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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007 2 SIGLAS / ACRÓNIMOS ACES Agrupamento de Centros de Saúde ARS Administração Regional de Saúde CD Conselho Directivo CS Centro de Saúde CHBA Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa CRSP Centro Regional de Saúde Pública DC Departamento de Contratualização DEP Departamento de Estudos e Planeamento DGAG Departamento de Gestão e Administração Geral DGS Direcção Geral da Saúde DDO Doenças de Declaração Obrigatória DSP Departamento de Saúde Pública GCRPC Gabinete do Cidadão, Relações Públicas e Comunicação GIE Gabinete de Instalações e Equipamentos GJ Gabinete Jurídico HF Hospital de Faro INE Instituto Nacional de Estatística LSP Laboratório de Saúde Pública MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica S.O. Serviço de Observação SAP Serviço de Atendimento Permanente SARA Sistema de Alerta e Resposta Apropriada de Emergências em Saúde Pública

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

2

SIGLAS / ACRÓNIMOS

ACES Agrupamento de Centros de Saúde

ARS Administração Regional de Saúde

CD Conselho Directivo

CS Centro de Saúde

CHBA Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio

CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

CRSP Centro Regional de Saúde Pública

DC Departamento de Contratualização

DEP Departamento de Estudos e Planeamento

DGAG Departamento de Gestão e Administração Geral

DGS Direcção Geral da Saúde

DDO Doenças de Declaração Obrigatória

DSP Departamento de Saúde Pública

GCRPC Gabinete do Cidadão, Relações Públicas e Comunicação

GIE Gabinete de Instalações e Equipamentos

GJ Gabinete Jurídico

HF Hospital de Faro

INE Instituto Nacional de Estatística

LSP Laboratório de Saúde Pública

MCDT Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica

S.O. Serviço de Observação

SAP Serviço de Atendimento Permanente

SARA Sistema de Alerta e Resposta Apropriada de Emergências em Saúde Pública

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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SEF Serviço de Estrangeiros e Fronteiras

SIDA Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

SIGIC Sistema Integrado de Gestão de Inscritos em Cirurgia

SINUS Sistema Informático de Unidades de Saúde

SONHO Sistema Integrado de Informação Hospitalar

SU Serviço de Urgência

USF Unidade de Saúde Familiar

VIH Vírus da Imunodeficiência Humana

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ÍNDICE pág.

0. INTRODUÇÃO _____________________________________________________ 8

REESTRUTURAÇÃO DA ARS ALGARVE, I.P. _____________________________ 8

1. INDICADORES DEMOGRÁFICOS _____________________________________ 9

2. POPULAÇÃO INSCRITA NOS CENTROS DE SAÚDE _________________________ 13

3. A INFLUÊNCIA DA POPULAÇÃO ESTRANGEIRA ____________________________ 14

4. INDICADORES DE SAÚDE _________________________________________ 17

5. RECURSOS HUMANOS ____________________________________________ 19

6. MISSÃO PARA OS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS – EQUIPA REGIONAL

DE APOIO _________________________________________________________ 23

7. CONSULTAS NOS CENTROS DE SAÚDE E HOSPITAIS _________________ 25

8. UNIDADES DE INTERNAMENTO DOS Centros de Saúde E HOSPITAIS ____ 27

9. SERVIÇO URGENTE: SAP / SAC (C. SAÚDE) e SU (HOSPITAIS) __________ 29

10. PLANO VERÃO __________________________________________________ 31

11. BLOCO OPERATÓRIO (HOSPITAIS) ________________________________ 34

11.1 BLOCO DE PARTOS _________________________________________________ 36

12. MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA _______ 37

13. ACTIVIDADES DE ENFERMAGEM (C. S.) ____________________________ 40

14. DEPARTAMENTO DE ESTUDOS E PLANEAMENTO ___________________ 41

14.1. UNIDADE DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS / FORMAÇÃO ______ 43

14.1. UNIDADE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ________ 47

15. GABINETE JURÍDICO ____________________________________________ 48

16. SERVIÇO SOCIAL________________________________________________ 50

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5

17. REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS ________ 51

18. DEPARTAMENTO DE CONTRATUALIZAÇÃO _________________________ 54

19. DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA _____________________________ 57

RECURSOS HUMANOS ______________________________________________________ 59

19. 1. PLANEAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE ________________________________ 59

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO DSP ___________________________________________________ 60

REESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA ____________________________________ 60

19. 2. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ____________________________________________ 60

19. 2. 1. DDO - Doenças Declaração Obrigatória ____________________________________ 60

19. 2. 2. TUBERCULOSE ________________________________________________________ 61

19. 2. 3. PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLO DAS HEMOGLOBINOPATIAS _____________________ 63

19. 2. 4. INFECÇÃO POR VÍRUS DO NILO OCIDENTAL ______________________________________ 64

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO COM O CEVDI/ INSA ____________________________________ 66

19. 2. 5. PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA ONDAS DE CALOR ________________________________ 67

19. 3. SAÚDE AMBIENTAL ___________________________________________________ 69

19. 3.1. PROGRAMAS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA C/ COMPONENTE ANALÍTICA DA QUALIDADE DA ÁGUA 69

19. 3.1.1. PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO _ 71

19. 3.1.2. PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

PARA FINS SELECTIVOS ___________________________________________________________ 72

19. 3.1.3. PROGRAMA DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA MINERAL NATURAL ______________ 74

19.3.1.4. PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DAS ZONAS BALNEARES COSTEIRAS E INTERIORES __ 75

19. 3.1.5. Programa de Vigilância Sanitária da Qualidade da Água em Piscinas Públicas __ 77

19. 3.1.6.Programa de Vigilância Sanitária da Qualidade da Água em Recintos com

Diversões Aquáticas ___________________________________________________________ 78

19.3.1.7. Programa Vigilância da Qualidade da Água em Centros de Talassoterapia ______ 80

19.3.1.8. Programa de Prevenção da Doença dos Legionários _________________________ 80

19.3.2.Qualidade do Ar _________________________________________________________ 84

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

6

19.3.3.Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares _______________________________ 85

19. 4. Promoção e Protecção da Saúde ______________________________________ 86

19. 4.1.Programa Intervenção Integrada Determinantes da Saúde ______________________ 86

19.4.2. Promoção da Saúde em Meio Escolar _______________________________________ 89

19.4.3.Promoção da Saúde Oral em Crianças e Adolescentes _________________________ 94

19.4.4.Programa Nacional de Saúde em Crianças e Jovens ___________________________ 97

19.4.5.Programa de Promoção da Qualidade Nutricional das Refeições em Estabelecimentos

de Educação __________________________________________________________________ 99

19.4.6.Programa de combate à obesidade ________________________________________ 100

19.4.7. Programa de Saúde Ocupacional __________________________________________ 101

19.4.8. PNV – Plano Nacional de Vacinação _______________________________________ 102

19.4.9. Comissão de Controlo da Infecção dos Cuidados Saúde Primários _____________ 104

Colaboração na realização do projecto de formação sobre tratamento de ferida crónica em

ambulatório coordenado pela Drª Elaine Pina (EPUAP) e Cristina Miguéns G@IFa realizar a

nível nacional iniciado no ano transacto. _________________________________________ 105

19.4.10. Programa Regional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/SIDA ____________ 105

19.6. Laboratório de Saúde Pública ________________________________________ 108

19.6.1. Recursos Humanos _____________________________________________________ 108

19.6.2. Actividades do LSP _____________________________________________________ 109

19.7. Autoridade de Saúde _______________________________________________ 110

Unidades Saúde Pública/Recursos Humanos _____________________________________ 110

Pareceres, Licenciamento e Vigilância Sanitária de Estabelecimentos, Locais de Trabalho e

Outros de Utilização Pública e Colectiva _________________________________________ 112

Vigilância das Condições de Higiene e Segurança em Estabelecimentos e Locais de

Utilização Pública e Colectiva ___________________________________________________ 113

Intervenções Ambientais (Reclamações por Poluição e Insalubridade) __________ 113

Inspecções Especiais a Condutores, Outras Inspecções Médicas, Verificação Domiciliária de

Doença, Verificação de Óbitos, Transladações e Cremações ________________________ 113

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

7

Juntas Médicas Regionais _____________________________________________________ 114

Sanidade Internacional ________________________________________________________ 114

20. RASTREIO CANCRO DA MAMA ___________________________________ 116

Descrição do problema __________________________________________________ 116

Descrição da intervenção ________________________________________________ 117

Carácter inovador do trabalho desenvolvido; ________________________________ 117

Benefício para os utentes e a Sociedade ____________________________________ 120

23. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA, ARS ALGARVE, I.P. ___________ 121

24. PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO ____________________________________ 129

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0. INTRODUÇÃO

O planeamento constitui uma fase por excelência da escolha dos objectivos da Organização,

na definição da estratégia para a sua consecução e determinação das políticas, projectos e

programas, fundamental no processo de gestão assim como na definição do caminho para o

futuro.

O Relatório que agora se apresenta pretende dar a conhecer o ponto da situação das

actividades desenvolvidas pelos diversos serviços, de acordo com as novas atribuições da

Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P, pessoa colectiva de direito público,

integrada na administração indirecta do Estado, dotada de personalidade jurídica, de

autonomia administrativa, financeira e patrimonial, tutelada pelo Ministério da Saúde, tendo

como objectivos centrais assegurar a melhoria de indicadores de acessibilidade, qualidade,

eficiência e efectividade, analisando os resultados da prestação de cuidados de saúde à

população nas suas diferentes áreas de actuação (constituída pelos departamentos, pelas

unidades, pelos gabinetes técnicos e pelo Laboratório Regional de Saúde), sistematizando,

quantificando e comparando, sempre que possível, as actividades relevantes realizadas em

2007.

REESTRUTURAÇÃO DA ARS ALGARVE, I.P.

O Decreto-Lei N.º 222/2007, de 29 de Maio, definiu a missão e as atribuições das

Administrações Regionais de Saúde, I. P. No desenvolvimento deste decreto-lei, em 30 de

Maio de 2007 é publicada a Portaria N.º 653/2007 que determina a organização interna da

Administração Regional de Saúde do Algarve, I. P., através da aprovação dos respectivos

Estatutos.

As administrações regionais de saúde adoptam um novo modelo, centrado na simplificação

da estrutura orgânica existente e o reforço das suas atribuições, no sentido de uma maior

autonomia e de acomodação funcional exigida pela progressiva extinção das sub-regiões de

saúde.

A subsequente extinção da SRS de Faro e a orgânica ditada pelos estatutos da ARS I.P.

implicou todo um processo, de reorganização dos serviços com novas formas de

regulamentação, remodelação de instalações e reafectação de recursos humanos, evitando-

se a duplicação de serviços e de tarefas.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

9

1. INDICADORES DEMOGRÁFICOS

A Região do Algarve corresponde a 5,6% do território nacional (4.996,0 km2), possuindo

(segundo as estimativas do INE em 31/12/2007) cerca de 4,2% da população de Portugal

Continental (426.386 habitantes). O Algarve é constituído por 16 Concelhos e 84 freguesias.

Apresenta-se a seguir a pirâmide etária da região algarvia. Verifica-se que a base da pirâmide

é reduzida e que as classes da base são ocas1 até aos 30 anos, o que revela uma tendência

futura para o envelhecimento (envelhecimento pela base). Isto é concretizado pelo facto de

no ano de 2007 a população idosa (65 e mais anos) ser superior à população jovem (0-14

anos): os primeiros representam cerca de 18,9% da população, enquanto os segundos

apenas 15,2%.

Pirâmide Etária do Algarve (Estimativas 2007)

5.000 3.000 1.000 1.000 3.000 5.000

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90Homem Mulher

Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Portugal

1 Classe Oca – Classe etária com menos habitantes que a classe etária seguinte.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

10

Ajustada com a informação da pirâmide atrás exposta, apresentam-se de seguida os dados

relativos à caracterização da população residente no Algarve em 2007:

Quadro 1

Estimativas de população residente, por grandes grupos etários e índices em 31/12/2007

Grupos etários Índices de dependência

TOTAL 0-14 15-24 25-64 65 + Total Jovens Idosos

Algarve 426.386 64.848 46.286 234.755 80.497 51,7 23,1 28,6

Continente 10.126.880 1.538.369 1.163.561 5.637.606 1.787.344 48,9 22,6 26,3 Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Portugal

Em 31 de Dezembro de 2007 a população residente no Algarve foi estimada em 426.386

indivíduos. O acréscimo populacional, relativamente ao ano anterior foi de 4.828 indivíduos,

reflectindo-se numa taxa de crescimento efectivo de 1,14% (1,12% em 2006), representando

um aumento do crescimento da população.

Quadro 2

INDICADORES DEMOGRÀFICOS DA REGIÃO ALGARVE - 2006

Densidade Populacional 84,4 km2

Taxa de crescimento efectivo 1,12 %

Taxa de crescimento Natural 0,06 %

Taxa bruta de natalidade 11,5

(‰) Taxa bruta de mortalidade 10,9

Taxa de fecundidade geral 49,4

Taxa de fecundidade na adolescência 25,4

Índice sintético de fecundidade 1,7 nº

Índice de envelhecimento 125,2 %

Esperança média de vida à nascença 77,3 anos Fonte: INE

Pode observar-se anteriormente, na pirâmide etária uma ligeira recuperação, traduzida pelo

aumento da natalidade no Algarve. Para este acréscimo contribuiu o elevado número de

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11

nados vivos de mãe com nacionalidade estrangeira, cujo aumento considerável se verificou

progressivamente nos últimos anos.

Quadro 3

NADOS VIVOS POR NACIONALIDADE DA MÃE (HOSPITAIS)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Estrangeiros 216 297 407 583 663 777 862 1021 PORTUGAL 4.054 3.755 3.951 3.950 3.998 4.065 3.826 3.781 TOTAL 4.270 4.052 4.358 4.533 4.661 4.842 4.688 4.802

% de Nados Vivos Estrangeiros 5% 7% 9% 13% 14% 16% 18% 21% Fonte: Hospitais do Algarve

Gráfico 1

Nados vivos por nacionalidade da mãe

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Anos

Nad

os vivos

Estrangeiros PORTUGAL

Fonte: Hospitais do Algarve

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

12

O envelhecimento da população faz-se sentir de forma mais acentuada nos Concelhos mais

periféricos contrastando com os urbanos.

Assim sendo, é possível identificar os concelhos de Aljezur, Monchique e Alcoutim como

sendo os que apresentam uma maior percentagem de idosos, pelo contrário os concelhos de

Lagos, Portimão, Lagoa, Albufeira, Loulé, Faro, Olhão e Vila Real de Santo António são os

que apresentam menor percentagem de idosos.

Figura 1

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ENVELHECIDA (+ 65 ANOS) EM 2006

Vila do Bispo

Lagos

Portimão

Lagoa

Aljezur Monchique

Silves Loulé

Albufeira

Faro

Olhão

São Brás Alportel

Tavira

Castro Marim

Alcoutim

V. R. Stº António

< 20 %

de 20 a 30 %

+ 30 %

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13

2. POPULAÇÃO INSCRITA NOS CENTROS DE SAÚDE

Gráfico 2

CENTROS DE SAÚDE DO ALGARVE - 2007

População inscrita e população residente

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

Albufeira

Alcoutim

Aljezur

C. Marim

Faro

Lagoa

Lagos

Loulé

Monchique

Olhão

Portimão

S.Bras

Silves

Tavira

Vila do Bispo

VR Stº António

Pop. Inscrita (SINUS) 31/12/2007

Pop. Residente Estimativas 31/12/2007

Fonte: SINUS, ARS Algarve IP

Em 31 de Dezembro de 2007 estavam inscritos 491.915 utentes nos centros de saúde,

correspondendo a cerca de 115,4% da população residente (Estimativa INE 2007). Em

relação à diferença verificada entre a população estimada para 2007 na Região e o número

de utentes na mesma área geográfica (com cartão de utente atribuído), é nossa percepção

que tal resulta da conjugação dos seguintes factores:

• Utentes inscritos nos CS, residentes mas não recenseados na Região;

• Cidadãos estrangeiros e migrantes nacionais inscritos nos CS;

• Duplicação de inscrições (mesmo utente com mais de uma inscrição);

• Não actualização periódica dos ficheiros a nível da base de dados dos CS com

eliminação dos óbitos;

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

14

3. A INFLUÊNCIA DA POPULAÇÃO ESTRANGEIRA

A região do Algarve, sobretudo em função do clima e localização tornou-se um destino

procurado pelos estrangeiros. Não só como destino de férias como também escolha

preferencial para residência.

Em virtude deste fenómeno, relativamente recente em Portugal, o Algarve comporta não só a

forte expressão da sazonalidade estival em termos de influência e permanência turística

externa, como a permanente proximidade da população estrangeira residente cujo número e

local de proveniência tem vindo a aumentar na última década.

Este valor relativo, embora elevado, assume especial expressão devido à prevalência de

cidadãos provenientes de países da Ex. - União Soviética, revelando assim a inclusão de um

valor substancial de indivíduos em anos recentes. O qual superou a tradicional liderança

regional da Grã-Bretanha e CPLP’s.

Gráfico 3

CIDADÃOS ESTRANGEIROS RESIDENTES NO ALGARVE EM 2006 (10+)

10.990

7.600 7.549

5.781

4.0243.481

2.8801.830 1.743

1.123

Ucrân

ia

Brasil

Inglaterra

Moldávia

Romén

ia

Cab

oVerde

Aleman

ha

Holanda

Guiné

Angola

Fonte: SINUS, ARS Algarve IP

TOTAL: 50.666

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

15

Gráfico 4

CIDADÃOS ESTRANGEIROS INSCRITOS NOS C. S. DO ALGARVE EM 2007

Utentes Inscritos a 31-12-2007 (Estrangeiros)

10.875

9.237

7.952

5.1524.885

2.6872.282 2.149

1.522 1.482 1.401 1.364 1.299816 798

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

BR

AS

IL

UC

NIA

RE

INO

UN

IDO

da G

-

BR

ETA

NH

A &

MO

LDÁ

VIA

(MO

LDO

VA

)

RO

NIA

CA

BO

VE

RD

E

ALE

MA

NH

A

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GO

LA

HO

LAN

DA

(PA

ÍSE

S

BA

IXO

S)

BU

LGÁ

RIA

FR

AN

ÇA

GU

INÉ

-

BIS

SA

U

SS

IA

(FE

DE

RA

ÇÃ

O

RU

SS

A)

RE

BLI

CA

PO

PU

LAR

da

CH

INA

ES

PA

NH

A

Fonte: SINUS, ARS Algarve IP

No que se refere à prestação de cuidados de saúde, pode-se observar através da

comparação dos dados fornecidos nos dois gráficos a existência de um maior número de

cidadãos residentes em comparação com os cidadãos inscritos. Uma abordagem mais

exaustiva revela algumas discrepâncias, explicáveis através da rotatividade da imigração bem

como da prestação de serviços de saúde a indivíduos cuja situação de residência não se

encontra devidamente esclarecida.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

16

Gráfico 5

Peso (%) do Total de Consultas de Ambulatório dadas a Estrangeiros em relação ao Total do CS

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

2005

2006

2007

Fonte: SINUS, ARS Algarve IP

Gráfico 6

Peso (%) de Consultas, por Programas, dadas a Estrangeiros em relação ao Total dos CS do Algarve

0,0%

3,0%

6,0%

9,0%

12,0%

15,0%

18,0%

21,0%

24,0%

27,0%

30,0%

33,0%

PlaneamentoFamiliar

Saúde M aterna Saúde Infantil Saúde Juvenil Consulta Adulto Total Consultas

2005

2006

2007

Fonte: SINUS, ARS Algarve IP

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

17

4. INDICADORES DE SAÚDE

Quadro 4

INDICADORES 2002-2006

Período de referência dos dados

NUTS 2002 completa

(PT, NUTS I)

Internamentos por 1000

habitantes (N.º)

Farmácias e postos

farmacêuticos móveis por 1000 habitantes (N.º)

Camas (lotação praticada) por 1000 habitantes

(N.º)

Enfermeiros por 1000 habitantes

(N.º)

Médicos por 1000 habitantes (N.º

2006 Continente 115,2 0,3 3,4 4,7 3,6

Algarve 91,4 0,3 2,6 4,0 2,8

2005 Continente 116,3 0,3 3,5 4,5 3,5

Algarve 89,3 0,3 2,4 3,9 2,8

2004 Continente 115,7 0,3 3,6 4,3 3,4

Algarve 90,9 0,3 2,4 3,8 2,7

2003 Continente 117,4 0,3 3,6 4,1 3,4

Algarve 92,2 0,3 2,5 3,7 2,6

2002 Continente 117,2 0,3 3,6 3,9 3,3

Algarve 90,2 0,3 2,6 3,6 2,5

Fonte: INE

O quadro anterior expõe claramente a relação de diversos indicadores de saúde, ao longo do

tempo e em comparação com a realidade do conjunto nacional. À excepção da distribuição

de farmácias e postos farmacêuticos, os quais por razões conhecidas, mantêm uma

homogeneidade artificial no território nacional, os diversos indicadores afirmam dispersões

consistentes ao longo do tempo.

É de salientar, que o Algarve registou uma subida percentual (12%) do número de médicos

por 1000hab (2,5 - 2,8) em comparação com o Continente (3,3 – 3,6) (9%) de 2002-2006

ficando, no entanto, aquém das necessidades e dos valores nacionais.

Em contrapartida o Continente registou um maior aumento percentual (21%) do número de

enfermeiros por 1000hab (3,9 – 4,7) em comparação com o Algarve (3,9 – 4,0) (11%) de 2002 –

2006.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

18

Gráfico 7

Médicos de Medicina Familiar por 100 000 hab, por Região

Quadro 5

TAXAS DE MORTALIDADE 2005 / 2006

Taxa de mortalidade

infantil

Taxa mortalidade

neonatal

Taxa mortalidade

perinatal

Taxa bruta de

mortalidade

Taxa de mortalidade padronizada de

Doenças Aparelho Circultório

Taxa de mortalidade padronizada de

tumores Malignos

Taxa de mortalidade padronizada de

Doenças Cerebrovasculares

2006 (método directo: população-padrão europeia) - 2005

% 100 000 hab.

Continente 3,3 2,1 4,8 9,6 207,2 154,1 91,9

Algarve 5,0 4,8 7,4 10,9 203,6 165,3 79,7

Fonte: INE; DGS

A mortalidade infantil em 2006 no Algarve foi de 5 óbitos em cada mil nascimentos. Em

comparação com Continente, o Algarve registou valores superiores nas taxas de mortalidade

infantil, neonatal, perinatal e na taxa bruta de mortalidade, tal como se tem verificado nos

anos anteriores.

Em 2005 a taxa de mortalidade padronizada de doenças aparelho circulatório e de doenças

cerebrovasculares no Algarve (203,6%00; 79,7%00) foi mais baixa em relação ao Continente

(207,2%00; 91,9%00).

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

19

5. RECURSOS HUMANOS

Em 31 de Dezembro de 2007 nos centros de saúde e hospitais do Algarve exerciam funções

4.660 funcionários.

Quadro 6

NÚMERO DE PROFISSIONAIS POR CARREIRA

CENTROS DE SAÚDE E HOSPITAIS DO ALGARVE - 2007

Centros de Saúde*

Hospital Central de

Faro

Centro Hospitalar

do Barlavento Algarvio

TOTAL

Médicos 294 335 215 844 Técnicos Superiores (saúde e outros) 35 57 50 142

Enfermeiros 343 673 495 1.511

Técnicos Diagnóstico Terapêutica 62 145 102 309

Administrativa 278 227 123 628 Serviços Gerais e Auxiliares 301 469 433 1.203

Outros 6 2 15 23

Total 1.319 1.908 1.433 4.660 Fonte: Divisão de Recursos Humanos da ARS Algarve e Hospitais 31/12/2007

Notas: Estão incluídos todos os profissionais que efectivamente estavam a exercer as suas funções a 31/12/07,

independentemente do tipo de vínculo.

*Foram contabilizados apenas os médicos que detém ficheiros.

Na região do Algarve em 2007, exerciam funções nas unidades de saúde 844

médicos e 1.511 enfermeiros, 628 administrativos, 309 técnicos diagnóstico

terapêutica, 142 técnicos superiores de saúde e outros e 1.226 serviços gerais

auxiliares e outros.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

20

Na ARS Algarve, I.P em 2007 exerciam funções 154 funcionários, dos quais, 5

dirigentes, 2 médicos, 41 técnicos superiores, 10 técnicos diagnóstico terapêutica, 7

técnicos de informática, 56 administrativos e 7 pessoal auxiliar, 18 de serviços gerais,

1 operário e 7 “outro pessoal”.

Quadro 7

NÚMERO DE PROFISSIONAIS POR CARREIRA DA ARS ALGARVE, I.P. 2007

Administração Regional de Saúde do Algarve

Dirigentes 5

Médicos 2

Técnicos Superiores (saúde e outros) 41

Técnicos Diagnóstico Terapêutica 10

Técnicos de Informática 7

Administrativos 56

Operário 1

Pessoal Auxiliar 7

Serviços Gerais 18

Outro pessoal 7

Total 154 Fonte: Unidade de Gestão de Recursos Humanos da ARS Algarve 31/12/2007

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

21

Balanço social 2007 - ARS - Centros de Saúde

Contagem dos efectivo

s por relação

jurídica de emprego e sexo, segundo o grupo de pessoal

(quad

ro 1.1)

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to

gab

ine

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215

10

30

062

017

12

11

81

225

00

294

Total efectivos

M0

014

36

280

029

30

666

013

260

12

250

10

1078

T0

2294

631

00

355

083

72

14278

24

275

10

1372

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127

240

111

21

15

12

160

229

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116

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1320

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22

141

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610

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292

057

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24

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12

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H1

23

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

22

Balanço

social 200

7 - ARS - Serviços Centrais

Contagem dos efectivos por relaçã

o ju

rídica de emprego e sexo

, se

gundo o grupo de pessoal

(quadro 1.1)

Ele

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21

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040

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53

62

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11

10

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11

31

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

23

6. MISSÃO PARA OS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS – EQUIPA REGIONAL DE APOIO

Na sequência da publicação do documento “Linhas de Acção Prioritárias”, o Conselho de

Administração da ARS Algarve deliberou em 12.08.2005, constituir um grupo de trabalho

formado por 9 profissionais, coordenado pela Drª Lurdes Guerreiro com o objectivo de iniciar

um processo de reflexão e divulgação acerca da Reestruturação dos Cuidados de Saúde

Primários. É deste grupo de trabalho que emerge em Outubro de 2007 a Equipa Regional de

Apoio (ERA) e posteriormente a Equipa Técnica Operacional (ETO), constituída pelos

seguintes profissionais:

• Dr.ª Lurdes Guerreiro - Coordenadora do Grupo de Apoio á Gestão e Reorganização

dos Centros de Saúde e Coordenadora da ERA na ARS IP Algarve.

• Dr. João Camacho - Assistente Graduado de Saúde Publica (ERA e ETO)

• Dr. Matos Ferreira - Director do Centro de Saúde de Tavira (ERA e ETO)

• Enf. Manuela Fernandes - Enfermeira do Centro de Saúde de Faro (ERA e ETO)

• Enf. Célia Brito - Enfermeira do Centro de Saúde Castro Marim (ERA)

• Ana Aura - Assistente Administrativa da USF Ancora (ERA)

• Mª del Pilar Marquez - Assistente de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de

Faro (ERA)

• Dr. José Carlos Queimado - Departamento de Contratualização da ARS Algarve IP

(ETO)

• Dr. Bruno Moita - Departamento de Contratualização da ARS Algarve IP (ETO)

Com o fim de dar cumprimento ao disposto pelo C.A. da ARS Algarve, o Grupo de Trabalho

constituído, realizou em 2007 um conjunto de actividades com o objectivo de informar,

promover reflexão, motivar os profissionais para a criação das USF, organizar equipas e

outros. A ERA e a ETO, desenvolveram várias actividades e reuniões onde se analisou

documentos e deu pareceres técnicos no âmbito da criação das USF.

Realizaram-se um total de 30 reuniões de trabalho durante o ano 2007 e foram envolvidos 90

profissionais para além dos profissionais que constituem os grupos de trabalho.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

24

Das cinco candidaturas a USF entradas em 2007 via online, três foram implementadas e duas

suspenderam os seus processos de candidatura por razões essencialmente ligadas às

dificuldades de organização das equipas candidatas.

A USF Ancora iniciou a sua actividade em 2 Outubro 2006 e funciona no Centro de Saúde de

Olhão, das 8 às 22 horas. A USF Al-Gharb, inaugurada no dia 1 Outubro 2007, funciona no

Centro de Saúde de Faro das 8 às 20 horas e iniciou a sua actividade em instalações

remodeladas. A USF Balsa, a funcionar desde 3 Dezembro 2007 no Centro de Saúde de

Tavira, abre as suas portas às 8 horas e encerra às 21.

Realizaram-se actividades genéricas de acompanhamento, apoiou-se a elaboração dos

Protocolos de Articulação com os Centros de Saúde, dos Regulamentos Internos de cada

unidade, reflectiu-se e realizou-se a negociação dos indicadores com a Agência de

Contratualização. A operacionalização de formação no âmbito dos sistemas de informação

facilitou a abordagem das dificuldades que foram surgindo, relativamente ao SAM e SAPE.

Na totalidade estas USF envolvem 18 médicos, 19 enfermeiros e 18 administrativos. A sua

intervenção em saúde abrange 30.972 utentes e permitiu atribuir médico de família a 9.391

utentes que definitivamente passaram a ter um médico de família e uma resposta atempada

em cuidados de saúde em situações agudas de doença. Os mecanismos de inter-substituição

previsto para as USF e o aumento da motivação dos profissionais pela oferta de melhores

condições de desempenho constituem uma mais-valia para a população e para os

profissionais envolvidos.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

25

7. CONSULTAS NOS CENTROS DE SAÚDE E HOSPITAIS

As consultas de ambulatório dos Centros de Saúde da Região registaram um aumento

generalizado de 2,64% em relação ao ano 2006, excepto nas consultas de planeamento

familiar, com uma ligeira diminuição (-0,16%) e especialidades (-23,9%), por opção

estratégica.

Quadro 8

DISTRIBUIÇÃO DAS CONSULTAS DOS CENTROS DE SAÚDE 2006/2007

Consultas dos Centros de Saúde 2006 2007 Var % Planeamento Familiar 22.553 22.517 -0,16 Saúde Materna 24.814 27.569 11,10 Saúde Infantil 72.462 75.984 4,86 Saúde Juvenil 17.687 18.844 6,54 Saúde Adulto 781.961 799.627 2,26 Especialidades 4.959 3.770 -23,98 Domicílios 894 1.222 36,69 Pneumologia 3.945 4.270 8,24

TOTAL 929.275 953.803 2,64 Fonte: SINUS e Centros de Saúde

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

26

Quadro 9 DISTRIBUIÇÃO DAS CONSULTAS HOSPITALARES DO ALGARVE

EM 2007

Fonte: Dados Estatísticos dos Hospitais do Algarve.

Relativamente às consultas externas realizadas nos hospitais algarvios, houve um aumento

de 2,61% em relação ao ano 2005. Verificou-se também um aumento de 5,24 % nas 1ªs

consultas, contribuindo para esse aumento essencialmente o Hospital de Faro.

Distribuição das Consultas Hospitalares no Algarve

2005 2006 2007 Var.% (2005-2007)

1.as cons

cons. sgs total

1.as cons

cons. sgs total

1.as cons

cons. sgs total

1.as cons

cons. sgs total

HCF 33.423 117.771 151.194 37.864 123.919 161.783 38.767 133.277 172.044 15,99% 13,17% 13,79%

CHBA 31.272 66.030 97.302 29.237 66.123 95.360 31.464 71.107 102.571 0,61% 7,69% 5,42%

TOTAL 64.695 183.801 248.496 67.101 190.042 257.143 68.085 186.894 254.979 5,24% 1,68% 2,61%

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

27

8. UNIDADES DE INTERNAMENTO DOS CENTROS DE SAÚDE E HOSPITAIS

Relativamente ao ano de 2007 verificou-se uma diminuição nos indicadores abaixo

apresentados, com excepção da demora média que aumentou devido à não rotatividade dos

doentes internados. Para tal, contribui o encerramento de diversos internamentos em 2007,

encontrando-se ainda em funcionamento em 2007, Albufeira, Monchique, Olhão, S. Brás de

Alportel e Tavira.

Quadro 10

INDICADORES DO INTERNAMENTO CENTROS DE SAÚDE DO ALGARVE

2005/2007

Internamento em Centros de Saúde

2005 2006 2007 Var % (05-07)

Doentes saídos 1.480 1.123 352 -76,22%

Lotação praticada 134 123 60 -55,22%

Dias de Internamento 40.997 35.863 17.956 -56,20%

Demora média 27,7 31,9 51 84,12%

Taxa de ocupação 83,8 79,9 82 -2,15%

Doentes por cama 11 9,1 5,8 -47,27% Fonte: Centros de Saúde

As taxas de ocupação do internamento em 2007 no HCF e no CHBA foram de 86,7% e

97,7% respectivamente.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

28

Quadro 11

INDICADORES DO INTERNAMENTO HOSPITAIS DO ALGARVE, 2005-2007

Lotação praticada

Doentes saídos

Dias de internamento

Demora média

Taxa de ocupação

Doente por cama

HCF

2005 493 20.514 147.140 7,2 81,8 41,6

2006 492 21.385 148.662 6,9 82,7 43,4

2007 489 22.106 154.718 7,8 86,7 44,4

Var% -1% 8% 5% 9% 6% 7%

CHBA

2005 281 12.072 86.306 7,1 84,1 42,9

2006 285 11.987 90.030 7,5 86,4 42,0

2007 302 13.473 107.907 8,0 97,7 57,5

Var% 7% 12% 25% 12% 16% 34%

HHDD

2005 771 32.586 233.446 7,7 82,9 42,2

2006 777 33.372 238.692 7,8 84,1 42,9

2007 791 40.134 262.625 7,8 90,9 49,4

Var% 3% 23% 12% 1% 10% 17% Fonte: Hospitais do Algarve Nota: Serviços sem S.O. e Berçário

De 2005 para 2007 a lotação praticada nos Hospitais do Algarve registou um aumento de

camas: de 771 para 791, correspondendo uma variação relativa 3%.

Contribuiu para este aumento a entrada em funcionamento em 2007 de dois novos serviços:

Unidade de Cuidados Intermédios e Unidade de Cuidados Pediátricos do Centro Hospitalar

do Barlavento Algarvio.

Em todos os indicadores do internamento se registaram aumentos de 2005 para 2007.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

29

9. SERVIÇO URGENTE: SAP / SAC (C. SAÚDE) E SU (HOSPITAIS)

Nos SAP’S/SAC’S dos Centros de Saúde do Algarve foram efectuados 403.223 atendimentos

num total de 62.410 horas.

A informação dos atendimentos no SAP/SAC é apresentada, no quadro seguinte, por horário

de atendimento, permitindo separar os diversos SAP/SAC por tempo total de actividade:

Quadro 12

SAP / SAC- MOVIMENTO POR HORA DE ATENDIMENTO Período - Ano-07

Centro de Saúde 00 - 08 08 - 12 12 - 16 16 - 20 20 - 24 Total

Albufeira 9.170 12.189 13.809 14.174 14.098 63.440 Alcoutim 0 336 397 542 116 1.391 Faro 0 8.905 10.562 11.131 1.649 32.247 Lagoa 0 14.354 12.929 12.251 0 39.534 Loulé 5.774 10.196 11.329 12.512 11.958 51.769 Monchique 0 3.607 3.143 2.819 0 9.569 Olhão 0 8.269 11.306 12.593 4.163 36.331 Portimão 0 14.424 14.223 15.887 7.100 51.634 Silves 0 9.138 9.212 10.120 4.485 32.955 Tavira 0 8.039 9.221 10.231 2.751 30.242

Vila Real de Santo António 4.490 12.328 11.206 13.581 12.506 54.111

Total 19.434 101.785 107.337 115.841 58.826 403.223 Fonte: SINUS

Em relação às horas de atendimento nos SAP’S/SAC’S verificou-se que a maior afluência foi

no período das 16h-20h em todos os centros de saúde, com 115.841 atendimentos (28.7% do

total).

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

30

Quadro 13

HOSPITAIS DO ALGARVE 2007

SERVIÇOS DE URGÊNCIA - Por Admissão

Urgência Geral

Urgência Pediátrica

Urgência

TOTAL INDICADORES Obstétrica/

Ginecologica

08 - 12 45.630 17.635 4.702 67.967 12 - 16 42.202 15.894 2.890 60.986 16 - 20 36.977 20.085 2.589 59.651 20 - 24 31.057 16.862 2.611 50.530 24 - 08 22.710 6.520 1.198 30.428

TOTAL 178.576 76.996 13.990 269.562

Fonte : Dados Estatísticos dos Hospitais do Algarve

Em 2007 foram assistidos nos Hospitais do Algarve 269.562 utentes, 178.576 atendidos pela

urgência geral, 76.996 urgência pediátrica e 13.990 atendidos pela urgência

obstétrica/ginecológica.

O período com maior afluência de utentes ao serviço de urgência registou-se entre as 08h-

12h com 67.967 atendimentos por admissão do utente.

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10. PLANO VERÃO

O Plano Verão (PV) é um reforço de meios e recursos que, à semelhança de anos anteriores,

se inicia a 1 de Julho e termina a 15 de Setembro, existindo um reforço de recursos humanos

tanto nos hospitais como nos C. S., bem como a abertura de postos de praia distribuídos por

toda a região Algarvia.

Relativamente ao período em que vigora o Plano de Verão, verificou-se uma diminuição do

número de atendimentos, em comparação com o ano anterior nos hospitais e centros de

saúde, correspondendo a uma variação negativa (-9,3%), excepto nos postos de praia que

registou um aumento de ocorrências.

Quadro 14

Nº DE ATENDIMENTOS NOS SERVIÇOS DE URGÊNCIA E SAP/SAC

2006

Nº de Atendimentos no Serviço de Urgência e SAP / SAC

1 a 31 de Julho

1 a 31 de Agosto

1 a 15 de Setembro

Total

HDF 12.249 13.221 5.276 30.746

HBA 10.175 11.684 4.661 26.520

HDL 3.435 4.297 1.687 9.419

HHD 25.859 29.202 11.624 66.685

SAP 39.903 47.719 18.735 106.357

Total 65.762 76.921 30.359 173.042 2007

Nº de Atendimentos no Serviço de Urgência e SAP / SAC

1 a 31 de Julho

1 a 31 de Agosto

1 a 15 de Setembro

Total

HDF 11.727 12.591 5.219 29.537

HBA 9.114 10.520 4.159 23.793

HDL 3.003 3.655 1.388 8.046

HHD 23.844 26.766 10.766 61.376

SAP 36.685 42.008 16.543 95.236

Total 60.529 68.774 27.309 156.612 Fonte: SINUS e Hospitais

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

32

Quadro 15

Nº de Atendimentos no Serviço de Urgência e SAP / SAC

2006 2007 Var

Hospitais 66.685 61.376 -8,0%

SAP 106.357 95.236 -10,5%

TOTAL 173.042 156.612 -9,5%

Fonte: SINUS e Hospitais

Quadro 16

REGISTO DE OCORRÊNCIAS NOS POSTOS DE PRAIA

1 a 31 de Julho

1 a 31 de Agosto 1 a 15 de Setembro

Total Média Diária

2005 11.723 16.960 2.144 30.827 400 2006 12.961 17.717 3.184 33.862 440 2007 12.969 19.454 3.018 35.441 460

Variação 10,63% 14,71% 40,76% 14,97% 15,07% Fonte: Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Faro

O peso da sazonalidade na região do Algarve é verificável pela observação do quadro

anterior, com o número de ocorrências nos Postos de Praia a apresentarem uma subida

consistente ao longo dos últimos 3 anos.

A consulta do Turista que existe desde 2006, cujo objectivo é descongestionar os serviços de

urgência dos hospitais, tendo sido realizadas, durante a época balnear de 2007, 5.520

consultas do turista nos cinco concelhos onde foi implementada, conforme quadro seguinte.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

33

Quadro 17

CONSULTA DO TURISTA

Periodo CENTROS DE SAÚDE

ALB LGS LLE (Quarteira) PTM VRS Total

Total / 06 1.273 541 1.757 577 1.235 5.383

Total / 07 1.122 272 1.420 1.791 915 5.520

Var. % -11,9% -49,7% -19,2% 210,4% -25,9% 2,5%

Fonte: Centros de Saúde / SINUS. Elaborado por: Departamento de Estudos e Planeamento (ARS Algarve, I.P.).

Gráfico 8

INFLUÊNCIA SAZONAL NA MÉDIA DIÁRIA DE ATENDIMENTOS

NOS SAP’S E S.U. 2007

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

Jan-07 Fev-07 Mar-07 Abr-07 Mai-07 Jun-07 Jul-07 Ago-07 Set-07 Out-07 Nov-07 Dez-07

HDF

Mdiaria

CHBA

Mdiaria

Total Hosp

Mdiaria

SAP/SAC

Mdiaria

HDF 11.830 10.983 11.194 10.998 11.622 11.117 11.762 12.586 10.392 11.629 10.196 10.248

Mdiaria 382 392 361 367 375 371 379 406 346 375 340 331

CHBA 12.193 11.719 11.391 10.694 11.011 10.696 12.366 14.150 10.535 10.767 9.793 9.702

Mdiaria 393 419 367 356 355 357 399 456 351 347 326 313

Total Hosp 24.023 22.702 22.585 21.692 22.633 21.813 24.128 26.736 20.927 22.396 19.989 19.950

Mdiaria 775 811 729 723 730 727 778 862 698 722 666 644

SAP/SAC 35858 35921 33269 31555 32234 31002 36706 42009 32057 32764 30142 29706

Mdiaria 1.157 1.283 1.073 1.052 1.040 1.033 1.184 1.355 1.069 1.057 1.005 958

Jan-07 Fev-07 Mar-07 Abr-07 Mai-07 Jun-07 Jul-07 Ago-07 Set-07 Out-07 Nov-07 Dez-07

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11. BLOCO OPERATÓRIO (HOSPITAIS)

Em 2007 foram efectuadas 11.686 cirurgias. No quadro seguinte verifica-se, que

relativamente ao total de Cirurgias realizadas nos hospitais do Algarve em 2007, 56% foram

programadas e 44% urgentes.

Quadro 18

CIRURGIAS PROGRAMADAS E URGENTES EM 2007

HDF

% em relação ao Total CHBA

% em relação ao Total

TOTAL HOSPITAIS

% em relação ao Total

Cirurgias Programadas 3.987 55% 2.566 58% 6.553 56%

Cirurgias Urgentes 3.244 45% 1.889 42% 5.133 44%

Total 7.231 100% 4.455 100% 11.686 100%

Fonte:Fonte:Fonte:Fonte: Dados Estatísticos dos Hospitais do Algarve

Gráfico 9

Evolução das Cirurgias Hospitalares

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

2005 2006 2007 2005 2006 2007

HDF/HCF CHBA

Cirurgias Programadas Cirurgias Urgentes

Relativamente às intervenções no âmbito do SIGIC em 2007 (Quadro 18), realizaram-se mais

intervenções no CHBA (2.390). No HCF realizaram-se 573 intervenções cirúrgicas no âmbito

do SIGIC.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

35

Quadro 19

NÚMERO DE INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS NO ÂMBITO DO SIGIC EM 2007

HDF CHBA

Urologia 23

Cirurgia Plástica 68

Oftalmologia 117 2.066

O.R.L. 210

Ortopedia 270

Neurocirurgia 118

Cirurgia Geral 1

Ginecologia 90

Total 573 2390 Fonte: Fonte: Fonte: Fonte: Hospitais do Algarve

Realizaram-se ainda intervenções no âmbito do SIGIC em vários hospitais portugueses, tal

como mostra o quadro seguinte.

Quadro 20

Episódios intervencionados em actividade adicionais (SIGIC) - 2007

Especialidades HCF CHBA Hospitais

Convencionados TOTAL

% TOTAL

Cirurgia Geral 56 877 933 24,33%

Cirurgia Plástica 66 66 1,72%

Ginecologia 87 95 182 4,75%

Neurocirurgia 36 28 64 1,67%

Oftalmologia 111 819 282 1212 31,61%

ORL 103 395 498 12,99%

Ortopedia 224 611 835 21,78%

Urologia 15 29 44 1,15%

TOTAL 427 1.024 2.383 3.834 100,00%

Fonte: UCGIC – Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia (dados HCF e CHBA) e URGIC - Unidade Regional de Gestão de Inscritos para Cirurgia (dados dos hosp. convencionados)

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11.1 BLOCO DE PARTOS

O número de partos aumentou em 2007, relativamente aos anos anteriores.

Foram realizados em 2007 nos hospitais do Algarve 3.049 partos eutócicos e 1708 partos

distócicos, dos quais 1.240 foram cesarianas e 468 outros

Quadro 21

Nº DE PARTOS REALIZADOS NOS HOSPITAIS ALGARVIOS

Fonte: Hospitais do Algarve

HDF CHBA HOSPITAIS 2005 2006 2007 2005 2006 2007 2005 2006 2007 Nº Partos Eutócicos 2.112 1.918 1.914 1.054 1.095 1.135 3.166 3.013 3.049 Nº Partos Distócicos: 998 1.021 1.079 615 617 629 1.613 1.638 1.708

Cesarianas 766 748 791 412 435 449 1.178 1.183 1.240

Outros 232 273 288 203 182 180 435 455 468 Nº TOTAL DE PARTOS 3.110 2.939 2.993 1.669 1.712 1.764 4.779 4.651 4.757

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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12. MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

Em 2006 verificou-se um aumento dos exames realizados nos centros de saúde em

comparação com 2005, tendência que se esbateu em 2007.

Verificou-se um aumento muito significativo no número de electrocardiogramas realizados em

2006.

De assinalar a redução do número de radiografias realizadas no ano de 2007, em virtude do

Centro de Saúde de Loulé ter diminuído a sua actividade.

A redução dos tratamentos de fisioterapia deve-se à uniformização do conceito dos

procedimentos da contagem da actividade, que foi alterado em 2007 para todos os centros de

saúde.

Em 2007 actividade da Terapia da Fala teve início em 6 de Centros de Saúde: Albufeira,

Faro, Loulé, Portimão, Tavira e Vila Real Stº António.

Quadro 22

MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPEUTICA

REALIZADOS NOS CENTROS SAÚDE 2005 / 2007

MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPEUTICA

Exames 2005 2006 2007 Análises Clínicas em Laboratório 8.767 9.054 11.491 Ecografias 1.493 1.369 1.546 Electrocardiogramas 18.140 21.262 20.565 Radiografias 77.570 80.991 60.025

TOTAL 105.970 112.676 93.627 Terapia Ocupacional 13.308 9.252 8.296 Tratamentos de Fisioterapia 113.078 167.338 58.454

Tratamentos de Terapia da Fala 2.761 Fonte: Centros de Saúde

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

38

O HDF aumentou em 4% os exames de meios complementares de diagnóstico e terapêutica

em relação ao ano transacto, tendo o CHBA um aumento de exames em 30 %.

Quadro 23

MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

REALIZADOS NOS HOSPITAIS DO ALGARVE 2006

Tipo de Exame TOTAL

2005 2006 Var% Análises Clínicas 1.841.602 2.186.108 19% Anatomia Patológica 30.326 26.755 -12% Cardiologia 47.823 49.355 3% Dermatologia 756 824 9% Estomatologia 0 117 Gastrenterologia 9.874 12.081 22% Imagiologia 247.741 258.222 4% Imunohemoterapia 510.490 482.418 -5% Medicina Física e Reab 426.409 465.360 9% Nefrologia 5.366 6.466 20% Neurologia 4.704 6.225 32% Obstetrícia /Ginecologia 10.476 12.153 16% O.R.L. 7.978 9.068 14% Oftalmologia 4.786 6.707 40% Ortopedia 1.958 2.151 10% Pneumologia 7.016 8.120 16% Psicologia 13.355 18.916 42% Psiquiatria 0 6.915 Urologia 1.162 2.754 137% Quimioterapia 0 21.151 Relatórios Médicos 19 0 Outros Exames/Tratam 5.008 0 TOTAL 3.176.849 3.581.866 13% Fonte: Hospitais Distritais do Algarve.

É de referir que a necessidade da ponderação dos MCDT, originou que a fonte de informação

destes dados fosse o SONHO e não os programas ASSIS/OMEGA, sendo por esse motivo

mais difícil particularizar análises realizadas pelo Serviço de Imunohemoterapia. Optou-se

assim, por inserir na área IMUNOHEMOTERAPIA onde estão todas agrupadas, quer as

realizadas pela Patologia Clínica, quer as realizadas pela Imunohemoterapia.

Dado que os agrupamentos foram alterados pela Portaria nº.567/2006 de 12 de Junho,

posteriormente rectificada pela Portaria nº.110-A/2007 de 23 de Janeiro, optamos por manter

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

39

os valores referentes ao ano de 2005 e 2006 inalterados, apresentando o ano de 2007 de

acordo com as novas regras em vigor.

Quadro 24

MEIOS COMPLEMENTARES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

REALIZADOS NOS HOSPITAIS DO ALGARVE 2007

ÁREAS INTER. CONSULTA URGÊNCIA HSP DIA EXTERIOR TOTAL

ANÁLISES CLÍNICAS 448.322 450.840 403.053 18.671 77.253 1.398.139 ANATOMIA PATOLÓGICA 9.024 2.333 392 1.752 1 13.502 IMUNOHEMOTERAPIA 45.007 209.354 18.507 483 2.120 275.471 REUMATOLOGIA 0 673 0 7 0 680 ESTOMATOLOGIA 0 187 0 0 0 187 IMAGIOLOGIA 33.973 46.814 84.527 835 136 166.285 DERMATOLOGIA 3 674 0 0 46 723 GASTRENTEROLOGIA 1.292 3.805 1.288 2.795 32 9.212 CARDIOLOGIA 13.136 8.583 14.323 0 0 36.042 ONCOLOGIA MÉDICA 6 7 0 7.790 69 7.872 OTORRINOLARINGOLOGIA 2 1.455 0 0 95 1.552 NEUROLOGIA 1.169 1.553 142 4 3.436 6.304 ORTOPEDIA 5 2.342 5 6 0 2.358 MED. FÍSICA REABILITAÇÃO 220.522 161.497 0 0 0 382.019 IMUNOALERGOLOGIA 0 300 1 3 58 362 GINECOLOGIA * 7 4.269 51 2 25 4.354 OBSTETRÍCIA 455 1.969 2.019 0 1.261 5.704 OFTALMOLOGIA 0 3.654 4 3 0 3.661 UROLOGIA 12 487 26 568 2 1.095 ANESTESIOLOGIA 5 59 0 654 0 719 NEFROLOGIA 4.171 0 342 1.280 0 5.793 PNEUMOLOGIA 22 2.850 2.495 2.546 708 8.621 DESENVOLVIMENTO 340 15.275 0 0 0 15.615 PSIQUIATRIA 2.165 6.679 146 11.335 846 21.171 SERVIÇOS E TÉCNICAS GERAIS 701 7.233 24.431 5.971 121 38.457 Fonte: Hospitais Distritais do Algarve.

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40

13. ACTIVIDADES DE ENFERMAGEM (C. S.)

Em 2007 realizaram-se 2.295.093 actos de enfermagem nos C. S. do Algarve, tendo-se

verificado uma ligeira diminuição relativamente ao ano transacto. Não obstante, o conjunto de

actividades de enfermagem apresenta indicadores consistentes ao longo dos anos 2005-2007

Quadro 25

NÚMERO ACTOS DE ENFERMAGEM REALIZADOS 2005 / 2007

NÚMERO ACTOS DE ENFERMAGEM REALIZADOS

ACTIVIDADES DE ENFERMAGEM 2005 2006 2007

Entrevista com consulta Médica 416.690 476.707 465.080

Entrevista sem consulta Médica 549.075 570.944 602.344

Educação para a saúde em

grupo

No Centro de Saúde 877 5.647 4.116 Fora do Centro de

Saúde 5.540 6.920 4.779

Injecções 311.870 301.800 278.806

Pensos e outros tratamentos 922.592 914.813 882.521

Visitas domiciliárias efectuadas

Promoção da saúde 5.233 6.410 12.909 Injecções pensos e

outros tratam. 47.244 47.512 44.538

TOTAL 2.259.121 2.330.753 2.295.093 Fonte: Centros de Saúde

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14. DEPARTAMENTO DE ESTUDOS E PLANEAMENTO

Com base na nova lei orgânica (Decreto–Lei n.º 222/2007 de 30 de Maio e a subsequente

Portaria n.º 653/2007 de 30 de Maio) para as Administrações Regionais de Saúde foram

alterados os estatutos orgânicos da Administração Regional de Saúde do Algarve, alterando

assim a denominação deste serviço de Direcção de Serviços de Planeamento e Apoio

Técnico para Departamento de Estudos e Planeamento no qual estão ainda incluídos duas

Unidades: Unidade de Gestão de Recursos Humanos (UGRH), a qual inclui o Gabinete de

Formação, Unidade de Sistemas de Informação e Comunicação (USIC), bem como os

Serviços Farmacêuticos e a área dos Licenciamentos e Convenções.

O Departamento de Estudos e Planeamento (excluindo as Unidades e Serviços) é composto

por 1 responsável (Director) e 4 elementos (3 técnicos Superiores e 1 Assistente

Administrativo).

No que concerne às actividades desenvolvidas pelo Departamento de Estudos e

Planeamento, ao longo do período em análise foram:

- Recolha e tratamento periódico dos dados estatísticos relativos à actividades dos Centros

de Saúde do Algarve, tais como: Consultas de Ambulatório, Consulta Aberta, Consultas de

Especialidade Médicas e não Médicas, Actividades de Enfermagem e de outros Profissionais

de Saúde, Vacinação, Internamento e os Exames dos Meios Complementares de Diagnóstico

e Terapêutica;

- Recolha e tratamento periódico dos dados estatísticos relativos à actividades dos Hospitais

do SNS do Algarve, tais como: Consultas Externas, Atendimentos nos Serviços de Urgência,

Internamentos e os Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica;

- Ao longo do ano procedeu-se ainda ao tratamento dos dados estatísticos relativos a

diversos programas de saúde desenvolvidos na Região de Saúde do Algarve, entre outras:

Monitorização da Gripe sazonal, Plano de Verão e Escalas Hospitalares;

- Com base em dados disponíveis, apresentou informação estatística específica, solicitada

pelo C.A./C.D. – ARS Algarve, Gabinete de Comunicação, Responsáveis regionais pela

Coordenação de Programas, Directores dos Centros de Saúde, Divisão de Estatística da

Direcção Geral da Saúde (DGS), Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento –

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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INFARMED, Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde – IGIF, Instituto Português

de Oncologia – IPO, Instituto Nacional de Estatística – INE, e ainda outros Serviços e Equipas

da ARS Algarve IP, organismos, funcionários da saúde, estudantes e público em geral;

Em 2007 este Serviço do Departamento elaborou ainda publicações periódicas e de consulta

interna, tais como:

- Relatório Anual de Actividades dos Centros de Saúde;

- Relatório Anual de Actividades dos Hospitais Distritais do Algarve;

- Indicadores de Saúde dos Centros de Saúde e Demográficos da Região Algarvia.

Prestou apoio técnico na execução, elaboração e gestão dos dados estatísticos para:

- Serviço Social (S.S.) da ARS Algarve nas actividades do S. S., apoio domiciliário do S.S. e

internamento do S.S.

- Serviços de Aquisições / Armazém, no processo de concepção e aquisição dos

modelos/impressos oficiais desta ARS.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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A actividade da área do Licenciamento de Unidades privadas prestadora de Serviços de

Saúde resume-se no quadro seguinte:

Licenciamentos de UPSS

Janeiro a Dezembro de 2007

Licenças Processos para Parecer

da CTN

Autorizações Provisórias

Laboratórios - Medicina Nuclear 1

Medicina Nuclear 1

Postos de Colheitas 3 Radiologia 1

Medicina Física -

Radiologia 1

Diálise 1 Fonte: Licenciamentos e Convenções

Para a realização deste trabalho o DEP tem contado com uma Chefe de Repartição e um

Assistente Administrativo, ambos em tempo parcial. Existe articulação com as comissões de

Verificação Técnica e com o Gabinete Jurídico, com elevada componente de trabalho

administrativo e de expediente.

14.1. UNIDADE DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS / FORMAÇÃO

Com a reestruturação da Administração Regional de Saúde do Algarve, IP, foi criada a

Unidade de Gestão de Recursos Humanos, incluindo o Gabinete de Formação e fazendo

parte do Departamento de Estudos e Planeamento.

Assim em 30.06.2007, os recursos humanos afectos à então Divisão de Recursos Humanos

traduzia-se em 3 Técnicos Superiores e 2 funcionárias administrativas. No Gabinete de

Formação estava 1 Chefe de Repartição que, com a reestruturação, passa a Técnica

Superior, 1 Técnico Superior, 1 funcionária Administrativa, com a colaboração de 1

Enfermeiro a tempo parcial e mais 1 elemento Administrativo em tempo parcial.

Com a reorganização da ora Unidade de Gestão de Recursos Humanos, passou esta a

contar com 1 Coordenadora de Unidade, 2 Técnicos Superiores (1 ausente por doença

prolongada) e 1 Administrativo e o Gabinete de Formação com os elementos atrás

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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mencionados, acrescido de 1 elemento administrativo a contrato de trabalho a termo

resolutivo certo.

Esta Unidade, no desenvolvimento das suas competências orgânicas e funcionais, ao longo

de 2007 e até à presente data tem desenvolvido as seguintes actividades:

A - Actualização e criação de sistemas de informação de Recursos Humanos

1. Actualizar e melhorar a base de dados interna, de forma a garantir que todos os

processos que dão entrada neste serviço são tratados com celeridade e qualidade;

2. Gestão das aplicações da BEP (Bolsa de Emprego Pública), com registo de oferta

públicas de trabalho, concursos de provimento;

3. Gestão do Siga-ME, com registo de ofertas e consulta de profissionais na mobilidade

especial;

4. Carregamento trimestral de dados no SIOE, sobre efectivos na Administração Pública;

5. Participar no controle das propostas apresentadas no âmbito do PRACE dos

Hospitais, assim como na elaboração da proposta apresentada, no âmbito dos Serviços

Centrais da ARS Algarve, IP;

6. Actualização trimestral dos dados referentes ao pessoal contratado ao abrigo do

Decreto-lei n.º 276-A/07, nos Centros de Saúde, às datas de 31 de Março, 30 de Junho, 30

de Setembro e 31 de Dezembro, de cada ano, a enviar à Administração Central do Sistema

de Saúde (sobre esta é feita porém actualização diária, dado ocorrerem alterações diárias

com rescisões ou novas celebrações.)

7. Apuramento semestral do pessoal em exercício de funções em regime de contrato, a

enviar à Direcção Geral do Orçamento, Administração Central do Sistema de Saúde e

Direcção Geral Administração Emprego Público; (sobre esta é feita porém actualização diária,

dado ocorrerem alterações diárias com rescisões ou novas celebrações.) Circular n.º

2/DGAP/2002.

8. Actualização diária da informação sobre Recursos Humanos, nomeadamente nas

Listas Nominativas criadas como instrumento de trabalho;

9. Actualização da base de dados relativa aos recursos médicos na Região (hospitalar,

medicina geral e familiar e saúde pública e internatos médicos);

10. Elaboração de mapas com dados de forma a satisfazer os pedidos dos diferentes

serviços da ARS Algarve, IP, bem como Inspecção-Geral das Actividades em Saúde,

Secretaria-Geral e Administração Central do Sistema de Saúde, IP.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

45

11. Elaboração dos mapas da Resolução de Conselho de Ministros nº 38/2006

B - Recrutamento e Selecção de Pessoal

1. Processo de abertura de 1 Concurso de provimento, para Assistente Graduado de

Saúde Pública com 3 candidaturas e acompanhamento de 4 Concursos de Provimento

abertos ainda em 2006, para Chefe de Serviço de Saúde Pública, Enfermeiro Especialista,

Chefe de Serviço de Medicina Geral e Familiar e Assistente Graduado de Medicina Geral e

Familiar, num total de 51 candidaturas;

2. Abertura e acompanhamento de 26 Ofertas Públicas de Emprego para recrutamento

de pessoal para exercício de funções em regime de Contrato de Trabalho a Termo Resolutivo

Certo, em que recepcionámos cerca de 2.500 candidaturas, com o necessário tratamento,

com encaminhamento para as respectivas comissões de avaliação, que posteriormente

procederam à ordenação em lista classificativa, tendo esta Unidade efectuado os contactos

telefónicos e colocação nos Centros de Saúde, num total de 224 colocações, até 31 de

Dezembro de 2007.

GABINTE DE FORMAÇÃO

O Plano de Formação 2007 da ARSA, I.P. foi elaborado de acordo com as necessidades

formativas dos seus colaboradores internos e abrangeu os diferentes grupos profissionais,

tendo em consideração o número de trabalhadores existentes na Instituição, em cada carreira

e a dispersão geográfica dos Serviços e Centros de Saúde.

As acções de formação financiadas realizadas no contexto do Projecto de Formação 2007,

visaram promover e actualizar conhecimentos em novas metodologias de trabalho e de

intervenção, adequados à especificidade das funções exercidas por cada um dos

profissionais das carreiras a que se destinaram.

Este Gabinete de Formação tem oferecido um elevado número de formação interna aos

profissionais da instituição, tendo o mérito de dar resposta efectiva às reais necessidades e

problemas, bem como a reflexão sobre assuntos de preocupação e interesse institucionais.

Neste Projecto estavam previstas 43 acções de formação que pressupunham um total de 688

formandos, 792 horas de formação e um volume de formação de 12261 horas.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

46

Das acções de formação previstas inicialmente no Projecto de Formação 2007 não foram

realizadas 6 acções, tendo sido deste modo efectuado um ajustamento no número de

formandos e nas horas de formação, o que originou uma diminuição do total do volume de

horas de formação, que passou de 12.661 horas para 11.123,5 horas. Dado a não realização

das 6 acções houve uma diminuição de 1.537,5 horas de formação em relação ao número

inicialmente previsto.

O facto da composição da população institucional ser maioritariamente feminina, leva a um

número sempre superior de mulheres nas acções de formação, num total de 119 homens e

482 mulheres. Dos 119 homens abrangidos, 108 foram formandos internos e 11 externos,

sendo que entre estes houve desistentes No que se refere ao sexo feminino houve a

participação de 379 formandos internos e de 103 externos. Desistiram 22 formandas, das

quais 13 internas e 9 externas.

Consideramos que para o número total de formandos houve um baixo número de

desistências, uma vez que são considerados desistentes os formandos que faltam a mais de

5% do tempo total da acção de formação, o que em algumas formações corresponde a um

número muito reduzido de tempo.

No total de todos os escalões etários foram abrangidos 601 formandos, a maioria no grupo

etário das mulheres entre 25-34 anos (144 mulheres), logo seguido pelas mulheres com

idades que se situam entre os 35 e os 44 anos (132 mulheres). Este facto é revelador da

situação da instituição no que se refere aos seus funcionários, em que a maioria é mulheres

entre os 35 e os 44 anos de idade e, também de formandas externas à instituição.

A maioria dos formandos era bacharéis e licenciados, num total de 110 homens e 403

mulheres, respectivamente. Estes números são facilmente explicáveis, uma vez que grande

parte dos trabalhadores da Instituição era das carreiras médica, de enfermagem, técnica e

técnica superior.

Em relação aos formadores com os quais contamos no ano 2007, de forma a poder levar a

bom termo a candidatura ao Programa Operacional Saúde XXI foram 72 internos e 52

externos, num total de 129.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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Em relação às acções não financiadas tivemos um total de 108 acções em 2007,

frequentadas por 1411 formandos, num total de 668,5 horas.

14.1. UNIDADE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Com o Programa do Governo no domínio da reorganização estrutural da Administração

Pública e no âmbito do Programa de Reestruturação Central do Estado (PRACE), foi

publicada a Portaria n.º 653/2007, de 30 de Maio, que aprovou as funções da ARS Algarve

IP, avançando na definição dos modelos organizacionais dos serviços que integram a

respectiva estrutura.

A USIC tem como Missão promover continuadamente a excelência e a qualidade dos

serviços prestados à comunidade da saúde no particular, e a todos os cidadãos e entidades

públicas ou privadas no geral, na área das Tecnologias de Informação e Comunicação,

contribuindo simultaneamente para a realização profissional e pessoal dos seus

colaboradores.

São objectivos permanentes da USIC aumentar o grau de cobertura de processos pela

Tecnologia e adequar os níveis tecnológicos às necessidades de gestão de modo a permitir o

enfoque da ARS Algarve IP na prestação de cuidados de saúde.

Em 2007 foram atribuições e responsabilidades da USIC:

a) Assegurar o desenvolvimento dos sistemas de informação e comunicação, de acordo com

as estratégias definidas a nível nacional, colaborando na definição das mesmas;

b) Promover, desenvolver e implementar sistemas e tecnologias de informação de acordo

com as necessidades da ARS Algarve IP;

c) Apoiar o Conselho Directivo, o planeamento e a organização nas diferentes funções de

gestão da ARS Algarve IP, perspectivando a criação de serviçs de qualidade mais eficazes e

eficientes;

d) Assegurar a orientação geral do serviço e definir a estratégia da sua actuação de harmonia

com as determinações recebidas do CD da ARS Algarve IP;

e) Estruturar e criar condições de acesso à informação relevante a todos os utilizadores do

sistema dependentes do nó da ARS Algarve IP;

f) Promover acções de sensibilização e formação em coordenação com a entidade

competente e prestar apoio aos órgãos e serviços directamente ligados ao nó da ARS

Algarve IP, bem como a todos aqueles que estejam certificados pela USIC no domínio dos

sistemas e tecnologias de informação;

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

48

g) Estudar, definir e promover a implementação de uma arquitectura de informação global,

coerente e actualizada na ARS Algarve IP;

h) Elaborar planos anuais ou plurianuais de actividades, bem como os respectivos relatórios

de execução, propor as formas de financiamento mais adequadas, definindo e

implementando o programa de desenvolvimento do serviço, avaliando-o e corrigindo-o em

função dos indicadores de gestão recolhidos e da evolução tecnológica;

i) Propor as medidas consideradas mais aconselháveis para se alcançarem os objectivos e as

metas necessárias ao desenvolvimento do Serviço;

j) Gerir os meios humanos, financeiros e de equipamento da USIC e a sua comparticipação

em programas e projectos em que a mesma seja interveniente;

k) Superintender na utilização racional das instalações afectas ao respectivo Serviço, bem

como na sua manutenção e conservação;

l) Elaborar modelos e instrumentos de recolha de dados da actividade assistencial na Região.

15. GABINETE JURÍDICO

Funções legais

No âmbito da vigência do Decreto – Lei n.º 335/93, de 29 de Setembro, cabia ao Gabinete

Jurídico a assessoria do respectivo Conselho de Administração, bem como o apoio técnico

aos serviços da região e da sub-região (artigo 16º).

Com a aprovação da nova lei orgânica das ARS’s , mantendo no seu artigo 8º, um Gabinete

Jurídico, alargando, relativamente à legislação anterior, a sua área de intervenção,

competindo-lhe:

- emitir pareceres e prestar informações sobre as questões de natureza jurídica, suscitadas

no âmbito da ARS Algarve, I.P, bem como acompanhar os respectivos processos

administrativos;

- Participar na análise e preparação de projectos de diplomas legais relacionados com a

actividade da ARS Algarve, I.P, procedendo aos necessários estudos jurídicos, bem como na

elaboração de circulares, regulamentos, minutas de contratos ou outros documentos de

natureza normativa no âmbito da ARS Algarve, I.P;

- Proceder à instrução de processos de averiguações, de inquérito e disciplinares;

- Prestar apoio técnico às diferentes unidades orgânicas da ARS Algarve, I.P.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

49

Tal alargamento de funções, na prática e desde há muito, tem vindo a ser assumido por este

Gabinete Jurídico, de forma progressiva, enquanto serviço cuja missão e actividade são

instrumentais relativamente à realização geral da missão da ARS Algarve, I.P, em particular

do seu Conselho Directivo e dos seus Departamentos. Também na esfera de acção do

Gabinete Jurídico se incluem os Centros de Saúde, as Unidades de Saúde Familiares e os

Agrupamentos de Centros de Saúde.

Actividade Desenvolvida

Para além das actividades estatutárias, este Gabinete tem-se empenhado em:

- Assegurar o patrocínio judiciário em acções propostas contra a ARS Algarve, I.P. , bem

como garantir o apoio necessário quando o patrocínio é assegurado por advogados externos;

- Apoiar, em permanência, os júris dos concursos de pessoal, de aquisições de bens e

serviços e de empreitadas de obras públicas, sempre que deles não faz parte um elemento

do Gabinete Jurídico;

- Estar disponível para, diária e permanentemente, pessoal ou telefonicamente, prestar as

informações de carácter jurídico colocadas por qualquer serviço.

No parágrafo seguinte descreve-se a actividade desenvolvida por este Gabinete no ano 2007.

• Documentos entrados: 547

• Documentos respondidos: 401

• Informações numeradas: 101

• Ofícios elaborados: 273

• PA’s: 15

• Acordos/Protocolos/Contratos: 11

• PD-IGAS: 9

• Recursos hierárquicos:2

• Processos judiciais:29

• Por responder: 146

Contudo, não conta um conjunto de outras actividades igualmente importantes e muitas

vezes morosas. A saber, informações pessoais e telefónicas, informações escritas não

numeradas, participação e/ ou apoio a júris de concursos, reuniões com diversas entidades.

Salienta-se que, havendo que gerir as questões entradas no Gabinete Jurídico, na

impossibilidade prática de a todas dar sequência imediata, dá-se prioridade aos processos

com prazos pescricionais, sejam judiciais ou administrativos, os quais são escrupulosamente

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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cumpridos. Caso não haja indicação de urgência por parte do Conselho Directivo, cabe à

Coordenadora do Gabinete Jurídico estabelecer a restante ordem de prioridades.

16. SERVIÇO SOCIAL

Ao longo do ano de 2007 o gabinete do serviço social desenvolveu as suas actividades,

seguindo as linhas orientadoras da ARS Algarve e o seu plano de actividades, neste âmbito

realizou diversas reuniões de trabalho para orientação, análise e avaliação dos diferentes

programas de actuação:

• Programa para o Serviço de Ambulatório;

• Programa para o Serviço de Internamento;

• Programa para o Gabinete do Utente;

• Programa para o Humanização dos Serviços de Saúde;

• Programa para o Apoio Domiciliário Integrado e Apoio Domiciliário em Saúde;

• Programa de Parcerias Locais.

- “Projecto SASTIPEN” – Redução das desigualdades em saúde nas comunidades

Ciganas.

- “Projecto Transnacional RAP’s and LAP’s” – Desenvolvimento de uma estrutura e

metodologia para a elaboração de Planos Regionais/Locais de Acção para a Inclusão.

- “Rede Social” – (CLAS) Conselho Local de Acção Social de Faro.

- “Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres” – II Plano Nacional

Contra a Violência Doméstica.

- “(RE)-Versus” – Cruz Vermelha Portuguesa.

- “RIDAA” – Fundação Irene Rolo.

- “RID” – Rede para a Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Quadro 26

ACTIVIDADE DESENVOLVIDA NO ÂMBITO DO SERVIÇO SOCIAL

2005 2006 2007 Var. %

Reclamações 657 867 883 34,40% Fonte: Gabinete Do Serviço Social da ARS Algarve

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

51

17. REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

A RNCCI foi criada através do D.L nº 101/06, 6 de Junho, no âmbito dos Ministérios da Saúde

e do Trabalho e da Solidariedade Social apresentando como objectivo geral a prestação de

cuidados continuados integrados a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem

em situação de dependência.

A Região do Algarve procurou que esta resposta fosse ajustada promovendo a

funcionalidade, a prevenção, a redução e adiamento das incapacidades, o que constituí uma

das políticas que mais pode contribuir para a qualidade de vida e para a consolidação de uma

sociedade mais justa e solidária.

A grande aposta da Região do Algarve no âmbito dos Cuidados Continuados em 2007, foi o

alargamento das Equipas de Cuidados Continuados Integrados ao maior número possível de

Centros de Saúde da Região, 13 dos 16 Centros de Saúde.

Assim, passamos a expor o desenvolvimento das acções no ano de 2007:

- Equipas de Cuidados Continuados Integrados.(Domiciliários)

As experiências-piloto de Loulé com 4 ECCI’s e de Silves com duas ECCI’s apresentaram

resultados de cobertura e de qualidade de cuidados prestados que considerámos muito

positivos e passíveis de serem replicados para outros concelhos.

Assim às 6 (seis) ECCI’s existentes desenvolvemos uma proposta de acréscimo de mais 12

(doze) ECCI’.

Neste sentido, fizemos reuniões preparatórias com os potenciais responsáveis destas

Equipas e com os Directores e Enfermeiros- Chefes dos Centros de Saúde em causa e

procedeu-se ao desenvolvimento dos processos de aquisição de viaturas e material de

ajudas técnicas.

A proposta concretizou-se nas seguintes ECCI’s: Vila Real Stº António / Castro Marim – 2

equipas; Tavira – 1 equipa; Olhão – 1 equipa; Faro – 2 equipas; S. Brás de Alportel – 1

equipa; Portimão – 2 equipa; Lagos – 1 equipa; Vila do Bispo / Aljezur – 1 equipa; e Albufeira

– 1 equipa. No entanto, devido ao resvalar da aprovação do plano orçamental em termos

nacionais e à falta de recursos humanos, a implementação destas Equipas ocorreu em

Janeiro de 2008.

A estas ECCI’s acrescemos uma

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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- Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos (ECSCP), para apoio consultivo às

ECCI’s e Unidades da Região e com intervenção directa nos concelhos de Tavira, Olhão e

Faro, dado estar sedeada no Centro de Saúde de Tavira.

Foram ainda criadas duas

- Equipas Intra-hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos, uma por cada hospital.

No que se refere às Unidades de Internamento na tipologia de convalescença, apesar de ter

sido contemplado no orçamento de 2006, as obras de reconversão da Unidade de

Internamento do Centro de Saúde de Loulé em Unidade de Convalescença, e a aquisição de

materiais e equipamentos resvalaram pelo que o início do seu funcionamento ocorreu em

2007. Assim ás 22 camas existentes na Santa Casa da Misericórdia de Portimão, acresceram

20 geridas pelo Hospital Central de Faro, ficando a Região do Algarve com uma capacidade

instalada de 42 camas.

Na tipologia de Média Duração e Reabilitação, criou-se mais uma unidade com a reconversão

da Unidade de Internamento do Centro de Saúde de Tavira, à semelhança do que já tinha

sido feito em Loulé, que iniciou o seu funcionamento em Dezembro de 2007 com uma

capacidade de 20 camas, gerida pela Cruz Vermelha Portuguesa – Núcleo de Tavira. No final

de 2007 tínhamos duas UMDR num total de 43 camas, sendo 23 em Portimão e 20 em

Tavira.

Na tipologia de Longa Duração e Manutenção criaram-se Unidades em Estômbar (16 camas)

e Silves (16 camas) com início de funcionamento efectivo em Janeiro e em Vila Real de Stº

António (18) camas com início em Fevereiro de 2007.

Sendo a tipologia em que são necessárias mais camas, para o ano de 2007, propusemos

mais 2 Unidades: Unidade de Longa Duração e Manutenção de Faro, (30) camas; Unidade

de Longa Duração e Manutenção de Albufeira, (20) camas e a ampliação da Unidade de

Longa Duração e Manutenção de Silves, mais 4 camas. Ou seja, às 50 camas existentes,

propusemos o acréscimo de 54 camas.

A Santa Casa da Misericórdia de Faro, beneficiando de fundos comunitários, através do

Saúde XXI, promoveu a remodelação do edifício para o plano funcional em Cuidados

Continuados, mas atendendo a atrasos na conclusão da obra não foi possível o início de

funcionamento em 2007.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

53

Procedeu-se à reconversão do internamento do Centro de Saúde de Albufeira, passando a

dispor de uma capacidade instalada de 20 camas, e cuja gestão ficou a cargo da Fundação

António da Silva Leal.

No final de 2007 tínhamos 74 camas com previsão de mais 30 camas para uma Unidade em

Faro e 30 camas numa Unidade no Algoz (privado).

- Equipas de Coordenação Local.

Criou-se mais uma ECL’s em Vila Real de Santo António, para além de Silves e de Loulé,

fazendo, deste modo coincidir uma ECL por cada previsível ACES.

Com o intuito de promover a qualificação dos profissionais das Unidades e Equipas da

Região do Algarve e de proceder à respectiva actualização quanto ao funcionamento,

princípios e objectivos da RNCCI, a ECR apresentou um plano de formação e

operacionalizou as seguintes formações:

• Intervenção Social na Doença Crónica – Técnicos Superiores de Serviço Social

• Cuidados Paliativos- Médicos e Enfermeiros

• Cuidados Continuados em Rede – Auxiliares

• Princípios da Rede – Técnicos Superiores

• Formar para Melhor Cuidar – Auxiliares

• Gerir e Motivar Equipas – Técnicos Superiores

• Intervenção de Reabilitação Funcional – Profissionais de Enfermagem e outros

Técnicos Superiores

• Meios e Técnicas Facilitadoras do Movimento Humano – Auxiliares

• Processo de Envelhecimento – Auxiliares

• Relações Inter-Pessoais – Técnicos Superiores

• Gestão de Conflitos – Auxiliares

Com vista à validação, informação de procedimento e avaliação desenvolvido pelas distintas

Equipas da RNCCI, a ECR organizou um encontro em Junho/2007, onde as ECCI’s, as ECL’s

e as EGA’s, para além da ECR, analisaram e demonstraram o trabalho desenvolvido.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

54

No cumprimento das competências da ECR, procedemos à produção de folhetos informativos

para divulgação da RNCCI junto da população em geral.

Ainda neste âmbito desenvolvemos materiais específicos de informação para a participação

na FATACIL: cartaz, folhetos entre outros.

18. DEPARTAMENTO DE CONTRATUALIZAÇÃO

A Portaria n.º 653/2007 de 30 de Maio, que aprova os estatutos da Administração Regional

de Saúde do Algarve, IP, estabelece no artigo 6.º do respectivo Anexo as atribuições e

competências do Departamento de Contratualização, designadamente:

• Participar na definição dos critérios para a contratualização dos serviços de saúde;

• Na vertente dos Contratos-Programa com as instituições e serviços prestadores de

cuidados de saúde, propor a afectação de recursos financeiros, através da negociação,

celebração, revisão e acompanhamento da execução dos Contratos-Programa;

• Propor a realização de auditorias;

• No âmbito dos acordos, protocolos, convenções e outros contratos, propor a afectação

de recursos financeiros a entidades privadas, com ou sem fins lucrativos, bem como no

âmbito das parcerias público privadas e dos cuidados continuados integrados, através da

celebração, acompanhamento e revisão dos respectivos acordos, protocolos, convenções e

contratos.

O Departamento de Contratualização foi formalmente constituído em Julho de 2007, com a

seguinte afectação de pessoal:

• José Carlos Queimado, Director do Departamento de Contratualização;

• Bruno Moita, técnico superior;

• Célia Reis, técnica superior;

• Luisa Caeteano, técnica,

• Jorge Lami, técnico;

• Susana Raposo, administrativa.

Desde o seu início, que o Departamento de Contratualização adoptou uma organização

interna baseada na afectação dos recursos humanos por Programas e/ou Contratos, com o

intuito de assegurar de forma mais adequada as competências que lhe estão atribuídas nas

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

55

diversas áreas. Nesse sentido, o Departamento de Contratualização assumiu durante o ano

2007 responsabilidades nos seguintes Programas/Contratos:

A. Contratos-Programa com os Hospitais Gerais do SNS (Hospital de Faro, e Centro

Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE), designadamente:

- Encerramento dos Contratos-Programa 2006, com o apuramento dos valores de

convergência a atribuir a cada Hospital em função do cumprimento dos objectivos

institucionais de qualidade e eficiência contratualizados;

- Negociação, celebração e acompanhamento da execução dos Contratos-Programa 2007-

2009 com os Hospitais SNS da Região de Saúde do Algarve.

- Representação da ARS Algarve no Grupo Nacional da Contratualização com os Hospitais

SNS, sedeado na ACSS.

B. Unidades de Saúde Familiares, no âmbito da reforma dos Cuidados Primários de

Saúde, através da negociação, celebração e acompanhamento dos compromissos

assistenciais das Unidades de Saúde Familiares em funcionamento, nomeadamente:

- Negociação, celebração da carta de compromisso e acompanhamento da actividade da

USF Âncora;

- Preparação do processo negocial com as USF Al-Gharb (Faro) e Balsa (Tavira);

- Participação na Equipa Técnica Operacional da ARS Algarve, cuja função reside na análise

das candidaturas a USF;

- Representação da ARS Algarve no Grupo Nacional da Contratualização das USF, sedeado

na Missão dos Cuidados de Saúde Primários.

C. Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, através da Unidade Regional

de Inscritos para Cirurgia, que é parte integrante do Departamento de Contratualização,

designadamente:

- Gestão das Convenções, através da validação das propostas de pedidos de convenção ao

SIGIC com a Região de Saúde do Algarve e respectiva emissão de parecer ao CD sobre a

aceitação das mesmas; gestão das actuais convenções e validação das alterações propostas

(médicos e procedimentos);

- Validação da facturação dos hospitais convencionados;

- Gestão das desconformidades registadas por Entidade Hospitalar;

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

56

- Definição e implementação de um relatório mensal de acompanhamento da execução do

SIGIC na Região de Saúde do Algarve.

- Representação da ARS Algarve nas reuniões nacionais do Programa, coordenadas pela

Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

D. Contrato de Gestão do Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul, no âmbito

das parcerias público-privadas, através do acompanhamento da execução do Contrato de

Gestão, nomeadamente:

- Conferência e validação da factura-adiantamento e da factura-acerto;

- Acompanhamento das actividades inerentes ao Período Inicial de Exploração,

principalmente, a análise e emissão de pareceres sobre as diversas proposta de subcontratos

apresentadas pela Entidade Gestora ao abrigo do Contrato de Gestão e a realizar entre esta

e terceiros;

- Determinação da produção prevista para o ano 2008 e respectivo cálculo da parcela a cargo

do SNS, bem como do pagamento mensal por conta a praticar em 2008;

- Elaboração de relatórios de acompanhamento da actividade assistencial desenvolvida pela

Centro.

E. Programa Nacional de Saúde Oral. No final de 2007 foi atribuída ao Departamento de

Contratualização a responsabilidade de gerir o processo de contratualização com os

prestadores para as crianças e jovens. Nesse sentido, ainda em 2007, o Departamento de

Contratualização promoveu a revisão e elaboração dos contratos a assinar com os

prestadores aderentes ao Programa. O Departamento de Contratualização começou a

representar a ARS do Algarve no Grupo Nacional, sedeado na DGS, tendo em vista o

alargamento do Programa a Grávidas e Pessoas Idosas.

F. Programa de Rastreio e Tratamento da Retinopatia Diabética. No final de 2007, a

organização e gestão do rastreio da retinopatia diabética foi atribuída ao Departamento de

Contratualização. Nesse sentido, e no âmbito da negociação dos Contratos-Programa com os

Hospitais SNS para 2008, foram desenvolvidas as seguintes actividades:

- Elaboração de novos protocolos para implementação do Programa de Rastreio e

Tratamento, um para cada uma das componentes (Rastreio e Tratamento);

- Revisão da utilização da aplicação informática de suporte ao Programa;

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

57

- Definição dos critérios a observar na convocatória dos utentes e da metodologia de

funcionamento do Programa em todas as suas vertentes.

19. DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA

Segundo a Portaria n.º 653/2007 de 30 de Maio, que aprova os novos estatutos da

Administração Regional de Saúde do Algarve, IP (ARS Algarve), compete ao Departamento

de Saúde Pública (DSP):

• Na vertente de Planeamento de Saúde, caracterizar e monitorizar o estado da saúde

da população e identificar as suas necessidades em Saúde;

• Elaborar a proposta para o Plano Regional de Saúde e monitorizar e acompanhar a

sua execução;

• Monitorizar a execução dos programas constantes no Plano Nacional de Saúde (PNS)

bem como avaliar o impacto da prestação dos cuidados, na saúde da população

• Apoiar o desempenho das funções de autoridade de saúde e promover investigação

em saúde;

• Realizar a vigilância epidemiológica dos fenómenos de saúde e dos seus

determinantes, através da Unidade de Vigilância Epidemiológica, UVE.

O DSP integra ainda o Laboratório Regional de Saúde Pública (LRSP), o qual presta apoio à

vigilância epidemiológica dos problemas de saúde e ambientais, em articulação com o

Laboratório Nacional de referência do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.

São objectivos do Departamento de Saúde Pública:

• Apoiar o desenvolvimento de políticas de saúde, através da avaliação das

necessidades da população, da identificação de grupos populacionais vulneráveis, da

definição de prioridades e da definição de programas de actuação e avaliação da

respectiva execução;

• Apoiar o desenvolvimento dos modelos de actuação mais adequados de forma a

melhorar a eficácia e eficiência dos serviços de saúde;

• Monitorizar a saúde da população e os respectivos factores de risco e de protecção;

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

58

APOIO TÉCNICO ADMINISTR

ATIVO

• Proceder à vigilância epidemiológica e apoiar os sistemas de alerta e resposta aos

fenómenos da saúde e da doença, incluindo o apoio laboratorial;

• Participar em programas de investigação em Saúde Pública;

• Promover e participar na formação e treino dos profissionais no âmbito da Saúde

Pública.

Aos serviços de Saúde Pública compete, ainda, exercer o poder de Autoridade de Saúde

garantindo a intervenção do Estado:

• Na defesa e promoção da saúde;

• Na prevenção da doença;

• No controlo dos factores de risco e de situações susceptíveis de causarem ou

acentuarem prejuízos graves à saúde individual, da população em geral e de grupos

específicos;

• No âmbito da sanidade internacional.

Gráfico 10

Organograma do Departamento de Saúde Pública

DIRECTOR DEPARTAMENTO

SAÚDE PÚBLICA

LABORATÓRIO REGIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

UNIDADE DE VIGILÂNCIA

a) Observatório de Saúde

b) Plano Regional de Saúde

c) Programas do Plano Nacional de Saúde

d) Apoio à Autoridade de Saúde

e) Investigação em Saúde

AUTORIDADE DE SAÚDE Depende

hierarquicamente do Ministro da

Saúde, através do Director-Geral da

Saúde ***

Garante a intervenção oportuna e

discricionária do Estado em

situações de grave risco para a

saúde pública

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

59

RECURSOS HUMANOS

No Quadro 26 apresentamos os recursos afectos ao DSP. Como se pode observar no quadro

abaixo referenciado, neste Departamento trabalham seis médicos, dos quais quatro são da

carreira médica de Saúde Pública. O Serviço conta também com um Engenheiro do

Ambiente, nove Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, três Enfermeiros, sete Técnicos

Superiores, um Técnico Informático, três Administrativos, dois Auxiliares de Apoio e Vigilância

e dois Auxiliares de Luta Anti-sezonática.

Quadro 26 Elementos afectos ao DSP Algarve

a) Em regime de contrato.

19. 1. PLANEAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DE SAÚDE

Esta Unidade Funcional tem como objectivo geral participar no Planeamento em Saúde da

Região, analisar e avaliar as estratégias de saúde definidas bem como os projectos de saúde

propostos, tendo em conta as necessidades de saúde da população, em articulação com os

serviços de saúde e outras instituições de âmbito regional e nacional.

A limitação em recursos humanos tem dificultado o seu desenvolvimento, pelo que se

procurou fomentar a articulação estreita com o Serviço de Planeamento da ARS e com os

coordenadores regionais dos Programas Nacionais definidos pelo Plano Nacional de Saúde.

Tempo

Médicos Saúde Pública

Médicos Outras

Carreiras

Eng.ª do Ambiente

Téc. Diag. e Terapêutica

Enf. Especialist

.

Técnicos Superiores

Técnico Informátic

a Administ.

Auxiliar Apoio e Vigilância

Auxiliar Luta Anti-Sezonática

Inteiro 3 --- 1 a) 7 2 4 + 2

a) 1 2 + 1

a) 2 2

Parcial 1 2 --- 2 1 1 --- --- --- ---

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

60

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DO DSP

Continuou-se a implementação do sistema de informação, nomeadamente as aplicações

desenvolvidas pela Direcção Geral de Saúde (SARA, DDO, SISAGUA, Resíduos

Hospitalares, Saúde Ocupacional) e o aperfeiçoamento das aplicações locais, de modo a

garantir informação em tempo útil e adequada à tomada de decisões e avaliação de

actividades.

Procedeu-se a um novo levantamento das necessidades informáticas das Unidades de

Saúde Pública concelhias, procurando que as mesmas fossem ultrapassadas.

REESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA

Na perspectiva de alteração do quadro legal das ARS e dos serviços de Saúde Pública

elaborou-se uma proposta do quadro de pessoal para os Serviços de Saúde Pública do

Algarve.

19. 2. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Foi nossa preocupação a divulgação da informação disponível às Autoridades de Saúde, de

modo a facilitar as intervenções.

19. 2. 1. DDO - Doenças Declaração Obrigatória Continuámos a introdução dos dados a nível Regional na aplicação desenvolvida pela

Direcção Geral de Saúde, tendo-se, paralelamente, mantido a base de dados do Delegado

Regional de Saúde.

No fim de cada trimestre foram divulgados os dados disponíveis ao Conselho de

Administração, à Coordenadora da Sub-Região, aos Directores dos Centros de Saúde, às

Autoridades de Saúde Concelhias, aos Directores Clínicos do HDF e CHBA e aos Directores

dos Serviços potencialmente notificadores do HDF e CHBA (Pediatria, Medicina,

Pneumologia, Gastrenterologia, Cuidados Intensivos).

No Quadro seguinte relacionamos o nº de notificações por concelho com o nº de inquéritos

epidemiológicos decorrentes dessas notificações.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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Quadro 27 Notificações / Inquéritos Epidemiológicos em 2007

Concelhos Nº de Notificações* Nº Inquéritos Epidemiológicos*

Albufeira 20 3

Alcoutim 0 0

Aljezur 5 0

Castro Marim 5 0

Faro 25 8

Lagoa 8 5

Lagos 23 6

Loulé 56 11

Monchique 7 4

Olhão 24 3

Portimão 46 19

São Brás de Alportel 3 3

Silves 11 7

Tavira 7 7

Vila do Bispo 1 1

Vila Real Sto António 14 0

TOTAL 255 77

* Dados fornecidos pelos Delegados Concelhios de Saúde 19. 2. 2. TUBERCULOSE

O Algarve possui maior taxa de incidência da doença em relação a Portugal, os dados

indicam 38 doentes em cada 100 mil habitantes. Número de casos aumentou 11 % em 2007,

verificou–se um aumento de taxa de incidência entre 2006 e 2007, registou-se 38 doentes em

cada 100 mil habitantes, quando em 2006, registou-se 34 doentes em cada 100 mil

habitantes.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

62

Gráfico 11

Tuberculose - Taxa de incidência - resultados nacionais

33,732,2

29,427,8

34,5136,69

42,28

38,39

0

10

20

30

40

50

2004 2005 2006 2007anos

taxa

Portugal

Algarve

Fonte: CDP Algarve

Quadro 28

Tuberculose no Algarve - 2007

Taxas* 2004 2005 2006 2007

Incidência 36,21 33,78 31,59 38,39

Tendência 7,2 -7,4 -9,5 21,5

Recidivas 6,07 3,28 2,91 2,67

Tendência 108,6 -48,1 -11,3 -8,2

Prevalência 42,28 36,69 34,51 37,18

Fonte: CDP Algarve * dados adaptados ao Nut's novas, DL nº244/2002

Segundo a DGS, os infectados por VIH/sida têm 200 vezes mais probabilidade de contraírem

tuberculose.

Nº de casos Portugal Algarve 2004 3511 174 2005 3470 181 2006 3083 142 2007 2916 158

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

63

Quadro 29

Tuberculose no Algarve - 2007 Tuberculose 2005 2006 2007

HIV + 27 (19,2%) 16 (11,3%) 37 (22,1%)

Estrangeiros 33 (23,4%) 30 (21,1%) 39 (24,7%)

Idade>15 anos 151 (99,3%) 141 (99,3%) 156 (98,7%)

Idade < 15 anos 1 (0,7%) 1 (0,7%) 2 (1,3%)

Fonte: CDP Algarve

Em 2007 no Algarve, o número de seropositivos com tuberculose foi de 37 doentes. Entre

2006 e 2007 registou-se um aumento de 131% do número de doentes co-infecção

tuberculose/VIH.

Quadro 30

Tuberculose no Algarve - 2007 Resultado 2005 2006 2007

Cura 51 (33,8%) 51 (35,9%) 63 (39,9%) (92,1%) (90,1%) (88,0%)

Tratamento 88 (58,3%) 77 (54,2%) 76 (48,1%)

Abandono 2 (1,3%) 4 (2,8%) 4 (2,6%)

Mortes 10 (6,6%) 8 (5,6%) 8 (5,2%)

TOD 78 (51,6) 85 (66,4%) 99 (64,7%)

Fonte: CDP Algarve

19. 2. 3. PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLO DAS HEMOGLOBINOPATIAS O Programa Nacional de Controlo das Hemoglobinopatias (PNCH) decorre na Região desde

Setembro de 1987 de acordo com os objectivos do programa nacional: detecção das

heterozigotias através de rastreio dos grupos vulneráveis, aconselhamento genético dos

casais em risco, informação da comunidade e do pessoal técnico e colaboração em estudos

epidemiológicos.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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Quadro 31 Avaliação do PNCH por concelhos, 1987 a 2007

Rast ABF ACT AJZ CTM FAR LGA LGS LLE MCQ OLH PTM SBA SLV TVR VBP VRS OUT TOTAL

NP 3275 211 417 474 2178 1083

1214 4087 230 1119 1784 829 950 650 455 1863 5825 26644

Port 349 11 43 19 276 281 193 261 39 183 385 70 204 120 61 137 420 3052

Total 3624 222 460 493 2454 1364

1407 4348 269 1302 2169 899 1154 770 516 2000 6245 29696

19. 2. 4. INFECÇÃO POR VÍRUS DO NILO OCIDENTAL

Durante o ano de 2007 continuaram a ser desenvolvidas actividades conjuntas com outras

entidades (Autarquias, CCDR, empresa Águas do Algarve e entidades particulares) visando o

controlo populacional dos insectos vectores.

Controlo Vectorial

Deu-se continuidade às intervenções do ano anterior através da realização das seguintes

actividades:

• Acompanhamento dos planos e actividades desenvolvidas pelas Autarquias ou outras

entidades públicas ou privadas;

• Divulgação da informação obtida pela vigilância entomológica às Autarquias e a outras

entidades envolvidas na luta anti-vectorial.

Identificação de Locais Criadores de Vectores

Com o objectivo de identificar em cada concelho os locais potenciais e efectivos de criação

de populações de mosquitos vectores de VNO, foram realizadas visitas a cada concelho,

desde a segunda quinzena de Abril até meados de Junho (com excepção dos concelhos de

Olhão e Portimão), por elementos do DSP, do extinto Serviço de Luta Anti-sezonática, dos

Serviços de Saúde Pública locais, das Autarquias e da empresa AdA (nos concelhos onde as

ETAR já eram exploradas por esta empresa).

Actividades de Controlo Vectorial

Relativamente às acções anti-vectoriais implementadas pelas Autarquias, a

informação está sintetizada no quadro seguinte.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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Quadro 32 Actividades realizadas pelas Autarquias e aspectos a melhorar no controlo

vectorial

CONCELHOS ACTIVIDADES REALIZADAS PELAS AUTARQUIAS (LOCAIS CRIADORES DE MOSQUITOS)

ASPECTOS A MELHORAR (LOCAIS CRIADORES DE MOSQUITOS)

ABF

- Aplicação de larvicida mensalmente, ausência de aplicação em Setembro

- Incremento da frequência de aplicação de larvicida, no mínimo quinzenal

ACT - Colaboração esporádica com a AS

- Aplicação de larvicida com regularidade em locais com água estagnada

- Limpeza das linhas de água

AJZ - Colaboração esporádica com a AS

- Locais criadores identificados são da responsabilidade da empresa Águas do Algarve

- Sem informação adicional

- Limpeza da vegetação nas linhas de água

CTM - Colaboração regular com a AS

- Aplicação de larvicida mensalmente, ausência de aplicação em Setembro

- Incremento da frequência de aplicação de larvicida, no mínimo quinzenal;

- Limpeza da vegetação nas linhas de água e margens de lagoas de ETAR

FAR - Colaboração esporádica com a AS

- Sem informação adicional

- Demolição das ETAR desactivadas

- Limpeza da vegetação nas linhas de água

LGA - Colaboração esporádica com a AS

- Aplicação de larvicida quinzenalmente, iniciada em Julho e ausente em Setembro

- Iniciação da aplicação de larvicida em Maio, a terminar em Outubro

- Limpeza da vegetação nas linhas de água

LGS ---

- Demolição da antiga ETAR de Odeáxere

- Demolição da antiga ETAR da Luz de Lagos

LLE - Colaboração frequente com a AS

- Sem informação adicional

- Limpeza da vegetação nas linhas de água

CONCELHOS ACTIVIDADES REALIZADAS PELAS AUTARQUIAS (LOCAIS CRIADORES DE MOSQUITOS)

ASPECTOS A MELHORAR (LOCAIS CRIADORES DE MOSQUITOS)

MCQ ---

- Limpeza da vegetação nas Ribeiras e linhas de água

- Aplicação de larvicida 1 vez (indisponibilidade de pessoal para aplicação)

- Dar continuidade à aplicação de larvicida de forma regular (quinzenal), entre Maio e Outubro

OLH - Colaboração esporádica com a AS

- Aplicação de larvicida mensalmente, ausência de aplicação em Agosto

- Incremento da frequência de aplicação de larvicida, no mínimo quinzenal

- Demolição de ETAR desactivadas

- Limpeza da vegetação nas linhas de água

PTM - Colaboração ausente com a AS - Aplicação de larvicida com frequência mínima quinzenal, entre Maio e Outubro;

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

66

- Sem informação adicional

- Limpeza da vegetação nas linhas de água

SBA - Colaboração regular com a AS

- Limpeza da vegetação nas Ribeiras e linhas de água

- Demolição de 1 ETAR desactivada

- Aplicação regular de larvicida

- Demolição das restantes ETAR desactivadas

SLV - Colaboração esporádica com a AS

- Sem informação adicional

- Limpeza da vegetação nas linhas de água

TVR

- Aplicação de larvicida mensalmente, iniciada em Julho

- Demolição das ETAR concelhias desactivadas

- Iniciação da aplicação de larvicida em Maio, a terminar em Outubro, com frequência mínima

quinzenal;

- Limpeza da vegetação nas linhas de água

VBP - Colaboração esporádica com a AS

- Locais criadores identificados são da responsabilidade da empresa Águas do Algarve

- Limpeza das linhas de água

VRSA - Colaboração frequente com a AS

- Aplicação de larvicida de Maio a Outubro, com frequência de aplicação mensal em cada local criador

- Incremento da frequência de aplicação de larvicida em cada local, no mínimo quinzenal

- Demolição de ETAR desactivadas

PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO COM O CEVDI/ INSA

No ano de 2007 foi dada continuação ao Protocolo de Colaboração estabelecido entre o

Centro de Estudos de Vectores e Doenças Infecciosas (CEVDI)/ INSA e a ARS Algarve, no

âmbito da Vigilância do Vector Transmissor do VNO, efectivado a 1 de Junho de 2006.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

67

Avaliação dos Níveis de Infecciosidade

No âmbito da avaliação dos níveis de infecciosidade por arbovírus, foi efectuada a colheita da

entomofauna no Sapal de Castro Marim, Vale do Garrão (Ria Formosa), Lagoa dos

Salgados/Ribeira de Espiche, Ria de Alvor e Paúl de Lagos. Para além dos níveis de

infecciosidade, pretendeu-se avaliar a possível dispersão de arbovírus, entre os quais VNO,

pela região.

As colheitas de mosquitos foram efectuadas duas vezes em cada posto, entre os meses de

Junho e Outubro, durante duas noites por colheita (total de 20 colheitas).

Inquérito Sero-epidemiológico

Este Inquérito teve como alvos trabalhadores com actividade ao ar livre, perto do local onde

terá ocorrido a infecção dos dois turistas irlandeses em 2004 – Vale do Garrão.

Foram efectuadas colheitas de sangue a 90 pessoas entre Abril e Junho de 2007

As amostras de sangue foram preparadas, acondicionadas e enviadas para o INSA/CEVDI

pelo Laboratório de Saúde Pública da Região.

Resultados Obtidos No CEVDI/INSA foram identificadas 6041 fêmeas de mosquito no que se refere à espécie,

por cada posto de colheita, e foram preparados 115 pools para avaliação dos níveis de

infecciosidade. Foram identificadas 10 espécies de mosquitos: Anopheles algeriensis, An.

atroparvus, Culex pipiens, Cx. theileri, Cx. univittatus, Culiseta annulata, Cs. longiareolata,

Ochlerotatus detritus, Oc. caspius e Uranotaenia unguiculata.

Nenhum dos pools deu resultado positivo, apenas foi identificada a presença de flavivírus

nalguns pools, sem consequências clínicas para o Homem.

No que se refere ao Inquérito Sero-epidemiológico, das 90 amostras foram detectados 3

soros positivos, dois dos quais com títulos IgG e um com anticorpos IgM, correspondentes a

pessoas que no inquérito responderam negativamente às perguntas (viagens e vacinações

recentes). Nova colheita efectuada ao voluntário com IgM positivo revelou-se inconclusiva,

por apresentar o mesmo valor, inferindo-se que poderá tratar-se de doença auto-imune.

19. 2. 5. PLANO DE CONTINGÊNCIA PARA ONDAS DE CALOR

O Plano de Contingência foi activado no período entre 15 de Maio e 30 de Setembro e teve

como principais objectivos:

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

68

• Minimizar os efeitos e a exposição ao calor da população em geral e dos grupos

vulneráveis em particular;

• Limitar as consequências da exposição ao calor;

• Reforçar e adequar os cuidados de saúde.

Para facilitar a sua operacionalização, foram definidas actividades a implementar antes do

período em vigilância e actividades a desenvolver durante esse período, que iam sendo

ajustadas em função dos alertas emitidos e das necessidades esperadas e/ ou verificadas.

As principais actividades desenvolvidas foram:

• Divulgação do Plano, proposto pelo DSP, junto dos Directores dos Centros de Saúde,

Autoridades de Saúde Concelhias, Conselhos de Administração do Hospital Central de

Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, Comando Distrital de Operações de

Socorros de Faro e outras instituições, no âmbito da articulação interinstitucional;

• Elaboração e implementação dos Planos de Contingência Específicos, em apenas 7 dos

16 Centros de Saúde da Região, a saber, CS de Alcoutim, de Lagoa, Lagos, Portimão,

Silves, Vila do Bispo e Vila Real St.º António. As Unidades Hospitalares da Região

(HCF e CHBAlgarve) não enviaram para este Departamento os Planos de Contingência

Específicos.

• Levantamento das condições concelhias por parte dos CS dos concelhos de Alcoutim,

Lagoa, Lagos, Olhão, Portimão, Silves e VRSA, com vista à identificação dos Grupos de

Risco e Identificação de Locais de Abrigo;

• Investimento na instalação de Sistemas de Climatização nos Centros de Saúde de

Albufeira, Faro, Lagoa, Lagos, Olhão, Monchique, Portimão, S.B. de Alportel, Silves,

Tavira e VRSA, perfazendo um total de 108 946.10 €;

• Monitorização diária dos indicadores: temperatura e humidade relativa, Índice U.V., valor

máximo diário da concentração média horária de ozono e concentração média diária de

partículas suspensas (PM10);

• Monitorização da procura diária nos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) e

Serviços Apoio Complementar (SAC) dos Centros de Saúde e dos Serviços de Urgência

dos Hospitais, efectuada pelo Serviço de Planeamento da ARS;

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

69

• Divulgação de Circulares Informativas da DGS com recomendações para fazer face a uma

Onda de calor, para os Serviços de Saúde (Hospitais e Centros de Saúde), Direcção

Regional de Segurança Social, Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil;

• Divulgação de Fichas de Acção para as instituições atrás referidas, com a informação de

medidas de minimização dos possíveis efeitos de uma Onda de Calor, via email e através

do site da ARSAlgarve;

• Divulgação de flyers, em Português e Inglês;

• Transmissão de spots radiofónicos “Cuidado com o Calor”, nas rádios regionais, tendo

como custo 5 421.19€

• Divulgação da Informação Onda de Calor nos cinemas SBC, no Fórum Algarve, com o

custo de 217.80€

No período de vigência do Plano de Contingência vigorou o Alerta Verde, com excepção dos

seguintes períodos em que foi emitido o Alerta Amarelo: dias 27, 28, 29, 30 e 31 de Julho.

Na sequência da emissão do Nível de Alerta para o Grupo Operacional de Saúde da DGS, foi

enviado diariamente um e-mail aos Directores dos CS, Delegados de Saúde Concelhios,

Directores dos Hospitais e Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro, no sentido

da adopção de procedimentos, em função do Nível de Alerta emitido.

Relativamente à ocorrência de patologias associadas ao calor, foram apenas identificados

dois casos de “Golpe de Calor”, um deles no CS de Alcoutim e outro no CS de VRSA, nos

dias 31 e 29 de Julho, respectivamente (Registos efectuados nas Urgências e SAP’s, em

situações de alerta).

19. 3. SAÚDE AMBIENTAL À área funcional de saúde Ambiental compete, em geral, funções de organização, orientação

e apoio a todas as acções de vigilância e controlo dos riscos ambientais.

19. 3.1. PROGRAMAS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA C/ COMPONENTE ANALÍTICA DA QUALIDADE

DA ÁGUA

No Quadro seguinte encontram-se referidos os principais Programas de Vigilância Sanitária

que se desenvolveram na Região e que incluíram as vertentes de vigilância sanitária analítica

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70

e programas de controlo promovidos por entidades com contrato de prestação de serviços

com o LSP.

Quadro 33

Programas de Vigilância/Controlo da Qualidade da Água

Programas Nº DE PONTOS DE COLHEITA

Nº AMOSTRAS COLHIDAS

Nº AMOSTRAS CONFORMES

Nº AMOSTRAS NÃO

CONFORMES

Consumo Humano (V) 311* 814Mic/702FQ 753Mic/666FQ 61Mic/36FQ

Consumo Humano Fins Selectivos

Aeroporto V 06 66 66 00

C 06* 77 76 01

HCF (C) 06 67 67 00

CMFRS (C) 03 21 20 01

Cianobactérias (V) 00 00 00 00

Hemodiálise (V) 11 31 31 00

Mineral Natural

Engarrafada (V) 05 53 53 00

Termal (V) 05 64 59 5 Exc.VMR 00

Zonas Balneares (V) 36 288 224 Aceitáv Más

32 32

Piscinas

Piscinas Aquecid. (V) 20*** (45circ) 450 378 72

Piscinas Frias (V) 16*** (32circ) 150 122 28

Piscina CHBA (C) 01 22 22 00

Piscina CMFRS (C) 01 13 12 01

Piscina Termal MCQ 01 13 12 01

Recintos com Diversões Aquáticas (V) 3*** (29circ) 131 121 10

Talassoterapia (C) 04 52 33 19

Legionella

Hoteleiros (V) 135*** 274 222 + 1**** 51*****

HDFaro (C) 08

(2intercalados) 104 70 34

CHBA (C) 04 16 16 00

CMFRS (C) 03 21 21 00

Termas MCQ (V) 05 10 10 00

Piscina Municipal VRSA

02 02 02 00

* Pontos de colheita de rotina (Incluem oito pontos extraordinários) ** Pontos de colheita extraordinários *** n.º de piscinas/unidades hoteleiras (podem ter mais que um circuito/ponto de colheita) **** 1 zaragatoa positiva ***** 1 aguarda confirmação por biologia molecular

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19. 3.1.1. PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO

HUMANO

O Programa de Vigilância Sanitária da Água de Consumo Humano desenvolvido na Região

do Algarve incidiu essencialmente em actividades de vigilância sanitária de modo a cumprir o

estipulado no Decreto-Lei 243/2001 de 5 de Setembro - a vertente analítica da vigilância

sanitária limita-se a situações específicas, sendo desencadeada quando necessário para

avaliação da qualidade da água para consumo humano:

Quadro seguinte reporta à vertente analítica do Programa de Vigilância Sanitária da Água de

Consumo Humano desenvolvido na Região do Algarve.

Quadro 34

Programas de Vigilância/Controlo da Qualidade da Água

CONCELHO Nº DE PONTOS DE

COLHEITA

Nº AMOSTRAS COLHIDAS

Nº AMOSTRAS CONFORMES

Nº AMOSTRAS NÃO

CONFORMES

MICR FQ MICR FQ MICR FQ

ABF 12 36 36 34 36 2 0

ACT 67 159 157 142 151 17 6

AJZ 10 32 32 31 32 1 0

CTM 13+8** 39+15** 39+5** 26+12** 28+0** 13+3** 11+5**

FAR 10 48 23 48 23 0 0

LGA 12 50 48 49 45 1 3

LGS 7 19 19 19 19 0 0

LLE 42 73 72 66 65 7 7

MCQ 14 37 28 34 28 3 0

OLH 8 32 32 32 32 0 0

PTM 15 56 56 55 56 1 0

SBA 26 33 11 29 9 4 2

SLV 13 59 57 58 57 1 0

TVR 24 45 7 42 6 3 1

VBP 9 32 32 28 31 4 1

VRS 21 49 48 48 48 1 0

REGIÃO 311* 814 702 753 666 61 36

• * Pontos de colheita de rotina (Incluem oito pontos extraordinários) • ** Pontos de colheita extraordinários

O gráfico seguinte expõe o perfil da qualidade da água para consumo humano, resultante das

actividades supra referidas, evidenciando a percentagem de amostras com valores

paramétricos “conformes” e “não conformes” na Região.

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Gráfico 12 Perfil Global da Qualidade da Água para Consumo Humano Vertente Analítica do Programa de Vigilância Sanitária (2007)

Actualmente quase todos os Concelhos são servidos por Sistemas de Abastecimento

provenientes de captação superficial (Águas do Algarve), ainda que nem sempre

exclusivamente, vistos em algumas áreas daqueles Concelhos, nomeadamente nas zonas

limítrofes e da serra, existirem ainda pequenas captações subterrâneas/fontenários de

abastecimento. Em alguns Concelhos existem também captações particulares pertencentes a

alguns equipamentos turísticos.

O Concelho de Monchique constitui o único abastecido somente por captações subterrâneas.

19. 3.1.2. PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO

HUMANO PARA FINS SELECTIVOS

Continuaram a desenvolver-se Programas de Vigilância da Qualidade da Água para Fins

Selectivos, da responsabilidade das Autoridades de Saúde Concelhias.

Programa de Vigilância no Aeroporto Internacional de Faro

A qualidade da água para consumo humano em aeroportos e aeronaves tem como

documentos de referência o Regulamento Sanitário Internacional 2005 (Aviso n.º12/2008,

23Janeiro) e as Guidelines for Drinking Water, third edition, 2004, WHO.

Na sequência do trabalho realizado nos anos anteriores foi desenvolvido um programa de

vigilância complementar ao programa de controlo da responsabilidade do Aeroporto e das

empresas responsáveis pelo abastecimento das aeronaves.

NÃO CONFORMES 6.4%

CONFORMES 93.6%

N = 1516

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73

No que se refere à vertente analítica, de periodicidade mensal, foram efectuadas no âmbito

da vigilância sanitária 66 análises à qualidade da água, tendo a sua totalidade revelado

conformidade. No âmbito do Programa de Controlo realizaram-se 77 análises, tendo apenas

uma revelado não conformidade.

Programa de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano

do HDF

Foi dada continuidade ao Protocolo existente entre o LSP e o HDF referente ao programa de

controlo analítico que é da responsabilidade do HDF.

O programa de controlo, de periodicidade mensal, contemplou 67 análises à qualidade da

água. Verificou-se que todas evidenciaram conformidade.

Programa de Vigilância em Unidades de Hemodiálise

As actividades realizadas durante o ano de 2007 tiveram em consideração o programa de

controlo de qualidade das entidades gestoras em alta e em baixa (Águas do Algarve e

Serviços Municipalizados) e os programas de controlo da responsabilidade de cada unidade

de diálise.

No âmbito da vertente analítica do Programa de Vigilância Sanitária foram efectuadas 31

análises que por sua vez revelaram compatibilidade com os requisitos exigidos.

Programa de Vigilância de Cianobactérias nos Sistemas de Abastecimento de Água para Consumo Humano com Origem em Águas Superficiais

Manteve-se um programa de vigilância sanitária com a finalidade de reduzir/controlar os

riscos associados ao surgimento de Cianobactérias nas barragens que são utilizadas como

captação de água para consumo humano.

As actividades e a operacionalização do programa assentaram essencialmente no trabalho

intersectorial (Entidade Gestora, Autarquias, CCDR e DSP):

• Desenvolveram-se circuitos de divulgação de Informação e Alerta conjuntos;

• Desenvolveram-se estratégias de intervenção conjunta;

• Definiram-se propostas e interlocutores na operacionalização de programas conjuntos.

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74

19. 3.1.3. PROGRAMA DE VIGILÂNCIA DA QUALIDADE DA ÁGUA MINERAL NATURAL No concelho de Monchique existe um estabelecimento de captação de água mineral natural.

No âmbito da vigilância sanitária, desenvolveram-se actividades visando essencialmente a

defesa da saúde dos seus utilizadores, nomeadamente:

• Vigilância do cumprimento do programa de controlo de qualidade estabelecido pela

Direcção Geral de Energia - IGM;

• Identificação de situações de risco para a saúde resultantes da poluição da água;

• Vigilância analítica complementar ao programa de controlo de qualidade. Foram

efectuadas 53 análises à água reveladoras de qualidade própria.

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75

19. 3.1.3.1. Vigilância da Água Mineral Natural Termal – Termas de Monchique

Este programa visa a defesa da saúde dos utilizadores do Estabelecimento Termal das

Caldas de Monchique, tendo sido desenvolvidas as seguintes actividades:

• Vigilância do cumprimento do programa de controlo de qualidade estabelecido pela

Direcção Geral de Saúde;

• Implementação das medidas correctoras adequadas após identificação de

situações de risco para a saúde resultantes da poluição da água;

• Desenvolvimento do programa de vigilância analítica complementar ao programa

de controlo de qualidade (realizaram-se 64 análises, tendo 5 destas se situado

acima do VMR).

19.3.1.4. PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DAS ZONAS BALNEARES COSTEIRAS E

INTERIORES

O Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares (DL n.º 236/98 de 1 Agosto),

decorreu de 5 de Junho a 25 de Setembro. Foram contempladas as vertentes analítica,

tecnológica e epidemiológica.

A vertente analítica contemplou somente as seguintes ZB:

• Zonas Balneares designadas à União Europeia (EU), com historial de episódios de

má qualidade ao longo dos últimos anos e abrangidas pelo PVC;

• Praias não designadas como ZB, nem abrangidas pelo PVC, mas que a elevada

afluência de veraneantes ou outras especificidades justificaram a sua inclusão no

programa.

O Quadro que se segue constitui um mapa resumo do PVS e do PVC:

Quadro 35

Mapa Resumo do Programa Vigilância Sanitária e do Programa de Verificação da Conformidade da Água Balnear e Praias em Estudo

CONCELHO

ZB/ANÁLISES VERTENTE TECNOLÓGICA (PVS)

OCORRÊNCIAS VERIFICAÇÃO CONFORMID.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA Áreas

Envolventes Fontes

Poluidoras*

Caracterização Zonas

Balneares*

ZB ZB Análises 1.ª 2.ª 1.ª 2.ª 1.ª 2.ª

ABF 25 06 50 24 24 0 0 0 0 3

ACT 01 1 08 1 1 0 0 0 0 1

AJZ 08 2 16 9 9 0 0 0 0 0

CTM 03 3 24 3 3 0 0 0 0 0

FAR 08 1 08 0 4 0 0 0 0 0

LGA 10 3 24 10 0 0 0 0 0 0

LGS 06 3 24 6 6 0 0 0 0 1

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LLE 09 4 32 0 0 0 0 0 0 0

OLH 06 2 17 6 6 0 0 0 0 1

PTM 08 2 12 9 9 0 0 0 0 0

SLV 03 2 17 4 4 0 0 0 0 1

TVR 07 3 24 7 7 0 0 0 0 1

VBP 13 2 16 13 13 0 0 0 0 0

VRS 5 2 16 6 6 0 0 0 0 0

TOTAL 112 36 288 98 92 0 0 0 0 8

*Apenas se realizam de 5 em 5 anos ou em circunstâncias excepcionais

A Avaliação da Zona Envolvente foi efectuada em 98 ZB tendo havido uma

segunda avaliação nas mesmas (excepto nos Concelhos de FAR e LLE).

Vertente Epidemiológica

No quadro seguinte estão resumidas as ocorrências que se verificaram durante a

época balnear e as principais intervenções desenvolvidas

Quadro 36

OCORRÊNCIAS E INTERVENÇÕES EM ZONAS BALNEARES (Dep. SP, ARSA,IP) Concelho Zona Balnear Ocorrências Intervenções

ABF

ALEMÃES 11SET - Análise de Má Qualidade; Avaria na EE de Águas Residuais do Kiss, Forte e Jacarandá.

12 SET –Desaconselhamento ; Análise de Má Qualidade

13SET – Desaconselhamento retirado

INATEL

24JUL - Análise de Má Qualidade. Não foi identificada a causa da contaminação

O resultado de Má qualidade resultado não deu origem a desaconselhamento. Porque foi colhida nova amostra no dia 25 que revelou água de Boa qualidade.

ACT PEGO FUNDO 12SET - Análise de Má Qualidade.

13SET – Desaconselhamento do banho

14SETJ– Desaconselhamento retirado

LGS PORTO DE MÓS

(arreada BA)

04 SET - Análise de Má Qualidade, presumível contaminação do sistema de drenagem de águas pluviais c/ drenagem de águas residuais

05 SET – Desaconselhamento do banho

06 JUL – Desaconselhamento retirado

OLH

TESOS

28AGO - Análise de Má Qualidade .Presume-se que a ocorrência teve origem na estação elevatória do parque de campismo da Fuseta.

30AGO – Desaconselhamento do banho

31AGO – Desaconselhamento retirado

SLV ARMAÇÃO DE

PÊRA

13AGO - Análise de Má Qualidade. Presume-se que a ocorrência foi consequência da abertura da lagoa da Rib. Alcantarilha.

17AGO – Desaconselhamento do banho

18AGO – Desaconselhamento retirado

TVR LACÉM

09JLH - Análise de Má Qualidade, a contaminação teve origem na descarga ilegal das águas residuais.

10JUL – Desaconselhamento do banho

11JUL – Desaconselhamento retirado

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

77

19. 3.1.5. Programa de Vigilância Sanitária da Qualidade da Água em Piscinas Públicas

A Vigilância Sanitária englobou as seguintes actividades:

• Avaliação e caracterização das medidas de gestão e manutenção da qualidade da

água, bem como os equipamentos e produtos químicos utilizados para o tratamento

da água;

• Avaliação das condições de higiene e de funcionamento das instalações e

equipamentos aplicando a Grelha de Avaliação das Piscinas;

• Realização de análises que complementaram a avaliação da qualidade da água

efectuada pela entidade gestora;

• Determinação de medidas correctoras.

No quadro seguinte, podemos observar as 20 estruturas dotadas de piscinas de água quente

e 16 dotadas de piscinas de água fria que foram alvo da vertente analítica do programa e o

número de colheitas por Concelho.

Quadro 37

Resumo do Programa Vigilância Sanitária das Piscinas

CONCELHO

TOTAL COLHEITAS PISCINAS AQUECIDAS PISCINAS FRIAS

AQUECIDAS FRIAS N.º Piscinas N.º Circuitos N.º Piscinas N.º Circuitos

ABF 43 29 1 3 2 6 ACT 10 --- 1 1 --- ---

AJZ --- 10 --- --- 2 3 CTM 8 --- 1 1 --- ---

FAR 85 14 4 8 1 4

LGA 20 8 1 2 1 2

LGS 25 9 2 3 1 1 LLE 41 14 1 4 2 4

MCQ 11 6 1 1 1 2 OLH 43 19 1 4 2 4

PTM 29 --- 2 3 --- ---

SBA --- 4 --- --- 1 2

SLV 39 7 2 4 1 2 TVR 53 --- 1 5 --- ---

VBP --- --- --- --- --- --- VRS 43 30 2 6 2 2

REGIÃO 450 150 20 45 16 32

Como se pode observar no gráfico seguinte, no âmbito do Programa de Qualidade da Água

em Piscinas e analisando o perfil global da qualidade da água das 36 piscinas da Região,

constatámos que num total de 600 análises, 83.3% (500 análises) apresentaram boa

qualidade, verificando-se uma melhoria em relação ao ano transacto (75.8%, 420 análises).

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

78

Gráfico 9 Perfil da Qualidade da Água em Piscinas – Vigilância Sanitária (2007)

19. 3.1.6.Programa de Vigilância Sanitária da Qualidade da Água em Recintos com Diversões Aquáticas

O Programa de Vigilância Sanitária dos RDA em 2007 decorreu à semelhança dos anos

anteriores cumprindo a legislação em vigor (DR n.º 5/97de 31 de Março).

Estiveram em funcionamento três RDA: “Aquashow” – Concelho LLE; “Slide & Splash” -

Concelho LGA; “Aqualand/Big One” – Concelho SLV.

Para além da participação nas vistorias anuais de reinício de actividades, conjuntamente com

o Instituto Nacional do Desporto (IND), Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC),

Autarquias e Ministério da Economia, as actividades desenvolvidas incluíram:

Avaliação anual das condições das instalações, dos equipamentos e do

funcionamento, antes da reabertura, utilizando como instrumento de recolha de

informação o Protocolo de Vistoria e de Vigilância das Condições Higio-Sanitárias das

Instalações, dos Equipamentos e dos Níveis da Qualidade da Água dos RDA;

Informação à entidade responsável pelo equipamento, do resultado da avaliação,

assim como das recomendações e medidas necessárias para o seu funcionamento

sem risco para os utilizadores s e trabalhadores;

Execução da vertente de vigilância analítica com periodicidade mensal;

Verificação do cumprimento do Programa de Controlo a executar pelas entidades

exploradoras;

IMPRÓPRIAS 16.7%

PRÓPRIAS 83.3%

N = 36

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

79

Determinação de medidas correctoras sempre que se ultrapassaram os valores

aceitáveis da água para os fins a que se destina;

Verificação do cumprimento das determinações e/ou das medidas recomendadas.

No Quadro 36 apresentam-se os resultados analíticos do Programa de Vigilância Sanitária (PVS), relativos à qualidade microbiológica da água das actividades aquáticas. QUADRO 39

Quadro 38

* Não foram enviadas as análises

No gráfico seguinte apresenta-se os gráficos representativos da qualidade microbiológica da

água dos RDA no âmbito do PVS:

Gráfico 12

Qualidade Microbiológica Água RDA - VIGILÂNCIA SANITÁRIA 2007 -

9,5%

90,5%

Própria Imprópria

VIGILÂNCIA SANITÁRIA E CONTROLO RDA 2007

CONC RECINTOS N.º CIRCUIT

OS

VIGILÂNCIA CONTROLO TOTAL DE ANÁLISES

TOTAL IMPRÓP. TOTAL IMPRÓP. TOTAL IMPRÓP.

LGA SLIDE & SPLASH 9 57 6 98 1 155 7

LLE AQUASHOW 9 32 4 * * 32 4

SLV AQUALAND 11 42 0 * * 42 0

TOTAL 29 131 10 98 1 229 11

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

80

19.3.1.7. Programa Vigilância da Qualidade da Água em Centros de Talassoterapia A Autoridade de Saúde do concelho de Lagoa estabeleceu um Programa de Vigilância numa

Unidade de Talassoterapia complementar ao Programa de Controlo que contemplou 52

análises, das quais 19 revelaram qualidade imprópria. Com a finalidade de avaliar as

condições de higiene e de funcionamento das instalações e equipamentos de Talassoterapia

e caracterizar as medidas de gestão e manutenção da qualidade da água, bem como os

equipamentos e produtos químicos utilizados no seu tratamento, foi aplicada a Grelha de

Avaliação das Talassoterapias, elaborada para o efeito.

19.3.1.8. Programa de Prevenção da Doença dos Legionários Estabeleceu-se como prioridade a vigilância das condições estruturais e de funcionamento,

que constituem risco acrescido, em estabelecimentos Hoteleiros e Hospitalares.

Estabelecimentos Hoteleiros

Este programa tem como objectivos específicos:

Incentivar os EH para a implementação e desenvolvimento de actividades

preventivas e de programas de controlo;

Identificar os EH com risco acrescido, através da avaliação do risco (instalações e

equipamentos), e da monitorização analítica;

Determinar medidas preventivas/correctivas adequadas à redução/eliminação do

risco de colonização das redes e equipamentos, e de ocorrência de casos de

doença associados à laboração ou estadia em EH.

A criação de um instrumento para avaliação do risco de colonização por legionella em 2003,

e a sua aplicação tem permitido:

• Sistematizar e uniformizar a avaliação das condições das instalações, equipamentos

e procedimentos que favorecem a ocorrência de casos da doença dos legionários;

• Facilitar a avaliação periódica do risco em função de vários factores que

aumentam a probabilidade de ocorrência de colonização da rede predial e outros

equipamentos;

• Obter um valor final, correspondendo a maior pontuação a um maior risco.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

81

No próximo quadro podemos verificar os estabelecimentos sujeitos a avaliação de risco nos

últimos 3 anos e a reavaliação em 2007 de algumas destas unidades, identificadas como

tendo risco acrescido.

Quadro 38

Minimização do Risco em Estabelecimentos Hoteleiros

Conc. Nº Estab. Existentes Nº Estab. com Avaliação Risco(1)

Nº Estab. c/ Reavaliação de Risco em 2007(2)

3, 4 e 5* Outros 3, 4 e 5* 3, 4 e 5* Outros

ABF 160 --- 115 --- 36 ---

ACT 2 1 2 0 0 0

AJZ 3 --- 2 --- 0 ---

CTM 3 6 --- --- --- --- FAR 6 1 6 1 --- ---

LGA 14 2 4 1 --- --- LGS 6 4 0 0 1 0

LLE 22 --- 4 --- 0 ---

MCQ 5 6 5 5 0 0

OLH 2 8 2 8 0 0

PTM --- --- 20 --- 6 --- SBA 3 --- 0 --- 1 ---

SLV --- --- 4 --- 2 --- TVR 6 17 6 --- 2 ---

VBP 4 5 3 1 --- ---

VRS 21 16 12 1 3 0

TOTAL 257 66 185 17 51 0

323 202 51 1) Estabelecimentos que foram sujeitos a avaliação nos últimos 3 anos (2)

Estabelecimentos sujeitos a Reavaliação em 2007, mesmo que a Avaliação tenha sido efectuada em anos anteriores

O quadro seguinte resume a informação relativa aos estabelecimentos em que foi

desenvolvida a componente analítica do programa de vigilância e a informação disponível

relativa a programas de controlo analítico da responsabilidade das unidades hoteleiras.

Quadro 39 Programas Vigilância e Controlo em Estabelecimentos Hoteleiros

Conc. Nº Estab. Existentes

N.º Estab. com Programa de Controlo Analítico

N.º Estab. com Programa com Vigilância Analítica

3, 4 e 5* Outros 3, 4 e 5* Outros 3, 4 e 5* Outros

ABF 160 --- 25 --- 25 ---

ACT 2 1 0 0 1 0

AJZ 3 --- 0 --- 0 ---

CTM 3 6 2 --- 2 ---

FAR 6 1 2 --- 5 ---

LGA 14 2 6 0 7 1

LGS 6 4 0 0 4 0

LLE 22 --- 15 --- 17 ---

MCQ 5 6 0 0 0 0

OLH 2 8 0 4 0 4

PTM --- --- 4 --- 6 ---

SBA 3 --- 0 --- 0 ---

SLV --- --- 1 --- 2 ---

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

82

TVR 6 17 4 --- 2 ---

VBP 4 5 --- --- 3 1

VRS 21 16 6 0 11 0

TOTAL 257 66 65 4 85 6

323 69 91

Foram realizadas 274 análises em 85 estabelecimentos, tendo sido detectada colonização

por legionella sp em 51 das amostras, correspondendo a 18.6% de não conformidade. Há

que considerar que estes resultados se referem, na sua maioria, a estabelecimentos com

risco acrescido.

Quadro 40 Resultados Analíticos Programa de Vigilância em Estabelecimentos Hoteleiros

Conc. Nº Estab. Progra.

N.º Amostras

Total Conformes Não Conformes

<100UFC 100>=1000UFC 1000>10000UFC >=10000UFC

ABF 21 71 56 --- 6 5 4

ACT 01 04 03 --- 1 --- ---

AJZ* 00 --- --- --- --- --- ---

CTM* 02 18 15 1** 1 1 ---

FAR 03 06 05 --- 1 --- ---

LGA 07 24 18 --- 3 1 2

LGS 04 14 14 --- --- --- ---

LLE 18 37 36 --- 1 --- ---

MCQ* 00 --- --- --- --- --- ---

OLH 04 11 08 --- 1 --- 2

PTM 06 28 26 --- 2 --- ---

SBA* 00 --- --- --- --- --- ---

SLV 02 12 09 --- 2 --- 1

TVR 02 19 14 --- 4 1 ---

VBP 04 12 06 --- 3 3 ---

VRS 11 18 13 --- 2 3 ---

TOTAL 85 274 223** 1 27 14 9

51***

* Estes concelhos não participaram no programa

** inclui 1 zaragatoa positiva no Concelho de VRSA ***Análises que aguardam confirmação pelo INSA (optou-se pela sua colocação no Grupo Não Conformes - <100UFC)

Casos de Doença Associados a Estabelecimentos Hoteleiros

O gráfico seguinte resume os casos notificados nos últimos 12 anos (1995-2007) associados

a estadias em Estabelecimentos Hoteleiros.

No ano de 2007 foram notificados pelo EWGLI (European Group for Legionella Infections) 12

casos, respectivamente nos Concelhos de Albufeira (11) e Vila Real de Santo António (1).

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

83

Gráfico 13 Casos de Doença associados a estadias em Est. Hoteleiros, 1995 – 2007 Total de Casos 59

2

4

10

1

65

1

8

0

5

0

5

12

0

2

4

6

8

10

12

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Estabelecimentos Hospitalares

O Hospital Central de Faro tem a decorrer desde 1993 um Programa de Controlo da Doença

dos Legionários que inclui, entre outras medidas, a manutenção da temperatura da água e do

cloro residual livre.

Este Programa inclui ainda o controlo analítico, actualmente com colheitas em 8 pontos

representativos da rede da água quente sanitária, com periodicidade mensal, se houver

detecção de legionella pneumophyla na rede, ou trimestral, desde que durante dois meses

consecutivos os resultados sejam negativos.

Em Julho de 2005, o Centro Hospitalar do Barlavento estabeleceu com o Laboratório de

Saúde Pública um protocolo de prestação de Serviços, passando a incluir o controlo analítico

com colheitas em 4 pontos da rede da água quente sanitária, com periodicidade mensal. No

ano de 2006 e 2007 a periodicidade das análises passou a trimestral, uma vez que os

resultados analíticos não revelaram colonização da rede.

Em Junho de 2007, o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul estabeleceu com o

Laboratório de Saúde Pública um protocolo de prestação de Serviços, passando a incluir o

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

84

controlo analítico com colheitas em 3 pontos da rede da água quente sanitária, com

periodicidade mensal.

19.3.2.Qualidade do Ar

Projecto de Qualidade do Ar Interior e Exterior Em 2006 iniciou-se a aquisição de equipamento que permitiu o desenvolvimento do Projecto

de Qualidade do Ar Interior e Exterior, projecto co-financiado pelo POS Saúde XXI.

Este projecto teve como finalidade avaliar a qualidade do ar, interior e exterior, em locais de

risco acrescido para os utilizadores e trabalhadores.

A partir da monitorização da qualidade do ar foi possível realizar o diagnóstico da Qualidade

do Ar – Grau de contaminação dos locais amostrados.

Durante o ano de 2007, foram realizadas actividades de caracterização/ identificação e

quantificação dos poluentes/indicadores nos locais de amostragem previstos:

• 4 Escolas (3 campanhas cada);

• 1 Garagem Rodoviária Interior (2 campanhas);

• 2 Garagens Shoppings (Fórum Algarve e Guia Shopping) (2 campanhas);

• 2 Blocos Operatórios Hospitais (HCF e CHBA) (1 Campanha).

Foram elaborados relatórios de todas as campanhas efectuadas e enviados às entidades

envolvidas, à excepção dos Hospitais, em que não foi redigido relatório, visto que os

resultados foram inconclusivos devido a limitações no equipamento e inexistência de alguns

gases específicos na biblioteca genérica de gases.

Projecto de Vigilância da Qualidade do Ar Interior em Piscinas Cobertas A implementação deste projecto, subsidiado em parte pelo POS Saúde XXI, iniciou-se em

Março de 2007. Foram seleccionadas 12 piscinas públicas cobertas: Albufeira, Alcoutim

(Martinlongo), Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, Olhão, Portimão, Silves,

Tavira.

As colheitas de ar iniciaram-se em Junho de 2007 e estender-se-ão até Maio de 2008.

A par das colheitas de ar, no sentido de complementar os valores analíticos e ajudar na sua

interpretação, foram e serão efectuadas no local determinações da temperatura e humidade

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

85

do ar, dos parâmetros cloro livre e cloro combinado, pH e temperatura da água de um ou

mais tanques (consoante os disponíveis em cada equipamento e dos pontos de colheita de

amostras de ar), bem como condições de utilização e condições meteorológicas.

Em adição, serão actualizados os dados disponíveis sobre as condições higio-sanitárias

destes equipamentos, no sentido de se realizar um estudo integrado de cada equipamento

que englobe qualidade do ar, qualidade da água e condições higio-sanitárias das piscinas

cobertas contempladas no projecto.

19.3.3.Programa de Gestão de Resíduos Hospitalares

Na gestão dos resíduos hospitalares (RH) realizou-se:

• O acompanhamento das actividades desenvolvidas no âmbito do Programa;

• A avaliação das condições de armazenamento dos resíduos nos centros de saúde e

extensões;

• Visitas de acompanhamento e avaliação de desempenho da gestão de resíduos

hospitalares nos CS;

• A actualização dos mapas de produção de resíduos hospitalares da região;

• A identificação de necessidades e elaboração de propostas.

No Quadro seguinte apresentam-se os dados comparativos de produção de Resíduos

Hospitalares de todos os Grupos (I, II, III e IV) entre 2006 e 2007 de cada unidade produtora

da antiga Sub-Região.

Em 2007, todos os produtores efectuaram registos de todos os Grupos de RH, o que

representa um grande avanço na boa gestão de RH.

Quadro 41 Produção de Resíduos Hospitalares (em Quilograma) em 2006-2007

Unida

PRODUÇÃO DE RESÍDUOS HOSPITALARES

2006 2007

CS Albufeira* 15 404,1 3 666,3 399,8 11 642,2 3816,7 556,2

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

86

CS Alcoutim 1 050,5 278,3 24,9 1582,2 373,3 63,0

CS Aljezur 1 786,7 720,4 31,6 1476,7 354,4 51,9

CS Monchique 5 420,9 459,9 95,1 8005,0 560,7 133,9

CS Olhão* 2 116,0 2 631,8 507,0 30 108,2 2452,9 441,0

CS Portimão 7 530 3 011,0 432,0 14 386,0 2108,7 490,6

CS SBAlportel* 12 500,6 1 946,3 152,9 12 097,4 1455,4 162,1

Serviços Farmacêuticos 1 213,7 0,0 69,0 792,9 0,0 125,0

* CS com Internamento

O gráfico da figura seguinte traduz a evolução da proporção dos diferentes grupos de RH,

em relação ao total produzido.

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Quantidade de Resíduos Hospitalares (%)

2007

2006

2005

2004

2003

Anos

Produção de Resíduos Hospitalares entre 2003 e 2007

GI e GII

GIII

GIV

Gráfico 14 - Evolução da Produção de RH dos Grupos I e II, III e IV na S R Saúde Faro de 2003 e 2007

19. 4. Promoção e Protecção da Saúde Esta Unidade tem como funções propor e incentivar acções de Promoção e Protecção da

Saúde, de forma a prevenir as doenças e acidentes evitáveis e elevar o nível da saúde das

populações, assim como desenvolver metodologias de intervenção e avaliação das acções,

nomeadamente no respeitante ao impacto em ganhos em saúde.

19. 4.1.Programa Intervenção Integrada Determinantes da Saúde

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

87

O Programa Nacional de Intervenção Integrada sobre Factores Determinantes da Saúde

Relacionados com os Estilos de Vida, pretende reduzir a prevalência dos factores de risco de

doenças crónicas, não transmissíveis e aumentar os factores de protecção relacionados com

os estilos de vida.

� Área Prioritária de Intervenção: Alimentação

- Desenvolvimento de acções de educação alimentar sobre alimentação saudável com a

população em geral e com grupos específicos em particular;

- Desenvolvimento de acções de educação alimentar sobre cuidados nutricionais em

determinadas situações patológicas com determinados grupos específicos, nomeadamente,

obesos, diabéticos, dislipidémicos, etc.;

- Desenvolvimento de acções de melhoria da qualidade nutricional das refeições fornecidas

em instituições públicas, nomeadamente escolas e instituições de solidariedade social.

� Área Prioritária de Intervenção: Actividade Física - Produção de material de informação às famílias sobre vantagens da actividade física

regular.

- Acções de formação sobre Actividade física com técnicos de Saúde no âmbito da formação

do Programa de Combate à Obesidade Infantil.

- Participação em diversos eventos específicos de promoção da actividade física,

nomeadamente:

- Algarve em Forma - Feira do Desporto, Saúde e Bem-estar (Faro)

- Mexa-se - Fórum Algarve (Faro)

� Área Prioritária de Intervenção: Tabaco/ Tabagismo O quadro que se segue pretende fazer a síntese das actividades planeadas no âmbito da

implementação do Programa Algarve Livre do Fumo do Tabaco e que se desenvolveram

durante o ano de 2007.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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PROJECTO/ACTIVIDADES GRUPOS ALVO OBSERVAÇÕES Escolas Livres de Fumo Profissionais de

Saúde e de Educação;

Alunos

No dia 31 de Maio foi assinado o Protocolo deste Projecto. De forma a dar visibilidade à importância de não fumar foi criado o concurso subordinado ao tema Melhor é Não Fumar. A entrega dos prémios está prevista para Setembro de 2008.

Sessões de Formação para Apoio Intensivo à Cessação Tabágica

Médicos e Enfermeiros, num total de 36 formandos.

Com uma componente teórica e uma prática. (duas formações, respectivamente nos dias12 e 13 de Abril e 31 de Maio e 1 de Junho. A formação prática ocorreu a 1 de Junho e decorreu nas consultas do HCF entre 18 Abril e 26 Dezembro).

Sessões de Formação para Intervenção Breve em

Cessação Tabágica

Médicos, Enfermeiros dos Centros de Saúde.

Sessões de 4 horas, em cada Centro de Saúde.

Consulta de apoio aos fumadores que pretendam deixar de fumar.

População fumadora inscrita (ficheiro médico).

Efectuadas pelas equipas de Saúde de cada utente fumador que pretenda deixar de fumar (início em Janeiro 2008)

Consulta de Apoio Intensivo à Cessação tabágica

População fumadora residente no Distrito.

Consultas de acompanhamento prolongado (cerca de um ano) preferencialmente por referência da equipa de saúde (critérios).

Início de Consultas de Apoio Intensivo à Cessação Tabágica nos Centros de Saúde:

- Olhão (Out 2007);S.B Alportel (Out 2007);

Tavira (Maio 2006);VRSA (Setembro 2007). Elaboração e distribuição de folhetos informativos, cartazes e outro material de suporte.

População em geral Elaborados 2 tipos de folhetos, um dirigido aos jovens e outro aos fumadores em geral, distribuídos em escolas, CS, Autarquias, etc.

Cartazes – comemorativos do Dia do Não Fumador e do Dia Mundial Sem Tabaco.

Campanhas de Sensibilização

População em Geral Sensibilização para a temática em sessões pontuais em escolas, na FATACIL (Lagoa) e na Feira de St.ª Iria (Faro).

Sensibilização através das comemorações do Dia do Não Fumador e Dia Mundial do Tabaco, a 31 de Maio e 17 de Novembro, respectivamente.

Transmissão radiofónica de uma entrevista sobre os malefícios do Tabagismo.

Colaboração no Grupo de Trabalho sobre Cessação Tabágica, Programa-tipo de Actuação.

Profissionais de Saúde, especialm/ Enfermeiros e Médicos.

Em colaboração com a DGS, participação em reuniões que levaram à elaboração do Programa-tipo sobre CESSAÇÃO TABÁGICA.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

89

19.4.2. Promoção da Saúde em Meio Escolar O Programa de Saúde Escolar pretende reforçar as acções de promoção da saúde e

prevenção da doença, em ambiente escolar.

Todas as equipas dos Centros de Saúde da Região desenvolveram actividades, com

diferenças significativas de desempenho, resultantes da variabilidade dos recursos humanos

e materiais instalados e das oportunidades oferecidas.

Apenas os CS mais pequenos cumprem o ratio estabelecido pela norma da DGS (24 h

semanais por 2500 alunos)

No CS Portimão apenas se desenvolveram actividades de Saúde Oral em meio escolar, pelo

que não enviaram mapas de avaliação

Ao nível da Coordenação Regional do Programa, foram desenvolvidas as seguintes

actividades:

• Realização de reuniões com as equipas de Saúde Escolar concelhias para:

• Partilha de informações, materiais didácticos de educação para a saúde,

experiências, projectos e dificuldades;

• Visitas a todos os centros de Saúde com a finalidade de compreender as

realidades locais e melhor apoiar as equipas de Saúde Escolar, incluindo a articulação

destas com os serviços de vacinação para facilitar a campanha da Meningite C;

• Monitorização e avaliação das actividades desenvolvidas.

• Acções de Formação • Metodologia do Projecto;

• Necessidades de Saúde Especiais;

• Apresentação e implementação do novo Programa Nacional de Saúde Escolar;

• Programa de Combate à Obesidade Infantil;

• Actividade Física e Saúde (Mexa-se)

• Articulação com os Programas do Plano Nacional de Saúde em curso no

Departamento de Saúde Pública

• Desenvolvimento de Parcerias através de:

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

90

• Reuniões conjuntas com a Direcção Geral da Saúde e Direcção Geral de

Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC – Ministério da Educação) no

âmbito da implementação do Protocolo entre MS e ME;

• Elaboração de Projectos e programação de actividades com o Gabinete de

Promoção e Educação para a Saúde da Direcção Regional da Educação

(DREAlg)

• Reuniões interinstitucionais com a DREAlg, Instituto de Desporto de Portugal,

Universidade do Algarve (ESSE e ESSAF), IPJ e Municípios, no âmbito do

Combate à Obesidade Infantil;

• Participação em acções de formação conjuntas Saúde/Educação;

• Participação na apresentação e discussão em todos os Concelhos, dos

resultados da análise das ementas, no âmbito do Programa de Promoção da

Qualidade Nutricional e Higiénica das Refeições nos Estabelecimentos de

Educação, com a equipa de SE e os responsáveis das escolas pelas ementas

e sua confecção;

• Integração dos objectivos do Programa Nacional de Intervenção Integrada sobre

Factores Determinantes da Saúde Relacionados com os Estilos de Vida nos projectos

das equipas de saúde escolar (Programa de Combate à obesidade Infantil, Promoção

da Actividade Física, Prevenção do Tabagismo);

• Participação em reuniões locais interinstitucionais promovidas pela Coordenação

Regional ou Equipas de Saúde Escolar.

• Participação e Organização de Encontros / Jornadas:

• Alimentação Saudável (CS/CM de Albufeira);

• I Fórum do Algarve de Educação para a Saúde Escolar e Comunitária (Faro);

• Fórum EDU@ - Exponor – Porto;

• Dia Mundial Contra a Sida (Portimão);

• Dia Mundial sem Tabaco (Faro);

• Escola, Família e Comunidade: Lugares de relação… e de prevenção (DGIDC

– ME, Lisboa);

• Elaboração do Protocolo entre ARSAlgarve, IP e DREAlg para implementação do

Projecto Escolas Livres de Fumo

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

91

Os resultados a seguir apresentados dizem respeito ao ano lectivo 2006/2007 e referem-se a

15 dos 16 Centros de Saúde da Região (94%) uma vez que não se inclui o CS de Portimão.

Quadro42

Quadro 43

% de alunos, professores/Educadores e Auxiliares de Apoio Educativo (AAE) abrangidos por S.E.

Alunos Professores AAE Educação Pré-Escolar 72% Educação Pré-Escolar 95% Jardins de Infância 91%

No 1º Ciclo do EB 85% No 1º Ciclo do EB 95% EB 1 92%

No 2º Ciclo do EB 58% No 2º,3º Ciclos do EB 67% EB 1,2,3 100%

No 3º Ciclo do EB 80% No Ensino secundário 74% EB 2,3 74%

No Ensino secundário 58% Outro Nível de Ensino 70% EB 2,3 / Secundário 65%

Outro Nível de Ensino 69% EB 3 / Secundário 65%

Ensino Secundário 73%

Profissionais 7%

Outra Tipologia 60%

Quadro 44

Percentagem de alunos com Exame Saúde Global

N.º de Alunos ( em 31 Dez )

Completaram 6 anos Completaram 13 anos

Matriculados 4399 3930 Com E:G:S: actualizado

1715 1054

Percentagem de alunos com ESG 39% 27%

As Taxas de execução dos Exames Globais de Saúde continuam muito baixas, embora se

tenha verificado uma melhoria em relação ao ano anterior. Esta situação pode-se explicar por

as consultas serem registadas aos 6 e 11-13 anos como vigilância de Saúde Infantil e/ou não

ser preenchida a ficha de ligação Médico de Família/Saúde Escolar.

% de JI/Escolas abrangidas por S.E. Jardins de Infância 81%

EB 1 96%

EB 1,2,3 78%

EB 2,3 94%

EB 2,3 / Secundário 100%

EB 3 / Secundário 100%

Ensino Secundário 82%

Profissionais 71%

Outra Tipologia 0%

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

92

Quadro 45

PNV - % de Bem Vacinados nos Boletins Verificados

N.º Alunos (em 31 Dez ) Pré - Escolar Completaram 6

anos Completaram 13

anos

Matriculados 5285 4040 4227

Com PNV actualizado 4890 3594 3622 % de Bem Vacinados nos Boletins Verificados 93% 89% 86%

Estes dados no âmbito do PNV revelam as taxas relativas aos Boletins de Vacinação

verificados pelas equipas de SE. As reais taxas de cobertura deverão ser obtidas nos

serviços de vacinação.

Quadro 46

A maior frequência observada refere-se a “outras” NSE. A experiência mostra que muitos

destes casos corresponderão a avaliações clínicas de crianças com problemas cognitivos ou

comportamentais, muitas vezes por solicitação dos Professores, acabando por se enquadrar

nas Necessidade Educativas Especiais (NEE).

Verificamos que as Doenças Crónicas são o segundo grupo mais detectando, mas onde se

consegue uma melhor resposta.

Casos de Crianças com Necessidades de Saúde Especiais (NSE), Detectados, Encaminhados e Tratados por nível de ensino

Pré-Escola 1º Ciclo 2º/3º Ciclos Secundário C / PSI

Nº Alunos c/ D E T D E T D E T D E T

Deficiência Visual 4 3 3 140 140 61 61 60 5 1 0 0 4

Deficiência Auditiva 6 6 4 45 45 15 10 9 4 3 3 3 30

Doença Crónica 20 20 20 155 155 119 73 73 67 5 7 5 34

Outras 45 45 25 258 250 139 232 229 117 55 55 20 104

Aval. Cr. c/ NEE 10 10 0 72 72 0 54 54 0 0 0 0 0

D - Detectados; E - Encaminhados; T - Tratados ou em tratamento; PSI - Plano de Saúde Individual

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

93

Quadro 47 Relativamente aos 99% das crianças com NSE detectadas e encaminhadas verifica-se que

apenas 49% são tratadas. Este problema é especialmente visível em Oftalmologia e ORL.

Quadro 48

Quadro 49 Segurança, Higiene e Saúde

% Escolas % % de Escolas com Boa Segurança

% % de Escolas com Boa

Higiene e Saúde %

Avaliadas 41,3% do Meio Ambiente 69,6% do Meio Ambiente 75,7%

Que Melhoraram 30,4% do Edifício e Recinto 39,9% do Edifício e Recinto 56,1%

Apenas 41% das Escolas foram avaliadas. Isto pode-se justificar por este programa apenas

se aplicar em cada escola em anos alternados. Actualmente existe um novo suporte

informático on-line ainda com alguns constrangimentos na sua aplicação.

% de alunos com NSE por Nível de Ensino e Encaminhados e Tratados No Ensino Pré-Escolar 1,53%

No 1º Ciclo 4,79%

No 2º/3º Ciclos 2,65%

No Ensino Secundário 1,13%

% de Alunos com NSE encaminhados e tratados

%

Encaminhados 99%

Tratados/Em tratamento 49%

Programa de Prevenção de Acidentes nas Escolas

% de Escolas com Programa de Prevenção de Acidentes 46,4%

% de Acidentes Ocorridos

No Jardim-de-infância 6,4% No Ensino Básico 86,9%

No Ensino Secundário 10,6%

No Ensino Profissional 0,0%

% de Acidentes Tratados 99,5%

% de Acidentes Mortais 0,1%

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

94

Quadro 50 Projectos Específicos de Promoção da Saúde

% de Escolas com projecto % de alunos abrangidos no

Jardim de Infância 70% Ensino Pré-Escolar 62%

EB 1 54% 1º Ciclo 51%

EB 1, 2, 3 86% 2º, 3º Ciclos 18%

EB 2,3 62% Ensino secundário 41%

EB 2,3/Secundário 100% Outros Níveis 30%

Ensino secundário 100%

Profissionais e Outras 40%

Quadro 51

%de Alunos Abrangidos por áreas de Promoção da Saúde e por nível de ensino

Projectos de Promoção da Saúde Pré-escolar

1º. Ciclo

2º, 3º. Ciclos

Secundário

Vida Activa Saudável 41% 41% 13% 17%

Educação Alimentar 62% 51% 13% 20%

Educação Sexual 9% 14% 18% 41%

Cidadania 14% 17% 5% 13%

Inter-pares relações interpessoais 11% 9% 2% 6%

Absentismo Escolar 0 6% 1% 0%

Trabalho Infantil 0 7% 1% 0%

Consumos Nocivos 12% 10% 3% 6%

Prevenção de Violência 11% 9% 0 2%

Outros 37% 41% 14% 12%

19.4.3.Promoção da Saúde Oral em Crianças e Adolescentes O PNPSO foi suportado pela Circular Normativa n.º 05/2007/DSE de 15 de Fevereiro, nas

condições definidas no Despacho n.º 787/2007 de 16 de Janeiro (2ª série), do Gabinete do

Secretário de Estado da Saúde.

As actividades deste programa foram desenvolvidas por uma Higienista Oral (HO) em 6

centros de Saúde CS de Albufeira, Faro, Lagos, Loulé, Portimão e Tavira. A HO de Tavira dá

apoio aos CS de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de St.º António.

A HO de Portimão, desde que tem horário acrescido, dá apoio aos CS de Lagoa e

Monchique. Nos restantes CS são as equipas de Saúde Escolar que desenvolvem todo o

trabalho operacional

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

95

Alguns CS usufruíram de estágios académicos de alunos do curso de Higiene Oral da

Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, os quais têm constituído uma

mais-valia para o desenvolvimento de actividades de saúde oral nos concelhos onde não

existe HO.

Principais Actividades

• Educação para a Saúde Oral com alunos, pais e professores;

• Em alguns CS, Educação para a Saúde Oral com grávidas;

• Promoção da escovagem dos dentes na escola com pasta fluoretada;

• Administração de flúor nas escolas;

• Aplicação de selantes de fissura por alguns dos HO;

• Rastreios e encaminhamentos para Médicos Dentistas/Estomatologistas;

• Acompanhamento do Programa de Intervenção Médico-Dentária.

Programa de Intervenção Médico-Dentária Consiste na contratualização de Médicos Dentistas/Estomatologistas (MDE) autorizada

anualmente por despacho do Ministério da Saúde. Após a dotação de verba e número de

crianças a abranger na região, define-se o número de crianças a contratualizar em cada

concelho de acordo com a taxa de execução do ano anterior, entre outros critérios. Estas

crianças são distribuídas pelos MDE cuja candidatura foi aceite para a contratualização.

O programa teve início em Abril de 2007 e terminou a 30 de Novembro do mesmo ano. A

avaliação externa da qualidade da intervenção dos MDE contratualizados decorreu na

primeira quinzena do mês de Dezembro de 2007.

Alcouti

Castro

VRS

Lag

Aljez

Monchiq

Vila do Lag

PortimSilv

Albufei

LouS. Brás

Far

Olh

Tavi

COM H.O.

SEM H.O.

APOIO DE H.O.

Alcouti

Castro

VRS

Lag

Aljez

Monchiq

Vila do Lag

PortimSilv

Albufei

LouS. Brás

Far

Olh

Tavi

Alcouti

Castro

VRS

Lag

Aljez

Monchiq

Vila do Lag

PortimSilv

Albufei

LouS. Brás

Far

Olh

Tavi

Alcouti

Castro

VRS

Lag

Aljez

Monchiq

Vila do Lag

PortimSilv

Albufei

LouS. Brás

Far

Olh

Tavi

ACT

CTM

VRS

LGA

ALJ

MCH

VBP

LGS

PTM SLV

ABF

LLSBA

FA

OL

TVR

DISTRIBUIÇÃO DOS HIGIENISTAS ORAIS PELOS CONCELHOS

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

96

O programa considerou em 2007 uma intervenção a nível de 6.613 crianças, 77 Médicos

Dentistas Estomatologistas que deram origem a 60 contratos nos 16 CS do Algarve,

sendo a sua afectação a demonstrada em anexo. Por falta de candidaturas dos MDE, em 2

concelhos (São Brás de Alportel e Alcoutim) as crianças foram encaminhadas para um MDE

num concelho limítrofe.

PROGRAMA DE SAÚDE ORALNº de crianças abrangifdas pela contratualização (2000 a 2007)

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

PROGRAMA DE SAÚDE ORALTaxa de cobertura de crianças do programa (ano 2007)

12%

88%

Crianças encaminhadas

Crianças não encaminhadas

Em 2007 a dotação financeira para o programa foi superior à de 2006, pelo que houve

oportunidade de realizar a avaliação qualitativa.

A Taxa de Execução Final da Contratualização foi de 93%, que se traduz na facturação

total de 459.600€ (quatrocentos e cinquenta e nove mil duzentos e seiscentos euros) no

PNPSO 2007.

Nº Contratos Nº Médicos Nº Cri. Contrat. Nº Cri. Obsevadas Taxa Exec.

60 77 6.613 6.129 93%

PROGRAMA DE SAÚDE ORALEvolução da taxa de execução da contratualização (2000 a 2007)

48%

56%

41%

60%

75%

82%

96%93%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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Quadro 52 Indicadores por Centro de Saúde Centro de Saúde N.º Crianças Contratadas Taxa de Execução

(%)

Valor Total Executado (€)

Albufeira 1 186 97 86 250

Alcoutim 60 100 4 500

Aljezur 80 98 5 850

Castro Marim 145 100 10 875

Faro 622 92 42 900

Lagoa 92 100 6 900

Lagos 375 78 21 975

Loulé 1 422 96 102 750

Monchique 118 71 6 300

Olhão 752 91 51 075

Portimão 584 97 42 600

S.B. Alportel 257 99 19 050

Silves 50 74 2 775

Tavira 403 87 26 400

Vila do Bispo 48 83 3 000

V.R.S.A 419 84 26 475

Total 6 613 93 459 675

Avaliação do Programa

A avaliação quantitativa foi feita regularmente pela equipa de gestão, durante o normal

desenvolvimento do programa.

Para avaliação qualitativa foi aberto concurso para MDE avaliadores de acordo com as

normas estabelecidas pela DGS e Comissão Técnico-científica. Concorreram sete MD, tendo

a comissão paritária considerado que todos preenchiam os critérios de candidatura.

19.4.4.Programa Nacional de Saúde em Crianças e Jovens As actividades desenvolvidas integram-se, em três áreas:

• Intervenção Precoce na Infância

• Obesidade infantil

• Aleitamento Materno

Em 2007, os acordos com as IPSS no âmbito do Despacho conjunto 891/99 de 19 de

Outubro, abrangeram 220 crianças na região. No Quadro seguinte estão descritas as várias

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

98

IPSS com EID, os concelhos abrangidos e o n.º de crianças atendidas no âmbito do projecto

de Intervenção Precoce na Infância.

Quadro 53

N.º de crianças abrangidas pelo projecto IPI por concelhos

IPSS com EID

Núcleo de Educação da

Criança inadaptada

NECI

Amigos dos Pequeninos de

Silves

APS

Associação Apoio à Pessoa Excepcional

do Algarve

APEXA

Associação

Portuguesa de Paralisia Cerebral

APPC

Fundação Irene Rolo

FIR

Concelhos abrangidos

Aljezur

Lagos

Vila do Bispo

Lagoa Monchique

Portimão

Silves

Albufeira

Albufeira

Faro

Loulé

Olhão

Alcoutim

C Marim

Olhão

Tavira

VRSA Nº Crianças atendidas 60 60 25 45 30

Estas equipas foram formalmente constituídas desde 2006 nos centros de saúde de Vila Real

de Santo António (inclui Alcoutim e Castro Marim), Tavira, Olhão, Faro (inclui

S.B.Alportel), Loulé, Albufeira, Silves, Lagos, Portimão e Vila do Bispo.

Em relação ao n.º de profissionais envolvidos nestas equipas, salientava a importante

integração das terapeutas da fala. O quadro seguinte ilustra o tipo e o n.º de profissionais

envolvidos e distribuídos pelas áreas geográficas da Região.

Quadro 54 Tipo e N.º de profissionais envolvidos no projecto IPI por concelho

Enfermeiros Médicos Psicólogos

Técnicos

Sup. Segª

Social

Terapeutas

da

Fala

Terapeutas Ocupacionais

Sotavento

Alcout, C.Marim, VRSA, Tavira, Olhão

5 4 3 3 2 3

Centro

Faro, S.B.Alp 3 1 6 3 3 3

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

99

Loulé, Albuf. Barlavento

Lagoa, Silves, Portimão, Lagos Monchique, Aljezur, V. Bispo

5 6 3 3 2 2

Total 13 11 12 9 7 8

Na área da Obesidade Infantil, houve uma participação activa nas acções de formação para

profissionais dos centros de saúde, com o tema de “obesidade infantil”, dinamizadas no

âmbito do Programa de Combate à Obesidade.

Integrado nas acções do programa de Protecção, Promoção e Apoio ao Aleitamento

Materno da ARS Algarve, IP, em Março, foi organizado o Curso de Formação de

Formadores em Aconselhamento em Aleitamento Materno OMS/UNICEF, sob a

coordenação da Dra. Sofia Quintero Romero e da Enf. Adelaide Órfão (Comité Nacional de

Protecção, Promoção e Suporte ao Aleitamento Materno da DGS.

Foram organizados 2 cursos de Conselheiros em Aleitamento Materno OMS/UNICEF (40h de

formação, Março e Julho) com 40 formandos; e dois cursos para profissionais de instituições

candidatos à Iniciativa Hospital Amigo dos Bebés (20h) para 30 formandos.

O grupo de Formadores e Conselheiros em Aleitamento Materno desenvolveram actividades

de sensibilização junto da população Algarvia durante a comemoração da Semana Mundial

do Aleitamento Materno de 7 a 12 de Outubro, das quais salientava, em Faro, um espaço

no Fórum Algarve onde foi mantido em actividade um Cantinho de Amamentação, com o

intuito de divulgação deste serviço.

Em Portimão o grupo de Conselheiras do Barlavento, dinamizou um espaço com palestras e

actividades para crianças abordando o tema do aleitamento.

Refere-se ainda durante as comemorações a participação na organização e apresentação de

uma palestra no Workshop dos Cantinhos da Amamentação desenvolvido pela Associação

Mama Mater em Lisboa e na USF da Planície em Évora.

19.4.5.Programa de Promoção da Qualidade Nutricional das Refeições em Estabelecimentos de Educação Durante o ano de 2007 deu-se continuidade às actividades tendo em conta o objectivo geral

do programa: melhorar a qualidade nutricional das refeições em todas as escolas da rede

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

100

pública do ensino Pré-escolar, Básico e Secundário. Das actividades desenvolvidas,

salientamos:

• Realização de acções formativas sobre elaboração de ementas e preparação de

refeições com todos os intervenientes do sector alimentar dos refeitórios

escolares;

• Recolha das ementas referentes ao 2.º período do ano lectivo 2006/2007;

• Análise das ementas referentes ao 2.º período do ano lectivo 2006/2007 de 276

escolas;

• Elaboração dos relatórios de análise de ementas (por escola e por concelho);

• Tratamento dos dados regionais referentes à análise das 14862 ementas;

19.4.6.Programa de combate à obesidade De entre as actividades desenvolvidas, quer no âmbito da Obesidade Infantil, quer no âmbito

da obesidade do adulto, destacamos:

• Colaboração na preparação da versão final do aditamento ao protocolo de

colaboração interinstitucional, no âmbito do Programa de Combate à Obesidade

Infantil na Região do Algarve, o qual passou a contemplar as 16 Autarquias do

Algarve, o Instituto de Desporto de Portugal, IP (IDP, IP) e a Federação Regional de

Associações de Pais do Algarve (FRAPAL), além das restantes instituições já

envolvidas: a ARS Algarve, a Universidade do Algarve, a Direcção Regional de

Educação do Algarve, os 2 hospitais da região e algumas Autarquias;

• Colaboração na assinatura do referido aditamento ao protocolo em 26.Março.2007;

• Colaboração na apresentação do Estudo de Prevalência da Pré-Obesidade e

Obesidade Infantil na Região do Algarve;

• Concepção do folheto “Família unida obesidade vencida”;

• Organização da realização de acções de formação sobre o Programa de Combate à

Obesidade Infantil com os técnicos de saúde em todos os Centros de Saúde da

região, tendo-se realizado em 2007 um total de 5 acções, nos Centros de Saúde de

Loulé, Faro e S. Brás de Alportel. Destas acções de formação fizeram parte os

módulos de Obesidade Infantil, Alimentação Saudável e Actividade Física.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

101

• Organização da participação da ARS Algarve em diversos eventos para sensibilização

face à problemática da Obesidade, com avaliação antropométrica e educação para a

saúde.

Eventos N.º de

participantes

Feira/Mostra de Oferta Educativa e Orientação Vocacional/Profissional (Faro) 64

Algarve em Forma - Feira do Desporto, Saúde e Bem-estar (Faro) 36

Feira da Serra (S. Brás de Alportel) 306

FATACIL (Lagoa) 1950

Fórum Algarve – Mexa-se (Faro) 579

Feira de St.ª Iria (Faro) 718

Total 3653

19.4.7. Programa de Saúde Ocupacional Os princípios que visam promover a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho foram

estabelecidos pela Lei-Quadro (Dec-Lei n.º 441/91, de 14 de Novembro), e preconizam

essencialmente a redução dos riscos profissionais, a adequação das condições dos locais de

trabalho e a Promoção da Saúde dos trabalhadores.

A intervenção dos Serviços de Saúde Pública na SHST integra-se no exercício dos poderes

de Autoridade de Saúde (artº 8º do Dec-Lei 336/93 de 29 de Setembro).

Saúde Ocupacional Interna

Após a implementação do Serviço de Saúde Ocupacional Interno da ARS Algarve no ano de

2007 realizaram-se várias actividades, que respectivamente se encontram resumidas no

quadro seguinte:

ACTIVIDADES DE MEDICINA DO TRABALHO

N.º Exames de Saúde Efectuados

Iniciais: 103

Admissão: 0

Periódicos: NA (2007)

Ocasionais e complementares: 4

Cessação de Funções: 0

N.º Entrevistas/Consultas de Enfermagem: 107

N.º Exames Complementares de Diagnóstico

Laboratoriais: 93

ECG's: 53

ACTIVIDADES DE MEDICINA DO TRABALHO

N.º Vacinas administradas

Gripe Sazonal: 52

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

102

Outras actividades:

Visitas aos postos de trabalho (no âmbito da Medicina do Trabalho): ---

Articulação com médicos assistentes: 1

Propostas de recolocação de trabalhadores: 1

Despesas com a Medicina do Trabalho

ACTIVIDADES DE HIGIENE E SEGURANÇA

Reuniões Anuais de Higiene e Segurança

Planeamento: 4

Formação: 3

Normalização: 4

Software: 2

Gestão: 12

Visitas aos locais de trabalho

Iniciais: 1

Riscos Específicos: 4

Outras: 1

Outras actividades:

Análise de acidentes de trabalho: 19

Análise de doenças profissionais: NA

Análise de questionários das condições de SHT: 80

Elaboração de Documentos, Normas de Procedimento, etc.

ACÇÕES DE FORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO EM SEGURANÇA

N.º acções desenvolvidas: 2

N.º pessoas abrangidas: 36

19.4.8. PNV – Plano Nacional de Vacinação

Durante o ano de 2007, foram desenvolvidas actividades coordenadas pelo grupo de trabalho

de vacinação, de acordo com o plano de actividades previamente definido.

Em seguida apresentam-se os objectivos definidos e as actividades desenvolvidas.

Quadro 55

Objectivos/Actividades desenvolvidas OBJECTIVOS ACTIVIDADES

Implementação da 2ª Fase da Campanha Meningocócica 2006/2007

���� Foi elaborada e divulgada pelos Centros de Saúde e Hospitais, a “Estratégia de implementação da 2ª fase da campanha”. ���� Para apoio à divulgação da Campanha, foi criado e produzido material informativo – cartazes e brochuras, que foram divulgados para os Centros de Saúde e através destes para os estabelecimentos de ensino da região e outros locais frequentados por jovens. ���� Para estudo das melhores estratégias a utilizar para implementar a campanha e para avaliação dos resultados da mesma, foram realizadas reuniões: � Com os enfermeiros chefe dos Centros de Saúde, das zonas do Barlavento e Sotavento,

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

103

� Com o grupo de saúde escolar regional e com o núcleo de educação para a saúde da DRE ���� Foi efectuada a divulgação da campanha através: da página da ARS na Internet; dos órgãos de informação, jornais e rádio. ���� Foram utilizadas as visitas de acompanhamento realizadas aos serviços de vacinação de cada Centro de Saúde, para se analisar com os responsáveis e os profissionais implicados na vacinação e na saúde escolar, as estratégias para implementação da campanha. ���� Foi acompanhada e monitorizada a aplicação desta campanha, realizando-se 2 avaliações intercalares e a avaliação final da mesma.

Garantir o fornecimento de vacinas em tempo útil aos locais de vacinação

���� Foi elaborado o mapa de previsão de vacinas para 2008, de acordo com o novo PNV. ���� Foram monitorizados ao longo do ano os processos de aquisição e distribuição de vacinas, através da elaboração de mapas para controlo mensal do stock de vacinas da farmácia, que eram analisados em reuniões do grupo de trabalho de vacinação.

Garantir a acessibilidade à vacinação

���� Foi acompanhada a implementação de propostas de alteração aos horários de vacinação, às condições de acesso dos utentes esporádicos e de populações susceptíveis à vacinação. ���� Foi acompanhada a vacinação de recém-nascidos nas Maternidades do HDF e CHBA.

Assegurar o funcionamento da cadeia do frio

���� Foi reforçada a capacidade da cadeia do frio, na Farmácia da ARS Algarve, com a aquisição de 2 frigoríficos de 1400 l cada. ���� Foi reforçada a capacidade da cadeia do frio dos serviços de vacinação dos Centros de Saúde, com a aquisição de 3 frigoríficos do tipo farmacêutico.

Assegurar a qualidade da prática da vacinação

���� Foram realizadas visitas de acompanhamento aos serviços de vacinação de todos os Centros de Saúde e extensões de Almansil e Quarteira ���� Através de contactos realizados com as direcções dos Centros de Saúde e responsáveis de serviços da ARS, foi acompanhada a aplicação de propostas para melhoria das condições de instalações, do equipamento e material e da organização do apoio administrativo. ���� De acordo com as Orientações Técnicas/PNV 2006, foi elaborado o plano de distribuição e adquirido o equipamento mínimo necessário para tratamento da anafilaxia, a colocar em todos os serviços de vacinação.

Notificação de reacções adversas

���� Foi efectuada a sensibilização dos profissionais para a notificação de reacções adversas.

Gestão do ficheiro de vacinação

���� Foi acompanhado o processo de informatização dos ficheiros de vacinação e de aquisição de equipamento informático para os Serviços de Vacinação das sedes dos Centros de Saúde. ���� Todos os Serviços de Vacinação das sedes, ficaram informatizados até ao final do ano, nomeadamente os 2 que estavam em falta - Centros de Saúde de Albufeira e Portimão.

Formação

���� Foram realizadas 2 acções de formação (em Fev. e Maio), destinadas a profissionais de saúde directamente implicados na vacinação, para actualização de conhecimentos no âmbito das novas Orientações

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

104

Técnicas/PNV 2006. Estas formações incluíram módulos ���� Foi realizada formação em serviço, na área do SINUS Vacinação, junto dos enfermeiros dos serviços de vacinação de 3 Centros de Saúde. ���� Foi prestado o apoio contínuo ao longo do ano, aos profissionais que trabalham na área da vacinação

Avaliação da cobertura vacinal

���� Foi realizada a avaliação da cobertura vacinal/PNV a 30 de Junho e 31 de Dezembro.

Vigilância epidemiológica das doenças evitáveis pela vacinação, abrangidas pelo PNV

���� Foi acompanhada a notificação de doenças de declaração obrigatória abrangidas por vacinas incluídas no PNV e efectuada a sua correlação com as taxas de cobertura vacinal atingidas.

Avaliação da Cobertura Vacinal

Os estudos de avaliação da cobertura vacinal, começaram em 2007 a ser realizados 2 vezes

por ano, a 30 de Junho e 31 de Dezembro.

Foram realizados nos Centros de Saúde, com base em dados colhidos através do programa

SINUS vacinação. Ainda não possível em todos os Centros de Saúde, efectuar a avaliação

de todas as coortes através deste programa, pelo facto de não estarem introduzidos os dados

correspondentes.

A observação dos dados obtidos mostra-nos que não se conseguiu atingir a taxa prevista de

95%, para as vacinas das coortes abrangidas, excepto para a MenC aos 24 meses.

2ª Fase da Campanha de vacinação com a vacina MenC Nesta fase da Campanha foram abrangidas 16 coortes de nascimento, de 1989 a 2004.

A observação dos dados de avaliação da cobertura vacinal, mostra-nos que não se

conseguiu atingir a taxa prevista de 95%, para qualquer das coortes abrangidas.

Formação Foram realizadas 2 acções de formação destinadas a enfermeiros que trabalham em serviços

de vacinação.

Foi prevista realizar mais uma formação no 2º semestre, que não foi realizada por falta de

inscrições da parte de enfermeiros.

19.4.9. Comissão de Controlo da Infecção dos Cuidados Saúde Primários

Tendo presente o objectivo de prevenir e controlar a transmissão cruzada da infecção ao

nível dos Cuidados de Saúde Primários destacamos as seguintes as actividades:

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

105

• Iniciou-se o processo com os Centros de Saúde do Barlavento Algarvio com visitas

para avaliação das condições e necessidade em equipamentos envolvidos contando

com a presença do Enfermeiro responsável pelo Serviço Central de Esterilização

(SCE) do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA) e enfermeiros chefes dos

Centros de Saúde (CS). Realizaram-se reuniões no CHBA com os enfermeiros

Director do CHBA, Supervisor dos CS do Barlavento, do controlo da infecção dos

Cuidados de Saúde Primários (CSP) e Responsável do SCE.

Relativamente ao Sotavento manteve-se a esterilização nos Centro de Saúdes, uma vez

que estão previstas obras no serviço de esterilização do HDF.

Colaboração na realização do projecto de formação sobre tratamento de ferida crónica em

ambulatório coordenado pela Drª Elaine Pina (EPUAP) e Cristina Miguéns G@IFa realizar a

nível nacional iniciado no ano transacto.

• Aguarda-se publicitação no sítio da ARSAlgarve dos documentos elaborados e já

enviados no ano transacto; Cartazes higiene das mãos, Check- list em controlo da

infecção e documentos constantes do Manual de Boas Práticas em Controlo da

Infecção:

• Norma da lavagem das mãos;

• Controlo da infecção associada à algaliação

• Protocolo picada

• Descontaminação de superfícies

• Foram divulgados a todos os Centros de Saúde os documentos, Limpeza de

derrames de sangue e outros fluidos corporais e Precauções de Isolamento.

• Realizaram-se visitas de acompanhamento aos centros de saúde de Albufeira,

Castro Marim, Monchique e Aljezur

• Foi divulgada aos elos de ligação nos CS a orientação relacionada com a

correcta utilização e limpeza de nebulizadores

19.4.10. Programa Regional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/SIDA

Objectivos Actividades

Conhecer a situação epidemiológica da

infecção

• Foi realizado, de forma regular, o acompanhamento da evolução da situação epidemiológica da infecção na região, com base nos dados recebidos do Centro de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis.

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Promover a detecção precoce da infecção e

prevenção, na comunidade e junto de

populações vulneráveis

O Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce da infecção VIH/SIDA (CAD )

� O movimento do Centro aumentou em 13% em relação ao ano anterior e o nº de resultados reactivos cerca de 36%. Foram realizados 1218 testes e detectados 19 casos reactivos. Os utentes com resultado reactivo foram encaminhados para as consultas hospitalares.

Os 1218 utentes realizaram aconselhamento pré e pós-teste, e tiveram a oportunidade de obterem informação, questionarem-se sobre os seus comportamentos, identificarem riscos e repensarem uma mudança de comportamento.

� Para divulgação do CAD foi produzida uma brochura que foi distribuída através de diferentes instituições e em diferentes locais, nomeadamente: Centros de Saúde, Câmaras Municipais, farmácias, universidade, hipermercados, estabelecimentos de restauração, unidades móveis.

� Foi realizado um curso de formação em aconselhamento e detecção precoce destinado aos técnicos que realizam actividades no CAD e comunidade.

� O CAD tem sido o suporte para a realização das actividades junto da comunidade e de populações mais vulneráveis, através do CAD Móvel, assegurando a formação contínua e a assessoria técnica aos profissionais das diferentes equipas técnicas, fornecendo o material técnico, informativo e os suportes informativos necessários.

Actividades junto da comunidade e populações vulneráveis

� Foram realizadas actividades de aconselhamento, detecção, distribuição de material informativo e preservativos, na comunidade e junto das populações mais vulneráveis, de forma regular e previamente calendarizada, em parceria com outras instituições e ONG, nomeadamente:

- Nos Estabelecimentos Prisionais, em colaboração com o G.A.T.O. - Junto dos trabalhadores do sexo, em parceria com a Associação Existências (em apartamentos), a APF (em contexto de rua). - Junto das minorias étnicas em parceria com a APF - Na Universidade: uma vez por semana, em cada um dos seus 4 Polos, utilizando-se para o efeito uma unidade móvel; no Gabinete Médico dos Serviços Sociais. - No Centro Comercial de Portimão, em parceria com o IDT - Em Centros de Saúde (Aljezur, Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Lagoa, Silves, Loulé, Quarteira, Almansil), em parceria com o IDT

Estas actividades foram reforçadas, junto da comunidade em geral,

durante: � A época de Verão � As comemorações do Dia Mundial de Luta Contra a

SIDA. � Por ocasião de outro eventos

� O nº de testes realizado aumentou cerca de 2 vezes e meia em relação ao ano anterior e o nº de resultados reactivos cerca de 1,3 vezes. Foram realizados 4116 testes dos quais 21 foram reactivos e encaminhados para as consultas hospitalares.

Prevenir a transmissão � Foi acompanhada a aplicação dos projectos da APF e GATO,

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da infecção na comunidade e junto de

populações vulneráveis

financiados pelo Programa ADIS/SIDA, programa de financiamento da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida

� A intervenção realizada junta da comunidade e populações vulneráveis incluiu o desenvolvimento de actividades de aconselhamento e detecção precoce assim como de prevenção. Estas actividades foram realizadas de forma regular em toda a região.

� No âmbito do Plano de Verão (Junho a Setembro), foram realizadas intervenções com as unidades móveis, em parceria com a APF e IDT, para se efectuar o rastreio da infecção, distribuição de material informativo e preservativos, em diferentes locais da região, nomeadamente: Lagos, Praia da Rocha, Lota do Alvor, Portimão, Albufeira, Parque de Campismo de Albufeira, Quarteira, Olhão, Fuzeta e ilha de Tavira.

� Concentração de Motards: foi realizada uma intervenção com a unidade móvel, para se efectuar o rastreio da infecção, distribuição de material informativo e preservativos. Foram produzidos 25 000 postais com o propósito de serem distribuídos nesta concentração.

� No âmbito das comemorações do Dia Mundial de Luta Contra a SIDA, foram realizadas as seguintes actividades:

- Um concurso destinado aos estudantes da Universidade do Algarve, dos cursos de Design de Comunicação e de Artes Visuais, com o propósito de se criar uma mensagem de prevenção da infecção/uso do preservativo, que foi utilizada na produção de material informativo, nomeadamente: cartazes, brochuras e T-shirts. Foram apresentados ao concurso 14 trabalhos, que foram posteriormente divulgados em exposições realizadas no “Encontro”, no Centro Comercial de Portimão, e nos diferentes Pólos da Universidade.

- Um Encontro “VIH/sida – Positivo ou Negativo …Uma Questão de Todos”, na Escola de Hotelaria e Turismo de Faro, a 30 de Novembro 2007. Com este “Encontro”, procurou-se conseguir motivar dirigentes políticos e de Instituições públicas e privadas a facilitarem e colaborarem no controlo desta epidemia. Estiveram presentes 84 pessoas.

Neste “Encontro” foi entregue o prémio ao estudante vencedor do concurso acima mencionado. - Utilizando-se a imagem vencedora do concurso foram produzidos 500 cartazes e 80 000 “brochuras-calendários”, que foram divulgadas em vários

locais, nomeadamente: Salas de Cinema e Hipermercados, estabelecimentos de

restauração, Centros de Saúde, Universidade e Escolas, Estações da CP.

- Foi utilizado o espectáculo musical dos Clã realizado no Teatro

Municipal de Faro, a 29 de Novembro, para divulgar uma mensagem de prevenção da infecção VIH/Sida.

� Universidade do Algarve

Foram distribuídos de forma regular preservativos e material informativo nas residências e nos 4 Polos da Universidade através dos seus bares e refeitórios.

Por ocasião das matrículas foram distribuídos nas 8000 bolsas de matrícula dos alunos, brochuras e o plano anual de rastreios na universidade.

� Em meio escolar

Sempre que solicitado, foram apoiadas as equipas de saúde escolar,

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disponibilizando-se material informativo, didáctico-pedagógico e discutindo-se em conjunto metodologias de intervenção.

Informação / Formação � O Centro de Documentação tem funcionado como um Centro de recursos, que disponibiliza de forma acessível, informação actualizada, bibliografia e material didáctico pedagógico.

Durante o ano de 2007, foi distribuído o seguinte material:

Preservativos Folhetos e brochuras

Cartazes Pin`s

696 200 313 553 1 576 19 820

� Algum material didático - pedagógico e informativo, criado e produzido a nível da região, foi produzido pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida para distribuição a nível do país, nomeadamente: o baralho de cartas “jogo do risco”, um jogo da glória, o postal destinado a ser distribuído em concentrações de motards.

Centros de Atendimento a Toxicodependentes

(CAT)

� Foi acompanhada a aplicação do Programa Klotho, o qual tem como finalidade a identificação precoce e prevenção da infecção direccionada aos utilizadores de drogas, através de visitas de acompanhamento realizadas ao CAT de Olhão, Vila Real St António, extensão de Tavira e ao CAT de Portimão

19.6. Laboratório de Saúde Pública

Ao Laboratório de Saúde Pública (LSP) compete prestar o apoio necessário às intervenções

das diversas áreas do DSP e eventualmente outras Unidades de Saúde.

19.6.1. Recursos Humanos

No Quadro seguinte identificamos os recursos humanos afectos ao LSP, em que ressalta a

existência de três Técnicos Superiores, desempenhando um, as funções de responsável pelo

LSP.

Quadro 56

Recursos afectos ao Laboratório de Saúde Pública

Tempo Técnicos Sup. de Saúde

Técnicos Diag. e Terapêutica

Administr Aux.de Apoio e Vigilância

T. em regime de Avença

Inteiro 3 5 2 2 2 a) a) 1 Bacharel em Engenharia Alimentar e 1 Licenciado em Engenharia Biotecnológica

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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19.6.2. Actividades do LSP

Nos quadros seguintes apresentamos os exames analíticos, de apoio aos programas de

vigilância e referentes à prestação de serviços a entidades externas assim como as

respectivas receitas geradas.

Quadro 57 Actividades do LSP por Programa de 2006/07

PROGRAMAS

ANO DE 2006 ANO DE 2007

Nº de Amostras Colhidas

Nº de Parâmetros Efectuados

Nº de Amostras Colhidas

Nº de Parâmetros Efectuados

Qualidade da Água para Consumo Humano

Bact. F-Q Bact. F-Q Bact. F-Q Bact. F-Q

1149 796 6766 9829 1142 853 8101 6534

Qualidade da Água de Banho em Zonas Balneares

328 1312 290 1144

Qualidade da Água de Piscinas Públicas, Aquecidas, Frias e Recintos com Diversões Aquáticas

898 7646 904 7936

Qualidade da Água em Unidades de Diálise

10 100 12 126

Pesquisa de Legionella Pneumophila

472 ------ 464 -----

Qualidade Microbiológica dos Alimentos (Unidades

de Internamento, Refeitórios Sociais e Surtos de Toxinfecções

Alimentares)

10 ------ ---- ------

Qualidade da Água Mineral Natural Engarrafada e

Termal 404 2828 400 2806

Fonte: Relatórios de Actividades do LSPFaro

Quadro 58

Nº de Exames de Espectoração - Pesquisa de Bk (Exame Directo e Cultural)

Exames 1999 2000 2001 2002 2003 1) 2004 2) 2005 3) 20064) 20075)

Directos 7241 4874 5063 4690 4016 2998 3608 3687 4224

Culturais 7222 4843 4889 4401 4016* 2998 3608 3687 4224 1) 100 identificações por sondas DNA, MT Complex e 100 antibiogramas (Drogas 1ª linha, SIRE + PZA) 2) 48 identificações por sondas DNA, MT Complex e 48 antibiogramas (Drogas 1ª linha, SIRE + PZA) 3) 52 identificações por sondas DNA, MT Complex e 52 antibiogramas (Drogas 1ª linha, SIRE + PZA) 4) 60 identificações por sondas DNA, MT Complex e 60 antibiogramas (Drogas 1ª linha, SIRE + PZA) 5) 97 identificações por sondas DNA, MT Complex e 97 antibiogramas (Drogas 1ª linha, SIRE + PZA) Fonte: Relatórios de Actividades LSPFaro

Quadro 59

Rastreio Anónimo VIH

2002 2003 2004 2005 2006 2007

VIH1 / VIH2 475 549ª) 580a) 845b) 301 218c) a) 5 W.Blot–Ag P24 b) 13 W.Blot+Ag P24 c) 8 W.Blot–Ag P24 Fonte: Relatórios de Actividades LSPFaro

Quadro60

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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Rastreio Hemoglobinopatias

2005 2006 2007

Hemogramas 1283 1495 1495

Pesquisa de Hbs 1283 1495 1495

Fonte: Relatórios de Actividades LSPFaro

Quadro 61 Receitas do Laboratório de Saúde Pública

Entidade Receitas2007

TAP € 1045.44

ANA € 3764.31

PORTWAY € 595.32

HDF € 9178.21

Sociedade das Águas de Monchique, S.A. € 6510.79

Sociedade das Termas de Monchique II, LDA € 13321.77

Dalkia € 5090.47

Centro Hospitalar Barlavento Algarvio € 3083.92

ASAE € 110.11

Portway, S.A. € 512.73

Goldtur , SA € 2067.39

Colheitas Particulares € 6255.76

TOTAL € 51023.49 Fonte: Relatórios de Actividades LSPFaro

19.7. Autoridade de Saúde À Autoridade de Saúde Regional compete desenvolver as atribuições do Decreto-Lei 336/93

de 29 de Setembro, nomeadamente na orientação, coordenação e apoio à execução dos

programas de actividades das Autoridades de Saúde Concelhias.

Unidades Saúde Pública/Recursos Humanos

No quadro seguinte apresentamos os recursos humanos - Médicos de Saúde Pública e

Técnicos de Saúde Ambiental - afectos a cada Unidade de Saúde Pública e o respectivo ratio

pela população residente.

Recordamos que o ratio desejável seria de 1 médico de SP por cada 15 mil habitantes,

verificando-se que este ratio é significativamente ultrapassado em Albufeira (1/37 244), Faro

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(1/29 332), Lagos (0/28 025) Loulé (1/31 953), Olhão (1/43 341), Portimão (1/48 611) e Tavira

(1/25 278).

Quadro 62

Distribuição Concelhia dos Médicos de Saúde Pública e Técnicos de Saúde Ambiental Concelhos População

(2006)* M. S.Pública MSP/Habitantes T.S.A TSA/Habitantes

ABF 37 244 1 37 244 1 37 244

ACT 3 272 --- ------ 1 3 272

ALJ 5 349 --- 5 349 1 5 349

CTM 6 493 1 6 493 1 6 493

FAR 58 664 2 29 332 2 29 332

LGA 23 835 2 11 918 1 23 835

LGS 28 025 --- --- 1 28 025

LLE 63 905 2 31 953 1 63 905

MCQ 6 246 1 6 246 --- ---

OLH 43 341 1 43 341 1 43 341

PTM 48 611 1ª) 48 611 1 48 611

SBA 11 876 1 11 876 1 11 876

SLV 35 625 2 17 813 1 35 625

TVR 25 278 1b1) 25 278 1 25 278

VBP 5 423 1 5 423 1 5 423

VRS 18 341 1b) 18 341 2 9 171

TOTAL 421 528 17 24 796 17 24 796

* Estimativas de população residente, em 31/XII/2006 (NUTS antigas) Fonte: Departamento de S Pública a) A tempo inteiro até 30 Outubro, com colaboração esporádica a partir dessa data b1) A tempo parcial desde Agosto b) A tempo parcial (21 h semanais) Os concelhos de Alcoutim e Aljezur continuam a não dispor de Médico de Saúde Pública,

tendo as funções de Autoridade de Saúde sido desempenhadas por uma médica da Carreira

de Medicina Familiar. Também no Concelho de Lagos se verifica uma situação idêntica, em

virtude do MSP ter solicitado a aposentação.

Também as funções de Adjunto do Delegado de Saúde foram desempenhadas por médicos

da Carreira de Medicina Familiar em todos os concelhos, com excepção dos de Faro, Lagoa

e Silves.

Pela observação do Quadro 27, verifica-se que o concelho do Algarve com maior número de

habitantes por Médico de Saúde Pública é o de Portimão, com 48 611 habitantes, enquanto

que o concelho com menor número de habitantes por Médico de Saúde Pública é o de Vila do

Bispo com (5 423 habitantes).

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O concelho com maior número de habitantes por Técnico de Saúde Ambiental é o de Loulé,

com 63 905 habitantes, em contraste, o concelho com menor número de habitantes por

Técnico de Saúde Ambiental é o de Alcoutim (3 272 habitantes).

Relativamente à população total da Região, verifica-se que há um Médico de Saúde Pública

por cada 23 418 habitantes e um Técnico de Saúde Ambiental por cada 24 795

habitantes.

Nos pontos seguintes apresentamos resumidamente as actividades desenvolvidas na Região

pelas Autoridades de Saúde Concelhias e que não se inserem noutras Actividades ou

Programas incluídos nas outras Unidades Funcionais.

Pareceres, Licenciamento e Vigilância Sanitária de Estabelecimentos, Locais de

Trabalho e Outros de Utilização Pública e Colectiva

Os Estabelecimentos de Restauração e Bebidas assim como os Hoteleiros e os

Estabelecimentos de Comercialização de Produtos Alimentares originaram o maior número

de pareceres e de vistorias de licenciamento e/ou de vigilância, traduzindo a expressão que

este tipo de estabelecimentos tem nas actividades económicas da Região.

Os dados apresentados devem ser analisados apenas como indicativo da actividade,

carecendo de rigor, por não existir uniformidade nos registos e na metodologia de colheita da

informação.

Quadro 63

Actividades de Licenciamento e Vigilância de Outros Estabelecimentos Estabelecimentos Nº

Pareceres* Nº Vistorias

Licenciamento Nº Vistorias

Vigilância/Fiscalização

Hoteleiros 241 397 177

Produtos Alimentares/Não Alimentares/ Prestação de Serviços (Dec-Lei 370/99, 18SET)

593 365 220

Industriais 78 47 41

Outros (Lares, Creches, UPS, Laboratórios, Ambulâncias, V. Ambulante, etc.)

204 130 245

Restauração & Bebidas 1124 453 642

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Vigilância das Condições de Higiene e Segurança em Estabelecimentos e

Locais de Utilização Pública e Colectiva

Os resultados do quadro seguinte devem ser analisados unicamente como expressão da

existência de actividades. O somatório de estabelecimentos existentes não corresponde à

realidade, por alguns concelhos não terem ainda procedido à actualização desta informação.

Quadro 64

Avaliação das Condições de Higiene e Segurança Estabelecimentos NºEstabelecimentos Existentes Nº de vistorias de Avaliação

Creches e Jardins de Infância 117ª) 76 Escolas 237 ª) 120

Parques Infantis 212b) 48 Piscinas Públicas 32 43

Piscinas Semi-Públicas 42 29 Recintos Diversão Aquática 4 6

Zonas Balneares 91c) 112 Outros(Talassoterapias, ETAR’s)

71 41

a) Não inclui dados do Concelho de Faro b) Não inclui dados dos Concelhos de Aljezur, Faro e S.B. de Alportel c) Não inclui dados dos Concelhos de Faro e Vila do Bispo Intervenções Ambientais (Reclamações por Poluição e Insalubridade)

Apesar de as Autoridades de Saúde não terem competências específicas para a resolução

dos problemas originados por situações de insalubridade ou poluição, os Serviços de Saúde

Pública continuam a ser vistos pela comunidade como a instituição a que se deve recorrer.

Quadro 65 Intervenções Ambientais

Nº de Reclamações por Poluição 55

Nº de Reclamações por Insalubridade 234

Inspecções Especiais a Condutores, Outras Inspecções Médicas, Verificação

Domiciliária de Doença, Verificação de Óbitos, Transladações e Cremações

Todas as actividades descritas no próximo quadro têm interesse diminuto em Saúde Pública

e poderiam ser prestadas no âmbito da medicina familiar. As Inspecções especiais para

Condutores continuam a ter um grande peso relativo nas actividades realizadas pelas

Autoridades de Saúde.

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As verificações domiciliárias de doença continuam a ocupar as Autoridades de Saúde

transferindo para esta actividade tempo que deveria ser dispendido em actividades que

permitissem verdadeiros ganhos em saúde.

Quadro 66 Actividades das Autoridades de Saúde

Nº de Inspecções Especiais a Condutores 6034 Nº de Outras Inspecções Médicas 820 Nº de Verificação Domiciliária de Doença 402 Nº de Verificações de Óbito 286 Nº de Transladações / Cremações 135

Juntas Médicas Regionais

As Juntas Médicas continuaram a decorrer em espaço cedido pela Unidade de Saúde Pública

do Centro de Saúde de Faro.

As Juntas Médicas para Avaliação da Incapacidade dos Deficientes Civis para Efeitos de

Benefícios Fiscais (Decreto-Lei 202/96) realizaram-se às quartas-feiras (manhã e tarde)

tendo havido 36 Sessões e avaliação de 808 candidatos.

As Juntas Médicas para a Avaliação da Aptidão Física, Mental e Psicológica dos

Condutores (Decreto-Lei 209/98) decorreram às quintas-feiras (manhã) com 8 Sessões e 38

condutores avaliados.

Sanidade Internacional

As actividades desenvolvidas no âmbito da Sanidade internacional decorrem do disposto nos

seguintes diplomas:

• Base XI da Lei de Bases da Saúde (cabe aos organismos competentes estudar,

propor, executar e fiscalizar as medidas necessárias para prevenir a importação ou

exportação das doenças submetidas ao regulamento Sanitário Internacional, enfrentar

a ameaça de expansão de doenças transmissíveis e promover todas as operações

sanitárias exigidas pela defesa da saúde da comunidade internacional);

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• Decreto-lei 336/93 (competências das autoridades de saúde: artigo 5º, alínea e),

exercer a vigilância sanitária das fronteiras).

Por não haver consenso sobre a tipologia e modelo organizacional das actividades a

desenvolver para a concretização do disposto nos diplomas legais referidos, tem havido a

nível nacional vários entendimentos, mas que se baseiam fundamentalmente em serviços de

sanidade marítima e de aeroporto, consultas do viajante e centros internacionais de

vacinação.

19.8. Centro Internacional de Vacinação

O Centro Internacional de Vacinação funciona integrado no Serviço de Vacinação do Centro

de Saúde de Faro, tendo sido administradas as vacinas constantes no Quadro seguinte com

predomínio da Febre-amarela.

Quadro 67 Administração de Vacinas no Centro Internacional Vacinação

Vacinas 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Febre Amarela 406 470 529 582 698 682 856 800

Encefalite Japonesa

0 0 0 8 39 31 32 63

Febre Tifóide 108 126 69 51 193 293 329 575

Antirabica 13 3 9 1 4 10 0 52

Meningite ACW135Y

3 28 15 7 81 104 151 250

Cólera 7 291 29

19.7.9. Consulta do Viajante

A procura de aconselhamento e de orientações técnicas relativamente a problemas de saúde

relacionados com viagens junto das Autoridades de Saúde tanto por utentes como por

profissionais de saúde concorreu para a criação desta consulta na Região que decorre com a

colaboração do Hospital Distrital de Faro.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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As consultas são efectuadas semanalmente, no Centro de Saúde de Faro, por uma

Infecciologista do hospital, tendo tido, desde o seu início (Março de 2004), grande procura,

exigindo que futuramente se encontrem outras soluções em termos organizacionais e de

recursos afectos.

Como se pode observar no quadro seguinte, foram realizadas 375 consultas, correspondendo

a 373 utentes (1ª consulta). As “consultas seguintes” têm um peso diminuto, representando

apenas 0,5% das consultas efectuadas.

Quadro 68 Consulta do Viajante JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

1ª consulta 38 25 36 23 38 43 27 4 39 39 35 26

Consultas seguintes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

TOTAL 38 25 36 23 38 43 27 4 39 39 35 28

20. RASTREIO CANCRO DA MAMA

Descrição do problema O cancro da mama constitui a patologia oncológica mais frequente na mulher: 28%

dos cancros femininos diagnosticados em Portugal no ano 2.000 ocorreram na mama2.

Anualmente são diagnosticados 4.400 casos em Portugal e 175 no Algarve. (óbitos 2005:

Port-1479; Alg 61).

Embora Portugal tenha taxas de incidência baixas no contexto europeu, a frequência

da doença aumentou muito nas últimas décadas tanto pelo envelhecimento da população

como por um aumento do risco independente da idade.

Pensa-se que o incremento do estímulo estrogénico determinado pela redução da

idade da menarquia, a redução e adiamento das gestações e a exposição ambiental a

substâncias com actividade estrogénica estão causalmente relacionados com este

incremento.

Em Portugal morrem actualmente por cancro da mama 1.500 mulheres/ano 70 das quais no

Algarve.

Apesar do incremento da incidência o número de mortes tem estabilizado desde o

início da década de 90 e a taxa ajustada de mortalidade apresenta uma ligeira pendente

2 Cancer in Portugal, IARC Technical Publication Nº38, Lyon 2002

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

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descendente (β=-0,08). Este aumento da sobrevivência é geralmente considerado resultado

de das melhorias em dois processos independentes: o tratamento e o diagnóstico precoce.

Nos EUA os modelos matemáticos estimam que a mamografia é responsável por 46 % da na

redução da mortalidade (mínimo 28% máximo 65 %) sendo a restante redução atingida pelo

uso da terapêutica adjuvante e a melhoria dos protocolos clínicos 3.

Descrição da intervenção

O Rastreio do Cancro da Mama do Algarve teve início em Setembro de 2005 e

consiste na realização de uma mamografia digital com dupla leitura às mulheres residentes,

com idades compreendidas entre os 50 e 65 anos, cada dois anos. Em futuras voltas irá

ampliar progressivamente a população alvo até aos 70 anos por retenção das coortes idosas.

É realizado por uma unidade móvel que percorre todos os concelhos da região. A

primeira volta concluiu-se em Janeiro de 2008. As mulheres são convocadas por carta

personalizada indicando dia e hora da realização da mamografia e recebem também por

carta os resultados da prova.

É organizado em parceria entre a Administração de Saúde do Algarve IP, a Associação

Oncológica do Algarve (AOA), o Hospital Central de Faro e o Centro Hospitalar do Barlavento

Algarvio (CHBA).

Carácter inovador do trabalho desenvolvido;

Parceria interinstitucional:

O programa é produto da colaboração entre a Administração de Saúde do Algarve IP,

a Associação Oncológica do Algarve (AOA), o Hospital Central de Faro e o Centro Hospitalar

do Barlavento Algarvio (CHBA).

Sendo a ARS a entidade que, implementando uma política nacional de saúde pública

consagrada no Plano Nacional de Saúde, paga os serviços, convoca a população alvo,

referencia as mulheres com mamografias positivas e avalia a qualidade e impacto do

3 Berry DA for the Cancer Intervention and Surveillance Modeling Network (CISNET) Effect

of Screening and Adjuvant Therapy on Mortality from Breast Cancer. N Engl J Med

2005;353:1784-92.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

118

conjunto do rastreio. Para tal constitui e dotou de pessoal e material o Núcleo Coordenador

do Rastreio

A AOA é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que desempenha uma

dupla função no programa. Por um lado, desenvolve uma importante acção de divulgação e

mobilização social na luta contra o cancro, e por outro, é a entidade que garante a realização

e interpretação das mamografias.

O rastreio seria impensável sem a participação activa dos Conselhos Directivos e dos

especialistas hospitalares implicados no diagnóstico e tratamento do cancro da mama. Por

outro lado o rastreio constitui um poderoso estímulo para melhorar a articulação dos serviços,

encurtar tempos de demora e desenvolver linhas de investigação.

Integralidade

O programa inclui o processo completo desde a detecção precoce até à conclusão do

tratamento. No grupo coordenador é integrado por médicos especialistas em epidemiologia,

cirurgia, anatomia patológica e radiologia assim como técnica de diagnóstico e enfermagem.

Avaliação de qualidade como parte integrante da organização

A intervenção de múltiplos actores institucionais e profissionais implica a existência de

múltiplos pontos potenciais de ineficiência. Seguindo as “European guidelines for quality

assurance in breast cancer screening and diagnosis” o núcleo coordenador está a

implementar um sistema de controlo de qualidade orientado a avaliar a captação da

população alvo, a qualidade da imagem, o valor predictivo positivo da leitura, o valor

predictivo negativo (cancros de intervalo), a confirmação diagnóstica e o tratamento

hospitalar.

Tanto os falso positivos como, muito especialmente, os falso negativos (foram

identificados 5 cancros de intervalo até à data), são objecto de análise pormenorizada. Os

cancros de intervalo são objecto de procura activa através do Registo Oncológico Regional

do Sul.

Acessibilidade

O rastreio tem adaptado continuamente a sua organização para facilitar o acesso às

mulheres. Levar o mamógrafo perto da residência das utentes, reservar dia e hora, facilitar a

alteração imediata com um simples telefonema em função do interesse da mulher, implica

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

119

realizar adaptações complexas no “modus operandi” do rastreio destinadas a facilitar o

acesso a todas as mulheres da população, mesmo aquelas que trabalham e tem uma vida

ocupada e difícil. É importante o envio de uma segunda carta de convocatória, também com

dia e hora marcados, às mulheres que não aderiram à primeira.

Satisfação das utentes

Dentro da organização do rastreio existem indicações precisas acerca da cortesia no

atendimento telefónico. Do mesmo modo o acolhimento na unidade móvel por parte da

administrativa e da técnica radiológica é realizado de modo amável e profissional fornecendo

informação relevante e respondendo às perguntas é dúvidas das utentes.

Estão em preparação avaliações formais da satisfação das utentes aderentes, dos motivos de

não adesão e da dor durante a mamografia.

Tecnologia avançada

A mamografia digital que utilizamos no rastreio constitui o desenvolvimento mais

relevante neste campo durante os últimos anos. O seu uso permite maior agilidade, precisão

diagnóstica (em especial na mamas densas) e facilidade de uso.

A dupla leitura independente por radiologistas acreditados e com um número anual de

mamografias interpretadas muito elevado é uma condição fundamental para obter

simultaneamente altos valores predictivos positivos e baixas taxas de cancros de intervalo.

Relevância sanitária e económica

No quadro encontram-se resumidos os resultados da primeira.

Resultados da primeira volta do rastreio

Total

População alvo inicial 43.497

Excluídas 2.623

População elegível 40.874

Captação Compareceu Não 22.445

Sim 18.416

Mamografia Resultado Negativo 18.004

Positivo 400

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

120

A taxa de adesão (45%) compara-se favoravelmente com a primeira volta de outros

rastreios a nível internacional. A taxa de aferição (recall rate= 2,2%) é reduzida mas com

elevados valores predictivos positivos (VPP mamografia rastreio =19%). A taxa de detecção

(4 cancros diagnosticados por cada 1.000 mamografias) encontra-se dentro dos valores

esperados.

Desconhecemos o custo do cancro da mama em Portugal tanto para a sociedade em

geral como para o Ministério da Saúde em particular. As mamografias são pagas segundo as

tabelas em vigor: 18,26 €. O custo extrahospitalar (mamografia de rastreio + aferição

excluídos custos administrativos e de oportunidade) da primeira volta do Rastreio do Cancro

da Mama do Algarve foi de aproximadamente 350.000 €.

Dado que a alternativa socialmente aceitável talvez não seja entre fazer rastreio ou

não fazer nada mas sim entre realizar um rastreio de forma organizada e sujeito um sistema

de controlo de qualidade internacionalmente validado ou faze-lo de modo não organizado,

consideramos que o rastreio organizado tem um enorme potencial de controlo de custos e

danos associados a erros diagnósticos, e a falhas nos sistemas de referenciação entre

instituições e níveis de cuidados.

Benefício para os utentes e a Sociedade

Embora exista considerável polémica acerca do desenho e interpretação dos

principais ensaios populacionais dirigidos a determinar a efectividade do rastreio do cancro da

mama a maioria das grandes instituições internacionais na área estimam que um programa

de rastreio de qualidade pode evitar 20% das mortes por cancro da mama na população alvo

em comparação com os cuidados usuais (usual care). Por outro lado o rastreio confere

transparência e coerência ao conjunto das políticas públicas dirigidas a reduzir a morte,

incapacidade e sofrimento causadas pela doença.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

121

23. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA, ARS ALGARVE, I.P.

No plano económico-financeiro selecciona-se das demonstrações financeiras e peças

contabilísticas que enformam a prestação das contas, a informação que, em síntese, elucida

a evolução dos dois últimos exercícios.

CUSTOS E PERDAS

Regista-se em 2007, em relação ao ano transacto, um acréscimo de 3,3% dos custos e

perdas (conta 6) originado sobretudo pela criação de novas linhas de cuidados de saúde

implementadas no ano de 2007, tais como, a criação de unidades da Rede Nacional de

Cuidados Continuados e o início do contrato de gestão do Centro de Medicina Física e de

Reabilitação do Sul.

Quadro 69

Conta 6 - Custos e Perdas valores em euros

2006 % 2007 %61 Custo mercad. vendidas e matérias consumidas 4.413.367 2,90% 3.625.943 2,30% -17,80%

62 Fornecimentos e serviços externos 94.960.864 62,60% 98.893.350 63,20% 4,10%63 Transf. correntes concedidas e prestações sociais 1.155.126 0,80% 1.836.900 1,20% 59,00%

64 Custos com pessoal 44.444.321 29,30% 45.458.604 29,00% 2,30%65 Outros custos e perdas operacionais 324.739 0,20% 287.389 0,20% -11,50%

66 Amortizações do exercício 2.813.410 1,90% 3.702.055 2,40% 31,50%

67 Provisões do exercício 0 0,00% 0 0,00% 0,00%68 Custos e perdas financeiras 86.892 0,10% 10.132 0,00% -88,30%

69 Custos e perdas extraordinárias 3.398.881 2,20% 2.780.652 1,80% -18,20%

151.597.600 156.595.025 3,30%TOTAL

Contas DescriçãoANOS Variação

2007/2006

No que respeita às rubricas que apresentam crescimento face ao ano de 2006, salienta-se o

seguinte:

1) Rubrica 62 – Fornecimentos e serviços externos, regista um crescimento de 4,1%.

Esta rubrica, que representa o maior encargo de custos e perdas, é maioritariamente

constituída pelos encargos com Subcontratos, cujo peso em 2007 é de 91,5% do total de

fornecimentos e serviços externos.

Os custos com subcontratos registam um aumento de 8,2% face ao ano anterior e as novas

linhas de cuidados de saúde referidas representam 5% destes custos. Retirando o efeito

deste novo encargo, o acréscimo de Subcontratos é de apenas 2,7% e no total da rubrica 62

regista-se um decréscimo de cerca de 0,7%.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

122

Os custos com Subcontratos são objecto de análise mais detalhada em quadro específico.

2) Rubrica 63 – Transferências correntes concedidas, regista um crescimento de 59%

Esta rubrica reflecte as transferências efectuadas para os hospitais da região, relativas às

verbas afectas ao Plano de Verão e à facturação referente aos cuidados de saúde prestados

a pessoas abrangidas por regulamentos comunitários e outros instrumentos internacionais de

coordenação de legislação de segurança social, que sejam reembolsáveis pelo Estado

devedor, cujo pagamento é efectuado pela Administração Central do Sistema de Saúde

(ACSS) através da ARS.

O crescimento registado representa um aumento da receita dos hospitais da região referente

à prestação de cuidados àqueles cidadãos.

3) Rubrica 64 – Custos com pessoal, regista um crescimento de 2,3%

As alterações a nível de custos com pessoal resultam de quatro situações claramente

identificáveis: a obrigatoriedade de contribuição mensal para a Caixa Geral de Aposentações,

que não se verificava em 2006, a nomeação de profissionais para os cargos de direcção

intermédia na sequência da nova orgânica da ARS Algarve, IP, a revisão anual das

remunerações dos funcionários da administração pública para o ano de 2007 e a contratação

de pessoal para integrar as diversas equipas criadas no âmbito da Rede Nacional de

Cuidados Continuados, sendo que estes dois últimos ficam contrabalançados com a saída de

profissionais por aposentação.

A informação detalhada dos Custos com Pessoal é apresentada em quadro próprio.

4) Rubrica 66 – Amortizações do exercício, regista um crescimento de 31,5%

O imobilizado corpóreo acumulado cresceu em 2007 cerca de 35% o que implica o aumento

significativo das amortizações do exercício.

Parte do crescimento do imobilizado (cerca de 81%) deve-se à conclusão de investimentos

como a remodelação do Centro de Saúde Monchique, a construção da Extensão de Saúde

da Conceição (Centro de Saúde de Faro), a remodelação do edifício do ex-Sanatório

Vasconcelos Porto em São Brás de Alportel para implementação do Centro de Medicina

Física e de Reabilitação do Sul e a construção do edifício do Ambulatório do Hospital Distrital

de Faro, para instalação da Consulta Externa e Hospital de Dia e implementação de salas

para Cirurgia de Ambulatório.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

123

Subcontratos

Esta conta compreende os trabalhos necessários ao processo produtivo próprio,

relativamente aos quais se obtém a cooperação de outras entidades, designadamente a

prestação de cuidados de saúde no âmbito de convenções e a comparticipação do Estado

nos medicamentos adquiridos pelos utentes do SNS nas farmácias privadas e representam,

em 2007, cerca de 58% dos custos totais.

Quadro 70

Subcontratos - conta 621 valores em euros

2006 % 2007 %6211 Assistência ambulatória 131.466 0,10% 30.814 0,00% -76,60%6212 Meios complementares de diagnóstico 13.869.206 9,10% 13.376.374 8,50% -3,60%6213 Meios complementares de terapêutica 6.915.735 4,60% 7.248.244 4,60% 4,80%6214 Produtos vendidos por farmácias 59.175.589 39,00% 56.091.929 35,80% -5,20%6215 Internamentos 546.058 0,40% 1.364.899 0,90% 150,00%

6216 Transporte de doentes 2.526.956 1,70% 2.560.584 1,60% 1,30%6217 Aparelhos complementares de terapêutica 0 0,00% 0 0,00% 0,00%

6218 Trabalhos executados no exterior 407.451 0,30% 5.823.728 3,70% 1329,30%

6219 Outros subcontratos 4.135 0,00% 3.957.337 2,50% 95603,40%

83.576.596 55,1% 90.453.909 57,8% 8,20%

151.597.600 100% 156.595.025 100% 3,30%

Variação2007/2006

Total da Conta 621 - Subcontratos

TOTAL da Conta 6 - Custos e perdas

Contas DescriçãoANOS

Destacam-se nos encargos com subcontratos acréscimos superiores a 100% em algumas

rubricas, que se comentam nos pontos seguintes:

1) Rubrica 6215 – Internamentos, regista um crescimento de 150%

Este crescimento reflecte a entrada em funcionamento de diversas unidades da Rede

Nacional de Cuidados Continuados, cujo encargo representa cerca de 76% desta rubrica. Se

retirarmos este encargo a rubrica apresenta um decréscimo no ano de 2007.

2) Rubrica 6218 – Trabalhos executados no exterior, regista um crescimento de 1329%

Esta rubrica diz respeito ao encargo com prestações de serviços que fazem parte dos

objectivos próprios da instituição e dos quais se encarregaram outras entidades do Ministério

da Saúde (cerca de 64% do total da rubrica), ou entidades privadas.

No ano de 2007 foram contabilizados encargos que no ano anterior se reflectiam em

subcontas da conta 62, tais como as prestações de serviços de saúde prestados por

entidades do Ministério da Saúde, por prestadores privados no âmbito do Programa Nacional

de Promoção da Saúde Oral e da prestação de serviços de cuidados técnicos respiratórios

em domicílio.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

124

3) Rubrica 6219 – Outros subcontratos, regista um crescimento de 95603%

O acréscimo de despesa verificado corresponde essencialmente ao encargo com o contrato

de gestão do Centro de Medicina Física e de Reabilitação, que entrou em funcionamento em

Abril de 2007.

Custos com pessoal

O crescimento de 2,30% decorre essencialmente da obrigatoriedade de contribuição para a

Caixa Geral de Aposentações, à taxa de 7,5% sobre as remunerações dos profissionais

abrangidos pelo regime de protecção social da função pública em matéria de pensões, que

origina um acréscimo de 95% em outros custos com pessoal. Expurgando o encargo com

aquela contribuição, que totaliza 2.201.573€, regista-se um decréscimo da rubrica de Custos

com pessoal na ordem dos 2,7%.

Ainda que tenha ocorrido em 2007 um aumento de 1,5%, por força da revisão anual

determinada na Portaria n.º 88-A/2007, de 18 de Janeiro, e que o quadro de pessoal tenha

sido reforçado com profissionais para integrar as equipas da Rede Nacional de Cuidados

Continuados, registou-se um decréscimo de 1,20% nos encargos com remunerações base,

em consequência da saída de profissionais em fim de carreira por aposentação.

Quadro 71

Custos com pessoal - conta 64 valores em euros

2006 % 2007 %641 Remunerações orgãos directivos 138.520 4,1% 279.343 10,0% 101,7%

6421 Remunerações base do pessoal 27.419.261 806,7% 27.085.163 974,1% -1,2%6422 Suplementos de remuneração 9.249.691 272,1% 8.253.717 296,8% -10,8%

6423 Prestações sociais directas 303.997 8,9% 306.846 11,0% 0,9%

6424 Subsidio de férias e natal 4.937.346 145,3% 4.863.164 174,9% -1,5%Outros custos com pessoal 2.395.506 70,5% 4.670.371 168,0% 95,0%

44.444.321 29,3% 45.458.604 29,0% 2,28%

151.597.600 100% 156.595.025 100% 3,30%

Contas DescriçãoANOS Variação

2007/2006

Total da conta 64

TOTAL da Conta 6 - Custos e perdas

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

125

PROVEITOS E GANHOS

A principal fonte de receita da ARS Algarve é o Orçamento do Estado, espelhado na conta 74

Transferências e subsídios correntes obtidos, que regista um acréscimo de quase 5%.

De realçar o crescimento de 37% verificado na conta 71 Vendas e prestações de serviços,

que reflecte as receitas próprias da entidade, e que espelha o esforço dispendido pelos

serviços na facturação e cobrança de prestações de serviços aos subsistemas e

seguradoras, bem como a utentes sem subsistema.

Quadro 72

Conta 7 - Proveitos e Ganhos valores em euros

2006 % 2007 %71 Vendas e prestações de serviços 4.391.198 2,8% 6.017.176 3,6% 37,0%

72 Impostos, taxas e outros 0 0,0% 0 0,0% 0,0%75 Trabalhos para a própria instituição 0 0,0% 0 0,0% 0,0%

73 Proveitos suplementares 0 0,0% 0 0,0% 0,0%

74 Transferências e subsídios correntes obtidos 148.862.700 93,4% 155.979.051 94,6% 4,8%

76 Outros proveitos/ganhos operacionais 2.165.719 1,4% 898.683 0,5% -58,5%78 Proveitos e ganhos financeiros 6.265 0,0% 3.520 0,0% -43,8%

79 Proveitos e ganhos extraordinários 3.914.685 2,5% 2.045.227 1,2% -47,8%

159.340.567 164.943.657 3,50%

Contas DescriçãoANOS Variação

2007/2006

TOTAL

RESULTADOS

Nos exercícios de 2006 e 2007 a ARS Algarve registou resultados positivos, o que expressa

uma situação de exploração equilibrada.

No quadro seguinte apresenta-se a decomposição dos resultados nos referidos exercícios.

Quadro 73

Decomposição de Resultados valores em euros

2006 2007

81 Resultados Operacionais 7.307.789,80 9.090.668,25 24,40%

82 Resultados Financeiros -80.626,96 -6.612,05 -91,80%

83 Resultados Correntes 7.227.162,84 9.084.156,20 25,70%

84 Resultados Extraordinários 515.803,82 -735.424,33 -242,60%

88 Resultado Liquido do Exercício 7.742.966,66 8.348.631,87 7,80%

ANOS Variação2007/2006

Contas Descrição

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

126

RECEITAS COBRADAS, DESPESAS PAGAS E DÍVIDAS

Da análise do quadro 74, ressalta em 2007, uma variação dos fluxos de caixa de +2,7% nos

recebimentos (4.350.031 euros) e de +4,6% nos pagamentos (7.059.907 euros).

Na dívida que transitou para 2008 observa-se um decréscimo de 19,9% em relação ao ano

anterior, em especial na referente a exercícios anteriores.

Quadro 74

valores em euros

2006 2007

Receitas Cobradas 159.954.563 164.304.594 2,70%Do Exercício 157.198.974 162.283.156 3,20%

Transferências correntes obtidas - ACSS 148.270.900 155.832.115 5,10%

Transferências correntes obtidas - PIDDAC 526.364 45.795 -91,30%

Transferências correntes obtidas - UE 42.890 81.141 89,20%

Subsidios paras Investimentos - PIDDAC 4.328.937 2.519.771 -41,80%

Subsidios correntes obtidos - De outros entes públicos 22.545 20.000 -11,30%

Receitas Próprias 4.007.338 3.784.334 -5,60%Taxas moderadoras 1.617.543 1.662.752 2,80%

Prestações Serviços (outras) 862.348 1.328.126 54,00%

Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 1.521.182 789.936 -48,10%

Outras receitas 6.265 3.520 -43,80%

De Exercícios Anteriores 2.755.589 2.021.438 -26,60%

Despesas Pagas 153.779.305 160.839.212 4,60%Do Exercício 135.351.969 139.168.550 2,80%

Medicamentos 52.322.932 51.568.443 -1,40%

Convencionados 20.825.007 29.966.346 43,90%

Pessoal 39.725.731 40.452.472 1,80%

Outras Despesas 22.478.299 17.181.289 -23,60%

De Exercícios Anteriores 18.427.336 21.670.662 17,60%

Saldo Final - Fundos Próprios 6.175.258 3.465.382 -43,90%

valores em euros

2006 2007

Dívidas 20.022.514 16.030.320 -19,90%Do exercício 16.246.537 15.144.103 -6,80%

De exercícios anteriores 3.775.977 886.217 -76,50%

DescriçãoANOS Variação

2007/2006

DescriçãoANOS Variação

2007/2006

INVESTIMENTO

O investimento da ARS Algarve no ano de 2007 totalizou 4.223.927€, apresentando um

crescimento de quase 4% em relação ao ano anterior.

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

127

Quadro 75

Imobilizações do ano valores em euros

2006 2007

Imobilizações 4.070.079 4.223.927 3,8%

PIDDAC 3.186.535 2.540.839 -20,3%

Autofinanciamento 883.545 1.683.088 90,5%

Rede Nacional de Cuidados Continuados 627.147 435.650 -30,5%

Outro investimento 256.398 1.247.438 386,5%

DescriçãoANOS Variação

2007/2006

O esforço de investimento de autofinanciamento registou um aumento de 90%, direccionado

na sua maioria para as novas linhas de cuidados em especial a criação de unidades de

internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados.

O PIDDAC da ARS Algarve está distribuído por 9 projectos, envolvendo uma dotação global

de 3.618.201€, dos quais 1.750.381€ se referem a financiamento nacional do Capítulo 50.º e

o restante a financiamento comunitário FEDER no âmbito do QCA III.

A taxa de execução do PIDDAC foi de 72%, registando-se taxas de execução baixas em

alguns projectos decorrentes do adiamento da execução de algumas obras para o ano

seguinte por razões processuais. Os saldos apurados transitam para o ano 2008, para

aplicação nos mesmos projectos. No quadro seguinte descrimina-se a dotação e a execução

de cada projecto.

Quadro 76

valores em euros

P001 - SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO E GOVERNO ELECTRÓNICO

492.480 413.938 906.418 232.345 413.938 646.283

M008 - SAÚDE AO ALCANCE DE TODOS 492.480 413.938 906.418 232.345 413.938 646.283

5382 INTERREG - Telemedicina 149.208 293.759 442.967 149.208 293.759 442.967 100%

5383 Sistema Informação e Gestão dos Centros de Saúde 343.272 120.179 463.451 83.137 120.179 203.316 44%

P013 - SAÚDE 1.257.901 1.453.882 2.711.783 579.341 1.385.145 1.964.486

M001 - CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS E CONTINUADOS

869.290 241.922 1.111.212 284.647 241.922 526.569

5384 Extensão de Ameixial (C.S.Loulé) 44.673 0 44.673 0 0 0 0%

5385 Extensão de Carvoeiro (C.S.Lagoa) 44.779 182 44.961 60 182 242 1%

5386 C.S.Portimão 593.704 138.444 732.148 197.131 138.444 335.575 46%

5618 Benef./Conserv. Inst. Equip. para CS/USF 186.134 103.296 289.430 87.456 103.296 190.752 66%

M002 - CUIDADOS DE SAÚDE DIFERENCIADOS / ESPECIALIZADOS

64.912 804.287 869.199 33.434 804.287 837.721

5713-02 - HDFaro - Equip. Médico Cirurgia Ambulatório 64.912 804.287 869.199 33.434 804.287 837.721 96%

M004 - SAÚDE PÚBLICA 309.080 288.336 597.416 247.592 288.336 535.928

5387 Construção Laboratório Saúde Pública 309.080 288.336 597.416 247.592 288.336 535.928 90%

M007 - ASSISTÊNCIA TÉCNICA 14.619 119.337 133.956 13.668 50.600 64.268

3090 Assist.Técnica 14.619 119.337 133.956 13.668 50.600 64.268 48%

TOTAL - PIDDAC 2007 1.750.381 1.867.820 3.618.201 811.686 1.799.083 2.610.769 72%

PIDDAC EXECUTADO

TOTAL

Valor %

COMP- NACIONAL

FEDERCOMP-

NACIONAL

PROGRAMA / MEDIDA / PROJECTOFEDER TOTAL

DOTAÇÃO DO PIDDAC

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

128

BALANÇO

Em 2007 ocorreu um acréscimo de 9,96% no activo total.

Na análise do quadro 77, verifica-se um aumento das dívidas de terceiros face ao ano

anterior de cerca de 28% e uma diminuição de 26,21% das dívidas a terceiros a curto prazo.

Quadro 77

Rubricas 2005 2006 2007Variação 2006/2007

Imobilizações Incorpóreas 343.839,93 299.266,72 264.477,48 -11,62%

Imobilizações Corpóreas 35.423.462,16 36.724.704,11 37.281.364,72 1,52%

Investimentos Financeiros 0,00 0,00 0,00 0,00%

TOTAL ACTIVO FIXO 35.767.302,09 37.023.970,83 37.545.842,20 1,41%

Existências 1.170.211,84 2.195.713,71 2.161.564,34 -1,56%

Dívidas de Terceiros C/Prazo 3.948.755,31 3.800.538,72 4.867.739,36 28,08%

Depósitos Bancários e Caixa 1.879.743,03 7.948.891,29 11.470.797,27 44,31%

TOTAL ACTIVO CIRCULANTE 6.998.710,18 13.945.143,72 18.500.100,97 32,66%

TOTAL ACTIVO 42.766.012,27 50.969.114,55 56.045.943,17 9,96%

Fundo Patrimonial 0,00 0,00 0,00 0,00%

Reservas 21.939.743,45 21.939.743,45 21.939.743,45 0,00%

Resultados Transitados -24.888.528,81 -22.879.852,89 -15.136.886,23 -33,84%

Resultado Liquido do Exercício 6.579.710,66 7.742.966,66 8.348.631,87 7,82%

TOTAL FUNDO PATRIMONIAL (FP) 3.630.925,30 6.802.857,22 15.151.489,09 122,72%

Dívidas a Terceiros C/Prazo 17.538.880,98 15.795.367,47 11.655.036,57 -26,21%

Acréscimos e Diferimentos 21.596.205,99 28.370.889,86 29.239.417,51 3,06%

TOTAL PASSIVO 39.135.086,97 44.166.257,33 40.894.454,08 -7,41%

TOTAL DO FP+PASSIVO 42.766.012,27 50.969.114,55 56.045.943,17 9,96%

E por fim apresentamos alguns rácios, onde se destaca os rácios de Liquidez (superiores a

1).

Quadro 78

Indicadores económico-financeiros

ANO2005

ANO2006

ANO2007

Fundos Próprios

Activo Liquido

Fundos Próprios

Passivo

Passivo

Activo Liquido

Passivo de curto Prazo

Passivo

Activo Circulante

Passivo de curto Prazo

Activo Circulante -Existências

Passivo de curto Prazo

Indicadores

FINANCIAMENTO

Autonomia Financeira

Endividamento

0,08 0,13 0,27

Solvabilidade 0,09 0,15 0,37

0,92 0,87 0,73

Estrutura do Endividamento 0,45 0,36 0,29

1,59Liquidez Geral 0,4 0,88

0,33 0,74 1,4Liquidez ReduzidaLIQUIDEZ

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

129

24. PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO

Deu-se continuidade ao projecto SIM-Cidadão, iniciado no Algarve a 1 de julho de 2006, em

pleno desde o início de 2007, tendo sido criadas previamente todas as condições e feita a

formação necessária aos técnicos utilizadores.

Registaram-se 2415 participações na aplicação informática, sendo:

Gráfico 15

Número de Participações

2.297

5761

reclamações

elogios

sugestões

Exposições por problema em 2007:

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Relatório de Actividades ARS Algarve IP – 2007

130

Quanto aos grupos profissionais visados, verifica-se que os médicos têm um maior peso

(38%), seguidos dos Dirigentes (25%) e Administrativos com 23%. Os Enfermeiros apenas

registam 9% das exposições.

Gráfico 16

Participações por grupos profissionais

38%

25%

23%

9%

Médicos

Dirigentes

Administrativos

Enfermeiros

É indiscutível a oportunidade de mudança através do aperfeiçoamento da consciencialização

que o registo informático sistemático do projecto “Sim-Cidadão” permite. Das dúvidas

surgidas pelas questões colocadas pelos cidadãos, são por vezes desencadeados processos

de pesquisa e partilha com outras entidades e são melhorados alguns procedimentos, com

benefício para todos os intervenientes.