gérard castello-lopes
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Gérard Castello-Lopes
“A fotografia, para mim, é uma forma de bloquear o mundo. Nada mais.”
Biografia:
• Nascido em Vichy (França), em 1925, com uma vida dividida entre Portugal e França, marcou não só o cinema (como crítico, actor, assistente de realização e administrador de Filmes Castello Lopes), mas também a fotografia e o jazz, em Portugal.
• Começou a fotografar em 1956, em colaboração com Carlos Afonso Dias, com quem partilhou ideias e práticas fotográficas. Desenvolveu, a partir de então, um percurso artístico dos mais relevantes no âmbito da fotografia portuguesa, sendo sem dúvida um dos poucos fotógrafos desta geração com maior visibilidade e reconhecimento nacional e internacional.
• A sua formação e a sua obra estão fortemente influenciadas por Henri Cartier-Bresson e a este fotógrafo sempre dedicou a sua admiração.
• A sua obra fotográfica seria somente conhecida e divulgada no início da década de 80, através da galeria Ether em Lisboa. A partir da década de 80 o seu trabalho foi regularmente exposto em Portugal e no estrangeiro. Em 2003 o seu trabalho foi objeto duma exposição no Centro Cultural de Belém.
• Gérard morreu em Paris a 12 de Fevereiro de 2011, vítima de doença prolongada.
Técnica:
• Gérard tem 2 períodos como fotógrafo, o primeiro na década de 50 onde regista Portugal (caracterizado pela opressão, silêncio, clandestinidade, miséria, censura, durante a ditadura Salazarista) e um segundo a partir dos anos 80 onde registou o mundo.
• Os traços característicos de Gérard são fotografias com muitas cenas de rua, pessoas captadas de costas, as montras de lojas e a dinâmica urbana (transportes públicos, carros, polícias sinaleiros…).
• Um tema que o acompanhou durante toda a sua carreira fotográfica foi a água.
• Utiliza o rigor da ampliação do negativo integral, mantendo-se fiel ao formato de 35mm da sua Leica.
Portefólio:
Chateau D'Ayres (França), 1967Epcot U.S.A., 1984
Escócia, 1985 Dafundo, 1956
“A água, e particularmente os charcos, são reflectores de luz paradoxais. Fotografar um charco é como mostrar que, ao arrepio da luz solar, esta pode ser reflectida por uma poça e, estranhamente, de baixo para cima. “
Gérard Castello-Lopes
A Pedra, 1987
“Dentro daquela tristeza, dentro daquela pobreza, há uma alegria que vem das crianças à qual eu não posso ser insensível.”
Gérard Castello-Lopes
Nazaré, 1958
“Uma boa fotografia é a que desencadeia em mim, para além da correção geométrico-formal da composição, uma emoção qualquer.”
Gérard Castello-Lopes
Algarve, 1957
Paris, 1958“A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira.”
Gérard Castello-Lopes
Gérard não gostava do confronto com o olhar nem de se sentir intrusivo e por isso fotografava as pessoas de costas.
Algarve, 1957
“O essencial da imagem é emoção que deve ser sentida de uma maneira livre e espontânea.”
Gérard Castello-Lopes
Webgrafia:
http://www.publico.pt/cultura/noticia/as-fotografias-checas-de-gerard-castellolopes-vao-ter-uma-exposicao-1595776#/0
http://anabelamotaribeiro.pt/23324.html
http://www.youtube.com/watch?v=-7LlQg6FjvA
http://artephotographica.blogspot.pt/2011/02/gerard-castello-lopes-1925-2011.html
http://expresso.sapo.pt/morreu-gerard-castello-lopes-fotografo-e-distribuidor-de-cinema=f631792
http://pedroteixeiraneves.wordpress.com/2011/09/28/apostas-propostas-gerard-castello-lopes-uma-entrevista-com-jorge-calado-a-proposito-de-%C2%ABaparicoes%C2%BB/
TRABALHO REALIZADO POR:
Beatriz Lopes, nº59004
História das Artes Visuais e Contemporâneas
Professor: Pedro Colaço
Comunicação e Multimédia
ECT/UTAD
1ºano, turma 2