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SÃO PAULO, 06 DE OUTUBRO DE 2015.
Pierre Verger e poetisa são temas de mostras no Museu Afro Brasil
Neste mês, duas mostras chegam ao Museu Afro Brasil, instalado no parque
Ibirapuera, zona sul da capital paulista.
Em "As Aventuras de Pierre Verger", cerca de 270 imagens registradas pelo fotógrafo,
etnólogo, antropólogo e pesquisador francês são divididas em nove núcleos. O
ingresso custa R$ 6.
Já em "Carolina Em Nós", exposta do lado externo do museu, a escritora, poetisa e
sambista Carolina Maria de Jesus tem sua vida e obra contada por meio de painéis e
fotografias.
AS AVENTURAS DE PIERRE VERGER
Dividida em nove núcleos, como Paris, Viagens, Polinésia e Saara, a exposição
apresenta cerca de 270 imagens clicadas por Pierre Verger (1902-1996) em diversos
lugares do mundo. Ele foi um fotógrafo, etnólogo, antropólogo e pesquisador francês
que viveu grande parte de sua vida em Salvador, na Bahia. Além das fotografias, a
exposição traz vídeos e ilustrações do artista visual baiano Bruno Marcello, que retrata
situações reais e ficcionais vividas por Verger. Organizada por Alex Baradel,
responsável pelo acervo da Fundação Pierre Verger, a mostra esteve em cartaz no
Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador -foram mais de 30 mil visitantes entre
março e maio deste ano.
Museu Afro Brasil - pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, região
sul, tel. 3320-8900. Ter. a dom.: 10h às 17h (c/ permanência até as 18h). Até 30/12.
Livre. Ingr.: R$ 6 (sáb.: grátis). Estac. (sistema Zona Azul - no portão 3).
CAROLINA EM NÓS
Idealizada pelo coletivo Ilú Obá de Min, que há dez anos ocupa as ruas de São Paulo
com atividades para promover a cultura afro-brasileira, a mostra homenageia a
escritora, poetisa e sambista Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Painéis, fotos e
cenários foram montados na lateral do museu para contextualizar a vida e a obra da
mineira, que dá nome à biblioteca da instituição. Seu trabalho mais conhecido é
"Quarto de Despejo" (1960). Traduzido para 13 idiomas, o livro retrata o cotidiano em
comunidades pobres. O diário de Carolina foi descoberto em 1958 por Audálio Dantas,
da extinta "Folha da Noite", quando ela morava na favela do Canindé e sobrevivia
catando e vendendo papel.
Museu Afro Brasil - pq. Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 10, região
sul, tel. 3320-8900. Seg. a dom.: 5h às 24h. Até 31/1/2016. Estac. (sistema Zona Azul -
portões 3 e 7). GRÁTIS
Aconteceu em 6 de outubro
Há 10 anos (2005) era inaugurado o Auditório Ibirapuera, no Parque Ibirapuera. Obra
foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer nos anos de 1950, mas só foi construída
em 2005.
Cultura e Lazer
No Parque do Ibirapuera, a mostra "Carolina em Nós" homenageia a escritora, poeta e
sambista Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Organizada pelo grupo Ilú Obá de Min,
a exposição reúne painéis, fotos e cenários que contam a história da vida da artista.
Ingr.: GRÁTIS
Outubro Rosa: Parque do Ibirapuera recebe roda gigante iluminada
Assista, aqui.
Mudanças Climáticas será tema de 'reality' entre a Amazônia e os Andes
Entre os dias 12 e 30 de outubro, Diego Gazola, autor de guias de viagens, irá embarcar
em uma experiência inédita pela Amazônia e Cordilheira dos Andes. Ele
irá compartilhar e interagir ao vivo, por meio das mídias sociais, sobre suas vivências
em uma expedição entre Rio Branco, capital do Acre, e Cusco, no Peru. O "Reality
Nascentes da Crise" será veiculado na página do Facebook "Mude de Ideia".
"O projeto, sem caráter científico, tem como foco vivenciar in loco a localização onde a
umidade vinda da floresta amazônica muda de direção. Assim, ali, buscar elementos
que permitam, eventualmente, narrar histórias que associem as experiências com o
desmatamento da Amazônia, as mudanças climáticas, e, consequentemente, à crise da
água no centro-oeste e sudeste do Brasil", revela Gazola em comunicado à imprensa.
Segundo o viajante, o trajeto percorrido é o único que permite experienciar a transição
entre a Amazônia e a Cordilheira dos Andes através de estradas asfaltadas, a partir do
Brasil. É nessa região que, segundo o relatório "O Futuro Climático da Amazônia", de
Antonio Nobre, os rios aéreos de vapor vindos da grande Floresta fazem uma curva, e
seguem no sentido sudeste do Brasil, principalmente no verão.
Gazola aborda que o tema da água demanda um pensamento sistêmico: "No início de
2014 houve a maior cheia do rio Madeira no Acre, enquanto isto, no mesmo período,
vivenciávamos a grave crise de acesso à água no Sudeste do Brasil", pontua.
Congresso debate crise hídrica, alterações climáticas e gestão do
saneamento
Temas como a crise hídrica, as alterações climáticas e a gestão do saneamento serão
debatidos no 28º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental por
Companhias de saneamento, por gestores, profissionais, acadêmicos, estudantes de
todo o Brasil e convidados internacionais. O Congresso acontece de 4 a 8 de outubro,
no Rio de Janeiro. Para falar sobre o assunto o Revista Brasil entrevistou o presidente
da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Dante Ragazzi
Pauli.
Na avaliação do presidente da associação os desafios em saneamento que são
gigantescos: "Brasília vive uma situação muito ruim com projeto de esgotamentos
sanitários e resíduos sólidos, mas o principal objetivo é encaminhar proposta ao
Governo Federal, aos governos estaduais, a sociedade em geral para que se possa
perceber avanços, mesmo que mínimos no nosso saneamento", comenta.
Dante Ragazzi Pauli fala sobre a visão do setor privado em relação ao saneamento
básico: "é um setor que entrou ultimamente na gestão, na operação de setor, e é um
elemento muito bem vindo, porque o setor público não vai fazer tudo sozinho", avalia.
Sistema Cantareira fica estável após quatro altas seguidas
O nível do Sistema Cantareira ficou estável em 16,7% nesta segunda-feira (5), após
quatro dias de alta, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado
de São Paulo (Sabesp).
O manancial, que abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo, começou
outubro com chuva significativa. Apenas nesses três primeiros quatro dias do mês
choveu 32,3% do total previsto para outubro.
O índice de 16,7% do Cantareira divulgado pela Sabesp considera o cálculo feito com
base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água. O sistema ainda
opera no volume morto.
Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a companhia passou a
divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.
O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume
total de água do Cantareira. Nesta segunda, ele era de 12,9%. O terceiro índice leva em
consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume
útil, e era de -12,6% na manhã de segunda-feira.
Entre os demais sistemas, Alto Tietê, Guarapiranga e Alto Cotia caíram. Apenas Rio
Grande e Rio Claro subiram.
Balanço de inverno – O Cantareira teve o inverno mais chuvoso desde 2009, segundo
levantamento do G1 feito com base nos dados divulgados diariamente pela Sabesp. A
estação, que começou em 21 de junho, terminou às 5h20 do dia 23.
O manancial recebeu 188,9 milímetros de chuva no período, maior marca dos últimos
seis anos. A precipitação é 82% maior que a do inverno do ano passado, quando
choveram 103,5 mm, mas muito menor que a marca de sete anos atrás: 323,8 mm, em
2009.
Apesar do balanço positivo de chuvas, o sistema seguiu perdendo água durante a
estação e ainda está operando no volume morto. No dia 21 de junho, estava com 20%
do volume útil, nível que passou para 16,2% nesta quarta-feira (22), dia em que teve
mais uma queda.
Agosto – Os novos números do Sistema Cantareira contrastam com o mau
desempenho em agosto, mês em que teve apenas 30,7 mm de chuvas, o equivalente a
89,2% da média histórica do mês (34,4 mm).
Agosto foi o quinto mês seguido em que o sistema, que abastece 5,3 milhões de
pessoas na Grande São Paulo, fechou “no vermelho”.
Falta de planejamento – O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que a falta de
água em São Paulo foi resultado da falta de planejamento do governo paulista.
O órgão relatou que a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SSRH) recebeu vários
alertas sobre a necessidade de um plano de contingência para eventuais riscos de
escassez hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. A pasta negou as alegações e
disse que era impossível prever a estiagem de 2014.
As informações fazem parte do parecer do TCE sobre as contas do governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), do ano passado. O TCE aprovou as contas do tucano
com ressalvas no fim de junho e listou 20 recomendações em diferentes áreas que o
governo deveria adotar.
Medidas preventivas - Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que
outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise não chegasse “ao ponto
em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem
minimizados”.
Entre as propostas está a despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, a recuperação da
represa Billings e o combate mais efetivo de perdas de água na distribuição.
A Secretaria de Recursos Hídricos informou ao TCE que implantou diversas ações para
uma situação de estresse hídrico, como o Programa de Uso Racional da Água (PURA),
financiamento de estudos, projetos, obras e serviços ligados ao controle de perdas, e
adoção de medidas para a prática de reúso de efluentes tratados para uso industrial,
urbano e na agricultura.
Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou
especialista previu a severidade da seca que atingiu a região sudeste em 2014.