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Seminários Temáticos IV

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Seminários

Temáticos IV

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Sumário

UNIDADE I – CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA DA PEDAGOGIA DE

PROJETOS.....................................................................................................143

Aula I.I - A PEDAGOGIA DE PROJETOS (CONTEXTO HISTORICO).........143

Aula I.II - MEDODOLOGIA.............................................................................145

Aula I.III - APLICAÇÕES................................................................................149

UNIDADE II – CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA DA PEDAGOGIA DE

PROJETOS.....................................................................................................151

Aula II.I - Revisão dos procedimentos didáticos pedagógicos.................151

Aula II.II - Elaboração de um projeto pedagógico.......................................161

Aula II.III - Visitas ao campo de execução de projetos (escolas) e sua

aplicação.........................................................................................................166

UNIDADE III – Práticas de pedagogia de projetos......................................168

Aula III.I - COMO ELABORAR UM RELATÓRIO...........................................168

Aula III.II - TRANSFORMAR O RELATÓRIO EM UM ARTIGO PARA

APRESENTAÇÃO NO TERCEIRO COLÓQUIO DE CIÊNCIAS

NATURAIS......................................................................................................171

Aula III.III - ELABORAÇÃO DE PÔSTER, EXPOSIÇÃO ORAL, PALESTRA,

RESUMOS.......................................................................................................174

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5 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

SEMINÁRIOS TEMÁTICOS EM CIÊNCIAS NATURAIS IV

Palavras iniciais

Caro (a) Aluno (a)

Estamos finalizando enfim, uma jornada longa e dedicada de muito

trabalho e esforços. Se você chegou até aqui é porque enfim poderá olhar

para trás e dizer consegui. É com dedicação e cuidado que apresentamos

este último módulo referente a Seminários Temáticos em Ciências

Naturais IV, onde enfim você colocara em prática todo o conhecimento

adquirido nestes últimos semestres cursados. Agradeço a colaboração da

Professora Ms. Cristiane Leal Soares por ter debatido e colaborado em

algumas aulas que aqui se iniciarão.

Poderá ser comum ocorrer dúvidas durante as aulas, mas você pode

usar dos recursos EAD para solucionar suas dificuldades. Por fim gostaria de

encerrar minha fala desejando a você um ótimo curso e um bom

aprendizado.

Para você refletir e usar como uma lição para a sua vida.

“No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade”.

Albert Einstein

Ms. Mário César Soares Xavier

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6 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

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7 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

UNIDADE I – CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA DA PEDAGOGIA

DE PROJETOS

Aula I.I: A PEDAGOGIA DE PROJETOS (CONTEXTO HISTORICO) Aula I.II MEDODOLOGIA Aula I.III APLICAÇÕES

AULA I.I – A PEDAGOGIA DE PROJETOS (CONTEXTO HISTORICO)

As mudanças mais amplas da sociedade moderna, a

industrialização, a urbanização, a inovações tecnológicas e

suas aplicações aos sistemas de transportes e de

comunicação, as mudanças estruturais na esfera do trabalho,

não poderiam deixar imune os espaços educacionais. Tais

mudanças contribuíram para que a Escola Tradicional fosse

contestada especialmente nas primeiras décadas do século XX,

por adotar uma postura de passividade entre os alunos, e por

atribuir aos professores o título de “donos do saber”.

A Escola tradicional passou a ser cada vez mais criticada por não

proporcionar aos alunos e a sociedade em geral o conhecimento necessário

à cultura da tecnologia. Conforme comenta Bernard Charlot, ao tratar sobre

http://

www.liderisp.u

fba.br/modulos

/pedagproj.pdf

Resumo da Unidade I – Esta unidade aborda a questão da pedagogia de

projetos enfazinado seu contexto histórico, sua metodologia e aplicações. Essa

perspectiva pedagógica concebida por John Dewey, pensador norte americano,

influenciou a educação de forma inovadora, especialmente nas primeiras

décadas do século XX, incentivando a introdução de uma nova postura

pedagógica baseada na valorização da experimentação, na participação ativa

do aluno no processo de aprendizagem e numa relação horizontal entre

professor e aluno, incentivando as trocas de conhecimento, as características

individuais e o contexto social de cada aluno.

Resumo da Aula I.I – As mudanças na sociedade contemporânea despertaram

pensadores como John Dewey a refletirem sobre a educação e sua função social

diante dos novos tempos marcados pela tecnologia, pela globalização econômica

e informacional. A Pedagogia de projetos surge como alternativa de adequar a

escola e sua função social a esta sociedade em permanete transformação.

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8 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

a Escola tradicional em seu texto A Mistificação Pedagógica: realidades

sociais e processos ideológicos na teoria da educação.

A inadaptação da escola à sociedade moderna é denunciada

de um triplo ponto de vista: econômico, sócio-político e

cultural. A escola transmite um saber fossilizado que não

leva em conta a evolução rápida do mundo moderno; sua

potência de informação é fraca comparada à dos mass

media; a transmissão verbal de conhecimentos de uma

pessoa para outra é antiquada em relação às novas técnicas

de comunicação: a produtividade econômica da escola

parece, assim, insuficiente. Do ponto de vista sócio-político,

reprova-se a escola por visar à formação de uma elite,

enquanto as aspirações democráticas se desenvolvem nas

sociedades modernas, e por não ser mesmo mais capaz de

formar essa elite, na medida em que o poder repousa, agora,

mais sobre a competência técnica do que sobre essa

habilidade retórica à qual a escola permaneceu ligada. Enfim,

a escola, fundamentalmente conservadora, assegura a

transmissão de uma cultura que deixou de tornar inteligível o

mundo em que vivemos e que desconhece as formas

culturais novas que tomam cada vez mais lugar em nossa

sociedade. A escola, fechada em si mesma, rotineira,

prisioneira de tradições ultrapassadas, vê-se assim acusada

de ser inadaptada à sociedade cultural (CHARLOT, 1976,

p.151).

Como alternativa aos métodos da Escola tradicional -

considerados inadequados para o novo cenário social, marcado pela

globalização, pela produtividade e competitividade – surgiu a Nova Escola

encabeçado por um conjunto de educadores da Europa e da América do

Norte. Entre eles Ovide Decroly, na França, que criou os “Centros de

Interesse”; Maria Montessori, na Itália; John Dewey, nos Estados Unidos,

que preconizou a sala de aula como uma “comunidade em miniatura”;

William Kilpatrick, discípulo de Dewey, que, no início do século XX, propõe

um trabalho integrado com Projetos.

Vários educadores nacionais, entre eles Lourenço Filho e Anísio

Teixeira, também aderiram a esse movimento e levantaram no Brasil a

bandeira da Escola Nova, que teve início neste país durante a década de

1920, e tinha como objetivo por fim ao ensino tradicional, e favorecer a

“democratização” da educação brasileira. O movimento pretendia também

estimular uma concepção de educação universal para todos baseada nas

propostas pedagógicas do filósofo norte-americano John Dewey.

A Pedagogia de Projetos tem seu desenvolvimento pautado nas

idéias da Escola Nova. Foi concebida por John Dewey e popularizada por seu

discípulo William Kilpatrick. Dewey não aceitava a educação pela instrução e

propunha a educação pela ação; criticava severamente a educação

tradicional, principalmente no que se refere à ênfase dada ao

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9 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

intelectualismo e à memorização. Defendia uma educação com a finalidade

de propiciar à criança condições para que resolvesse, por si própria, os seus

problemas. A particularidade do método de projetos está na exigência da

solução de um problema como fonte de desafio e desenvolvimento de

habilidades construtivas.

O seu campo conceitual e metodológico centrava-se na

democracia não

como um regime de governo, mas como uma forma de vida e um processo

constante de liberação da inteligência. Concebe a escola como espaço de

produção e reflexão de experiências relevantes de vida social, que permite

o desenvolvimento de uma cidadania plena.

AULA I.II – METODOLOGIA

A perspectiva da pedagogia de projetos

adotou uma mudança significativa de postura

pedagógica em relação à pedagogia tradicional. Sua

proposta trata o educando como “sujeito” da

educação, não mais como “objeto”. Passando a se

fundamentar na concepção de que a aprendizagem

ocorre a partir da resolução de situações didáticas

significativas para o aluno, aproximando-o o

máximo possível do seu contexto social, através do

desenvolvimento do senso crítico, da pesquisa e da

resolução de problemas.

O formulador da pedagogia de projetos e seus discípulos

compunham a corrente teórico pedagógica denominada "Pedagogia Ativa".

Na qual a experimentação, a participação do aluno no processo de

Resumo da Aula I.II – A pedagogia de projetos inova por adotar uma

perspectiva de aluno enquanto sujeito e não enquanto objeto do processo de

ensino aprendizagem, considera além das capacidades de ler, escrever e

interpretar, as capacidades de autonomia, criatividade e de solucionar

problemar práticos, assim como o desenvolvimento da criticidade como

fundamentais no processo de aprensizagem e na formação do indivíduo.

Ver a biografia de

John Dewey em:

http://pt.wikipedi

a.org/wiki/John_

Dewey

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10 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

aprendizagem e a relação horizontal entre professor e aluno, assim como a

pesquisa e a vivência em grupo são valorizadas.

Segundo John Dewey:

"A educação é um processo de vida e não uma preparação para a vida futura e a escola deve representar

a vida presente - tão real e vital para o aluno como o que ele vive

em casa, no bairro ou no pátio" (DEWEY, 1897).

De acordo com suas palavras, Dewey nos deixa

claro que ao aluno não cabe apenas o

desenvolvimento das capacidades de ler, escrever,

interpretar e a formação multidisciplinar . A

educação enquanto processo de vida é concebida

tendo em vista o aluno em sua plenitude, em sua

integralidade, enquanto ser humano. De tal sorte

que às atribuições “tradicionais” do educando,

devem ser incorporadas as capacidades de

desenvolver a autonomia, o senso crítico, a

solidariedade, a criatividade, e a capacidade de

trabalho em equipe.

Nesta postura pedagógica, todo

conhecimento é construído em estreita relação com

os contextos em que são utilizados, sendo, por isso

mesmo, impossível separar os aspectos cognitivos,

emocionais e sociais presentes nesse processo. A

individualidade do aluno é tomada como fundamental,

valoriza-se sua história de vida, suas próprias

experiências, seus modos de viver, de tal sorte que

seria infundando, a partir desta postura, querer

adotar uma homogeneidade entre os alunos.

Inserido na pedagogia de projetos os

“Métodos de projetos” deve ser uma ação pedagógica

efetiva na escola em função da transformação social

com vistas ao estabelecimento da cidadania. Aponta-

Vale antes de

mais nada

ressaltar que um

verdadeiro

projeto não se

estrutura sem

que haja a

possibilidade do

cumprimento de

todas as suas

fases e sem a

ação participativa

dos verdadeiros

interessados, os

alunos.

Ler um

pouco mais sobre

projetos em:

http://www.mun

dojovem.com.br/

projetos/pedagog

icos/projeto-

projetos-uma-

nova-opcao-

metodologica.php

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11 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

se uma estrutura do método de projetos organizada por fases. John Dewey

tinha a idéia de que as fases não devem ser rígidas e devem depender do

desenrolar dos trabalhos. Mas, como todo trabalho pedagógico, o projeto

deve ser planejado: o planejamento exprime a intencionalidade educativa.

Sem que se tornem uma camisa de força, três grandes etapas se delineam

para se levar a cabo um projeto pedagógico:

1. A problematização. Relaciona-se a uma ou mais

questões, que se quer conhecer. Essas questões deverão

derivar da realidade dos alunos e desse modo serem

significativas para eles. (o professor deve perguntar aos

alunos: o que já sabemos sobre o assunto?). É bom lembrar

que um trabalho com projetos não se limita a um simples

estudo de um tema: sua característica principal é a resolução

de problemas ligados ao tema (o que queremos saber e

porquê queremos saber).

2. O desenvolvimento. Compõe as etapas de planejamento

e execução. As estratégias em busca da solução do

problema são minuciosamente e conjuntamente pensadas,

planeja-se as formas mais adequadas para se atingirem os

objetivos propostos. Nesta etapa a participação plena dos

alunos é fundamental, tanto no planejamento quanto na

execução das atividades. Podem ser planejadas e

desenvolvidas diferentes estratégias de acordo com a temática

e os objetivos a serem atingidos. As estratégias podem ser do

tipo: excursões, entrevistas, debates, pesquisas bibliográficas,

pesquisas de campo, entre outras. Nestes casos, há a

ampliação do espaço de ensino/aprendizagem as ruas, as

praças, as fábricas, os museus, podem se tranformar em

extensões desse espaço. Também o envolvimento de terceiros

pode ser uma possibilidade, de tal sorte a se ampliar a

oportunidade de interação e socialização dos alunos. Assim o

desenvolviento /descobrimento de muitas habilidades:

intelectuais, sociais, artísticas, psicomotoras, etc. Podem ser

desenvolvidas, entre outras, habilidades de: entrevistar

pessoas; falar em público; calcular distâncias e/ou índices; ler

mapas; desenhar plantas; colecionar espécimes de plantas

e/ou pedras e/ou insetos.

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12 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

3. A síntese/conclusão é o fechamento do projeto e não

começa exatamente ao final dele: é prevista e preparada

desde o planejamento e prossegue ao longo do

desenvolvimento com a previsão, organização e sumarização

das informações coletadas. Neste momento, particularmente,

tudo é submetido a uma síntese das avaliações realizadas

durante o processo. Avaliam-se os conhecimentos adquiridos,

os procedimentos utilizados, as atitudes incorporadas. Avalia-

se, sobretudo, se as questões levantadas inicialmente foram

resolvidas e em que nível. Dependendo da natureza do

projeto, nesta fase tornam-se possíveis: a realização de

exposições dos materiais coletados, confecção de painéis,

dramatizações, ou simples comemorações ou inaugurações

festivas (inauguração de uma biblioteca da classe, por

exemplo). As questões levantadas inicialmente são analisadas

e, muitas vezes, constata-se a necessidade de se ir adiante a

partir do levantamento de novos problemas.

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13 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

AULA I.III – APLICAÇÕES

A pedagogia de Projeto pode ser aplicada a todas as atividades

realizadas na escola, durante todo o ano letivo e reunir todos os

professores, pois um projeto bem elaborado deve ser interdisciplinar em

que se possa desenvolver de maneira contextualizada apresentando-se de

acordo com as necessidades do contexto escolar. Cada vez mais Pedagogia

de Projetos vem se destacando como estratégia pedagógica que visa

estabelecer relações entre as informações que os alunos têm acesso e a

realidade, instaurando um ambiente de ensino baseado na resolução de

problemas.

Nesta sessão destacamos uma aplicação da pedagogia de

projetos ao ensino da química,da física e da geografia de forma

interdisciplinar.

APLICAÇÃO 1.

TÍTULO DO PROJETO: Conhecendo os caminhos da água que chega a

nossas casas e o tratamento que ela recebe.

OBJETIVOS:

1. Conhecer o percurso que a água faz até chegar a nossas

residências;

2. Conhecer os processos físicos e químicos que a água atravessa

para se tornar boa para o consumo;

3. Trabalhar o tema para sensibilizar a comunidade estudantil

para a importância da preservação de recursos hídricos com

enfoque na educação ambiental;

4. Trabalhar conceitos da Química, da física e da geografia que

se manifestarem no processo da pesquisa.

Resumo da Aula I.III – Nesta aula apresentamos uma aplicação da pedagogia

de projetos, utilizando a interdisciplinaridade nos campos da química, da física e

da Geografia.

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14 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

ATIVIDADE DE CAMPO:

Visitar a estação de tratamento de água da Cagepa acompanhados dos

professores de física, química e geografia.

A visita a estação de tratamento trará respostas as seguintes perguntas:

a) De onde vem à água para a estação de tratamento?

b) Quais os processos que a água atravessa para se tornar limpa

e própria para o uso?

c) Que elementos químicos foram utilizados nesses processos?

d) De que forma cada elemento contribui para a purificação da

água?

e) Que processos físicos estiveram presentes nesses processos?

Cada aluno fará um relatório sobre os processos observados na Estação. A

partir destes relatórios os professores passam a discutir os conceitos de

cada discip

AVALIAÇÃO

Os alunos farão grupos e construirão uma maquete sobre os processos de

tratamento que conheceram na estação e apresentarão numa feira de

ciências.

Cada grupo irá destacar um aspecto diferenciado do processo, na tentativa

de valorizar todo o conjunto do que foi visto.

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15 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

UNIDADE II – CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA DA PEDAGOGIA

DE PROJETOS

Aula II. I: Revisão dos procedimentos didáticos pedagógicos. Aula II. II: Elaboração de um projeto pedagógico.

Aula II. III: Visitas ao campo de execução de projetos (escolas) e sua

aplicação.

AULA II.I – Revisão dos procedimentos didáticos pedagógicos.

INTRODUÇÃO

Os procedimentos didáticos pedagógicos dizem respeito aos

caminhos escolhidos pelo professor para organizar as atividades de ensino

aprendizagem. Estes procedimentos devem estar inseridos no planejamento

de ensino. Ao elaborar o projeto de ensino, o professor observa quais os

métodos e as técnicas que poderá desenvolver com seus alunos em sala de

aula na perspectiva de promover a aprendizagem. E, juntamente com eles,

avalia, no decorrer das aulas, quais são os mais adequados aos diferentes

saberes, ao perfil do grupo, e aos objetivos de suas aulas.

Resumo da Unidade II – A partir do contato teórico com as perspectivas da

pedagogia de projetos estudada na unidade anterior, nesta unidade

procuraremos contextualizar tais perspectivas. Ou seja, propomos a sua prática,

incentivamos e acompanhamos a construção de projetos pedagógicos, relativos

as disciplinas das ciências naturais, e sua aplicação nas escolas.

Resumo da Aula I.I – Faremos uma breve revisão teórica sobre os

procedimentos didáticos pedagógicos com vistas a esclarecer as possíveis

dúvidas sobre tais conteúdos e treinar suas práticas.

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16 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Para que a prática do ensino adquira sentido no aprender da forma

mais ampla possível, é fundamental que o professor utilize técnicas variadas

no processo de ensino, com vistas a atingir todo o seu conjunto de alunos.

A técnica é a operacionalização do método. O ato de ensinar, não é linear,

uma “receita pronta” mas isso não significa dizer que as aulas devam seguir

a improvisação. Antes o planejamento se constitui como instrumento

fundamental. Ele favorece ao professor no traçar do percurso do processo

de ensino. Através da recorrente reflexão didática sobre sua própria prática,

o professor poderá discernir sobre as estratégias de ensino mais adequadas,

segundo as condições de aprendizagem de seus alunos, e os objetivos da

aula.

Essas estratégias referem-se aos meios utilizados pelos docentes

na articulação do processo de ensino, de acordo com cada atividade e os

resultados esperados. Anastasiou e Alves (2004) observam que:

As estratégias visam à consecução de objetivos, portanto, há

que ter clareza sobre aonde se pretende chegar naquele

momento com o processo de ensinagem. Por isso, os

objetivos que norteiam devem estar claros para os sujeitos

envolvidos – professores e alunos – e estar presentes no

contrato didático, registrado no Programa de Aprendizagem

correspondente ao módulo, fase, curso. (Anastasiou e Alves,

2004.p. 71).

A metodologia adotada pelo professor relaciona-se com sua

concepção pedagógica, a escolha de uma determinada abordagem de um

conteúdo, da técnica de ensino a ser adotada e do papel a ser por ela

desempenhado, devem estar subordinados ao direcionamento embutido nos

objetivos educacionais.

Diversos são os procedimentos pedagógicos, alguns deles estão

relacionados no quadro a baixo:

Procedimento Descrição

Aula expositiva dialogada

É uma exposição do conteúdo, com a participação

ativa dos alunos, cujo conhecimento prévio deve ser

considerado e pode ser tomado como ponto de

partida.

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17 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Estudo de texto É a exploração de idéias de um autor a partir do

estudo crítico de um texto e/ou a busca de

informações e exploração de idéias dos autores

estudados

Fichamento É um registro sistematizado de leitura, que permite

ao aluno destacar questões centrais da leitura. É

uma ferramenta didática que permite ao professor

conhecer o cuidado do aluno em relação à leitura

solicitada, mas ajuda muito mais ao próprio aluno

pois lhe assegura um método de aprendizado por

intermédio da leitura.

Solução de

problemas

É o enfrentamento de uma situação nova, exigindo

pensamento reflexivo, crítico e criativo a partir dos

dados expressos na descrição do problema;

demanda a aplicação de princípios, leis que podem

ou não ser expressas em fórmulas matemáticas.

Resolução de Exercícios

O estudo por meio de tarefas concretas e práticas

tem por finalidade a assimilação de conhecimentos,

habilidades e hábitos sob a orientação do professor.

Seminário em

grupo

É um trabalho executado em equipe, na qual se

discute previamente temas a serem apresentados

pelos integrantes. É importante ferramenta de

aprendizagem quando há a participação de todosos

integrantes e umaa boa preparação prévia.

Portfólio É um trabalho que abrange a seleção, os registros,

questionamentos e a reflexão sobre informações

mais significativas em relação a um objeto de

estudo para um aluno.

Estudo do meio É um estudo direto do contexto natural e/ou social

no qual o estudante se insere, visando a uma

determinada problemática de forma interdisciplinar.

Cria condições para o contato com a realidade,

propicia a aquisição de conhecimentos de forma

direta, por meio da experiência vivida.

Painel É a exposição de uma discussão não formal. É um

recurso visual muito forte e de extrema importância

para o ensino. O método é utilizado para

desenvolver a capacidade de criação e interpretação

do assunto, de forma que o aluno transformará o

teórico no visual.

Ensino com pesquisa

É a utilização dos princípios do ensino associados

aos da pesquisa: Concepção de conhecimento e

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18 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

ciência em que a dúvida e a crítica sejam elementos

fundamentais; assumir o estudo como situação

construtiva e significativa, com concentração e

autonomia crescente; fazer a passagem da simples

reprodução para um equilíbrio entre reprodução e

análise.

Mapa conceitual Consiste na construção de um diagrama que indica a

relação de conceitos em uma perspectiva

bidimensional, procurando mostrar as relações

hierárquicas entre os conceitos pertinentes à

estrutura do conteúdo.

A seguir trouxemos exemplos de algumas dos procedimentos acima

relacionados.

FICHAMENTOS

Lembremos que os fichamentos podem

ser feito na forma de resumo, de citação ou do

tipo misto, que associa tanto resumo quanto

citações do texto lido. O modelo de fichamento

que utilizaremos a seguir, em nosso modelo, é o

do tipo MISTO.

Quanto a estrutura dos fichamentos podemos relembrar que a

estrutura mínima sugerida para um fichamento é:

1. Cabeçalho que pode ser dividido em apenas dois campos: o primeiro

deve ser o título geral e o segundo, o título específico.

2. Referência: deve contemplar a autoria, o título da obra, local de

publicação, editora e ano de publicação.

O fichamento tem

como finalidade

arquivar as principais

informações das

leituras feitas e

auxiliar, na

identificação da obra.

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19 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Exemplo :

3. Corpo ou texto da ficha: onde o conteúdo é desenvolvido.

Texto original (a ser fichado em nosso modelo)

MODELO DE FICHAMENTO

(O fichamento diz respeito a leitura de parte do texto da unidade anterior)

Fonte: http://www.fsc.ufsc.br/cbef/port/16-1/artpdf/a4.pdf.

GALLIANO, Alfredo Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo:

Harbra, 1986.

O PAPEL DA DIDÁTICA DAS CIÊNCIAS NO CURSO DE MAGISTÉRIO

As disciplinas de Didática Geral e Didáticas Específicas nos cursos de

formação de professores possuem um papel fundamental de articulação entre

as diferentes áreas do conhecimento presentes na grade escolar. Deveria ser

através dessas disciplinas que o futuro professor pudesse perceber como os

diferentes conhecimentos específicos podem ser trabalhados na escola de

primeiro grau, principalmente nos aspectos relativos à conteúdos e

metodologias.

Essas porém não são as únicas dimensões do processo de ensino

aprendizagem. Como afirma Candau, “o processo de ensino-aprendizagem para

ser adequadamente compreendido, precisa ser analisado de tal modo que

articule consistentemente as dimensões humanas, técnica e político-social”

(1983).

O papel das Didáticas então seria o de trabalhar numa perspectiva

multidimensional, levando em consideração não só a articulação do

conhecimento específico com o didático, como também discutindo o papel da

educação, do ensino e do saber específico num determinado contexto.

Em relação a Didática das Ciências o papel articulador de diferentes

campos do conhecimento é ainda mais desafiador. Essa disciplina deve integrar

não só os conhecimentos advindos da Didática, enquanto objeto de estudo,

como também àqueles das Ciências Físicas, Químicas e Biológicas.

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20 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

FICHAMENTO MODELO

O PAPEL DA DIDÁTICA DAS CIÊNCIAS NO CURSO DE MAGISTÉRIO Marandin, Martha. O papel da didática das ciências no curso de magistério.

Museu de Astronomia e Ciências Afins- MAST/CNPq .Rio de Janeiro – RJ.

Caderno.Cat.Ens.Fís., v. 16, n. 1: p. 54-71, abr. 1999.

As disciplinas de didática geral e específicas são fundamentais

segundo a autora na integração das diferentes disciplinas da grade

curricular. Elas são ainda importantes, pois refletem as dimensões

humanas, técnica e político-social inscritas no processo de ensino

aprendizagem nos diferentes contextos educacionais, na medida em que

articulam o conhecimento específico das diferentes disciplinas, a exemplo

da física, da química e da biologia, com o conhecimento didático.

PORTFOLIO

O portfólio é um instrumento de criatividade, troca e construção.

Nele o aluno constrói seu próprio material pedagógico, utilizando materiais

de uso cotidiano como revistas, jornais, etc. O aluno reúne informações que

lhe interessa e elabora questões que lhe trazem mais curiosidades, mais

questionamentos sobre determinado objeto de estudo. O portfólio, desta

forma, faz do aluno, agente dialógico do seu próprio produto.

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21 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Elaborando um portfólio - modelo

TEMA: ENERGIA

CAPA

MEU Portfólio

ENERGIA É TUDO!!!

CAPA

AS DIFERENTES FONTES DE

ENERGIA:

1. RENOVÁVEIS: que podem ser

aproveitadas indefinidamente

ENERGIA EÓLICA

ENERGIA SOLAR

2. NÃO RENOVÁVEIS

PETRÓLEO

Não-renováveis: constituídas

pelos recursos que existem em

quantidade limitada no planeta e

tendem a esgotar-se, como é o

caso do petróleo, do carvão

mineral, do urânio, e do xisto

betuminoso

Baterias

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22 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Roteiro de elaboração de um portfólio:

A) Apresentação o aluno escolhe um tema para trabalhar num bimestre,

semestre, etc.

B) Pesquisa. Tendo em vista seu tema o aluno passa a buscar diversas

informações sobre ele, em jornais, revistas, bibliotecas, sites da web,

noticiários e a medida que coleta essas informações ele registra no

portfólio como diário de anotações. Um aspecto é fundamental, o

aluno deve juntar a teoria dada em sala de aula e relacionar o

cotidiano vivido por ele com as informações coletadas.

C) O portfólio tem que ser divertido. As informações coletadas pelo

aluno devem ser expressas por uma forma particular do aluno, sua

criatividade em montar o portfólio é interessante neste sentido.

A Avaliação do portfólio é resultante das conclusões levantadas pelos

alunos, pelo tipo de material pesquisado, pela qualidade e quantidade de

informações e pelo tipo de produção realizada.

MAPAS CONCEITUAIS

São utilizados com a perspectiva

facilitadora de uma aprendizagem significativa.

Muito comumente utilizado nas Ciências, traçam

relações entre conceitos, ou entre palavras que

usamos para representar conceitos. Muito embora

quase sempre sejam organizados com diagramas e

setas, os mapas conceituais não devem ser

confundidos com organogramas ou diagramas de

fluxo, pois não implicam seqüência, temporalidade

ou direcionalidade. Mapas conceituais não buscam

classificar conceitos, mas sim relacioná-los.

Exemplo 1

Ler um

pouco mais sobre

Mapas conceituais

em:

http://www.if.ufrgs.

br/~moreira/mapas

port.pdf

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23 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Fonte:

http://ppareaproveitarlixoitati.pbworks.com/w/page/11542197/MAPAS%20CONCEITUAIS

Segundo Moreira ( 1997):

A teoria que está por trás do mapeamento conceitual é a

teoria cognitiva de aprendizagem de David Ausubel. Trata-se,

de uma técnica desenvolvida em meados da década de

setenta por Joseph Novak e seus colaboradores na

Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Ausubel nunca

falou de mapas conceituais em sua teoria. O conceito básico

da teoria de Ausubel é o de aprendizagem significativa. A

aprendizagem é dita significativa quando uma nova

informação (conceito, idéia, proposição) adquire significados

para o aprendiz através de uma espécie de ancoragem em

aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente do

indivíduo, isto é, em conceitos, idéias, proposições já

existentes em sua estrutura de conhecimentos (ou de

significados) com determinado grau de clareza, estabilidade

e diferenciação. (Moreira, 1997. p.7)

O princípio norteador da teoria de Ausubel baseia-se na idéia de

que, para que ocorra a aprendizagem, é necessário partir daquilo que o

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24 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

aluno já sabe, seus conhecimentos prévios. Desse modo a teoria da

aprendizagem significativa parte da idéia de que os professores devem criar

situações didáticas com a finalidade de descobrir esses conhecimentos. Os

conhecimentos prévios são suportes em que o novo conhecimento se apóia.

Esse processo, de construção de conhecimento com base em outros

previamentes existentes, recebeu o nome de ancoragem. Segundo

Ausebel(1980): “o fator isolado mais importante que influencia a

aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe.”

Exemplo 2:

Contribuem nos processos de

Pormeio de

Promovem

Podem ser

Para aumentar seus conhecimentos elabore um mapa conceitual sobre a pedagogia

de projetos!

BOM TRABALHO!

PROJETOS

Aprendizado

Conhecimentos

significativos

Estratégias

Trabalho em grupo

Elaboração de portfólio

Seminário em grupo

Fichamento de texto

Aulas dialógicas

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25 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Aula II.II: Elaboração de um projeto pedagógico

A função dos projetos

é favorecer a criação de estratégias de organização dos

conhecimentos escolares em relação ao tratamento da

informação e à relação entre os diferentes conteúdos em

torno de problemas ou hipóteses que facilitem aos alunos a

construção de seus conhecimentos, a transformação da

informação procedente dos diferentes saberes disciplinares

em conhecimento próprio (...) o que se pretende desenvolver

com os projetos é buscar a estrutura cogniscitiva, o

problema eixo, que vincula as diferentes informações, as

quais confluem num tem para facilitar seu estudo e

compreensão por parte dos alunos (HERNANDEZ e

VENTURA1998, p.61- 62).

O Trabalho com projetos é centrado na realidade de situações e

problemas reais, concretos e, portanto significativos, que interessam aos

alunos e direcionam uma aprendizagem com sentido. A aprendizagem

ocorre em todo o processo e não envolve apenas conteúdos, traz

conhecimentos sobre convivência, estimula a responsabilidade, a

cooperação e a autonomia. O professor não é aúnica fonte de informação,

antes ele Incentiva a pesquisa e busca autônoma pelo conhecimento.

O trabalho com projetos favorece a articulação entre os saberes

das diversas áreas de conhecimento, intensifica as relações cotidianas e o

uso de diversas estratégias de conhecimento. Alunos, professores, e até

mesmo a comunidade, podem se inetegrar efetivamente e amplamente na

execução dos projetos pedagógicos já que as experiências, práticas e

vivências de todos são fundamentais em na sua elaboração e

funcionamento.

Resumo da Aula II.II – O objetivo desta aula é oferecer os recursos

necessários para que os alunos possam elaborar projetos, cujas temáticas

estejam incluídas nos conteúdos dos 9 anos das ciências naturais.

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26 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

ETAPAS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO PEDAGÓGICO:

ETAPA 1: PLANEJAMENTO. São estabelicos os temas, os

objetivos, as atividades que serão desenvolvidas e como serão realizadas as

avaliações. De forma resumida aqui o professor deve responder as

questões: Que atividades propor aos alunos? Que materiais vamos precisar?

Isso vai gerar algum custo (para a escola e/ou para os alunos)? Como vai

conduzir o projeto? Que conteúdos serão abordados? Quantas aulas vou

usar para executá-lo? Que estratégias vou usar.

ETAPA 2: EXECUÇÃO E ACOMPANHAMENTO. É o

desenvolvimento gradual das sequencias de atividades previamente

planejadas. Execução dos procedimentos metodológicos que estimulem a

aprendizagem e a troca dos conhecimentos entre os alunos. A exemplo de

filmes, pesquisas, debates, visitas a exposições, leituras, trabalhos em

equipe, confecções de cartazes, de faixas, painéis, portfólios etc.

Ao passo que as atividades são executadas os professores

desenvolvem o trabalho de orientação e acompanhamento dessas

atividades. Seu trabalho é de avaliar o andamento do projeto de forma

permanete, observando se os objetivos estão sendo alcançados, quais os

procedimentos mais adequados, o que precisa ser redefinido ou

redirecionado.

ETAPA 3: AVALIAÇÃO. A avaliação é um processo permantente

e continuado. Que começa desde o processo de planejamento do projeto. A

constante reflexão sobre todas as etapas e atividades é fundamental no

sucesso dos objetivos. É importante que os alunos participem do processo

de avaliação, assim como os pais.

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27 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

ELEMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO PEDAGÓGICO:

TEMAS. Não deve ser assumido pelos alunos como uma imposição do

professor, nem tampouco deve ser fruto de curiosdiades

circunstanciais dos alunos, ele deve ser um desafio para todos, algo

que mereça o investimento de tempo e dedicação. O professor

propõe o tema, pois ele sabe quais são seus objetivos didáticos e os

conteúdos que deseja trabalhar. Neste caso o professor deve

fomentar o ineteresse do tema pelos alunos.

Que assunto abordar? Quando estiver pensando em um tema para seu

projeto, você pode se perguntar, por exemplo: até que ponto esse tema

vai despertar (e manter) a atenção dos alunos? O quanto vai contribuir

para ampliar o conhecimento deles?

PÚBLICO ALVO. A quem o projeto se destina? Faz o professor

pensar antes de tudo nos alunos, no seu perfil e condições de

aprendizado.

CERTEZAS E DÚVIDAS. Facilita na formulação dos problemas, e das

questões que se desejaesclarecer. Reunião de conhecimentos do

professor, em fontes diversas juntamente com os conhecimentos

prévios dos alunos.

JUSTIFICATIVA. Explica em linhas gerais a escolha do tema.

Responde a questão porque se trabalhar com aquele tema?

OBJETIVOS. São os resultados esperados no ensino e na

aprendizagem. Procuram levar em conta os conceitos,

procedimentos, e as atitudes previstas para ampliar os

conheciementos dos alunos no ano, período.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS. São as estratégias, as

atividades a serem adotadas para que os objetivos sejam alcançados.

CRONOGRAMA. Organização de todo o processo no tempo.

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28 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

MODELO DE UM PROJETO PEDAGÓGICO.

Projeto Pedagógico publicado na edição nº 406, jornal Mundo Jovem, maio de

2010, página 7.

TEMA: Intercâmbio sobre água

Público atendido: 30 alunos de escolas particulares de Salvador (BA) e 30

alunos de escolas públicas de Valente, cidade do semiárido baiano.

Responsáveis: 17 professores e outros profissionais que deram suporte

em todo o desenvolvimento do projeto como os integrantes do grupo

Movimento de Organizações Comunitárias (MOC) e a equipe da Cese,

sediada em Salvador.

Objetivos:

• Promover a troca de experiência entre crianças e jovens de duas

realidades distintas (urbana e rural) sobre o tema água - em sua

conservação e preservação.

• Produzir peças de comunicação durante o aprendizado e estimular a

mobilização de outros jovens sobre a realidade do semiárido brasileiro.

Acontecendo na prática

1ª fase: jovens de Salvador visitando a cidade de Valente

O encontro em Valente foi para apresentar aos meninos e meninas da

capital baiana as técnicas de convivência do semiárido, os hábitos da região

e a cultura. O grupo percorreu as comunidades locais, onde fez entrevistas

com moradores sobre o semiárido, conheceu cisternas, barragens

subterrâneas, hortas alternativas... Tudo apresentado pelos estudantes de

Valente. A visita durou dois dias e resultou em várias fotos, vídeos,

depoimentos e muito aprendizado.

2ª fase: jovens de Valente visitando a cidade de Salvador

A visita ocorreu no Dia Mundial de Limpeza de Praias. Os jovens, “visitantes

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29 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

e anfitriões”, participaram da palestra com explicações sobre separação de

lixo, material reutilizável, poluição dos mares e o cuidado com a natureza.

Após uma visita ao centro histórico de Salvador, todos seguiram até a

Cooperativa de Coleta Seletiva, Processamento de Plástico e Proteção

Ambiental (Camapet) para verem na prática como a separação funciona.

Fazendo a diferença juntos

No dia 19 de setembro de 2009, as 60 crianças e adolescentes, munidas de

conhecimento e muita troca de informação, se uniram a 440 pessoas na

Praia de Ondina com mais uma missão: colocar em ação o que aprenderam

nos encontros e visitas e repassar todo o aprendizado para os outros

participantes do mutirão de limpeza de praia.

Observe

outros projetos

pedagógicos muito

interessantes em:

http://www.mundojo

vem.com.br/projetos

/pedagogicos/

AGORA É A SUA VEZ! ELABORE UM PROJETO

PEDAGÓGICO COM BASE NAS AULAS, COM TEMAS

PERTINENTES A ALGUM CONTEÚDO DOS 9 ANOS DE

FÍSICA OU DA QUÍMICA.

BOM TRABALHO!

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30 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Aula II. III: Visitando o campo de execução dos projetos - as

escolas

Visitar uma escola, sempre, requer alguns cuidados

necessários para um bom desempenho de suas atividades.

“O projeto representa a

oportunidade de a direção, a coordenação

pedagógica, os professores e a

comunidade, tomarem sua escola nas

mãos, definir seu papel estratégico na

educação das crianças e jovens, organizar

suas ações, visando a atingir os objetivos

que se propõem. É o ordenador, o

norteador da vida escolar”: (J. C. Libâneo)

A discussão e estratégias mediande a execução de um projeto pedagógico

em uma escola requer a dedicação, esforço e atidude dos envolvidos no projeto.

"Pensar em Projeto Político Pedagógico para qualquer escola,

pressupõe que os educadores tenham um espaço onde

possam se manifestar, que o processo da escola e suas

experiências acumuladas sejam refletidas no texto. Que haja

uma definição anterior sobre qual a concepção de Projeto

Político Pedagógico será utilizada pelo grupo". (Joan Subiratis:

Construindo o Projeto Político Pedagógico)

Resumo da Aula II. III – O objetivo desta aula é oferecer informações

práticas essenciais para uma boa “primeiro entrada” no local em que se

pretende executar um projeto pedagógico. Relacionamos dicas e preocupações

necessárias para que o projeto seja bem aceito pela escola.

Você será

capaz de

desenvolver uma

atividade em sua

cidade. Visitar

uma escola de

seu bairro e

desenvolver um

trabalho de

campo.

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31 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Faça uma visita ao site indiacado ao lado para maiores detalhes de como

fazer um planejamento assim como usar esratégias para elaboração e execução de um PPP e sua escola.

Observe como

fazer um PPP na escola:

http://www.cefaprojuina.

com/portal/index.php?op

tion=com_content&view

=article&id=459:vamos-

fazer-o-ppp-da-

escola&catid=28:tecnolo

gia-

educacional&Itemid=28

FAÇA UM RELATÓRIO DA EXECUÇÃO DE UM PROJETO PEDAGOGICO EM UMA ESCOLA

DO SEU BAIRRO.

BOM TRABALHO!

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32 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

UNIDADE III – Práticas de pedagogia de projetos

Aula III. I: COMO ELABORAR UM RELATÓRIO

Aula III. II: TRANSFORMAR O RELATÓRIO EM UM ARTIGO PARA

APRESENTAÇÃO NO TERCEIRO COLÓQUIO DE CIÊNCIAS NATURAIS

Aula III. III: ELABORAÇÃO DE PÔSTER, EXPOSIÇÃO ORAL, PALESTRA,

RESUMOS

Aula III.I: COMO ELABORAR UM RELATÓRIO

Um relatório se constitui em um documento que relata

minuciosamente a experiência de pesquisa realizada. Em sua estrutura

encontram-se os documentos demonstrativos - tais como tabelas, gráficos,

estatísticas e outros - das conclusões nele descritas. Em geral um relatório

apresenta os seguintes elementos:

ELEMENTOS DE UM RELATÓRIO DE PESQUISA:

Título. O título do relatório deve conter as informações mais

gerais e suficientes para identificar o conteúdo do relatório de forma

objetiva. Pode-se também utilizar sub-títulos, de modo a complementar o

título.

Resumo da Unidade III – Esta unidade foi elaborada tendo em vista a

preparação do aluno para a participação em reuniões, seminários, congressos e

outros eventos acadêmicos nos quais se exige a elaboração e apresentação de

trabalhos nas formas escrita, oral ou em pôster.

Resumo da Aula III.I – O objetivo dessa aula é trazer as informações necessárias

para que o aluno possa conhecer quais os procedimentos para se elaborar um

relatório de pesquisa.

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33 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Resumo, como o nome indica, deve resumir os objetivos da

experiência, equipamento utilizado, principais resultados e conclusões.

O corpo do relatório se constitui de seções consideradas

obrigatórias:

· Introdução

· Motivação e objetivos

· Resultados e discussões

· Conclusão

· Referências

A Introdução deve conter informações gerais sobre o trabalho.

Normalmente, se especifica o contexto em que o relatório se desenvolve, e

se faz um pequeno resumo de como o relatório estará estruturado.

Motivações, objetivos e metodologia. Nesta seção se

apresenta as motivações que incentivaram o trabalho, assim como se

descreve seus objetivos gerais e específicos, e se descreve que tipos de

resultados se espera obter. Também se relata a Metodologia utilizada,

detalhando os instrumentos utilizados.

Na seção Resultados e discussões devem ser apresentados e

discutidos os resultados da pesqusia. Nesta seção também se deve discorrer

sobre os prováveis problemas da pesquisa e quais foram as soluções

empregadas.

Na Conclusão deve-se discutir a experiência como um todo.

Sempre que possível deve-se comparar os resultados obtidos na experiência

com valores teóricos ou valores experimentais obtidos de outras fontes.

As Referências diz respeito a seção em que constam todas as

fontes textuais citadas no texto.

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34 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Fonte: FINDLAY, Eleide A.Gordon; COSTA, Mauro; GUEDES, Sandra Paschoal Leite. (org).

Guia para apresentação de projetos de pesquisa. Joinville, SC: UNIVILLE, 2006.

REFERÊNCIAS

CONCLUSÕES

RESULTADOS E DISCUSSÕES

MOTIVAÇÕES, OBJETIVOS E

METODOLOGIA

INTRODUÇÃO

TÍTULO DO RELATÓRIO

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35 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Aula III. II: TRANSFORMAR O RELATÓRIO EM UM ARTIGO PARA

APRESENTAÇÃO NO TERCEIRO COLÓQUIO DE CIÊNCIAS NATURAIS

Artigo científico é parte de uma publicação com autoria

declarada, que apresenta e discute ideias, métodos,

técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do

conhecimento. (ABNT NBR 6022, 2003, p.2).

Um artigo científico refere-se a um texto que traz como conteúdo

o resultado de um estudo, de uma pesquisa. Sua estrutura contém

elementos pré-textuais (título, autoria, resumo e relação de palavras

chave), elementos textuais (a introdução, o desenvolvimento, a conclusão e

os elementos de apoio) e os elementos pós-textuais (apêndice e anexos).

Resumo da Aula III. II – O objetivo dessa aula é discutir os procedimentos

metodológicos para a elaboração de um artigo científico.

Mais

informações sobre

elaboração de

artigos científicos

em:

http://www.univate

s.br/files/files/univa

tes/manual/Apendic

eA.pdf

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36 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

MODELO DE UM ARTIGO CIENTÍFICO

(Baseado no trabalho de Maria Bernadete Martins Alves e Susana Margareth de

arruda, publicado em: http://www.bu.ufsc.br/ArtigoCientifico.pdf

ELABORANDO UM ARTIGO CIENTÍFICO

Maria das Neves1

Maria da conceição2

RESUMO Texto, num único parágrafo, sem recuo, com espaço simples

entre linhas, onde se expõe o objetivo do artigo, a

metodologia utilizada para solucionar o problema, os

resultados alcançados e as conclusões do trabalho de forma

concisa, deve ter de 100 a 250 palavras. Deve ser constituído

de uma seqüência de frases e não de uma simples

enumeração de tópicos. O verbo deve estar na voz ativa e na

3ª pessoa do singular. (ABNT, NBR 6028, 2003, p. 2).

Palavras-chave: Artigo científico, elementos de apesentação

1. Doutora em ... professora do departamento de...

2. Mestre em ... aluna de doutorado em...

Título centralizado

Nomes dos

autores

Introdução

A introdução deve apresentar a finalidade e os objetivos

do trabalho de modo que o leitor tenha uma visão geral

do tema abordado. Relaciona o tema com a literatura

consultada. Apresenta os objetivos e a finalidade do

trabalho, definições, conceituações, hipóteses, pontos de

vista e abordagens, e a justificativa da escolha do tema.

Desenvolvimento

Parte principal e mais extensa do trabalho, deve

apresentar a fundamentação teórica, a metodologia, os

resultados e a discussão sobre eles.

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37 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Tendo em vista que um artigo se caracteriza por ser um trabalho

extremamente sucinto, exige-se que tenha algumas qualidades: linguagem

clara e coerente com as formalidades científicas, coerência na

argumentação, clareza na exposição das idéias e fidelidade às fontes

citadas.

Elementos Pós-Textuais

Referências: Elemento obrigatório, constitui uma

lista ordenada dos documentos efetivamente

citados no texto.

apêndices: Elemento opcional.

anexos: Elemento opcional.

Ilustrações (quadros, figuras, fotos etc), devem

ter uma numeração seqüencial.

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38 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Aula III. III: ELABORAÇÃO DE PÔSTER, EXPOSIÇÃO ORAL, PALESTRA,

RESUMOS

Estrutura do pôster:

I. Título; Autores;

II. Introdução;

III. Referencial;

IV. Objetivos;

V. Metodologia;

VI. Desenvolvimento;

VII. Resultados obtidos;

VIII. Considerações Finais /

Conclusão;

IX. Referências utilizadas.

Representação de um pôster para apresentação em congressos.

Resumo da Aula III. III – Nesta última aula, o objetivo é mostrar ferramentas

necessárias para elaboração de um pôster assim como, a preparação para uma

exposição oral, saber como se colocar em uma situação de apresentação de

trabalhos, paletras e também na construção de resumos.

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39 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Um poster é um dos meios de divulgação científica mais difundidos

em congressos e eventos científicos de um modo geral, pois permite que as

informações permaneçam expostas e acessíveis de modo direto e por mais

tempo. Um pôster deve ser sintético e objetivo, fazendo com que as suas

informações sejam as mais claras possíveis.

Passaremos agora a detalhar mais sua estrutura.

O titulo deve ser sintético e reflete a essência do trabalho.

Os autores devem ser citados por extenso e acompanhados de sua

vinculação.

Na Introdução devemos apresentar uma visão geral do trabalho.

No referencial os autores e teorias são apresentados para dar subsídios ao

trabalho.

Os objetivos expõem claramente, a finalidade do trabalho. Podendo ser de

caráter geral ou especifico.

Na metodolgia apresentamos os procedimentos de coletas de dados.

No desenvlovimento e resultados obtidos devem conter a analise dos

dados obtidos.

Nas considerações finais e conclusão temos a confirmação ou refutação

do trabalho apresentado.

Nas referências citamos os autores mencionados no texto.

Em relação ao seu tamanho você deve ficar

atento as informações do evento que você

participará, pois cada evento disponibiliza um espaço

adequado para os pôsteres. Em geral o tamanho é

de 80 x 100 cm.

Mais

informações sobre

elaboração de

poster:

http://www.postercie

ntifico.com.br/artigo1

.html

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40 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

Foto cedida pelo autor (workshoping de Física)

As exposições orais

Neste momento apresentaremos alguns passos que você devera seguir para

obter uma apresentação oral;

Foto cedida pelo autor

Elaborar um bom resumo deve ser seu primeito passo,

pois um bom resumo pode lhe garantir uma boa

apresentação. Em seguida criar o material visual, nele

não deve constar apenas informações com palavras,

mas as figuras, os gráficos e em alguns casos

Mais informações

sobre elaboração de

uma apresentação

oral:

http://www.slideshar

e.net/Profa.LucileneF

onseca/tcnicas-de-

apresentao-oral

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41 │ C i ê n c i a s N a t u r a i s

animações deve ser ultilizado como recurso para sua apresentação. Com

o resumo pronto associado com os recursos visuais, o desenvolvimento

da apresentação deve ser cuidadosoamnete elaborado. Nuca coloque em

sua apresentação algo que você não tenha domínio, pois com certeza

esse slide poderar ser aquele em que possivelmete surgira uma

pergunta. O treinamento é o último passo que você deve fazer. Quanto

mais você treinar sua apresentação mais segurança obterá no seu

trabalho.

Resumos:

No que se diz a respeito a um bom resumo você deverá ficar atento as

seguintes dicas:

o Faça uma síntese das idéias e não das palavras, com isso seja claro,

preciso e objetivo;

o Deixe fora o que for irrelevante, apegue-se somente aos aspectos

principais do texto;

o Use apenas as informações essenciais; Atente-se ao leitor, pois ele

terá melhor compreensão se houver economia de palavras;

o Objetive o seu texto sempre para o leitor, porque é ele quem dará as

coordenadas;

o Resumos de trabalhos técnico-científicos devem ser breves (em geral

de 100 a 500 palavras) sem omitir o essencial;

o Deve-se preferir o uso da 3ª pessoa e do verbo na voz ativa. Ex:

Apresenta-se; Seu resumo deve conter palavras-chaves,

relacionadas ao assunto;

o Por fim, seja fiel ao texto, não coloque a sua opinião a respeito do

tema.

AGORA É A SUA VEZ! ELABORE UM POSTER E PREPARE UMA

APRESENTAÇÃO ORAL SOBRE UM TEMA RELACIONADO A FÍSICA

OU QUÍMICA (9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL).

BOM DESEMPENHO!

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