade dela, e de como a vida me surpreendeu desde lá até aqui. E ela me divertiu com umas ideias absurdas que só podiam mesmo sair de sua cabeça inventiva, e eu ri tanto que ela se contagiou e riu muito também de si mesma. Então ela me falou sobre uma peça de teatro que foi assistir quando eu estive viajando, e ela disse que eu teria adorado, e combinamos de ir juntas na próxima vez que o ator voltar a Porto Alegre.

Aí eu contei o que fiz durante essa viagem que me impediu de estar com ela no teatro, e vimos as fotos juntas. Então foi a vez de ela me apresentar o novo disco da Lady Gaga (pelo celular), e ela me convenceu de que existe muito preconceito com essa cantora que, em sua opinião, é revolucionária, e eu escutei umas sete músicas e não gostei tanto assim, mas reconheci ali um talento que eu estava mesmo desprezando. Então foi a 3minha vez de tocar pra ela uma música que eu adoro e ela fez uma careta, e concluí que a careta era eu. 4E rimos de novo, e conversamos mais um tanto, 5e então fomos para a cozinha comer um resto de salada de fruta que estava a ponto de estragar naquela geladeira sem vida, já que a luz ainda não havia voltado.

Será que não havia voltado mesmo? Engraçado, fazia tempo que não passava uma tarde tão luminosa.

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13 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Quando por fim a luz voltou, voltei também eu para o computador, e voltou minha filha para seu Facebook, 6e só o que se escutava pela casa era o barulho das teclas escrevendo para seres invisíveis – falávamos com quem? Com o universo alheio.

E tive então um insight: tem, sim, coisa mais xarope do que faltar luz. É ficarmos reféns da tecnologia, deixando de conversar com quem está ao nosso lado. Se é preciso que a energia elétrica seja cortada para resgatar a energia humana, que seja, então. Não em hospitais, não em escolas, mas dentro de casa, uma horinha por semana: não haveria de causar um estrago tão grande. 7Se acontecer de novo, prometo não reclamar para a CEEE*, desde que não demore tanto para voltar a ponto de estragar os alimentos na geladeira e que seja suficiente para me alimentar da clarividência e brilho de um bom papo. MEDEIROS, Martha. Porto Alegre: Jornal Zero Hora, 15 de dez. 2013.

*Companhia Estadual de Energia Elétrica – Rio Grande do Sul

Após a leitura comparativa entre o texto “Conversas iluminadas” e a tirinha acima, pode-se concluir que a) ambos os textos destacam aspectos positivos da

tecnologia. b) ambos os textos enfatizam malefícios dos recursos

tecnológicos. c) o texto “Conversas iluminadas” destaca pontos

negativos da tecnologia; a tirinha, seus benefícios. d) o “Conversas iluminadas” apresenta características

positivas da tecnologia; a tirinha, seus malefícios.

FELICIDADE NAS TELAS

Uma amiga inventou um jeito de curtir sua fossa.

Depois de um dia de trabalho, de volta em casa, ela se enfia na cama, abre seu laptop e entra no Facebook. Ela não procura amigos e conhecidos para aliviar o clima solitário e deprê do fim do dia. Essa talvez tenha sido a intenção nas primeiras vezes, mas, hoje, experiência feita, ela entra no Facebook, à noite, como disse, para curtir sua fossa. De que forma? Visitando as páginas de amigos e conhecidos, ela descobre que todos estão muito bem: namorando (finalmente), prestes a se casar, renovando o apartamento que sempre desejaram remodelar, comprando a casa de praia que tanto queriam, conseguindo a bolsa para passar dois anos no exterior, sendo promovidos no emprego ou encontrando um novo “job” fantasticamente interessante. E todos vivem essas bem-aventuranças circundados de amigos maravilhosos, afetuosos, alegres, festeiros e sempre presentes, como nas fotografias postadas.

Minha amiga, em suma, sente-se excluída da felicidade geral da nação facebookiana: só ela não foi promovida, não encontrou um namorado fabuloso, não mudou de casa, não ganhou nesta rodada da loto. É mesmo um bom jeito de aprofundar e curtir a fossa: a sensação de um privilégio negativo, pelo qual nós seríamos os únicos a sofrer, enquanto o resto do mundo se diverte. Numa dessas noites de fossa e curtição, minha amiga, ao voltar para sua própria página no Facebook, deu-se conta de que a página não era diferente das outras. Ou seja, quem a visitasse acharia que minha amiga estava numa época de grandes realizações e contentamentos. Ela comentou: “As fotos das minhas férias, por exemplo, esbanjam alegria; elas não passaram por nenhum photoshop, acontece que são três ou quatro fotos “felizes” entre as mais de 500 que eu tirei”.

Logo nestes dias, acabei de ler Porque somos infelizes, organizado por Paolo Crepet. São seis textos de psiquiatras e psicanalistas (e um de um geneticista), tentando nos explicar “por que somos infelizes” e, em muitos casos, por que não deveríamos nos queixar disso. Por exemplo, a infelicidade é uma das motivações essenciais; sem ela nos empurrando, provavelmente, ficaríamos parados no tempo, no espaço e na vida. Ou ainda, a infelicidade é indissociável da razão e da memória, pois a razão nos repete que a significação de nossa existência só pode ser ilusória e a memória não para de fazer comparações desvantajosas entre o que alcançamos e o que desejávamos inicialmente. Não faltam no livro trivialidades moralistas sobre o caráter insaciável de nosso desejo. Não faltam também evocações saudosistas do sossego de algum passado rural. Em matéria de infelicidade, é sempre fácil (e um pouco tolo) culpar a sociedade de consumo e sua propaganda, que viveriam às custas de nossa insatisfação.

Anotei na margem: mas quem disse que a infelicidade é a mesma coisa que a insatisfação? E se a infelicidade fosse, ao contrário, o efeito de uma saciedade muito grande, capaz de estancar nosso

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desejo? Que tal se a infelicidade não tivesse nada a ver com a ansiedade das buscas frustradas, mas fosse uma espécie de preguiça do desejo, mais parecida com o tédio de viver do que com a falta de gratificação? Em suma, você é infeliz por que ainda não conseguiu tudo o que você queria, ou por que parou de querer, e isso torna a vida muito chata? Seja como for, lendo o livro e me lembrando da fossa de minha amiga no Facebook, ocorreu-me que talvez uma das fontes da infelicidade seja a necessidade de parecermos felizes. Por que precisaríamos mostrar ao mundo uma cara (ou uma careta) de felicidade?

A felicidade dá status, como a riqueza. Por isso, os sinais aparentes de felicidade podem ser mais relevantes do que a íntima sensação de bem-estar; além disso, somos cronicamente dependentes do olhar dos outros. Consequência: para ter certeza de que sou feliz, preciso constatar que os outros enxergam minha felicidade. Nada grave, mas isso leva a algo mais chato: a prova de minha felicidade é a inveja dos outros. O resultado dessa necessidade de parecermos felizes é que a felicidade é este paradoxo: uma grande impostura da qual receamos não fazer parte e que, por isso mesmo, não conseguimos denunciar.

CALIGARIS, C. Entre as charges a seguir, aquela que manifesta uma concepção de felicidade semelhante à adotada pelo autor de Felicidade nas telas é:

a)

b)

c)

d)

CINECLUBE EM SP REALIZA FEIRA DE TROCAS MENSALMENTE

1No último domingo (7), a associação Cineclube

Socioambiental Crisantempo, localizada na Vila Madalena, bairro da zona oeste de São Paulo, realizou uma feira em que os moradores puderam trocar objetos entre si. 2A iniciativa busca incentivar o consumo 3consciente e levar para o espaço o conceito de economia solidária.

4A feira de trocas acontece uma vez por mês, sempre aos domingos. O grupo aconselha levar livros, roupas, CDs, DVDs, aparelhos eletrônicos, brinquedos, objetos de decoração, objetos em geral que estejam em bom estado.

Segundo os organizadores, o objetivo é “promover um espaço de reflexão sobre o consumo, trocar diversos tipos de objetos, saberes e sabores”. Por isso, também podem ser levados alimentos e plantas, além de “serviços e saberes”. Tudo para a troca de ideias e divulgação de utilidades.

O evento funciona da seguinte maneira: 5cada um coloca seus bens num local e utiliza uma etiqueta com seu nome. Após a organização dos espaços pessoais, os participantes circulam para conhecer os espaços dos outros e 6num determinado momento (ao tocar do sino) começam as trocas.

7O espaço também promove o desapego através da doação. Há uma área destinada apenas para doar objetos às instituições que necessitam. Para finalizar,

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acontece um lanche 8compartilhado com alimentos levados pelos próprios participantes. 9Uma 10experiência colaborativa agradável, que questiona o 11individualismo imposto nas grandes cidades.

Fonte: http://cicIovivo.com.br/noticia/cinecIube-em-sp-realiza-feira-de-trocas-mensaImente/. Acesso em 03/10/2016.

Assinale a alternativa que relaciona corretamente a reflexão provocada pela tirinha e pelo texto. a) Em ambos os textos, as pessoas promovem um

mundo mais harmônico e menos consumista. b) Em ambos os textos, não há promoção de um

mundo mais harmônico e com consumo consciente. c) No texto Cineclube em SP realiza feira de trocas

mensalmente, há a vontade de se ter um mundo mais harmônico e menos consumista, o que não acontece na tirinha.

d) No texto Cineclube em SP realiza feira de trocas mensalmente, foram tomadas iniciativas para amenizar o modelo do consumo desenfreado no mundo, o que não acontece na tirinha.

A 1produção em série, em escala gigantesca, impõe em todo lado as suas pautas obrigatórias de consumo. Esta ditadura da uniformização obrigatória é mais devastadora que qualquer ditadura do partido único: impõe, no mundo inteiro, um modo de vida que reproduz os seres humanos como fotocópias do 2consumidor exemplar.

O sistema fala em nome de todos, dirige a todos suas ordens imperiosas de consumo, difunde, entre todos a febre compradora. 3A maioria, que se endivida para ter coisas, termina por ter nada mais que dívidas para pagar dívidas, as quais geram novas dívidas, e acaba a consumir fantasias que, por vezes, materializa delinquindo.

4Esta civilização não deixa dormir as flores, nem as galinhas, nem as pessoas. Nas estufas, as flores são submetidas à luz contínua, para que cresçam mais

depressa. Nas fábricas de ovos, as galinhas também estão proibidas de ter a noite. E as pessoas estão condenadas à insônia, pela ansiedade de comprar e pela angústia de pagar. Este modo de vida não é muito bom para as pessoas, mas é muito bom para a indústria farmacêutica. 5Os EUA consomem a metade dos sedativos, ansiolíticos e demais drogas químicas que se vendem legalmente no mundo, e mais da metade das drogas proibidas que se vendem ilegalmente, o que não é pouca coisa se se considerar que os EUA têm apenas cinco por cento da população mundial.

Invisível violência do mercado: 6a 7diversidade é inimiga da 8rentabilidade e a uniformidade manda. O consumidor exemplar é o homem 9quieto. Esta civilização, que confunde a quantidade com a qualidade, confunde a gordura com a boa alimentação. O país que inventou as comidas e bebidas light, os diet food e os alimentos fat free tem a maior quantidade de gordos do mundo. 10O consumidor exemplar só sai do automóvel para trabalhar e para ver televisão. Sentado perante o pequeno écran, passa quatro horas diárias a devorar comida de plástico.

As massas consumidoras recebem ordens num idioma universal: a publicidade conseguiu o que o esperanto quis e não pôde. 11Tempo livre, tempo prisioneiro: as casas muito pobres não têm cama, mas têm televisor e o televisor tem a palavra. Comprado a prazo, esse 12animalejo prova a vocação democrática do progresso: não escuta ninguém, mas fala para todos. Pobres e ricos conhecem, assim, as virtudes dos automóveis do último modelo, e pobres e ricos inteiram-se das vantajosas taxas de juros que este ou aquele banco oferece.

Os peritos sabem converter as mercadorias em conjuntos mágicos contra a solidão. As coisas têm

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atributos humanos: acariciam, acompanham, compreendem, ajudam, o perfume te beija e o automóvel é o 13amigo que nunca falha. A cultura do consumo fez da solidão o mais lucrativo dos mercados. 14A publicidade não informa acerca do produto que vende, ou raras vezes o faz. Isso é o que menos importa. A sua função primordial consiste em compensar frustrações e alimentar fantasias. Sempre ouvi dizer que o dinheiro não produz a felicidade, mas qualquer espectador pobre de TV tem motivos de sobra para acreditar que o dinheiro produz algo tão parecido que a diferença é assunto para especialistas.

15O shopping center, ou shopping mall, vitrine de todas as vitrines, impõe a sua presença avassaladora. 16As multidões acorrem, em peregrinação, a este templo maior das massas do consumo. A maioria dos 17devotos contempla, em êxtase, as coisas que os seus bolsos não podem pagar, enquanto a minoria compradora submete-se ao bombardeio da oferta incessante e extenuante.

A cultura do consumo, cultura do 18efêmero, condena tudo ao desuso mediático. Tudo muda ao ritmo vertiginoso da moda, posta ao serviço da necessidade de vender. As coisas envelhecem num piscar de olhos, para serem substituídas por outras coisas de 19vida fugaz. Paradoxalmente, os shoppings centers, reinos do fugaz, oferecem com o máximo êxito a ilusão da segurança. Eles resistem fora do tempo, sem idade e 20sem raiz, sem noite e sem dia e sem memória, e existem fora do espaço, para além das turbulências da perigosa realidade do mundo.

21A injustiça social não é um erro a corrigir, nem um defeito a superar: é uma necessidade essencial. Não há natureza capaz de alimentar um shopping center do tamanho do planeta. GALEANO, Eduardo. O império do consumo. Disponível em: <http:// www.cartacapital.com.br/economia/o-imperio-do-consumo>. Acesso em: 20 out. 2016 (passim).

O consumidor não é o cidadão. Nem o consumidor de bens materiais, ilusões tornadas realidades como símbolos: a casa própria, o automóvel, os objetos, as coisas que dão status. Nem o consumidor de bens imateriais ou culturais, regalias de um consumo elitizado, como o turismo e as viagens, os clubes e as diversões pagas; ou de bens conquistados para participar ainda mais do consumo, como a educação

profissional, pseudoeducação que não conduz ao entendimento do mundo. O eleitor também não é forçosamente o cidadão, pois o eleitor pode existir sem que o indivíduo realize inteiramente suas potencialidades como participante ativo e dinâmico de uma comunidade. O papel desse eleitor não cidadão se esgota no momento do voto [...].

O cidadão é multidimensional. Cada dimensão se articula com as demais na procura de um sentido para a vida. Isso é o que dele faz o indivíduo em busca do futuro, a partir de uma concepção de mundo, aquela individualidade verdadeira. [...] O consumidor (e mesmo o eleitor não cidadão) alimenta-se de parcialidades, contenta-se com respostas setoriais, alcança satisfações limitadas, não tem direito ao debate sobre os objetivos de suas ações públicas ou privadas. SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo, Nobel, 1996. p. 41-42.

Ao comparar os textos de Eduardo Galeano e de Milton Santos, verifica-se que a) ambos apresentam, de forma semelhante, os

conceitos de cidadão e de consumidor, embora existam algumas nuances diferenciadoras nos conceitos de um e de outro.

b) Eduardo Galeano identifica o conceito de consumidor com o de cidadão, enquanto Milton Santos ignora o conceito de consumidor, admitindo apenas a existência do conceito de cidadão.

c) Milton Santos sobrepõe o conceito de cidadão ao conceito de consumidor, destacando aspectos múltiplos do exercício da cidadania, e Galeano apenas detalha atributos do consumidor.

d) Eduardo Galeano apresenta, em segundo plano e de forma implícita, o conceito de cidadão, mas Milton Santos o coloca em destaque, no mesmo plano de importância do conceito de consumidor.

e) Milton Santos explicita um conceito de consumidor diferente do que é apresentado por Galeano, embora seu conceito de cidadão se aproxime do que indiretamente está presente no texto de Galeano.

Observe a figura a seguir.

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Seu conteúdo se relaciona com a seguinte assertiva do texto: a) “A maioria, que se endivida para ter coisas” (ref. 3). b) “a diversidade é inimiga da rentabilidade e a

uniformidade manda.” (ref. 6). c) “O consumidor exemplar só sai do automóvel para

trabalhar e para ver televisão.” (ref. 10). d) “Tempo livre, tempo prisioneiro: as casas muito

pobres não têm cama, mas têm televisor” (ref. 11). e) “O shopping center, ou shopping mall, vitrine de todas

as vitrines, impõe a sua presença avassaladora.” (ref. 15).

A vida em grandes metrópoles apresenta atributos que consideramos sinônimos de progresso, como facilidades de acesso aos bens de consumo, oportunidades de trabalho, lazer, serviços, educação, saúde etc. Por outro lado, em algumas delas, devido à grandiosidade dessas cidades e aos milhões de cidadãos que ali moram, existem muito mais problemas do que benefícios. Seus habitantes sabem como são complicados o trânsito, a segurança pública, a poluição, os problemas ambientais, a habitação etc. Sem dúvida, são desafios que exigem muito esforço não só dos governantes, mas também de todas as pessoas que vivem nesses lugares. Essas cidades convivem ao mesmo tempo com a ordem e o caos, com a pobreza e a riqueza, com a beleza e a feiura. A tendência das coisas de se desordenarem espontaneamente é uma característica fundamental da natureza. Para que ocorra a organização, é necessária alguma ação que restabeleça a ordem. É o que acontece nas grandes cidades: despoluir um rio, melhorar a condição de vida dos seus habitantes e diminuir a violência, por exemplo, são tarefas que exigem muito trabalho e não acontecem espontaneamente. Se não houver qualquer ação nesse sentido, a tendência é que prevaleça a desorganização. Em nosso cotidiano, percebemos que é mais fácil deixarmos as coisas desorganizadas do que em ordem. A ordem tem seu preço. Portanto, percebemos que há um embate constante na manutenção da vida e do universo contra a desordem. A luta contra a desorganização é travada a cada momento por nós. Por exemplo, desde o momento da nossa concepção, a partir da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, nosso organismo vai se desenvolvendo e ficando mais complexo. Partimos de uma única célula e chegamos à fase adulta com trilhões delas, especializadas para determinadas funções. Entretanto, com o passar dos anos, envelhecemos e nosso corpo não consegue mais funcionar adequadamente, ocorre uma falha fatal e morremos. O que se observa na natureza é que a manutenção da ordem é fruto da ação das forças fundamentais, que, ao interagirem com a matéria, permitem que esta se organize. Desde a formação do

nosso planeta, há cerca de 5 bilhões de anos, a vida somente conseguiu se desenvolver às custas de transformar a energia recebida pelo Sol em uma forma útil, ou seja, capaz de manter a organização. Para tal, pagamos um preço alto: grande parte dessa energia é perdida, principalmente na forma de calor. Dessa forma, para que existamos, pagamos o preço de aumentar a desorganização do nosso planeta. Quando o Sol não puder mais fornecer essa energia, dentro de mais 5 bilhões de anos, não existirá mais vida na Terra. Com certeza a espécie humana já terá sido extinta muito antes disso. (Adaptado de: OLIVEIRA, A. O Caos e a Ordem. Ciência Hoje. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/o-caos-ea- ordem>. Acesso em: 10 abr. 2015.) Segundo o texto, as cidades convivem ao mesmo tempo com a ordem e o caos, com a pobreza e a riqueza, com a beleza e a feiura. Esses aspectos da vida urbana são evidenciados em muitas manifestações artísticas. Efigênia Rolim produz e traveste-se com roupas e acessórios feitos de papéis de bala, e de restos de outros materiais; declama poemas e histórias criados por ela, em espaços públicos, o que resulta em um ato performativo que chama a atenção para os problemas ecológicos. Jum Nakao confeccionou um vestido, Luxdelix, com sacos de lixo para um ensaio fotográfico em um lixão a céu aberto no Rio de Janeiro.

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Acerca dessas manifestações artísticas na contempora-neidade, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir. ( ) Manifestações como as de Efigênia Rolim e Jum

Nakao são parte de um programa de reciclagem dos detritos industriais para reduzir o problema do lixo nas grandes cidades.

( ) As intervenções de Efigênia Rolim minimizam as fronteiras entre as produções visuais, cênicas e literárias.

( ) Em Luxdelix, a presença da ironia, ao aproximar luxo e lixo, evidencia o aspecto crítico da obra.

( ) As manifestações de Efigênia estão em sintonia com os paradoxos presentes nas cidades.

( ) Para Efigênia Rolim e Jum Nakao, arte e vida são instâncias separadas e isto pode ser notado na escolha dos materiais que constituem seus trabalhos.

Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta. a) V, V, V, F, F. b) V, F, F, V, V. c) F, V, V, V, F. d) F, F, V, F, V. e) F, F, F, V, V.

No bloco superior abaixo, estão listados os movimentos literários brasileiros; no inferior, características desses movimentos. Associe adequadamente o bloco inferior ao superior. 1. Arcadismo 2. Parnasianismo 3. Simbolismo ( ) Representa um afastamento dos problemas sociais

brasileiros, seguindo uma estética rígida. ( ) Surge na periferia intelectual brasileira: Minas

Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. ( ) Recupera o padrão estético clássico, fazendo

ressurgir a epopeia. ( ) Busca transfigurar a condição humana, dando-lhe

horizontes transcendentais. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 1 – 1 – 3 – 2. b) 1 – 3 – 2 – 2. c) 2 – 3 – 1 – 3. d) 2 – 3 – 3 – 1. e) 3 – 1 – 3 – 2.

Do século XVI até meados do século XVIII, duas manifestações estéticas são de extrema relevância para a formação da literatura brasileira: o Barroco e o Arcadismo. Para refletir sobre esses dois momentos e responder à questão, leia os textos a seguir. Texto 1 Discreta, e formosíssima Maria, Enquanto estamos vendo claramente Na vossa ardente vista o sol ardente, E na rosada face a Aurora fria. Enquanto pois produz, enquanto cria Essa esfera gentil, mina excelente No cabelo o metal mais reluzente, E na boca a mais fina pedraria. Gozai, gozai da flor da formosura, Antes que o frio da madura idade Tronco deixe despido, o que é verdura. Que passado o zenith da mocidade, Sem a noite encontrar da sepultura, É cada dia ocaso da beldade. (Gregório de Matos)

Texto 2 Brandas ribeiras, quanto estou contente De ver-nos outra vez, se isto é verdade! Quanto me alegra ouvir a suavidade, Com que Fílis entoa a voz cadente! Os rebanhos, o gado, o campo, a gente, Tudo me está causando novidade: Oh como é certo, que a cruel saudade Faz tudo, do que foi, mui diferente! Recebei (eu vos peço) um desgraçado, Que andou té agora por incerto giro Correndo sempre atrás do seu cuidado: Este pranto, estes ais, com que respiro, Podendo comover o vosso agrado, Façam digno de vós o meu suspiro.

(Cláudio Manoel da Costa)

Sobre os textos 1 e 2 e seus respectivos autores, analise as seguintes proposições. I. Pode-se afirmar que uma das características do

Barroco, presente no texto 1, é o tema da efemeridade da vida, como pode ser percebido no primeiro terceto.

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II. Gregório de Matos foi um repentista, que sabia improvisar; um menestrel baiano que buscava inspiração no cotidiano, nas circunstâncias da vida, quer seja pelo êxtase religioso quer pelo afetivo.

III. O texto 1 é marcado pela temática do Carpe Diem, característica notável também do Barroco.

IV. O texto 2 tem sua temática ligada ao pastoralismo, ao bucolismo e remete à mitologia grega.

V. Cláudio Manoel da Costa, cujo nome pastoral é Glauceste Satúrnio, tem forte influência dos padrões cultistas, elevada inventividade lírica e deseja exprimir a realidade de seu país.

Estão CORRETAS, apenas:

a) I, II, III e IV. b) II, III, IV e V. c) I, II e V. d) III e IV. e) II e V.

Chamou-me o bragantino e levou-me pelos corredores e pátios até ao hospício propriamente. Aí é que percebi que ficava e onde, na seção, na de indigentes, aquela em que a imagem do que a Desgraça pode sobre a vida dos homens é mais formidável. O mobiliário, o vestuário das camas, as camas, tudo é de uma pobreza sem par. Sem fazer monopólio, os loucos são da proveniência mais diversa, originando-se em geral das camadas mais pobres da nossa gente pobre. São de imigrantes italianos, portugueses e outros mais exóticos, são os negros roceiros, que teimam em dormir pelos desvãos das janelas sobre uma esteira esmolambada e uma manta sórdida; são copeiros, cocheiros, moços de cavalariça, trabalhadores braçais. No meio disto, muitos com educação, mas que a falta de recursos e proteção atira naquela geena social.

BARRETO, L. Diário do hospício e O cemitério dos vivos. São Paulo: Cosac & Naify, 2010.

No relato de sua experiência no sanatório onde foi interno, Lima Barreto expõe uma realidade social e humana marcada pela exclusão. Em seu testemunho, essa reclusão demarca uma

a) medida necessária de intervenção terapêutica. b) forma de punição indireta aos hábitos desregrados. c) compensação para as desgraças dos indivíduos. d) oportunidade de ressocialização em um novo

ambiente. e) conveniência da invisibilidade a grupos vulneráveis e

periféricos.

Trata-se de uma obra híbrida que transita entre a literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica, de base naturalista e evolucionista, à construção literária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão romântica da natureza. Seu autor recorreu a formas de ficção, como a tragédia e a epopeia, para compreender o horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de ultrapassar a sua significação particular. (Roberto Ventura. “Introdução”. In: Silviano Santiago (org.). Intérpretes do Brasil, vol. 1, 2000. Adaptado.)

Tal comentário crítico aplica-se à obra a) Capitães da Areia, de Jorge Amado. b) Vidas secas, de Graciliano Ramos. c) Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. d) Os sertões, de Euclides da Cunha. e) Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto a seguir. O início do chamado Pré-modernismo na literatura brasileira data de 1902, com a publicação de __________. Além dessa obra relevante, de autoria de __________, merece destaque o romance __________, publicado por __________ em 1915. Já na poesia, o principal nome deste período foi __________, autor de __________. a) Urupês / Graça Aranha / Macunaíma / Domingos

Olímpio / Mario de Andrade / Cinza das horas. b) Canaã / Euclides da Cunha / Triste fim de Policarpo

Quaresma / Monteiro Lobato / Manuel Bandeira / Eu e outras poesias.

c) Canaã / Monteiro Lobato / Luzia-Homem / Mario de Andrade / Manuel Bandeira / Broquéis.

d) Urupês / Monteiro Lobato / Macunaíma / Mario de Andrade / Manuel Bandeira / Cinza das horas.

e) Os sertões / Euclides da Cunha / Triste fim de Policarpo Quaresma / Lima Barreto / Augusto dos Anjos / Eu e outras poesias.

Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente. E ao lado o Miranda assustava-se, inquieto com aquela exuberância brutal de vida, aterrado defronte daquela floresta implacável que lhe crescia junto da casa (...). À noite e aos domingos ainda mais recrudescia o seu azedume, quando ele, recolhendo-se fatigado do serviço, deixava-se ficar estendido numa preguiçosa,

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junto à mesa da sala de jantar e ouvia, a contragosto, o grosseiro rumor que vinha da estalagem numa exalação forte de animais cansados. Não podia chegar à janela sem receber no rosto aquele bafo, quente e sensual, que o embebedava com o seu fartum de bestas no coito. (Aluísio de Azevedo, O cortiço. 14. ed. São Paulo: Ática, 1983, p. 22.)

Levando em conta o excerto, bem como o texto integral do romance, é correto afirmar que a) o grosseiro rumor, a sexualidade desregrada e a

exalação forte que provinham do cortiço decorriam, segundo Miranda, do abandono daquela população pelo governo.

b) os termos “grosseiro rumor”, “animais”, “bestas no coito”, que fazem referência aos moradores do cortiço, funcionam como metáforas da vida pulsante dos seus habitantes.

c) o nivelamento sociológico na obra O Cortiço se dá não somente entre os moradores da habitação coletiva e o seu senhorio, mas também entre eles e o vizinho Miranda.

d) a presença portuguesa, exemplificada nas personagens João Romão e Miranda, não é relevante para o desenvolvimento da narrativa nem para a compreensão do sentido da obra.

Nesta obra, eu quis estudar temperamentos e não caracteres. Escolhi personagens soberanamente dominadas pelos nervos e pelo sangue, desprovidas de livre-arbítrio, arrastadas a cada ato de suas vidas pelas fatalidades da própria carne. Começa-se a compreender que o meu objetivo foi acima de tudo um objetivo científico.

(Émile Zola apud Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira, 1994. Adaptado.)

Depreendem-se dessas considerações do escritor francês Émile Zola, a respeito de uma de suas obras, preceitos que orientam a corrente literária a) romântica. b) árcade. c) naturalista. d) simbolista. e) barroca.

Sobre autores do Naturalismo brasileiro, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações. ( ) Em A carne, de Júlio Ribeiro, faz-se presente a

tensão entre intelectualidade e desejo sexual, em especial no corpo da protagonista Lenita.

( ) Em Bom-crioulo, de Adolfo Caminha, há o relacionamento homossexual entre o escravo fugido Amaro e o marinheiro branco Aleixo.

( ) Em O Ateneu, de Raul Pompéia, há denúncia de preconceito sofrido pelo menino negro Sérgio, no colégio interno onde estuda.

( ) Em O mulato, de Aluísio Azevedo, o casal formado pelo “mulato” Raimundo e por sua prima branca Ana Rosa é bem aceito pelos demais personagens do romance.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) V – F – V – F. b) V – V – F – F. c) F – V – F – V. d) F – F – V – F. e) V – V – F – V.

“Diferentemente do Realismo e do Naturalismo, que se voltavam para o exame e para a crítica da realidade, o Parnasianismo representou na poesia um retorno ao clássico, com todos os seus ingredientes: o princípio do belo na arte, a busca do equilíbrio e da perfeição formal. Os parnasianos acreditavam que o sentido maior da arte reside nela mesma, em sua perfeição, e não na sua relação com o mundo exterior.”

CEREJA; MAGALHÃES, 1999, p. 334.

Sobre o Parnasianismo, assinale a alternativa correta.

a) Os maiores expoentes do Parnasianismo, na poesia

e na prosa, ocuparam-se da literatura indianista, na qual exaltavam a dignidade do nativo e a beleza superior da paisagem tropical.

b) Um exemplo de poesia parnasiana é a obra Suspiros poéticos e saudade, de Gonçalves de Magalhães, na qual o poeta anuncia a revolução literária, libertando-se dos modelos românticos, considerados ultrapassados.

c) Os parnasianos consideravam que certos princípios românticos, como a simplicidade da linguagem, valorização da paisagem nacional, emprego de sintaxe e vocabulário mais brasileiros, sentimentalismo, tudo isso ocultava as verdadeiras qualidades da poesia.

d) Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manoel da Costa exemplificam a tendência de uma poesia pura, indiferente às contingências históricas, com sátira à mestiçagem e elogio à nobreza local.

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Trecho A Todavia, importa dizer que este livro é escrito com pachorra, com a pachorra de um homem já desafrontado da brevidade do século, obra supinamente filosófica, de uma filosofia desigual, agora austera, logo brincalhona, coisa que não edifica nem destrói, não inflama nem regela, e é todavia mais do que passatempo e menos do que apostolado. Trecho B Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem. Os trechos acima, do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, apresentam, ambos, dominantemente linguagem de idêntica função, ou seja, a) Metalinguística, por explicitar os conteúdos do livro

e explicar a forma de produção de seu estilo. b) Conativa, por incidir persuasivamente sobre o leitor

e convencê-lo da verdade da obra. c) Poética, por usar significativo processo de seleção e

de combinação das palavras, caracterizando a montagem estética do texto.

d) Referencial, por informar dominantemente sobre a filosofia do livro e os movimentos pachorrentos do autor.

O que primeiro chama a atenção do crítico na ficção deste escritor é a despreocupação com as modas dominantes e o aparente arcaísmo da técnica. Num momento em que Gustave Flaubert sistematizara a teoria do “romance que narra a si próprio”, apagando o narrador atrás da objetividade da narrativa; num momento em que Émile Zola preconizava o inventário maciço da realidade, observada nos menores detalhes, ele cultivou livremente o elíptico, o incompleto, o fragmentário, intervindo na narrativa com bisbilhotice saborosa. A sua técnica consiste essencialmente em sugerir as coisas mais tremendas da maneira mais cândida (como os ironistas do século XVIII); ou em estabelecer um contraste entre a normalidade social dos fatos e a sua anormalidade essencial; ou em sugerir, sob aparência do contrário, que o ato excepcional é normal, e anormal seria o ato corriqueiro. Aí está o motivo da sua modernidade, apesar do seu arcaísmo de superfície. (Antonio Candido. Vários escritos, 2004. Adaptado.)

O comentário do crítico Antonio Candido refere-se ao escritor a) Machado de Assis. b) José de Alencar. c) Manuel Antônio de Almeida. d) Aluísio Azevedo. e) Euclides da Cunha.

Assinale a alternativa incorreta. a) Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio

Pignatari são importantes poetas do Concretismo brasileiro.

b) Tomás Antônio Gonzaga, autor de Cartas chilenas, é um dos mais importantes autores do Arcadismo brasileiro.

c) Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu e Castro Alves são, respectivamente, poetas da primeira, da segunda e da terceira geração do Romantismo brasileiro.

d) A poesia barroca de Gregório de Matos Guerra é composta exclusivamente de versos satíricos.

e) A publicação de O mulato, de Aluísio Azevedo, em 1881, marca o início do Naturalismo no Brasil.

“Também conhecidos como escolas, correntes ou movimentos, os períodos literários correspondem a fases histórico-culturais em que determinados valores estéticos e ideológicos resultam na criação de obras mais ou menos próximas no estilo e na visão de mundo. Diferenciam-se do estilo de época por ter uma abrangência maior, englobando circunstâncias como as condições do meio, as influências filosóficas e políticas, etc.” (Gonzaga, Sergius, Curso de literatura brasileira. 2.ª ed. – Porto Alegre: Leitura XXI, 2007. p.12)

A partir da segmentação da produção literária nacional, como descrita por Sergius Gonzaga no excerto acima, nos aspectos que se referem a contexto histórico, características, autores e obras, é correto afirmar que a) o Barroco surge do conflito entre Teocentrismo e

Antropocentrismo e tem como resultado uma poética dicotômica e instável emocionalmente. Já a prosa barroca, expressa nos sermões do Padre Vieira, não reflete esse conflito à medida que registra as relações homem/entorno seguindo a ótica analítico-racional que deriva do pensamento calcado na razão.

b) o Arcadismo apresenta o primado do sentimento em detrimento da razão. Autores como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga – este em especial

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na poesia lírica e épica – antecipam o sentimenta-lismo amoroso que encontrará seu ápice no Romantismo. A poesia dos autores citados vem impregnada, ainda, do forte senso de nação, de onde derivará a vertente nacionalista de nossa poesia do século XIX.

c) o Romantismo brasileiro apresenta divisão temática tanto na prosa quanto na poesia. Nesta, a produção divide-se em três gerações: Indianista-Nacionalista; Ultrarromântica-Byroniana-Mal do século e Social-Hugoana-Condoreira. A prosa se organiza sob as temáticas indianista, histórica, regionalista e urbana, sendo que o autor que mais se destaca nesses segmentos é Joaquim Manuel de Macedo.

d) o Realismo e o Naturalismo são contemporâneos. Embora derivados do mesmo contexto, algumas das obras sofreram as influências de correntes cientificistas – como Determinismo, Positivismo, Marxismo, a Psicanálise de Freud – e apresentam características muito particulares. No Realismo, há predomínio dos aspectos psicológicos sobre a ação, e o Naturalismo apresenta a animalização do homem. Destacam-se Dom Casmurro e O cortiço como grandes obras desses períodos.

e) O Modernismo no Brasil, à maneira do Romantismo, é segmentado em três gerações, que se organizam cronologicamente, a partir de 1922, quando da Semana de Arte Moderna, até os dias de hoje, cuja produção retoma os princípios dos primeiros tempos modernistas. Destaca-se, na produção modernista, a obra de João Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira e Clarice Lispector, entre outros.

Das definições abaixo, uma delas nos remete diretamente ao período literário conhecido como Simbolismo. Assinale-a: a) É a arte do conflito, do contraste, da contradição, do

dilema e da dúvida, que se expressam pelo acúmulo de antíteses, paradoxos e oximoros.

b) A “arte pela arte” é um dos seus princípios centrais. A poesia volta-se para o belo (esteticismo), para o zelo da perfeição formal, descompromissada com os problemas do mundo.

c) Aderiu ao cientificismo e ao materialismo, opondo-se à metafísica, à religião e a tudo que escapasse aos limites da matéria.

d) Propõe uma volta aos modelos clássicos greco-romanos e renascentistas. Exalta a vida pastoril, campestre, entendendo que a felicidade e a beleza decorrem da vida no campo.

e) Adotou a teoria das correspondências que propõe um processo cósmico de aproximação entre as realidades, expresso por meio da sinestesia, a qual consiste no cruzamento de percepção de um sentido para outro.

Assinale a alternativa que não apresenta uma obra de Machado de Assis. a) Lucíola b) Helena c) Dom Casmurro d) Memorial de Aires e) Esaú e Jacó

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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS QUESTÕES DE 46 ATÉ 60

1. A indústria cultural tem sido objeto de intensos debates na sociedade e nas ciências sociais, marcados por duas posições básicas e divergentes. Há os que a consideram uma das bases do totalitarismo moderno, promovendo a alienação do homem, que se torna incapaz de analisar racionalmente seus produtos seriados, repetitivos e deteriorados, tais como os filmes de enredos violentos, a música popular massiva, as notícias curtas e superficiais. De outro lado, há os que a defendem como sistema que democratiza a cultura, por permitir a todos o acesso à informação e ao consumo de produtos simbólicos em geral, combatendo, portanto, a mesma alienação.

(Cf. TEIXEIRA, Coelho. O que é indústria cultural. 13ª. Ed, São Paulo, Brasiliense, 1989.)

Tendo em vista essas divergências, considere as alternativas que as expressam, tendo como referência o atual gênero musical popular funk no Brasil.

I. O funk é, dentre outras coisas próprias da indústria

cultural, resultado de uma estratégia de marketing da indústria fonográfica, que impõe o seu consumo sem nenhum senso crítico.

II. O funk tornou-se um aliado de grupos sociais marginalizados por facultar-lhes a presença na mídia.

III. O funk expressa cabalmente a identidade cultural da juventude em geral, não merecendo qualquer crítica dos que não o apreciam.

IV. O funk, nascido espontaneamente nas periferias das grandes cidades, não necessitou do apoio da indústria cultural para tornar-se um gênero musical de consumo massivo.

Assinale a alternativa correta.

a) O argumento da alternativa II critica a indústria

cultural e o da alternativa III não tem sentido. b) As alternativas I e II traduzem as posições teóricas

divergentes sobre a indústria cultural. c) Os argumentos das alternativas I e III defendem a

indústria cultural. d) Os argumentos das alternativas I e IV não são

contraditórios.

Partindo de uma perspectiva marxista de análise da relação entre democracia e meios de comunicação de massa, aponte a alternativa correta.

a) Desde a antiguidade clássica, a imprensa sempre

atuou em favor de grupos minoritários, procurando moldar a opinião pública em função dos interesses de classe dos proprietários dos meios de produção e dos meios de comunicação de massa.

b) A concentração da propriedade de emissoras de rádio, televisão, jornais e editoras nas mãos de grupos empresariais restritos revela como, numa sociedade democrática, as pessoas dotadas de competência e competitividade obtêm sucesso econômico.

c) A concentração da propriedade dos meios de comunicação nas mãos de certos grupos empresariais tende a lhes proporcionar maior capacidade tecnológica para fazer circular, democraticamente as informações, funcionando assim, como garantia do exercício da cidadania.

d) Não passa de um mito a afirmação segundo a qual os meios de comunicação de massa são porta-vozes dos interesses da coletividade, já que no fundo, eles estão subordinados à lógica do capital que domina o mundo da mercadoria.

Os pensadores da Escola de Frankfurt, especialmente Theodor Adorno e Max Horkheimer, são críticos da mentalidade que identifica o progresso técnico-científico com o progresso da humanidade. Para eles, a ideologia da ‘indústria cultural’ submete as artes à servidão das regras do mercado capitalista.

Com base nos conhecimentos sobre as críticas de Adorno e Horkheimer à ‘Indústria Cultural’, assinale a afirmativa correta:

a) A ‘indústria cultural’ proporcionou a democratização

das artes eruditas, tornando as obras raras e caras acessíveis à maioria das pessoas.

b) Sob os efeitos da massificação pela indústria e consumo culturais, as artes tendem a ganhar força simbólica e expressividade.

c) A ‘indústria cultural’ fomentou os aspectos críticos, inovadores e polêmicos das artes.

d) O progresso técnico-científico pode ser entendido como um meio que a ‘indústria cultural’ usa para formar indivíduos críticos.

e) A expressão ‘indústria cultural’ indica uma cultura baseada na ideia e na prática do consumo de produtos culturais fabricados em série.

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“O homem político poderia ser ele mesmo. Autenticamente. Ele prefere parecer. Ainda que lhe seja preciso simular ou dissimular. Compondo um personagem que atraia atenção e impressione a imaginação. Interpretando um papel que é por vezes um papel composto. De modo que, recorrendo a um vocabulário colhido no teatro, fala-se em ‘vedetes’, outrora em ‘tenores’, sempre em ‘representação política’”.

Fonte: SCHWARTZENBERG, R. O Estado Espetáculo. Tradução de Heloysa de Lima Dantas, Rio de Janeiro-São Paulo: Difel, 1978, p. 7.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre os temas Indústria Cultural e Política, é correto afirmar:

a) Na atualidade, a arte de dissimular dos políticos está

cada vez menos evidente e, com base nela, os eleitores escolhem seus candidatos.

b) Através da imagem construída pelo candidato se pode distinguir claramente sua ideologia.

c) Na era das comunicações, o indivíduo torna-se cada vez mais informado, portanto, mais imune à propaganda, inclusive à propaganda política.

d) No Brasil, a indústria cultural torna manifestações como o teatro, a literatura, a música popular e as artes plásticas, livres de qualquer traço de mediocridade por ter conotação ideológica.

e) A indústria cultural repousa sobre a produção de desejos, imagens, valores e expectativas, por isso somos cada vez mais suscetíveis à propaganda política.

Texto 1

Victor Frankl descrevia o fanático por dois traços essenciais: a absorção da própria individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela individualidade alheia. “Individualidade” é a combinação singular de fatores que faz de cada ser humano um exemplar único e insubstituível. O que o fanático nega aos demais seres humanos é o direito de definir-se nos seus próprios termos. Só valem os termos dele. Para ele, em suma, você não existe como indivíduo real e independente. Só existe como tipo: “amigo” ou “inimigo”. Uma vez definido como “inimigo”, você se torna, para todos os fins, idêntico e indiscernível de todos os demais “inimigos”, por mais estranhos e repelentes que você próprio os julgue.

(Olavo de Carvalho. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, 2013. Adaptado.)

Texto 2 É necessário questionar a função de amparo identitário de todas as formas de organização de massas – partidos, igrejas, sindicatos – independente de seu objetivo político manifesto, de esquerda ou de direita. Não é descabido supor que qualquer organização de massas tenha o potencial de favorecer em seus membros a adesão à identidade de vítimas, sendo um sério obstáculo à luta pela autonomia e pela liberdade de seus membros. (Maria Rita Kehl. Ressentimento, 2015. Adaptado.)

Os dois textos a) apresentam argumentos favoráveis a ideias e

comportamentos totalitários no campo da política. b) defendem a importância de diferenças claras entre

amigos e inimigos no campo da política. c) sustentam que a união dos oprimidos em

organizações de massa é mais importante que a individualidade.

d) utilizam os conceitos de fanatismo e de identidade coletiva para questionar o irracionalismo.

e) concordam que o pertencimento ideológico de direita é critério exclusivo para definir o fanatismo político.

"O grupo do 'eu' faz, então, de sua visão a única possível, ou mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do 'outro' fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou inteligível". ROCHA, Everardo P. Guimarães. O que é etnocentrismo. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984, p. 9.

A citação explicita o fenômeno social denominado etnocentrismo. Assinale entre as alternativas abaixo aquela que explica o conceito. a) O etnocentrismo demonstra como convivemos em

harmonia com grupos e indivíduos que pertencem a uma cultura diversa ou são reconhecidos como “diferentes” por não seguirem os padrões de comportamento socialmente aceitos na sociedade em que vivemos.

b) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que nosso próprio grupo é tomado como centro de referência e todos os outros são pensados e avaliados através de nossos valores, nossos modelos e nossas definições do que é a existência.

c) O etnocentrismo é uma visão de mundo (que pode compreender ideias e ideologias) em que buscamos não julgar e não avaliar as diferenças e sim

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compreender as especificidades culturais de cada grupo ou cultura.

d) O etnocentrismo demonstra a luta de classe nas sociedades capitalistas a partir da teoria marxista.

e) O etnocentrismo é uma teoria que explica por que não devemos interferir nas outras culturas.

FILMES NACIONAIS: PORQUE EU NÃO GOSTO DELES? Por Rodrigo Nunes Cansei de responder a amigos, parentes, vizinhos, colegas de trabalho, cachorros, papagaios e coelhinhos: Não gosto de filmes nacionais porque eles não têm legendas! Simples assim. Não vou ao cinema assistir aos maravilhosos, fantásticos, incríveis e premiados filmes brasileiros (segundo pessoas ouvintes, ÓBEVEO [sic]) pelo simples fatos de eu não compreender – veja bem, eu disse COMPREENDER - o que falam. Consigo ouvir os sons dos filmes, mas não consigo entender o que falam. Nada mais natural pra quem é surdo. Mas convenhamos… Tanta tecnologia disponível e os responsáveis não “copiam e colam” as falas dos personagens dentro dos arquivos de vídeo dos filmes. Infelizmente não me dão o direito de assistir e prestigiar os filmes produzidos no meu próprio país. Enquanto isso, continuo batendo palmas para as produções estrangeiras. Fonte: <http://escrevequeescuto.wordpress.com/2011/09/08/filmes-nacionais-porque-eu-no-gosto-deles/> Acesso em 29 jan. 2013.

O fato acima descrito reflete uma situação comum para as pessoas com algum tipo de característica que foge da norma social. Assinale a alternativa que apresenta compreensões sociológicas plausíveis para esse fenômeno: I. Por não se inserirem de forma plena no ambiente

social comum, muitas vezes pessoas com deficiência criam espaços alternativos de sociabilidade e comunicação.

II. O que há é um constante preconceito contra pessoas com deficiência. Isso é o que se vê especialmente com relação aos surdos, que são obrigados a se comunicarem em LIBRAS.

III. A ampliação dos direitos humanos e os constantes debates sobre os direitos de cidadania têm possibilitado às pessoas com deficiência importantes ganhos políticos.

IV. O direito à diversidade sexual é uma das principais demandas dos movimentos em defesa das pessoas com deficiência.

Estão corretas:

a) Somente I e II. b) Somente II e III. c) Somente III e IV. d) Somente I e III. e) Somente II e IV.

Na formação das monarquias confessionais da Época Moderna houve reforço das identidades territoriais, em função de critérios de caráter religioso ou confessional. Simultaneamente, houve uma progressiva incorporação da Igreja ao corpo do Estado, através de medidas de caráter patrimonial e jurisdicional que procuravam uma maior sujeição das estruturas e agentes eclesiásticos ao poder do príncipe. Na busca pela homogeneização da fé dentro de um território político, a Igreja cumpria também papel fundamental na formação do Estado moderno por meio de seus mecanismos de disciplinamento social dos comportamentos. (Adaptado de Frederico Palomo, A Contra-Reforma em Portugal, 1540-1700. Lisboa: Livros Horizonte, 2006, p.52.)

Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Europa Moderna, assinale a alternativa correta. a) Cada monarquia confessional adotou uma

identidade religiosa e medidas repressivas em relação às dissidências religiosas que poderiam ameaçar tal unidade.

b) Monarquias confessionais são aquelas unidades políticas nas quais havia a convivência pacífica de duas ou mais confissões religiosas, num mesmo território.

c) São consideradas monarquias confessionais os territórios protestantes que se mostravam mais propícios ao desenvolvimento do capitalismo comercial, tornando-se, assim, nações enriquecidas.

d) As monarquias confessionais contavam com a instituição do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição em seu território, uma forma de controle cultural sobre religiões politeístas.

Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela força. A primeira é própria do homem; a segunda, dos animais. Como, porém, muitas vezes a primeira não seja suficiente, é preciso recorrer à segunda. Ao príncipe torna-se necessário, porém, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Nas ações de todos os homens, máxime dos príncipes, onde não há tribunal para que recorrer, o que importa é o êxito bom ou mau. Procure, pois, um príncipe, vencer e conservar o Estado. Nicolau Maquiavel. O príncipe, 1983.

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O texto, escrito por volta de 1513, em pleno período do Renascimento italiano, orienta o governante a a) defender a fé e honrar os valores morais e sagrados. b) valorizar e priorizar as ações armadas em

detrimento do respeito às leis. c) basear suas decisões na razão e nos princípios

éticos. d) comportar-se e tomar suas decisões conforme a

circunstância política. e) agir de forma a sempre proteger e beneficiar os

governados.

O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os votos), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com a sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita.”

(Thomas Hobbes)

Hobbes, teórico e filósofo do século XVII, elaborou as bases do seu pensamento político, admitindo a existência de um pacto social entre os homens e o governo, capaz de realizar uma construção racional da sociedade. Considere as assertivas abaixo. I. A humanidade, no seu estado natural, era uma selva.

Mas quando os homens eram submetidos por Estados soberanos, não tinham que recear um regresso à selva no relacionamento entre indivíduos, a partir do momento em que os benefícios consentidos do poder absoluto, em princípio ilimitado, permitiam ao homem deixar de ser uma ameaça para os outros homens.

II. Sua doutrina, a respeito do direito divino dos reis serviu como suporte ideológico ao despotismo esclarecido dos monarcas europeus durante a Era Moderna e de inspiração para a burguesia mercantil, em luta contra o poderio que a nobreza exercia sobre as cidades.

III. O Absolutismo, por ele defendido, seria uma nova forma de governo capaz de articular setores sociais distintos. Atenderia aos anseios dos setores populares urbanos, interessados em apoiar o poder real a fim de contar com isenção fiscal, assim como a aristocracia, que encontra, nessa forma de governo, possibilidade de manter seus privilégios econômicos e sociais.

Assinale a) se apenas I estiver correta. b) se apenas II estiver correta.

c) se apenas III estiver correta. d) se apenas I e II estiverem corretas. e) se apenas II e III estiverem corretas.

O cargo de soberano (seja ele um monarca ou uma assembleia) consiste no objetivo para o qual lhe foi confiado o soberano poder, nomeadamente a obtenção da segurança do povo, ao qual está obrigado pela lei da natureza, e do qual tem de prestar contas a Deus, o autor dessa lei, e a mais ninguém além dele. [...] Deus é rei, que a terra se alegre, escreve o salmista. E também, deus é rei muito embora as nações não o queiram; e é aquele que está sentado entre os querubins, muito embora a terra seja movida. (Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 103-6, 200-1. Col. Os Pensadores, v. 1.)

O período do Antigo Regime foi permeado de muitos defensores, tanto quanto de opositores à soberania real. Na visão de Hobbes, autor do livro “O Leviatã”, bem como na visão de outros filósofos contemporâneos a ele, como Bossuet e Maquiavel, o poder do rei deve a) existir, desde que comprovada a sua aptidão e

eficiência em relação à gestão pública. b) ser visto como inalienável, ilimitado e inquestionável,

já que, segundo alguns desses pensadores, procede de Deus.

c) prevalecer acima de outros poderes (executivo, legislativo e judiciário), desde que não os exclua ou os contradiga.

d) ser baseado na astúcia e na sabedoria, mas, acima de tudo, no preparo intelectual e acadêmico, ao qual tem que se submeter qualquer governante.

O Estado Absoluto da Idade Moderna apresentou um caráter ambíguo, refletindo o sentido de transição do período. De um lado, foi um “Estado feudal transformado” com a burocracia administrativa, formada em grande parte pelos senhores feudais, que mantinham valores e privilégios seculares; de outro, um dinâmico agente mercantil, unificando mercados, eliminando barreiras internas que entravavam o comércio, uniformizando moedas, pesos e leis, além de empreender conquistas de novos mercados. Entretanto, nascido da aliança do rei com a burguesia na Baixa Idade Média, da necessidade socioeconômica e da política da época, acabou se tornando parasitário e aristocrático, necessitando cada vez mais de uma crescente tributação. Em fins da Idade Moderna, o poderio e o esplendor dos reis absolutistas opunham-se ao empreendimento burguês, à lucratividade e à capitalização em curso, levando ao processo das

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revoluções burguesas que, ao derrubar os monarcas absolutistas, inaugurariam o mundo contemporâneo.

Com base no exposto, assinale a alternativa que caracteriza o Estado Absolutista em suas instituições políticas e econômicas.

a) Liberalismo econômico: permitia a ascensão política

da burguesia. b) Absolutismo esclarecido: gradual retirada do Estado

da arena econômica. c) Economia social de mercado: economia liberal com

limitações do Estado, visando melhor distribuição de renda e oferta de oportunidades para as classes menos privilegiadas.

d) Absolutismo liberal: iniciativa privada na economia e o Estado apenas aplica a justiça e conduz a política externa.

e) Absolutismo monárquico: forte intervenção do Estado na economia.

Escrito entre 1601 e 1602, Hamlet é um drama de autoria de William Shakespeare. A peça representa a história de Hamlet, príncipe da Dinamarca, que volta ao seu país, depois de ter recebido a notícia da morte de seu pai. Ao retornar ao castelo de Elsenor, percebe que sua mãe, recém-viúva, casou-se com Cláudio, irmão do rei morto, que se apossou do trono do reino. O conflito agrava-se quando o espectro do falecido rei aparece a Hamlet, relatando-lhe que ele havia sido assassinado pelo seu irmão. Hamlet procura vingar a morte de seu pai e combater o usurpador do poder. As consequências do conflito, interno à monarquia dinamarquesa, redundam em sofrimentos, mortes e conquista do país por um exército estrangeiro.

Situando-se a peça na história do período em que foi escrita e analisando-se o seu conteúdo político, pode-se sustentar que

a) a preservação do poder legítimo do monarca é

entendida como condição necessária à manutenção da paz e à autonomia do reino.

b) a centralização política antidemocrática produz a oposição e a rebelião das populações mais pobres do reino.

c) o poder absolutista dos reis é considerado causa de desentendimentos entre indivíduos, sem que isso altere a estabilidade política dos reinos.

d) a fragilidade, a incompetência política e militar dos monarcas ingleses impediram a consolidação do absolutismo.

e) as monarquias absolutistas conseguiram impor a religião cristã ao conjunto da sociedade europeia.

"O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza." (Thomas Hobbes (1588-1679). "Leviatã". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.)

"O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário." (Nicolau Maquiavel (1469-1527). "O Príncipe". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.)

Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que: a) Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o

Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.

b) Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.

c) Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.

d) Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.

e) Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano.

"Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado do que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que

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amado, se só se puder ser uma delas. [...] Os homens hesitam menos em prejudicar um homem que se torna amado do que outro que se torna temido, pois o amor mantém-se por um laço de obrigações que, em virtude de os homens serem maus, quebra-se quando surge ocasião de melhor proveito. Mas o medo mantém-se por um temor do castigo que nunca nos abandona. Contudo, o príncipe deve-se fazer temer de tal modo que, se não conseguir a amizade, possa pelo menos fugir à inimizade, visto haver a possibilidade de ser temido e não ser odiado, ao mesmo tempo." MAQUIAVEL, Nicolau (1469-1527). "O Príncipe". Lisboa: Europa-América, 1976.

O documento embasa a) a organização de uma sociedade liberal, precursora

dos ideais da Revolução Francesa. b) o direito divino dos reis, reforçando as estruturas

políticas e religiosas medievais. c) o absolutismo monárquico, sob a ótica de um escritor

renascentista. d) a origem do Estado Moderno, através do Contrato

Social. e) o republicanismo como regime político, apropriado

para os Estados Modernos.

Lamarck (1744-1829) anteviu o vínculo entre a civilização industrial e o colapso ambiental dizendo: “O homem, por seu egoísmo tão pouco clarividente em relação a seus próprios interesses, por sua inclinação a explorar tudo o que está à sua disposição, em suma, por sua incúria por seu porvir e pelo de seus semelhantes, parece trabalhar para o aniquilamento de seus meios de conservação e a destruição de sua própria espécie. (...)” Fonte: MARQUES, Luiz. Capitalismo e colapso ambiental. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2015. p. 14.

A tendência ao colapso desencadeado por crescentes desequilíbrios ambientais antropogênicos e a consciência da dinâmica desse problema são também sustentadas pela ciência. Sobre essa questão, todas as alternativas estão corretas, exceto a: a) A ocupação predatória do território brasileiro no

sentido leste-oeste mostra que a primeira vítima foi a Mata Atlântica, seguida pelo Cerrado, ambos altamente destruídos; e atualmente a Amazônia, um conjunto de ecossistemas vulneráveis que ao sofrer desmatamento, segundo estudiosos, poderá afetar sobremaneira os rios voadores que abastecem a agricultura no Centro-Sul do Brasil.

b) O consenso científico atual sobre mudanças climáticas, um dos mais monolíticos da história do saber, diz respeito ao estudo de tendências de curto prazo, centralizadas no comportamento da temperatura e da umidade da atmosfera terrestre.

c) A quantidade e a qualidade da água doce são aspectos inseparáveis da grande crise hídrica do planeta, motivada pelas mudanças populacionais que pressionam cada vez mais os recursos hídricos, como também a urbanização e a industrialização, produz-zindo efeitos desequilibrantes no ambiente.

d) O conceito de Antropoceno é recente na história do planeta e refere-se a capítulos cruciais do impacto nefasto provocados pela ação antrópica no sistema Terra ao longo, sobretudo, dos dois últimos séculos, quando a marca do homem vai se agravando, impondo a superioridade da natureza “fecundada” sobre a natureza “bruta”.

e) A falta de consenso em relação à alguns aspectos da problemática ambiental constitui um dos entraves ao avanço mais dinâmico em busca de soluções mais concretas.

Chancelado na cidade de mesmo nome no Canadá em 1987, o Protocolo de Montreal completa 30 anos em 2017. Esse tratado é considerado um dos mais bem sucedidos da história, prescrevendo obrigações aos 197 países signatários em conformidade com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas à luz das diversas circunstâncias nacionais.

(https://nacoesunidas.org. Adaptado.)

O protocolo evidenciado no excerto estabelece metas para

a) eliminação das substâncias prejudiciais à camada de

ozônio, a qual funciona como um filtro ao redor do planeta, que protege os seres vivos dos raios ultravioleta.

b) contenção dos fatores que contribuem para o processo de desertificação, o qual é derivado do manejo inadequado dos recursos naturais nos espaços subtropicais úmidos.

c) proteção no campo da transferência, da manipulação e do uso seguros dos organismos vivos modificados, resultantes da biotecnologia moderna.

d) redução das emissões de gases de efeito estufa mediante o incentivo de atividades do 2o setor que promovam a degradação florestal.

e) erradicação do conhecimento das comunidades locais e populações indígenas sobre a utilização sustentável da diversidade biológica.

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29 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Naquele Impeìrio, a arte da cartografia alcancou tal perfeicaÞo que o mapa de uma uìnica proviìncia ocupava uma cidade inteira, e o mapa do Impeìrio uma proviìncia inteira. Com o tempo, estes mapas desmedidos naÞo bastaram e os coleìgios de cartoìgrafos levantaram um mapa do Impeìrio que tinha o tamanho do Impeìrio e coincidia com ele ponto por ponto. Menos dedicadas ao estudo da cartografia, as geracoÞes seguintes decidiram que esse dilatado mapa era inuìtil e naÞo sem impiedade entregaram-no aÌs inclemencias do sol e dos invernos. Nos desertos do oeste perduram despedac adas ruiìnas do mapa habitadas por animais e por mendigos. BORGES, J. L. Sobre o rigor na ciencia. Em: Histoìria universal da infamia. Lisboa: Assiìrio e Alvim, 1982.

No conto de Jorge Luís Borges, apresenta-se uma reflexão sobre as funções da linguagem cartográfica para o conhecimento geográfico. A compreensão do conto leva à conclusão de que um mapa do tamanho exato do Império se tornava desnecessário pelo seguinte motivo: a) extensão da grandeza do território político b) imprecisão da localização das regiões

administrativas c) precariedade de instrumentos de orientação

tridimensional d) equivalência da proporcionalidade da representação

espacial

Admita que os personagens dos quadrinhos estão olhando para o leste. Dessa forma, eles estão localizados em uma praia situada no litoral da: a) América do Sul b) Ásia das Monções c) Europa Setentrional d) Austrália Meridional e) América do Norte

Determinado grupo de pesquisadores foi incumbido de realizar um estudo climático de uma dada área. Após as medições térmicas realizadas em um certo dia de inverno, elaboraram um esboço da paisagem, locali-zando os pontos onde foram feitas tais medições, conforme se pode observar na figura a seguir:

Tomando por base as informações contidas no esboço de paisagem, é CORRETO afirmar que a) no dia de inverno citado, ocorreu uma situação

atmosférica denominada pelos climatologistas de inversão térmica.

b) a presença do estuário caudaloso determinou a redução da pressão atmosférica no vale fluvial.

c) no momento em que foram feitas as medições térmicas, uma massa de ar quente se espalhou pelo fundo do vale, estacionando sobre a área do estuário.

d) a pressão atmosférica, em face do quadro térmico local, aumentou desde o fundo do vale em direção aos picos das elevações topográficas.

e) no dia de inverno considerado, ocorreu, na área investigada, um vórtice ciclônico que alterou sensivelmente o quadro térmico e pluviométrico.

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30 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

A Constituição brasileira de 1988 definiu um federalismo tripartite no país, que é representado por três níveis de divisão político-territorial. O menor desses níveis, apresentado no cartograma acima, é o(a) a) Distrito b) Estado c) Macrorregião d) Mesorregião e) Município

Apesar de ser estratégica para a integração sul-americana, a Faixa de Fronteira configura-se como uma região pouco desenvolvida economicamente, histórica-mente abandonada pelo Estado, marcada pela dificuldade de acesso a bens e serviços públicos, pela falta de coesão social, pela inobservância de cidadania e por problemas peculiares às regiões fronteiriças. (Ministério da Integração Nacional. Faixa de fronteira, 2009. Adaptado.)

Sob o ponto de vista do território brasileiro, configuram exemplos de problemas peculiares às regiões frontei-riças a) a captação de recursos por instituições financeiras

internacionais e a evasão de divisas. b) a ausência de tributação legal e a desarticulação

político-institucional dos municípios.

c) a formação de economias de subsistência e a organização de movimentos separatistas.

d) a entrada de produtos ilícitos e a saída de recursos naturais explorados ilegalmente.

e) a livre atividade de grileiros e a comercialização de títulos de propriedade para terras devolutas.

A diversidade de atividades relacionadas ao setor terciário reforça a tendência mais geral de desindustrialização de muitos dos países desenvolvidos sem que estes, contudo, percam o comando da economia. Essa mudança implica nova divisão internacional do trabalho, que não é mais apoiada na clara segmentação setorial das atividades econômicas. RIO, G. A. P. A espacialidade da economia. In: CASTRO, I. E.: GOMES. P. C. C.; CORRÊA, R. L. (Org. ). Olhares geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012 (adaptado).

Nesse contexto, o fenômeno descrito tem como um de seus resultados a a) saturação do setor secundário. b) ampliação dos direitos laborais. c) bipolarização do poder geopolítico. d) consolidação do domínio tecnológico. e) primarização das exportações globais.

Sabe-se que o desemprego é um dos principais problemas enfrentados pela população brasileira, e que depende de fatores conjunturais e estruturais. Sobre a dinâmica socioeconômica brasileira, especial-mente a partir da segunda metade da década de 1940, assinale a opção correta com relação aos fatores conjunturais e estruturais. a) Os fatores conjunturais estão ligados aos avanços

tecnológicos que promoveram a mecanização e a automação dos processos de produção, o que ganhou destaque a partir da década de 1980.

b) Os fatores estruturais estão ligados às crises econômicas, que provocam recessão nas atividades do país, podendo citar os elevados índices inflacionários verificados nos anos 1970.

c) Os fatores conjunturais ganharam destaque na década de 1990, quando a competitividade ganhou espaço no cenário global e a robotização suprimiu vários postos de trabalho.

d) Os fatores conjunturais e estruturais são independentes, sendo, o primeiro, de origem política e, o segundo, de origem econômica, portanto não possuem nenhuma correlação entre si.

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31 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

e) Como fatores de ordem conjuntural, podem-se citar as ditas crises econômicas, quando várias empresas são obrigadas a demitir parte de seus funcionários.

A matriz energética da região Nordeste tem apresentado crescimento na geração de energia oriunda de usinas eólicas, e essa pode ser a grande alternativa para a região continuar atendendo a demanda crescente por energia. De que se obtém essa energia e como ela é importante para a região? a) Da biomassa da cana de açúcar, a partir da queima

do bagaço desse vegetal que é muito cultivado em plantações na Zona da Mata de vários estados nordestinos.

b) Dos ventos, pois eles são muito abundantes no litoral do Ceará e do Rio Grande do Norte, e apresentam desempenho superior à média do Brasil.

c) Do Sol, devido a essa região receber uma grande quantidade de radiação solar durante todo o ano.

d) Das marés, pois a região nordestina conta com um litoral bem recortado e a utilização da fonte maremotriz é natural, visando aproveitar o movimento das marés.

e) Das águas dos rios, fonte de energia amplamente utilizada e que possibilita haver várias usinas hidroelétricas na região funcionando com a capacidade máxima, mesmo durante o período de estiagem prolongada.

Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir sobre as mais recentes características da vida urbana nas grandes cidades contemporâneas. ( ) As cidades são lugares importantes para os

acontecimentos da vida contemporânea, mas sua riqueza econômica não foi capaz de provocar distribuição mais equitativa de bens e serviços sob a ótica da justiça social.

( ) Nas grandes cidades, é cada vez mais comum a construção de muros físicos que dificultam a possiblidade de integração da vida comunitária, estabelecendo diferentes contrastes no que tange ao uso do solo e ao modo de vida.

( ) Muitas áreas, antes subvalorizadas nas grandes cidades, passam por processos de reabilitação, nos quais a antiga infraestrutura é substituída por uma mais recente, exclusivamente voltada para a diminuição do deficit habitacional da população mais pobre.

( ) Nas grandes cidades, os movimentos sociais urbanos praticamente desapareceram, como

resultado de conquistas sociais mais significativas, pela diminuição do uso especulativo do solo e pela gradativa redução das assimetrias socioespaciais.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) V, V, F, F. b) F, V, V, V. c) V, F, F, F. d) F, F, V, V. e) V, F, V, F

As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; e tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar. (...) E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los. E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. Aluísio Azevedo, O cortiço.

Nas cidades brasileiras, particularmente no último quartel do século XIX, novas formas urbanas são constituídas, como os cortiços e as favelas. Sobre esse fenômeno, é correto afirmar: a) A expansão periférica no século XIX, na zona sul da

cidade do Rio de Janeiro, teve significativa presença de cortiços, devido à chegada massiva de imigrantes japoneses.

b) A primeira favela carioca teve sua origem no forte empobrecimento da população no contexto da crise cafeeira na região serrana do Rio de Janeiro.

c) A maior concentração dos cortiços da cidade de São Paulo, presentes no último quartel do século XIX, localizava-se na porção mais central da aglomeração urbana.

d) As primeiras favelas brasileiras se originaram devido à expansão da atividade industrial, no centro da cidade de São Paulo, no início do último quartel do século XIX.

e) Nas cidades do Vale do Paraíba, durante a expansão cafeeira, os cortiços eram muito frequentes, por conta da presença de imigrantes italianos empobrecidos.

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32 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Leia o texto.

Um dos problemas urbanos mais dramáticos na vida de muitas pessoas que habitam nossas cidades é a ocorrência de enchentes, que provocam estragos envolvendo perdas de bens materiais e, em alguns casos, até de vidas. (...) As causas das enchentes estão relacionadas a fatores naturais e também a ações humanas, ou até mesmo a combinação dos dois. (...) As causas mais comuns das enchentes em grandes cidades como São Paulo estão relacionadas aos efeitos nocivos de algumas práticas humanas sobre o meio ambiente. <http://tinyurl.com/y7pe3b38> Acesso em: 14.07.2017. Adaptado.

Entre as ações que ajudam a reduzir o risco de enchentes e os problemas decorrentes estão a

a) recuperação da cobertura de vegetação na foz dos rios e ampliação da altura dos alicerces das casas construídas em suas margens.

b) retificação do leito dos rios e córregos e a construção de muros que protejam vias de circulação e habitações em suas margens.

c) retificação e retirada constante dos sedimentos do leito dos rios e córregos e depósito desses sedimentos em suas margens.

d) recuperação das cabeceiras dos rios, ampliação das áreas verdes, permeabilização do solo e deposição adequada do lixo.

e) canalização dos cursos dos rios e dos córregos e da impermeabilização de suas margens.

TEXTO I

O espaço viário é um bem público escasso que deve ser repensado para que seja, de fato, de todos. Medidas de desestímulo como o rodízio estendido são, portanto, muito bem-vindas. É importante que o rodízio faça parte de uma política restritiva mais ampla, com políticas de estacionamento, fim dos subsídios ao combustível e pedágio urbano. Além disso, essas medidas devem caminhar de mãos dadas com o investimento contínuo em transporte público de qualidade e da requalificação do espaço público para o pedestre e para o ciclista. LINKE, C. Quanto menos carro na rua, melhor. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 14 jul. 2015 (adaptado). TEXTO II

Melhorias a médio ou longo prazo somente serão atingidas com mudanças estruturais sobre o transporte público. A aplicação da extensão do rodízio para o dia todo para os usuários dos transportes individuais vai resultar no incremento da aquisição de segundo carro e,

consequentemente, no aumento da frota de automó-veis, com reflexos negativos nos congestionamentos.

BOTTURA, L. C. Restrição sem alternativas é ineficaz. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 14 jul. 2015 (adaptado).

As opiniões expostas nos textos, referentes à ampliação do rodízio, são convergentes no seguinte aspecto:

a) Implantação de tarifas de tráfego. b) Aumento da poluição atmosférica. c) Ampliação da malha viária urbana. d) Incentivo à aquisição de veículos populares. e) Incremento aos meios de deslocamento coletivos.

"A indústria aparece na Amazônia sob a forma de enclaves, estabelecidos a partir de incentivos federais ou para explorar recursos minerais."

MAGNOLI, D. Geografia para o Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Atual, 2012, p. 310.

Entre os enclaves industriais na Amazônia, destaca-se a Zona Franca de Manaus (ZFM), criada em 1967, sob a supervisão da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Sobre a ZFM, pode-se afirmar que

I. a implantação da ZFM consistiu numa estratégia

geopolítica, cuja principal meta era reforçar o poder nacional na considerada região "de fronteira".

II. os capitais dominantes são transnacionais e praticamente não se utilizam matérias-primas ou insumos regionais na produção industrial nessa área.

III. a balança comercial da ZFM é positiva no intercâmbio com o mercado externo, haja vista que, com a isenção de impostos sobre a exportação, suas mercadorias destinam-se, prioritariamente, a esse mercado.

IV. na década de 1990, a política de abertura da economia nacional, com a redução das tarifas de importação, foi muito positiva para a ZFM, pois ampliou as vendas para o mercado interno e propiciou o aumento do número de empregos diretos e indiretos no polo industrial amazônico.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.

a) I e II b) I e III c) I e IV d) II e III e) II e IV

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No início do século XVIII, a concorrência das Antilhas fez com que o preço do açúcar brasileiro caísse no mercado europeu. Os proprietários de engenho, em Pernambuco, para minimizar os efeitos desta crise, recorreram a empréstimos junto aos comerciantes da Vila de Recife. Esta situação gerou um forte antagonismo entre estas partes, que se acirrou quando D. João V emancipou politicamente Recife, deixando esta de ser vinculada a Olinda. Tal fato desobrigou os comerciantes de Recife do recolhimento de impostos a favor de Olinda. O conflito que eclodiu em função do acima relatado foi a a) Revolta de Beckman. b) Guerra dos Mascates. c) Guerra dos Emboabas. d) Insurreição Pernambucana. e) Conjuração dos Alfaiates.

Encontro, teoricamente inexplicável, de dois fenômenos que deveriam em princípio repelir-se um ao outro: o Mercantilismo e a Ilustração. Entretanto, ali estavam eles juntos, articulados, durante todo o período pombalino. FALCON, F. J. C., A época pombalina. São Paulo: Ática, 1982, p. 483.

Entre as medidas implementadas durante o período em que o Marquês de Pombal foi o principal ministro do rei português D. José I, é correto apontar: a) A anistia aos mineradores da colônia que possuíam

débitos tributários com a metrópole portuguesa. b) A implementação de medidas liberalizantes e a

extinção das companhias de comércio monopolistas. c) O estabelecimento do Diretório dos Índios, que

significou uma tentativa de enfraquecer o poder dos jesuítas.

d) A intensificação das perseguições aos judeus e cristãos-novos bem como o fortalecimento do Tribunal do Santo Ofício.

e) O fortalecimento da nobreza e do clero em detrimento dos setores financeiros e mercantis da sociedade portuguesa.

Nos anos finais do século XVIII, uma série de medidas tomadas por Portugal tencionou as relações políticas entre alguns setores da população da colônia, proporcionando condições para algumas manifestações de insatisfação, tal qual a Inconfidência Mineira.

A respeito desse movimento, assinale a afirmativa correta. a) Movimento de ruptura com a metrópole que

intencionava romper com a escravidão e proclamar a independência de todo o território brasileiro de Portugal.

b) Movimento de ruptura com a metrópole deflagrado, especialmente, por uma elite ilustrada que rejeitava o aumento dos impostos e a espoliação do fisco colonial.

c) Movimento de ruptura com a metrópole que pretendia romper os laços comerciais com Portugal, exigindo o livre comércio e a abertura dos portos às nações amigas.

d) Um levante bem-sucedido por meio do qual as classes mais baixas implantaram a república durante alguns anos, até quando foram vencidos pelos portugueses.

e) Um levante mal sucedido que ocasionou no enforcamento de vários inconfidentes, entre eles Tiradentes, que foi exemplificado por ser a principal liderança do movimento.

Os ensaios sediciosos do final do século XVIII anunciam a erosão de um modo de vida. A crise geral do Antigo Regime desdobra-se nas áreas periféricas do sistema atlântico – pois é essa a posição da América portuguesa –, apontando para a emergência de novas alternativas de ordenamento da vida social. István Jancsó, “A Sedução da Liberdade”. In: Fernando Novais, História da Vida Privada no Brasil, v. 1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado. A respeito das rebeliões contra o poder colonial português na América, no período mencionado no texto, é correto afirmar que, a) em 1789 e 1798, diferentemente do que se dera com

as revoltas anteriores, os sediciosos tinham o claro propósito de abolir o tráfico transatlântico de escravos para o Brasil.

b) da mesma forma que as contestações ocorridas no Maranhão em 1684, a sedição de 1798 teve por alvo o monopólio exercido pela companhia exclusiva de comércio que operava na Bahia.

c) em 1789 e 1798, tal como ocorrera na Guerra dos Mascates, os sediciosos esperavam contar com o suporte da França revolucionária.

d) tal como ocorrera na Guerra dos Emboabas, a sedição de 1789 opôs os mineradores recém-chegados à capitania aos empresários há muito estabelecidos na região.

e) em 1789 e 1798, seus líderes projetaram a possibilidade de rompimento definitivo das relações políticas com a metrópole, diferentemente do que ocorrera com as sedições anteriores.

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No Brasil, durante o início do século XIX, as províncias do Norte, dentre elas Pernambuco, viviam uma relativa prosperidade econômica, ocasionada em especial pela produção do algodão e do açúcar. A partir do estabelecimento da Corte Portuguesa no Rio de Janeiro, tal prosperidade foi relativamente fragilizada. Analise as proposições em relação às mudanças ocorridas com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil. I. A alocação de uma estrutura burocrática no Rio de

Janeiro tornou o governo de Dom João VI mais capacitado a se envolver nos negócios das províncias, o que possibilitou a diminuição de autonomia destas.

II. Para arcar financeiramente com os custos da Corte no Rio de Janeiro, o governo exigiu a cobrança de mais impostos dos setores de produção de açúcar e algodão.

III. A cobrança de maiores impostos e a diminuição da autonomia das províncias, ocasionadas pela presença da Corte no Rio de Janeiro, não tiveram nenhuma relação com o movimento que se tornou conhecido como Revolução Pernambucana.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. c) Somente a afirmativa I é verdadeira. d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. e) Somente a afirmativa II é verdadeira.

Das minas e seus moradores bastava dizer que é habitada de gente intratável. A terra parece que evapora tumultos; a água exala motins; o ouro toca desaforos; destilam liberdades os ares; vomitam insolências as nuvens; influem desordens os astros; o clima é tumba da paz e berço da rebelião; a natureza anda inquieta consigo, e amotinada lá por dentro é como no inferno. Lilia Schwarcz e Heloisa Starling. Brasil: uma Biografia.

O texto é parte do discurso histórico e político sobre a sublevação que nas minas houve no ano de 1720 e que o governador Pedro Miguel de Almeida e Portugal, o conde de Assumar, fez chegar às mãos das autoridades régias em Lisboa. A respeito da sedição de Vila Rica, em 1720, é correto assinalar: a) os sediciosos planejavam forçar a coroa a suspender

o estabelecimento das casas de fundição, onde se

registrava o ouro em barras e se deduzia o quinto por arroba, o imposto devido ao rei;

b) os sediciosos planejavam forçar a coroa a abolir a derrama, que determinava a cobrança de todos os impostos atrasados;

c) os sediciosos rebelaram-se contra forasteiros que eram beneficiados pela coroa com privilégios na exploração das jazidas auríferas;

d) os projetos dos sediciosos eram o rompimento com Portugal, a adoção de um regime republicano é a criação de uma universidade em Vila Rica;

e) a sublevação desafiou a ação do marquês de Pombal que havia determinado o monopólio régio sobre a extração de diamantes.

A cada Cabano benzia, era contra toda a escravidão. Ao seu povo toda alforria, mereciam a emancipação. Sofreram desencantos, tinham de a História mudar. Padre Batista Campos, Irmão Cabado Herói do Pará. Azuir Filho e Tumas: do Social da unicamp e, de Amigos: de Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belémk, PA

A revolução social dos cabanos que explodiu em Belém do Pará, em 1835, deixou mais de 30 mil mortos e uma população local que só voltou a crescer significativamente em 1860. Este movimento dizimou boa parte da elite da Amazônia. O principal alvo dos cabanos era os brancos, especialmente os portugueses mais abastados. A grandiosidade desta revolução extrapola o número e a diversidade das pessoas envolvidas. Ela também abarcou um território muito amplo. Nascida em Belém do Pará, a revolução cabana avançou pelos rios amazônicos e pelo mar Atlântico, atingindo os quatro cantos de uma ampla região. Chegou até as fronteiras do Brasil central e ainda se aproximou do litoral norte e nordeste. Gerou distúrbios internacionais na América caribenha, intensificando um importante trânsito de ideias e pessoas. Os cabanos se autodenominavam “patriotas”, mas ser patriota não era necessariamente sinônimo de ser brasileiro. Este sentimento fazia surgir no interior da Amazônia uma identidade comum entre povos de etnias e culturas diferentes. Indígenas, negros de origem africana e mestiços perceberam lutas em comum. Esta identidade se assentava no ódio ao mandonismo branco e português ena luta por direitos e liberdades. (RICCI, Magda. Cabanagem, cidadania e identidade revolucionária: o problema do patriotismo na Amazônia entre 1835 e 1840. Tempo, 22, Rio de Janeiro, 2006.)

De acordo com o texto, a Cabanagem pode ser entendida como: a) uma revolta dirigida pelos grupos dominantes na

província, ansiosos por conquistar maior espaço no governo central;

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b) uma revolta contra a Independência do Brasil; c) Uma revolta liberal contra a hegemonia do partido

Conservador; d) uma ampla explosão popular contra a opressão de

que tinham sido vítimas por parte de brancos, e a massa pobre da provincia;

e) todas as alternativas estão corretas;

A elite da Comarca, não aceitava de forma tão passiva o processo de subordinação, daí pode-se descrever os projetos que buscavam a emancipação política, que se definissem nos anos de 1825, 1826-1828, 1832-1833, 1834 e 1836. Deve-se assinalar que o caráter destas manifestações partia sempre de uma iniciativa municipal. O movimento autonomista de 1832 teve maior significado e repercussão, pois não seguiu a iniciativa oficial e sim uma insubordinação, que não seguia os parâmetros conhecidos, pois buscava somente a ruptura de laços políticos e administrativos com o Pará, sem, contudo ameaçar a integridade territorial do Império, embora de forma muito pouco expressiva havia paraenses que apoiaram o movimento. COELHO, Lenilson. Uma Síntese da História da Amazônia. 2ª Ed. e. Positivo, 2005 p.32

Após o Movimento Autonomista do Rio Negro de 1832, as autoridades da Província do Pará:

a) aprovaram a criação de uma Província na região, que deveria substituir a antiga Comarca.

b) aproveitaram o momento de instabilidade e iniciaram a Cabanagem.

c) condenaram os procedimentos das autoridades e da população do Rio Negro, enfatizando a ilegalidade da separação. Isso resultou no envio de força militar para restaurar a legalidade.

d) pediram apoio do governo português, para que esse enviasse soldados, com o objetivo de sufocar a revolta.

e) não fizeram nada, pois isso era um problema do governo Regencial brasileiro. Este, segundo a elite paraense, é que deveria se intervir militarmente.

“(…) Preciso de vós, trabalhadores do Brasil, meus amigos, meus companheiros de uma longa jornada (…). Preciso de vossa união; preciso que vos organizeis solidamente em sindicatos, preciso que formeis um bloco forte e coeso ao lado do governo (…). Preciso de vossa união para lutar contra os sabotadores, para que eu não fique prisioneiro dos interesses dos especuladores e dos gananciosos, em prejuízo dos interesses do povo.” Getúlio Vargas, no Estádio Vasco da Gama, em 1º de maio de 1951.

Considere o segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954) e, com base no trecho acima, EXAMINE as afirmativas:

I. Vargas dirige-se aos “trabalhadores do Brasil”,

urbanos e rurais, beneficiários da legislação trabalhista implantada durante o seu primeiro governo.

II. O tom de apelo para que os trabalhadores se unissem “ao lado do governo” evidencia a busca pelo apoio popular frente à oposição de setores militares e do empresariado brasileiro ligado ao capital internacional.

III. Sobre a união dos trabalhadores para “lutar contra os sabotadores”, Vargas está fazendo alusão aos comunistas, que pretendiam assumir o poder no Brasil naquela época.

IV. Ainda que se apresente como garantidor dos “interesses do povo”, defendendo a ampliação da legislação trabalhista, Vargas enfrenta reivindicações dos trabalhadores, então atingidos pela alta do custo de vida.

Assinale a alternativa correta:

a) Somente as afirmativas I e III estão corretas. b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas.

Leia o trecho da música abaixo: “Bossa nova é ser presidente desta terra descoberta por Cabral. Para tanto basta ser tão simplesmente: simpático, risonho, original. Depois desfrutar da maravilha de ser o presidente do Brasil, voar da Velhacap pra Brasília, ver Alvorada e voar de volta ao Rio. Voar, voar, voar.[...] (Juca Chaves apud Isabel Lustosa. Histórias de presidentes, 2008.)

A canção Presidente bossa-nova, escrita no final dos anos 1950, brinca com a figura do presidente Juscelino Kubitschek. Ela pode ser interpretada como a a) representação de um Brasil moderno, manifestado

na construção da nova capital e na busca de novos valores e formas de expressão cultural.

b) celebração dos novos meios de transporte, pois Kubitschek foi o primeiro presidente do Brasil a utilizar aviões nos seus deslocamentos internos.

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c) rejeição à transferência da capital para o Planalto Central, pois o Rio de Janeiro continuava a ser o centro financeiro do país.

d) crítica violenta ao populismo que caracterizou a política brasileira durante todo o período republicano.

e) recusa da atuação política de Kubitschek, que permitia participação popular direta nas principais decisões governamentais.

"Foi em 1930 que à frente da Revolução Getúlio Vargas assumiu a Presidência do Brasil. Era um tempo novo que se abria o desenvolvimento industrial as leis trabalhistas ele cria é a Previdência Social Eram anos de conquista e de grande agitação pelo poder de 32 a 37, aquele estadista reprimiu os paulistas comunistas e integralistas. Mas não há quem esconda seu valor de idealista, basta falar em Volta Redonda, (...) "

(Gomes, Dias e Gullar, Ferreira. Dr. Getúlio: sua vida e sua glória. São Paulo, Civilização Brasileira, 1968. pp. 10 e 11)

Sobre a política trabalhista do Estado Novo é correto afirmar que:

a) autorizava a greve e não se inspirava na Carta Del

Lavoro, vigente na Itália fascista. b) embora sendo reconhecidos os benefícios sociais do

salário mínimo, da Justiça do Trabalho e da CLT, Vargas manipulava as lideranças sindicais e as relações com o Estado eram caracterizadas pelo paternalismo e pelo intervencionismo.

c) nesse período vigorou um sindicalismo autêntico, livre da figura do “pelego” ou líder sindical manipulado pelo Estado.

d) a criação do imposto sindical trouxe enormes vantagens sociais, não representando um instrumento de subordinação ao Estado.

e) Vargas procurou manter uma postura liberal, não interferindo nas relações capital e trabalho.

Observe a imagem, leia o texto e responda:

Depois da queda do Império Romano do Ocidente (476) Roma caiu num período de obscuridade enquanto Constantinopla permanecia o farol da civilização e da cultura, sendo constantemente embelezada por monumentos magníficos. Um deles, Santa Sofia, obra-prima da arquitetura, erguida no século VI e considerada pelos historiadores de arte como a oitava maravilha do mundo. Em 1453 Constantinopla foi submetida ao domínio de outro povo e o monumento passou por modificações exteriores e interiores. Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, os responsáveis pela construção e pelas posteriores alterações em Santa Sofia: a) gregos – persas; b) gregos – turcos seljúcidas; c) bizantinos – árabes muçulmanos; d) bizantinos – turcos otomanos; e) francos – hindus.

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37 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Durante a Idade Média, no ano de 570, nascia Maomé, conhecido por ser o profeta de Alá. Desde a sua morte até o século XXI a crença em Alá tem sido difundida pela fé Islâmica que é, até hoje, predominante no norte da África e na Península Arábica. Em 711, a expansão islâmica conquistara espaço na Europa Ocidental.

Quase toda a Península Ibérica fica sob o poder do Califado.

O que detém o avanço Islâmico é

a) a resistência do império Franco e o processo de

reconquista ligado às monarquias locais fortemente influenciadas pelo cristianismo.

b) a proposta, dos grupos dirigentes das Monarquias Ibéricas, de associar os preceitos islâmicos aos valores cristãos, enfraquecendo assim as frentes de batalha.

c) a ação da Rússia em repressão aos islâmicos, formando uma frente combativa para manter as antigas monarquias ibéricas.

d) a formação de um Reino Cristão que unia todas as monarquias europeias para combater os invasores.

Considere a ilustração a seguir.

A partir dos conhecimentos da história do feudalismo europeu, pode-se inferir que, na ilustração, a) as classes sociais relacionavam-se de forma

harmoniosa por incorporarem em suas mentes os princípios elementares do cristianismo.

b) as castas sociais poderiam modificar-se ao longo do tempo, pois isso dependia fundamentalmente da vontade do poder divino do papa.

c) as terras dos feudos eram divididas igualmente entre os vários segmentos sociais, priorizando-se os que dependiam dela para sobrevivência.

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38 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

d) a organização social possibilitava a mobilidade, permitindo a ascensão dos indivíduos que trabalhassem e acumulassem riqueza material.

e) a estrutura da sociedade era marcada pela ausência de mobilidade, sendo caracterizada por uma hierarquia social dominada por uma instituição cristã.

Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre o período da chamada Idade Média. ( ) A prática da vassalagem foi incorporada pelo

império carolíngio e definiu uma das características principais do feudalismo.

( ) Os servos, de origem camponesa, eram submetidos aos vilões, indivíduos residentes nas cidades, para quem era devido o tributo conhecido como corveia.

( ) O chamado “movimento das cruzadas” articulou interesses religiosos da Igreja com motivações econômicas da nobreza feudal, na busca de riquezas e conquistas de territórios.

( ) O desenvolvimento dos núcleos urbanos e das práticas comerciais acarretou transformações nas formas da educação, com o aparecimento das primeiras universidades voltadas para a formação de profissionais em áreas como medicina e direito.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V – V – F – F. b) V – F – V – V. c) V – F – V – F. d) F – F – V – V. e) F – V – F – V.

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40 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

RASCUNHO DA REDAÇÃO Título: ________________________________________________________________________________________________________________

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