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Set./2017 Universidade de São Paulo - Brasil Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – www.cepea.esalq.usp.br

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AVALIAÇÃO DO IMPACTO

ECONÔMICO DAS PRAGAS

Silvia H.G. de MirandaProfa. Livre Docente da ESALQ/USP

Pesquisadora do Cepea-ESALQ/USP

E-mail: [email protected]

Fone: 55 19 3429-8806

http://www.cepea.esalq.usp.br

Mauro OsakiTéc. Espec. Superior da ESALQ/USP

Pesquisador do Cepea-ESALQ/USP

E-mail: [email protected]

Fone: 55 19 3429-8853

http://www.cepea.esalq.usp.br

Lucilio R.A. AlvesProf. Dr. da ESALQ/USP

Pesquisador do Cepea-ESALQ/USP

E-mail: [email protected]

Fone: 55 19 3429-8847

http://www.cepea.esalq.usp.br

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COMO A DEFESA AGROPECUÁRIA E A ECONOMIA ESTÃO RELACIONADAS?

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Importância “primária”: para a atividade agropecuária e seusagentes (perdas) e para os consumidores

Preocupação deve ser crescente com o risco de entrada denovas pragas: Impactos econômicos – prejuizos domésticos e ao comércio exterior

Impactos sociais

Impactos ambientais

Efeitos das crises fitossanitárias e sanitárias são sistêmicos –nas cadeias produtivas e em seu ambiente

Introdução

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Número de relatos científicos de ocorrência de novas espécies de interesse agrícola no Brasil, de 1890 a abril de 2015.

Fonte: Sugayama et al (2015).

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Espécies regulamentadas pelo Brasil como quarentenárias ausentes e com potencial de atacar a cultura da soja, relatadas em países da América do Sul e/ou Trinidad e Tobago (Sugayama et al., 2015)

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Sensibilização da comunidade em geral para a importância daDefesa e para o papel crescente dos agentes privados – Adefesa das culturas e rebanhos não é feita somente pelasagências – ela faz parte do manejo e da vigilância doprodutor!

Limitações orçamentárias x Crescimento projetado paraagronegócio

Comércio: o risco aumenta na medida em que há aceleraçãodo processo de globalização

Compartilhar os conhecimentos e técnicas => Defesaagropecuária e Extensão Rural

Desafios

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IMPACTOS ECONÔMICOS

Quais são? Como medir? Por que medir?

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Impactos econômicos:

- Redução da produtividade e produção ou de plantel

- Elevação dos custos de produção (manejo, inspeção)

- Redução nas exportações ou proibição de comércio

- Choques sobre preços domésticos ou internacionais

- Redução da arrecadação tributária

Impactos sociais

- Choques sobre mercado de empregos

- Realocação regional de culturas e desarticulação de suas estruturas produtivas

- Concentração industrial: inviabilização da pequena produção

- Contaminação de pessoas podendo chegar a óbitos (principalmente na área animal)

Impactos ambientais

- Intensificação no uso de agrotóxicos

- Impactos sobre a biodiversidade

- Contaminação de água e de solo

Impactos institucionais

– Alterações em orçamento ou necessidade de recursos emergenciais

– Aumento da demanda sobre serviços de fitossanidade ofertados pelos governos:impactos sobre infra-estrutura tecnológica e pessoal

Impactos

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• Estimativas com base em perdas de produtividade (e produção): Bento (2000),Oliveira et al (2012)

• Análise Custo-Efetividade: usada quando não se tem dados para medir osbenefícios

• Análise Benefício-Custo:

– Possibilidade de sofisticação utilizando elasticidades e flexibilidades paraestudar os efeitos das crises fitossanitárias sobre preços domésticos einternacionais; e simulações de Monte-Carlo para construir intervalos deconfiança para os resultados

• Uso de instrumentos de análise econômica mais sofisticados:

– Análise de Matriz Insumo-Produto (Costa e Guilhoto, 2012)

– Modelos de Equilíbrio Parcial (caso do abacate com entre EUA e México) ede Equilíbrio Geral (Gripe aviária, Fachinello, 2008)

• Soliman et al (2010): Avaliam o uso de técnicas para avaliação quantitativa deimpacto econômico – orçamento parcial, equilíbrio parcial, insumo-produto,modelos computáveis de equilíbrio geral

– Propõem que o orçamento parcial seja conduzido em qualquer avaliaçãode risco e os demais, apenas quando seus ganhos superarem os custos eincertezas.

Métodos de avaliação econômica de impactos

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Estudos conduzidos em parcerias pelo CEPEA: impactos econômicos de pragas e análises correlatas conduzidos

• Miranda et al (2010) – Mosca da carambola, Greening (ex-post) e Gripeaviária (ex-ante)

• Miranda, Adami e Bassanezi (2011) – Greening São Paulo

• Oliveira (2012) – ABC do Greening (ex-ante) para a Bahia

• Adami e Miranda (2013) – seguro fitossanitário Greening

• Sanches e Miranda (2014) – cancro cítrico

• Souza e Miranda (2015) – “Regulatory Impact Analysis in Brazil:theoretical approach and applications in policies for agriculture defense”(ICAE)

• Souza e Miranda (2015) – AIR aplicada a políticas de defesa agropecuária

• Adami e Miranda (2015) – Estudo da Disposição a Adotar controlebiológico para ácaro rajado em morangueiros

• Relatório de Pesquisa – CEPEA (2016) – Avaliação das principais pragas edoenças soja/milho/algodão para safra 2014/15 e seus impactos

• Relatório de Pesquisa – Miranda (2016) – Avaliação Econômica deProgramas Selecionados do Plano de Defesa Agropecuária

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Relação B/C calculada pela diferença entre o valorpresente da produção e do custo total de produção comdiferentes níveis de preço da caixa laranja. São Paulo,2011 a 2030

Acumulado

(anos)

Preço

da cx de

40,8 Kg

(R$)

Cen.

1

Cen.

2

Cen.

3A

Cen.

3B

Cen.

3C

Cen.

3D

Cen.

3E

Cen

3F

3,3 0,48 0,25 1,18 0,00 -0,07 -0,09 -0,11 -0,11

5 anos 10,5 1,54 0,80 3,76 0,00 -0,21 -0,27 -0,36 -0,34

21,1 3,09 1,62 7,56 0,01 -0,42 -0,55 -0,71 -0,68

3,3 1,54 1,22 1,16 -0,09 -0,19 -0,08 0,35 0,45

10 anos 10,5 4,90 3,89 3,68 -0,28 -0,59 -0,24 1,13 1,45

21,1 9,84 7,81 7,40 -0,55 -1,19 -0,49 2,26 2,91

3,3 2,81 2,43 1,18 -0,18 -0,26 0,03 1,18 1,36

15 anos 10,5 8,94 7,74 3,76 -0,56 -0,84 0,09 3,74 4,34

21,1 17,96 15,55 7,56 -1,12 -1,69 0,19 7,51 8,72

3,3 3,84 3,34 1,19 -0,21 -0,24 0,16 1,78 2,02

20 anos 10,5 12,23 10,63 3,79 -0,66 -0,78 0,50 5,66 6,43

21,1 24,58 21,37 7,62 -1,33 -1,56 1,01 11,38 12,92

Fonte: Sanches et al. (2014) – Cancro cítrico

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Fonte: Bassanezi, Miranda, Adami e Silveira (2015) – Parceria Cepea/Fealq-Fundecitrus

Sistema de Suporte à Decisão na Citricultura

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MENSURAÇÃO ECONÔMICA DA INCIDÊNCIA DE PRAGAS E DOENÇAS NO BRASIL: UMA APLICAÇÃO PARA AS CULTURAS DE

SOJA, MILHO E ALGODÃO

Safra 2014/15

Equipe responsável:

Geraldo Sant’Ana de Camargo BarrosSilvia Helena Galvão de MirandaMauro OsakiLucilio Rogerio Aparecido AlvesAndréia de Oliveira Adami

http://www.cepea.esalq.usp.br

Equipe técnica:

Fábio Francisco de LimaRenato Garcia Ribeiro

Luiz Henrique de AlmeidaBreno Bícego Vieitez

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Objetivos/Etapas

• Avaliar os gastos anuais do uso dos defensivos agrícolas nasculturas de soja, milho e algodão no Brasil na safra 2014/15;

• Avaliar o impacto no custo de produção do não tratamentocontra pragas/doenças na safra 2014/15;

– Mantendo a produtividade agrícola;

– Mantendo a produção com compensação da área cultivada;

– Ajuste de preço considerando a possível queda de produção;

• Avaliar o impacto sobre a lucratividade do não tratamento contrapragas/doenças na safra 2014/15, considerando ajuste de preçoe produtividade.

• Impactos macroeconômicos do não tratamento contrapragas/doenças;

– Comércio exterior

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Premissas

• Levantamento bibliográfico dos impactos na produtividade diante daocorrência da praga e/ou doença sem tratamento;

• Simulação:

– Eliminação das aplicações de produtos químicos e ajustes nos usosde máquinas, equipamentos e mão de obra;

– Para cada praga ou doença eliminar somente os produtos químicosconsiderados específicos para seu tratamento;

– Ajustes nos gastos variáveis relacionados aos volumes produzidos(frete, etc);

– Extrapolação dos resultados para as microrregiões comcaracterísticas de estruturas produtivas, localização e tecnologiassemelhantes;

– Ajustes na Receita:

a) mantendo preço constante com compensação de áreaproporcional à queda de produtividade;

b) variando o preço no mercado de acordo com queda na oferta.

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• Análises baseadas nas pesquisas de campo realizadas peloCepea:

As pesquisas estão focadas nas principais regiões produtoras,representando mais de 90% da área cultivada – milho verãorepresentou cerca de 60% do total;

Pode-se dizer que produtores estudados possuem padrãotecnológico acima da média;

Premissas

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Abrangência do estudo – SOJA

IBGE

Cepea

BLS: Balsas (MA)CALTA: Cruz Alta (RS)CMQ: Camaquâ (RS)CNP: Campo Novo do Parecis (MT)CNV: Campos Novos (SC)CRZ: Carazinho (RS)CST: Castro (PR)CVEL: Cascavel (PR)DRD: Dourados (MS)GPVA: Guarapuava (PR)LDN: Londrina (PR)LEM: Luis Eduardo Magalhães (BA)MNR: Mineiros (GO)NVR: Navirai (MS)PAF: Pedro Afonso (TO)PVL: Primavera do Leste (MT)QRC: Querencia (MT)RVD: Rio Verde (GO)SNP: Sinop (MT)SRS: Sorriso (MT)TPC: Tupanciretã (RS)UBR: Uberaba (MG)URC: Uruçui (PI)XNX: Xanxere (SC)

24 painéis

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Abrangência do estudo – milho verão

Cepea

IBGE

14 painéis

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Abrangência do estudo – milho 2a SAFRA

Cepea

IBGE

14 painéis

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Abrangência do estudo – Algodão

IBGE

Cepea

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Gasto para cada praga ou doença i por cultura

Painel Original

GAi= Gasto anual para a Praga/Doença i (R$)

Gasto para outras regiões

+

i.a - controle de praga iL Helicoverpa; Lagartas;

Ferrugem; Percevejo, Mosca branca, L. Spodoptera, Bicudo.

(R$/ha)

1 Região j MicrorregiãoUF

(ha)

Área de produção

Gasto na região levantada

x

Demais Microrregiões

UF(ha)

x

ExtrapolaçãoLocalizaçãoSimilaridade de produção- Produtividade- Tecnologia- Sistema de produção

2

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Principais pragas ou doenças identificadas nos levantamentos da safra 2014/15 nas lavouras de soja, milho e algodão, perdas de produtividade encontradas na literatura especializada e perda de produtividade considerada nas simulações de impacto econômico

Cultura Praga/Doença AutoresMaior

quedaMédia

Menor

queda

Perda

considerada nas

simulações

So

ja

Percevejo1 Corrêa-Ferreira et al (2013);

Adeney et al (2015)-21% -10,6% -2,4% - 10%

Helicoverpa armigera Bonamichi et al (2015) -36% -32,8% -28,3% - 30%

Mosca branca (Bemisa tabaci) Vieira et al (2013) -30% -22% -12% - 20%

Falsa medideira (Chrysodeixis

includens)Schlick-Souza (2013) -26% -18,8% -14% - 20%

Ferrugem asiática (Phakopsora

pachyrhizi)Godoy et al. (2011, 2012,

2013, 2014, 2015)-37,4% -21,7% -6,4% - 20%

Mil

ho L. Cartucho (Spodoptera frugiperda)

Valicente (2015); Cruz et al

(2000)- 52% - 43% - 34% - 40%

Percevejo (Dichelops melocanthus)Valicente (2015); Cruz et al

(2000)-25% -22% -21% - 20%

Alg

od

ão

Bicudo (Anthonomus. grandis)Fonseca et al (2011);

Scarpellini (2003)- 35,4% - 27,1% - 21,8% - 30%

Helicoverpa armigera s/i s/i s/i s/i - 20%

Lagarta2 Papa et al (2007) -18,0% -16,1% - 14,3% - 20%

Mosca branca (B. tabaci) Alencar et al. (2002) - 16,7% - 12,9% - 8,1% - 10%

Pulgão (Aphis sp) Almeida (2001) - 16,4% - 10,4% - 4,5% - 10%

1 Percevejo verde (Nezara viridula) e marrom (Euschistus heros); 2 L. Curuquerê (Alabama argilacea), L. da maçã (Heliothis virencis); s/i: sem informação.

Fonte: Cálculos do Cepea/Esalq (2016).

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IMPACTOS NOS CUSTOS TOTAIS DO NÃO TRATAMENTO DE PRAGA E DOENÇAS SELECIONADAS NAS CULTURAS DE SOJA, MILHO E

ALGODÃO

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Impacto no CT da soja pelo Não tratamento da praga e doença selecionada, mantendo a produtividade agrícola

Fonte: Cepea/ ANDEF

O custo privado do setor produtivo provocada pela lagarta é equivalente a R$ 1,7 Bi; o de Helicoverpa, R$ 2,5 Bi; percevejo R$ 2 Bi; Mosca branca R$ 0,4 Bi; e Ferrugem asiática, R$ 5,1 Bi.

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Impacto no CT do milho pelo Não tratamento da praga e doença selecionada, mantendo a produtividade agrícola

-0,23-0,12

-0,30

-0,21

-0,53

-0,32

-0,60

-0,50

-0,40

-0,30

-0,20

-0,10

0,00

Spodoptera Percevejo

Bilh

õe

s (R

$)

Verão 2 safraFonte: Cepea/ ANDEF

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Impacto no CT do algodão pelo Não tratamento da praga e doença selecionada, mantendo a produtividade agrícola

-0,31

-0,11

-0,51 -0,47

-0,22

-0,16

-0,02

-0,25

-0,19

-0,06

-0,48

-0,13

-0,76

-0,66

-0,28

-0,80

-0,70

-0,60

-0,50

-0,40

-0,30

-0,20

-0,10

0,00

Bicudo Helicoverpa Lagarta Pulgão Mosca branca

Bilh

õe

s (R

$)

Verão 2 safraFonte: Cepea/ ANDEF

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IMPACTOS NOS CUSTOS TOTAIS DO NÃO TRATAMENTO DE PRAGAS E DOENÇAS SELECIONADAS NAS

CULTURAS DE SOJA, MILHO E ALGODÃO COM COMPENSAÇÃO DE ÁREA

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Impacto no CT da soja com Não tratamento da praga e doença para os diferentes cenários de diminuição da produtividade com compensação de área

20%20%10%30%20%Cenários de

diminuição de produtividade

Fonte: Cepea/ ANDEF

O não tratamento da lavoura provocaria uma queda média de produtividade para cada tipo de praga edoença e o setor produtivo precisaria dispender um montante financeiro a mais para compensar em área arespectiva redução de produtividade, visando manter a produção (oferta) e não haver impacto em preço.Assim, para a queda de produtividade provocada pela lagarta seria necessário R$ 15,2 Bi a mais para cultivar20% de acréscimo de área para manter a produção; Helicoverpa R$ 28,9 Bi para cultivar 30% a mais;percevejo R$ 6,25 Bi, 10% a mais de área; Mosca branca R$ 3,6 Bi para aumentar 20% da área; e FerrugemR$ 12,7 Bi para aumentar 20% de área.

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Impacto no CT do milho com Não tratamento da praga e doença para os diferentes cenários de diminuição da produtividade com compensação de área

Fonte: Cepea/ ANDEF

Cenários de diminuição de produtividade

O não tratamento da lavoura provocaria uma queda média de produtividade para cada tipo de praga edoença e o setor produtivo precisaria dispender um montante financeiro a mais para elevar a área cultivadapara compensar a redução de produtividade e manter a produção (oferta). Assim, para a queda deprodutividade provocada pela lagarta Spodoptera (cartucho), seriam necessários R$ 14,91 Bi a mais paracultivar 40% a mais de área para manter a produção; a menor produtividade com ataque de percevejo éequivalente a R$ 5,2 Bi para cultivar 20% a mais de área.

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O não tratamento da lavoura provocaria uma queda média de produtividade para cada tipo de praga e doença eo setor produtivo precisaria dispender um montante financeiro a mais para compensar em área a respectivaredução de produtividade, visando para manter a produção (oferta) e não haver impacto em preço. Assim, para aqueda de produtividade provocada pelo bicudo seriam necessários R$ 2,36 Bi a mais para cultivar 30% deacréscimo de área para manter a produção; a menor produtividade com o ataque de Helicoverpa exigiriainvestimentos de R$ 1,57 Bi para cultivar 20% a mais de área; de Lagartas em geral, R$ 0,78 Bi para cultivar20% a mais de área; Pulgão, R$ 10 Milhões para cultivar 10% a mais de área; e mosca branca com R$ 0,47 Bipara cultivar 10% a mais de área.

Impacto no CT da algodão com Não tratamento da praga e doença para os diferentes cenários de diminuição da produtividade com compensação de área

10%20%

Fonte: Cepea/ ANDEF

Cenários de diminuição de produtividade

1,400,94

0,44

-0,050,23

0,97

0,64

0,35

0,060,24

2,36

1,57

0,78

0,010,47

-0,50

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

Bicudo Helicoverpa Lagarta Pulgão Mosca branca

Bilh

õe

s (R

$)

Verão 2 safra

30% 20% 10%

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IMPACTOS NA LUCRATIVIDADE DO NÃO TRATAMENTO DE PRAGAS E DOENÇAS SELECIONADAS NAS CULTURAS DE SOJA, MILHO E

ALGODÃO COM AJUSTE DE PREÇO

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Metodologia para cálculo de impactos em preços

(Dw) em t (SRW) em t (SB) em t (nw) (erw)

Soja 240.283,25 194.664,50 83.100,00 -0,2128 0,3300

Milho 911.149,25 861.236,50 79.875,00 -0,0560 0,2002

Algodão 23.755,71 24.921,53 1.725,48 -0,1489 0,2023

Fonte: Kim et al. (2008), Cepea (2015) e FAPRI e USDA (2016)

Referente à média de oferta e demanda de cinco anos

(nw) a elasticidade preço da demanda mundial pelo produto;(eRW) é a elasticidade preço da oferta do resto do mundo;

Se o preço da soja subir 10%, a demanda reduz em 2,1%; no milho, 0,6%; no algodão, 1,5%.

Dw é a demanda mundial;SRW é a soma da produção mundial dos demais produtores;(SB) é a oferta brasileira;

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IMPACTOS NA LUCRATIVIDADE DO NÃO TRATAMENTO DE PRAGAS E DOENÇAS SELECIONADAS COM

AJUSTE DE PREÇO:SOJA

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Premissas adotadas no modelo para a soja

• O choque na produção para as pragas (lagarta, helicoverpa,percevejo e ferrugem) foi adotado para todas as regiõespesquisadas.

• O problema da mosca branca é, ainda, pontual. Assim, ochoque na produção foi considerado para as seguintespraças: Sorriso (MT); Sinop (MT); Luís Eduardo Magalhães(LEM/BA), Cristalina (GO) e Uruçuí (PI). Nas demais regiõesmanteve-se a mesma produtividade e variou o preço.

• Na média as variações de produção e preços dos produtospara cada praga e doenças foram as seguintes:

Pragas e doenças Δ Prod Δ Preço Δ RB

Lagarta - 20% 14,4% -8,5%

Helicoverpa - 30% 21,6% -14,9%

Percevejo - 10% 7,2% -3,5%

Mosca branca - 5% 3,6% -1,6%

Ferrugem - 20% 14,4% -8,5%

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Redução da RB e do CT pelo não tratamento de praga ou doença selecionada na lavoura de soja

R$ 83,66 R$ 77,82R$ 88,19 R$ 90,74

R$ 83,66

R$ 7,73(-8,5%)

R$ 13,57(-14,9%)

R$ 3,21(-3,5%)

R$ 0,66(-0,7%)

R$ 7,73(-8,5%)

R$ 85,26 R$ 84,82 R$ 84,46 R$ 85,83 R$ 82,59

R$ 0,59(- 0,7%)

R$ 1,04(-1,2%)

R$ 1,40(-1,6%)

R$ 0,03(-0,04%)

R$ 3,26(-3,8%)

0

20

40

60

80

100

120

RB CT RB CT RB CT RB CT RB CT

Lagarta(- 20%)

Helicoverpa(- 30%)

Percevejo(- 10%)

Mosca branca(- 5%)

Ferrugem(- 20%)

Bilh

õe

s (R

$)

RB c/ choque Redução RB CT c/choque Redução CT

A falta de controle químico da ferrugem provocaria redução de 20% da produtividade e o CT, com ajuste, reduziria R$3,26 bilhões, que equivale a uma redução de 3,8% do CT em relação ao custo original para a safra de soja brasileira.A nova Receita Bruta (RB), com ajuste positivo de preço da soja de 14,4%, mas com redução da produtividade de20%, diante da ausência de controle químico da ferrugem asiática, é R$ 7,73 bilhões menor que a RB original, ouseja, uma perda de 8,5%.

91

,39

85

,86

Fonte: Cepea/ ANDEF

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Impacto na lucratividade da soja com o não tratamento e com ajuste de preço

5,53 5,53 5,53 5,53 5,53

-1,60

-7,00

3,734,91

1,07

-7,14

-12,54

-1,81-0,62

-4,47

-14,00

-12,00

-10,00

-8,00

-6,00

-4,00

-2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

Lagarta(- 20%)

Helicoverpa(- 30%)

Percevejo(- 10%)

Mosca branca(- 5%)

Ferrugem(- 20%)

Bilh

ões

(R

$)

IL ILAP ELAP

Em todos os casos, o não tratamento reduz a lucratividade da produção de soja, como indicado pela barras verdesnegativas. Por exemplo, no caso da lagarta, o não tratamento reduz o lucro (barra azul) de IL = R$5,53 bi paraprejuízo (barra vermelha negativa) de ILAP=-R$1,6 bi. O não tratamento da lagarta transforma um lucro de R$5,53bi em um prejuízo de R$1,6 bi, totalizando uma perda de lucratividade de ELAP=R$7,14bi. Nos casos do percevejo,da mosca branca e da ferrugem, o não tratamento não leva a prejuízo (barras vermelhas positivas) na atividade,mas resulta em perda de lucratividade (barras verdes negativas).

Lucratividade original (IL)

Índice de Lucratividade com ajuste de preço (ILAP)

Efeito na Lucratividade com ajuste de preço (ELAP)

Fonte: Cepea/ ANDEF

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IMPACTOS NA LUCRATIVIDADE DO NÃO TRATAMENTO DE PRAGAS E DOENÇAS SELECIONADAS COM

AJUSTE DE PREÇO:MILHO

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Premissas adotas no modelo para o milho

• O choque na produção para lagarta do cartucho foi adotadopara todas as regiões pesquisadas.

• O problema do percevejo é, ainda, pontual. Assim, o choquena produção foi considerado em todas as praças, exceto:Castro (PR); Cristalina (GO); Rio Verde (GO), Uberaba (MG);Pedro Afonso (TO) e Uruçuí (PI), que mantiveram a mesmaprodutividade e variou o preço.

• A variação de produção e preço para cada pragacorrespondente foram as seguintes:

Pragas Δ Prod Δ Preço Δ RB

Lagarta - 40% 14,3% -31,4%Percevejo - 15% 5,2% -10,6%

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No cenário de redução da produção de 40% devido ao não tratamento químico para lagarta do cartucho

(Spodoptera), o CT reduziria R$ 2,03 Bilhões ou 6% em relação ao CT original para safra de milho.

Quanto a RB, a elevação de preço compensa apenas parte da perda de produção, já que diminuiu R$8,71 bilhões ou 31,4% em relação à RB original do milho da safra 2014/15.

19,0124,67

8,71(31,4%)

3,06(10,4%)

32,03 33,50

2,03(6,0%)

0,79(2%)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

RB CT RB CT

L. cartucho ou Spodoptera(- 40%)

Percevejo(- 15%)

Bilh

õe

s (R

$)

RB c/ choque Redução RB CT c/choque Redução CT

Redução da RB e do CT pelo não tratamento de praga ou doença selecionada na lavoura de milho

Fonte: Cepea/ ANDEF

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Impacto na lucratividade do milho com o não tratamento e com ajuste de preço

Fonte: Cepea/ ANDEF

O Não tratamento da lagarta do cartucho eleva o prejuízo na produção de milho de IL=R$6,34 bipara ILAP=R$ 13,02 bilhões e, do percevejo R$ 8,84 Bi. O efeito na lucratividade foi negativa paraas duas principais pragas do milho, mostrando aumento no prejuízo de 6,68 Bilhões para o nãotratamento da L. do cartucho e 2,27 bilhões para o caso do percevejo.

Índice de Lucratividade com ajuste de preço (ILAP)Efeito na Lucratividade com ajuste de preço (ELAP)

-6,34 -6,57

-13,02

-8,84

-6,68

-2,27

-14,00

-12,00

-10,00

-8,00

-6,00

-4,00

-2,00

0,00

L. cartucho ou Spodoptera(- 40%)

Percevejo(- 15%)

IL ILAP ELAPFonte: Cepea/ ANDEF

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IMPACTOS NA LUCRATIVIDADE DO NÃO TRATAMENTO DE PRAGAS E DOENÇAS SELECIONADAS COM

AJUSTE DE PREÇO:ALGODÃO

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Premissas adotas no modelo o algodão

• O choque na produção para Bicudo, Lagarta (Curuquerê eMaçã), Helicoverpa, Mosca branca e Pulgão foi adotado paratodas as regiões pesquisadas.

• A variação de produção e preço para cada pragacorrespondente foram as seguintes:

Pragas Δ Prod Δ Preço Δ RB

Bicudo - 30% 6% -25,8%

Helicoverpa - 20% 4% -16,8%

Lagartas - 20% 4% -16,8%

Mosca branca - 10% 2% -8,2%

Pulgão -10% 2% -8,2%

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No cenário de queda de produtividade de 30% devido ao não controle químico do bicudo noalgodão tem-se após o ajuste na quantidade produzida e no preço uma diminuição na RB de R$2,19 bilhões ou 25,8% em relação à RB original. Quanto ao CT, com o não tratamento químicoreduziu-se R$ 700 milhões ou 9,0% em relação ao CT original.

8,4

9

7,8

2

6,307,06 7,06

7,79 7,79

2,19(25,8%)

1,42(16,8%)

1,42(16,8%)

0,70(8,2%)

0,70(8,2%)

7,11 7,50 6,87 7,04 7,46

0,70(9,0%)

0,31(4,0%)

0,94(12,1%)

0,77(9,9%)

0,36(4,6%)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

RB CT RB CT RB CT RB CT RB CT

Bicudo(- 30%)

Helicoverpa(- 20%)

Lagarta(- 20%)

Pulgão(- 10%)

Mosca branca(- 10%)

Bilh

õe

s (R

$)

RB c/ choque Redução RB CT c/choque Redução CT

Redução da RB e do CT pelo não tratamento de praga ou doença selecionada na lavoura de algodão

Fonte: Cepea/ ANDEF

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O não tratamento do bicudo transforma o lucro IL=R$0,67 bi em prejuízo de ILAP=-R$0,81,uma perda de lucratividade de ELAP=-R$1,49 bi. Algo semelhante se passa nos casos daHelicoverpa e da lagarta. Nos casos do pulgão e da mosca branca, a produção de algodãocontinua lucrativa (ILAP>0). Entretanto, enquanto para a mosca branca a lucratividade cai(ELAP<0) com o não tratamento, para o pulgão o lucro aumenta com o não tratamento(ELAP=R$0,08bi)

0,67 0,67 0,67 0,67 0,67

-0,81

-0,44

0,19

0,75

0,33

-1,49

-1,11

-0,48

0,08

-0,34

-2,00

-1,50

-1,00

-0,50

0,00

0,50

1,00

Bicudo(- 30%)

Helicoverpa(- 20%)

Lagarta(- 20%)

Pulgão(- 10%)

Mosca branca(- 10%)

Bilh

ão (

ões

)

IL ILAP ELAP

Impacto na lucratividade do algodão com o não tratamento e com ajuste de preço

Fonte: Cepea/ ANDEF

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ANÁLISE GERAL: Efeito da variação da produção sobre

as divisas de exportação(comércio exterior)

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Perda em divisas decorrente da redução da produção brasileira de soja pelo ataque de pragas e doenças

1,26

2,80

5,59

8,39

0,440,98

2,37

4,16

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

Mosca Branca(- 4,5%)

Percevejo(- 10%)

Ferrugem/Lagarta(- 20%)

Helicoverpa(- 30%)

Bil

es (

R$

)

Preços constantes Aumento de preçosFonte: MIDC/CEPEA (2016)

Dados de 2015

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Perda em divisas decorrente da redução da produção brasileira do milho pelo ataque de pragas e doenças

0,76

2,03

0,53

1,59

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

Percevejo(- 15%)

Spodoptera(- 40%)

Bil

es U

S$

Preços constantes Aumento de preços

Fev/2015 a janeiro/2016

Fonte: MIDC/CEPEA (2016)

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0,13

0,26

0,39

0,11

0,22

0,33

0,00

0,05

0,10

0,15

0,20

0,25

0,30

0,35

0,40

0,45

Pulgão/MoscaBranca(- 10%)

Lagarta/Helicoverpa(-20%)

Bicudo(- 30%)

Bil

es

US

$

Preços constantes Aumento de preços

Perda em divisas decorrente da redução da produção brasileira do algodão pelo ataque de pragas e doenças

Dados de 2015

Fonte: MIDC/CEPEA (2016)

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Considerações finais

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Limitações do trabalho

As análises realizadas apresentam as seguintes limitações:

• Os produtores, com base nos quais as análises foram feitas, apesar de conduziremempreendimentos de variados tamanhos, possuem nível tecnológico e gerencial acima damédia nacional, empregando, em geral, insumos e técnicas modernas e atualizadas; comisso, os custos e produtividades obtidos nas pesquisas podem superestimar o valor realnacional.

• Os resultados em nível nacional foram obtidos mediante extrapolação de dados de painéispara muitas outras regiões ainda não pesquisadas a campo; nesse sentido, os resultadosapresentados tratam-se de estimativas aproximadas.

• Como as perdas em produção são avaliadas com base em resultados de ensaios científicos,o procedimento empregado tem sua validade condicionada ao grau em que os produtoresfaçam o uso de defensivos nas dosagens e nas formas recomendadas pelos especialistas.

• No processo de extrapolação, não foram considerados os investimentos necessários paraabrir novas áreas, corrigir o solo e elevar o nível de fertilidade para a situação observada,assim como o custo de aquisições de novas máquinas, implementos, benfeitorias, práticasconservacionistas, treinamentos de funcionários e outros itens que são necessários paraprodução de soja, milho e algodão. Os custos relacionados à expansão de área paracompensar as perdas em produtividade estão provavelmente bastante subestimados.

• Os trabalhos estão sendo continuados e os estudos aprimorados para, na medida dopossível, sanar essas limitações.

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AVALIAÇÃO DO IMPACTO

ECONÔMICO DAS PRAGAS

Silvia H.G. de MirandaProfa. Livre Docente da ESALQ/USP

Pesquisadora do Cepea-ESALQ/USP

E-mail: [email protected]

Fone: 55 19 3429-8806

http://www.cepea.esalq.usp.br

Mauro OsakiTéc. Espec. Superior da ESALQ/USP

Pesquisador do Cepea-ESALQ/USP

E-mail: [email protected]

Fone: 55 19 3429-8853

http://www.cepea.esalq.usp.br

Lucilio R.A. AlvesProf. Dr. da ESALQ/USP

Pesquisador do Cepea-ESALQ/USP

E-mail: [email protected]

Fone: 55 19 3429-8847

http://www.cepea.esalq.usp.br

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Obrigado!