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NEWTON MIRANDA DE CARVALHO SIC – SISTEMA DE IMPLANTES CUNEIFORMES Campinas 2009

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NEWTON MIRANDA DE CARVALHO

SIC – SISTEMA DE IMPLANTES CUNEIFORMES

Campinas 2009

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NEWTON MIRANDA DE CARVALHO

SIC – SISTEMA DE IMPLANTES CUNEIFORMES

Dissertação apresentada ao Centro de Pós- Graduação São Leopoldo Mandic como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Odontologia Área de concentração: Implantodontia. Orientador: Prof. Dr. Thomaz Wassall

Campinas 2009

FOLHA DE APROVAÇÃO

DEDICATÓRIA

À minha esposa Rosângela pela dedicação e tolerância às minhas ausências.

Aos meus filhos, Maurício e Flávio

que seguem minha caminhada buscando a cada dia o melhor fazer.

À Juliane e Newton Júnior que sempre me incentivaram.

AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Thomaz Wassall, de quem recebi exemplos de dedicação e

tenacidade ao lado de uma postura sempre afetuosa.

Aos professores do mestrado, cuja competência, amizade e dedicação me

tornaram admirador perene de seu trabalho.

A todos que me têm auxiliado nas pesquisas e na realização deste trabalho,

especialmente os colegas Dr. Rodrigo Gomes Campos e Dra. Amaralina Las

Casas Reis.

RESUMO

O objetivo deste trabalho é demonstrar o desenvolvimento de um novo

sistema de implantes: o "Sistema de Implantes Cuneiformes" (SIC®) com seu kit de

instalação "OSSTAT®". Suas indicações são baseadas em observação clínica dos

implantes colocados em carga e em revisão bibliográfica sobre biomecânica e

desenho de implantes. Procurou-se demonstrar sua eficiência, eficácia e facilidade

de inserção em casos de maxilas e mandíbulas atróficas em que terapias

envolvendo cirurgias avançadas estão contraindicadas, em casos de outras

adversidades como espaços protéticos resultantes de movimentação ortodôntica em

que remanesce espaço protético adequado, mas com espaço cirúrgico insuficiente

além de em casos de agenesias e anodontias da bateria labial. O trabalho foi

ilustrado com soluções cirúrgico-protéticas de casos clínicos em que foi usado o

implante SIC® .

Palavras chave: Implantodontia. Implante Dentário Endoósseo. Próteses e

Implantes. Reabilitação Bucal. Biomecânica.

ABSTRACT

The purpose of this paper is to present the development of a new implant

system – the “Cuneiform Implant System” (SIC®) – along with its installation kit,

“OSSTAT®”. Its indications are based on clinical trials performed with implants under

charge as well as on a review of the literature available on biomechanics and implant

design. An effort was made to demonstrate the system’s efficiency and ease of

insertion in the following cases: a) atrophic jaws for which advanced surgery is not

recommended; b) adverse conditions such as those related to prosthetic spaces

resulting from orthodontic movement in which there remains insufficient room for

surgery, and c) dental agenesy and anodontics of the labial battery. The work has

been illustrated with graphic documentation of some clinical trials where the system

was used.

Key word: Implantology. Endosseous dental implant. Prosthesis and implant.

Oral rehabilitation. Biomechanics.

LISTA DE FIGURAS

1. Implante “Wedge”.............................................................................. 13

2. Vista lateral de Implante do Sistema de Implantes Cuneiformes ...... 19

3. Vista frontal de Implante do Sistema de Implantes Cuneiformes ..... 19

4. Instrumental de assentamento (kit básico)........................................ 19

5. Instrumental de assentamento (kit completo) ................................... 20

6. Detalhe do kit completo..................................................................... 20

7. Implante mostrando a cor azul do monta .......................................... 21

8. Decorticação pode ser feita, também, com ponta diamantada em

forma de lápis em motor apropriado para implantação ..................... 22

9. Inserção do cinzel OSSTAT® reto em sentido transversal ao

rebordo, com leves batidas de martelete cirúrgico............................ 22

10. Inserção do cinzel OSSTAT® angulado em sentido transversal ao

rebordo, com leves batidas de martelete cirúrgico............................ 23

11. Embalagens do Implante SIC® atualmente fabricado sob

encomenda pela empresa Sistema de Implante Nacional (SIN)....... 24

12. Decorticação com broca zecria em alta rotação ............................... 25

13. Preparo inicial com a counter-sink piramidal decorticando e

conformando a crista óssea alveolar................................................. 29

14. Preparo em profundidade com o cinzel osteótomo angulado ........... 29

15. Inserção do implante com o batente ................................................. 29

16. Remoção dos montadores e instalação dos parafusos de cobertura 29

17. Sutura ............................................................................................... 30

18. X pré-cirúrgico................................................................................... 30

19. RX pós-cirúrgico................................................................................ 30

20. Radiografia periapical inicial ............................................................. 34

21. Fotografia intrabucal do espaço protético ......................................... 34

22. Afastamento do retalho muco-periósteo ........................................... 34

23. Decorticação com broca zecria em alta rotação ............................... 34

24. Decorticação opcional com ponta diamantada em forma de lápis

em motor apropriado para implantação ............................................ 35

25. Inserção do cinzel OSSTAT® reto em sentido transversal ao

rebordo, com leves batidas de martelete cirúrgico............................ 35

26. Implante SIC® de 4,1mm x 12mm e seu invólucro de proteção ....... 35

27. Implante SIC® instalado ................................................................... 35

28. Radiografia periapical pós-cirúrgica ................................................. 35

29. Aspecto do munhão já preparado ..................................................... 35

30. Aspecto vestibular da coroa protética ............................................... 36

31. Aspecto em oclusão.......................................................................... 36

32. Sítio para implantação na maxila esquerda ...................................... 36

33. Vista do rebordo ósseo ..................................................................... 36

34. Preparo em profundidade com o cinzel angulado............................. 37

35. Inserção do implante com uso do batente que se encaixa no mount 37

36. Implantes instalados ......................................................................... 37

37. Remoção dos montadores e instalação dos parafusos de cobertura 37

38. RX pré-cirúrgico ................................................................................ 37

39. RX pós-cirúrgico................................................................................ 37

40. Prótese – aspecto frontal .................................................................. 38

41. Lado direito em oclusão .................................................................... 38

42. Lado esquerdo em oclusão............................................................... 38

43. RX panorâmica mostrando transposição do nervo alveolar inferior 38

44. Imagem tridimensional do posicionamento dos implantes – lado

direito ................................................................................................ 39

45. Tomografia computadorizada (TC) do implante 45 ......................... 39

46. TC do implante 46............................................................................. 39

47. TC do implante 47............................................................................. 39

48. Imagem tridimensional do posicionamento dos implantes – lado

esquerdo ........................................................................................... 40

49. Tomografia computadorizada (TC) do implante 34 ......................... 40

50. TC do implante 35............................................................................. 40

51. TC do implante 36............................................................................. 40

52. Tomografia computadorizada para planejamento do caso clínico:

lado direito ........................................................................................ 41

53. Tomografia computadorizada para planejamento do caso clínico:

lado esquerdo ...................................................................................4 41

54. Vista oclusal do rebordo evidenciando o assoalho bucal quase

plano devido à reabsorção óssea ..................................................... 41

55. Mesa cirúrgica com armamentário necessário.................................. 41

56. Retalho mucoperiósteo rebatido e perfurações corticais realizadas 42

57. Osteotomia com cinzel OSSTAT® na região de primeiro molar

inferior esquerdo ............................................................................... 42

58. Osteotomia na região anterior com orientação perpendicular ao

plano bipupilar e paralela à linha média............................................ 42

59. Osteotomia lado direito ..................................................................... 42

60. Oito implantes SIC® inseridos na mandíbula do paciente para

receberem carga imediata ................................................................ 42

61. Verificação da dimensão vertical de oclusão com guia

multifuncional posicionado ................................................................ 42

62. Prótese posicionada.......................................................................... 43

63. Caso concluído ................................................................................. 43

64. Corte 40 mostrando relação do implante SIC® 46 com o canal

mandibular ........................................................................................ 43

65. Corte 98 mostrando relação do implante 36 com o canal radicular............ 44

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................... 12

2 REVISÃO DA LITERATURA........................................................ 14

2.1 Planejamento............................................................................... 14

2.2 Biomecânica ............................................................................... 14

2.3 Técnica cirúrgica ......................................................................... 16

2.4 Design ......................................................................................... 17

3 PROPOSIÇÃO - APRESENTAÇÃO DO SISTEMA ..................... 18

3.1 Conceito....................................................................................... 18

3.1.1 Por que é pouco difundido? ........................................................ 21

3.2 O implante ................................................................................... 21

3.2.1 Forma .......................................................................................... 23

3.2.2 Dimensões .................................................................................. 23

3.2.3 Compatibilidade com outros sistemas ......................................... 24

3.2.4 Diferenças básicas ...................................................................... 24

3.2.4.1 Macroestrutura............................................................................. 24

3.2.4.2 Técnica cirúrgica.......................................................................... 24

3.2.5 Semelhanças básicas .................................................................. 25

3.2.5.1 Biomecânica ................................................................................ 26

3.2.5.2 Tratamento de superfície ............................................................. 26

3.2.6 Indicações.................................................................................... 26

3.2.6.1 Fatores locais .............................................................................. 26

3.2.6.2 Fatores sistêmicos....................................................................... 27

3.3 Instrumental cirúrgico .................................................................. 27

3.4 Tempos cirúrgicos ....................................................................... 28

3.5 Moldagem de transferência ......................................................... 30

3.6 Finalização protética.................................................................... 31

4 CONCLUSÕES............................................................................ 32

REFERÊNCIAS ........................................................................... 33

ANEXO A – CASUÍSTICA ........................................................... 34

ANEXO B – PROCESSO DE PATENTE .................................... 45

.

Sistema de implantes cuneiformes 12

1 INTRODUÇÃO

Desde o início de nossa trajetória na Implantodontia, há cerca de 25 anos,

intrigou-nos sempre o fato de normalmente os indivíduos perderem dentes enquanto

jovens e só virem a reabilitar os espaços decorrentes muitos anos depois, quando já

sofreram severas reabsorções ósseas. Tal realidade permanece até os dias atuais,

sendo que as razões são várias: falta de informação, escassez de recursos

financeiros, temores quanto aos resultados, entre outros. Esta situação faz com que

a Implantodontia esteja permanentemente na busca por novas soluções, porquanto,

cada vez mais Cirurgiões-Dentistas recomendam a terapia implantodôntica para

pacientes que requerem reabilitação de espaços edêntulos, ao mesmo tempo em

que os pacientes têm demonstrado expectativas e exigências maiores ante o

tratamento (Cochran, 2006).

Junto à maior demanda por esse tipo de tratamento surge a necessidade

de simplificar a experiência do paciente com respeito a muitos aspectos. Dentre eles,

o tempo envolvido entre começar e terminar a reabilitação, aliado, ao conceito de

mínima invasividade do tratamento. Devido a isso, muitos estudos vêm sendo

conduzidos no intuito de estabelecer tratamentos minimamente invasivos, mas que

sejam seguros e previsíveis ao longo prazo (Campos, 2007).

Carvalho (2001) afirmou que a Implantodontia, muitas vezes, esbarra em

alguns contratempos como, por exemplo, a falta de altura e ou espessura óssea que

em alguns casos pode se traduzir em uma contra-indicação, mesmo que relativa ou

temporária, aos implantes.

Tal condição obriga o especialista a administrar, por um lado, a urgência

do paciente em realizar sua reabilitação e, por outro, a necessidade da execução de

procedimentos cirúrgicos de enxertia óssea que exigem tempo de cicatrização

prolongado (Campos, 2007).

Foi no intuito de transpor estas dificuldades que se idealizou o sistema de

implante inicialmente conhecido como Wedge (figura 1) e que, após dez anos de

Sistema de implantes cuneiformes 13

experiência e desenvolvimento, evoluiu para o Sistema de Implantes Cuneiformes® -

com seu respectivo kit de instalação Osstat®.

O desenvolvimento de “Kit” de instrumentais para assentamento deste

implante cuneiforme tornou-se imperioso por não haver nada semelhante no

mercado que atendesse a sua técnica de instalação.

Figura 1 – Implante “Wedge”

Fonte: Carvalho (2001)

Sistema de implantes cuneiformes 14

2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Planejamento

Para Reiskin (1998), tanto o planejamento quanto a instalação do

implante dental osseointegrado é proteticamente dirigido. O planejamento de

implantes deve ser individualizado de acordo com as necessidades particulares de

cada paciente. O objetivo final do implante é restaurador, funcional e estético.

Misch (2006) relata que há mais de 90 tipos disponíveis de geometria de

corpos de implantes dentários. O fundamento científico lógico do design de um

implante dentário pode avaliar estas geometrias, quanto à eficácia no controle da

carga biomecânica. Ao invés de enfocar partes isoladas de implantes (conexão

implante/componente protético, área total de superfície, comprimento e/ou largura do

implante), uma abordagem do sistema completo (incluindo o plano de tratamento) é

mais positiva. A filosofia atual sobre os sistemas exige que o processo de

desenvolvimento do design de um implante comece com a identificação dos

problemas clínicos a serem tratados. Os princípios científicos fundamentais

relacionados à força e à área da superfície são, então, combinados com soluções de

engenharia para atingir os objetivos desejados.

Um plano de tratamento cuidadoso, incluindo a seleção apropriada do

desenho do implante, é imperativo para diminuir a magnitude das cargas impostas

na vulnerável interface implante/osso.

2.2 Biomecânica

Segundo Misch (2000), uma vez que o osso no local do implante tenha

cicatrizado, a região da crista do rebordo (região crestal) é a zona que apresenta

concentração de carga mais intensa. Conseqüentemente, as dimensões ao longo do

corpo do implante não serão uma forma tão eficaz de diminuir a concentração de

cargas ao redor do implante. Sendo assim, a vantagem da altura elevada não é

expressa na interface do osso da crista do rebordo, mas sim na estabilidade inicial,

Sistema de implantes cuneiformes 15

na quantidade geral de contato osso/implante e na resistência às forças no longo

prazo.

O comprimento aumentado de um implante no osso disponível junto com

uma boa estabilidade primária propicia a adequada cicatrização, com menores riscos

de movimento na interface. O osso marginal e o marco anatômico oposto são

geralmente compostos de osso cortical mais denso e mais forte do que o osso

trabecular. Desse modo, pode ser proveitoso estabilizar o implante nessas duas

corticais enquanto o osso trabecular trançado é formado. Desta forma, pela

estabilidade alcançada, uma maior interface osso/implante é encorajada.

Cruz et al. (2003) realizaram um estudo tridimensional de análise de

elementos finitos de um implante cuneiforme. No estudo foi considerado um modelo

de mandíbula edêntula com condições anatômicas que consideram a geometria real

de seu sistema de suporte muscular. O modelo foi gerado por tomografia

computadorizada com o implante inserido na região de primeiro pré-molar esquerdo.

Osso cortical e trabecular foram considerados como homogêneos, isotrópicos, e

linearmente elásticos. Uma simulação de carga axial de 100N foi então gerada no

limite superior do implante e subseqüentemente a análise de distribuição dessa

carga por elementos finitos tridimensionais foi realizada e comparada

qualitativamente com a literatura. As comparações quantitativas não foram

executadas por causa das diferenças básicas entre o modelo adotado no estudo

aqui e aqueles usados por outros autores. O teste padrão da distribuição do stress

para a geometria estudada era similar àqueles encontrados na literatura atual, mas

não ocorreu concentração apical do stress significativa. A concentração de stress se

localizou no módulo crestal do implante, na área do osso cortical, achado similar aos

resultados para outras formas de implante relatadas na literatura. Os autores

concluíram, então, que a geometria estudada mostrou um padrão uniforme na

distribuição do stress, o qual concentrou-se na região cervical e nenhuma

concentração significativa de stress foi encontrada na área apical.

Cruz, M. et al. (2006) também realizaram um estudo comparativo entre a

geometria de um implante cuneiforme e de um implante cilíndrico rosqueável usado

como referência. O estudo foi realizado por análise de elementos finitos

Sistema de implantes cuneiformes 16

tridimensionais. Um modelo de mandíbula edêntula humana foi gerado por

tomografia computadorizada com os implantes localizados na região de primeiro pré-

molar esquerdo. O modelo considerou o suporte da musculatura da mastigação e a

articulação têmporo-mandibular. Uma força vertical de 100N foi aplicada no topo de

cada implante na direção de seu longo eixo. Ossos cortical e medular foram

considerados como sendo: homogêneos, isotrópicos e linearmente elásticos. Os

autores concluíram que o padrão de distribuição de stress para as duas geometrias

de implantes foi similar. O perfil de stress distribuído ao longo do corpo dos

implantes acompanhou a morfologia cuneiforme e cilíndrica rosqueável. Em ambas

geometrias a concentração de stress ocorreu em um lado da região do módulo

crestal e nenhuma concentração de stress foi observada ao longo do corpo dos

implantes ou em seu módulo apical.

2.3 Técnica cirúrgica

Misch (2000) relata a necessidade de se ter cuidado extremo, em osso de

baixa densidade. Para o autor em osso trabecular fino é mais difícil obter-se uma

fixação primária rígida, sendo que no preparo da cavidade óssea pode ser usado

expansor ósseo com martelo cirúrgico ou peça de mão a fim de condensar o osso,

ao invés de removê-lo, aumentando sua densidade à medida que a osteotomia

aumenta de tamanho. Essa técnica permite aumentar a área de contato primário

osso-implante.

Valcanaia et al. (1997) pesquisando sobre a utilização de caneta de alta

rotação em cirurgias ósseas concluíram:

a) uma avaliação macroscópica mostrou que o uso de instrumentos cortantes

de baixa rotação, para realização de osteotomia de pequeno porte, promove

desorganização acentuada no osso medular adjacente;

b) em uma análise microscópica observou-se que o uso de instrumentos

cortantes de alta rotação promove um corte mais regular da superfície

óssea.

Sistema de implantes cuneiformes 17

2.4 Design

Buser et al. (1991) e Steflik et al. (1992) demonstraram que a

osseointegração pode ser conseguida com implantes de diferentes formas, desde

que se preservem os princípios cirúrgicos e biológicos considerados fundamentais

para a osseointegração.

De acordo com Misch (2000) a função dos implantes dentários é transferir

a carga para os tecidos biológicos circunjacentes. Portanto, o objetivo fundamental

primário do design é controlar, dissipar e distribuir as cargas biomecânicas, com o

mínimo possível de áreas de concentração, para aperfeiçoar a função da prótese

implanto-suportada.

Ainda segundo Misch (2000) a filosofia atual sobre os sistemas exige que

o processo de desenvolvimento do design de um implante comece com a

identificação dos problemas clínicos a serem tratados. Os princípios científicos

fundamentais relacionados à força e à área da superfície são, então, combinados

com soluções de engenharia para atingir os objetivos desejados.

Sistema de implantes cuneiformes 18

3 PROPOSIÇÃO - APRESENTAÇÃO DO SISTEMA

O presente estudo pretende demonstrar, por meio de uma revisão da

literatura e da apresentação de casos clínicos (Anexo A), bem sucedidos, a

aplicabilidade e o excelente desempenho dos implantes cuneiformes. Como esse

tipo de implante é pouco difundido na Odontologia, intenciona-se também comprovar

ser uma técnica de procedimentos simples, de máxima interface osso-implante, com

menor índice de desorganização de matriz óssea, com insignificante nível de

morbidade sem episódios de fraturas iatrogênicas e acidentais da mandíbula, além

de ser o único implante capaz de realizar com segurança a Transposição

Atraumática do Nervo Alveolar Inferior (técnica desenvolvida a partir da criação

desse novo implante), sem os inconvenientes e riscos inerentes à lateralização do

Nervo Alveolar Inferior, que vem aos poucos sendo preterida em função dessa nova

técnica, além de ser aplicável à maioria dos casos que demandam intervenção

implantodôntica.

3.1 Conceito O implante SIC® caracteriza-se por ter forma de uma cunha (figura 2 e 3)

e obedecer a um protocolo de inserção diferenciado, sendo colocado por pressão de

leves batidas do martelete cirúrgico, feito através do kit cirúrgico OSSTAT® (figura 4,

5, 6). Com plataformas circulares de 3,4mm e 4,1mm, (figura 7) compatíveis com os

componentes protéticos dos sistemas convencionais, os implantes SIC®, estão

disponíveis nos comprimentos de 10mm, 12mm, e 14mm (Carvalho, 2001).

Os desenvolvimentos do SIC® em relação ao Wedge® foram as

plataformas protéticas compatíveis com outros sistemas de implantes, o tratamento

de superfície por duplo ataque ácido e o novo kit de inserção denominado

OSSTAT® (figura 5).

Sistema de implantes cuneiformes 19

Figura 2 – Vista lateral de Implante do Sistema de Implantes Cuneiformes.

Fonte: Campos (2007).

Figura 3 – Vista frontal de Implante do Sistema de Implantes Cuneiformes.

Fonte: Campos (2007).

Figura 4 – Instrumental de assentamento (kit básico):

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Sistema de implantes cuneiformes 20

Figura 5 – Instrumental de assentamento (kit completo)

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 6 – Detalhe do kit completo mostrando (da esquerda para a direita): a counter-sink

específica do sistema, os cinzéis para implantes de plataforma 4,1mm, o prolongador do

fresa, os cinzéis para implantes de 3,4mm, a chave do montador, os batentes de inserção

do implante e a chave do cover screw.

Fonte: Arquivo pessoal do autor.

Sistema de implantes cuneiformes 21

a) vista de perfil - plataforma 4.1 b) vista frontal - plataforma 3.4

Figura 7 - Implante mostrando a cor azul do monta

3.1.1 Por que é pouco difundido?

O implante cuneiforme é pouco difundido entre os implantodontistas

devido ao costume do uso de implantes cilíndricos em que a loja cirúrgica é

preparada com instrumentos rotatórios, o que dificulta a percepção de novos

“designs” e novas geometrias que possibilitem aumentar o espectro de utilização de

implantes em Odontologia (Carvalho, 2001).

3.2 O implante

O implante SIC® segue o conceito já anteriormente utilizado por outros

sistemas de introdução por impacção ao invés de rosqueamento. A diferença básica

da técnica reside no fato de que não se abre loja cilíndrica com fresa, e sim com

osteótomo que apenas afasta as trabéculas até uma dimensão ligeiramente menor

que a do implante (figura 8, 9, 10), ensejando uma maior concentração óssea em

seu entorno, formando uma pseudo-cortical imediata com excelente interface osso-

implante. Por não possuir roscas externas, sua parede na região crestal é mais

espessa que nos implantes rosqueados convencionais, justamente na região que

mais recebe cargas resultantes da mastigação. Por esse motivo não há nenhum

relato de fratura dos implantes SIC® nessa região (figura 2, 3).

Sistema de implantes cuneiformes 22

Em sua porção apical, a espessura mínima dos implantes SIC® é de

0,6mm, mais do que suficiente para suportar os stresses resultantes da distribuição

das cargas que segundo estudo conduzido por Cruz et al. (2003), são inexpressivas

nessa região.

Figura 8 - Decorticação pode ser feita, também, com ponta diamantada em forma de lápis

em motor apropriado para implantação Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 9 - Inserção do cinzel OSSTAT® reto em sentido transversal ao rebordo, com leves

batidas de martelete cirúrgico Fonte: Arquivo pessoal do autor

Sistema de implantes cuneiformes 23

Figura 10 - Inserção do cinzel OSSTAT® angulado em sentido transversal ao rebordo,

com leves batidas de martelete cirúrgico Fonte: Arquivo pessoal do autor

3.2.1 Forma

O implante SIC® é caracterizado por ter seu corpo em forma de cunha

com reentrâncias laterais que aumentam sua superfície de contato e promovem uma

maior retenção mecânica à tração (figura 2 e 3). Seu módulo de crista apresenta

cinta polida e plataforma protética em formato circular com sextavado externo como

elemento anti-rotacional e rosca interna para receber o parafuso de retenção da

prótese.

3.2.2 Dimensões

• Disponível nos comprimentos 10mm, 12mm e 14 mm.

• Plataforma 4,1mm – espelho do implante com diâmetro de 4,1mm; sextavado

com altura de 0,7mm e diâmetro de 2,7mm; espessura de 4,1mm x 4,1mm

decrescendo apicalmente até 0,6mm.

Sistema de implantes cuneiformes 24

• Plataforma 3,4mm – espelho do implante com diâmetro de 3,4mm; sextavado

com altura de 0,7mm e diâmetro de 2,5mm; espessura de 3,4mm x 3,4mm

decrescendo apicalmente até 0,6mm.

3.2.3 Compatibilidade com outros sistemas

Cirurgicamente o SIC® (Sistema de Implantes Cuneiformes) não encontra

compatibilidade com nenhum outro sistema de implantes. Porém, suas plataformas

protéticas são compatíveis com as de hexágono externo do sistema Bränemark, na

plataforma regular (4,1mm), e dos sistemas 3i (Implant Innovation Inc.) e SIN

(Sistema de Implantes Nacional) (figura 11), na plataforma reduzida (3,4mm), com a

diferença de o parafuso de retenção precisar ser menor, em comprimento, que nos

outros sistemas.

Figura 11 - Embalagem do Implante SIC® atualmente fabricado sob encomenda pela

empresa Sistema de Implante Nacional (SIN) Fonte: Arquivo pessoal do autor

3.2.4 Diferenças básicas

3.2.4.1 Macroestrutura

Diferentemente dos modelos convencionais de corpo cilíndrico ou cônico,

este apresenta seu corpo em forma de cunha.

Sistema de implantes cuneiformes 25

Ao invés de roscas apresenta reentrâncias nas laterais que aumentam

sua superfície de contato ósseo e promovem uma maior retenção mecânica à

tração.

3.2.4.2 Técnica cirúrgica

Diferentemente dos sistemas convencionais, que fazem uso de

seqüências de fresas para aprofundar e alargar o leito ósseo faz-se uso de somente

uma fresa inicial e, em seguida, prepara-se a loja com um osteótomo expansor de

dimensões compatíveis as do implante que será inserido.

Se for necessária complementação da osteotomia cortical feita pela fresa

inicial pode ser usada peça de mão em alta rotação com broca zecria ou ponta

diamantada em forma de lápis para remover a cortical somente na área que impede

a inserção do osteótomo compatível com o implante planejado (figura 8, 12).

Figura 12 - Decorticação com broca zecria em alta rotação

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Sistema de implantes cuneiformes 26

3.2.5 Semelhanças básicas

3.2.5.1 Biomecânica

Assim como nos implantes cilíndricos rosqueáveis, a concentração de

stress se dá ao nível do módulo crestal do implante, localizado na cortical do rebordo

alveolar, não havendo concentração de stress significante no módulo apical (Cruz et

al., 2003). O seu módulo crestal (parte mais coronal do implante, que ficará em

contato com a cortical do rebordo) por ser cilíndrico, como nos implantes

convencionais, apresenta distribuição de forças oclusais semelhante aos implantes

cilíndricos rosqueáveis (Cruz et al., 2006).

3.2.5.2 Tratamento de superfície O tratamento de superfície é o já convencional, por duplo ataque ácido.

3.2.6 Indicações

Além de apresentar, segundo Campos (2007), as mesmas indicações dos

implantes cilíndricos rosqueáveis, exceção feita à implantação imediata pós-

exodontia, o implante SIC® é indicado também nas situações citadas a seguir:

3.2.6.1 Fatores locais Déficit dimensional e/ou qualitativo do rebordo residual:

a) osso com menos de 4mm de espessura onde, por algum motivo, não está

indicada a enxertia (Carvalho, 2001);

b) espaço crítico inferior a 4mm entre uma raiz e sua vizinha ou entre ela e

outra ocorrência anatômica impeditiva, embora remanesça espaço protético

suficiente (Carvalho, 2001);

c) proximidade do nervo alveolar inferior com a crista alveolar determinando

altura não compatível com a colocação de implantes convencionais na

Sistema de implantes cuneiformes 27

região posterior de mandíbula, problema resolvido com a transposição

atraumática do nervo alveolar inferior, em que a implantação além de

apresentar baixíssimo nível de morbidade, anula a possibilidade de fraturas

iatrogênicas e acidentais da mandíbula (Campos, 2007);

d) osso trabecular pobre que, ao invés de ser removido por rotatórios, é apenas

afastado com a penetração do cuneiforme, ensejando de imediato maior

condensação óssea na interface e aumentando o travamento e a

estabilidade primária (Carvalho, 2001).

3.2.6.2 Fatores sistêmicos

Condições biológicas e/ou psicológicas que desaconselham maior número

de intervenções e/ou cirurgia mais demorada e mais cruenta (Carvalho, 2001).

3.3 Instrumental cirúrgico

A bandeja cirúrgica para a instalação de implantes SIC® deve apresentar

os instrumentais comuns de cirurgia oral menor como:

a) seringa de anestesia;

b) cabo e lâmina de bisturi;

c) descoladores de periósteo;

d) afastadores cirúrgicos;

e) espessímetro;

f) régua cirúrgica;

g) caneta de alta rotação ou contra ângulo (redutor ou multiplicador);

h) martelo cirúrgico;

i) material para sutura.

Deverão estar presentes, também, os instrumentais específicos do kit

OSSTAT® (figura 5):

a) broca de acesso específica (Osstat® Piramidal);

b) broca zecria ou diamantada ponta de lápis longa;

Sistema de implantes cuneiformes 28

c) kit específico de cinzéis expansores desenvolvido para o sistema e

composto por quatro cinzéis sendo dois para implantes SIC® de 3,4mm (um

reto e um angulado, tipo baioneta) e dois para implantes SIC® 4,1mm (um

reto e um angulado);

d) uma chave digital para cover e uma chave digital para mount;

e) um prolongador de fresa;

f) dois batentes para inserção dos implantes. Um angulado, tipo baioneta para

uso em regiões posteriores e um reto para regiões anteriores.

3.4 Tempos cirúrgicos

Os tempos cirúrgicos estão enumerados a seguir:

a) planejamento e confecção da guia cirúrgica;

b) antissepsia do campo operatório;

c) anestesia paraperióstea;

d) incisão;

e) descolamento e rebatimento do retalho;

f) medição e verificação da espessura do rebordo;

g) determinação da localização e posicionamento do implante através da guia

cirúrgica;

h) decorticação óssea com a broca de acesso montada em contra-ângulo

redutor (figura 13);

i) preparo do osso cortical com broca zecria ou diamantada ponta de lápis

longa (figura 8, 12) e soro fisiológico estéril como agente irrigador, iniciando-

se com movimentos de aprofundamento seguidos de movimentos

longitudinais, e, em seguida, dando forma circular junto à cortical da crista

óssea para acomodação da parte cervical do implante. Esta forma pode ser

dada com a mesma fresa ou com a counter sink específica do kit OSSTAT®;

j) preparo da loja óssea utilizando o cinzel expansor específico, aumentando a

condensação óssea até a profundidade desejada (figura 9, 14);

k) inserção do implante no neo-alvéolo, com leves batidas do martelo cirúrgico,

alternando-as com movimentos pendulares longitudinais no implante a fim

de facilitar sua inserção e impedir o travamento precoce do mesmo no osso

(figura 15);

Sistema de implantes cuneiformes 29

l) remoção do montador e colocação do cover-screw (figura 16);

m) sutura (figura 17);

n) radiografias de controle (figura 18, 19).

Figura 13 - Preparo inicial com a counter-sink piramidal decorticando e conformando a crista

óssea alveolar Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 14 - Preparo em profundidade com o cinzel osteótomo angulado

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 15 - Inserção do implante com o batente

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 16 - Remoção dos montadores e instalação dos parafusos de cobertura

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Sistema de implantes cuneiformes 30

Figura 17 – Sutura

Fonte: Arquivo pessoal do autor

Figura 18 – RX pré-cirúrgico

Fonte: Arquivo pessoal do autor Figura 19 – RX pós-cirúrgico

Fonte: Arquivo pessoal do autor 3.5 Moldagem de transferência

A moldagem de transferência pode ser feita com pilares para moldeira

aberta ou fechada, como no sistema Bränemark, observando o tamanho das

plataformas do implante.

Os transferentes e análogos são os convencionais para hexágono

externo, porém o parafuso passante deve ter no máximo 2 mm de trespasse na

porção de encaixe com o implante.

Sistema de implantes cuneiformes 31

3.6 Finalização protética

A finalização protética se dá por meio das mesmas técnicas e utilizam-se

os mesmos materiais dos implantes convencionais, com algumas recomendações:

• Uso de Parafuso protético mais curto → 2mm;

• Esplintagem dos posteriores;

• Ameias mais abertas.

• Mesa oclusal reduzida em relação aos dentes naturais.

Sistema de implantes cuneiformes 32

4 CONCLUSÕES As análises da revisão de literatura e dos resultados clínicos obtidos

sugerem, a respeito dos implantes do Sistema de Implantes Cuneiformes (SIC®),

que:

a) além de suas indicações específicas e exclusivas o implante SIC® pode ser

utilizado nas cirurgias que comprometem colocação de implante convencional,

exceto em casos de implantação imediata onde o alvéolo apresenta dimensões

superiores as do SIC®;

b) nos casos em que o indivíduo não deseja ou não pode se submeter a cirurgia

avançada para possibilitar implantação em mandíbula e maxila atróficas o

implante SIC® mostra-se como alternativa eficaz e segura;

c) nos casos de espessura vestíbulo lingual reduzida e insuficiente para inserção

e implantes convencionais o SIC® mostra-se eficaz e seguro;

d) o implante SIC® possui capacidade de osseointegração, resistência e

distribuição de cargas mastigatórias similares as dos implantes rosqueáveis;

e) o tratamento da superfície com duplo ataque ácido do implante SIC® é

satisfatório e suficiente para promover a osseointegração e longevidade do

implante;

f) a técnica cirúrgica mostrou-se mais simples e rápida em relação a dos

implantes rosqueáveis apresentando como vantagens: menor índice de

desorganização da matriz óssea; menor aquecimento ósseo durante o preparo

do neo alvéolo; reduzida perda de estabilidade primária; risco mínimo de

acidentes iatrogênicos com estruturas anatômicas nobres;

g) uma técnica cirúrgica de transposição atraumática do nervo alveolar Inferior foi

desenvolvida a partir do revolucionário desenho do implante SIC®,

dispensando a cirurgia traumática de lateralização, apresentando insignificante

nível de morbidade e índice nulo de fraturas iatrogênicas da mandíbula;

h) nos casos de proximidade do nervo alveolar inferior com a crista do rebordo

alveolar determinando altura não compatível com a colocação de implantes

convencionais, o implante SIC® apresenta-se como solução através da técnica

de transposição atraumática do nervo alveolar inferior;

i) a espessura do titânio das paredes crestal e apical do implante SIC® permite

uma distribuição de cargas sem risco de fratura.

Sistema de implantes cuneiformes 33

REFERÊNCIAS1 Buser D, Schenk RK, Steinemann S, Fiorellini JP, Fox CH, Stich H. Influence of surface characteristics on bone integration of titanium implants. A histomorphometric study in miniature pigs. J Biomed Mater Res. 1991 Jul;25(7):889-902.

Campos RG. Implantes cuneiformes sob carga imediata na reabilitação total de mandíbulas edêntulas severamente atróficas. [Monografia]. Belo Horizonte: EAP/Associação Brasileira de Odontologia; 2007.

Carvalho MM. O uso de implantes “Wedge” em maxilas e mandíbulas atróficas. [Monografia]. Belo Horizonte: EAP/Associação Brasileira de Odontologia; 2001.

Cochran DL. The evidence for immediate loading of implants.J Evid Based Dent Pract. 2006 Jun;6(2):155-63.

Cruz M, Lourenço AF, Toledo EM, da Silva Barra LP, de Castro Lemonge AC, Wassall T Finite element stress analysis of cuneiform and cylindrical threaded implant geometries. Technol Health Care. 2006;14(4-5):421-38.

Cruz M, Wassall T, Toledo EM, Barra LP, Lemonge AC. Three-dimensional finite element stress analysis of a cuneiform-geometry implant. Int J Oral Maxillofac Implants. 2003 Sep-Oct;18(5):675-84.

Misch CE. Implantes dentários contemporâneos. São Paulo: Santos, 2000.

Misch CE. Prótese sobre implantes. São Paulo: Santos, 2006.

Reiskin AB. Implant imaging. Status, controversies, and new developments. Dent Clin North Am. 1998 Jan;42(1):47-56.

Steflik DE, Parr GR, Sisk AL, Hanes PJ, Lake FT. Electron microscopy of bone response to titanium cylindrical screw-type endosseous dental implants. Int J Oral Maxillofac Implants. 1992 Winter;7(4):497-507

Valcanaya TC et al. A reação imediata do tecido ósseo após osteotomias com instrumentos cortantes de alta e baixa rotação. BCI. 1997; 4(4):53-7.

1 De acordo com o Manual de Normalização para Dissertações e Teses da Faculdade de Odontologia e Centro de Pós-

Gradução São Leopoldo Mandic baseado no modelo Vancouver de 2007, e abreviatura dos títulos de periódicos em conformidade com o Index Medicus.

Sistema de implantes cuneiformes 34

ANEXO A – CASUÍSTICA

1 N.I.N.O.N.

Gênero feminino, 47 anos, apresentou-se após término de tratamento ortodôntico

em que não foi conseguida movimentação radicular restando presença de espaço

protético e ausência de espaço cirúrgico para implantação convencional. A

seqüência cirúrgica e os controles radiográficos são demonstrados nas figuras

abaixo.

Figura 20 - Radiografia periapical inicial Figura 21 - Fotografia intrabucal do espaço

protético

Figura 22 - Afastamento do retalho muco-

periósteo

Figura 23 - Decorticação com broca zecria

em alta rotação

Sistema de implantes cuneiformes 35

Figura 24 - Decorticação opcional com

ponta diamantada em forma de lápis em

motor apropriado para implantação

Figura 25 - Inserção do cinzel OSSTAT®

reto em sentido transversal ao rebordo,

com leves batidas de martelete cirúrgico

Figura 26 – Implante SIC® de 4,1mm x

12mm e seu invólucro de proteção

Figura 27 – Implante SIC® instalado

Figura 28 - Radiografia periapical pós-

cirúrgica

Figura 29 – Aspecto do munhão já

preparado

Sistema de implantes cuneiformes 36

Figura 30 – Aspecto vestibular da coroa

protética

Figura 31- Aspecto em oclusão

2 A.R.T.

Gênero masculino, 40 anos, compareceu com queixa de descontentamento com uso

de sua prótese parcial removível (PPR). O exame clínico mostrou rebordo

severamente atrófico, embora com altura suficiente. O indivíduo recusava-se a

submeter-se a enxertia para correção de rebordo. Foi-lhe indicada a cirurgia de

colocação de implantes cuneiformes.

Figura 32 – Sítio para implantação na maxila

esquerda

Figura 33 – Vista do rebordo ósseo

Sistema de implantes cuneiformes 37

Figura 34 - Preparo em profundidade com o

cinzel angulado

Figura 35 - Inserção do implante com uso

do batente que se encaixa no mount

Figura 36 – Implantes instalados Figura 37 - Remoção dos montadores e

instalação dos parafusos de cobertura

Figura 38 - RX pré-cirúrgico Figura 39 - RX pós-cirúrgico

Sistema de implantes cuneiformes 38

3 M.L.D.M.

Gênero feminino, 59 anos, apresentou-se com pretensão de reabilitação fixa bilateral

de mandíbula, dispondo de pouca altura óssea, situação que impunha a colocação

de implantes cuneiformes com técnica de transposição atraumática do nervo alveolar

inferior.

Figura 40 – Prótese – aspecto frontal Figura 41 – Lado direito em oclusão

Figura 42 – Lado esquerdo em oclusão Figura 43 – RX panorâmica mostrando

transposição do nervo alveolar inferior

Sistema de implantes cuneiformes 39

Figura 44 – Imagem tridimensional do posicionamento dos implantes – lado direito

Figura 45 – Tomografia computadorizada

(TC) do implante 45

Figura 46 - TC do implante 46

Figura 47 – TC do implante 47

Sistema de implantes cuneiformes 40

Figura 48 – Imagem tridimensional do posicionamento dos implantes – lado esquerdo

Figura 49 – Tomografia computadorizada

(TC) do implante 34 Figura 50 - TC do implante 35

Figura 51 – TC do implante 36

Sistema de implantes cuneiformes 41

4 I.O.

Gênero masculino 57 anos, procurou serviço de Implantodontia da ABO/MG

pretendendo realizar carga imediata total na mandíbula, sem cantilever, por meio de

transposição atraumática do nervo alveolar inferior. As imagens e o caso foram

gentilmente cedidos pelo Dr. Rodrigo Gomes Campos.

Figura 52 - Tomografia computadorizada

para planejamento do caso clínico: lado

direito

Figura 53 - Tomografia computadorizada

para planejamento do caso clínico: lado

esquerdo

Figura 54 - Vista oclusal do rebordo

evidenciando o assoalho bucal quase plano

devido à reabsorção óssea

Figura 55 - Mesa cirúrgica com

armamentário necessário

Sistema de implantes cuneiformes 42

Figura 56 - Retalho mucoperiósteo rebatido

e perfurações corticais realizadas

Figura 57 - Osteotomia com cinzel

OSSTAT® na região de primeiro molar

inferior esquerdo

Figura 58 - Osteotomia na região anterior

com orientação perpenticular ao plano

bipupilar e paralela à linha média

Figura 59 - Osteotomia lado direito

Figura 60 - Oito implantes SIC® inseridos

na mandíbula do paciente para receberem

carga imediata

Figura 61 - Verificação da dimensão vertical

de oclusão com guia multifuncional

posicionado

Sistema de implantes cuneiformes 43

Figura 62 - Prótese posicionada Figura 63 - Caso concluído

Figura 64 – Corte 40 mostrando relação do implante SIC® 46 com o canal mandibular

Sistema de implantes cuneiformes 44

Figura 65 – Corte 98 mostrando relação do implante 36 com o canal radicular

Sistema de implantes cuneiformes 45

ANEXO B

PROCESSO DE PATENTE

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