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Page 1: SEMINÁRIO DE - Ubrabio...investimentos na cadeia de valor do Bioquerosene RELATÓRIO 29 de Agosto de 2017 Abertura: Objetivos vislumbrados para inserção do Brasil no segmento global
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SEMINÁRIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DESCARBONIZAÇÃO:

Oportunidades de negócios e investimentos na cadeia de valor do Bioquerosene

RELATÓRIO

29 de Agosto de 2017 Abertura: Objetivos vislumbrados para inserção do Brasil no segmento global de biocombustíveis sustentáveis. Visão de criação de oportunidades de negócios.

Mesa solene:

• Aguinaldo Diniz (vice-presidente da Fiemg e presidente do Conselho de Política e Mercados Internacionais da Fiemg)

Destacou a importância de investir na descarbonização; Importância da consolidação da cadeia do BioQAv (Bioquerosene de

aviação) para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais; Esta consolidação deve ser focada em plantas como a macaúba e outros

produtos.

• Donizete Tokarski (diretor superintendente da Ubrabio) O cumprimento das metas de descarbonização é uma oportunidade

para o desenvolvimento da cadeia do BioQAv, uma vez que para o Brasil, ao contrário de outros países, a descarbonização não é uma punição;

Frisou a necessidade das empresas cumprirem os acordos de sustentabilidade firmados;

Falou sobre a necessidade da inserção do biodiesel na frota de ônibus da cidade de Belo Horizonte, que hoje pode ser de até 20% para este tipo de transporte.

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• Bruno Siqueira (prefeito de Juiz de Fora) Citou o projeto que está sendo realizado pela prefeitura de Juiz de Fora

em parceria com outros 45 municípios da zona da mata mineira. Este projeto é focado na plantação de macaúba, que é uma oportunidade de unir a sustentabilidade ao desenvolvimento da região.

Bloco Institucional:

• Marcelo Guzella (CODEMIG) - Cadeia Integrada de biocombustível de aviação em Minas Gerais

Destacou que a CODEMIG é uma empresa pública comprometida com o desenvolvimento sustentável em parceria com o setor privado. Para isto ela atua na indústria de alta tecnologia através de fundo de investimento. No caso específico do BioQAv este fundo é o Aerotec.

Ana Paula Machado (SNAC/Min. Transportes) - Programa Brasileiro de Mitigação das Emissões de GEE e integração CORSIA (The Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation) /ICAO (International Civil Aviation Organization) Destacou que o setor aeronáutico é muito eficiente; A aviação é responsável por 2% das emissões de gases de efeito estufa; Plano de ação para redução das emissões que apresenta duas metas:

1a- inventário de emissões; 2a- medidas para redução das emissões:

• Investir em infraestrutura; • Melhoria tecnológica em aeronaves; • Melhorias operacionais; • Gestão de tráfego aéreo; • Combustíveis sustentáveis.

A terceira edição deste plano será aprimorada mensurando o impacto de cada uma dessas medidas;

O maior potencial para a diminuição do impacto das emissões está no uso de biocombustíveis de aviação, pois os outros tópicos citados acima já estão alcançando o seu máximo de eficiência;

É necessário uma medida de mercado para viabilizar o BioQAv, neste contexto surge o Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation (CORSIA). Este é um mecanismo global de compensação simples.

• Douglas Martins (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais - SIAMIG)

Destacou a potencialidade do setor sucroenergético para a cadeia do BioQAv, destacando o conceito de biorrefinaria;

Considerando a estagnação desta indústria no estado, as biorrefinarias podem ajudar a aquecer o setor.

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• Rogério Benevides Carvalho (Associação Brasileira das Empresas Aéreas - Abear) - Visão da indústria de Aviação Civil Brasileira, posicionada como consumidora final de combustível sustentável de aviação. Suas metas, expectativas de entregas e condições.

O Brasil possui um grande mercado para o Bioquerosene, com uma demanda estimada em 50 bilhões de litros, destacando o potencial ímpar da aviação brasileira.

Ressaltou que a aviação brasileira é mais nova e eficiente que a americana;

Duas vertentes se destacam, a primeira é o aumento da eficiência no setor. Neste âmbito muitas medidas já foram tomadas. A segunda é o investimento em biocombustíveis;

Destacou que a única maneira de cumprir o Plano de Ação é a introdução e utilização do Bioquerosene na aviação brasileira;

O bioquerosene deve ser ofertado dentro da margem Preço+crédito de carbono.

O querosene brasileiro está entre os mais caros do mundo, com uma taxa média de ICMS de 16% para vôos domésticos;

EUA e Europa estão muito mais avançados nos quesitos Indústria e Pesquisa que o Brasil;

Enfatizou o fato de o Brasil ser muito eficiente na produção e utilização de biocombustíveis e energias limpas.

• Carlos Malta (SEDECTES - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior)- Plataforma Mineira de Bioquerosene e Renováveis

A plataforma Mineira Bioquerose deve ser abrangente, levando em consideração toda a cadeia que inclui manejos de cultivo das matérias-primas, beneficiamento e valoração dos subprodutos;

A cadeia de valor do bioquerosene está estruturada em três pontos chaves: Pesquisas relacionadas ao cultivo e manejo da Macaúba,

realizadas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV); Esforços para certificação do BioQAV, através do Laboratório de

Ensaios de Combustíveis da Universidade Federal de Minas Gerais (LEC/UFMG);

Captação de recursos para construção de plantas piloto; O cultivo da matéria-prima não acarretará desmatamento, pois o plantio

será realizado em áreas já degradadas; Foi ressaltado que a cadeia para produção do BioQAV trará ganhos

econômicos e ambientais para o estado.

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• Ana Carolina Avzaradel Szklo (CEBDS- Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável) – Como incentivar o uso de combustíveis sustentáveis

Apresentou o Below50, que tem como objetivo impulsionar o mercado dos combustíveis sustentáveis;

O Below50 é uma colaboração global que direcionará o desenvolvimento do mercado brasileiro para um ambiente ideal aos combustíveis sustentáveis;

Os biocombustíveis sustentáveis se enquadram em pelo menos seis dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: 7, 8, 9, 12, 13 e 17.

1° Bloco: Iniciativas no Brasil

• Torsten Schwab (GIZ) - Biocombustíveis Sintéticos Apresentou o projeto de cooperação técnica entre o governo brasileiro

e o governo alemão, que foca em combustíveis de aviação sem impactos climáticos através da descarbonização completa;

Identificação nichos comerciais; A rota apresentada pelo palestrante consiste em captar o CO2 do ar,

transformando-o em CO, e promover a eletrólise da água, que dará origem ao H2. O CO e H2 (gás de síntese) obtidos nos respectivos processos darão origem ao bioquerosene através da rota Fischer Tropsch, já regulamentada pela ASTM D7566.

O maior desafio da rota apresentada é a quantidade de energia elétrica demanda para a eletrólise da água, cerca de 230 TWh.

A utilização de biomassa na rota apresentada aumentaria a viabilidade do processo em médio prazo;

A rota sugerida requer três fases até a comercialização: Demonstrador: Em pequena escala; Planta piloto técnica; Planta piloto comercial.

• Fernando Contadini (RenewCo) - Desafios para produção distribuída e visão de inclusão no RenovaBio

Ressaltou a macaúba como uma matéria-prima promissora na produção de bioquerosene;

Principal desafio do bioQAV é o alto custo atual, em relação ao similar fóssil;

A utilização de resíduos orgânicos é uma forma viável de diminuir os custos do processo;

Apresentou duas tecnologias: TCR (Reforma termo-catalítica): consiste na pirólise da biomassa seca

dando origem a um bio-óleo livre de alcatrão, além de gerar H2 e carvão; SABR: Promove a desoxigenação do bio-óleo gerado no processo TCR; As tecnologias apresentadas são compactas, contribuindo com a

logística de distribuição descentralizada do bioquerosene.

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2° Bloco: PD&I, Políticas e Regulação

• Onofre Andade (Boeing) - Biocombustíveis sustentáveis de aviação A Empresa preza pelo compromisso com metas de crescimento

sustentável; Desde 2012 a Boeing trabalha em parceria com a UFMG e CTBE,

promovendo estudos de viabilidade e certificação de biocombustíveis de aviação;

Ressaltou que até 2035, a empresa entregará cerca de 40 mil aeronaves. Isto evidencia o crescimento do setor, o que acarretará um aumento considerável nas emissões de gases estufa, caso não haja medidas de descarbonização eficientes;

O maior desafio para a diminuição do custo do BioQAv é o aumento de escala produtiva.

• Marcelo Gonçalves (Embraer) - Status das diferentes tecnologias no pipeline de aprovação na ASTM, esforço, tecnologia nacional

O foco da apresentação foi a qualificação de novos combustíveis de aviação, mostrando o caminho para a certificação da rota destes junto à ASTM;

Os testes exigidos pela ASTM D4052 contemplam o desempenho e a segurança do combustível, não estando interessada na sustentabilidade deste;

Para acelerar o processo, a ASTM está fazendo um processo simplificado para misturas de até 5% de BioQAV no similar fóssil, que é uma forma de aprovação genérica;

Os desafios para a aprovação de uma nova rota junto à ASTM são: Investimento para realização dos testes; Capacidade produtiva, uma vez que alguns testes requerem

grandes volumes de combustível; Alocação/ Disponibilidade de OEMs (Original Equipment

Manufacturer); Risco de não atender aos requistos exigidos pela ASTM.

• Nataly Albusquerque (Universidade Federal da Paraíba - UFPB): Implantação da Rede Brasileira de BioQAv e Hidrocarbonetos Renováveis para Aviação

A Rede Brasileira de Bioquerosene de Aviação foi lançada em 24/05/2017, com assinatura de Termos de Apoio e Adesão;

A Rede tem como objetivo promover PD&I na cadeia do BioQAv através de parcerias entre universidades e empresas;

Foram definidas seis linhas de pesquisa ao longo da cadeia do BioQAv: i) Matérias-primas, ii) Rotas Tecnológicas, iii) Qualificação e Certificação do Produto, iv) Estruturação de refinarias, v) Análise do ciclo de vida e vi) viabilidade da cadeia produtiva.

• Rafael Menezes (MCTIC - Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações): Ações do MCTIC em apoio ao desenvolvimento tecnológico dos biocombustíveis

O MCTIC conta com mais de 20 institutos de pesquisa no Brasil; A Energia, em que se enquadram os biocombustíveis, é um tema

estratégico no MCTIC, dentre os 12 estabelecidos; Salientou a importância da diversificação de matérias-primas na cadeia

do BioQAv e a captação de fundos nacionais e internacionais.

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• Vânya Pasa (Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG): Biocombustíveis “drop in” para aviação

A UFMG conta com o Laboratório de Ensaios de Combustíveis (LEC) criado em 2000, pela ANP e possui acreditação desde 2007 na ISO 17025;

O LEC está reunindo esforços para se tornar o primeiro laboratório a certificar o QAv (querosene fóssil) e BioQAv;

Atualmente, o LEC consegue realizar mais de 50% dos ensaios requeridos na legislação dos combustíveis de aviação;

Para completar o escopo de certificação, o LEC precisa aporte de recursos;

A professora apresentou alguns resultados referentes a pesquisas em BioQAv realizadas no seu grupo.

• Gonçalo Pereira (Lab. Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol - CNPEM/ CTBE):

Para que o BioQAv tenha sucesso é necessário que haja investimentos em ciência e tecnologia, além de políticas públicas adequadas ao setor;

O Brasil é imbatível na produção de biomassa seca, tornando seus preços mais competitivos;

Para que o processo produtivo do BioQAv seja viável, este precisa ter uma boa TIR (Taxa Interna de Retorno).

Nas condições atuais, a rota Fischer Tropsch é a que apresenta a maior TIR;

Ressaltou a necessidade de comunicação entre ciência e setor produtivo.

• Donato Aranda (Universidade Federal do Rio de Janeiro/Unidade Protótipo de Catalisadores - UFRJ/ProCAT):

O ProCAT conta com um complexo de plantas pilotos para testes de catalisadores na área de petróleo, com capacidade instalada de 1ton/dia;

Sugere a integração da rota HEFA às refinarias, Ressaltou que há grupos no Brasil com condições de produzir o BioQAv

em escala piloto.

• Ricardo Gomide (Ministério de Minas e Energia - MME): Políticas do MME para biocombustíveis

Existem quatro formas de estimular a cadeia do BioQAv: i) Subsídio, ii) subsídio cruzado, iii) mandato de mistura e iv) metas de emissões; o palestrante considerou este último como o mais promissor, em linha com o RenovaBio.

• Aurélio Amaral (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP):

Ressaltou que as novas rodadas de licitação do pré-sal vão gerar recursos nas cláusulas dos royalties de petróleo para P&D;

Anunciou a revisão da Resolução n° 63/2014, que trata da especificação do BioQAV.

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30 de Agosto de 2017 1° Bloco: Biomassa

• Alexandre Alonso (Embrapa Agroenergia): Enfatizou a grande biodiversidade brasileira; Mencionou a Matopiba (última fronteira agrícola) com 73 milhões de

hectares localizada na região nordeste; Classificou as matérias-primas como curto (soja e algodão), médio

(palma, girassol, canola e microalgas) e longo prazo (palmeiras nativas do Brasil);

Para o desenvolvimento da matéria-prima é preciso que haja o domínio tecnológico, a transferência de conhecimento e o apoio governamental e do setor privado;

A matéria-prima deve estar próxima aos centros consumidores (grandes aeroportos), de modo a facilitar a logística de distribuição dos combustíveis;

Os principais desafios do setor são: i) custo, ii) produção em escala e iii) domínio tecnológico;

As biorrefinarias (biorrefinarias flex) do futuro devem ser capazes de processar diversas matérias-primas e assim, gerar diferentes produtos promovendo a sustentabilidade da cadeia produtiva;

Especificou algumas características da palma, macaúba, pinhão-manso e canola.

• Felipe Morbi (Solea) – Experiência do agronegócio com plantio comercial de macaúba

Em 2009 a Solea iniciou os estudos de viabilidade do cultivo de macaúba em grande escala (grande gargalo) em parceria com a UFV;

A macaúba destaca-se por sua grande versatilidade. A partir do fruto são gerados seis produtos básicos: i) casca, ii) torta, iii) óleo da polpa, iv) óleo da amêndoa, v) endocarpo e vi) torta protéica;

Para definir a curva de aprendizado foram estudados casos bem sucedidos (palma) e casos de insucessos (mamona e jatropha);

Para promover avanços no cultivo da macaúba foram realizados mapeamento genético e zoneamento para definir melhores áreas de plantio;

A produtividade atual é alta com possibilidade de crescimento a partir da adequação do manejo da macaúba;

A cultura ainda é heterogênea, mas possui alta produtividade por hectare. Esta cultura deve se tornar homogênea com as novas práticas de manejo;

Para que uma matéria-prima seja promissora, esta precisa de tecnologia agrícola e industrial, acesso a linhas de financiamento, mercado, legislação e viabilidade econômica. Tendo em vista estas premissas, o palestrante acredita que a macaúba seja uma matéria-prima muito promissora em médio prazo.

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• Jackson Moreira (Coordenador de Projetos da Prefeitura de Juiz de Fora) – Agenda de desenvolvimento da Zona da Mata

Promoção do desenvolvimento da zona da mata; Ressaltou que a zona da mata é um ponto estratégico, pois está bem

localizada no âmbito geoeconômico da região sudeste; A macaúba surge como uma estratégica para a região, pois esta não

possui características geográficas adequadas para culturas convencionais, que exigem maquinários, como a soja e o milho, por exemplo;

Nesta região a macaúba surge como uma solução para proteção de recursos hídricos e recuperação de áreas degradadas;

A região possui cerca de 1000 km2 de área rural; Os principais desafios no cultivo da macaúba são: i) alta taxa de retorno

do capital, ii) poucos produtores, iii) poucos compradores e iv) baixa oferta de mão-de-obra;

Uma alternativa para driblar alguns dos desafios é a integração entre floresta – pecuária – lavoura;

Estuda-se a implantação de biorrefinaria integrada à Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) com uma taxa interna de retorno estimada em 13,5 %.

• André Rocha (Forúm Nacional Sucroenergético) Apresentou dados relativos ao setor, tais como: i) PIB de 40 bilhões de

dólares, ii) 380 unidades produtoras, iii)70.000 produtores independentes de cana e iv) 16,9% de participação na matriz energética.

• Donizete Tokarski (Ubrabio) Histórico da atuação da Ubrabio para estruturação da cadeia de valor do

Bioquerosene; Destacou a importância da construção de políticas públicas adequadas,

assim como ocorreu com o biodiesel; Ressaltou o papel do Renovabio; Estabelecer metas de descarbonização para introduzir o BioQAv no

mercado; Enfatizou a necessidade de fomentar a pesquisa.

• Luiz Grilo (Residuall) O Brasil é o quarto maior gerador de resíduos do mundo; Apenas 3% dos óleos residuais são reciclados devido a falta de tecnologia

e dificuldades logísticas; O sistema desenvolvido pela empresa integra toda a cadeia de óleos

residuais reduzindo em até 40% dos custos.

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2° Bloco: Regulação e Logística

• Ana Mandelli (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes - Sindicom)

Na logística do querosene de aviação existem 11 bases de distribuição que abastecem 101 aeroportos;

Não há uma perspectiva de crescimento significativa para os combustíveis fósseis. Logo, existe uma abertura para a introdução dos biocombustíveis;

O Brasil não é auto-suficiente em combustíveis fósseis considerando a demanda atual;

Deve ser realizada uma discussão profunda e detalhada para que a implementação do BioQAv seja bem sucedida;

Os principais desafios são: i) custo/benefício, ii) definições regulamentatórias e tributáveis, iii) adequação das infra-estruturas e iv) expansão da oferta.

• Giovani Machado (Empresa de Pesquisa Energética - EPE) – Desafios e oportunidades para o Bioquerosene

Destacou a necessidade de desenvolvimento de estudos e pesquisas para dar suporte ao Ministério de Minas e Energia;

Apresentou a ferramenta para estudo de logísticas regionais: webmapep;

Mostrou que o perfil de oferta de QAv está concentrado na região sudeste;

A criação de um modelo de negócios para o BioQAv representa uma oportunidade logística nas regiões Centro-Oeste e Norte do país;

Ressaltou a importância da participação brasileira em acordos e encontros internacionais (Acordo de Paris, Meta Estratégica, Plataforma para o Biofuturo etc.).

3° Bloco: Linhas de financiamento

• João Francisco (Confrapar) Apresentou o fundo de investimento PE1 Aerotec; O objeto do fundo é investir em empresas (5 a 7) integrantes da cadeia

produtiva aeroespacial até 2018, com desinvestimento até 2026; As indústrias alvo que podem concorrer a estes investimentos são: i)

propulsão, ii) sistemas de reserva, iii) novos veículos, iv) aviônica, v) manufatura avançada e vi) aeróstatos.

• José Antônio Pereira de Souza (Banco Nacional do Desenvolvimento - BNDES)

O departamento responsável pelo possível financiamento da cadeia do BioQAv é o complexo agroalimentar e biocombustíveis;

Este financiamento pode ser solicitado por pessoas físicas, jurídicas e administração públicas;

As empresas de menor porte são favorecidas por este financiamento por gerar maior volume de empregos;

Entre 2001 e 2017 o BNDES desembolsou quase 60 bilhões de reais para o setor sucroenergético;

A partir de 2011, com o lançamento da PAISS (Plano BNDES-Finep de Apoio à Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico), a prioridade do BNDES passou a ser pesquisa e inovação.

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• Aline Werneck (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG) As ações prioritárias e estratégicas do BDMG são: i) inovação, ii)

economia verde e iii) desenvolvimento regional. Com o foco em desenvolver cada região de acordo com suas características e potencialidades;

O cliente alvo para financiamento do banco são as pessoas jurídicas que contam com linhas de crédito para inovação e fundos de investimento/equity;

O BDMG privilegia projetos que envolvam cadeias sustentáveis; Os principais produtos oferecidos pelo banco são: i) FINAME

(financiamento de máquinas nacionais), ii) Programa ABC (financiamento de implantação de florestas) e iii) Crédito Rural (financiamento de agricultura para pessoas físicas e jurídicas).

• André Fernandes (Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP) O governo brasileiro investe mais em P&D que a iniciativa privada; As Startups têm prioridade para conseguir financiamento junto a FINEP; A interação entre universidade e iniciativa privada é levada em

consideração no que diz respeito ao percentual do projeto financiado, de modo que quanto maior a colaboração da universidade com empresa maior será a proporção do financiamento.

• Renato Godinho (Ministério das Relações Exteriores - MRE) Dados comprovam que a produção de biocombustíveis deve crescer dez

vezes em relação às quantidade atuais para atender o Acordo de Paris até 2050;

As metas do departamento de energia do MRE consistem em: i) avançar na integração energética regional, ii) apoiar expansão da energia solar e eólica no Brasil, iii) fomentar trocas de experiências na adaptação do modelo regulatório e iv) fazer avançar o processo de comoditização dos biocombustíveis;

Lançar a cadeia do BioQAv na próxima reunião de convenção do clima (Biofuture Summit 17)

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4° Bloco: Sustentabilidade

• Marilia Folegatti (Embrapa) A avaliação do ciclo de vida é feita através de uma ferramenta com

fundamentação científica e baseada em normas internacionais; O cálculo das emissões de CO2 pode ser realizado por meio de

calculadoras (elaboradas de acordo com a cadeia produtiva de cada biocombustível) o que possibilita estimar o ganho de crédito de carbono, quando comparado ao análogo fóssil;

Apresentou a calculadora Renova Calc afirmando que esta já está pronta para o etanol, em fase de finalização para o biodiesel e dentro de dois meses para o BioQAv (HEFA e SIP).

• Áurea Nardelli (RSB) A RSB fornece ferramentas e soluções que atenuam o risco de negócios

e contribuem para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU;

A calculadora de GEE é uma ferramenta que está disponibilizada gratuitamente no site (www.rsb.org);

O cumprimento da legislação é o maior desafio do setor; Para ser sustentável o biocombustível deve apresentar uma redução de

CO2 de pelo menos 50% em relação ao análogo fóssil.