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Seminrio de Literatura

Literatura Brasileira

Concretismo | Neoconcretismo | Poesia Prxis | Poema Processo

PARA COMEAR...Apresentao

As tendncias contemporneas da literatura brasileira dizem respeito a todas as produes feitas a partir da dcada de 1950 at a atualidade. Dessa forma, percebe-se que muito do que foi e do que produzido vm representando mudanas que ocorreram na sociedade, na poltica e nas tecnologias vigentes.

Objetivos

Apresentar os resultados da pesquisa sobre as primeiras tendncias poticas da literatura contempornea brasileira (j mencionadas), de modo a:

Expor seus histricos e representantes;

Definir seus conceitos e objetivos;

Descrever suas principais caractersticas (com anlise de algumas obras).

C NCR TISM

MOVIMENTO ARTSTICO DE VANGUARDA

REFLETIU A MODERNIDADE DA POCA

GERAO 45

GERAO 22

C NCR TISM

Os poetas da dcada de 40 desejavam devolver aos poemas o rigor formal abandonado por alguns dos primeiros modernistas. Passou-se a privilegiar o trabalho com a materialidade do texto potico. Os poetas concretos, de certa forma, radicalizaram o projeto de Joo Cabral de Melo Neto.C NCR TISM

Concebida no calor do empreendimento mais geral de construo de um Brasil moderno, como um projeto em desenvolvimento, a poesia concreta coloca em jogo formas renovadas de sensibilidade e de experincia. Alarga os parmetros de discusso do fazer potico, ultrapassando o mbito literrio.C NCR TISM

Precursores Foram precursores mundiais das tendncias do movimento o suo Max Bill, e o russo Vladimir Maiakovski, futurista.1-Max Bill foi um designer grfico, designer de produto, arquiteto, pintor, escultor, professor e terico do design, cuja obra o coloca entre os mais importantes e influentes designers do sculo XX e do sculo atual tendo como principal o concretismo. (1908-1994)

2-Vladimir Mayakovsky, tambm chamado de "o poeta da Revoluo", foi um poeta, dramaturgo e terico russo, frequentemente citado como um dos maiores poetas do sculo XX, ao lado de Ezra Pound e T.S. Eliot, bem como "o maior poeta do futurismo. (1893-1930)

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Precursores no Brasil Na literatura brasileira, destacou-se Noigandres (revista fundada em 1952) que era formado pelos poetas Augusto de Campos, Dcio Pignatari, Haroldo de Campos entre outros.Augusto de Campos um poeta, tradutor e ensasta brasileiro. Estreou em 1951 com o livro "Rei Menos o Reino", quando ainda era estudante da Faculdade de Direito da Universidade de So Paulo. (nasc. 1931)

Dcio Pignatari, Dcio Pignatari foi um publicitrio, poeta, ator, ensasta, professor e tradutor brasileiro. Desde os anos 1950, realizava experincias com a linguagem potica, incorporando recursos visuais e a fragmentao das palavras.(1927-2012)

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Mas foi em 1956, na Exposio Nacional de Arte Concreta, realizada na cidade de So Paulo, que lanou oficialmente o mais controverso movimento de poesia vanguardista brasileira: o concretismo*. Criada por Dcio Pignatari (1927), Haroldo de Campos (1929) e Augusto de Campos (1931), a poesia concreta era um ataque produo potica da poca, dominada pela gerao de 1945, a quem os jovens paulistas acusavam de verbalismo, subjetivismo, falta de apuro e incapacidade de expressar a nova realidade gerada pela revoluo industrial.So Paulo vivia ento o apogeu do desenvolvimentismo da Era J.K. e seus intelectuais buscavam uma potica ideolgica/artstica cosmopolita, como tinham feito os modernistas de 1922. Por isso, um dos modelos adotados pelos concretos foi Oswald de Andrade cuja lrica sinttica (poemas-plula) representava para eles o vanguardismo mais radical. * Desde 1952, os jovens intelectuais paulistas vinham procurando um novo caminho atravs de uma revista chamada Noigandres, palavra tirada de um poema de Erza Pound e que no significa nada.

"Todo o poema uma aventura planificada"

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Haroldo de Campos, Dcio Pignatari e Augusto de Campos.C NCR TISM

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Foi um grupo de poetas formado em 1952, emSo Paulo,Brasil. Foi integrado porHaroldo de Campos, Dcio Pignatari,Augusto de Campose, posteriormente, porRonaldo AzeredoeJos Lino Grnewald. Com este grupo se inicia o movimento daPoesia Concretano Brasil e no seu crculo se desenvolve toda a teoria deste tipo de poesia em sua plenitude.Noigandres uma palavra de sentido no identificado.NoigandresC NCR TISM

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A partir da esquerda, os poetas Augusto de Campos, Dcio Pignatari e Haroldo de Campos.

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PLANO PILOTO PARA A POESIA CONCRETA

ENCERRA-SE O CICLO HISTRICO DO VERSO

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Em sntese, os criadores do concretismo propugnavam um experimentalismo potico (planificado e racionalizado) que obedecia aos seguintes princpios:

Abolio do verso tradicional, sobretudo atravs da eliminao dos laos sintticos (preposies, conjunes, pronomes, etc.), gerando uma poesia objetiva, concreta, feita quase to somente de substantivos e verbos;

Um linguagem necessariamente sinttica, dinmica, homloga sociedade industrial (A importncia do olho na comunicao mais rpida... os anncios luminosos, as histrias em quadrinhos, a necessidade do movimento....);

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PRINCIPAIS IDEIAS CONTIDAS NESTE PLANO PILOTO

ABOLIO DO VERSO

COMUNICAO VISUAL E SONORA

APROVEITAMENTO DO ESPAO DO PAPEL

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PRINCIPAIS IDEIAS CONTIDAS NESTE PLANO PILOTO

VERBIVOCOVISUALSEMNTICOSONOROVISUAL

casaSignificante: /kaza/Significado:

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A desintegrao da palavra; o trocadilho;A ruptura com a sintaxe tradicional e a ausncia de sinais de pontuao; Usa a cor e a forma da letra .Abolio do verbo (palavra);Aproveitamento do espao em branco do papel como fator significado para o poema ;Aproveitamento das potencialidades do significante (expresso verbivocovisual), ou seja:

a) De seu contedo sonoro; b) De seu contedo visual;

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Relembrando:

Ronaldo AzeredoC NCR TISM

Augusto de CamposC NCR TISM

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Nascemorre Haroldo de Campos, 1957.

As poesias concretas trazem novas formas de expresso: valorizao da forma e da comunicao visual, sobrepondo ao contedoMesmo que voc no entenda nada de poesia, vale muito a pena admirar.

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Caractersticas Forma e contedo no mais deveriam corresponder a diferentes planos de apreenso da literatura, mas sim a um contnuo a ser explorado pelo artista. A atomizao vocabular na qual as palavras se desmancham, se refazem, em favor da expressividade de sua nova forma;

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A polissemia, uma vez que os vocbulos assumem uma valncia de significados mltipla, ditada pela disposio no interior da poesia; Uma linguagem de intenso apelo persuasivo, aproximando-se, assim, da linguagem publicitria;

O intercruzamento permanente das linguagem visual e verbal; Comunicao icnica, ou seja, a forma da letra, sua posio, sua cor, tudo a esse respeito elemento para interpretao.C NCR TISM

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Life Dcio Pignatari, 1957.

Terra Dcio Pignatari, 1956.Velocidade Ronaldo Azeredo, 1958.

Observe-se o despojamento e o jogo verbal deste poema de Haroldo de Campos:

de sol a solsoldadode sal a salsalgadode sova a sovasovadode suco a sucosugadode sono a sonosonado sangradode sangue a sangueC NCR TISM

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ANIMAO DE ALGUNS POEMAS CONCRETOS

...numa poesia, o ritmo, as aliteraes e efeitos imitativos icnicos exploram a qualidade material sonora do significante; j numa poesia que desenha figuras na pgina branca, a qualidade material grfica da linguagem verbal que se exacerba. Em nenhuma dessas manifestaes se tem a integrao de linguagens diferentes num nico todo de sentido, mas a explorao mxima das qualidades de visibilidade e sonoridade da prpria linguagem verbal. (TEIXEIRA, 2008).

Para Aguilar, o poema concreto no para ser lido, e sim para ser captado mediante uma sensibilidade que inclui leitura, visualidade e percurso.C NCR TISM

Os autores concretistas desintegraram o lirismo pretensioso e retrico da gerao anterior e transformaram seu movimento, por alguns anos, em um divisor de guas entre a velha poesia e a nova vanguarda. Apesar da escassa receptividade pblica de suas obras, as mesmas tiveram inegvel importncia na problematizao esttica da poca.

Cultos e sofisticados, emitiram um sem nmero de manifestos e de interpretaes da prpria poesia. A autopublicidade e autocitao contnuas do grupo (combinadas com a incapacidade de aceitar qualquer outro tipo de poesia) renderam-lhe admiradores e inimigos, a tal ponto que, nos anos de 1960, nenhum poeta poderia estrear sem fazer a opo concreto x no-concreto.C NCR TISM

No entanto, quase todos os primeiros adeptos do movimento acabaram se afastando do ncleo fundador. Entre eles, Ferreira Gullar, que no apenas renegou o concretismo, como passou a combat-lo, vendo na potica inovadora da dcada de 1950 apenas um vanguardismo vazio e historicamente datado: Trata-se de uma poesia artificiosa, imposta pela teoria. Uma novidade que logo passou. preciso reconhecer, contudo, que o objetivo de criar uma poesia de exportao, to presente no fundadores do movimento obteve xito, pois grupos concretos de maior ou menor relevncia se formaram em vrios pases: Alemanha, Sua, Portugal, Frana, etc.C NCR TISM

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PRINCIPAIS IDEIAS CONTIDAS NESTE PLANO PILOTO

POEMA OBJETO

REJEIO DO LIRISMO

REJEIO DO TEMA SUBJETIVO

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Note como a disposio tipogrfica das palavras "pluvial" e "fluvial, no poema de Augusto de Campos (1931-), mimetizam a chuva e, ao mesmo tempo, o rio formado por ela. O signo visual, em detrimento do verso tradicional, capaz de criar sentidos e mltiplas leituras.

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Para tanto, os poetas concretos, dispensam a subjetividade e valorizam a disposio grfica das palavras, o uso da elipse, o espao da pgina como elemento de composio do poema.C NCR TISM

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INFLUNCIA NA MSICA

Gilberto Gil e Mutantes - Batmacumba

A poesia concretista est diretamente ligada arte concreta que despontava mundialmente a partir da dcada de 1950.A arte concreta buscava a pureza e o rigor formal na ordem harmnica do universo.Segundo essa arte, a pintura deve ser inteiramente construda com elementos puramente plsticos, ou seja, planos e cores.Arte concretaC NCR TISM

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Tanto o poema Olho por olho, quanto os poemas mbiles, de Augusto de Campos, ilustram o trabalho formal dos concretistas, a sagacidade crtica e a influncia da arquitetura e design. A relao de comunicao alterada. Nota-se que o leitor no pode nem deve ficar passivo diante da obra. C NCR TISM

Alfredo Bosi destaca as orientaes da gerao de 1945:1- a busca de temas e/ou motivos poticos (mensagem) que dessem ao texto um testemunho crtico da realidade;2- o desejo de encontrar smbolos, organizao grfica, cores (cdigos) semelhantes aos da comunicao de massa.

C NCR TISM

Os poetas concretos estabeleceram, desde o incio, ligaes entre a sua produo, a msica contempornea, as artes visuais e o design de linhagem construtivista. Reprocessaram elementos dessas artes em seus poemas e mantiveram extensa colaborao com os mais diversos artistas.C NCR TISM

A expresso verbivocovisual sintetiza essa proposta,colocada em prtica pelos poetas Augusto de Campos, Dcio Pignatari, Haroldo de Campos, Jos Lino Grnewald e Ronaldo Azeredo, desdobrando-se at hoje em suportes e meios tcnicos diversos livro, revista, jornal, cartaz, objeto, lp, cd, videotexto, holografia, vdeo, internet. C NCR TISM

Neoconcretismo

Distingue-se do Concretismo por atribuir ao leitor outro papel na construo do poema.

So figuras fundamentais do movimento o poeta Ferreira Gullar e os artistas plsticos Hlio Oiticica e Lygia Clark. Ambos acreditavam que o leitor devesse construir o sentido junto obra.Neoconcretismo

Comparativo:Neoconcretismo

C NCR TISM

Neoconcretismo

FORMA

CONTEDO

REPRESENTAVA MAIS FORMA DO QUE CONTEDO

COMPROMETIDO COM A ESTTICA E O ASPECTO VISUAL

TROUXE DE VOLTA SUBJETIVIDADE

AFIRMAVAM QUE A ARTE NO APENAS UM OBJETO, MAS TEM SENSIBILIDADE, EXPRESSIVIDADE, SUBJETIVIDADE

Oneoconcretismofoi um movimento artstico-literrio, surgido como uma forma de reagir aos excessos trazidos peloconcretismo. Enquanto o concretismo era extremamente racional, o neoconcretismo trouxe a subjetividade de volta para o processo de criao artstica. Foi ele o responsvel pela primeiras mudanas nas artes visuais no Brasil, atravs da proposta de uso de novos meios para a produo, bem como da transformao na forma de receber estas obras de arte. Neoconcretismo

Trouxe tambm um novo modo de escrever, que pode ser conferido atravs da Obra deFerreira Gullare de Reynaldo Jardim.NeoconcretismoNOVA CANO DO EXLIOMinha amada tem palmeirasOnde cantam passarinhose as aves que ali gorjeiamem seus seios fazem ninhosAo brincarmos ss noitenem me dou conta de mim:seu corpo branco na noiteluze mais do que o jasmimMinha amada tem palmeirastem regatos tem cascatae as aves que ali gorjeiamso como flautas de prataNo permita Deus que eu vivaperdido noutros caminhossem gozar das alegriasque se escondem em seus carinhossem me perder nas palmeirasonde cantam os passarinhos

Ferreira Gullar

No final da dcada de 50 os artistas que faziam parte do concretismo fizeram uma reviso crtica sobre seu pensamento anterior e chegaram concluso que estavam fazendo arte segundo receitas, obedecendo a certos dogmas, fazendo com que seu potencial crtico e artstico fosse quase nenhum.

Neoconcretismo

Gullar no visava criar uma poesia concreta do tipo verbi-voco-visual, tal qual os irmos Campos propunham em suas experincias, pois os elementos lingusticos e visuais da poesia neoconcreta no deveriam ser reconhecidos como tais, resultando numa interpenetrao que aniquilaria suas diferenas.Talvez a maneira correta de referendar a originalidade esttica do Neoconcretismo seja usando o conceito de transdisciplinaridade. Neoconcretismo

O contexto desenvolvimentista de crena na indstria e no progresso d o tom da poca em que os adeptos da arte concreta no Brasil vo se movimentar. O programa concreto parte de uma aproximao entre trabalho artstico e industrial. Da arte afastada qualquer conotao lrica ou simblica.O quadro, construdo exclusivamente com elementos plsticos - planos e cores -, no tem outra significao seno ele prprio. Menos do que representar a realidade, a obra de arte evidencia estruturas e planos relacionados, formas seriadas e geomtricas, que falam por si mesmos.Neoconcretismo

A despeito de uma pauta geral partilhada peloconcretismono Brasil, possvel afirmar que a investigao dos artistas paulistas enfatiza o conceito de pura visualidade da forma, qual o grupo carioca ope uma articulao forte entre arte e vida - que afasta a considerao da obra como "mquina" ou "objeto" -, e uma nfase maior na intuio como requisito fundamental do trabalho artstico. As divergncias entre Rio e So Paulo se explicitam naExposio Nacional de Arte Concreta, So Paulo, 1956, e Rio de Janeiro, 1957, incio do rompimento neoconcreto.Neoconcretismo

Em busca de remendar algumas coisas, em 23 de maro de 1959, foi lanado o Manifesto Neoconcretista, no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, assinado por Ferreira Gullar, Ligia Clark, Ligia Pape, Amlcar de Castro, Franz Weissmann, Reynaldo Jardim, TheonSpanudis. Tal manifesto foi a abertura da I Exposio de Arte Neoconcreta, que contava com a participao dos mesmos artitas listados.Neoconcretismo

Contra as ortodoxias construtivas e o dogmatismo geomtrico, os neoconcretos defendem:Neoconcretismo

A LIBERDADE DE EXPERIMENTAO

O RETORNO S INTENES EXPRESSIVAS

O RESGATE DA SUBJETIVIDADE

A recuperao das possibilidades criadoras do artista - no mais considerado um inventor de prottipos industrais - e a incorporao efetiva do observador - que ao tocar e manipular as obras torna-se parte delas - apresentam-se como tentativas de eliminar certo acento tcnico-cientfico presente no concretismo.Neoconcretismo

Se a arte fundamentalmente meio de expresso, e no produo de feitio industrial, porque o fazer artstico ancora-se na experincia definida no tempo e no espao. Ao empirismo e objetividade concretos que levariam, no limite, perda da especificidade do trabalho artstico, os neoconcretos respondem com a defesa da manuteno da "aura" da obra de arte e da recuperao de um humanismo.Neoconcretismo

MarAzul

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Ferreira Gullar

Neoconcretismo

Poesia-Prxis: Lanada a partir de 1961 com o Manifesto Didtico, liderada por Mrio Chamie*, considerava a palavra um organismo vivo, o qual gera o outro.Mrio Chamie foi um poeta e crtico brasileiro. Descendente de rabes, aos 15 anos transferiu-se do interior para a capital de So Paulo, a fim de estudar e trabalhar. Formou-se em Direito pela Universidade de So Paulo em 1956. (1933-2011)Figura importante na histria das vanguardas surgidas no final da dcada de 1950 no Brasil. Publicou o seu primeiro livro de poemas Espao Inaugural em 1955 e uniu-se ao movimento vanguardista da poesia concreta.

SURGIU NOS ANOS 50

VINHA EM CONTRAPOSIO AO CONCRETISMO

FOI REPRESENTADA POR MARIO CHAMIE

Na poesia prxis, h uma abertura para mltiplas interpretaes, ou seja, a subjetividade manifestada pelo discurso permite ao leitor uma familiaridade com a linguagem manifestada sob vrios ngulos. Assim, ele pode decifrar a ideologia presente na inteno de cada um daqueles que fizeram parte de tal manifestao literria.Sob essa perspectiva, Mrio Chamie e Cassiano Ricardo revelaram suas habilidades artsticas partindo do princpio de que elas, em vez de se apresentarem como um objeto de natureza fechada, evidenciavam-se como algo transformvel.

Considerava a palavra como energia a ser transformada. As palavras so corpos vivos, segundo Mrio Chamie, que geram outras palavras e interagem com o leitor.Agiotagem

um dois trs o juro: o prazoO pr/ o cento/ o ms/ o gio p o r c e n t g i o dez cem mil o lucro: o dzimoO gio/ a moral/ a monta em pssimo e m p r s t i m o.(...)

PRINCIPAIS IDEIAS

RETOMADA DA PALAVRA

PALAVRA COMO ORGANISMO VIVO

CONTEDO DE REALIDADE EXPOSTA

CONDICIONAVA TRS AES BSICAS

ATO DE COMPOR

AO DE LEVANTAMENTO DA REA DE COMPOSIO

ATO DE CONSUMIR

DUALIDADE DE INTERPRETAES

RETIROU A IMPORTNCIA DO EU-LRICO

Trs aes bsicas:

AO DE LEVANTAMENTO DA REA DE COMPOSIO

ATO DE CONSUMIR

ATO DE COMPOR

ESPAO EM PRETO

MOBILIDADE INTERCOMUNICANTE

SUPORTE INTERNO DE SIGNIFICADOS

TTULO (REALIDADE EXPOSTA)

INTERAO ENTRE O AUTOR E O LEITOR

O TOLO E O SBIOMario Chamie

O sbio que h em vocno sabe o que sabeo tolo que no se v.

Sabe que no se vo tolo que no sabeo que h de sbio em voc.

Mas do tolo que h em vocno sabe o sbio que voc v.

SIDERURGIA S.O.S.Mario Chamie

Se der o ouro sidreo opus horriOSem sol o sal do errio salriO

Ser der orgia semistrio o empresriOSiderurgia do opus o s do erriO

Se der a via do pus opus erradOSe der o certo no errado o empregadOSe der errado no certo o emprecriO

Histrico

POESIA DE VANGUARDA BRASILEIRA

SURGIU EM 1967 NO RIO DE JANEIRO E EM NATAL

CRIADA POR WLADEMIR DIAS-PINO

ENCERRADA EM 1972

Caracteriza pela ausncia de signos verbais: a palavra substituda por signos visuais ou smbolos grficos. Tambm chamada de poema cdigo.

MUNDO

HOMEM

fome Fome

FOME

MORTE

Representantes

WLADEMIR DIAS-PINO (LDER)

LVARO DE S

NEIDE DE S

MOACY CIRNE

CONCEITO

INOVAO NA MANEIRA DE SE CRIAR

DESMONTE NAS FORMAS DE UM POEMA

A CADA NOVA OBRA, UM PROCESSO INFORMACIONAL DIFERENTE

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OS POETAS ERAM DESENHISTAS E PINTORES

CARACTERSTICAS

UTILIZAO DE ELEMENTOS NO LINGUSTICOS

SMBOLOS, FOTOGRAFIAS, GRFICOS, COLAGENS...

RELEGAO DA PALAVRA A SEGUNDO PLANO

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VER E NO LER

OBJETIVOS

EXPLORAO DAS POSSIBILIDADES POTICAS

TRANSMISSO DA INFORMAO, APENAS

MOSTRAR OS MOVIMENTOS DE UMA MISTURA

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Wlademir Dias-Pino

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lvaro de S

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Neide de S

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Moacy Cirne

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PROPOSIES WLADEMIR DIAS-PINOEm vez de poesia, poema.Em vez de lngua, linguagem.Em vez de palavra, projeto.Em vez de traduo, verso.Em vez de estilo, contraestilo.Em vez de regional, universal.Em vez de individual, coletivo.Em vez de representao, apresentao.Em vez de personagem, no figurao.Em vez de psicolgico, tecnolgico.www.poemaprocesso.com

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PARA FINALIZAR...

C NCR TISMNeoconcretismo

| A LINGUAGEM DA FORMA| A LINGUAGEM QUE CONSTRI| A PALAVRA VIVA| O POEMA DESENHADOConcluso

As tendncias contemporneas da literatura surgiram em um contexto de mudanas na sociedade brasileira, e isso refletiu-se nas produes da poca, apresentando grandes inovaes no modo de se fazer poesia.

fcil gostar de poesia, preste ateno pura magia... uma ciranda de palavras, ldica. A poesia concreta uma obra de arte.

FIM...