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Serviço Social e as Contemporaneidade e os desafios do mundo do trabalho Curso preparatório do Serviço Social – UNISUAM Prof. Maurício Caetano Outubro/2009

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  • 1. Servio Social e as Contemporaneidade e os desafios do mundo do trabalho Curso preparatrio do Servio Social UNISUAM Prof. Maurcio Caetano Outubro/2009

2. SERVIO SOCIAL Profisso prtico-interventiva; inserida na diviso scio e tcnica do trabalho; Dotada de instrumentalidades; Objeto de interveno: problematizao construda a partir da especificidade do espaos institucionais nos quais a questo social se materializa sob a forma da relao entre s servios que devem ser prestados e a busca pelo acesso a estes pelo usurio como sujeitos do direito de cidadania (REZENDE, 2006) Poltica Sociais como fio condutor de suas aes 3. Desafio posto a prtica Desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e no s executivo. IAMAMOTO, 2001, P. 20) 4. PRESSUPOSTOS 1. Instrumentalidade profissional: Garante uma sintonia do SS com os tempos atuais por meio do rompimento da viso endgena da profisso. Competncia tcnica para propor, negociar e defender suas qualificaes e funes profissionais; Identificar possibilidades dadas na realidade para serem apropriadas e reproduzidas como projetos e frentes de trabalho; Nega a viso fatalista e messinica da profisso 5. PRESSUPOSTOS 2. Significado social da profisso: O SS uma especializao do trabalho, uma profisso particular inscrita na diviso social e tcnica do trabalho coletivo da sociedade (IAMAMOTO, 2001, p. 22); supe apreender a chamada prtica profissional profundamente condicionada pelas relaes ente Estado e a sociedade civil, ou seja, pelas relaes entre as classes na sociedade, rompendo com endogenia no Servio Social (IAMAMOTO, 2001, p. 22) 6. PRESSUPOSTOS O A.S um trabalhador especializado, que vende a sua capacidade de trabalho para algumas entidades empregadoras, predominantemente de carter patronal, empresarial ou estatal, que demandam essa fora de trabalho qualificada e a contratam. (IAMAMOTO, 2001, p. 23) 7. PRESSUPOSTOS 3. Condio de trabalhador: O A.S um trabalhador que pertence a classe que vive do trabalho; O trabalho , pois, uma atividade que se inscreve na esfera da produo e reproduo da vida material (IAMAMOTO, 2001, p. 26) O SS considerado como uma especializao do trabalho e a atuao do A.S uma manifestao de seu trabalho, inscrito no mbito da produo e reproduo da vida social (IAMAMOTO, 2001, p. 27) 8. INSTRUMENTALIDADE Sujeito histrico Dotado de capacidade teleolgica Projeta aes Cria e modela instrumentos e mediaes Atua na esfera da totalidade Aparato tcnico Aporte terico Prxis social Competncia saber fazer bem (RIOS, 1993) 9. SIGNIFICADO SOCIAL DA PROFISSO Pra que serve o A.S? Porque ele existe? Qual a sua contribuio para a sociedade? Qual a importncia no mercado de trabalho? Por que eu quero contratar um A.S? 10. SIGNIFICADO SOCIAL DA PROFISSO Possui um valor de uso Atuam no processo de distribuio e redistribuio da riqueza social Produz efeito na produo ou na redistribuio do valor e da mais valia Ex.: participa do processo de reproduo do trabalho e ou criao da riqueza social; Partilhamento do poder Democratizao do poder Imprimi direo social ao seu trabalho Interfere nas relaes de classes 11. SIGNIFICADO SOCIAL DA PROFISSO As profisses se criam a partir das necessidades sociais e se desenvolvem a partir da utilidade social 12. CONDIO DE TRABALHADOR Mudanas no modo de produo Polticas sociais Idias neoliberais 1. Fragilidade dos sindicatos 2. Precarizao das relaes trabalhistas 3. Nova balana econmica Condies de trabalho; Competio entre iguais; Absoro de novas demandas; Mudanas no conjunto das prticas sociais Intervm no processo de reproduo material e espiritual da fora de trabalho Novas modalidades de trabalho REFUNCIONALIZAO (REARRANJOS) 13. CONDIO DE TRABALHADOR REFUNCIONALIZAO Exerccio profissional Novas problemticas tica e competncia profissional Novas demandas para o Servio Social Excludos do emprego formal; Incluso social; Trabalho desprotegido 14. MERCADO DE TRABALHO Desemprego; Subemprego Precarizao do trabalho Novas formas de contratao Qualidade X quantidade (metas) Interesses divergentes e/ou diferentes Novas competncias e atribuies Qualidade na interveno profissional 15. MERCADO DE TRABALHO Mediaes: Ameaa ao desemprego; Achatamento salarial Precarizao das condies de trabalho Aprofundamento do processo de pauperizao Mudanas nos parmetros legais e institucionais, que orientam as relaes de trabalho Precrio contrato de trabalho Desespecializao/desprofissionalizao Alienao no/do trabalho 16. MERCADO DE TRABALHO Lgica mercadolgica Exigncia de valorizao do capital Coisificao do indivduo e das relaes sociais 17. NOVO PADRO DE ENFRENTAMENTO DA QUESTO SOCIAL Medidas focais e paliativas de combate pobreza Redes de proteo social Crescimento do Terceiro Setor Prtica voluntria e voluntarista Economia Solidria Corporativismo HUMANIZAO DO CAPITAL 18. ATUAO PROFISSIONAL Prtica profissional REDIMENSIONAMENTO (altera) Formas de trabalho Formas de sociabilidade Relaes de trabalho 19. PROJETO PROFISSIONAL os projetos profissionais se organizam em torno de um conjunto de conhecimentos tericos e de saberes interventivos, de valores, princpios e diretrizes ticas e polticas, de orientaes sobre o perfil de profissional que se deseja formar e diretrizes para tal. Compem-se de orientaes sobre as bases normativas e valorativas pelas quais a profisso se relaciona internamente e com a sociedade, um conjunto de referncias metodolgicas para a interveno, posturas e modos de operar construdos e legitimados pela categoria profissional, cujos contedos objetivem a crtica da sociedade capitalista. (GUERRA, 2007, p. 8) 20. PROJETO PROFISSIONAL Para uma profisso, ser orientada por um projeto profissional crtico significa, ainda, a possibilidade de construo permanente de perfis profissionais dentre eles o do profissional que conhece suas competncias e imprime qualidade tcnica `s suas aes com uma direo crtica clara e consciente, visando a defesa permanente dos direitos sociais e humanos, considerados como conquista da humanidade, herana das lutas dos movimentos sociais e trabalhistas progressistas, de modo a superar a histrica vinculao do profissional com o conservadorismo. (GUERRA, 2007, p. 9) 21. ATUAO PROFISSIONAL COMPROMETIDA Trabalhar com estratgias sociopolticas em oposio aos ajustes neoliberais e barbrie do capitalismo; Remar contra a mar Enfrentar o desafio profissional em direo a um novo projeto societrio Ser crtico dar respostas as demandas dos segmentos da sociedade que recebem os servios prestados pelo assistente social, e no apenas 22. ATUAO PROFISSIONAL COMPROMETIDA Projeto profissional O que fazer? Com que meios e estratgias? Quando? Para onde? Como e com quem avanar? Quais medidas podem ser desenvolvidas no interior da profisso visando uma atuao mais crtica, qualificada e vinculada aos movimentos sociais em busca de alianas na construo das condies capazes de instituir uma cultura democrtrica e de respeito aos direitos conquistados pelas classes excludas do acesso riqueza socialmente produzida 23. BIBLIOGRAFIA GUERRA, Y. O projeto profissional crtico: estratgias de enfrentamento das condies contemporneas. In: Revista Servio Social e Sociedade, n.91, Cortez, SP, 2007, p. 5 -33 IAMAMOTO, Marilda V. O Servio Social na Contemporaneidade: trabalho e formao profissional. So Paulo, Cortez, 2001, p. 17-49; MOTA, Ana E. A nova fbrica de consensos. So Paulo, Cortez, 2000. RIOS, Terezinha R. tica e Competncia, Cortez, So Paulo, 1995, cap.3