seminário de - fatecitaqua.edu.br · 19h45-20h30 4ª. sipat – dsts e gravidez na adolescência...

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Anais do Seminário de Tecnologia, Educação e Sociedade Conhecer e inovar com criatividade 15 a 17 de março de 2017

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  • Anais do

    Seminrio de Tecnologia, Educao e Sociedade

    Conhecer e inovar com criatividade

    15 a 17 de maro de 2017

  • 2

    Conhecer implica aproximar e/ou experimentar. Trata-se de agrupar diferentes referentes conceituais e tcnicos para se constituir uma produo de conhecimento. ter cincia do que est em pauta, ao desvendar possibilidades alteradas por determinadas contaminaes, que podem ocorrer por etapas. Incorpora-se a novidade. Na medida em que se estuda, aprofunda-se a compreenso das coisas no mundo. Consequentemente, isso gera uma produo de subjetividade, pois o sujeito insere-se nessa dinmica do conhecer.

    J o inovar reflete uma perspectiva reflexiva o pensar. Mais que saber, atrelar-se disposio de mudana, transformao: um renovar. Mais que isso, aponta para uma articulao outra, diferente do convencional; o que solicita novas prticas, novas percepes. Seria ultrapassar os limites j estabelecidos. Ou, ainda, propor estrategicamente de modo criativo uma condio adaptativa de (re)inventar ideias, processos, ferramentas etc. Ou seja, inovar carrega, em sua natureza epistemolgica, a superao do que j est posto, ao ajudar a (re)conhecer a realidade.

    Dessa forma, conhecer e inovar servem na (re)formulao de ideias e procedimentos para criar oportunidades de agenciamento/negociao na sociedade, cujo objetivo superar, com criatividade, o que j est dado. Portanto, instaura-se a expectativa para tentar solucionar dificuldades e atender necessidades que surgem em qualquer demanda profissional. tentar ir alm do convencional, sem medo de promover o novo, com qualidade. Esta ltima clama nosso compromisso institucional: a formao do sujeito.

    De modo interdisciplinar, o escopo deste evento proporciona reflexo e discusso acerca de possibilidades que tangem tecnologia, educao e sociedade. O que contribui para se considerar diferentes tratativas, leituras e aplicaes conceituais e crticas sobre o tema em questo.

    Muito mais que questes acadmicas, educacionais e tecnolgicas, as quais provocam novas/outras discusses e olhares interdisciplinares, tal escopo deste evento registra a comemorao dos 10 anos da Faculdade de Tecnologia [Fatec] de Itaquaquecetuba. Dez anos nos quais a preocupao com o processo de ensino-aprendizagem faz-se recorrente na dinmica desse conhecer atrelado inovao com criatividade.

    Recordando, o I Seminrio Tecnolgico, ocorrido em setembro de 2007, j havia o indicativo da interdisciplinaridade como uma de suas caractersticas inerentes. Evento este que ocorre anualmente; portanto, temos aqui sua 10 edio. Tecnologia, inovao e sociedade, principalmente, so campos trabalhados nesses 10 anos, assim como a temtica (Conhecer e inovar com criatividade). Tal circunstncia ressalta a urgncia na interlocuo de saberes com outras instituies de ensino superior (IES). Inevitavelmente, para esta edio, propomos um dilogo institucional, tambm, com o mercado.

    Comisso Organizadora

  • 3

    Objetivos

    - Estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas cientficas na

    graduao, na expectativa de proporcionar oportunidades de reflexo

    e discusso acerca de possibilidades que tangem tecnologia,

    educao e sociedade, ao promover diferentes tratativas, leituras e

    aplicaes conceituais e crticas sobre o tema em questo.

    - Provocar novos/outros olhares, desafios e debates no campo

    interdisciplinar contemporneo que envolve tecnologia, educao e

    sociedade, na expectativa de comemorar os 10 anos da Faculdade de

    Tecnologia [Fatec] de Itaquaquecetuba.

    - Promover a divulgao cientfico-tecnolgica, a partir de

    experimentaes conceituais e/ou tcnicas, que possam se multiplicar

    como resultantes das abordagens apresentadas nos diferentes

    formatos do evento: conferncias, palestras, sesses de

    comunicaes, painis, entre outros.

    Para esta edio 2017, foram distribudos 8 Grupos de Trabalhos.

    1. Gesto/Administrao Coordenao: Prof. Dr. Marco Aurlio Sanches Fittipaldi

    2. Secretariado Coordenao: Profa. Dra. Llia Zambrano

    3. Tecnologia da Informao Coordenao: Prof. Dr. Geraldo Ribeiro Filho

    4. Literatura/a palavra Coordenao: Profa. Dra. Telma Maria Vieira

    5. Ingls/Lngua Estrangeira: Coordenao: Profa. Dra. Neusa Haruka Sezaki Gritti

    6. Espanhol / Amrica Latina / MercoSul Prof. Fbio Barbosa de Lima

    7. Comunicao, Cultura e Sociedade Coordenao: Prof. Dr. Wilton Garcia

    8. Criatividade e Inovao Coordenao: Prof. Dr. Michel Mott Machado

  • 4

    Faculdade de Tecnologia (Fatec) Itaquaquecetuba

    Diretora: Profa. Dra. Sonia Maria Alvarez

    Diretoria Acadmica: Maria Cristina Faria Carvalho Costa

    Diretoria Administrativa: Mrcio Anderson Monteiro da Silva

    Professores Coordenadores

    Aparecido Rodrigues da Silva Lpez-Guerrero

    Curso Superior de Tecnologia em

    Gesto da Tecnologia da Informao

    Fernanda Thomaz Maza

    Curso Superior de Tecnologia em Secretariado

    Francisco Cludio Tavares

    Curso Superior de Tecnologia em Gesto Comercial

    Comisso Organizadora

    Prof. Dr. Francisco Claudio Tavares (Presidente)

    Prof. Dr. Wilton Garcia

    Profa. Ms. Fernanda Thomaz Maza

    Prof. Ms. Aparecido Rodrigues da Silva Lpez-Guerrero

    Obs: A responsabilidade tcnico-lingustica dos/as autores/as.

    ISSN: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

  • 5

    Conselho Cientfico

    Prof. Dr. Marco Aurlio Sanches Fittipaldi

    Profa. Dra. Llia Zambrano

    Prof. Dr. Geraldo Ribeiro Filho

    Profa. Dra. Telma Maria Vieira

    Profa. Dra. Neusa Haruka Sezaki Gritti

    Profa. Dra. Roslia Maria Netto Prados (CPS)

    Prof. Dr. Michel Mott Machado (CPS)

    Prof. Dr. Lincoln Nogueira Marcellos (Fatec Ipiranga)

    Prof. Dr. Mario P. Roque Filho (Fatec Sebrae)

    Comisso Executiva

    Profa. Elizabeth Colorado Herrera

    Profa. Maria de Lourdes Gomes Pereira

    Profa. Maria Marta Marins de Oliveira

    Profa. Margarete Castilho

    Profa. Dra. Neusa Haruka Sezaki Gritti

    Prof. Ricardo Henrique Trovo

    Prof. Roberto Rodrigues

    Carlos Alberto Baleeiro

    Carlos Vincius Alves de Matos

    Eduardo Gomes de Paula

    Fagner Duarte Feitoza

    Francisco de Assis Santos Sobrinho

    Leandro da Silva

    Maria Cristina F. Carvalho da Costa

    Silvana Baggi de Almeida

  • 6

    Programao

    15 de maro de 2017 4. feira

    08h30- 09h30 4. SIPAT Preveno contra roubos e assaltos

    Local: anfiteatro

    08h30-09h30 Tecnologia da Informao

    Palestrante: Prof. Luciano Deluqui Vasques

    10h00-11h30 Solenidade de Abertura

    Saudaes das Autoridades

    Lanamento do livro do curso de Secretariado

    Profa. Fernanda Thomaz Maza

    ALMOO

    13h00-15h00 Mesa-redonda: Mltiplos enfoques com mltiplos atores

    Dra. Ins Figitaro Otobe

    Prof Dr Cristina Schmidt Silva Portro

    Profa. Katiuscia Cristina Santana

    Dra. Rosa Pastri

    15h10-16h40 4. SIPAT - Qualidade de vida

    Profa. Regina de Cssia Ferrari

    19h00-19h40 Rotary Club de Itaquaquecetuba e Rotary Intercmbio

    19h45-20h30 4. SIPAT DSTs e gravidez na adolescncia

    20h35-21h25 Prof. Alexandre Manduca: Storytelling

    21h30-22h30 Prof. Roberto Alves Rodrigues: Aikido

  • 7

    16 de maro de 2017 5. feira

    08h30-09h30 4. SIPAT Primeiros socorros: sinnimo de vida

    Local: anfiteatro

    09h40-10h40 Apresentao do site da Fatec Itaquaquecetuba

    Prof. Marcos Vasconcelos de Oliveira

    10h40-11h40 livre

    ALMOO

    13h00-14h30 e 15h00-16h40 GRUPOS DE TRABALHOS

    Salas de aula

    14h30-15h00 Apresentao musical

    19h00-19h50 4. SIPAT Preveno contra roubos e assaltos

    19h50-20h50 Profa. Andria (UTN, Argentina)

    21h00-22h00 Prof. Luiz Fernando Teodoro

    22h00-22h30 Momento Musical: Sr. Luiz Sanfoneiro

  • 8

    17 de maro de 2017 6.feira

    08h20-09h10 Prof Paulo Kazuhiro Izumi

    Thiago Rodrigues da Rocha

    Tecnologias de Colorao e Imagens

    09h20-10h40 Lngua inglesa: cultura e mercado

    Frank Jacob Heber (Estados Unidos)

    Godspower Oboido (frica)

    Prof. Dr. Geraldo Ribeiro Filho

    10h20-11h30 Profa. Regina de Cssia Ferrari

    Como conquistar o primeiro emprego

    ALMOO

    13h00-16h40 Sesso de Psteres

    Prmio: Prof. Jos Carlos Bortot

    19h20-19h30 Telenovela e mercado

    Palestrante: Prof. Claudino Mayer

    21h00-22h00 Alunos conversam com alunos

    Cleidyane Sena dos Santos, Eduardo da Silva Oliveira, Camila A.

    S. Gomes, Izonete M. S. Souza, Anglica P. Gomes, Karina,

    Cristina, Yasmin, Mrcia, Vanessa C Souza.

  • 9

    Sumrio

    Apresentao .................................................................................. 02

    Objetivos ......................................................................................... 03

    Crditos ........................................................................................... 04

    Programao .................................................................................. 06

    Mesa-Redonda Argentina Brasil................................................. 10

    Grupo de Trabalhos

    Gesto / Administrao ....................................................... 26

    Secretariado ........................................................................ 56

    Tecnologia da Informao ................................................... 69

    Literatura / A palavra ........................................................... 81

    Ingls / Lngua Estrangeira ................................................. 114

    Espanhol / Amrica Latina / MercoSul................................ 149

    Comunicao, Cultura e Sociedade ................................... 158

    Criatividade e Inovao ...................................................... 201

    Sesso de Psteres ...................................................................... 227

    Prmio Professor Jos Carlos Bortot ......................................... 266

  • 10

    Mesa-Redonda

    Argentina Brasil

  • 11

    La internacionalizacin en Amrica Latina1

    Andrea Fabiana Hidalgo2

    Resumo: La presentacin tiene como objetivo mostrar la

    importancia de la vinculacin en Educacin Superior de los

    pases del MERCOSUR en los procesos de integracin

    latinoamericana. La disertacin menciona tres momentos

    fundamentales en la historia de la Educacin Superior en

    Amrica Latina y su relacin con las experiencias

    internacionales. Como conclusin del trabajo se busca

    contextualizar terica e histricamente el MERCOSUR y se

    presentan los puntos de vista que ha tenido y sigue teniendo

    en el mbito educativo, social y cultural, partiendo de la

    propuesta de la unidad en la diversidad y del papel

    preponderante de las lenguas en ese proceso de

    integracin.

    Palavras-chave: Historia. Internacionalizacin. MERCOSUR.

    1. Introduccin

    Buenas noches a todos, en primer lugar quiero agradecer a las autoridades de

    FATEC Itaquaquecetuba por la invitacin, felicitarlos por los diez aos de su fundacin

    y expresarles que este tipo de eventos son imprescindibles para un despegue en

    ciencia y tecnologa de Amrica Latina. Fui convidada a hablar de la

    internacionalizacin en Amrica Latina y para iniciar entiendo que es necesario

    mencionar tres hechos que marcan el camino de la Educacin Superior en nuestros

    pases:

    EL PRIMERO: Un fenmeno que llama poderosamente la atencin en el Nuevo

    Mundo, segn autores como Tunnermann (2003), es el de la Fundacin temprana de

    1 Texto apresentado na Mesa Redonda Argentina- Brasil do Seminrio Tecnologia, Educao

    e Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.

    2 Coordinadora Acadmica del Departamento de Idiomas UTN-FRA, coautora del Mtodo de Enseanza de Espaol como Lengua Extranjera Por vos, Buenos Aires, autora del libro Preparacin para los exmenes DELE A1 Editorial Edelsa, coautora de Lenguas extranjeras con fines especficos, Profesora en Letras (especializada en lenguas clsicas), Mster en Enseanza de Espaol como Lengua Extranjera, expositora y autora de diferentes trabajos de investigacin sobre la enseanza de Espaol como Lengua Extranjera a la poblacin asitica, capacitadora docente en Enseanza de Espaol como Lengua Segunda y Extranjera, autora y directora de la Diplomatura a distancia en la Enseanza de Espaol como Lengua Segunda y Extranjera UTN-FRA, responsable de grupos de intercambio estudiantiles internacionales.

  • 12

    Universidades en tierras americanas cuando an no haba terminado la Conquista y a

    pocas dcadas del Descubrimiento. Inclusive los cronistas del Rey mencionaban este

    fenmeno expresando que en la mayora de los virreinatos pedan la ereccin de

    universidades cuando todava (SALMORAL, 1991, p. 55) se ola a plvora y an se

    trataba de limpiar armas. Claro que esas universidades coloniales tenan como

    objetivo bsicamente proporcionar educacin a los enviados del Imperio y se

    enseaba prioritariamente teologa. Estas universidades seguan dos modelos: uno, el

    de una organizacin ms bien de convento-universidad (modelo de Alcal de Henares)

    y otro con una estructura ms localista, ambos modelos impartan sus clases en latn y

    tenan como principal objetivo la de reproducir el conocimiento del Imperio. Como dije,

    llama la atencin que en 1538 se funda la primera Universidad que es la de Santo

    Domingo y muchas otras aunque solamente de Jure como la de Buenos Aires y la de

    Charca (Bolivia). En Argentina, entonces, el fenmeno de las universidades es

    temprano. Ya en 1613 se erige la Universidad de Crdoba que es hoy una de las ms

    prestigiosas de nuestro pas. Segn expresa Campos (1954), queda claro que en

    Brasil la situacin fue algo diferente. Los portugueses a diferencia de los espaoles no

    crearon universidades en sus colonias por lo que la lite intelectual de la etapa colonial

    se formaba en Coimbra. Sin dudas, la historia de Brasil tanto por su nmero de

    habitantes como por su diversidad sumado a la distribucin territorial todo esto unido a

    una estructura federal condiciona la historia de la educacin superior en Brasil. Sin

    embargo, en coincidencia con Campos (1954) llama poderosamente la atencin que la

    Constitucin de 1824 en el artculo 33 recoga ya el derecho de los brasileos a tener

    colegios y universidades donde se ensearan las Ciencias, las Bellas Letras y las

    Artes. Segn el mismo autori en agosto de 1827 se fundan las dos primeras Escuelas

    de Derecho en San Pablo. Brasil nos deja muy en claro que las ciencias y las Artes

    sern un objetivo puntual desde la gnesis de la Universidad. Un modelo federal y la

    defensa de que la educacin superior fuera un instrumento para la creacin y difusin

    de una cultura propia ms una universidad en la que se realizar investigacin en

    Ciencias desde su mismo origen habla mucho de un modelo de Universidad. Cabra

    mencionar que la historia de la universidad tanto en Argentina como en Brasil y otros

    pases de Amrica Latina se vieron afectadas por diferentes dictaduras militares. A

    pesar de eso, no es casual que desde 2005 de manera sostenida sea una universidad

    de Brasil, ms especficamente de San Pablo figure entre las 100 primeras del mundo

  • 13

    segn el Ranking Acadmico Mundial de Universidades y que sea, de hecho, la nica

    de Amrica Latina.

    UN SEGUNDO HECHO que debemos considerar es el del primer

    cuestionamiento serio que las Universidades latinoamericanas hacen a los sistemas

    tradicionales de enseanza en educacin superior. Es decir, la Reforma universitaria

    de Crdoba en 1918. Las universidades latinoamericanas, encasilladas en modelos

    coloniales e inclusive las republicanas estaban lejos de responder a las necesidades

    de AL, muy lejos de una misin educadora y con un poder entronizado se vieron

    sacudidas por el movimiento que surgi originariamente en Crdoba pero que muy

    pronto se propag a lo largo y a lo ancho de toda Amrica. La reforma de los jvenes

    universitarios de Crdoba puso por primera vez el problema universitario en el primer

    plano de las preocupaciones nacionales. El manifiesto liminar (cuyo original tuve la

    oportunidad de ver en la UNC) exiga: la autonoma universitaria, los concursos

    docentes, la libertad de ctedra, la democratizacin de la universidad, la educacin

    superior gratuita y llamativamente la Unidad Latinoamericana a travs de una

    preocupacin por la educacin internacional de los pases de Amrica Latina. Queda

    claro que la Reforma no consigui la transformacin de la universidad en el grado que

    las mismas exigan, pero dio un primer gran paso en ese sentido. Creo que podemos

    arribar a una segunda conclusin y es que: LOS JVENES REFORMISTAS HACE

    CASI 100 AOS ATRS ENTENDAN YA LA NECESIDAD DE LA UNIDAD

    LATINOAMERICANA Y LA IMPORTANCIA DE LA EDUCACIN INTERNACIONAL

    EN ESE CAMINO.

    EL TERCER HECHO que considero fundamental mencionar es el de la

    importancia de las lenguas en el proceso de integracin de Amrica latina y el rol del

    MERCOSUR, o mejor dicho, el papel del MERCOSUR cultural ya que en el tratado

    constitutivo original del MERCOSUR no se realiza ninguna mencin a la cultura ni a

    las lenguas a travs de las cuales se comunican los pueblos de Amrica. Sin dudas,

    son las lenguas las nicas capaces de articular cualquier unin entre los pueblos y la

    cultura es el elemento fundante de todo proceso de integracin ya que es el principal

    elemento cohesionante. No obstante, el MERCOSUR otorg gran relevancia a la

    educacin como factor de integracin y, consecuentemente, como pieza clave para la

    consolidacin y proyeccin de la unin que se comenzaba a construir. Adems,

    tempranamente se reconoca su importancia en la promocin del reencuentro de los

    pueblos de la regin en sus valores comunes, como as tambin se destacaba su

  • 14

    papel en la generacin y transmisin de valores y conocimientos cientficos y

    tecnolgicos y la posibilidad cierta que ofrece para la modernizacin de los Estados

    Parte.

    No obstante, los aspectos sociales y culturales fueron apareciendo sobre la

    marcha y tomaron forma a partir de las diferentes situaciones que se iban

    presentando. Las comunicaciones entre los Estados y la difusin de sus patrimonios

    culturales, histricos y artsticos pasaron, entonces, a ser pilares del proceso de

    integracin. En este sentido, por medio de la Decisin N11/963 se aprueba un

    Protocolo de Integracin Cultural del MERCOSUR. En su artculo I, los Estados

    signatarios se comprometen a promover la cooperacin y el intercambio entre sus

    respectivas instituciones y agentes culturales con el objetivo de favorecer el

    enriquecimiento y la difusin de las expresiones culturales y artsticas del

    MERCOSUR. Tal como expresa Contursi (2002) no se especifica, pero se

    sobreentiende que la difusin se realizara en los idiomas oficiales del Mercosur. No

    obstante, inicialmente las lenguas tuvieron un tratamiento instrumental, puesto que el

    espaol y el portugus fueron declarados Idiomas oficiales, pero slo a los efectos de

    la publicacin de los documentos producidos en el marco del Tratado, es decir, como

    lenguas de trabajo de la entidad intergubernamental. Sin embargo, la decisin de

    incorporar las lenguas y el campo educativo, en general, al proyecto de regionalizacin

    abri la posibilidad de un doble movimiento: hacia adentro de los Estados nacionales

    la inclusin de las lenguas de los otros y hacia afuera la expansin de la propia. Luego

    de una dcada de considerar las lenguas como meros instrumentos de comunicacin

    al servicio de los intereses econmicos globales, el Mercosur vir ideolgicamente

    hacia un esquema de regionalismo estratgico que supuso cambios en la poltica

    lingstica y educativa. El plan de Accin 2001-2005 para el sector Educativo propuso

    promover la enseanza de las Lenguas Oficiales del MERCOSUR en los sistemas

    educativos y la formacin de docentes y promover el conocimiento del patrimonio

    lingstico regional e instrumentar polticas adecuadas a las diferentes realidades

    sociolingsticas de la regin. Coincidiendo con Contursi (2002), cuando el guaran se

    incorpora como Lengua Oficial del MERCOSUR emerge como metfora de otra

    realidad: la integracin que partir del reconocimiento de las diferencias y del respeto

    3 En la pgina oficial del MERCOSUR pueden consultarse los documentos completos.

    MERCOSUR CULTURAL. Qu es el MERCOSUR cultural? Disponible en: . Acceso el 10 de enero de 2017.

  • 15

    por la diversidad. En este sentido, Recondo (1997) indica que la tarea de lograr un

    bloque cultural moderno y poderoso requiere la redefinicin cultural de los

    latinoamericanos, porque no podr haber integracin poltica de ningn tipo si no hay

    una integracin cultural. Pero, tal como expresa Viva (2011) no se trata de una

    integracin de la cultura, sino de un proceso de integracin por va de la cultura. Es

    decir, no se trata de unificar la cultura, se trata de una integracin que parta del

    reconocimiento de las diferencias y de la diversidad cultural: la unidad en la diversidad.

    Como indica la mencionada autora (2011) las naciones de Amrica Latina tienen la

    particularidad de ser sociedades multirraciales y policulturales. Sin embargo, el vnculo

    histrico permanece indestructible. SE PUEDE AFIRMAR ENTONCES QUE NO ES

    POSIBLE PENSAR EN UNA INTEGRACIN SIN UNA COOPERACIN

    HORIZONTAL DE LOS PASES INVOLUCRADOS QUE TOME COMO EJE CENTRAL

    A LAS LENGUAS DE LOS PASES INTEGRANTES DEL MERCOSUR.

    Ahora bien, cul es el desafo hoy casi 100 aos despus de la Reforma del

    18 y ms de 400 aos despus de la conformacin de las primeras universidades

    latinoamericanas? Sin dudas, la de repensar el lugar de la ciencia y la tecnologa en

    Amrica Latina y la de promover y desarrollar vnculos profundos y autnticos de

    educacin internacional.

    Entonces, qu tienen en comn y en este contexto la UTN-FRA y la FATEC

    Itaquaquecetuba. Tienen en comn historias y experiencias de educacin

    internacional. Pienso, de pronto, en historias simples: una profesora colombiana

    ensea espaol en Brasil viaja con sus alumnos a Buenos Aires, escucha un tango y

    llora recordando a su padre y su infancia fusin de tamarindos y msica de toda

    Amrica; un joven estudiante de una ciudad de las afueras de San Pablo viaja por

    primera vez en avin, conoce otra cultura, aprende que otras lenguas tienen que ver

    con otro modo de entender el mundo y decide que necesita aprender ms espaol; un

    profesor llega a Buenos Aires y compra todos los peridicos no del da, de la semana

    les ensea a sus alumnos que para formarse deben informarse; un alumno recibe un

    ascenso en su trabajo porque vino de su viaje de estudios con un certificado

    internacional que acredita su nivel de lengua espaola y sus conocimientos de gestin

    empresarial; un profesor llega a Buenos Aires y escribe un poema4. Como estas

    historias habr muchas que ni siquiera llegar a conocer, pero si me preguntan qu

    4 El mencionado poema fue escrito por el profesor Dr. Wilton Garca el da de la llegada a

    Buenos Aires (2 de junio de 2013) a propsito del Mdulo Internacional desarrollado por la UTN-FRA y FATEC Itaquaquecetuba. Vase anexo 1.

  • 16

    pas entre la UTN-FRA y la FATEC Itaqu puedo decir que pas lo que nadie

    esperaba que pasara: que dos facultades de la periferia de enormes ciudades, una de

    Brasil que para ese entonces contaba con apenas 6 aos y otra de Argentina con ms

    de 60 dieran el primer paso para la internacionalizacin y que, de pronto, la integracin

    de los pases del MERCOSUR dejara de ser una simple expresin de un papel, que

    dejara de ser un fenmeno inducido por acuerdos para comenzar un proceso de

    mutuo conocimiento a travs de diferentes expresiones culturales que no son (ni

    deben ser) una licuacin de las diferencias sino la construccin de una nueva

    identidad colectiva complementaria a la identidad nacional. Y si me preguntan por qu

    pas creo que, sin dudas, pas por la visin de una directora, la persistencia de sus

    profesores y por la conduccin de otras autoridades que han sabido comprender el

    verdadero camino de la Educacin Superior. Pero si esto fue posible entre nuestras

    facultades tambin creo con toda la fuerza de mi conviccin que ha sido porque en el

    inconsciente de cada uno de nosotros continan latiendo los preceptos de los jvenes

    reformistas que desde hace un siglo nos recuerdan el lugar que debe tener la

    universidad en la sociedad y nos muestran que la educacin internacional es el nico

    camino capaz de construir una nueva identidad colectiva superadora de toda

    diferencia y complementaria, capaz de intercomunicar las distintas expresiones de la

    cultura latinoamericana.

    Con todo lo dicho no me queda ms que felicitar a la FATEC Itaqu por su

    aniversario y por haber sido tan visionaria en sus pocos aos de fundada. Mis mejores

    deseos para nuestra querida FATEC Itaqu.

    Referncias

    CAMPOS, Ernesto de Souza. Histria da Universidade de So Paulo. So Paulo, 1954. CONTURSI, Eugenia. Legislacin poltico-lingstica del MERCOSUR: avances y dilaciones a casi dos dcadas del Tratado de Asuncin. Buenos Aires, agosto 2002. Disponible en /. Acceso el 10 febr 2013. RECONDO, Gregorio. Identidad, integracin y creacin cultural en Amrica Latina. Buenos Aires: Ed. De Belgrano, 1997.

  • 17

    SALMORAL, Manuel Lucena. El Descubrimiento y la fundacion de los reinos ultramarinos: hasta fines del siglo XVI. Madrid: Ed. Cspide, 1991. TNNERMANN BERNHEIM, Carlos. La Universidad Latinoamericana ante los retos del siglo XXI. Mxico: Unin de Universidades de Amrica Latina, 2003. VIVA, Julieta. Mercosur cultural. Buenos Aires, febrero 2011. Disponible desde Internet en . Acceso el 03 de enero de 2013. Anexo

    Antes de Buenos Aires

    Wilton Garcia

    03.06.2013

    Luzes. Imagens.

    Estrelas.

    Da janela do avio,

    foi possvel avistar

    apenas alguns pontos dourados

    a formar quase de imediato

    um corpo deslocado

    de brado celestial.

    No alto, bem alto, havia

    impresses do claro noturno

    Antes de a nave passar pelo rio Del Plata.

    Marcas soltas no espao

    refletiam esse tom disforme,

    que aos poucos o olhar condiciona

    para tal experincia cintilante.

    O contorno. O brilho!

    Depois, a prpria iluminao da cidade

    revelou cenas estranhas,

    jamais imaginadas...

    Antes de chegar a Buenos Aires.

    Luces.Imgenes.

    Estrellas

    Desde la ventanilla del avin,

    Era posible divisar

    solamente algunos puntos dorados

    formando casi de inmediato

    un cuerpo dislocado

    de grito celestial.

    En lo alto, bien alto, haba

    impresiones de llamaradas nocturnas

    Antes del avin pasar por el ro Del Plata.

    Marcas sueltas en el espacio

    reflejaban esa tonalidad sin forma,

    que poco a poco la mirada condiciona

    para tamaa vivencia luminosa

    El contorno. El brillo!

    Despus, la iluminacin propia de la ciudad

    Revel escenas extraas,

    Nunca antes imaginadas

    Antes de llegar a Buenos Aires.

    Traduccin: Elizabeth Colorado

  • 18

    Mercosul: Internacionalizao Brasil Argentina5

    Luiz Fernando Teodoro6

    Resumo: Com o propsito discorrer sobre as oportunidades geradas pelo MERCOSUL, em particular, ao Acordo de Admisso de Ttulos e Graus Universitrios para o Exerccio de Atividades Acadmicas nos Estados Partes do Mercosul (1999), onde em comum acordo os pases membros concordam acatar localmente diplomas expedidos pelos demais membros sem a necessidade de revalidao, este artigo objetiva-se apresentar o desdobramento de experincias adquiridas em funo de estudar na Argentina. A estratgia adotada no desenvolvimento do artigo est pautada no relato experincia. Assim, os resultados obtidos demonstram ser vantajosa a realizao de estudos especialmente no ensino superior no pas em questo.

    Palavras-chave: Intercambio. Brasil. Argentina. MERCOSUL. Relaes Internacionais

    1. Introduo

    At que ponto voc est disposto ir em busca de oportunidades melhores

    em sua vida? Em nossas vidas a todo o momento seja pessoal, social ou

    profissionalmente nos deparamos com algumas inquietaes acerca dos

    caminhos escolhidos ao alcance dos objetivos traados. Pois, a cada ano

    assumimos outros novos compromissos dentre estes estudar em outro pas e,

    associado a isso, conhecer outras culturas ampliando as vivencias e a troca de

    experincias.

    Alinhado ao acima exposto, este artigo uma sntese das experincias de

    vida e profissional adquiridas dentre um conjunto de desafios e acertos ao

    alcance dos objetos traados em aprofundar os conhecidos atravs da

    oportunidade de estudar em outro pas. Tal experincia, culminou em palestras

    como estratgia de contribuir outros interessados expondo a vivencia na

    5 Texto apresentado na Mesa Redonda Argentina- Brasil do Seminrio Tecnologia, Educao e

    Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.

    6 Professor da Faculdade de Tecnologia [FATEC] de Itaquaquecetuba, Mestre, [email protected]

  • 19

    Argentina, propiciada especialmente pelo aprofundamento da

    internacionalizao trazidas pelo Mercado Comum do Sul.

    2. Relaes internacionais Brasil Argentina

    Os pases considerados perifricos, como os das Amricas Latina e Sul,

    acompanhando a tendncia de planejamento e preocupados com o

    desenvolvimento desigual de suas regies, passaram a criar programas de

    promoo do desenvolvimento regional, principalmente aps a dcada de 1970.

    Dentre eles destaca-se o caso brasileiro, com a criao da Superintendncia do

    Desenvolvimento da Amaznia (SUDAM) e Superintendncia do

    Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) para a promoo das regies Norte e

    Nordeste.

    Alinhado ao iderio de pensar localmente, dentre outros objetivos, mas

    principalmente em ampliar os negcios comerciais e, associado ao fomento do

    desenvolvimento econmico regional entre os pases do cone sul, institudo o

    Mercado Comum do Sul7 (MERCOSUL). Cabe pontuar que o Tratado de

    Assuno desdobramento da evoluo histrica nas relaes comerciais entre

    Brasil e Argentina, especialmente, com a assinatura da Ata de Buenos Aires em

    1990.

    Em 1999, considerando a educao central no processo de consolidao

    da integrao regional, o intercmbio de acadmicos entre as instituies de

    ensino superior da Regio, apresentar-se como mecanismo eficaz para a

    melhoria da formao e da capacitao cientfica, tecnolgica e cultural na

    modernizao dos Estados Partes. Diante disso, assinado o Acordo de

    Admisso de Ttulos e Graus Universitrios para o Exerccio de Atividades

    Acadmicas nos Estados Partes do Mercosul, onde assumem o compromisso de

    admitir os diplomas e certificados emitidos por instituies de ensino superior de

    7 Criado em 26 de maro de 1991, por meio do Tratado de Assuno, o MERCOSUL visa

    estabelecer uma rea de livre comrcio inicialmente entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Atualmente conta com cinco membros efetivos, inclui-se a esses anteriores a Venezuela, tendo como membros associados outros cinco pases: Chile, Bolvia, Peru, Colmbia e Equador.

  • 20

    outros estados membros para o exerccio de atividades de docncia e pesquisa.

    Tendo como destaque no texto, o entendimento da no necessidade de

    revalidao do diploma e certificado expedidos entre os membros para o

    desenvolvimento de atividades acadmicas.

    Em um cenrio de extrema competio internacional, o governo local precisa buscar a composio com pases vizinhos e, at mesmo, com aqueles com caractersticas similares para atrair investimentos que promovam a contnua especializao das atividades econmicas local. Se necessrio for, buscar a reestruturao socioeconmica, contando com a mobilizao e as iniciativas dos atores locais em torno de um projeto de bem comum. (TEODORO, 2012, s/p.)

    Apesar de, como referido, o tratado ser consolidado em 1999,

    internamente, apenas no ano de 2005, o Congresso brasileiro promulga tal

    Acordo por meio do Decreto Federal de n. 5.518/2005.

    Ao passo que essa iniciativa representa a oportunidade para todos os

    estudantes da Regio, mas especialmente, para os docentes, como mais uma

    alternativa diante das disparidades socioeconmicas e regimentais. Neste ltimo

    em particular, ao que tange o aspecto educacional, quando observado

    exclusivamente o caso brasileiro, sua oferta e ingresso em instituies de ensino

    superior pblicas ao que parece, apresenta-se como entrave na formao e

    capacitao desses profissionais apesar dos esforos empregados pelo poder

    pblico nos ltimos vinte anos. Quando comparado, especialmente, ao modelo

    de oferta empregado pela Argentina, onde sua oferta e ingresso esto

    condicionados ao nmero de candidatos aprovados nos processos seletivos,

    evidencia a discrepncia quanto ao modelo de ingresso ao ensino superior

    brasileiro.

    De acordo com os dados do Censo do Ensino Superior (2013), do total de

    2.391 instituies de ensino superior no Brasil apenas aproximadamente 13%8

    so instituies pblicas que concentraram apenas 26,4% do total de matriculas

    realizadas no mesmo perodo. Pode-se, associar a essa constatao, o fato de

    8 Enquanto que em 2015, de acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior

    (SEMESP), instituies pblicas apresentou queda de 0,5%, passando a representar 12,5% do total de instituies.

  • 21

    28,2% da populao economicamente ativa (PEA) receberem um salrio mnimo

    por ms, segundo dados do Banco Central brasileiro (2015), o que diminui suas

    chances no acesso ao ensino superior.

    Por outro lado, mesmo aps a promulgao do referido Decreto Federal e

    do Acordo retificado pelo Brasil junto ao MERCOSUL, ao que se observa as

    instituies de ensino superior instaladas no territrio nacional, no consideram

    na totalidade o disposto nesses documentos oficiais seja na admisso de

    profissionais de ensino e seja na sua evoluo funcional, exigindo por sua vez, a

    revalidao do diploma9 e certificado10.

    Diante deste contexto e, por fazer parte dos profissionais do ensino

    superior brasileiro, lancei-me ao desafio de aprofundar os conhecimentos e

    especializao por meio do doutoramento em um dos pases limtrofes do Brasil,

    no caso a Argentina.

    3. A experincia estudantil na Argentina

    A escolha por esse pas deu-se em funo de diversos fatores, em

    destaque: as caractersticas tanto na oferta quanto na organizao do ensino

    local; a facilidade na tramitao de documentos legais de permanncia no pas;

    fatores climticos; aspectos econmicos; a relao social com o povo brasileiro;

    questes logsticas proximidade do Brasil; e, pela lngua.

    No caso especifico da oferta de cursos de ps-graduao, o postulante a

    cursar em outro pas, tem de considerar a existncia de rgo regulador desse

    nvel de ensino nos moldes da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de

    Nvel Superior (CAPES), o que se confirmou pela existncia da Comisin

    Nacional de Evaluacin y Acreditacin Universitaria (CONEAU), na Argentina,

    9 Diploma: corresponde a um documento oficial expedido onde atesta ao seu detentor ter

    concludo cursos reconhecidos e, aps seu registro em rgos competentes, tm validade nacional;

    10 Certificado: Assemelha-se ao diploma, mas o que os distanciam, que os cursos no necessariamente sejam reconhecidos, o certificado apenas atesta ao detentor ter concluso algum tipo de curso. H casos que, antes da expedio e registro do diploma, expedido o certificado.

  • 22

    no menos importante, alinhado a tal constatao, deve-se verificar se o curso e

    a instituio esto credenciados junto ao rgo de regulao.

    J em relao ao curso a ser realizado, tem de se levantar as instituies

    brasileiras ofertantes desse curso e no mesmo nvel, o que eventualmente

    poder representar dificuldades na revalidao no Brasil. Em particular aos de

    ps graduao, strictu sensu, julga-se coerente tentar ajustar o tema e assunto a

    ser investigado dentro das linhas de pesquisas dos programas oferecidos no

    Brasil o que pode, por sua vez, tornar o caminho a revalidao mais tranquilo.

    Com relao a facilidade na tramitao de documentos legais de

    permanncia na Argentina, o ingresso garantido principalmente pelo acordado

    entre os membros do MERCOSUL livre acesso de estrangeiros , mas se faz

    necessrio em caso de permanncia para estudos e com prazo superior a trs

    meses, a solicitao de visto de estudante que ter validade por vinte e quatro

    meses prorrogvel por igual perodo. No Brasil, a tramitao desse documento

    junto ao consulado argentino pode levar aproximadamente sessenta dias, devido

    a juntada de documentos, agendas e, bem como, no so todos os estados

    brasileiros que dispem de escritrios do consulado.

    Pelas estratgias e circunstancias apresentadas pela economia do pas

    vizinho nos ltimos anos ao que se refere poltica cambial modelo de

    desvalorizao cambial , apresenta-se vantajoso o turismo como realizar

    estudos na Argentina, especialmente, em levar esse pas tanto dlares quanto

    reais. Pois, pela ampla aceitao possvel efetuar pagamentos, tambm, em

    ambas as moedas no mercado local, permitindo estudar a um investimento

    financeiro menor quando comparado ao Brasil.

    A semelhana climatolgica em algumas das regies da Argentina com o

    Brasil constitui um dos fatores positivos de adaptao. Ao passo que, na

    culinria existe uma considervel distancia pelos hbitos alimentares o feijo,

    por exemplo, no faz parte do cotidiano dos argentinos, a base alimentar

    constituda de arroz, batata e carne.

    Outro destaque est nas relaes sociais entre os povos dos dois pases,

    fortalecida pela proximidade territorial e pela conscientizao mutua da

  • 23

    importncia de uma unio estratgica para o desenvolvimento de ambos. Assim,

    a receptividade e acolhida pelos argentinos de tal ordem que nos faz acreditar

    estar em casa, sempre dispostos a ajudar e, especialmente, se postam

    interessados em conhecer mais sobre o Brasil.

    As diferenas culturais, a paisagem, a organizao social e a prpria

    histria do pas vizinho, constitui grande oportunidade na apropriao local

    contribuindo no entendimento e reflexo, at mesmo, da constituio, formao

    e organizao do Brasil.

    Consideraes finais

    As relaes internacionais entre Brasil e Argentina do presente, retratam

    um passado de constate dilogos acerca de assuntos desde aspectos culturais

    at de ordem econmica e poltica. A experincia vivida atravs da deciso em

    aprofundar os conhecimentos na Argentina, propiciou qualitativamente,

    profundas transformaes no olhar e entendimento das alianas estratgicas na

    promoo do desenvolvimento econmico e social dos pases membros do

    MERCOSUL. As trocas, o intercambio estudantil e de conhecimento,

    demonstram ser de grande valia na especializao dos pases, principalmente,

    na formao e capacitao de profissionais.

    Referncias

    BARROS, Ricardo Paes; HENRIQUE, Ricardo; MENDONA, Rosane. Pelo fim das dcadas perdidas: Educao e desenvolvimento sustentado no Brasil. Texto para discusso 857. IPEA. Pg. 17. Novembro 2002. BRASIL. Lei n. 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Leis de Diretrizes e Bases da Educao Nacional. 5. ed. Braslia: Cmara dos Deputados, Coordenao, Edies Cmara, 2010. BRASIL. Decreto n. 5.518, de 23 de agosto de 2005. Promulga o Acordo de Admisso de Ttulos e Graus Universitrios para o Exerccio de Atividades Acadmicas nos Estados Partes do Mercosul. Braslia: Presidncia da Repblica, 2005.

  • 24

    BOISIER, S. Poltica Econmica, Organizao Social e Desenvolvimento Regional, in HADDAD, P.R.; CARVALHO FERREIRA, C.M. de; BOISIER, S. & ANDRADE, T.A., Economia Regional (teorias e mtodos de anlise), Banco do Nordeste do Brasil S.A., Fortaleza, 1988. ________. Desarrollo (Local): De que estamos hablando? Cmara de Comercio de Mazinales. Santiago do Chile, 1999. BOUDEVILLE, J. Los espacios econmicos. Buenos Aires: Eudeba, 1969. Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES). Revalidao de diplomas emitidos no exterior. Disponvel em: Disponvel em: . Acessado em: 23.04.2017. Comisin Nacional de Evaluacin y Acreditacin Universitaria (CONEAU). Acreditacin. Disponvel em: . Acessado em: 25.04.2017. Estudiar en Argentina. Caso 1. Estudiantes internacionales proveniente de pases del MERCOSUR y estados asociados (Bolivia, Brasil, Colombia, Chile, Ecuador, Paraguay, Per, Uruguay y Venezuela). Disponvel em: < http://estudiarenargentina.siu.edu.ar/aplicacion.php?ah=st59186eea8d0d2&ai=estudiar||19000030&mapa_grande=&id_idioma=1&noticia=&contacto=&institucion_universitaria=&mapa_del_sitio=&declaracion_legal=&id_menu=7#Caso_1>. Acessado em: 30.04.2017 Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (INEP). Censo Escolar da Educao Bsica 2013: resumo tcnico/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira. Braslia: O Instituto, 2014. MASSALI, Fbio. Salrio mnimo atinge maior poder de compra em 50 anos, diz Banco Central. Disponvel em: . Acessado em: 21.04.2017. MELCHIOR, Jos Carlos de Arajo. O Financiamento da Educao no Brasil. So Paulo: EPU,1987. MERCOSUR. Tratado para la constitucin para un mercado entre la Republica Argentina, la Republica Federativa del Brasil, la Republica del Paraguay y la Republica Oriental del Uruguay. Disponvel em: . Acesso em: 15.04.2017

    http://www.capes.gov.br/busca?searchword=revalida%C3%A7%C3%A3o&searchphrase=allhttp://www.capes.gov.br/busca?searchword=revalida%C3%A7%C3%A3o&searchphrase=allhttp://www.coneau.gob.ar/CONEAU/http://estudiarenargentina.siu.edu.ar/aplicacion.php?ah=st59186eea8d0d2&ai=estudiar||19000030&mapa_grande=&id_idioma=1&noticia=&contacto=&institucion_universitaria=&mapa_del_sitio=&declaracion_legal=&id_menu=7#Caso_1http://estudiarenargentina.siu.edu.ar/aplicacion.php?ah=st59186eea8d0d2&ai=estudiar||19000030&mapa_grande=&id_idioma=1&noticia=&contacto=&institucion_universitaria=&mapa_del_sitio=&declaracion_legal=&id_menu=7#Caso_1http://estudiarenargentina.siu.edu.ar/aplicacion.php?ah=st59186eea8d0d2&ai=estudiar||19000030&mapa_grande=&id_idioma=1&noticia=&contacto=&institucion_universitaria=&mapa_del_sitio=&declaracion_legal=&id_menu=7#Caso_1http://estudiarenargentina.siu.edu.ar/aplicacion.php?ah=st59186eea8d0d2&ai=estudiar||19000030&mapa_grande=&id_idioma=1&noticia=&contacto=&institucion_universitaria=&mapa_del_sitio=&declaracion_legal=&id_menu=7#Caso_1http://estudiarenargentina.siu.edu.ar/aplicacion.php?ah=st59186eea8d0d2&ai=estudiar||19000030&mapa_grande=&id_idioma=1&noticia=&contacto=&institucion_universitaria=&mapa_del_sitio=&declaracion_legal=&id_menu=7#Caso_1http://estudiarenargentina.siu.edu.ar/aplicacion.php?ah=st59186eea8d0d2&ai=estudiar||19000030&mapa_grande=&id_idioma=1&noticia=&contacto=&institucion_universitaria=&mapa_del_sitio=&declaracion_legal=&id_menu=7#Caso_1http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-02/salario-minimo-atinge-maior-poder-de-compra-em-50-anos-informa-bchttp://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-02/salario-minimo-atinge-maior-poder-de-compra-em-50-anos-informa-bchttp://www.mercosur.int/innovaportal/file/719/1/CMC_1991_TRATADO_ES_Asuncion.pdfhttp://www.mercosur.int/innovaportal/file/719/1/CMC_1991_TRATADO_ES_Asuncion.pdf

  • 25

    Ministrio da Educao e Cultura. Censo da Educao Superior 2012. Disponvel em: Acesso em: 20.04.2017. Sindicado das Mantenedoras de Ensino Superior (SEMESP). Mapa do Ensino Superior no Brasil 2016. Disponvel em: . Acessado em: 30.04.2017. TEODORO, Luiz Fernando. Contribuies aos estudos sobre a poltica nacional de ensino a distncia: o caso representativo de municpio de pequeno porte: Bragana Paulista. So Jos dos Campos, SP, 2012. 118 p. Dissertao de Mestrado Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Paraba, 2012. ______. Poltica Nacional de Ensino a Distncia. Paran: Appris, 2015. THUROW, Lester C. A construo da riqueza: as novas regras para os indivduos, empresas e naes numa economia baseada no conhecimento. Rio de Janeiro: Rocco, 2001.

    http://www.andifes.org.br/wp-content/files_flutter/1379600228mercadante.pdfhttp://www.andifes.org.br/wp-content/files_flutter/1379600228mercadante.pdfhttp://convergenciacom.net/pdf/mapa_ensino_superior_2016.pdf

  • 26

    GT Gesto / Administrao

    Coordenao:

    Prof. Dr. Marco Aurlio Sanches Fittipaldi

  • 27

    ERP: Implantao na empresa ALU100011

    Csar Hideki Kikuchi12 Edmilson de Eirs Oliveira13

    Resumo: As empresas esto sempre procurando melhorar a eficincia

    de suas operaes a fim de elevar a lucratividade. A informao tornou-se uma ferramenta estratgica e os sistemas empresariais passaram a ser amplamente utilizados pelas empresas e so apresentados como solues para a maioria dos negcios. Os benefcios de um sistema empresarial e como ele contribui na integrao e otimizao dos processos devem estar na pauta de aes nas empresas. O presente artigo visa apresentar os resultados obtidos por uma empresa de porte mdio com a implantao de um sistema ERP (Enterprise Resource Planning).

    Palavras-chave: Informao. Sistemas Empresariais. Sistema ERP.

    1. Introduo

    Cada vez mais os sistemas de informao vm assumindo um papel

    estratgico nas empresas, sua correta administrao condio necessria ao

    uso eficaz dos recursos disponveis, possibilitando aperfeioar processos,

    eliminar o desperdcio e melhorar o retorno sobre o investimento realizado.

    Um sistema de informao pode ser definido tecnicamente como um

    conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam),

    processam, armazenam e distribuem informaes destinadas a apoiar a tomada

    de decises em todos os nveis, a coordenao e o controle de uma

    organizao.

    Espera-se do gestor comercial que ele possua a habilidade de tomar

    decises rpidas e precisas. Tal atitude depender da velocidade e da qualidade

    com que as informaes so processadas e analisadas. Alcanar o sucesso no

    11 Texto apresentado no Grupo de Trabalho de Gesto/Administrao do Seminrio Tecnologia,

    Educao e Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.

    12 Tecnlogo em Gesto Comercial da Fatec de Itaquaquecetuba/SP, [email protected]. 13 Docente da Fatec de Itaquaquecetuba/SP, Professor Especialista,

    [email protected].

    mailto:[email protected]:[email protected]

  • 28

    mundo dos negcios est diretamente ligado informao como ferramenta de

    estratgia de competitividade.

    O sistema Enterprise Resource Planning (ERP) um recurso essencial na

    estrutura dos sistemas de informao de uma empresa, tanto para o nvel

    operacional como para o nvel gerencial. Este tipo de sistema mitigar

    problemas oriundos da m estruturao da informao da organizao, como a

    redundncia de dados.

    2. Sistema de Informao

    A informao um dos ativos mais importantes de uma empresa,

    perdendo apenas para as pessoas (TURBAN E VOLONINO, 2013). Ela tornou-

    se elemento para obteno do sucesso organizacional, bem como, geradora de

    oportunidades frentes aos novos desafios das organizaes.

    Segundo Rezende (2008), a informao no pode ser abstrata, de

    compreenso difcil, obscura, vaga, irreal ou imaginria. Deve ser real,

    verdadeira e concreta. Das ferramentas de que o gestor comercial dispe, os

    sistemas de informao esto entre as mais importantes para atingir altos nveis

    de eficincia e produtividade nas operaes, especialmente quando combinadas

    com mudanas no comportamento da administrao e nas prticas de negcio

    (LAUDON; LAUDON, 2011).

    Os sistemas de informao tm a capacidade de transformar o ambiente

    de negcio. Proporcionam relacionamento mais estreito entre clientes e

    fornecedores, melhor tomada de deciso, vantagens competitivas, novos

    produtos e servios, novos modelos de negcio e sobrevivncia (LAUDON;

    LAUDON, 2011).

    H diferentes formas de classificar os sistemas de informao. As

    classificaes mais aceitas agrupam os sistemas de informao pela finalidade

    principal de uso e pelo nvel organizacional.

    Os nveis da informao e de deciso empresarial obedecem hierarquia

    organizacional existente nas empresas e so conhecidos como: estratgico,

  • 29

    ttico e operacional. O tipo de deciso que tomado em cada nvel requer

    diferente grau de agregao da informao.

    As decises do nvel operacional envolvem gestores operacionais,

    abrangem a forma com que a rotina diria deve ser realizada para atender aos

    objetivos organizacionais.

    As decises do nvel ttico envolvem os gestores do nvel intermedirio,

    abrangem os aspectos relacionados eficincia e efetividade da utilizao de

    recursos e do desempenho das unidades de negcio em consonncia com os

    objetivos organizacionais.

    As decises do nvel estratgico envolvem a alta direo, abrangem os

    objetivos, recursos e polticas da empresa como um todo em relao ao

    ambiente de negcio e necessitam de informaes relativas situao atual e

    futura da organizao.

    Segundo Audy, Andrade e Cidral (2005), Rezende e Abreu (2013),

    Laudon e Laudon (2011) e Turban e Volonino (2013), os SI podem ser

    classificados segundo ao suporte a deciso em: sistema de processamento de

    transaes (nvel operacional), sistema de informao gerencial (nvel ttico),

    sistema de apoio deciso (nvel ttico) e sistema de informao executiva

    (nvel estratgico).

    Os sistemas de processamento de transaes (SPT) so os sistemas de

    informao direcionados ao nvel operacional que executam e registram as

    transaes rotineiras que a empresa realiza como parte de seus processos de

    negcio.

    Os sistemas de informao gerencial (SIG) so os sistemas de

    informao que atendem em grande parte os gestores de nvel ttico da

    empresa, sendo que sintetizam, registram e relatam a situao em que se

    encontram as operaes.

    Os sistemas de apoio a deciso (SAD) so sistemas de informao que

    auxiliam os gestores de uma empresa a tomar decises, com base em dados

    obtidos dos sistemas de informao gerencial (SIG), dos sistemas de

    processamento de transaes (SPT) e de fontes externas.

  • 30

    Os sistemas de informao executiva (SIE) so os sistemas de

    informao que auxiliam os executivos do nvel estratgico a tomar decises,

    trabalham com os dados no nvel macro, com muitas informaes grficas.

    3. Enterprise Resource Planning (ERP)

    Empresas que possuem processos empresariais inconsistentes ou

    ultrapassados tendem a ter dados de baixa qualidade, gerando impactos nos

    processos de tomada de deciso. Focando em resolver este problema

    reprojetam os processos e os consolidam em um sistema empresarial integrado.

    Os sistemas empresariais integrados so sistemas ou processos que

    envolvem a organizao inteira ou suas partes principais. Vrios sistemas

    empresariais podem ser encontrados nas organizaes, entre eles o sistema

    integrado de gesto ou Enterprise Resource Planning. (TURBAN; RAINER;

    POTTER, 2005).

    De acordo com Bentes (2008), a finalidade bsica de um sistema ERP

    atuar como um facilitador do fluxo de informaes entre todas as atividades

    empresariais, desde a fabricao at o RH, passando por reas to distintas

    como a logstica e a financeira.

    Segundo OBrien e Marakas (2007), o ERP cria uma estrutura de

    integrao e aprimoramento dos processos internos de uma companhia,

    melhorando significativamente a qualidade e a eficcia do servio de

    atendimento ao cliente, da produo e da distribuio. Esta integrao tambm

    auxilia na comunicao interna.

    Segundo Turban, Rainer e Potter (2007), o sistema ERP apoia os

    processos empresariais internos nas seguintes reas funcionais: finanas e

    contabilidade, fabricao e produo, vendas e marketing e recursos humanos.

    Os ERPs so compostos por mdulos diversos, que atendem a diversas

    necessidades, uma empresa pode escolher quais delas implantar e em qual

    velocidade isso ser feito. Cada mdulo pode ser dedicado a uma funo ou

    tarefa especfica, ou voltado a todo um processo, automatizando os mesmos.

  • 31

    Uma das principais caractersticas dos ERPs a possibilidade de uso de

    um nico banco de dados, embora os dados tenham sido gerados de reas e

    departamentos diversos. Segundo Haberkorn (2003), o ERP proporciona a

    atualizao dos dados em tempo real e de forma ntegra, formando assim a base

    de conhecimento da empresa com uma excelente qualidade.

    De acordo com Turban, Rainer e Potter (2007), os sistemas de ERP

    possuem algumas desvantagens: podem ser extremamente complexos, caros e

    demorados de implantar e as empresas podem ter de mudar os processos

    empresariais existentes para se ajustarem aos processos predefinidos do

    software.

    Outra desvantagem a integrao com outros sistemas, as empresas

    podem ter dificuldade em fazer com que outros sistemas operem com o sistema

    ERP, necessitando at mesmo de software adicionais para criar essas

    conexes. A modernizao da infraestrutura da tecnologia tambm um

    diferencial, ao implantar um sistema ERP, a empresa tem a oportunidade de

    modernizar e padronizar a tecnologia de informao que utiliza.

    4. Estudo de caso

    O estudo de caso nico foi realizado no perodo de 01 a 04 do ms de

    novembro de 2016, na empresa Alu1000. Fundada em abril de 1999, a empresa

    iniciou suas atividades no bairro de Itaquera em So Paulo. Atualmente possui

    trs unidades na zona leste da cidade de So Paulo e uma unidade na regio do

    grande ABC, no municpio de Mau.

    Focando uma melhor preciso dos fatos, foram selecionadas duas

    colaboradoras do setor financeiro, pois exercem funes diretamente ligadas aos

    principais processos do sistema ERPFlex. Com base na reviso bibliogrfica

    foram elaboradas nove questes, a fim de analisar o cenrio anterior e ao

    posterior da implantao do sistema ERPFlex.

    Foi selecionado para o estudo de caso o processo de emisso de Nota

    Fiscal Eletrnica (NFe), pois este processo faz com que a empresa atenda as

    legislaes pertinentes da rea fiscal.

  • 32

    Anteriormente esse processo era realizado atravs do sistema chamado

    Ctsystem e fazia uso do emissor gratuito disponibilizado pela Secretaria de

    Fazenda (SEFAZ) para transmisso do documento.

    De acordo com as informaes das colaboradoras, o processo iniciava-se

    com o faturamento do oramento no sistema Ctsystem. Logo aps realizava-se a

    exportao do arquivo para NFe, selecionava-se a NFe a ser exportada e em

    seguida clicava-se em NFe 3.10 para exportar o arquivo de texto para o disco

    local do computador onde estava instalado o certificado digital tipo A3 carto.

    As notas fiscais eletrnicas necessitavam ainda de um software para a

    sua emisso. A SEFAZ disponibilizava um emissor gratuito de notas fiscais

    eletrnicas para envio da NFe, cancelamento e inutilizao mediante assinatura

    digital.

    O ltimo passo era imprimir o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal

    Eletrnica) para obter a verso em PDF para envio ao cliente. Caso o cliente

    solicitasse o arquivo XML, era necessrio exportar tambm do emissor em novo

    processo.

    Analisando as respostas das colaboradoras em relao ao processo

    anterior, verificaram-se vrios problemas, como: a dependncia de softwares

    adicionais, dificuldades ao acessar vrios mdulos para incluir as informaes

    relacionadas emisso de NFe, a demora do processo, a complexidade do

    envio do arquivo XML, o fato da emisso de NFe ser possvel somente de um

    nico computador, o tempo de atendimento ao cliente e envio de XML por e-mail

    era insatisfatrio, a impossibilidade de emisso de NFe de qualquer computador

    dentro ou fora da empresa e a inexistncia de funcionalidades que permitiam

    consultas rpidas e confiveis.

    Com a implantao do ERPFlex, o processo inicia-se com a digitao do

    oramento, logo aps acessa-se a tela de Faturamento. No campo Oramento,

    digita-se o nmero do oramento que se deseja emitir a NFe. Verifica-se as

    informaes contidas nos campos da NFe, inclui-se a forma de recebimento.

    Em seguida inicia-se a transmisso utilizando o certificado tipo A1, este

    tipo de certificado fica armazenado no servidor, diferente do certificado tipo A3

  • 33

    que era instalado no computador local. Aps a transmisso, o cone NFe

    apresenta-se na cor verde.

    Analisando as respostas das colaboradoras frente ao processo posterior,

    verificaram-se vrios avanos, como: descartou-se a necessidade do emissor

    gratuito da SEFAZ, o uso de um banco de dados na nuvem, melhora no

    processo de emisso e transmisso da NFe, o envio do arquivo PDF do DANFE

    e XML por e-mail e a gerao do boleto bancrio, processo mais simplificado e

    gil, tambm houve uma atualizao dos dados em tempo real e de forma

    ntegra.

    As respostas tambm apontaram algumas dificuldades na adaptao,

    justificada no tempo aproximado de trs meses necessrio para acostumar com

    o novo sistema e as peculiaridades dos processos financeiros. Tambm foi

    destacada a falta de treinamento suficiente como uma barreira para adaptao.

    Consideraes finais

    O estudo de caso permite afirmar que o processo de emisso de nota

    fiscal eletrnica na empresa Alu1000 melhorou muito com a implantao do

    sistema ERPFlex.

    Confirma-se as afirmaes de OBrien e Marakas (2007), as quais cita

    que o ERP cria uma estrutura de integrao e aprimoramento dos processos

    internos de uma companhia, melhorando significativamente a qualidade e a

    eficcia do servio de atendimento ao cliente.

    Os benefcios proporcionados pela utilizao de um sistema de gesto

    empresarial levaram a uma maior eficcia e eficincia nos processos de negcio,

    evitando informaes erradas e oferecendo maior agilidade.

    Referncias

    AUDY, J. L. N.; ANDRADE, G. K.; CIDRAL, A. Fundamentos de sistema de

    informao. So Paulo: Bookman, 2005.

  • 34

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    Software SA, 2003.

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    uma introduo. 13.ed. So Paulo: McGraw Hill, 2007.

    REZENDE, D. A. Planejamento de sistemas de informao e informtica:

    guia prtico para planejar a tecnologia da informao integrada ao planejamento

    estratgico das organizaes. 3.ed. So Paulo: Atlas, 2008.

    REZENDE, D. A.; ABREU, A.F. Tecnologia da informao: aplicada a sistemas

    de informao empresariais. 9.ed. So Paulo: Atlas, 2013.

    TURBAN, E.; RAINER, R. K.; POTTER, R.E. Administrao de tecnologia da

    informao: teoria & prtica. 7.reimpresso. Rio de Janeiro: Campus, 2005.

    _______. Introduo a sistemas de informao: uma abordagem gerencial.

    4.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

    TURBAN, E.; VOLONINO, L. Tecnologia da informao para gesto: em

    busca de um melhor desempenho estratgico e operacional. 8.ed. Porto Alegre:

    Bookman, 2013.

  • 35

    Uma abordagem sobre as contribuies do curso de gesto comercial na gesto dos recursos pessoais dos

    discentes da Fatec Itaquaquecetuba-SP14

    Ivonete Maria da Silva Sousa15 Maria Helena Pinedo16

    Resumo: No Brasil, normalmente, no se inclui a educao

    financeira pessoal, nos currculos institucionais, e na grade

    curricular do curso de Gesto Comercial isto tambm, no

    diferente. Contudo, em que medida as disciplinas do curso,

    que abordam a questo financeira corporativa, influenciam no

    controle financeiro pessoal dos discentes? Este estudo

    objetiva investigar as contribuies de disciplinas voltadas

    teoria financeira, nas finanas pessoais realizadas pelos

    alunos, do curso de Gesto Comercial, da FATEC

    Itaquaquecetuba. uma pesquisa de abordagem quantitativa,

    de carter exploratrio e descritivo, com procedimentos que

    envolvem levantamentos bibliogrficos e pesquisa de campo.

    Palavras-chave: Educao Financeira. Finanas Pessoais. Controle Financeiro.

    Introduo

    Com um cenrio econmico de instabilidade no Brasil, determinante,

    que as famlias saibam administrar financeiramente seus recursos pessoais, de

    modo a no prejudicar o oramento domstico e conduzir efetivamente, os

    recursos escassos. A cultura brasileira normalmente, no inclui a educao

    financeira pessoal, nos currculos institucionais, o que acarreta no uso

    inadequado do dinheiro e na falta de domnio no trato com as finanas pessoais.

    A m administrao do dinheiro, por falta de uma educao financeira pessoal,

    de acordo com Cerbasi (2004, p. 91) uma realidade nas escolas brasileiras

    14 Texto apresentado no Grupo de Trabalho Gesto/Administrao, do Seminrio Tecnologia,

    Educao e Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.

    15 Tecnloga em Gesto Comercial, [email protected] 16 Professor das Faculdades de Tecnologia de Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes, Mestre em

    Ensino da Matemtica, [email protected].

  • 36

    que infelizmente, torna os indivduos vulnerveis independncia financeira. Tal

    reflexo realizada pelo economista em 2004, j vem sendo incorporada nas

    escolas ainda que lentamente, desde 2010, com o programa Educao

    Financeira nas Escolas, conforme aponta Barbosa (2015, p. 21).

    Na grade curricular do curso de Gesto Comercial h disciplinas que

    abordam a questo financeira corporativa, tais como: Matemtica Financeira,

    Contabilidade, Anlise e Demonstraes Contbeis, Gesto Financeira e

    Oramentria e Economia. Contudo, em que medida essas disciplinas

    influenciam no planejamento da vida financeira, dos alunos do curso?

    O grau de educao financeira de cada indivduo contribui nas atitudes

    tomadas sobre suas finanas, quer seja nos gastos, emprstimos e/ou

    poupanas. De acordo com Gitman (2010, p. 3), finanas a arte e a cincia de

    administrar o dinheiro, e se refere ao processo envolvido na transferncia de

    fundos, inclusive entre pessoas.

    O presente artigo objetiva investigar as contribuies de disciplinas

    relacionadas teoria financeira corporativa, na gesto das finanas pessoais

    dos alunos do curso de Gesto Comercial, da FATEC Itaquaquecetuba. Embora,

    no exista disciplina especfica educao financeira pessoal, h quelas que

    provavelmente, podem auxiliar no controle do fluxo de caixa familiar; em

    provveis investimentos ou emprstimos; nas escolhas de taxas de juros; na

    forma de pagamento; no nvel de endividamento; enfim, no controle financeiro

    desses sujeitos.

    Nesse sentido, este estudo se justifica, pois alm de vislumbrar as

    finanas pessoais como tema de valor e interesse da comunidade cientfica

    (GRSSNER, 2007; CALIXTO, 2007; WOHLEMBERG, BRAUM e ROJO, 2011;

    GRANDO et al., 2011; LIZOTE, SIMAS e LANA, 2012; CADORIN, 2012; SILVA,

    PAIXO e MOTA, 2014; BARBOSA, 2015), entre outros; tambm, se interessa

    em conhecer o aluno, em particular, do curso de Gesto Comercial, enquanto

    pessoa e sujeito que administra seus recursos financeiros conforme suas

    competncias. Qui, possa instigar professores da rea de finanas e gesto

  • 37

    oramentria, a orientarem os discentes em posicionamentos corretos de

    situaes financeiras domsticas.

    2. Metodologia

    Utilizou-se uma amostra no probabilstica com 61 alunos do curso de

    Gesto Comercial, dos ltimos semestres, tarde e noite. Neste tipo de amostra,

    os resultados no podem ser projetados para a populao, pois os elementos

    escolhidos no representam estatisticamente a populao, e no possvel

    mensurar o erro de amostragem (HAIR Jr. et al., 2005). A excluso dos alunos

    dos primeiros semestres se deve, pois a investigao foi direcionada somente,

    aos que j cursaram todas as disciplinas de teor financeiro do curso.

    A pesquisa de campo por meio de um questionrio, constitudo de 20

    questes fechadas, forneceu dados numricos capazes de mensurar o perfil

    pessoal e o perfil da estrutura de gesto das finanas pessoais dos alunos. Os

    resultados que vem ao encontro do objetivo geral e responde ao problema de

    pesquisa, foram sintetizados, analisados e discutidos apoiados na literatura; o

    que caracteriza o carter descritivo deste estudo.

    3. Resultados e Discusso

    Em relao ao gnero, idade, estado civil, com quem mora e se possui

    filhos, destacam-se os seguintes resultados: 52,83% so do sexo feminino e o

    restante masculino. Do total, 69,81% esto na faixa de 20-29 anos, 20,75% de

    30-39 anos e o restante, de 40-54. Ainda, 62,26% so solteiros, 30,19% casados

    e 7,55% divorciados, ou vivos ou outra condio. A maioria dos alunos, isto ,

    60% moram com os pais, 36% com o cnjuge ou companheiro (a) e 4%,

    sozinhos. A pesquisa apontou que 73,58% no possuem filhos, 22,64% tem at

    dois filhos e 3,78% possuem exatamente, trs filhos.

    Quanto estrutura de gesto dos recursos financeiros dos discentes, os

    resultados esto agrupados em quatro segmentos: controle financeiro (Tabela

  • 38

    1), poupana (Tabela 2), gastos/emprstimos (Tabela 3), e curso de Gesto

    Comercial (Tabela 4) a seguir:

    Tabela 1 Controle Financeiro

    Posicionamento Dados coletados

    Realizao 47% sim e 53% no.

    Aspectos considerados na realizao

    60% consideram receitas, despesas e provisionam reservas; 24% receitas e despesas e 16% despesas.

    Forma de realizao 48% planilha eletrnica; 32% papel e caneta e 20% software especfico.

    Grau de satisfao na realizao 9% totalmente; 25% bem; 34% pouco; 13% muito pouco; 17% absolutamente em nada; 2% no responderam.

    Motivo da no realizao 75% no sentem necessidade e 25% no sabem fazer.

    Fonte: Autoras, 2016.

    Praticamente, os indicadores revelam um equilbrio entre os alunos que

    realizam algum controle de oramento pessoal e/ou familiar, e os que no

    realizam. Aqueles que o fazem levam em conta receitas, despesas e ainda,

    provisionam um valor para imprevistos. Esta atitude de apontar receitas e

    despesas previstas pela famlia sinal de iniciativa de elaborao de um

    oramento familiar, que consiste conforme Peixe, Lehnhard e Harres (2000, p.

    71), no apontamento das receitas e despesas previstas pela famlia, e deve

    envolver todos os gastos e bens financeiros adquiridos naquele perodo.

    possvel, que esses indivduos tenham se apropriado de conceitos como,

    projeo do fluxo de caixa e elaborao de oramentos, estudados na disciplina

    de Gesto Financeira e Oramentria.

    A planilha eletrnica a ferramenta mais utilizada por quase metade dos

    alunos, e possibilita de acordo com Silva (2012, p. 227), a vantagem de construir

    frmulas e relacionar diversos valores digitados em clulas que se modificadas,

    podem ser recalculadas automaticamente. Com isso, torna-se fcil realizar

    anlises e simulaes financeiras. Por outro lado, quando no se tem acesso ao

    computador, o papel e a caneta so considerados por Acqueta (2009, p. 26),

    ferramentas mais simples, porm teis no registro das entradas e sadas de

    qualquer recurso monetrio.

    Esses sujeitos, que j cumpriram as disciplinas relacionadas teoria

    financeira, deveriam ter suporte para realizar uma simples planilha de fluxo de

  • 39

    caixa dirio ou um controle oramentrio mensal, que provocasse satisfao em

    mais da metade da amostra. Provavelmente, exista a ausncia de

    contextualizao de conceitos, do tipo: demonstraes de recebimento e

    pagamento e balano patrimonial (Anlise e Demonstraes Contbeis),

    mecanismos de dbito e crdito (Contabilidade), e elaborao de oramentos

    (Gesto Financeira e Oramentria).

    O sinal do grupo, que no sente necessidade de se planejar

    financeiramente, se constitui num indicador perigoso, que demonstra ausncia

    de reflexo racional para alcanar desejos e necessidades financeiras

    individuais e/ou de seus familiares. Paschoarelli (2007, p. 7) faz referncia ao

    desejo de no sentir necessidade do conhecimento, estratgia do avestruz,

    que se esconde do problema ao invs de enfrent-lo: toda negociao que

    envolve dinheiro representa um jogo, em que se deve conhecer muito bem, as

    regras deste jogo, para no ser engolido pelo adversrio. Ainda, subsdios

    bsicos para a realizao de algum tipo de oramento, como por exemplo,

    apurao de custos e recebimentos e projeo real x orado; foram

    desenvolvidos na disciplina de Gesto Financeira e Oramentria.

    Tabela 2 Poupana

    Posicionamento Dados coletados

    Plano de Previdncia Privada 8% possuem e 92% no possuem.

    Poupou (ltimos 12 meses) 55% sim e 45% no.

    Percentual poupado 10% mais de 30% a.m.; 14% de 20% a 30% a.m.; 17% de 10% a 20% a.m.; 35% at 10% a.m.; e 24% desconhecem o valor.

    Fonte: Autoras, 2016.

    Grande parte dos alunos no possui Plano de Previdncia Privada e os

    poucos que indicaram possuir, desconhecem seu real significado ao citar conta

    corrente, ttulos de capitalizao, entre outros. Como a maioria jovem, na faixa

    de 20 a 29 anos, solteiro, sem filhos e mora com os pais; talvez, a acomodao

    da prpria situao favorvel, possa ser um indicador para o desinteresse de um

    Plano de Previdncia Privada.

    Os alunos possuem renda destinada poupana, indicando a capacidade

    e o desejo de pouco mais da metade, poupar em mdia, 15% ao ms. Na

  • 40

    disciplina de Economia, contedos como Macroeconomia e Teoria da

    determinao da renda, podem ter motivado e auxiliado, na quantidade e na

    forma de poupar.

    Tabela 3 Gastos/emprstimos

    Posicionamento Dados coletados

    Pagamento do carto 58% pagam o valor total; 2% pagam o mnimo; 2% no pagaram no ltimo ms e 38% no tm carto.

    Pagamento de compras em geral 70% a vista e 30% a prazo

    Pagamento de despesas 36% antes do vencimento; 62% na data e 2% depois.

    Questionamento da taxa de juros 91% questionam e 9% no.

    Opinio sobre o regime de juros adotado

    51% juros compostos; 24% juros simples; 19% desconhecem e 6% no responderam.

    Antecipao de pagamento que pode sofrer desconto

    36% raras vezes; 36% algumas; 19% muitas; 2% sempre e 7% nunca antecipam.

    Fonte: Autoras, 2016.

    Os resultados quanto forma de pagamento do carto de crdito, revelam

    a conscincia da maioria, em relao aos encargos muito altos de juros,

    envolvidos nas operaes de carto em atraso. A varivel taxa de juros

    trabalhada em diversas situaes do cotidiano, no regime de juros simples e

    compostos, na disciplina de Matemtica Financeira; o que pode ter contribudo

    no comportamento dos discentes.

    A razo se manifesta tambm, na forma de pagamento de compras em

    geral, pois grande parte prefere o pagamento vista, tornando a compra mais

    vantajosa; conceito este, desenvolvido na disciplina de Matemtica Financeira.

    Do mesmo modo, quase que a totalidade costuma pagar seus compromissos

    antes ou na data do vencimento, demonstrando um fator positivo dos recursos

    financeiros desses alunos, que procuram no ficar inadimplentes.

    Outro indicador otimista, diz respeito ao questionamento da taxa de juros

    na realizao de um emprstimo pessoal. Quase que a totalidade se interessa e

    questiona o valor da taxa a ser inserida na transao do emprstimo, alm da

    metade destes, conhecer o regime de juros adotado, que o regime de juros

    compostos. A contribuio de conceitos do tipo, juros simples e compostos e

    taxas equivalentes, desenvolvidos em Matemtica Financeira deve ser um

    indcio desses resultados.

  • 41

    Por outro lado, a falta de dinheiro de grande parte e/ou o discernimento

    quanto a antecipar o pagamento de um compromisso, que pode sofrer desconto,

    deixou a desejar. Na disciplina de Matemtica Financeira, desconto, valor

    nominal e valor atual, so conceitos desenvolvidos que poderiam ter sido

    aproveitados, quando na possibilidade de antecipao de um compromisso.

    Tabela 4 Curso de Gesto Comercial

    Posicionamento Dados coletados

    Realizao de Atividades Complementares (rea financeira)

    34% sim e 66% no

    Motivo de realizao das Atividades Complementares

    65% se interessam pelo tema; 24% relacionam as atividades com o curso e 11% consideram relevante ao futuro gestor

    Motivo de no realizao das Atividades Complementares

    3% j monitoram disciplinas de teor financeiro; 73% se interessam por lnguas estrangeiras e 24% por outros assuntos.

    Grau de viso modificada sobre Controle Financeiro

    41,51% muito, 33,96% mdio, 15,09% pouco, 7,55% nada e 1,89% no responderam.

    Disciplinas que contriburam no controle financeiro

    25% Contabilidade; 25% Matemtica Financeira; 19% Gesto Financeira e Oramentria; 13% Anlise e Demonstraes Contbeis; 10% Economia e 8% nenhuma das disciplinas.

    Fonte: Autoras, 2016.

    Lamentavelmente, no houve interesse significativo em cursos ou

    atividades relacionadas rea financeira, na realizao das Atividades

    Complementares exigidas no curso. desanimador a falta de conscincia da

    necessidade em buscar conhecimentos que permitam um comportamento

    adequado na gesto das finanas pessoais, de grande parte desses sujeitos.

    Por outro lado, a maioria revela que houve mudanas significativas na

    percepo do controle financeiro pessoal, aps a realizao das disciplinas

    relacionadas teoria financeira. Das disciplinas que contriburam na gesto de

    suas finanas pessoais, Contabilidade e Matemtica Financeira, so as mais

    citadas. Esses resultados vm ao encontro da concepo de Marion (2011, p. 7),

    quando afirma que a contabilidade desde o incio da civilizao, possui a funo

    de avaliar os acrscimos e decrscimos da riqueza do homem. Alm disso, a

    Matemtica Financeira conforme Puccini (2012, p. 11 e 20), estuda a mudana

    de valor do dinheiro ao longo do tempo, e as inter-relaes entre as diversas

    variveis financeiras.

  • 42

    Consideraes finais

    No curso de Gesto Comercial da FATEC existem disciplinas de cunho

    financeiro, importantes e capazes de subsidiar os discentes na administrao do

    dinheiro. O objetivo deste estudo consistiu em investigar as influncias dessas

    disciplinas na gesto dos recursos pessoais dos discentes do curso, da FATEC

    Itaquaquecetuba, no ano de 2016.

    A respeito do perfil socioeconmico dos discentes observa-se que a sua

    maioria do sexo feminino, tem idade na faixa de 20 a 29 anos, solteiro, no

    possui filhos e mora com os pais. Grande parte no tem Plano de Previdncia

    Privada, mais da metade do grupo conseguiu poupar nos ltimos 12 meses e

    aparentemente, no est em situao de inadimplncia.

    Em relao estrutura de gesto de suas finanas pessoais, verifica-se

    que: metade dos alunos realiza um oramento domstico, do tipo que envolve

    receitas, despesas e proviso para sobras; contudo, est insatisfeita com o

    modo de como administra seus recursos pessoais. Alm disso, grande parte no

    possui dvidas no carto de crdito; paga seus compromissos na data do

    vencimento; porm, no est preocupada com sua segurana financeira futura.

    Esses sujeitos reconhecem que Contabilidade e Matemtica Financeira so

    disciplinas do curso, que auxiliaram no controle financeiro pessoal; todavia,

    Anlise e Demonstraes Contbeis, Gesto Financeira e Oramentria e

    Economia tambm, tiveram sua parcela de contribuio.

    Infelizmente, a educao financeira escolar no uma realidade atuante

    no Brasil. E, portanto, esta pesquisa prope mudanas na metodologia de

    ensino dos docentes do curso, interligando os diversos contedos das

    respectivas disciplinas de cunho financeiro, com exemplos prticos e estudos de

    caso voltados s finanas pessoais. Tal ao tornaria os discentes menos

    fragilizados autonomia financeira. Sugere tambm, pesquisas similares, por

    meio de mecanismos diferentes e capazes de auxiliar nas tomadas de decises

    de recursos financeiros domsticos.

  • 43

    Referncias

    , J. C. Administrao financeira pessoal e sistema de apoio ao controle e tomada de deciso. 2009. 42 p. Monografia apresentada ao Curso de Tecnologia em Informtica, com nfase em gesto de negcios, na FATEC Zona Leste. So Paulo, 2009. BARBOSA, G. S. Educao financeira escolar: planejamento financeiro. 2015. 132 f. Dissertao (Mestrado) Curso de Mestrado Profissional em Educao Matemtica, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2015. CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos: finanas para casais. 3. ed. So Paulo: Gente, 2004. GITMAN, L. J. Princpios de administrao financeira. 12. ed. So Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. HAIR Jr., J. F. et al. Fundamentos de mtodos de pesquisa em administrao. Porto Alegre: Bookman, 2005. MARION, J. C. Teoria da contabilidade. So Paulo: Alnea, 2011. PASCHOARELLI, R. A regra do jogo: descubra o que no querem que voc saiba no jogo do dinheiro. 3 ed. So Paulo. Saraiva, 2007. PEIXE, B. C. S.; LENHARD, N. da S.; HARRES, P. R. Contabilidade familiar: um enfoque oramentrio. Universidade do Paran. Revista Cincias Empresariais UNIPAR, Toledo-PR, v.2, jul./dez., 2000. PUCCINI, E, C. Matemtica financeira e anlise de investimentos. 2.ed. Florianpolis: Departamento de Cincias da Administrao/ UFSC; Braslia: CAPES: UAB, 2012. SILVA, M. G. Informtica: terminologia bsica, Microsoft Windows XP, Microsoft Office Word 2007, Excel 2007, Acess 2007, PowerPoint 2007, 3. ed. So Paulo: rica, 2012

  • 44

    Mix de marketing em lojas de produtos esportivos no shopping center de Suzano: um estudo comparativo das vises

    de consumidores e varejistas17

    Marco Aurlio Sanches Fittipaldi18 Amanda Pereira de Souza 19

    Resumo: Este estudo tem como objetivo identificar quais fatores

    atraem o consumidor para que este escolha o shopping center de Suzano para a compra de calados esportivos. Tambm verificar se h convergncia de fatores na viso de consumidores e varejistas. Adotou-se uma abordagem quantitativa descritiva, foram aplicados questionrios distintos para varejistas e consumidores num total de cinquenta e seis entrevistados. Finalizada a pesquisa, conclui-se que a percepo dos varejistas e consumidores, com relao ao mix de marketing, foi diferente na maioria das assertivas. Sendo assim, pode-se inferir que o esforo de marketing das empresas no est sendo percebido da mesma forma pelos consumidores.

    Palavras-chave: Varejo. Consumidores. Varejistas. Mix de Marketing.

    1. Introduo

    O estudo do comportamento do consumidor de extrema importncia para

    que as empresas possam conhecer os seus clientes e assim conseguir traar

    um caminho mais adequado para atender as suas necessidades. Pode ser

    influenciado por diversos fatores, entre eles o mix de marketing.

    O comportamento do consumidor o conjunto de processos desenvolvidos

    quando os indivduos ou grupos selecionam, compram, usam ou dispem de

    produtos, servios, ideias ou experincias para satisfazer necessidades e

    desejos (SOLOMON, 2002). Este estudo tem como objetivo identificar quais

    fatores atraem o consumidor para que este escolha o shopping center de

    Suzano para a compra de calados esportivos.

    17 Texto apresentado no Grupo de Trabalho Gesto / Administrao do Seminrio Tecnologia,

    Educao e Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.

    18 Professor Doutor da Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, [email protected]

    19 Egressa do curso de Gesto Comercial da Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, [email protected]

    mailto:[email protected]

  • 45

    2. Referencial Terico

    2.1 Mix de Marketing

    O mix de marketing ou composto de marketing formado por um conjunto

    de variveis controlveis que influenciam a maneira que os consumidores

    respondem ao mercado.

    Na concepo de Kotler (2003, p. 151), o mix de marketing descreve o

    conjunto de ferramentas disposio da gerncia para influenciar as vendas.

    Este composto planejado especificamente para satisfazer as necessidades de

    cada mercado-alvo no qual a empresa busca alcanar, alm de auxiliar a

    organizao a desenvolver uma estratgia de posicionamento.

    Parente (2000) descreve seis variveis do mix varejista: produto, preo,

    apresentao, promoo, pessoal, ponto e localizao. O Quadro 1 apresenta as

    variveis do mix de marketing e os atributos que podem ser avaliados pelos

    varejistas.

    Quadro 1 Atributos para avaliao de varejistas Fonte: Parente, 2000, p. 124

  • 46

    2.1.1. Mix de Produtos

    Decidir o mix de produtos consiste em uma das decises mais

    fundamentais para o varejista. Para Parente (2000, p. 183) obter mercadorias

    que satisfaam suas necessidades a motivao principal dos consumidores

    quando compram produtos nas lojas.

    Na viso de Kotler e Keller (2006, p. 366), o conceito de produto mais

    amplo do que um bem tangvel. Os autores conceituam como algo que

    oferecido ao mercado para atender a uma necessidade ou desejo do mercado.

    Sendo assim, incluem-se os bens fsicos, servios, experincias eventos,

    pessoas, lugares, propriedades, organizaes, informaes e ideias.

    2.1.2. Apresentao

    O varejista tem percebido que o ambiente da loja pode funcionar como um

    diferencial mercadolgico. Sendo assim, projetar um ambiente agradvel, capaz

    de atrair os consumidores e estimular as compras passou a ser uma estratgia

    dos varejistas atuais (LEVY; WEITZ, 2000).

    A atmosfera de compra, a apresentao interna e externa da loja e layout

    so atributos que influenciam o comportamento do consumidor. A atmosfera de

    compra utiliza os sentidos do cliente como recurso para influenciar na hora da

    compra, as cores, formas, tamanho e decorao so alguns dos itens utilizados.

    A apresentao externa composta por tamanho, estilo arquitetnico, material

    de acabamento, fachada, comunicao visual externa, vitrines, conservao

    entre outros; a apresentao interna inclui largura dos corredores temperatura,

    som ambiente, limpeza, iluminao etc. (PARENTE, 2000)

    Escolher o tipo de layout a ser adotado importante, pois desta maneira

    determinado o espao de circulao das pessoas e a disposio de

    equipamentos. Sendo assim o layout de uma loja de varejo corresponde forma

    como as mercadorias esto dispostas no ambiente da loja, quais as instalaes

    presentes, estrutura fsica e como tudo isso organizado para conduzir s

  • 47

    compras (COBRA, 1997). O varejo trabalha com diferentes tipos de layout

    dependendo dos produtos vendidos, pblico-alvo estratgias da empresa.

    2.1.3. Preo

    O preo uma das variveis que mais sofre alterao do mix de marketing,

    pois ela afeta a competitividade, o volume de vendas, as margens e a

    lucratividade das empresas varejistas (PARENTE,2000).

    O principal objetivo das empresas a obteno de lucros, mas na hora de

    determinar a poltica de preos a ser adotada necessrio avaliar os objetivos

    que a empresa almeja alcanar. Algumas vezes, esses objetivos podero ser

    conflitantes, j que, para conseguir aumentar suas vendas, a empresa ter que

    sacrificar suas margens de lucratividade (PARENTE, 2000).

    Souza e Serrentino (2002) enfatizam que cada consumidor tem uma

    percepo de valor diferente dependendo do momento em que realiza a compra,

    os consumidores procuram por maior convenincia, servio, tica, qualidade,

    inovao, garantia e informao, mas desejam tambm gastar menos dinheiro,

    tempo e esforo.

    2.1.4. Promoo

    O mix promocional tem o poder de comunicar e tambm de persuadir o

    consumidor, influenciando suas atitudes e comportamentos. Para Kotler e

    Armstrong (2006, p. 386) as empresas no devem limitar-se a fazer bons

    produtos - devem informar os consumidores sobre os benefcios deles e

    posicion-los cuidadosamente em suas mentes.

    O composto promocional do varejo basicamente formado por:

    propaganda, promoo de vendas e publicidade, caso estes trs pontos estejam

    bem articulados conseguiro alcanar os objetivos promocionais da empresa

    (PARENTE, 2000).

    2.1.5. Pessoal e Servios

  • 48

    Os servios so estabelecidos no contato direto entre servidores e

    consumidores, oferecer um bom servio ao consumido