símbolos nacionais da galiza

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Símbolos Nacionais da Galiza Entendendo a Heráldica e a Vexilologia galega A Hóstia e a representação da morte do sol no Fisterra Atlântico Como símbolo pagão, a Hóstia que desce para o Cálice, simboliza o sol antes de morrer no Atlântico, no Fisterra, onde termina a terra. Nas antigas religiões atlânticas e indo-europeias de raiz pagã, o Deus sol morre no mar e é levado num «barco de pedra» ao fim do mundo, para voltar a reaparecer ou voltar da morte no dia seguinte. É uma representação galega de tradição milenar. O Cálice, caldeirão ou o «barco de pedra» O Santo Graal como armas do Reino da Galiza aparece documentado pola primeira vez em 1282 no Armorial Segar da Inglaterra. Na sua interpretação pagã, o Cálice representa o «barco de pedra», o símbolo do Fisterra, o útero da terra onde morre o sol e onde é transportado cara o além, cara o fim do mundo. Na tradição galaica, os guerreiros levam caldeirões, o que lhes permite ficar no mundo dos vivos e não ultrapassar a porta que os deixaria no mundo dos mortos. Esta representação é similar à que aparece no caldeirão de Gundestrup. O Galliciense Regnum Suevo O Reino Suevo da Galiza [ Galliciense Regnum], constituido no 410 d.C. com o reinado de Hermerico, é considerado o primeiro reino independente da Europa após a queda do Império Romano. Baixo o reinado de Requiário, foi também o primeiro reino da Europa que cunhou moeda: o Sólidos Galiciano . Moeda do Reino Suevo da Galiza. IUSSU RICHIARI REGES [Por ordem do Rei Requiário] Inscrição na parte traseira da moeda. Biblioteca Nacional da França. Paris. Cruz Celta de Santo André. Museo do Pobo Galego. Santiago de Compostela. Galiza. Trisquel Galaico. Idade do Ferro. Museo Arqueolóxico do Castro de Santa Trega. A Guarda. Galiza. Trisquel Galaico O trisquel é um símbolo mágico e religioso muito presente em diversos castros e monumentos da Gallaecia. Representa a triplicidade dentro da unidade própria da religiosidade celta. O trisquel representa também os três elementos da existência material: a água, o ar e o fogo. Se girar para a direita encarna o mundo dos vivos e se girar para a esquerda o dos mortos. Afonso VIII de Galiza e Leão ADEFONSUS REX LEGIONENSIUM ET GALLECIE Catedral de Santiago de Compostela. Galiza. Bandeiras Terminação de Torques de Ouro Adornado com Trisquel Galaico. Idade do Ferro. Museo Arqueolóxico do Castro de Santa Trega. A Guarda. Galiza. Cálice do Cebreiro. S. XII Igreja de Santa Maria. O Cebreiro. Galiza. Solpor em Larinho. Galiza. Dragão, Cálice e Leão. Relevo em pedra. Brasão de Coimbra. Estátua de Joaquim António de Aguiar. Largo da Portagem. Coimbra. Portugal. Escudo de armas do Rei da Galiza Armorial Segar. Inglaterra. 1282. College of Arms. Londres. O Leão roxo do Reino da Galiza O Leão roxo aparece também referenciado junto com o Dragão verde na Junta Geral do Reino da Galiza do 15 de Fevereiro de 1669 e ambos são descritos sob um « campo dourado » fazedo parte do escudo de armas do Galliciense Regnum Suevo do S. V d.C. O simbolismo do Leão roxo é muito importante também depois do 910 d.C. uma vez que se consolida a corte do « Regnum» galaico na cidade de Leão com Ordonho II. Dentro da tradição galaica, o leão representa a força, o herói masculino, o domínio, a protecção, a masculinida- de e a soberania do rei. As sete cruzes Na tradição galaica, o número sete, representa o Tudo, a totalidade referida à esfera divina e não humana, o mundo perfeito do divino. As sete cruzes são agregadas ao escudo de armas como elemento decorativo já a partir do S. XVI. Outra interpretação indica que as sete cruzes em volta do cálice poderiam representar o setestrelo, as pléiades, o símbolo do norte, dos ártabros. Uma terceira interpretação diz que as sete cruzes poderiam representar dióceses do Reino da Galiza da Baixa Idade Média e periodo Moderno. Bandeira Nacional Institucional ou de Estado A actual bandeira galega de Estado ou “institu- cional” é o resultado da sobreposição do escudo do Reino da Galiza sobre a bandeira civil galega. O escudo do Santo Graal, como armas do Reino da Galiza, aparece documen- tado pola primeira vez em 1282 no Armorial Segar da Inglaterra, e o seu desenho moderno foi elaborado pola Real Academia Galega em 1972. A RAG sugeriu-lhe à Xunta de Galicia na altura manter o escudo tradicional galego dentro da bandeira nacional moderna. O resultado foi a combinação de ambos símbolos, junto com a coroa que simboliza a monarquia do Reino da Galiza. Esta é a bandeira que se usa nos actos do Governo e nas instituições oficiais galegas. O seu uso vigora desde a aprovação da Lei 5/1984 de Símbolos de Galicia: "A bandeira de Galicia deberá levar cargado o escudo oficial cando ondee nos edificios públicos e nos actos oficiais da Comunidade Autónoma." Bandeira Nacional Civil A bandeira galega moderna nasceu no S. XIX a partir da bandeira naval da Corunha representada pola Cruz de Santo André de cor azul sobre um fundo branco. Esta bandeira apresentava uns traços similares à bandeira escocesa mas com as cores invertidas. No ano 1891, a Cruz de Santo André foi modificada para evitar que fosse confundida com a bandeira da marinha imperial russa e ficou no formato que conhecemos hoje. Posteriormente os emigrantes galegos na América começaram a usá-la como bandeira nacional galega, e já avançado o S. XX a banda original transversal procedente da Cruz de Santo André foi ressaltada com mais grossura para dar-lhe mais visibilidade e assim tornar-se finalmente a bandeira nacional civil da Galiza. Bandeira Histórica do Galliciense Regnum Suevo Documentados pola heráldica histórica galega, o Dragão verde e o Leão roxo em posição rampante protegendo um cálice ou caldeirão, simbolizam as armas do Galliciense Regnum Suevo do 410 d.C. São dous animais poderosos que inspi- ram vitalismo, força, e respeito. O Dragão verde simboliza um ser feminino, um guardião dos tesouros, do sagrado pagão, daquilo que tem valimento, enquanto o Leão roxo representa a força, o herói masculino, o domínio, a protecção, e a soberania do rei. Além da referência histórica nos documentos da Junta Geral do Reino da Galiza do 15 de Fevereiro de 1669, onde são descritos sobre um « campo dourado » e fazedo parte do escudo de armas do Regnum, também estão representados na heráldica histórica galaica e nas tradições e lendas populares. O Galliciense Regnum Suevo, constituido no 410 d.C., é considerado o primeiro reino independente da Europa após a queda do Império Romano. Baixo o reinado de Requiário [448-456 d.C.], foi também o primeiro reino da Europa que cunhou moeda: o Sólidos Galiciano . Proposta de Bandeira Nacional Republicana A bandeira nacional republicana é igual à bandeira institucional ou de estado mas sem a coroa que representa a monarquia do Reino da Galiza, por ser esta incompatível com uma República Galega. Do mesmo jeito não está ligada a nenhuma ideologia, aspirando a ser a bandeira nacional futura. Incorpora igual- mente o escudo de armas da Galiza. O sentido polissêmico do escudo permite interpretar o cálice do Cebreiro relacionado com o mítico rei Artur, ou dentro da tradição galaica do caldeirão, expressão da fertilidade da terra. As cruzes celtas são agregadas ao escudo de armas como elemento decorativo já a partir do S. XVI. Outra interpretação indica que as sete cruzes em volta do cálice representam o setestrelo, as pléiades, o símbolo do norte, dos ártabros. Bandeira Histórica Galega da Cruz de Santo André Originariamente, a bandeira nacional galega conformou-se por uma cruz diagonal azul sobre fundo branco. Esta cruz conhece-se como "Cruz de Santo André". Santo André é o santo patrão de vários países, entre eles a Escócia e a Rússia, que a usam em bandeiras [na Escócia como bandeira nacional, e na Rússia como ensenha naval]. Na Galiza, Santo André é -depois de San- tiago- o santo mais popular, com 72 paroquias galegas dedicadas a seu nome. De feito, ainda que Sant-Iago foi originalmente promovido como santo patrão da Galiza pola monarquia galega medieval, a nível popular, o culto a Santo André sempre permaneceu mais arraigado, como demonstra a tradicional obriga espiritual galega de peregrinar ao santuário de Santo André de Teixido. Após um protesto da Rússia, devido a coincidências com a sua bandeira naval, a Espa- nha promulgou um Decreto o 22 de Junho de 1891 que obrigou a mutilar um dos braços da da cruz, ficando a bandeira nacional galega que conhecemos hoje. Dragão verde Galaico Amplamente documentados na simbologia nacional galega, o Dragão verde e o Leão roxo simbolizam as armas do Galliciense Regnum. O Dragão verde galaico de duas patas em forma de serpe alada é um ser feminino, um guardião dos tesouros, do sagrado pagão, daquilo que tem valimen- to. Também representa a soberania feminina guerrei- ra, capaz de mudar em mulher formosíssima se houver alguém capaz de ver sua beleza baixo seu aspecto feroz e terrível. Além da referência histórica da Junta Geral do Reino da Galiza de 1669, estes animais são também representa- dos pola heráldica histórica galaica e nas tradições e lendas populares.

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Page 1: Símbolos Nacionais da Galiza

Símbolos Nacionais da GalizaEntendendo a Heráldica e a Vexilologia galega

A Hóstia e a representação da morte do sol no Fisterra AtlânticoComo símbolo pagão, a Hóstia que desce para o Cálice, simboliza o sol antes de morrer no Atlântico, no Fisterra, onde termina a terra. Nas antigas religiões atlânticas e indo-europeias de raiz pagã, o Deus sol morre no mar e é levado num «barco de pedra» ao fim do mundo, para voltar a reaparecer ou voltar da morte no dia seguinte. É uma representação galega de tradição milenar.

O Cálice, caldeirão ou o «barco de pedra»O Santo Graal como armas do Reino da Galiza aparece documentado pola primeira vez em 1282 no Armorial Segar da Inglaterra. Na sua interpretação pagã, o Cálice representa o «barco de pedra», o símbolo do Fisterra, o útero da terra onde morre o sol e onde é transportado cara o além, cara o fim do mundo. Na tradição galaica, os guerreiros levam caldeirões, o que lhes permite ficar no mundo dos vivos e não ultrapassar a porta que os deixaria no mundo dos mortos. Esta representação é similar à que aparece no caldeirão de Gundestrup.

O Galliciense Regnum SuevoO Reino Suevo da Galiza [Galliciense Regnum], constituido no 410 d.C. com o reinado de Hermerico, é considerado o primeiro reino independente da Europa após a queda do Império Romano. Baixo o reinado de Requiário, foi também o primeiro reino da Europa que cunhou moeda: o Sólidos Galiciano.

Moeda do Reino Suevo da Galiza. IUSSU RICHIARI REGES [Por ordem do Rei Requiário]Inscrição na parte traseira da moeda. Biblioteca Nacional da França. Paris.

Cruz Celta de Santo André.Museo do Pobo Galego.Santiago de Compostela. Galiza.

Trisquel Galaico. Idade do Ferro.Museo Arqueolóxico do Castro de Santa Trega. A Guarda. Galiza.

Trisquel GalaicoO trisquel é um símbolo mágico e religioso muito presente em diversos castros e monumentos da Gallaecia. Representa a triplicidade dentro da unidade própria da religiosidade celta. O trisquel representa também os três elementos da existência material: a água, o ar e o fogo.Se girar para a direita encarna o mundo dos vivos e se girar para a esquerda o dos mortos.

Afonso VIII de Galiza e LeãoADEFONSUS REX LEGIONENSIUM ET GALLECIECatedral de Santiago de Compostela. Galiza.

Bandeiras

Terminação de Torques de Ouro Adornado com Trisquel Galaico. Idade do Ferro. Museo Arqueolóxico do Castro de Santa Trega. A Guarda. Galiza.

Cálice do Cebreiro. S. XIIIgreja de Santa Maria.O Cebreiro. Galiza.

Solpor em Larinho. Galiza.

Dragão, Cálice e Leão.Relevo em pedra. Brasão de Coimbra.Estátua de Joaquim António de Aguiar. Largo da Portagem. Coimbra. Portugal.

Escudo de armas do Rei da GalizaArmorial Segar. Inglaterra. 1282.College of Arms. Londres.

O Leão roxo do Reino da GalizaO Leão roxo aparece também referenciado junto com o Dragão verde na Junta Geral do Reino da Galiza do 15 de Fevereiro de 1669 e ambos são descritos sob um «campo dourado» fazedo parte do escudo de armas do Galliciense Regnum Suevo do S. V d.C. O simbolismo do Leão roxo é

muito importante também depois do 910 d.C. uma vez que se consolida a corte do «Regnum» galaico na cidade de Leão com Ordonho II.

Dentro da tradição galaica, o leão representa a força, o herói masculino, o domínio, a protecção, a masculinida-de e a soberania do rei.

As sete cruzes Na tradição galaica, o número sete, representa o Tudo, a totalidade referida à esfera divina e não humana, o mundo perfeito do divino. As sete cruzes são agregadas ao escudo de armas como elemento decorativo já a partir do S. XVI.

Outra interpretação indica que as sete cruzes em volta do cálice poderiam representar o setestrelo, as pléiades, o símbolo do norte, dos ártabros. Uma terceira interpretação diz que as sete cruzes poderiam representar dióceses do Reino da Galiza da Baixa Idade Média e periodo Moderno.

Bandeira Nacional Institucional ou de EstadoA actual bandeira galega de Estado ou “institu-cional” é o resultado da sobreposição do escudo do Reino da Galiza sobre a bandeira civil galega. O escudo do Santo Graal, como armas do Reino da Galiza, aparece documen-tado pola primeira vez em 1282 no Armorial

Segar da Inglaterra, e o seu desenho moderno foi elaborado pola Real Academia Galega em 1972. A RAG sugeriu-lhe à Xunta de Galicia na altura manter o escudo tradicional galego dentro da bandeira nacional moderna. O resultado foi a combinação de ambos símbolos, junto com a coroa que simboliza a monarquia do Reino da Galiza. Esta é a bandeira que se usa nos actos do Governo e nas instituições oficiais galegas. O seu uso vigora desde a aprovação da Lei 5/1984 de Símbolos de Galicia: "A bandeira de Galicia deberá levar cargado o escudo oficial cando ondee nos edificios públicos e nos actos oficiais da Comunidade Autónoma."

Bandeira Nacional Civil A bandeira galega moderna nasceu no S. XIX a partir da bandeira naval da Corunha representada pola Cruz de Santo André de cor azul sobre um fundo branco. Esta bandeira apresentava uns traços similares à bandeira escocesa mas com as cores invertidas. No ano 1891, a Cruz de Santo André foi modificada para evitar que fosse confundida com a bandeira da marinha imperial russa e ficou no formato que conhecemos hoje. Posteriormente os emigrantes galegos na América começaram a usá-la como bandeira nacional galega, e já avançado

o S. XX a banda original transversal procedente da Cruz de Santo André foi ressaltada com mais grossura para dar-lhe mais visibilidade e assim tornar-se finalmente a bandeira nacional civil da Galiza.

Bandeira Histórica do Galliciense Regnum SuevoDocumentados pola heráldica histórica galega, o Dragão verde e o Leão roxo em posição rampante protegendo um cálice ou caldeirão, simbolizam as armas do Galliciense Regnum Suevo do 410 d.C. São dous animais poderosos que inspi-ram vitalismo, força, e respeito. O Dragão verde simboliza um ser feminino, um guardião dos tesouros, do sagrado pagão, daquilo que tem valimento, enquanto o Leão roxo representa a força, o herói masculino, o domínio, a protecção, e a soberania do rei. Além da referência histórica nos documentos da Junta Geral do

Reino da Galiza do 15 de Fevereiro de 1669, onde são descritos sobre um «campo dourado» e fazedo parte do escudo de armas do Regnum, também estão representados na heráldica histórica galaica e nas tradições e lendas populares. O Galliciense Regnum Suevo, constituido no 410 d.C., é considerado o primeiro reino independente da Europa após a queda do Império Romano. Baixo o reinado de Requiário [448-456 d.C.], foi também o primeiro reino da Europa que cunhou moeda: o Sólidos Galiciano.

Proposta de Bandeira Nacional RepublicanaA bandeira nacional republicana é igual à bandeira institucional ou de estado mas sem a coroa que representa a monarquia do Reino da Galiza, por ser esta incompatível com uma República Galega. Do mesmo jeito não está ligada a nenhuma ideologia, aspirando a ser a bandeira nacional futura. Incorpora igual-mente o escudo de armas da Galiza. O sentido polissêmico do escudo permite interpretar o cálice do Cebreiro relacionado com o mítico rei Artur, ou dentro da tradição galaica do caldeirão, expressão da fertilidade da terra. As cruzes celtas

são agregadas ao escudo de armas como elemento decorativo já a partir do S. XVI. Outra interpretação indica que as sete cruzes em volta do cálice representam o setestrelo, as pléiades, o símbolo do norte, dos ártabros.

Bandeira Histórica Galega da Cruz de Santo AndréOriginariamente, a bandeira nacional galega conformou-se por uma cruz diagonal azul sobre fundo branco. Esta cruz conhece-se como "Cruz de Santo André".

Santo André é o santo patrão de vários países, entre eles a Escócia e a Rússia, que a usam em bandeiras [na Escócia como bandeira nacional, e na Rússia como ensenha naval]. Na Galiza, Santo André é -depois de San-tiago- o santo mais popular, com 72 paroquias galegas dedicadas a seu nome. De feito, ainda que Sant-Iago foi originalmente promovido como santo patrão da Galiza pola monarquia galega medieval, a nível popular, o culto a Santo André sempre permaneceu mais arraigado, como demonstra a tradicional obriga espiritual galega de peregrinar ao santuário de Santo André de Teixido.

Após um protesto da Rússia, devido a coincidências com a sua bandeira naval, a Espa-nha promulgou um Decreto o 22 de Junho de 1891 que obrigou a mutilar um dos braços da da cruz, ficando a bandeira nacional galega que conhecemos hoje.

Dragão verde Galaico Amplamente documentados na simbologia nacional galega, o Dragão verde e o Leão roxo simbolizam as armas do Galliciense Regnum. O Dragão verde galaico de duas patas em forma de serpe alada é um ser feminino, um guardião dos tesouros, do sagrado pagão, daquilo que tem valimen-to. Também representa a soberania feminina guerrei-ra, capaz de mudar em mulher formosíssima se houver alguém capaz de ver sua beleza baixo seu aspecto

feroz e terrível. Além da referência histórica da Junta Geral do Reino da Galiza de 1669, estes animais são também representa-dos pola heráldica histórica galaica e nas tradições e lendas populares.