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CENTRO DE ESTUDOS CENTRO DE ESTUDOS CENTRO DE ESTUDOS CENTRO DE ESTUDOS Leia as Instruções com Atenção: Os Fiscais não estão autorizados a emitir opinião nem prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das provas. Cabe única e exclusivamente ao candidato interpretar a questão e decidir sobre a alternativa correta. Transcreva a resposta para o CARTÃO-RESPOSTA preenchendo todo o círculo. Após o preenchimento não será possí- vel fazer qualquer alteração no CARTÃO-RESPOSTA, pois, se assim fizer, a questão será considerada nula. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Caderno de Questões contendo (setenta e duas) questões objetivas, sendo 08 (oito) de Língua Portuguesa, 08 (oito) de Literatura, 08 (oito) de Matemática, 08 (oito) de Química, 08 (oito) de História, 08 (oito) de Filosofia, 08 (oito) de Geografia, 08 (oito) de Física e 08 (oito) de Biologia . Caso apresente alguma incorreção, comunique imediatamente aos Fiscal, para que seja feita a troca do Caderno de Questões. 72 questões + Proposta de Redação Não rasure, não amasse, não dobre e/ou rasgue o CARTÃO-RESPOSTA. Utilize apenas , fabricada em material transparente para a marcação do CARTÃO-RESPOSTA. caneta esferográfica na cor preta Ao ser autorizado o início da prova, verifique, no Caderno de Questões, se a numeração das questões e a paginação estão corretas. O candidato da e os das para fazerem as provas. Faça com tranquilidade e controle o seu tempo, o fiscal irá marcar no quadro, o tempo de prova a cada hora. Esse tempo inclui a marcação do CARTÃO-RESPOSTA. 1ª Etapa dispõe de 4 horas 2ª e 3ª Etapas terão 5 horas A desobediência a qualquer determinação contida nestas instruções e o desrespeito à equipe da coordenação e fis- calização podem eliminar o candidato. Será eliminado da prova o candidato cujo celular, que estiver ligado, tocar durante a realização do exame. O candidato que possuir cabelos compridos deve mantê-los presos, deixando as orelhas descobertas. O candidato não poderá usar boné, capacete, chapéu, chaveiro de qualquer tipo, óculos escuros, relógios e similares. Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao Fiscal o CARTÃO-RESPOSTA, devidamente assinado. 9. 10. 11. 12. 13. Caderno de Questões Simulado SIS/PSC 3ª Etapa 14h15 às 19h15 Tempo de realização da prova: 5 (cinco) horas 25.JULHO.2018

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CENTRO DE ESTUDOSCENTRO DE ESTUDOSCENTRO DE ESTUDOSCENTRO DE ESTUDOS

Leia as Instruções com Atenção:

Os Fiscais não estão autorizados a emitir opinião nem prestar esclarecimentos sobre o conteúdo das provas.Cabe única e exclusivamente ao candidato interpretar a questão e decidir sobre a alternativa correta.

Transcreva a resposta para o CARTÃO-RESPOSTA preenchendo todo o círculo. Após o preenchimento não será possí-vel fazer qualquer alteração no CARTÃO-RESPOSTA, pois, se assim fizer, a questão será considerada nula.

1.

2.

3.

4.

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8.

Caderno de Questões contendo (setenta e duas) questões objetivas, sendo 08 (oito) de Língua Portuguesa,08 (oito) de Literatura, 08 (oito) de Matemática, 08 (oito) de Química, 08 (oito) de História, 08 (oito) de Filosofia, 08 (oito)de Geografia, 08 (oito) de Física e 08 (oito) de Biologia . Caso apresente alguma incorreção, comuniqueimediatamente aos Fiscal, para que seja feita a troca do Caderno de Questões.

72 questões

+ Proposta de Redação

Não rasure, não amasse, não dobre e/ou rasgue o CARTÃO-RESPOSTA.

Utilize apenas , fabricada em material transparente para a marcação doCARTÃO-RESPOSTA.

caneta esferográfica na cor preta

Ao ser autorizado o início da prova, verifique, no Caderno de Questões, se a numeração das questões e a paginaçãoestão corretas.

O candidato da e os das para fazerem as provas.Faça com tranquilidade e controle o seu tempo, o fiscal irá marcar no quadro, o tempo de prova a cada hora.Esse tempo inclui a marcação do CARTÃO-RESPOSTA.

1ª Etapa dispõe de 4 horas 2ª e 3ª Etapas terão 5 horas

A desobediência a qualquer determinação contida nestas instruções e o desrespeito à equipe da coordenação e fis-calização podem eliminar o candidato.

Será eliminado da prova o candidato cujo celular, que estiver ligado, tocar durante a realização do exame.

O candidato que possuir cabelos compridos deve mantê-los presos, deixando as orelhas descobertas.

O candidato não poderá usar boné, capacete, chapéu, chaveiro de qualquer tipo, óculos escuros, relógios e similares.

Ao final da prova, antes de sair da sala, entregue ao Fiscal o CARTÃO-RESPOSTA, devidamente assinado.

9.

10.

11.

12.

13.

Caderno de

Questões

Simulado

SIS/PSC3ª Etapa

14h15 às 19h15

Tempo de realização da prova:5 (cinco) horas

25.JULHO.2018

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1 | Página Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

REDAÇÃO Texto 1

A Lei de Cotas para Deficientes (Lei nº 8.213/91) determina um percentual (de 2% a 5% das vagas no quadro de efetivos) para empresas, a partir de 100 funcionários, contratarem pessoas com deficiência. Apesar de ter completado 25 anos de vigência, a Lei não alcança nem a metade da meta estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Isso gera questionamentos sobre quais são as dificuldades para que sejam feitas as contratações, uma vez que há vagas disponíveis.

Uma das barreiras a ser ultrapassada é a forma como as companhias entendem a contratação de pessoas com deficiência. A principal desculpa para não empregar é a de que não são encontrados profissionais qualificados para as oportunidades oferecidas. Entretanto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem quase três milhões de pessoas com deficiência no país com ensino superior, sendo que muitos possuem mestrado e doutorado. Outro ponto em discussão é a maneira pela qual as empresas estabelecem os parâmetros de contratação. Muitas, inclusive, exigem qualificações que não condizem com a realidade salarial.

É claro que a admissão da pessoa com deficiência exige adaptações para cada caso. “Cabe às empresas encontrar a forma mais adequada de incluir o funcionário no quadro de empregados”, diz Mizael Conrado de Oliveira, medalhista paralímpico na categoria futebol de cinco, para cegos, e presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB SP).

Parte significativa das companhias acredita que a contratação de colaboradores com deficiência implica gastos exorbitantes em acessibilidade física e tecnologia assistiva, fato que pode ser rebatido com exemplos de companhias que conseguiram adequar instalações sem comprometer seu orçamento, conforme informação do secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Cid Torquato Júnior. De acordo com o secretário, o Brasil conta cada vez mais com ampla diversidade de recursos, inclusive tecnológicos, que auxiliam as pessoas com deficiência em suas atividades. “Muitos deles são gratuitos ou de baixo custo, caso de alguns softwares leitores de tela”, pondera.

(Jornal do Advogado. “Lei de Cotas para Deficientes está longe de atingir metas”. www.oabsp.org.br, 12.04.2017. Adaptado.)

Texto 2

Passados 25 anos de vigência da Lei de Cotas para

Deficientes, o que temos para festejar é o nosso sonho de que um dia a realidade social possa ser perfeita. As pessoas com deficiência não devem ser destinatárias de

atos de caridade, mas de políticas públicas e privadas que lhes garantam a dignidade humana.

O não cumprimento das cotas definidas pela Lei tem acarretado a aplicação de multas injustas às empresas, mas não é fácil cumprir a lei por conta da ineficiência das ações estatais. Um exemplo: é comum que uma empresa, depois de enfrentar todas as dificuldades para selecionar um empregado com deficiência, ainda assim não possa contratá-lo pelo fato de não existir um serviço de transporte público nas imediações da empresa que seja adaptado às necessidades da pessoa com deficiência. E a multa sancionada pelo não cumprimento da cota é fixada contra o empresário.

As empresas enfrentam muita burocracia: provar, por laudo, a deficiência do empregado; adotar um programa de acompanhamento para garantir a integração ao ambiente de trabalho; não poder contratar trabalhadores com um único tipo de deficiência – por exemplo, contratar apenas cegos seria discriminação às outras deficiências; não poder exigir experiência anterior, porque existe um débito social com o trabalhador com deficiência; idem quanto à escolaridade; prover as adequações físicas, sendo que as entrevistas, por exemplo, precisam estar aparelhadas com os meios necessários – intérprete de sinais, testes em braile etc.

O não atendimento a essas exigências, assim como o não cumprimento das cotas, pode ser punido com multas pesadíssimas e a negativa de emprego pode ser considerada crime. Temos uma lei atrasada, cujo ideal jamais foi alcançado em 25 anos. Não só as ações oficiais de políticas inclusivas são irrisórias, como temos um sistema apto a sancionar empresas, mas inapto a sancionar o maior devedor social: o Estado. (Rafael Edson Pugliese Ribeiro. “Lei de Cotas para Deficientes pune empresas por falhas do Estado”. www.noticias.uol.com.br, 19.07.2016. Adaptado.)

Com base em seus conhecimentos e nos textos apresentados, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema: O FRACASSO DA LEI DE COTAS PARA DEFICIENTES: NEGLIGÊNCIA DAS EMPRESAS OU FALHA DO ESTADO?

2 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

PORTUGUÊS

O PODER DA LITERATURA José Castello

1Em um século dominado pelo virtual e pelo

instantâneo, que poder resta à literatura? Ao contrário das imagens, que nos jogam para fora e para as superfícies, a literatura nos joga para dentro. Ao contrário da realidade virtual, que é compartilhada e se baseia na interação, 2a literatura é um ato solitário, nos aprisiona na introspecção. Ao contrário do mundo instantâneo em que vivemos, dominado pelo “tempo real” e pela rapidez, a literatura é lenta, é indiferente às pressões do tempo, ignora o imediato e as circunstâncias.

Vivemos em um mundo dominado pelas respostas enfáticas e poderosas, enquanto a literatura se limita a gaguejar perguntas frágeis e vagas. A literatura, portanto, parece caminhar na contramão do contemporâneo. Enquanto o mundo se expande, se reproduz e acelera, 3a literatura contrai, pedindo que paremos para um mergulho “sem resultados” em nosso próprio interior. Sim: a literatura – no sentido prático – é inútil. 4Mas ela apenas parece inútil.

A literatura não serve para nada – é o que se pensa. A indústria editorial tende a reduzi-la a um entretenimento para a beira de piscinas e as salas de espera dos aeroportos. De outro lado, a universidade – em uma direção oposta, mas igualmente improdutiva – transforma a literatura em uma “especialidade”, destinada apenas ao gozo dos pesquisadores e dos doutores. Vou dizer com todas as letras: são duas formas de matá-la. A primeira, por banalização. A segunda, por um esfriamento que a asfixia. Nos dois casos, a literatura perde sua potência. 5Tanto quando é vista como “distração”, quanto quando é vista como “objeto de estudos”, 6a literatura perde o principal: seu poder de interrogar, interferir e desestabilizar a existência. 7Contudo, desde os gregos, a literatura conserva um poder que não é de mais ninguém. 8Ela lança o sujeito de volta para dentro de si e o leva a encarar o horror, as crueldades, a imensa instabilidade e 9o igualmente imenso vazio que carregamos em nosso espírito. Somos seres “normais”, como nos orgulhamos de dizer. Cultivamos nossos hábitos, manias e padrões. Emprestamos um grande valor à repetição e ao Mesmo. Acreditamos que somos donos de nós mesmos!

Mas 10leia Dostoievski, leia Kafka, leia Pessoa, leia Clarice – 11e você verá que rombo se abre em seu espírito. Verá o quanto tudo isso é mentiroso. 12Vivemos imersos em um grande mar que chamamos de realidade, mas que – a literatura desmascara isso – não passa de ilusão. A “realidade” é apenas um pacto que fazemos entre nós para suportar o “real”. A realidade é norma, é contrato, é repetição, ela é o conhecido e o previsível. O real, ao contrário, é instabilidade, surpresa,

desassossego. O real é o estranho. (...) A literatura não tem o poder dos mísseis, dos

exércitos e das grandes redes de informação. Seu poder é limitado: é subjetivo. 13Ao lançá-lo para dentro, e não para fora, ela se infiltra, como um veneno, nas pequenas frestas de seu espírito. Mas, 14nele instalada pelo ato da leitura, 15que escândalos, que estragos, 16mas também que descobertas e que surpresas ela pode deflagrar.

Não é preciso ser um especialista para ler uma ficção. Não é preciso ostentar títulos, apresentar currículos, ou credenciais. A literatura é para todos. Dizendo melhor: é para os corajosos ou, pelo menos, para aqueles que ainda valorizam a coragem.

(...) http://blogs.oglobo.globo.com/jose-castello/post/o-poder-da-literatura-444909.html.Acesso em: 21 de fev 2017.

Assinale a alternativa que apresenta uma explicação INCORRETA. a) Em “Tanto quando é vista como distração, quanto

quando é vista como objeto de estudos...” (ref. 5), os termos em destaque estabelecem uma relação de comparação entre as duas situações relacionadas.

b) Os dois pontos foram utilizados no excerto “...a literatura perde o principal: seu poder de interrogar, interferir e desestabilizar...” (ref. 6) para introduzir ideias que foram resumidas em um termo anterior.

c) A vírgula presente em “...a literatura é um ato solitário, nos aprisiona na introspecção.” (ref. 2) foi utilizada para marcar a elipse de um termo.

d) No período “...mas também que descobertas e que surpresas ela pode deflagrar.” (ref. 16) , se o sujeito fosse para o plural, a locução verbal ficaria: pode deflagrarem.

O texto que segue é para a(s) questão(ões) a seguir. Deda, meu amigo, estou aqui. Podes me ouvir? Já faz algum tempo que não conversamos. Poderíamos arrancar a malvada saudade de nosso peito, o que achas então? Teu rosto está envelhecido. Tua carne, envilecida. Teu corpo treme. Tuas débeis mãos fremem. O que terá acontecido contigo, meu velho? Ah, já não és mais bravo e guerreiro, moço e vigoroso: és, sim, pó espectral. Logo te ajuntarás ao barro da terra. Logo a terra abrirá a fecunda e profunda boa para te tragar. Oleiro. Logo, meu velho. Logo. Lembras-te que eras tão bom na pontaria, que não erravas uma formiga na mira da tua espingarda, que ficavas a escorar-te em qualquer pilastra por onde pousavas e passavas, em varandas de casebres e casas grandes? Lembras-te, meu velho, que eras tão bom na composição de versos, nos improvisos de belos repentes? Tuas pernas já não suportam o peso de teu corpo, mesmo que tu queiras: magro, seco feito

3 | Página Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

imbaúba. Triste é sofrer. O tempo passou devagar, voraz, amigo. O tempo não espera que o acompanhemos. Segue sozinho os caminhos da vida e vai a todos os lugares e direções: atalhos. (LOURENÇO, Rosival. Pelos engenhos. Maceió: Edufal, 2011, p. 12)

Considerando as relações de coerência e coesão, bem como as relações sintáticas de concordância do português, assinale a alternativa que apresenta uma afirmação errada quanto ao trecho a que se refere. a) “Já faz algum tempo que não conversamos” / se o

sujeito do primeiro verbo fosse plural, a forma verbal deveria permanecer no singular, de acordo com o português culto.

b) “Tuas débeis mãos fremem” / as concordâncias nominal e verbal obedecem à norma padrão do português escrito.

c) “eras tão bom na composição de versos, nos improvisos de belos repentes” / os adjetivos concordam adequadamente com os nomes a que se ligam, observando-se o padrão da língua portuguesa.

d) “Segue sozinho os caminhos da vida e vai a todos os lugares e direções” / os dois verbos não estão adequados na sua flexão número-pessoal, pois deveriam flexionar-se na segunda pessoa do singular.

e) “Tuas pernas já não suportam o peso de teu corpo, mesmo que tu queiras” / no português padrão, o último verbo não deve ser flexionado na terceira pessoa do singular, embora isso seja aceito em situação de coloquialidade.

DUZENTAS GRAMAS

Meu amigo Hélio, que é pai do Arthur e diz sonoramente trêss e déss (ao invés de, digamos, “trêis” e “déis”) fica indignado quando peço na padaria duzentas gramas de presunto – quando a forma correta, insiste ele, é “duzentos” gramas. Sempre que acontece e estamos juntos acabamos discutindo uns dez minutos sobre modos diferentes de falar. Ele de praxe argumenta que as regras de pronúncia e ortografia, se existem, devem ser obedecidas – e que os mais cultos (como eu, um cara que traduz livros!) devem insistir na forma correta a fim de esclarecer e encaminhar gente menos iluminada, como supõe-se seja a moça que me vende na padaria o presunto e o queijo. Eu sempre argumento que quando ele diz que só existe uma forma correta de falar está usurpando um termo de outro ramo, e tentando aplicar a ética à gramática: como se falar “corretamente” implicasse em algum grau de correção moral; como se dizer “duzentas” gramas fosse incorrer numa falha de caráter e dizer “duzentos” fosse prova de virtude e integridade. [...]

<https://tinyurl.com/ya6ta9cr> Acesso em: 09.11.2017. Releia o trecho. Meu amigo Hélio [...] fica indignado quando peço na padaria duzentas gramas de presunto – quando a forma correta, insiste ele, é “duzentos” gramas. Hélio aponta um desvio da norma padrão na expressão “duzentas gramas” utilizada pelo autor no seu dia a dia. No entanto, ele não aponta o motivo dessa expressão não estar correta. Assinale a alternativa que contenha o tipo de problema identificado por Hélio. a) Concordância nominal, pois o numeral deveria

concordar em gênero com o substantivo. b) Concordância verbal, pois deveria haver

concordância com o verbo que sucede o pedido. c) Regência nominal, pois o numeral deveria concordar

em número com o substantivo. d) Regência verbal, pois deveria haver concordância

com o verbo que está anteposto ao pedido. e) Complemento nominal, pois deveria haver concor-

dância de número com o numeral.

SOBRE PEIXES E LINGUAGEM Marcos Bagno

Me ocorre frequentemente a ideia de que nós nos

relacionamos com a linguagem assim como os peixes se relacionam com a água. Fora da água, o peixe não existe, toda a sua natureza, seu desenho, seu organismo, seu modo de ser estão indissociavelmente vinculados à água. Outros animais até conseguem sobreviver na água ou se adaptar a ela, como focas, pinguins, sapos e salamandras, que levam uma existência anfíbia. Mas os peixes não: ser peixe é ser na água. Com os seres humanos é a mesma coisa: não existimos fora da linguagem, não conseguimos sequer imaginar o que é não ter linguagem — nosso acesso à realidade é mediado por ela de forma tão absoluta que podemos dizer que para nós a realidade não existe, o que existe é a tradução que dela nos faz a linguagem, implantada em nós de forma tão intrínseca e essencial quanto nossas células e nosso código genético. Ser humano é ser linguagem. Mas a comparação com o peixe também pode se aplicar a uma outra dimensão da linguagem, que é a única forma como a linguagem realmente adquire existência: a dimensão textual. Abrir a boca para falar, empunhar um instrumento para grafar o que quer que seja, ativar a memória, raciocinar, sonhar, esquecer... todas essas atividades humanas só se realizam como textos. Só tem linguagem onde tem texto. No entanto, por alguma misteriosa razão, os estudos linguísticos durante quase dois milênios

4 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

desprezaram esse caráter essencialmente textual da linguagem humana.

Talvez justamente por ele ser tão íntimo e inevitável quanto respirar, algo que fazemos tão intuitivamente que nunca nos detemos para refletir sobre isso, é que o caráter textual de toda manifestação da linguagem tenha sofrido esse soberano desprezo. E as consequências desse desprezo, para a educação, configuram a tragédia pedagógica que tão bem conhecemos: a redução do estudo da língua, na escola, à palavra solta e à frase isolada.

Uma palavra solta, uma frase isolada são um peixe fora d’água. O texto é o ambiente natural para qualquer palavra, qualquer frase. Fora do texto, a palavra sufoca, a frase estrebucha e morre. E como pode o peixe vivo viver fora da água fria? [...]

Prefácio do livro Análise de texto: fundamentos e prática, de Irandé Antunes.

A concordância verbo-nominal, assim como a colocação pronominal constituem uma indicação do uso prestigiado da língua portuguesa.

Com base nas normas da concordância e da colocação pronominal, analise os comentários feitos a partir do texto e assinale a alternativa correta.

a) No fragmento “Uma palavra solta, uma frase isolada

são um peixe fora d’água”, o verbo faz a concordância com os termos “palavra” e “frase”, apresentando-se na 3ª pessoa do plural, o que fere as regras básicas de concordância verbal.

b) No início do texto, o autor utiliza-se de uma colocação pronominal bastante comum entre os falantes brasileiros, mas considerada errada por muitas gramáticas, que é começar com próclise orações.

c) “Outros animais até conseguem sobreviver na água ou se adaptar a ela, como focas, pinguins, sapos e salamandras, que levam uma existência anfíbia.” Nessa frase, é possível colocar o verbo adaptar no plural sem incorrer em erro de concordância verbal.

d) No fragmento “Com os seres humanos é a mesma coisa: não existimos fora da linguagem, não conseguimos sequer imaginar o que é não ter linguagem...”, a forma verbal “existirmos” deveria ficar na 3ª pessoa do plural, já que concorda com o termo “os seres humanos”;

e) Os termos “frequentemente” e “ideia”, antes do acordo ortográfico, recebiam o trema e o acento agudo respectivamente.

O FIM DO MARKETING

A empresa vende ao consumidor

— com a web não é mais assim Com a internet se tornando onipresente, os Quatro

Ps do marketing — produto, praça, preço e promoção — não funcionam mais. O paradigma era simples e unidirecional: as empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê-los; e fazemos anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet transforma todas essas atividades.

(...) Os produtos agora são customizados em massa,

envolvem serviços e são marcados pelo conhecimento e os gostos dos consumidores. Por meio de comunidades online, os consumidores hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos estão se tornando experiências. Estão mortas as velhas concepções industriais na definição e marketing de produtos.

(...) Graças às vendas online e à nova dinâmica do

mercado, os preços fixados pelo fornecedor estão sendo cada vez mais desafiados. Hoje questionamos até o conceito de “preço”, à medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas que lhes permitem determinar quanto querem pagar. Os consumidores vão oferecer vários preços por um produto, dependendo de condições específicas. Compradores e vendedores trocam mais informações e o preço se torna fluido. Os mercados, e não as empresas, decidem sobre os preços de produtos e serviços.

(...) A empresa moderna compete em dois mundos: um

físico (a praça, ou marketplace) e um mundo digital de informação (o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso, mas sim de uma grande comunidade online e com o capital de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta. Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida no espaço mercadológico. Uma nova fronteira de comércio é a marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.

(...) Publicidade, promoção, relações públicas etc.

exploram “mensagens” unidirecionais, de um-para-muitos e de tamanho único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder. As comunidades online perturbam drasticamente esse modelo. Os consumidores com frequência têm acesso a informações sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles que controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem o meio e a mensagem. Em vez de receber mensagens enviadas por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião pública” online.

Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.

(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo, Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

5 | Página Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

A leitura atenta deste instigante artigo de Don Tapscott revela que o tema central de sua mensagem é: a) O advento do comércio via internet subverteu as

teorias tradicionais de marketing. b) O comércio via internet confirma todas as teorias de

publicidade e marketing vigentes. c) A aplicação dos princípios tradicionais de marketing

se tornou vital para o sucesso do comércio online. d) O comércio realizado em lojas físicas é ainda

preferível ao realizado online. e) A lei da oferta e da procura não influencia de

nenhum modo o comércio via internet.

“O solvente, segundo a onda terrorista espalhada no

país, é uma espécie de veneno químico que inescrupulosos donos de postos e distribuidoras mal-intencionadas deram de adicionar à gasolina. Com isso, esses bandidos estariam lesando os concorrentes (porque pagam barato pelos adulterantes), os cofres públicos (porque os impostos significam 70% do custo da gasolina; mas são baixos quando aplicados diretamente sobre os solventes) e o consumidor, já que os produtos estranhos teriam uma atuação demoníaca na saúde do motor e dos componentes do carro, roendo mangueiras e detonando – no pior dos sentidos – o sistema de combustão. Pior: quando adicionado por especialistas, o solvente quase não deixa pistas. É indetectável em testes simples e imperceptível durante o funcionamento do veículo.

Para cercar esse inimigo, QUATRO RODAS recorreu ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, o insuspeito IPT. Na tentativa de flagrar postos que estivessem misturando substâncias estranhas à gasolina, repórteres coletaram amostras de combustível Brasil afora, para submetê-las à cromatografia, um método capaz de revelar cada componente de uma amostra, bem como a quantidade de cada elemento na mistura. No primeiro lote, de doze amostras reunidas numa viagem entre Buenos Aires e São Paulo, uma revelação esperada: segundo o laudo do IPT, quatro delas estavam adulteradas pela presença de solventes em proporções acima das encontradas na gasolina de referência da refinaria Replan, de Paulínia, a 117 quilômetros da capital paulista. (D. Schelp e L. Martins, na Quatro Rodas, março/00)”

Segundo o texto: a) a gasolina brasileira é sempre adulterada nos postos

de gasolina. b) a gasolina argentina é superior à brasileira. c) os donos de postos de gasolina e, principalmente,

distribuidoras mal-intencionadas têm adicionado solventes à gasolina.

d) a situação é mais grave se o solvente é adicionado sob a orientação de pessoas que detenham uma técnica apurada.

e) a situação é tão grave que nem a cromatografia tem sido capaz de mostrar a adulteração da gasolina.

Mafalda é criação do cartunista argentino Quino. Menina precoce, serviu como porta-voz de seu criador nos tempos da Ditadura Militar argentina a) Mafalda emprega o mesmo valor semântico para o

vocábulo “indicador” no primeiro e no último quadrinho.

b) Mafalda não sabe a importância do dedo indicador. c) A expressão “dedo indicador” é utilizada de maneira

metafórica pelo autor da tirinha. d) Mafalda ainda não sabe exatamente o significado da

expressão “indicador de desemprego” e) Apesar de ser uma criança, Mafalda já percebe as

injustas relações de trabalho estabelecidas entre patrões e operários.

6 | P á g i n a Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Calvin e Haroldo é criação do desenhista Will Watterson

A partir da leitura da tirinha de Calvin e Haroldo, criação do desenhista Will Watterson, é possível inferir apenas: a) A linguagem verbal é predominante. Sendo assim, a

linguagem não verbal não auxilia na construção de sentidos da tirinha.

b) O desenhista, por meio da personificação da personagem Haroldo, discute sobre a importância da indústria da guerra para a promoção da paz mundial.

c) A ironia é a figura de linguagem predominante na linguagem verbal, presente nas falas de Calvin no terceiro e quarto quadrinhos. Por meio de metáforas, Bill Watterson faz uma dura crítica à indústria norte-americana de guerra.

d) A linguagem verbal não contribui para o melhor entendimento da tirinha, pois todo efeito de humor está contido na linguagem não verbal por meio das expressões exibidas por Calvin e Haroldo no último quadrinho.

e) Há anáfora na constituição de todas as tirinhas.

LITERATURA

MOMENTO NUM CAFÉ Quando o enterro passou Os homens que se achavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente Saudavam o morto distraídos Estavam todos voltados para a vida Absortos na vida Confiantes da vida. Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado Olhando o esquife longamente Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade Que a vida é traição E saudava a matéria que passava Liberta para sempre da alma extinta. BANDEIRA, Manuel. Estrela da manhã. In: Estrela da vida inteira. 20. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. p. 155.

Manuel Bandeira é um dos nomes do Modernismo brasileiro. Analise as assertivas a seguir sob a perspectiva de sua obra e da escola a que se filia, bem como sobre os recursos expressivos do poema. I. A repetição da palavra “vida” nos versos 5, 6 e 7 torna

patente que, para aqueles homens, naquele “Momento num café”, importava a vida, não a morte.

II. O título do poema revela a sensibilidade do poeta em filtrar o lirismo latente na banalidade do cotidiano, nas coisas e cenas mais corriqueiras, uma temática valorizada na primeira fase do Modernismo brasileiro.

III. O uso de formas livres, tanto na métrica quanto na rima, como se vê no poema, caracteriza os poemas da provocadora geração de 1922.

IV. O eu lírico é mero observador a narrar, em 3ª pessoa (“saudavam”, “estavam”), uma história suspensa no tempo, em relação à qual mantém um distanciamento.

V. O poema ignora as mudanças estéticas propostas pelo Modernismo e também desvela o Bandeira que transcendeu sua época, com uma temática atemporal e universal: as inquietações humanas.

Estão CORRETAS, apenas, a) I, II e III. b) I, IV e V. c) I, II, III e V. d) II, IV e V. e) III e IV.

7 | Página Acredite na sua aprovação, pois acreditamos em você!

Leia o texto a seguir. No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Se o incitavam a falar, exclamava: – Ai que preguiça!... e não dizia mais nada. Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar. Adaptado de: ANDRADE, M. Macunaíma. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p. 7.

Enquanto produção cultural, o Modernismo procurava reconhecer as identidades que formavam o povo brasileiro. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a presença da temática indígena no movimento, tendo por modelo o romance de Mário de Andrade. a) A utilização da temática indígena configurava um

projeto nacional de busca dos valores nativos para a formação da identidade brasileira, na época.

b) Como herói indígena, Macunaíma difere das representações românticas, já que ele figura como um anti-herói, um personagem de ações valorosas, mas também vis.

c) Macunaíma se insere no racismo corrente no início do século XX, que via uma animalidade no indígena, considerado coisa, e não gente.

d) O indígena foi considerado pelos modernistas como único representante da identidade brasileira, pois sua cultura era vista como pura e sem interferência de outros povos.

e) O trecho reafirma a característica histórico-antropológica do patriarcado brasileiro, que compreendia o indígena como um incivilizado puro e ingênuo.

Os modernistas produziram manifestos e profissões de fé, fundaram revistas, formaram grupos, mesmo depois de estarem evidentes as diferenças dentro do grande grupo inicial. Os escritores de 30 não produziram um único manifesto estético. (...) Para entender essas diferenças pode ser útil voltar um pouco a algo apenas esboçado acima: aquela diferença entre as gerações formadas antes e depois da Primeira Guerra, articulada à dinâmica do funcionamento dos projetos de vanguarda. (...) O modernismo nasceu em São Paulo e não há quem deixe de apontar o quanto do desenvolvimento industrial da cidade alimentou a

esperança de que a modernização do país, quando generalizada, poderia até mesmo tirar da marginalidade as massas miseráveis. BUENO, Luís. Uma história do Romance de 30. São Paulo: Edusp. Campinas: Editora da Unicamp, 2006, p. 66-67. É trecho de um famoso manifesto estético do movimento modernista de 22: a) “Ressalvar, no campo das imagens poéticas, os

elementos que denotem nossa filiação do estilo ao simbolismo europeu.”

b) “Nós contestamos a veracidade desses portentos, porque não podemos sofrer o peso das armas com que virgens tímidas ousaram enfrentar estes inimigos.”

c) “Toda a história bandeirante e a história comercial do Brasil. Comovente. Rui Barbosa: uma cartola na Senegâmbia. Tudo revertendo em riqueza.”

d) “Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero.”

e) “Falo somente com o que falo: com as mesmas vinte palavras girando em redor do sol que as limpa do que não é faca.”

DESCOBRIMENTO Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves De sopetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim. Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! Muito longe de mim, Na escuridão ativa da noite que caiu, Um homem pálido, magro de cabelos escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nem eu... ANDRADE, M. Poesias completas. São Paulo: Edusp, 1987. O poema “Descobrimento”, de Mário de Andrade, marca a postura nacionalista manifestada pelos escritores modernistas. Recuperando o fato histórico do “descobrimento”, a construção poética problematiza a representação nacional a fim de a) resgatar o passado indígena brasileiro. b) criticar a colonização portuguesa no Brasil. c) defender a diversidade social e cultural brasileira. d) promover a integração das diferentes regiões do país. e) valorizar a Região Norte, pouco conhecida pelos

brasileiros.

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POBRE ALIMÁRIA O cavalo e a carroça Estavam atravancados no trilho E como o motorneiro se impacientasse Porque levava os advogados para os escritórios Desatravancaram o veículo E o animal disparou Mas o lesto carroceiro Trepou na boleia E castigou o fugitivo atrelado Com um grandioso chicote (Oswald de Andrade, Pau Brasil. São Paulo: Globo, 2003, p.159.)

A imagem e o poema revelam a dinâmica do espaço na cidade de São Paulo na primeira metade do século XX. Qual alternativa abaixo formula corretamente essa dinâmica? a) Trata-se da ascensão de um moderno mundo urbano,

onde coexistiam harmonicamente diferentes temporalidades, funções urbanas, sistemas técnicos e formas de trabalho, viabilizando-se, desse modo, a coesão entre o espaço da cidade e o tecido social.

b) Trata-se de um espaço agrário e acomodado, num período em que a urbanização não tinha se estabelecido, mas que abrigava em seu interstício alguns vetores da modernização industrial.

c) Trata-se de um espaço onde coexistiam distintas temporalidades: uma atrelada ao ritmo lento de um passado agrário e, outra, atrelada ao ritmo acelerado que caracteriza a modernidade urbana.

d) Trata-se de uma paisagem urbana e uma divisão do trabalho típicas do período colonial, pois a metropolização é um processo desencadeado a partir da segunda metade do século XX.

Assinale a alternativa correta a respeito da vida e da obra do poeta português Fernando Pessoa. a) Pessoa foi um dos líderes da revista de literatura

Orpheu, juntamente com Mário de Sá-Carneiro e Eça de Queiroz.

b) A criação da revista de literatura Orpheu identifica Pessoa como um dos fundadores do Modernismo português.

c) Pessoa foi responsável pelo espírito derrotista, em que Portugal estava mergulhado no final do século XIX.

d) Os heterônimos de Pessoa, tais como Álvaro de Campos e Ricardo Reis, podem ser vistos como pseudônimos, utilizados pelo poeta para burlar a censura.

e) A criação de heterônimos é uma prática comum aos poetas colaboradores da revista Orpheu.

POEMA TIRADO DE UMA NOTÍCIA DE JORNAL João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.

No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de elementos da função referencial da linguagem pela a) atribuição de título ao texto com base em uma

notícia veiculada em jornal. b) utilização de frases curtas, características de textos

do gênero jornalístico. c) indicação de nomes de lugares como garantia da

veracidade da cena narrada. d) enumeração de ações, com foco nos eventos

acontecidos à personagem do texto. e) apresentação de elementos próprios da notícia, tais

como quem, onde, quando e o quê.

O CAPOEIRA – Qué apanhá sordado? – O quê? – Qué apanhá?

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Pernas e cabeças na calçada. ANDRADE, Oswald de.

No início do século XX, uma verdadeira revolução começou a ocorrer nas artes em geral. Na Literatura, não foi diferente: os escritores voltaram-se contra o academicismo e romperam com os padrões estéticos vigentes. O texto O Capoeira está inserido nessa fase, conhecida como Modernismo brasileiro. A esse respeito, analise as alternativas a seguir e assinale aquela cuja informação fornecida está correta. a) Embora seja modernista, o poema faz clara oposição

aos ideais defendidos por esse movimento, em que a perfeição formal não abria espaço para equívocos ortográficos, ainda que esses equívocos fossem permitidos pelas variações linguísticas existentes na língua.

b) O texto O Capoeira representa o Modernismo brasileiro em seu primeiro momento, em que os autores buscavam romper com a tradição estética da forma fixa, além de retratar o modo popular de fala de algumas regiões brasileiras.

c) O texto O Capoeira faz alusão à capoeira, expressão artística brasileira em que a dança se assemelha a uma briga, situação que é sugerida no início do poema, com o verso “Qué apanhá sordado?”, e explicitada no final, com o verso “Pernas e cabeças na calçada”.

d) A linguagem utilizada pode ser considerada complexa, pois mistura elementos da oralidade e sinais de pontuação como o travessão, mais comuns em textos escritos em prosa, o que dificulta o entendimento do texto.

e) O texto, embora pareça um poema, está escrito em prosa, uma vez que o uso dos travessões, que determinam o início das falas e caracterizam um diálogo, é próprio de textos prosaicos, os quais utilizam marcas para identificar as personagens da narrativa.

MATEMÁTICA

Sabe-se que 1-i é uma das raízes complexas do polinômio x3 – 4x2 + 6x – 4. Podemos dizer que essa equação a) apenas 1 como raiz real. b) apenas 2 como raiz real. c) tem 1 e 2 como raízes reais. d) tem -1 e -2 como raízes reais. e) não tem raízes reais.

Para cada j 1, 3, 5, 7, considere o número complexo

jj jz cos isen ,

4 4π π

onde i é o número completo

tal que 2i 1. Em relação aos números 1 3 5 7p z z z z e

1 3 5 7q z z z z , é correto afirmar que a) p 0 e q i.

b) p 1 e q i.

c) p 0 e q 1.

d) p 1 e q 1.

Um polinômio de quinto grau tem 2 como uma raiz de multiplicidade 3. A razão entre o coeficiente do termo de quarto grau e o coeficiente do termo de quinto grau é igual a -7. A razão entre o termo independente e o coeficiente do termo de quinto grau é igual a 96. A menor raiz desse polinômio vale a) 0 b) -1 c) -2 d) -3

Considere as afirmações: I. O polinômio p(x) = 2x5 – 8x4 + x + 1 possui, pelo

menos, uma raiz racional. II. Se r é raiz do polinômio t(x) = x3 + 2x2 _ x + 15, então

2r é raiz do polinômio q(x) = 2x3 + 4x2 + 2x + 30. III. O polinômio s(x) = x + 1 é fator do polinômio

u(x) = 7x8 + 2x4 – 4x2 + 6x + 1. É CORRETO afirmar que: a) Apenas a afirmação I é verdadeira. b) Apenas a afirmação II é verdadeira. c) Apenas a afirmação III é verdadeira. d) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. e) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.

No mapa de uma cidade, duas ruas são dadas pelas equações das retas y = x + 1 e y = -x + 2, que se interceptam no ponto B. Para organizar o cruzamento dessas ruas, planeja-se colocar uma rotatória em forma

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de um círculo C, com centro no ponto A(0,1) e raio igual à distância entre os pontos A e B. Nesse mapa, a área de C é a) 2π

b) 4π c) π d) 5 2π

A circunferência λ tem centro no ponto C(-2, y) e intersecta o eixo das ordenadas nos pontos A(0, 1) e B(0, -1). De acordo com esses dados, pode-se afirmar que uma equação para representar λ é

a) 2 2x y 4x 2y 1 0.

b) 2 2x y 4x y 1 0.

c) 2 2x y 4x 1 0.

d) 2 2x y 4x 1 0.

e) 2 2x y 4x 2y 1 0.

Um dos principais indicadores de inflação é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O gráfico apresenta os valores do IPCA nos anos de 1994 a 2011.

O valor mais próximo da mediana de todos os valores da inflação indicados no gráfico é a) 5,97 b) 6,24 c) 6,50 d) 8,07 e) 10,10

Cinco regiões de um país estão buscando recursos no Governo Federal para diminuir a taxa de desemprego de sua população. Para decidir qual região receberia o recurso, foram colhidas as taxas de desemprego, em porcentagem, dos últimos três anos. Os dados estão apresentados na tabela.

Taxa de desemprego (%)

Região

A Região

B Região

C Região

D Região

E Ano

I 12,1 12,5 11,9 11,6 8,2

Ano II

11,7 10,5 12,7 9,5 12,6

Ano III

12,0 11,6 10,9 12,8 12,7

Ficou decidido que a região contemplada com a maior parte do recurso seria aquela com a maior mediana das taxas de desemprego dos últimos três anos. A região que deve receber a maior parte do recurso é a a) A. b) B. c) C. d) D. e) E.

FILOSOFIA

Gilberto Cotrim (2006. p. 212), ao tratar da pós-modernidade, comenta as ideias de Michel Foucault, nas quais “[...] as sociedades modernas apresentam uma nova organização do poder que se desenvolveu a partir do século XVIII. Nessa nova organização, o poder não se concentra apenas no setor político e nas suas formas de repressão, pois está disseminado pelos vários âmbitos da vida social [...] [e] o poder fragmentou-se em micropoderes e tornou-se muito mais eficaz. Assim, em vez de se deter apenas no macropoder concentrado no Estado, [os] micropoderes se espalham pelas mais diversas instituições da vida social. Isto é, os poderes exercidos por uma rede imensa de pessoas, por

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exemplo: os pais, os porteiros, os enfermeiros, os professores, as secretarias, os guardas, os fiscais etc.” Fonte: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2006. (adaptado)

Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as ideias de Foucault, a principal função dos micropoderes no corpo social é interiorizar e fazer cumprir a) o ideal de igualdade entre os homens. b) o total direito político de acordo com as etnias. c) as normas estabelecidas pela disciplina social. d) a repressão exercida pelos menos instruídos. e) o ideal de liberdade individual.

Uma norma só deve pretender validez quando todos os que possam ser concernidos por ela cheguem (ou possam chegar), enquanto participantes de um discurso prático, a um acordo quanto à validade dessa norma. HABERMAS, J. Consciência moral e agir comunicativo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989.

Segundo Habermas, a validez de uma norma deve ser estabelecida pelo(a) a) liberdade humana, que consagra a vontade. b) razão comunicativa, que requer um consenso. c) conhecimento filosófico, que expressa a verdade. d) técnica científica, que aumenta o poder do homem. e) poder político, que se concentra no sistema

partidário.

Governos que se metem na vida dos outros são governos autoritários. Na história temos dois grandes exemplos: o fascismo e o comunismo. Em nossa época existe uma outra tentação totalitária, aparentemente mais invisível e, por isso mesmo, talvez, mais perigosa: o "totalitarismo do bem". A saúde sempre foi um dos substantivos preferidos das almas e dos governos autoritários. Quem estudar os governos autoritários verá que a "vida cientificamente saudável" sempre foi uma das suas maiores paixões. E, aqui, o advérbio "cientificamente é quase vago porque o que vem primeiro é mesmo o desejo de higienização de toda forma de vício, sujeira, enfim, de humanidade não correta. Nosso maior pecado contemporâneo é não reconhecer que a humanidade do humano está além do modo "correto" de viver. E vamos pagar caro por isso porque um mundo só de gente "saudável" é um mundo sem Eros. (Luiz Felipe Pondé. “Gosto que cada um sente na boca não é da conta do governo”. Folha de S.Paulo, 14.03.2012. Adaptado.)

Na concepção do autor, o totalitarismo a) é um sistema político exclusivamente relacionado

com o fascismo e o comunismo. b) inexiste sob a égide de regimes políticos institucio-

nalmente democráticos e liberais. c) depende necessariamente de controles de natureza

policial e repressiva dos comportamentos. d) mobiliza a ciência para estabelecer critérios de

natureza biopolítica sobre a vida. e) estabelece regras de comportamento subordinadas

à autonomia dos indivíduos.

Leia o texto a seguir: “A ideia de progresso manifesta-se inicialmente, à época do Renascimento, como consciência de ruptura. [...] No século XVIII tal ideia associa-se à consciência do caráter progressivo da civilização, e é assim que a encontramos em Voltaire. Tal como para Bacon, no início do século XVII, o progresso também é uma espécie de objeto de fé para os iluministas. [...] A certeza do progresso permite encarar o futuro com otimismo”. (Adaptado de: FALCON, F. J. C. Iluminismo. 2. ed. São Paulo: Ática, 1989, p. 61-62.)

Na primeira metade do século XX, a ideia de progresso também se transformou em objeto de análise do grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Social vinculado à Universidade de Frankfurt. Tendo como referência a obra de Adorno e Horkheimer, é correto afirmar: a) Por serem herdeiros do pensamento hegeliano, os

autores entendem que a superação do modelo de racionalidade inerente aos conflitos do século XX depende do justo equilíbrio entre uso público e uso privado da razão.

b) A despeito da Segunda Guerra, a finalidade do iluminismo de libertar os homens do medo, da magia e do mito e torná-los senhores autônomos e livres mediante o uso da ciência e da técnica, foi atingido.

c) Os autores propõem como alternativa às catástrofes da primeira metade do século XX um novo entendimento da noção de progresso tendo como referência o conceito de racionalidade comunicativa.

d) Como demonstra a análise feita pelos autores no texto “O autor como produtor”, o ideal de progresso consolidado ao longo da modernidade foi rompido com as guerras do século XX.

e) Em obras como a Dialética do esclarecimento, os autores questionam a compreensão da noção de progresso consolidada ao longo da trajetória da razão por ela estar vinculada a um modelo de racionalidade de cunho instrumental.

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Observe a fotografia e leia o texto a seguir:

A névoa que recobre os primórdios da fotografia é menos espessa que a que obscurece as origens da imprensa; já se pressentia, no caso da fotografia, que a hora da sua invenção chegara, e vários pesquisadores, trabalhando independentemente, visavam o mesmo objetivo: fixar as imagens da câmera obscura, que eram conhecidas pelo menos desde Leonardo (Da Vinci). (BENJAMIN, W. Obras Escolhidas. Magia e Técnica, Arte e Política. São Paulo: Brasiliense, 1996, p. 91.)

Com base na obra de Walter Benjamin, no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar: I. O domínio do processo técnico de fixação das

imagens teve sua trajetória retardada devido às reações de natureza religiosa que fizeram com que a fotografia surgisse apenas na segunda metade do século XIX.

II. Em virtude da expectativa gerada pela descoberta da fotografia no século XIX, o seu caráter artístico, desde o início, torna-se evidente entre os pintores.

III. A presença do rosto humano nas fotos antigas representa um último traço da aura, isto é, aquilo que significa a existência única da obra de arte.

IV. O valor de exposição triunfa sobre o valor de culto à medida que a figura humana se torna ausente nas fotografias.

Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

A partir do livro Vigiar e Punir, de Michel Foucault, considere as seguintes afirmações a respeito da disciplina: I. Ela é exercida de diferentes formas e tem como

finalidade única a habilidade do corpo. II. Ela pode ser entendida como a estratégia

empregada para o controle minucioso das operações do corpo, sendo seu efeito maior a constituição de um indivíduo dócil e útil.

III. Ela se constitui também pelo controle do horário de execução de atividades, em que o tempo medido e pago deve ser sem defeito e, em seu transcurso, o corpo deve ficar aplicado a seu exercício.

De acordo com as afirmações acima, podemos dizer que: a) Todas as afirmações estão corretas. b) A afirmação I está incorreta. c) Apenas a afirmação III está correta. d) As alternativas II e III estão incorretas. e) Apenas a afirmação II está correta.

“Em suma, o que é a aura? É uma figura singular, composta de elementos espaciais e temporais: a aparição única de uma coisa distante, por mais perto que ela esteja. Observar, em repouso, numa tarde de verão, uma cadeia de montanhas no horizonte, ou um galho, que projeta sua sombra sobre nós, significa respirar a aura dessas montanhas, desse galho. Graças a essa definição, é fácil identificar os fatores sociais específicos que condicionam o declínio atual da aura. Ele deriva de duas circunstâncias, estreitamente ligadas à crescente difusão e intensidade dos movimentos de massas. Fazer as coisas ‘ficarem mais próximas’ é uma preocupação tão apaixonada das massas modernas como sua tendência a superar o caráter único de todos os fatos através da sua reprodutibilidade”. Fonte: BENJAMIN, W. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”. In: Magia e Técnica, Arte e Política. Obras Escolhidas. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 170.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre Benjamin, assinale a alternativa correta: a) Ao passar do campo religioso ao estético, a obra de

arte perdeu sua aura. b) Ao se tornarem autônomas, as obras de arte

perderam sua qualidade aurática. c) O declínio da aura decorre do desejo de diminuir a

distância e a transcendência dos objetos artísticos. d) O valor de culto de uma obra de arte suscita a

reprodutibilidade técnica.

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e) O declínio da aura não tem relação com as transfor-mações contemporâneas.

“A indústria cultural não cessa de lograr seus consumidores quanto àquilo que está continuamente a lhes prometer. A promissória sobre o prazer, emitida pelo enredo e pela encenação, é prorrogada indefinidamente: maldosamente, a promessa a que afinal se reduz o espetáculo significa que jamais chegaremos à coisa mesma, que o convidado deve se contentar com a leitura do cardápio. [...] Cada espetáculo da indústria cultural vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira inequívoca a renúncia permanente que a civilização impõe às pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo tempo privá-las disso é a mesma coisa”. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Trad. de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 130-132.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre indústria cultural em Adorno e Horkheimer, é correto afirmar: a) A indústria cultural limita-se a atender aos desejos

que surgem espontaneamente da massa de consumidores, satisfazendo as aspirações conscientes de indivíduos autônomos e livres que escolhem o que querem.

b) A indústria cultural tem um desempenho pouco expressivo na produção dos desejos e necessidades dos indivíduos, mas ela é eficiente no sentido de que traz a satisfação destes desejos e necessidades.

c) A indústria cultural planeja seus produtos determinando o que os consumidores desejam de acordo com critérios mercadológicos. Para atingir seus objetivos comerciais, ela cria o desejo, mas, ao mesmo tempo, o indivíduo é privado do acesso ao prazer e à satisfação prometidos.

d) O entretenimento que veículos como o rádio, o cinema e as revistas proporcionam ao público não pode ser entendido como forma de exploração dos bens culturais, já que a cultura está situada fora desses canais.

e) A produção em série de bens culturais padronizados permite que a obra de arte preserve a sua capacidade de ser o suporte de manifestação e realização do desejo: a cada nova cópia, a crítica se renova.

GEOGRAFIA

Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir sobre as mais recentes características da vida urbana nas grandes cidades contemporâneas. ( ) As cidades são lugares importantes para os

acontecimentos da vida contemporânea, mas sua riqueza econômica não foi capaz de provocar distribuição mais equitativa de bens e serviços sob a ótica da justiça social.

( ) Nas grandes cidades, é cada vez mais comum a construção de muros físicos que dificultam a possiblidade de integração da vida comunitária, estabelecendo diferentes contrastes no que tange ao uso do solo e ao modo de vida.

( ) Muitas áreas, antes subvalorizadas nas grandes cidades, passam por processos de reabilitação, nos quais a antiga infraestrutura é substituída por uma mais recente, exclusivamente voltada para a diminuição do deficit habitacional da população mais pobre.

( ) Nas grandes cidades, os movimentos sociais urbanos praticamente desapareceram, como resultado de conquistas sociais mais significativas, pela diminuição do uso especulativo do solo e pela gradativa redução das assimetrias socioespaciais.

Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência: a) V, V, F, F. b) F, V, V, V. c) V, F, F, F. d) F, F, V, V. e) V, F, V, F

As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; e tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar. (...) E, mal vagava uma das casinhas, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los. E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos de três e quatro palmos, que apareciam como manchas alegres por entre a negrura das limosas tinas transbordantes e o revérbero das claras barracas de algodão cru, armadas sobre os lustrosos bancos de lavar. Aluísio Azevedo, O cortiço.

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Nas cidades brasileiras, particularmente no último quartel do século XIX, novas formas urbanas são constituídas, como os cortiços e as favelas. Sobre esse fenômeno, é correto afirmar: a) A expansão periférica no século XIX, na zona sul da

cidade do Rio de Janeiro, teve significativa presença de cortiços, devido à chegada massiva de imigrantes japoneses.

b) A primeira favela carioca teve sua origem no forte empobrecimento da população no contexto da crise cafeeira na região serrana do Rio de Janeiro.

c) A maior concentração dos cortiços da cidade de São Paulo, presentes no último quartel do século XIX, localizava-se na porção mais central da aglomeração urbana.

d) As primeiras favelas brasileiras se originaram devido à expansão da atividade industrial, no centro da cidade de São Paulo, no início do último quartel do século XIX.

e) Nas cidades do Vale do Paraíba, durante a expansão cafeeira, os cortiços eram muito frequentes, por conta da presença de imigrantes italianos empobrecidos.

Leia o texto. Um dos problemas urbanos mais dramáticos na vida de muitas pessoas que habitam nossas cidades é a ocorrência de enchentes, que provocam estragos envolvendo perdas de bens materiais e, em alguns casos, até de vidas. (...) As causas das enchentes estão relacionadas a fatores naturais e também a ações humanas, ou até mesmo a combinação dos dois. (...) As causas mais comuns das enchentes em grandes cidades como São Paulo estão relacionadas aos efeitos nocivos de algumas práticas humanas sobre o meio ambiente. <http://tinyurl.com/y7pe3b38> Acesso em: 14.07.2017. Adaptado.

Entre as ações que ajudam a reduzir o risco de enchentes e os problemas decorrentes estão a a) recuperação da cobertura de vegetação na foz dos

rios e ampliação da altura dos alicerces das casas construídas em suas margens.

b) retificação do leito dos rios e córregos e a construção de muros que protejam vias de circulação e habitações em suas margens.

c) retificação e retirada constante dos sedimentos do leito dos rios e córregos e depósito desses sedimentos em suas margens.

d) recuperação das cabeceiras dos rios, ampliação das áreas verdes, permeabilização do solo e deposição adequada do lixo.

e) canalização dos cursos dos rios e dos córregos e da impermeabilização de suas margens.

TEXTO I O espaço viário é um bem público escasso que deve ser repensado para que seja, de fato, de todos. Medidas de desestímulo como o rodízio estendido são, portanto, muito bem-vindas. É importante que o rodízio faça parte de uma política restritiva mais ampla, com políticas de estacionamento, fim dos subsídios ao combustível e pedágio urbano. Além disso, essas medidas devem caminhar de mãos dadas com o investimento contínuo em transporte público de qualidade e da requalificação do espaço público para o pedestre e para o ciclista. LINKE, C. Quanto menos carro na rua, melhor. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 14 jul. 2015 (adaptado).

TEXTO II Melhorias a médio ou longo prazo somente serão atingidas com mudanças estruturais sobre o transporte público. A aplicação da extensão do rodízio para o dia todo para os usuários dos transportes individuais vai resultar no incremento da aquisição de segundo carro e, consequentemente, no aumento da frota de automó-veis, com reflexos negativos nos congestionamentos. BOTTURA, L. C. Restrição sem alternativas é ineficaz. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 14 jul. 2015 (adaptado).

As opiniões expostas nos textos, referentes à ampliação do rodízio, são convergentes no seguinte aspecto: a) Implantação de tarifas de tráfego. b) Aumento da poluição atmosférica. c) Ampliação da malha viária urbana. d) Incentivo à aquisição de veículos populares. e) Incremento aos meios de deslocamento coletivos.

"A indústria aparece na Amazônia sob a forma de enclaves, estabelecidos a partir de incentivos federais ou para explorar recursos minerais." MAGNOLI, D. Geografia para o Ensino Médio. 1ed. São Paulo: Atual, 2012, p. 310.

Entre os enclaves industriais na Amazônia, destaca-se a Zona Franca de Manaus (ZFM), criada em 1967, sob a supervisão da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Sobre a ZFM, pode-se afirmar que I. a implantação da ZFM consistiu numa estratégia

geopolítica, cuja principal meta era reforçar o poder nacional na considerada região "de fronteira".

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II. os capitais dominantes são transnacionais e praticamente não se utilizam matérias-primas ou insumos regionais na produção industrial nessa área.

III. a balança comercial da ZFM é positiva no intercâmbio com o mercado externo, haja vista que, com a isenção de impostos sobre a exportação, suas mercadorias destinam-se, prioritariamente, a esse mercado.

IV. na década de 1990, a política de abertura da economia nacional, com a redução das tarifas de importação, foi muito positiva para a ZFM, pois ampliou as vendas para o mercado interno e propiciou o aumento do número de empregos diretos e indiretos no polo industrial amazônico.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.

a) I e II b) I e III c) I e IV d) II e III e) II e IV

Além de apresentar uma multiplicidade de culturas e etnias, o continente africano exibe, também, significativos contrastes naturais e socioeconômicos.

Sobre as características que marcaram/marcam o continente africano, é correto afirmar que

a) o continente africano caracteriza-se por um relevo

predominantemente sedimentar no Norte e por maciços cristalinos no Sul, além de apresentar um contorno retilíneo do seu litoral, facilitando a ocorrência de portos marítimos.

b) a partir dos primeiros anos do século XXI, a África passou a receber investimentos da crescente economia asiática, especialmente da chinesa, que apostou, principalmente, nos recursos minerais e energéticos africanos.

c) a porção meridional da África é um conjunto de países com características histórica se culturais que refletem a religião islâmica e a língua árabe e uma crescente economia voltada para o mercado interno.

d) o processo de urbanização da África só está ocorrendo no século XXI, de forma ordenada, mas lenta, pois só em 2015 o continente atingiu equilíbrio numérico entre a população urbana e a população rural.

e) a região de altas latitudes é marcada por clima equatorial e escassez de chuvas, além de extensas florestas preservadas.

Sabe-se que o poder global dos Estados Unidos da América (EUA) é multidimensional, expressando-se, por exemplo, nos campos econômico, financeiro e cultural. Contudo, de todas as dimensões do poder, merecem especial destaque os campos geopolítico e militar.

Quanto a estes últimos, no que diz respeito à distribuição e ação do poder militar norte-americano pelo globo, no início do século XXI, podemos afirmar que

I. em países europeus da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), como é o caso da Alemanha, da Grã-Bretanha e da Itália, situam-se grandes bases do Exército, da Marinha e da Força Aérea norte-americana.

II. na Europa e na Ásia/Pacífico, como reflexo da Guerra Fria, estão as duas principais concentrações de forças dos Estados Unidos no exterior.

III. o Japão e o Vietnã se destacam como principais aliados da orla oriental asiática, onde se situam grandes bases do Exército, da Marinha, da Força Aérea e dos fuzileiros navais dos EUA.

IV. a "guerra ao terror", proposta no governo George W. Bush, traduziu-se, para o Oriente Médio, no envolvimento dos EUA em dois grandes conflitos regionais, um no Iraque e outro na Síria.

V. o Hawaí, estado norte-americano de além-mar, e a ilha de Diego Garcia funcionam como importantes centros de operações, respectivamente, nos oceanos Pacífico e Índico.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.

a) I, II e III b) I, II e V c) I, III e IV d) III, IV e V e) II, IV e V

Compare as imagens noturnas, obtidas através de satélite de sensoreamento remoto, que mostram a luminosidade dos principais núcleos de povoamento da Síria:

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Considerando o contexto sírio no período indicado nas imagens, uma explicação para a mudança no padrão de distribuição espacial da população é: a) redução da expectativa de vida b) elevação da taxa de emigração c) aumento da insalubridade urbana d) diminuição do índice de fecundidade e) estagnação dos fluxos

HISTÓRIA

Leia a manchete reproduzida na imagem a seguir.

(A imagem reproduz uma manchete do jornal O Estado de São Paulo, datado de 29 de dezembro de 1989, com o seguinte título: “Inflação do ano atinge 1.764,86%”). Considerando o contexto econômico das décadas de 1970 a 1990 no Brasil, assinale a alternativa CORRETA. a) A inflação no Brasil se tornou crescente desde o final

do chamado “Milagre Brasileiro” (1968-1973), ainda no Regime Militar, até a estabilização de preços gerada pelo Plano Real (1994), com breves intervalos de queda proporcionados por planos econômicos como o Plano Cruzado e o Plano Verão.

b) A inflação, ao final da década de 1980, era bastante inferior aos níveis observados durante o Regime Militar, período no qual o país viveu sob permanente hiperinflação.

c) O Plano Real foi a primeira iniciativa governamental tomada desde o início dos anos 1970 visando a contornar o problema crônico da subida de preços.

d) O sucesso no combate à inflação obtido pelo Plano Real só foi possível pela dolarização da economia, ou seja, pelo uso preponderante do dólar nas transações domésticas em substituição à moeda nacional.

e) A hiperinflação e a crise econômica ocorridas no final dos anos 1980 levaram à deposição do Regime Militar e ao reestabelecimento da democracia em 1994, a partir da promulgação de uma nova Constituição.

O Movimento Manguebeat surge no início da década de 90 do século passado, em Recife, num contexto marcado pela ofensiva econômica neoliberal, que deixou de lado as demandas sociais e abriu, assim, espaço para um ‘caldo’ sociopolítico, propício ao surgimento de movimentos de rebeldia e contestação. Fonte: CARVALHO, Cristina; GAMEIRO, Rodrigo. O Movimento Manguebeat na mudança da realidade sociopolítica de Pernambuco. In: http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/462.pdf/Adaptado.

Esse movimento teve como característica principal a a) articulação com as manifestações culturais da

periferia. b) institucionalização do movimento por meio de

parcerias com a CUT e o MST. c) junção da cultura popular e erudita, retomando o

movimento regionalista. d) construção de uma vanguarda intelectual e cultural

nos padrões socialistas. e) radicalização e luta com a adesão a movimentos

sociais urbanos, como os sem-teto.

“Como o Brasil e como a própria democracia, a Constituição de 1988 também é imperfeita. Envolveu movimentos contraditórios e embates formidáveis entre forças políticas desiguais, e inúmeras vezes errou de alvo. (...). Mas a Constituição de 1988 é a melhor expressão de que o Brasil tinha um olho no passado e outro no futuro e estava firmando um sólido compromisso democrático”. Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling. Brasil: Uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, pp. 488-489

Dentre as contradições da Constituição de 1988, aponta-se a) a conservação do tempo de mandato de cinco anos,

com direito à reeleição, de um lado, e à criação de mecanismos mais democráticos e imparciais em

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processos de afastamento de presidentes acusados de crime de responsabilidade, de outro lado.

b) a manutenção da inelegibilidade e a ausência do direto de voto direto aos analfabetos, de um lado, e o estabelecimento da demarcação de terras indígenas e o amplo projeto de reforma agrária radical, aos mais necessitados, de outro lado.

c) a manutenção do voto obrigatório e a idade mínima de dezoito anos para participação política, de um lado, e a concessão do direito de elegibilidade e o voto aos analfabetos maiores de idade, residentes no Brasil, de outro lado.

d) a conservação da estrutura agrária e a manutenção da inelegibilidade de analfabetos, de um lado, e o reconhecimento de direitos de minorias e o empenho em prever meios e os instrumentos constitucionais legais para a participação popular direta, de outro lado.

e) a manutenção da autonomia das Forças Armadas para definir assuntos de seu interesse, de um lado, e o aprofundamento de mecanismos de investigação e a punição aos envolvidos em atos de tortura e o cerceamento de liberdades durante a ditadura civil-militar, de outro lado.

A Constituição de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, foi elaborada por meio de uma assembleia nacional constituinte e marca o período que se convencionou chamar “Nova República”.

Analise as proposições, segundo este Texto Constitucional.

I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas ou manter com eles, ou com seus representantes, relações de dependência ou aliança.

II. São reconhecidos quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.

III. Homens e mulheres são iguais, em direitos e obrigações.

IV. Ninguém será submetido à tortura, ao tratamento desumano ou degradante.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. e) Somente a afirmativa I é verdadeira.

O centenário do início da imigração japonesa para o Brasil tem se mostrado uma oportunidade ímpar para relembrar essa trajetória no cenário amazônico da primeira metade do século XX. Das alternativas abaixo, indique aquela que NÃO está associada à imigração japonesa: a) A implantação de Vila Amazônia, nas proximidades

de Parintins. b) A introdução do cultivo de juta. c) O desenvolvimento do cultivo de pimenta do reino

em Tomé-Açu. d) O cultivo racional de borracha em Fordlândia. e) A produção de hortaliças, cacau, arroz, feijão,

algodão e tabaco no Rio Acará.

A Segunda Guerra Mundial trouxe de volta preocu-pações dos países desenvolvidos com os estoques mundiais de borracha, gerando novos empreendimentos na Amazônia. Um dos mais destacados foi a montagem de colônias agrícolas pelos norte americanos. Delas, é correto afirmar: a) Embora a plantação de seringueiras em Belterra e

Fordlândia tenha tido sucesso, foram abandonadas após a entrada da borracha sintética no mercado mundial.

b) Instaladas em Tomé-Açu, acabaram por dinamizar o cultivo de pimenta do reino, além da extração de borracha.

c) Tiveram sucesso apenas parcial, já que algumas pragas dizimaram as plantações de Fordlândia, deixando apenas as cultivadas em Vila Amazônia, no município de Parintins.

d) Localizaram-se em Fordlândia e em Belterra, tendo fracassado no intuito de desenvolver o cultivo de seringueiras.

e) Foram superadas pelo plantio racional desenvolvido pelos ingleses no Ceilão e na Malásia.

Durante a década de 50 a Amazônia viveu um momento de ostracismo tanto no campo político quanto na área econômica, determine nas alternativas abaixo aquela que melhor apresenta as melhores características do período: a) Houve um avanço no campo industrial, pois o

parque industrial da Zona Franca foram em enfim implantado;

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b) A agropecuária praticada de forma intensiva na região da ilha da marchantaria e na ilha da terra nova;

c) A Juta foi o produto que mais gerarou lucros para a economia local, pois a região de várzea serviu de sustentáculo para esse crescimento;

d) O modelo industrial de JK, foi implementado, a borracha voltaria a ser o centro da economia da Amazônia;

e) NDA.

Com as políticas desenvolvimentistas para a região Amazônica: a) A região sofreu a ação da mais forte expansão

interna de acordo com os interesses do grande capital

b) O desenvolvimento interno tornou-se uma realidade na região, com a diminuição dos conflitos sociais.

c) A exploração desencadeada de forma imediatista pelo grande capital foi contida pelos governos democráticos.

d) Vários projetos de cunho social foram criados, numa conjuntura de processo de democracia.

e) Nenhuma das Alternativas

FÍSICA

Um recipiente contendo 1 litro de água, a 20 0C, é colocado no interior de um forno de micro-ondas. O aparelho é ligado a uma tensão de 110 V e percorrido por uma corrente elétrica de 10A. Após 40 minutos, verifica-se que ainda resta 1/4 de litro de água líquida no recipiente. Determine o rendimento percentual aproximado desse aparelho. Dados: pressão atmosférica: 1 atm densidade da água: 1g/cm3 calor latente de vaporização da água: 540 cal/g calor específico da água: 1 cal/g 0C 1 caloria = 4,2 joules a) 19 b) 25 c) 71 d) 77

Um recipiente com paredes adiabáticas contém 100 g de água a 20 0C. Um resistor com resistência elétrica de 2,0

Ω é ligado a uma fonte de tensão de 12 V e é imerso na água. Desconsidere a capacidade térmica do recipiente, e assinale a alternativa que corresponde, aproximada-mente, ao tempo necessário para a água atingir 30 0C. a) 58 s b) 14 s c) 44 s d) 29 s e) 87 s

O desenho abaixo representa um circuito elétrico composto por gerador, receptor, condutores, um voltímetro (V), todos ideais, e resistores ôhmicos.

O valor da diferença de potencial (ddp), entre os pontos F e G do circuito, medida pelo voltímetro, é igual a a) 1,0 V b) 3,0 V c) 4,0 V d) 5,0 V e) 8,0 V

A figura mostra o circuito elétrico que acende a lâmpada de freio e as lanternas traseira e dianteira de um dos lados de um automóvel.

Considerando que as três lâmpadas sejam idênticas, se o circuito for interrompido no ponto P, estando o automóvel com as lanternas apagadas, quando o

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motorista acionar os freios, a) apenas a lanterna dianteira se acenderá. b) nenhuma das lâmpadas se acenderá. c) todas as lâmpadas se acenderão, mas com brilho

menor que seu brilho normal. d) apenas a lanterna traseira se acenderá. e) todas as lâmpadas se acenderão com o brilho

normal.

Observe o gráfico, que representa a curva característica de operação de um gerador:

Com base nos dados, a resistência interna do gerador, em ohm, é igual a: a) 1,0 b) 3,0 c) 4,0 d) 6,0

Quando necessário, adote os valores da tabela: módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2 calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1 calor específico da água: 1,0 cal.g-1.0C-1 densidade da água: 1 g.cm-3 calor específico do cobre: 0,094 cal.g-1.0C-1 calor latente de fusão do cobre: 49 cal.g-1 temperatura de fusão do cobre: 1.083 0C 1 cal = 4,0 J π = 3 sen 300 = 0,5 cos 300 = 0,8 Determine, em ohm, o valor da resistência do resistor equivalente da associação abaixo:

a) 0 b) 12 c) 24 d) 36

Considere uma bateria de força eletromotriz ε e resistência interna desprezível. Qual dos gráficos a seguir melhor representa a bateria?

a)

b)

c)

d)

e)

Um aluno irá montar um circuito elétrico com duas lâmpadas incandescentes, L1 e L2, de resistências elétricas constantes, que têm as seguintes especificações técnicas fornecidas pelo fabricante, impressas nas lâmpadas: - L1 : 30 V e 60 W; - L2 : 30 V e 30 W. Além das duas lâmpadas, ele também usará um gerador ideal de tensão elétrica contínua de 60 V, um resistor

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ôhmico de 30Ω e fios condutores elétricos ideais. Utilizando todo material acima descrito, a configuração da montagem do circuito elétrico, para que as lâmpadas funcionem corretamente com os valores especificados pelo fabricante das lâmpadas será:

a)

b)

c)

d)

e)

BIOLOGIA

O aguapé (Eichornia crassipes) é uma planta aquática que se desenvolve na superfície das águas de rios, represas e lagos. Ao longo do mês de agosto, várias reportagens mostraram regiões do rio Tietê em que essa planta está cobrindo totalmente a superfície da água. Nesse caso, os aguapés a) prejudicam o ambiente aquático, pois impedem a

entrada de luz para o interior da água e, portanto, dificultando a fotossíntese das algas.

b) prejudicam o ambiente aquático, pois suas raízes vão utilizar o gás oxigênio produzido na fotossíntese das algas.

c) ajudam a oxigenação da água através da fotossíntese que realizam.

d) ajudam na reprodução dos peixes protegendo seus ovos nas raízes.

e) ajudam a diminuir a poluição, utilizando os elementos químicos resultantes da decomposição da matéria orgânica dos esgotos domésticos.

Em uma floresta existiam duas populações herbívoras que habitavam o mesmo ambiente. A população da espécie X mostrava um grande número de indivíduos, enquanto a população Z era pequena. Ambas tinham hábitos ecológicos semelhantes. Com a intervenção humana, ocorreu fragmentação da floresta em duas porções, o que separou as populações X e Z. Após algum tempo, observou-se que a população X manteve sua taxa populacional, enquanto a população Z aumentou a sua até que ambas passaram a ter, aproximadamente, a mesma quantidade de indivíduos. A relação ecológica entre as espécies X e Z, quando no mesmo ambiente, é de: a) Predação. b) Parasitismo. c) Competição. d) Comensalismo. e) Protocooperação.

Observe o diagrama abaixo que representa uma teia alimentar.

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Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes à teia alimentar. ( ) O pássaro pode ocupar tanto o segundo como o

terceiro nível trófico. ( ) O rato e a lagarta são consumidores primários e

estão no segundo nível trófico. ( ) Três níveis tróficos ocorrem na teia. ( ) A coruja é consumidora secundária e está no

segundo nível trófico. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V – V – F – F. b) F – F – V – F. c) V – F – F – V. d) V – V – F – V. e) F – V – V – V.

Atente às seguintes afirmações sobre a teoria moderna da evolução, também conhecida como teoria sintética: I. A evolução pode ser melhor explicada a partir do

surgimento da Genética, no início do século XX, com base nos conhecimentos sobre hereditariedade.

II. A teoria moderna da evolução não considera a seleção natural e utiliza os conhecimentos genéticos para explicar a diversidade dos organismos.

III. A evolução pode ser explicada pela variabilidade genética, originada de mutações e da recombinação gênica, orientada pela seleção natural.

É correto o que se afirma somente em a) I e II. b) II. c) I e III. d) III.

LUCY CAIU DA ÁRVORE

Conta a lenda que, na noite de 24 de novembro de 1974, as estrelas brilhavam na beira do rio Awash, no interior da Etiópia. Um gravador K7 repetia a música dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds”. Inspirados, os paleontólogos decidiram que a fêmea AL 288-1, cujo esqueleto havia sido escavado naquela tarde, seria apelidada carinhosamente de Lucy.

Lucy tinha 1,10 m e pesava 30 kg. Altura e peso de

um chimpanzé. 1Mas não se iluda, Lucy não pertence à linhagem que deu origem aos macacos modernos. Ela já andava ereta sobre os membros inferiores. Lucy

pertence à linhagem que deu origem ao animal que escreve esta crônica e ao animal que a está lendo, eu e você.

Os ossos foram datados. Lucy morreu 3,2 milhões de

anos atrás. Ela viveu 2 milhões de anos antes do aparecimento dos primeiros animais do nosso gênero, o Homo habilis. A enormidade de 3 milhões de anos separa Lucy dos mais antigos esqueletos de nossa espécie, o Homo sapiens, que surgiu no planeta faz meros 200 mil anos. Lucy, da espécie Australopithecus afarensis, é uma representante das muitas espécies que existiram na época em que a linhagem que deu origem aos homens modernos se separou da que deu origem aos macacos modernos. 2Lucy já foi chamada de elo perdido, o ponto de bifurcação que nos separou dos nossos parentes mais próximos.

Uma das principais dúvidas sobre a vida de Lucy é a

seguinte: ela já era um animal terrestre, como nós, ou ainda subia em árvores?

3Muitos ossos de Lucy foram encontrados quebrados, seus fragmentos espalhados pelo chão. Até agora, se acreditava que isso se devia ao processo de fossilização e às diversas forças às quais esses ossos haviam sido submetidos. Mas os cientistas resolveram estudar em detalhes as fraturas.

As fraturas, principalmente no braço, são de

compressão, aquela que ocorre quando caímos de um local alto e apoiamos os membros para amortecer a queda. Nesse caso, a força é exercida ao longo do eixo maior do osso, causando um tipo de fratura que é exatamente o encontrado em Lucy. Usando raciocínios como esse, os cientistas foram capazes de explicar todas as fraturas a partir da hipótese de que Lucy caiu do alto de uma árvore de pé, se inclinou para frente e amortizou a queda com o braço.

4Uma queda de 20 a 30 metros e Lucy atingiria o solo a 60 km/h, o suficiente para matar uma pessoa e causar esse tipo de fratura. Como existiam árvores dessa altura onde Lucy vivia e muitos chimpanzés sobem até 150 metros para comer, uma queda como essa é fácil de imaginar.

A conclusão é que Lucy morreu ao cair da árvore. E

se caiu era porque estava lá em cima. E se estava lá em cima era porque sabia subir. Enfim, sugere que Lucy habitava árvores.

Mas na minha mente ficou uma dúvida. Quando

criança, eu subia em árvores. E era por não sermos grandes escaladores de árvores que eu e meus amigos vivíamos caindo, alguns quebrando braços e pernas. Será que Lucy morreu exatamente por tentar fazer algo que já não era natural para sua espécie? Fernando Reinach. adaptado de O Estado de S. Paulo, 24/09/2016.

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Na árvore genealógica acima, observam-se mudanças evolutivas na linhagem que deu origem ao homem moderno. Todos os eventos evolutivos são caracterizados pelo seguinte aspecto: a) alterações populacionais ao longo do tempo b) aumento da eficácia dos processos metabólicos c) manutenção da variabilidade do material genético d) transformações estruturais durante a vida do

indivíduo

A figura a seguir ilustra o processo de transformação do milho moderno cultivado, atualmente, a partir do teosinto, uma gramínea silvestre ancestral. Ambos vegetais são classificados dentro da espécie Zea mays.

O processo que gerou as variedades agrícolas cultivadas hoje em larga escala está fundamentado

a) na seleção natural, promovida pelo ambiente, de variedades mais produtivas e mais resistentes às variações ambientais.

b) nas mutações induzidas, e posteriormente selecionadas, a partir de cruzamentos com espécies de gramíneas diferentes.

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c) no cultivo sob diferentes condições ambientais, o que promove maior diversidade genética dentro da espécie ancestral.

d) na seleção artificial de características de interesse, a partir do cruzamento de variedades cultivadas em diferentes regiões.

e) nos cruzamentos dentro das mesmas variedades, o que promove a homogeneização das características.

Atente ao que se diz a respeito de vírus, e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) Um vírus que se aproxima da célula hospedeira

injeta seu material genético e multiplica-se com a ajuda das organelas da célula infectada tem ciclo lisogênico.

( ) Todo vírus possui uma cápsula proteica protetora denominada capsídeo que encerra um genoma de DNA ou RNA.

( ) No ciclo lítico, o vírus invade a célula hospedeira e agrega seu material genético ao genoma da mesma.

( ) Apesar de poder ser causada por fungos e bactérias, a pneumonia também pode ter origem viral.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

a) V, V, F, F. b) F, V, F, V. c) F, F, V, V. d) V, F, V, F.

Denomina-se tripanossomíase qualquer doença causada por protozoários do gênero Trypanosoma que afetam o sistema cardiovascular.

Entre esses protozoários, o Trypanosoma cruzi é o agente causador da doença de Chagas, uma endemia muito comum em países subdesenvolvidos. Sobre a doença de Chagas, é correto dizer que

a) por ser transmitida somente pela picada do

barbeiro, os casos têm diminuído no Brasil, em função da melhoria das condições de moradia nos últimos anos.

b) pacientes infectados precisam ficar isolados de pacientes sadios, pois uma forma de contágio da doença é o contato com fluidos orgânicos de doentes, como gotículas de saliva contaminada.

c) apesar de ser uma enfermidade muito grave, a cura é possível pela administração de antibióticos potentes aos pacientes contaminados.

d) a contaminação pode ocorrer a partir da ingestão de alimentos crus e contaminados com fezes do parasita, da transfusão de sangue ou de transplantes de órgãos contaminados.

QUÍMICA

A seguir, são fornecidas representações estruturais de alguns compostos orgânicos.

I. II. CH3CH2CH2OH

III. IV. CH3CH2CH2NH2 V. (CH3)3 N Está correto apenas o que se afirma em: a) Tanto I quanto III apresentam solubilidade em água. b) O composto III pode apresentar isomeria cis-trans. c) O composto I é isômero constitucional do composto

III. d) Tanto II quanto IV podem atuar como bases de Lewis. e) O composto V deve ter maior temperatura de

ebulição do que o composto IV.

A metilamina e a etilamina são duas substâncias gasosas à temperatura ambiente que apresentam forte odor, geralmente caracterizado como de peixe podre. Uma empresa pretende evitar a dispersão desses gases e para isso adaptou um sistema de borbulhamento do gás residual do processamento de carne de peixe em uma solução aquosa. Um soluto adequado para neutralizar o odor da metilamina e etilamina é a) amônia. b) nitrato de potássio. c) hidróxido de sódio. d) ácido sulfúrico.

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O omeprazol, massa molar 345 gmol-1, é um fármaco vendido comercialmente como medicamento genérico, sob prescrição médica, indicado para o tratamento de doenças decorrentes da acidez estomacal. Considerando-se essas informações e os conhecimen-tos sobre a estrutura e propriedades dos compostos orgânicos, é correto afirmar: a) A estrutura molecular do omeprazol apresenta dois

grupos funcionais da classe dos éteres. b) A massa percentual de nitrogênio no composto

representado pela estrutura molecular é de 6,1%. c) A presença de grupos funcionais das amidas na

estrutura molecular do omeprazol evidencia o caráter básico desse fármaco.

d) O átomo de enxofre presente no fármaco, por apresentar um par eletrônico não ligante, atua como um ácido de Lewis.

e) O orbital híbrido do carbono do grupo metil, CH3, tem geometria piramidal devido à presença de três átomos de hidrogênio.

Com a crescente crise mundial de dengue, as pesquisas pela busca tanto de vacinas quanto de repelentes de insetos têm se intensificado. Nesse contexto, os compostos I e II abaixo representados têm propriedades muito distintas: enquanto um deles tem caráter ácido e atrai os insetos, o outro tem caráter básico e não os atrai.

Baseado nessas informações, pode-se afirmar correta-mente que o composto a) I não atrai os insetos e tem caráter básico. b) II atrai os insetos e tem caráter ácido. c) II não atrai os insetos e tem caráter básico. d) I não atrai os insetos e tem caráter ácido e básico.

Em relação à equação abaixo, assinale a alternativa que contém a classificação da função química de cada espécie,

a) 1 e 4 são ácidos, 2 e 3 são bases. b) 1 é base, 2 é ácido e 3 e 4 são sais. c) 1 e 3 são ácidos, 2 e 4 são bases. d) 1 é ácido, 2 é base e 3 e 4 são sais. e) 1 e 3 são bases, 2 e 4 são ácidos.

Durante muito tempo acreditou-se que a cafeína seria a droga psicoativa mais consumida no mundo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a cafeína não está presente apenas no café, mas sim em uma gama de outros produtos, por exemplo, no cacau, no chá, no pó de guaraná, entre outros. Sobre a cafeína, cuja fórmula estrutural está apresen-tada abaixo, são feitas as seguintes afirmações.

I. Apresenta em sua estrutura as funções amina e

cetona. II. Apresenta propriedades alcalinas devido à presença

de sítios básicos de Lewis. III. Todos os átomos de carbono presentes nos anéis

estão hibridizados na forma SP2. IV. Sua fórmula molecular é C8H9N4O2. São VERDADEIRAS:

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a) somente as afirmações I, II e III. b) somente as afirmações II e III. c) somente as afirmações I e IV. d) somente as afirmações III e IV e) somente as afirmações II, III e IV.

A creatina é um composto orgânico produzido pelo corpo dos vertebrados e é utilizada no interior das células musculares esqueléticas como fonte de energia. Ela é degradada em fosfocreatina e posteriormente em creatinina, após a realização de exercícios físicos. O seu nível é equilibrado pelos rins, assim a dosagem sorológica de creatinina visa medir a função renal de um indivíduo. De acordo com a fórmula estrutural da creatina, representada acima, são realizadas as seguintes afirmações: I. Possui em sua estrutura ácido e base, segundo a

teoria de Bronsted-Lowry. II. Apresenta os grupos funcionais amina primária,

secundária e ácido carboxílico. III. Possui dois carbonos que apresentam geometria

trigonal plana. Está correto o que se afirma em a) I e II, apenas. b) I e III, apenas. c) II e III, apenas. d) I, II e III. e) II, apenas.

A epidemia de dengue no Brasil, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e mais recentemente os casos de microcefalia, causado pela disseminação do Zika vírus, vem preocupando a população brasileira e principal-mente as gestantes. Na tentativa de evitar o contato com o mosquito, os repelentes desapareceram das prateleiras das farmácias, mas a eficácia não está no uso de um repelente qualquer. Os médicos alertam que o repelente eficaz contra o Aedes aegypti deve conter um princípio ativo chamado icaridina. A Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescenta também outros princípios ativos eficazes, o DEET e IR3535. Assim, de acordo com as fórmulas estruturais do DEET e da

icaridina, abaixo representadas, são feitas as seguintes afirmações:

I. O DEET possui três carbonos terciários e um grupo

funcional amida. II. A fórmula molecular da icaridina é C12H22NO3. III. A molécula de icaridina possui enantiômeros. IV. A hidrólise ácida do DEET forma um ácido carboxílico

e uma amina secundária. É correto dizer que apenas as afirmações a) II, III e IV são verdadeiras. b) I e II são verdadeiras. c) I, II e III são verdadeiras. d) II e IV são verdadeiras. e) III e IV são verdadeiras.

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