sessão – caso clínico : derrame pleural pelo uso do catÉter central de inserÇÃo perifÉrica...
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Sessão – Caso Clínico : DERRAME PLEURAL PELO USO DO CATÉTER CENTRAL DE INSERÇÃO
PERIFÉRICA (PICC)
Apresentação: Dra. Danielli Feitosa Pereira (R3 em Neonatologia)Dda.Priscila V. Pereira, Ddo. Bruno Paiva Farias
Ddo. Paulo Ricardo C. de OliveiraCoordenação: Dr. Paulo R. Margotto
Unidade de Neonatologia do HRAS / Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF
www.paulomargotto.com.br
27/6/2008
Paciente R.C.F.V., 25 anos, sexo feminino, procedente de Paracatu, gestante ( IG: 33 semanas)
deu entrada no Centro Obstétrico do HRAS em 19.02.2007 por DHEG Grave
G1P0C0A0 Consultas de pré-natal: 01 Tipo Sangüíneo Materno: B positivo Sorologias Maternas: HIV – 20/02 (NR) teste rápido Uso de Corticosteróide Pré-Natal: Betametasona
(início em 19/02 duração de 2 dias) Em uso de Kefazol para Infecção do Trato Urinário
Antecedentes Pré-nataisAntecedentes Pré-natais
Evoluiu com a realização de parto cesárea Ocorrendo em 20.02.2007 Hora: 22h00min Tempo de bolsa rota no ato Líquido amniótico claro com recém-nascido de 33 semanas (idade
estimada por exame físico)
Antecedentes nataisAntecedentes natais
Antecedentes natais Antecedentes natais Identificação Identificação Nome: RN de R.C.F.V. Sexo: feminino Data de nascimento: 20.07.2007 Local: HRAS IG: 33 semanas Peso: 1635 g Estatura: 40cm Perímetro Cefálico: 29 cm Classificação: AIG Apgar: 7/8 Tipo Sanguíneo: B Positivo
Antecedentes nataisAntecedentes natais
Apresentando cianose, evoluindo com desconforto respiratório e
gemência
sendo reanimado com O2 por máscara e
colocado no CPAP facial com boa resposta.
Hipóteses DiagnósticasHipóteses Diagnósticas
1. Recém Nascido Pré-Termo
2. AIG
3. Baixo Peso
4. Desconforto respiratório leve
CondutaConduta
Rotina + CPAP Nasal Colhido tipagem sanguínea, TORCH Radiografia de tórax Hidratação Venosa Aminofilina
EvoluçãoEvolução
20/02/07 20/02/07 23h30min 23h30min
RN admitido no berçário colocado em CPAP nasal com FiO2 40% P +5
SOG aberta, dieta zero e Hidratação venosa com TIG 5,5
Desconforto respiratório leve - Rx de tórax com discretos broncogramas
21/02/07 21/02/07 1º dia de vida 1º dia de vida 11h30min 11h30min
Rn seguia com leve desconforto, algo pletórica, acianótica Hipohidratada. Foi iniciado ampicilina e gentamicina devido ao
antecedente infeccioso da mãe ( ITU ).
Gasometria : pH: 7.33 PCO2: 28 PO2: 68 HCO3-: 14 ABE: -10 SaTO2: 92%
Realizado expansão
21/02/07 21/02/07 15h30min 15h30min
Melhora do desconforto Eliminações positivas Redução parâmetros do CPAP FiO2 30% p +4 fl
6l
Gasometria : pH: 7.35PCO2: 37.1PO2: 64.3HCO3-: 20ABE: -4SaTO2: 95.8%Hg: 14.2 BRR: 3.5
22/02/07 22/02/07 2º dia de vida 2º dia de vida 08h00min 08h00min
Com 34 horas de vida Evoluindo com cianose generalizadaQuedas nas saturações (67%) apesar do
CPAP com FiO2 100%Pulsos finosTrans-iluminação : negativa
08h30min08h30min
Intubado com TOT nº3 e acoplado à ventilação mecânica
FiO2 100%, PI 30, PEEP 5, FR 60irpm com melhora gradual da saturação até
94%. Pressão arterial média no momento
32mmHg
11h00min11h00min
Rx tórax: apesar do padrão ruim observa-se infiltrado à direita, broncogramas aéreos, com leves características sugestivas de membrana hialina
11h30min11h30min
Realizado uma dose de surfactanteIniciados drogas vasoativas + Fentanyl*
15h30min15h30min
Realizado cateterismo venoso umbilicalColhido hemograma: Leucócitos10.300 (72/03/21/03/01)Hemoglobina15 Hematócrito45.5Plaquetas202.000NT7725 NI 303 I/T0.04PCR: MI
RX Tórax Pós cateterismo cateter na topografia do fígado
Retirado em seguida e programado colocação de PICC.
19h00min19h00min
Passado cateter central de inserção periférica (PICC) BD First 26GA(1.9F) x 50 cm em veia basílica direita 15 cm sendo 13 cm internos e 2 cm externos com bom fluxo e refluxo
21h15min21h15min
RX tórax pós PICC , Ponta do cateter em topografia veia cava
superiore persistência do infiltrado discreto à
direita.
23/02/07 23/02/07 3º dia de vida 3º dia de vida 09h00min 09h00min
observa-se desenvolvimento de icterícia zonas II/III ++;
sem desconforto respiratório, reativo ainda em VM em baixos parâmetrosIniciados fototerapia e nutrição parenteral
total ( TIG 4; Aminoácidos 2; lipídios 2)
24/02/07 24/02/07 4º dia de vida 4º dia de vida 11h00min 11h00min
Desmame do respirador, com posterior extubação
Instalado CPAPSuspenso drogas vasoativasIniciado dieta tróficaNPT em curso por PICC
RX tórax pós extubaçãoPulmões expandidos sem atelectasias
25/02/07 25/02/07 5º dia de vida 5º dia de vida 10h15min 10h15min
Boa digestibilidadeDesmame do CPAP HOOD
HEMOGRAMA em D4 de ANTIBIÓTICOTERAPIA
Leucócitos 8.000 ( 53/04/35/05/03)NT 4560 NI 320 I/T 0.07Hemoglobina 15.5Hematócrito 47Plaquetas 255.000Bilirrubinas ainda com níveis de fototerapia
26/02/07 26/02/07 6º dia de vida 6º dia de vida 09h30min 09h30min
Observa-se leve piora do quadro clínico com aparecimento de taquidispnéia
Mantido em HOODSem outras intercorrências
27/02/07 27/02/07 7º dia de vida 7º dia de vida 08h00min 08h00min
Aumento do desconforto respiratório e necessidades crescentes de oxigênio
Roncos difusos Freqüência respiratória 70 irpmSuspenso HOOD CPAP nasal
10h00min10h00min
Piora gradativa do desconfortoPele mosqueadaCianoseTaquidispnéia importanteColocado em Ventilação mecânicaE ainda com desaturações de até 70%
RX TÓRAX: derrame pleural extenso à direitaPUNÇÃO PLEURAL: aspirado 7 ml de líquido branco leitoso
NPT !!! NPT !!! retirado PICCAcesso periférico
13h45min13h45min
RX TÓRAX pós punçãoMantém derrame pleural à direitaProgramado drenagem torácica
20h00min20h00min
Durante exame físico realizado antes de iniciar a drenagem, foi observado o leito molhado no hemitórax correspondente
O curativo da punção também estava molhado
O desconforto respiratório havia melhorado
RX TÓRAX derrame resolvido
28/02/07 28/02/07 8º dia de vida 8º dia de vida 10h35min 10h35min
Quadro clínico estávelAtiva, corada, leve esforço respiratórioAusculta pulmonar ventilados
bilateralmente com roncosDesmame ventilador CPAPRX TÓRAX pós extubação com pulmões
expandidos sem derrame
01/02/07 01/02/07 9º dia de vida 9º dia de vida 10h00min 10h00min
O2 inalatórioDesconforto leveSem intercorrências
02/02/07 02/02/07 10º dia de vida 10º dia de vida 11h30min 11h30min
Mantém quadro estávelProgressão da dietaDesmame da nutrição parenteral
total(NPT)Suspensão fototerapiaSem intercorrências desde então.
Complicações do PICC Complicações do PICC Cateter de Inserção Cateter de Inserção
PeriféricaPeriférica
Complicação pulmonar de nutrição parenteral em
um recém-nascido (Pulmonary complications
of totalparenteral nutrition in
a neonate)
Rubin S, Hewson P, Robertson NR. Pulmonary complications of total parenteral nutrition in a
neonate.J R Soc Med. 1986;79:545-7.
Introdução
A nutrição parenteral tem sido desenvolvida para manter o crescimento do RN quando suas funções gastrintestinais estão comprometidas ou a nutrição oral não é viável.
Complicações podem estar relacionadas com a técnica de inserção do cateter, principalmente quando há excesso em seu comprimento.
Relato do caso
Mãe tinha 19 anos de idade, portadora de epilepsia e fazia uso de fenitoína e ethosuximide durante a gestação. Desenvolveu pré-eclampsia grave por volta da 30ª semana quando foi submetida a cesariana de emergência.
Relato do caso
O recém-nascido (RN) era do sexo feminino; pesou 1.347g ao nascer; apresentou Apgar de 8 e 10 no 1º e 5º minutos. Desenvolveu doença de membrana hialina necessitando e ventilação com pressão positiva até 8 dia de vida.Ela, Inicialmente, recebeu glicose e eletrólitos por cateter na artéria umbilical, no 5º dia passou para veia periférica e depois passou a receber dieta por sonda nasogástrica.No 12º dia de vida apresentou queda do estado geral e quadro de enterocolite necrosante. As hemoculturas foram positivas para Pseudomonas e Streptococcus faecalis. A dieta enteral foi suspensa e iniciada a parenteral.
Cateter Central de Inserção Periférica(PICC)
Relato do caso
Devido à dificuldade de acesso venoso periférico foi passado um PICC em veia braquial esquerda no 16º dia de vida. A radiografia de controle evidenciou que o cateter estava no átrio direito. Foi decidido não reposicioná-lo.O RN evoluiu bem até o 23º dia quando começou a apresentar dispnéia com necessidade de oxigênio.
Radiografia, 23º dia de vida
•Consolidação pneumônica em lobo superior esquerdo.
Relato do caso
Após cerca de 12horas, o quadro respiratório piorou e ela foi colocada em ventilação com pressão positiva. Solicitado nova radiografia.
“white-out”
Relato de caso
Evoluiu com saída de secreção amarelo esbranquiçada pelo tubo orotraqueal.
Realizado injeção de contraste no PICC.
Evidenciado cateter atravessando o forame oval, passando pela veia pulmonar, parênquima e árvore brônquica.
Relato de caso
O Diagnóstico estabelecido foi de pneumonite química.
Ficou sob ventilação mecânica até o 43º dia de vida, desenvolveu enfisema pulmonar, pneumotórax bilateral e pneumopericardio. Fez uso de gentamicina, flucloxacillin, furosemida e dexametasona.
Teve alta hospitalar com oxigênio em cateter nasal com o qual ficou até 216 dias de idade
Em seguimento apresentou sinais de hemorragia intraventricular e desenvolvimento motor pouco atrasado.
Discussão
Muitas complicações de PICC tem sido relatadas: Belling et al. descreveu casos de infecção,
trombose e hidrotórax em 60 crianças. Kelly et al. Descreveu um caso em que o PICC
tinha migrado e entrado na veia lombar com subseqüente formação de abscesso comunicante com espaço epidural;
Sewart et al. Relatou 4 casos de hidrocefalia por nutrição parenteral.
Discussão/Conclusão
A doença pulmonar relatada foi atribuída à infusão direta de Vamin e Intralipid no parênquima pulmonar. Atribui-se a migração do cateter ao provável erro de inserção e excesso de fio que deve ter ficado enrolado no átrio.
O cateter deve ser posicionado um pouco abaixo da inserção da veia cava superior no átrio direito. Sugere-se que sejam realizadas radiografias de 2-3 dias
Apesar da pneumonite grave desenvolvida pela criança ela respondeu bem ao tratamento empregado.
Referências 1- Bellini F, Beluffi G, Principi N. Total intravenous hyperalimentation (TIH)
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Derrame pleural unilateral complicando cateter
venoso central
Madhavi P, Jameson R, Robinson MJ.
Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2000 ;82:F248-9.
(Unilateral pleural effusion complicating central venous catheterisation)
Relato de Caso
Menina, 700g, IG: 26 semanas Ventilação mecânica deficiência de surfactante Desconforto respiratório16º dia foi passado um cateter pela jugular direita e
posicionado no átrio direito (confirmado radiologicamente)
19º dia desenvolveu hipóxia ( PaO2 30mmHg) que não respondeu ao aumento do suporte respiratório
Raio X revelou: derrame pleural à direita Ponta do cateter na artéria pulmonar direita (Fig. 1)
Relato de CasoFoi aspirado 15 ml de líquido seroso e cateter venoso central foi removido
Melhorou a respiração dramaticamente
Foi aspirado 15 ml de líquido seroso e cateter venoso central foi removido
Melhorou a respiração dramaticamente
Relato de Caso
Menino, 900g, IG: 25 semanas Usou ventilação mecânica por 3 dias ( deficiência de
surfactante) Evolui com apnéia secundária a sepse Usou veia periférica por 2 dias e no 3º foi passado
uma cateter pela veia safena E e colocado no átrio D 10º dia angústia respiratória aguda e não
respondeu ao aumento do suporte respiratório Raio X:
Grande hidrotórax à D Ponta do cateter na veia pulmonar D
Drenado o tórax, retirado o cateter e alívio do desconforto respiratório
Discussão
Nutrição parenteral tem sido usada por via central em RN enfermos desde 1968
Complicações associadas: Sepse Trombose Tamponamento cardíaco Perfuração de vaso Pneumonite química
DiscussãoCausas do hidrotórax unilateral à D:
Passagem retrógrada do cateter venoso para o ducto linfático Erosão da veia jugular interna
O hidrotórax não foi devido a sobrecarga de flúido
nutrição parenteral X fluxo sanguíneo pulmonar
Alta osmolaridade da solução de nutrição parenteral (1319mOsmol/l) pode ter levado a lesão endotelial hiperosmótica com aumento da permeabilidade vascular. Não houve evidência de perfuração do vaso
No segundo caso o longo catéter da safena passou ao átrio esquerdo via foramen oval e para a veia pulmonar direita. O hidrotórax foi devido ao aumento da pressão hidrostática na veia pulmonar.
Nota-se que o cateterismo da veia cava: Inferior AE (pelo forame oval) Superior VD (pela tricúspide) ou tronco da artéria pulmonar
3,3 ml/h3,3 ml/h
1080 ml/h1080 ml/h
Conclusão
Necessidade de boa fixação do cateter na pele para impedir a progressão do cateter
Importância da reavaliação da posição do cateter que deve ser feita para explicar alguma deterioração clínica durante a nutrição parenteral
Recomendação
Posição ideal do cateter venoso central: junção da veia cava superior/ inferior e com o átrio D
Para impedir a progressão do cateter: Sobreposição de 4 a 5 tiras de 2 cm fixando o cateter na pele Curativo transparente semipermeável cobrindo o local de
inserção Proteger todo o comprimento do cateter 1 pedaço de fita estabilizando a conexão do cateter com o
equipo Pedaço de gaze sob a conexão do cateter com o equipo
impedindo que haja torção
Recomendação
Curativos transparentes ou fitas adesivas não devem ser colocados na extremidade de forma circular completa pois numa congestão venosa o curativo funcionaria como um torniquete
Referências do artigo1. Dudric SJ, Wilmore DW, Vars HM, Rhoads JE. Longterm total
parenteral nutrition with growth, development and positive nitrogen balance. Surgery 1968;64:132–42.
2. Milluihill SJ, Fonkalsrud EW. Complications of superior versus inferior vena ava occlusion in infants receiving central total parenteral nutrition. Journal of Paediatric Surgery 1984;19:752–7.
3. Kelly MA, Finer NN, Dubar LG. Fatal neurological complication of parenteral feeding through a central vein catheter. American Journal of Diseases in Childhood 1984;138:352–3.
4. Stine MJ, Harris H. Subdural collection of intravenous fat emulsion in a neonate. Clin Pediatr (Phila) 1985;24:40–1.
5. George P, Giacoia MD. Cardiac tamponade and hydrothorax as complications of central venous parenteral nutrition in infants. Journal 1991;15:110–13.
Referências do artigo6. Rubin S, Hewson P, Roberton NRC. Pulmonary
complications of total parenteral nutrition in a neonate.J R SocMed 1986;79:545–7.
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9. Fletcher MA, Mhairi G (eds). MacDonald atlas of procedures in neonatology. Philadelphia: Lippincott, 1993:202–19.
Hidrotórax Neonatal Após Migração de Cateter Venoso Central
(Neonatal Hydrothorax Following Migration of a Central Venous Catheter)
Indian J Pediatr 2005; 72: 795-796
S. Sridhar, Niranjan Thomas, Sathish Kumar T and Atanu Kumar Jana
Sridhar S, Thomas N, Kumar ST, Jana AK.
Indian J Pediatr. 2005 ;72:795-6
Introdução
Cateter venoso central (CVC) Cuidados intensivos neonatais
Pré-termo extremo Recém nascido submetido a procedimento cirúrgico
Ocasionalmente associado a complicações
Migração do CVC Complicações
Ascite, derrame pericárdico, derrame pleural Apesar de já relatados, não bem reconhecidos pelos
clínicos
Relato de caso
Mãe primigesta, cuja gravidez foi complicada por hipertensão gestacional. Gestação foi interrompida na trigésima primeira semana, devido a pré-eclâmpsia severa. Deu a luz a recém nascido, do sexo feminino, pesando 1070g. O neonato recebeu suporte respiratório com pressão positiva por 36 horas após o nascimento, devido a insuficiência respiratória. Antibióticos também foram administrados durante este período. Alimentação nasogástrica foi iniciada no terceiro dia de pós-natal e interrompida no dia seguinte, devido a aumento dos resíduos gástricos. Um cateter de inserção percutânea foi inserido pela veia braquial direita e nutrição parenteral foi iniciada. A ponta do cateter localizava-se na junção da veia cava superior e o átrio direito (confirmado pelo raio X). No sexto dia de pós-natal, o bebê apresentava distensão abdominal, baixa perfusão e letargia. Suspeitando-se de sepse secundária, os antibióticos foram mudados para Meropenem e Vancomicina, sendo oferecido suporte ventilatório.
Relato de caso
Vinte e quatro horas depois, apresentava movimento torácico diminuído a esquerda. Um raio x de tórax demonstrou derrame pleural extenso , após o qual foi inserido um tubo de drenagem intercostal. A análise do líquido pleural revelou uma concentração de proteína de 0,3mg/dl, glicose de 879mg/dl e cultura negativa. Glicemia plasmática de 239 mg%, normalizada após uma dose de insulina intravenosa. Nas primeiras 48 horas o débito do dreno foi de 60 ml/dia. Neste momento, suspeitou-se que o CVC havia migrado para a circulação pulmonar. A posição do cateter foi reavaliada por radiografia contrastada. A ponta do mesmo, foi visualizada na artéria pulmonar esquerda. O cateter foi imediatamente removido. Em seguida, houve diminuição do derrame pleural com remoção do dreno de tórax 24 horas depois, além de extubação do neonato.
Discussão
CVC Complicações imediatas
Mal posicionamento do cateter Pneumonia Hemotórax
Complicações tardias Oclusão Trombose Sepse Migração do cateter
Discussão
Relatos ocasionais: migração hidrotóraxExsudação de líquido extravascular
Infusão parenteral hiperosmolar Dano endotelial permeabilidade vascular
Infecção pelo S. epidermidis Flebite
• Enfraquecimento da parede vascular perfuração
DiscussãoMigração do cateter
Movimento da cabeça e extremidades Manuseio do cateter pela equipe de enfermagem
Posição ideal da ponta do cateter Junção: veia cava superior - átrio direito Veia cava inferior (nível do diafragma) Confirmar pelo raio X de tórax
Reavaliar a posição do cateter diversas vezes Evento cardio-respiratório inesperado
Discussão
Bomba de infusão não indica sinal de oclusão
Nutrição parenteral em neonatos por CVC Glicose do líquido pleural elevada
Possibilidade de perfuração e exsudação extravascular
Suspeitar
Conclusão
“O presente caso indica a necessidade de se suspeitar clinicamente de um problema relacionado ao cateter , em neonatos com insuficiência cardio-respiratória.
A necessidade de radiografias seriadas, sobretudo contrastadas, também é claramente demonstrada neste caso”
Referências bibliográficas1. Van Engelenburg KCA, Festen C. Cardiac Tamponade: A rareVan Engelenburg KCA, Festen C. Cardiac Tamponade: A rare but life-threatening complication of
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Ramasethu J, eds. Atlas of Procedures in Neonatology. 3rd edn. Philadelphia; Lippincott Williams & Wilkins, 2002; 214-224.
Consultem:Cateter central de inserção periférica para nutrição parenteral total: taxas de complicações relacionadas com a inserção superior versus inserção inferiorAutor(es): Viet Hoang et al. Adriana Patrocínio, Ariana Rocha, Helen Nakamura, Paulo R. Margotto
Anátomo Clínica: Tamponamento cardíaco com o uso do catéter central de inserção periféricaAutor(es): Francisco Pereira, Julio Cesar Albernaz Guimarães e Paulo R. Margotto
Caso clínico: Tamponamento Cardíaco em Recém-nascido com Cateter Percutâneo Venoso CentralAutor(es): Nelsimar Noronha, Paulo R. Margotto
Cateter central de inserção periférica: uma experiência bem sucedidaAutor(es): Derlucy Gomes
Ddos Bruno Paiva,Priscila e Paulo Ricardo: Dr. Paulo R. Margotto