seminário de - fatecitaqua.edu.br · 19h45-20h30 4ª. sipat – dsts e gravidez na adolescência...
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Anais do
Seminrio de Tecnologia, Educao e Sociedade
Conhecer e inovar com criatividade
15 a 17 de maro de 2017
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Conhecer implica aproximar e/ou experimentar. Trata-se de agrupar diferentes referentes conceituais e tcnicos para se constituir uma produo de conhecimento. ter cincia do que est em pauta, ao desvendar possibilidades alteradas por determinadas contaminaes, que podem ocorrer por etapas. Incorpora-se a novidade. Na medida em que se estuda, aprofunda-se a compreenso das coisas no mundo. Consequentemente, isso gera uma produo de subjetividade, pois o sujeito insere-se nessa dinmica do conhecer.
J o inovar reflete uma perspectiva reflexiva o pensar. Mais que saber, atrelar-se disposio de mudana, transformao: um renovar. Mais que isso, aponta para uma articulao outra, diferente do convencional; o que solicita novas prticas, novas percepes. Seria ultrapassar os limites j estabelecidos. Ou, ainda, propor estrategicamente de modo criativo uma condio adaptativa de (re)inventar ideias, processos, ferramentas etc. Ou seja, inovar carrega, em sua natureza epistemolgica, a superao do que j est posto, ao ajudar a (re)conhecer a realidade.
Dessa forma, conhecer e inovar servem na (re)formulao de ideias e procedimentos para criar oportunidades de agenciamento/negociao na sociedade, cujo objetivo superar, com criatividade, o que j est dado. Portanto, instaura-se a expectativa para tentar solucionar dificuldades e atender necessidades que surgem em qualquer demanda profissional. tentar ir alm do convencional, sem medo de promover o novo, com qualidade. Esta ltima clama nosso compromisso institucional: a formao do sujeito.
De modo interdisciplinar, o escopo deste evento proporciona reflexo e discusso acerca de possibilidades que tangem tecnologia, educao e sociedade. O que contribui para se considerar diferentes tratativas, leituras e aplicaes conceituais e crticas sobre o tema em questo.
Muito mais que questes acadmicas, educacionais e tecnolgicas, as quais provocam novas/outras discusses e olhares interdisciplinares, tal escopo deste evento registra a comemorao dos 10 anos da Faculdade de Tecnologia [Fatec] de Itaquaquecetuba. Dez anos nos quais a preocupao com o processo de ensino-aprendizagem faz-se recorrente na dinmica desse conhecer atrelado inovao com criatividade.
Recordando, o I Seminrio Tecnolgico, ocorrido em setembro de 2007, j havia o indicativo da interdisciplinaridade como uma de suas caractersticas inerentes. Evento este que ocorre anualmente; portanto, temos aqui sua 10 edio. Tecnologia, inovao e sociedade, principalmente, so campos trabalhados nesses 10 anos, assim como a temtica (Conhecer e inovar com criatividade). Tal circunstncia ressalta a urgncia na interlocuo de saberes com outras instituies de ensino superior (IES). Inevitavelmente, para esta edio, propomos um dilogo institucional, tambm, com o mercado.
Comisso Organizadora
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Objetivos
- Estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas cientficas na
graduao, na expectativa de proporcionar oportunidades de reflexo
e discusso acerca de possibilidades que tangem tecnologia,
educao e sociedade, ao promover diferentes tratativas, leituras e
aplicaes conceituais e crticas sobre o tema em questo.
- Provocar novos/outros olhares, desafios e debates no campo
interdisciplinar contemporneo que envolve tecnologia, educao e
sociedade, na expectativa de comemorar os 10 anos da Faculdade de
Tecnologia [Fatec] de Itaquaquecetuba.
- Promover a divulgao cientfico-tecnolgica, a partir de
experimentaes conceituais e/ou tcnicas, que possam se multiplicar
como resultantes das abordagens apresentadas nos diferentes
formatos do evento: conferncias, palestras, sesses de
comunicaes, painis, entre outros.
Para esta edio 2017, foram distribudos 8 Grupos de Trabalhos.
1. Gesto/Administrao Coordenao: Prof. Dr. Marco Aurlio Sanches Fittipaldi
2. Secretariado Coordenao: Profa. Dra. Llia Zambrano
3. Tecnologia da Informao Coordenao: Prof. Dr. Geraldo Ribeiro Filho
4. Literatura/a palavra Coordenao: Profa. Dra. Telma Maria Vieira
5. Ingls/Lngua Estrangeira: Coordenao: Profa. Dra. Neusa Haruka Sezaki Gritti
6. Espanhol / Amrica Latina / MercoSul Prof. Fbio Barbosa de Lima
7. Comunicao, Cultura e Sociedade Coordenao: Prof. Dr. Wilton Garcia
8. Criatividade e Inovao Coordenao: Prof. Dr. Michel Mott Machado
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Faculdade de Tecnologia (Fatec) Itaquaquecetuba
Diretora: Profa. Dra. Sonia Maria Alvarez
Diretoria Acadmica: Maria Cristina Faria Carvalho Costa
Diretoria Administrativa: Mrcio Anderson Monteiro da Silva
Professores Coordenadores
Aparecido Rodrigues da Silva Lpez-Guerrero
Curso Superior de Tecnologia em
Gesto da Tecnologia da Informao
Fernanda Thomaz Maza
Curso Superior de Tecnologia em Secretariado
Francisco Cludio Tavares
Curso Superior de Tecnologia em Gesto Comercial
Comisso Organizadora
Prof. Dr. Francisco Claudio Tavares (Presidente)
Prof. Dr. Wilton Garcia
Profa. Ms. Fernanda Thomaz Maza
Prof. Ms. Aparecido Rodrigues da Silva Lpez-Guerrero
Obs: A responsabilidade tcnico-lingustica dos/as autores/as.
ISSN: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
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Conselho Cientfico
Prof. Dr. Marco Aurlio Sanches Fittipaldi
Profa. Dra. Llia Zambrano
Prof. Dr. Geraldo Ribeiro Filho
Profa. Dra. Telma Maria Vieira
Profa. Dra. Neusa Haruka Sezaki Gritti
Profa. Dra. Roslia Maria Netto Prados (CPS)
Prof. Dr. Michel Mott Machado (CPS)
Prof. Dr. Lincoln Nogueira Marcellos (Fatec Ipiranga)
Prof. Dr. Mario P. Roque Filho (Fatec Sebrae)
Comisso Executiva
Profa. Elizabeth Colorado Herrera
Profa. Maria de Lourdes Gomes Pereira
Profa. Maria Marta Marins de Oliveira
Profa. Margarete Castilho
Profa. Dra. Neusa Haruka Sezaki Gritti
Prof. Ricardo Henrique Trovo
Prof. Roberto Rodrigues
Carlos Alberto Baleeiro
Carlos Vincius Alves de Matos
Eduardo Gomes de Paula
Fagner Duarte Feitoza
Francisco de Assis Santos Sobrinho
Leandro da Silva
Maria Cristina F. Carvalho da Costa
Silvana Baggi de Almeida
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Programao
15 de maro de 2017 4. feira
08h30- 09h30 4. SIPAT Preveno contra roubos e assaltos
Local: anfiteatro
08h30-09h30 Tecnologia da Informao
Palestrante: Prof. Luciano Deluqui Vasques
10h00-11h30 Solenidade de Abertura
Saudaes das Autoridades
Lanamento do livro do curso de Secretariado
Profa. Fernanda Thomaz Maza
ALMOO
13h00-15h00 Mesa-redonda: Mltiplos enfoques com mltiplos atores
Dra. Ins Figitaro Otobe
Prof Dr Cristina Schmidt Silva Portro
Profa. Katiuscia Cristina Santana
Dra. Rosa Pastri
15h10-16h40 4. SIPAT - Qualidade de vida
Profa. Regina de Cssia Ferrari
19h00-19h40 Rotary Club de Itaquaquecetuba e Rotary Intercmbio
19h45-20h30 4. SIPAT DSTs e gravidez na adolescncia
20h35-21h25 Prof. Alexandre Manduca: Storytelling
21h30-22h30 Prof. Roberto Alves Rodrigues: Aikido
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16 de maro de 2017 5. feira
08h30-09h30 4. SIPAT Primeiros socorros: sinnimo de vida
Local: anfiteatro
09h40-10h40 Apresentao do site da Fatec Itaquaquecetuba
Prof. Marcos Vasconcelos de Oliveira
10h40-11h40 livre
ALMOO
13h00-14h30 e 15h00-16h40 GRUPOS DE TRABALHOS
Salas de aula
14h30-15h00 Apresentao musical
19h00-19h50 4. SIPAT Preveno contra roubos e assaltos
19h50-20h50 Profa. Andria (UTN, Argentina)
21h00-22h00 Prof. Luiz Fernando Teodoro
22h00-22h30 Momento Musical: Sr. Luiz Sanfoneiro
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17 de maro de 2017 6.feira
08h20-09h10 Prof Paulo Kazuhiro Izumi
Thiago Rodrigues da Rocha
Tecnologias de Colorao e Imagens
09h20-10h40 Lngua inglesa: cultura e mercado
Frank Jacob Heber (Estados Unidos)
Godspower Oboido (frica)
Prof. Dr. Geraldo Ribeiro Filho
10h20-11h30 Profa. Regina de Cssia Ferrari
Como conquistar o primeiro emprego
ALMOO
13h00-16h40 Sesso de Psteres
Prmio: Prof. Jos Carlos Bortot
19h20-19h30 Telenovela e mercado
Palestrante: Prof. Claudino Mayer
21h00-22h00 Alunos conversam com alunos
Cleidyane Sena dos Santos, Eduardo da Silva Oliveira, Camila A.
S. Gomes, Izonete M. S. Souza, Anglica P. Gomes, Karina,
Cristina, Yasmin, Mrcia, Vanessa C Souza.
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Sumrio
Apresentao .................................................................................. 02
Objetivos ......................................................................................... 03
Crditos ........................................................................................... 04
Programao .................................................................................. 06
Mesa-Redonda Argentina Brasil................................................. 10
Grupo de Trabalhos
Gesto / Administrao ....................................................... 26
Secretariado ........................................................................ 56
Tecnologia da Informao ................................................... 69
Literatura / A palavra ........................................................... 81
Ingls / Lngua Estrangeira ................................................. 114
Espanhol / Amrica Latina / MercoSul................................ 149
Comunicao, Cultura e Sociedade ................................... 158
Criatividade e Inovao ...................................................... 201
Sesso de Psteres ...................................................................... 227
Prmio Professor Jos Carlos Bortot ......................................... 266
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Mesa-Redonda
Argentina Brasil
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La internacionalizacin en Amrica Latina1
Andrea Fabiana Hidalgo2
Resumo: La presentacin tiene como objetivo mostrar la
importancia de la vinculacin en Educacin Superior de los
pases del MERCOSUR en los procesos de integracin
latinoamericana. La disertacin menciona tres momentos
fundamentales en la historia de la Educacin Superior en
Amrica Latina y su relacin con las experiencias
internacionales. Como conclusin del trabajo se busca
contextualizar terica e histricamente el MERCOSUR y se
presentan los puntos de vista que ha tenido y sigue teniendo
en el mbito educativo, social y cultural, partiendo de la
propuesta de la unidad en la diversidad y del papel
preponderante de las lenguas en ese proceso de
integracin.
Palavras-chave: Historia. Internacionalizacin. MERCOSUR.
1. Introduccin
Buenas noches a todos, en primer lugar quiero agradecer a las autoridades de
FATEC Itaquaquecetuba por la invitacin, felicitarlos por los diez aos de su fundacin
y expresarles que este tipo de eventos son imprescindibles para un despegue en
ciencia y tecnologa de Amrica Latina. Fui convidada a hablar de la
internacionalizacin en Amrica Latina y para iniciar entiendo que es necesario
mencionar tres hechos que marcan el camino de la Educacin Superior en nuestros
pases:
EL PRIMERO: Un fenmeno que llama poderosamente la atencin en el Nuevo
Mundo, segn autores como Tunnermann (2003), es el de la Fundacin temprana de
1 Texto apresentado na Mesa Redonda Argentina- Brasil do Seminrio Tecnologia, Educao
e Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.
2 Coordinadora Acadmica del Departamento de Idiomas UTN-FRA, coautora del Mtodo de Enseanza de Espaol como Lengua Extranjera Por vos, Buenos Aires, autora del libro Preparacin para los exmenes DELE A1 Editorial Edelsa, coautora de Lenguas extranjeras con fines especficos, Profesora en Letras (especializada en lenguas clsicas), Mster en Enseanza de Espaol como Lengua Extranjera, expositora y autora de diferentes trabajos de investigacin sobre la enseanza de Espaol como Lengua Extranjera a la poblacin asitica, capacitadora docente en Enseanza de Espaol como Lengua Segunda y Extranjera, autora y directora de la Diplomatura a distancia en la Enseanza de Espaol como Lengua Segunda y Extranjera UTN-FRA, responsable de grupos de intercambio estudiantiles internacionales.
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Universidades en tierras americanas cuando an no haba terminado la Conquista y a
pocas dcadas del Descubrimiento. Inclusive los cronistas del Rey mencionaban este
fenmeno expresando que en la mayora de los virreinatos pedan la ereccin de
universidades cuando todava (SALMORAL, 1991, p. 55) se ola a plvora y an se
trataba de limpiar armas. Claro que esas universidades coloniales tenan como
objetivo bsicamente proporcionar educacin a los enviados del Imperio y se
enseaba prioritariamente teologa. Estas universidades seguan dos modelos: uno, el
de una organizacin ms bien de convento-universidad (modelo de Alcal de Henares)
y otro con una estructura ms localista, ambos modelos impartan sus clases en latn y
tenan como principal objetivo la de reproducir el conocimiento del Imperio. Como dije,
llama la atencin que en 1538 se funda la primera Universidad que es la de Santo
Domingo y muchas otras aunque solamente de Jure como la de Buenos Aires y la de
Charca (Bolivia). En Argentina, entonces, el fenmeno de las universidades es
temprano. Ya en 1613 se erige la Universidad de Crdoba que es hoy una de las ms
prestigiosas de nuestro pas. Segn expresa Campos (1954), queda claro que en
Brasil la situacin fue algo diferente. Los portugueses a diferencia de los espaoles no
crearon universidades en sus colonias por lo que la lite intelectual de la etapa colonial
se formaba en Coimbra. Sin dudas, la historia de Brasil tanto por su nmero de
habitantes como por su diversidad sumado a la distribucin territorial todo esto unido a
una estructura federal condiciona la historia de la educacin superior en Brasil. Sin
embargo, en coincidencia con Campos (1954) llama poderosamente la atencin que la
Constitucin de 1824 en el artculo 33 recoga ya el derecho de los brasileos a tener
colegios y universidades donde se ensearan las Ciencias, las Bellas Letras y las
Artes. Segn el mismo autori en agosto de 1827 se fundan las dos primeras Escuelas
de Derecho en San Pablo. Brasil nos deja muy en claro que las ciencias y las Artes
sern un objetivo puntual desde la gnesis de la Universidad. Un modelo federal y la
defensa de que la educacin superior fuera un instrumento para la creacin y difusin
de una cultura propia ms una universidad en la que se realizar investigacin en
Ciencias desde su mismo origen habla mucho de un modelo de Universidad. Cabra
mencionar que la historia de la universidad tanto en Argentina como en Brasil y otros
pases de Amrica Latina se vieron afectadas por diferentes dictaduras militares. A
pesar de eso, no es casual que desde 2005 de manera sostenida sea una universidad
de Brasil, ms especficamente de San Pablo figure entre las 100 primeras del mundo
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segn el Ranking Acadmico Mundial de Universidades y que sea, de hecho, la nica
de Amrica Latina.
UN SEGUNDO HECHO que debemos considerar es el del primer
cuestionamiento serio que las Universidades latinoamericanas hacen a los sistemas
tradicionales de enseanza en educacin superior. Es decir, la Reforma universitaria
de Crdoba en 1918. Las universidades latinoamericanas, encasilladas en modelos
coloniales e inclusive las republicanas estaban lejos de responder a las necesidades
de AL, muy lejos de una misin educadora y con un poder entronizado se vieron
sacudidas por el movimiento que surgi originariamente en Crdoba pero que muy
pronto se propag a lo largo y a lo ancho de toda Amrica. La reforma de los jvenes
universitarios de Crdoba puso por primera vez el problema universitario en el primer
plano de las preocupaciones nacionales. El manifiesto liminar (cuyo original tuve la
oportunidad de ver en la UNC) exiga: la autonoma universitaria, los concursos
docentes, la libertad de ctedra, la democratizacin de la universidad, la educacin
superior gratuita y llamativamente la Unidad Latinoamericana a travs de una
preocupacin por la educacin internacional de los pases de Amrica Latina. Queda
claro que la Reforma no consigui la transformacin de la universidad en el grado que
las mismas exigan, pero dio un primer gran paso en ese sentido. Creo que podemos
arribar a una segunda conclusin y es que: LOS JVENES REFORMISTAS HACE
CASI 100 AOS ATRS ENTENDAN YA LA NECESIDAD DE LA UNIDAD
LATINOAMERICANA Y LA IMPORTANCIA DE LA EDUCACIN INTERNACIONAL
EN ESE CAMINO.
EL TERCER HECHO que considero fundamental mencionar es el de la
importancia de las lenguas en el proceso de integracin de Amrica latina y el rol del
MERCOSUR, o mejor dicho, el papel del MERCOSUR cultural ya que en el tratado
constitutivo original del MERCOSUR no se realiza ninguna mencin a la cultura ni a
las lenguas a travs de las cuales se comunican los pueblos de Amrica. Sin dudas,
son las lenguas las nicas capaces de articular cualquier unin entre los pueblos y la
cultura es el elemento fundante de todo proceso de integracin ya que es el principal
elemento cohesionante. No obstante, el MERCOSUR otorg gran relevancia a la
educacin como factor de integracin y, consecuentemente, como pieza clave para la
consolidacin y proyeccin de la unin que se comenzaba a construir. Adems,
tempranamente se reconoca su importancia en la promocin del reencuentro de los
pueblos de la regin en sus valores comunes, como as tambin se destacaba su
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papel en la generacin y transmisin de valores y conocimientos cientficos y
tecnolgicos y la posibilidad cierta que ofrece para la modernizacin de los Estados
Parte.
No obstante, los aspectos sociales y culturales fueron apareciendo sobre la
marcha y tomaron forma a partir de las diferentes situaciones que se iban
presentando. Las comunicaciones entre los Estados y la difusin de sus patrimonios
culturales, histricos y artsticos pasaron, entonces, a ser pilares del proceso de
integracin. En este sentido, por medio de la Decisin N11/963 se aprueba un
Protocolo de Integracin Cultural del MERCOSUR. En su artculo I, los Estados
signatarios se comprometen a promover la cooperacin y el intercambio entre sus
respectivas instituciones y agentes culturales con el objetivo de favorecer el
enriquecimiento y la difusin de las expresiones culturales y artsticas del
MERCOSUR. Tal como expresa Contursi (2002) no se especifica, pero se
sobreentiende que la difusin se realizara en los idiomas oficiales del Mercosur. No
obstante, inicialmente las lenguas tuvieron un tratamiento instrumental, puesto que el
espaol y el portugus fueron declarados Idiomas oficiales, pero slo a los efectos de
la publicacin de los documentos producidos en el marco del Tratado, es decir, como
lenguas de trabajo de la entidad intergubernamental. Sin embargo, la decisin de
incorporar las lenguas y el campo educativo, en general, al proyecto de regionalizacin
abri la posibilidad de un doble movimiento: hacia adentro de los Estados nacionales
la inclusin de las lenguas de los otros y hacia afuera la expansin de la propia. Luego
de una dcada de considerar las lenguas como meros instrumentos de comunicacin
al servicio de los intereses econmicos globales, el Mercosur vir ideolgicamente
hacia un esquema de regionalismo estratgico que supuso cambios en la poltica
lingstica y educativa. El plan de Accin 2001-2005 para el sector Educativo propuso
promover la enseanza de las Lenguas Oficiales del MERCOSUR en los sistemas
educativos y la formacin de docentes y promover el conocimiento del patrimonio
lingstico regional e instrumentar polticas adecuadas a las diferentes realidades
sociolingsticas de la regin. Coincidiendo con Contursi (2002), cuando el guaran se
incorpora como Lengua Oficial del MERCOSUR emerge como metfora de otra
realidad: la integracin que partir del reconocimiento de las diferencias y del respeto
3 En la pgina oficial del MERCOSUR pueden consultarse los documentos completos.
MERCOSUR CULTURAL. Qu es el MERCOSUR cultural? Disponible en: . Acceso el 10 de enero de 2017.
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por la diversidad. En este sentido, Recondo (1997) indica que la tarea de lograr un
bloque cultural moderno y poderoso requiere la redefinicin cultural de los
latinoamericanos, porque no podr haber integracin poltica de ningn tipo si no hay
una integracin cultural. Pero, tal como expresa Viva (2011) no se trata de una
integracin de la cultura, sino de un proceso de integracin por va de la cultura. Es
decir, no se trata de unificar la cultura, se trata de una integracin que parta del
reconocimiento de las diferencias y de la diversidad cultural: la unidad en la diversidad.
Como indica la mencionada autora (2011) las naciones de Amrica Latina tienen la
particularidad de ser sociedades multirraciales y policulturales. Sin embargo, el vnculo
histrico permanece indestructible. SE PUEDE AFIRMAR ENTONCES QUE NO ES
POSIBLE PENSAR EN UNA INTEGRACIN SIN UNA COOPERACIN
HORIZONTAL DE LOS PASES INVOLUCRADOS QUE TOME COMO EJE CENTRAL
A LAS LENGUAS DE LOS PASES INTEGRANTES DEL MERCOSUR.
Ahora bien, cul es el desafo hoy casi 100 aos despus de la Reforma del
18 y ms de 400 aos despus de la conformacin de las primeras universidades
latinoamericanas? Sin dudas, la de repensar el lugar de la ciencia y la tecnologa en
Amrica Latina y la de promover y desarrollar vnculos profundos y autnticos de
educacin internacional.
Entonces, qu tienen en comn y en este contexto la UTN-FRA y la FATEC
Itaquaquecetuba. Tienen en comn historias y experiencias de educacin
internacional. Pienso, de pronto, en historias simples: una profesora colombiana
ensea espaol en Brasil viaja con sus alumnos a Buenos Aires, escucha un tango y
llora recordando a su padre y su infancia fusin de tamarindos y msica de toda
Amrica; un joven estudiante de una ciudad de las afueras de San Pablo viaja por
primera vez en avin, conoce otra cultura, aprende que otras lenguas tienen que ver
con otro modo de entender el mundo y decide que necesita aprender ms espaol; un
profesor llega a Buenos Aires y compra todos los peridicos no del da, de la semana
les ensea a sus alumnos que para formarse deben informarse; un alumno recibe un
ascenso en su trabajo porque vino de su viaje de estudios con un certificado
internacional que acredita su nivel de lengua espaola y sus conocimientos de gestin
empresarial; un profesor llega a Buenos Aires y escribe un poema4. Como estas
historias habr muchas que ni siquiera llegar a conocer, pero si me preguntan qu
4 El mencionado poema fue escrito por el profesor Dr. Wilton Garca el da de la llegada a
Buenos Aires (2 de junio de 2013) a propsito del Mdulo Internacional desarrollado por la UTN-FRA y FATEC Itaquaquecetuba. Vase anexo 1.
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pas entre la UTN-FRA y la FATEC Itaqu puedo decir que pas lo que nadie
esperaba que pasara: que dos facultades de la periferia de enormes ciudades, una de
Brasil que para ese entonces contaba con apenas 6 aos y otra de Argentina con ms
de 60 dieran el primer paso para la internacionalizacin y que, de pronto, la integracin
de los pases del MERCOSUR dejara de ser una simple expresin de un papel, que
dejara de ser un fenmeno inducido por acuerdos para comenzar un proceso de
mutuo conocimiento a travs de diferentes expresiones culturales que no son (ni
deben ser) una licuacin de las diferencias sino la construccin de una nueva
identidad colectiva complementaria a la identidad nacional. Y si me preguntan por qu
pas creo que, sin dudas, pas por la visin de una directora, la persistencia de sus
profesores y por la conduccin de otras autoridades que han sabido comprender el
verdadero camino de la Educacin Superior. Pero si esto fue posible entre nuestras
facultades tambin creo con toda la fuerza de mi conviccin que ha sido porque en el
inconsciente de cada uno de nosotros continan latiendo los preceptos de los jvenes
reformistas que desde hace un siglo nos recuerdan el lugar que debe tener la
universidad en la sociedad y nos muestran que la educacin internacional es el nico
camino capaz de construir una nueva identidad colectiva superadora de toda
diferencia y complementaria, capaz de intercomunicar las distintas expresiones de la
cultura latinoamericana.
Con todo lo dicho no me queda ms que felicitar a la FATEC Itaqu por su
aniversario y por haber sido tan visionaria en sus pocos aos de fundada. Mis mejores
deseos para nuestra querida FATEC Itaqu.
Referncias
CAMPOS, Ernesto de Souza. Histria da Universidade de So Paulo. So Paulo, 1954. CONTURSI, Eugenia. Legislacin poltico-lingstica del MERCOSUR: avances y dilaciones a casi dos dcadas del Tratado de Asuncin. Buenos Aires, agosto 2002. Disponible en /. Acceso el 10 febr 2013. RECONDO, Gregorio. Identidad, integracin y creacin cultural en Amrica Latina. Buenos Aires: Ed. De Belgrano, 1997.
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SALMORAL, Manuel Lucena. El Descubrimiento y la fundacion de los reinos ultramarinos: hasta fines del siglo XVI. Madrid: Ed. Cspide, 1991. TNNERMANN BERNHEIM, Carlos. La Universidad Latinoamericana ante los retos del siglo XXI. Mxico: Unin de Universidades de Amrica Latina, 2003. VIVA, Julieta. Mercosur cultural. Buenos Aires, febrero 2011. Disponible desde Internet en . Acceso el 03 de enero de 2013. Anexo
Antes de Buenos Aires
Wilton Garcia
03.06.2013
Luzes. Imagens.
Estrelas.
Da janela do avio,
foi possvel avistar
apenas alguns pontos dourados
a formar quase de imediato
um corpo deslocado
de brado celestial.
No alto, bem alto, havia
impresses do claro noturno
Antes de a nave passar pelo rio Del Plata.
Marcas soltas no espao
refletiam esse tom disforme,
que aos poucos o olhar condiciona
para tal experincia cintilante.
O contorno. O brilho!
Depois, a prpria iluminao da cidade
revelou cenas estranhas,
jamais imaginadas...
Antes de chegar a Buenos Aires.
Luces.Imgenes.
Estrellas
Desde la ventanilla del avin,
Era posible divisar
solamente algunos puntos dorados
formando casi de inmediato
un cuerpo dislocado
de grito celestial.
En lo alto, bien alto, haba
impresiones de llamaradas nocturnas
Antes del avin pasar por el ro Del Plata.
Marcas sueltas en el espacio
reflejaban esa tonalidad sin forma,
que poco a poco la mirada condiciona
para tamaa vivencia luminosa
El contorno. El brillo!
Despus, la iluminacin propia de la ciudad
Revel escenas extraas,
Nunca antes imaginadas
Antes de llegar a Buenos Aires.
Traduccin: Elizabeth Colorado
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Mercosul: Internacionalizao Brasil Argentina5
Luiz Fernando Teodoro6
Resumo: Com o propsito discorrer sobre as oportunidades geradas pelo MERCOSUL, em particular, ao Acordo de Admisso de Ttulos e Graus Universitrios para o Exerccio de Atividades Acadmicas nos Estados Partes do Mercosul (1999), onde em comum acordo os pases membros concordam acatar localmente diplomas expedidos pelos demais membros sem a necessidade de revalidao, este artigo objetiva-se apresentar o desdobramento de experincias adquiridas em funo de estudar na Argentina. A estratgia adotada no desenvolvimento do artigo est pautada no relato experincia. Assim, os resultados obtidos demonstram ser vantajosa a realizao de estudos especialmente no ensino superior no pas em questo.
Palavras-chave: Intercambio. Brasil. Argentina. MERCOSUL. Relaes Internacionais
1. Introduo
At que ponto voc est disposto ir em busca de oportunidades melhores
em sua vida? Em nossas vidas a todo o momento seja pessoal, social ou
profissionalmente nos deparamos com algumas inquietaes acerca dos
caminhos escolhidos ao alcance dos objetivos traados. Pois, a cada ano
assumimos outros novos compromissos dentre estes estudar em outro pas e,
associado a isso, conhecer outras culturas ampliando as vivencias e a troca de
experincias.
Alinhado ao acima exposto, este artigo uma sntese das experincias de
vida e profissional adquiridas dentre um conjunto de desafios e acertos ao
alcance dos objetos traados em aprofundar os conhecidos atravs da
oportunidade de estudar em outro pas. Tal experincia, culminou em palestras
como estratgia de contribuir outros interessados expondo a vivencia na
5 Texto apresentado na Mesa Redonda Argentina- Brasil do Seminrio Tecnologia, Educao e
Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.
6 Professor da Faculdade de Tecnologia [FATEC] de Itaquaquecetuba, Mestre, [email protected]
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Argentina, propiciada especialmente pelo aprofundamento da
internacionalizao trazidas pelo Mercado Comum do Sul.
2. Relaes internacionais Brasil Argentina
Os pases considerados perifricos, como os das Amricas Latina e Sul,
acompanhando a tendncia de planejamento e preocupados com o
desenvolvimento desigual de suas regies, passaram a criar programas de
promoo do desenvolvimento regional, principalmente aps a dcada de 1970.
Dentre eles destaca-se o caso brasileiro, com a criao da Superintendncia do
Desenvolvimento da Amaznia (SUDAM) e Superintendncia do
Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE) para a promoo das regies Norte e
Nordeste.
Alinhado ao iderio de pensar localmente, dentre outros objetivos, mas
principalmente em ampliar os negcios comerciais e, associado ao fomento do
desenvolvimento econmico regional entre os pases do cone sul, institudo o
Mercado Comum do Sul7 (MERCOSUL). Cabe pontuar que o Tratado de
Assuno desdobramento da evoluo histrica nas relaes comerciais entre
Brasil e Argentina, especialmente, com a assinatura da Ata de Buenos Aires em
1990.
Em 1999, considerando a educao central no processo de consolidao
da integrao regional, o intercmbio de acadmicos entre as instituies de
ensino superior da Regio, apresentar-se como mecanismo eficaz para a
melhoria da formao e da capacitao cientfica, tecnolgica e cultural na
modernizao dos Estados Partes. Diante disso, assinado o Acordo de
Admisso de Ttulos e Graus Universitrios para o Exerccio de Atividades
Acadmicas nos Estados Partes do Mercosul, onde assumem o compromisso de
admitir os diplomas e certificados emitidos por instituies de ensino superior de
7 Criado em 26 de maro de 1991, por meio do Tratado de Assuno, o MERCOSUL visa
estabelecer uma rea de livre comrcio inicialmente entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Atualmente conta com cinco membros efetivos, inclui-se a esses anteriores a Venezuela, tendo como membros associados outros cinco pases: Chile, Bolvia, Peru, Colmbia e Equador.
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20
outros estados membros para o exerccio de atividades de docncia e pesquisa.
Tendo como destaque no texto, o entendimento da no necessidade de
revalidao do diploma e certificado expedidos entre os membros para o
desenvolvimento de atividades acadmicas.
Em um cenrio de extrema competio internacional, o governo local precisa buscar a composio com pases vizinhos e, at mesmo, com aqueles com caractersticas similares para atrair investimentos que promovam a contnua especializao das atividades econmicas local. Se necessrio for, buscar a reestruturao socioeconmica, contando com a mobilizao e as iniciativas dos atores locais em torno de um projeto de bem comum. (TEODORO, 2012, s/p.)
Apesar de, como referido, o tratado ser consolidado em 1999,
internamente, apenas no ano de 2005, o Congresso brasileiro promulga tal
Acordo por meio do Decreto Federal de n. 5.518/2005.
Ao passo que essa iniciativa representa a oportunidade para todos os
estudantes da Regio, mas especialmente, para os docentes, como mais uma
alternativa diante das disparidades socioeconmicas e regimentais. Neste ltimo
em particular, ao que tange o aspecto educacional, quando observado
exclusivamente o caso brasileiro, sua oferta e ingresso em instituies de ensino
superior pblicas ao que parece, apresenta-se como entrave na formao e
capacitao desses profissionais apesar dos esforos empregados pelo poder
pblico nos ltimos vinte anos. Quando comparado, especialmente, ao modelo
de oferta empregado pela Argentina, onde sua oferta e ingresso esto
condicionados ao nmero de candidatos aprovados nos processos seletivos,
evidencia a discrepncia quanto ao modelo de ingresso ao ensino superior
brasileiro.
De acordo com os dados do Censo do Ensino Superior (2013), do total de
2.391 instituies de ensino superior no Brasil apenas aproximadamente 13%8
so instituies pblicas que concentraram apenas 26,4% do total de matriculas
realizadas no mesmo perodo. Pode-se, associar a essa constatao, o fato de
8 Enquanto que em 2015, de acordo com o Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior
(SEMESP), instituies pblicas apresentou queda de 0,5%, passando a representar 12,5% do total de instituies.
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28,2% da populao economicamente ativa (PEA) receberem um salrio mnimo
por ms, segundo dados do Banco Central brasileiro (2015), o que diminui suas
chances no acesso ao ensino superior.
Por outro lado, mesmo aps a promulgao do referido Decreto Federal e
do Acordo retificado pelo Brasil junto ao MERCOSUL, ao que se observa as
instituies de ensino superior instaladas no territrio nacional, no consideram
na totalidade o disposto nesses documentos oficiais seja na admisso de
profissionais de ensino e seja na sua evoluo funcional, exigindo por sua vez, a
revalidao do diploma9 e certificado10.
Diante deste contexto e, por fazer parte dos profissionais do ensino
superior brasileiro, lancei-me ao desafio de aprofundar os conhecimentos e
especializao por meio do doutoramento em um dos pases limtrofes do Brasil,
no caso a Argentina.
3. A experincia estudantil na Argentina
A escolha por esse pas deu-se em funo de diversos fatores, em
destaque: as caractersticas tanto na oferta quanto na organizao do ensino
local; a facilidade na tramitao de documentos legais de permanncia no pas;
fatores climticos; aspectos econmicos; a relao social com o povo brasileiro;
questes logsticas proximidade do Brasil; e, pela lngua.
No caso especifico da oferta de cursos de ps-graduao, o postulante a
cursar em outro pas, tem de considerar a existncia de rgo regulador desse
nvel de ensino nos moldes da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de
Nvel Superior (CAPES), o que se confirmou pela existncia da Comisin
Nacional de Evaluacin y Acreditacin Universitaria (CONEAU), na Argentina,
9 Diploma: corresponde a um documento oficial expedido onde atesta ao seu detentor ter
concludo cursos reconhecidos e, aps seu registro em rgos competentes, tm validade nacional;
10 Certificado: Assemelha-se ao diploma, mas o que os distanciam, que os cursos no necessariamente sejam reconhecidos, o certificado apenas atesta ao detentor ter concluso algum tipo de curso. H casos que, antes da expedio e registro do diploma, expedido o certificado.
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no menos importante, alinhado a tal constatao, deve-se verificar se o curso e
a instituio esto credenciados junto ao rgo de regulao.
J em relao ao curso a ser realizado, tem de se levantar as instituies
brasileiras ofertantes desse curso e no mesmo nvel, o que eventualmente
poder representar dificuldades na revalidao no Brasil. Em particular aos de
ps graduao, strictu sensu, julga-se coerente tentar ajustar o tema e assunto a
ser investigado dentro das linhas de pesquisas dos programas oferecidos no
Brasil o que pode, por sua vez, tornar o caminho a revalidao mais tranquilo.
Com relao a facilidade na tramitao de documentos legais de
permanncia na Argentina, o ingresso garantido principalmente pelo acordado
entre os membros do MERCOSUL livre acesso de estrangeiros , mas se faz
necessrio em caso de permanncia para estudos e com prazo superior a trs
meses, a solicitao de visto de estudante que ter validade por vinte e quatro
meses prorrogvel por igual perodo. No Brasil, a tramitao desse documento
junto ao consulado argentino pode levar aproximadamente sessenta dias, devido
a juntada de documentos, agendas e, bem como, no so todos os estados
brasileiros que dispem de escritrios do consulado.
Pelas estratgias e circunstancias apresentadas pela economia do pas
vizinho nos ltimos anos ao que se refere poltica cambial modelo de
desvalorizao cambial , apresenta-se vantajoso o turismo como realizar
estudos na Argentina, especialmente, em levar esse pas tanto dlares quanto
reais. Pois, pela ampla aceitao possvel efetuar pagamentos, tambm, em
ambas as moedas no mercado local, permitindo estudar a um investimento
financeiro menor quando comparado ao Brasil.
A semelhana climatolgica em algumas das regies da Argentina com o
Brasil constitui um dos fatores positivos de adaptao. Ao passo que, na
culinria existe uma considervel distancia pelos hbitos alimentares o feijo,
por exemplo, no faz parte do cotidiano dos argentinos, a base alimentar
constituda de arroz, batata e carne.
Outro destaque est nas relaes sociais entre os povos dos dois pases,
fortalecida pela proximidade territorial e pela conscientizao mutua da
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importncia de uma unio estratgica para o desenvolvimento de ambos. Assim,
a receptividade e acolhida pelos argentinos de tal ordem que nos faz acreditar
estar em casa, sempre dispostos a ajudar e, especialmente, se postam
interessados em conhecer mais sobre o Brasil.
As diferenas culturais, a paisagem, a organizao social e a prpria
histria do pas vizinho, constitui grande oportunidade na apropriao local
contribuindo no entendimento e reflexo, at mesmo, da constituio, formao
e organizao do Brasil.
Consideraes finais
As relaes internacionais entre Brasil e Argentina do presente, retratam
um passado de constate dilogos acerca de assuntos desde aspectos culturais
at de ordem econmica e poltica. A experincia vivida atravs da deciso em
aprofundar os conhecimentos na Argentina, propiciou qualitativamente,
profundas transformaes no olhar e entendimento das alianas estratgicas na
promoo do desenvolvimento econmico e social dos pases membros do
MERCOSUL. As trocas, o intercambio estudantil e de conhecimento,
demonstram ser de grande valia na especializao dos pases, principalmente,
na formao e capacitao de profissionais.
Referncias
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GT Gesto / Administrao
Coordenao:
Prof. Dr. Marco Aurlio Sanches Fittipaldi
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ERP: Implantao na empresa ALU100011
Csar Hideki Kikuchi12 Edmilson de Eirs Oliveira13
Resumo: As empresas esto sempre procurando melhorar a eficincia
de suas operaes a fim de elevar a lucratividade. A informao tornou-se uma ferramenta estratgica e os sistemas empresariais passaram a ser amplamente utilizados pelas empresas e so apresentados como solues para a maioria dos negcios. Os benefcios de um sistema empresarial e como ele contribui na integrao e otimizao dos processos devem estar na pauta de aes nas empresas. O presente artigo visa apresentar os resultados obtidos por uma empresa de porte mdio com a implantao de um sistema ERP (Enterprise Resource Planning).
Palavras-chave: Informao. Sistemas Empresariais. Sistema ERP.
1. Introduo
Cada vez mais os sistemas de informao vm assumindo um papel
estratgico nas empresas, sua correta administrao condio necessria ao
uso eficaz dos recursos disponveis, possibilitando aperfeioar processos,
eliminar o desperdcio e melhorar o retorno sobre o investimento realizado.
Um sistema de informao pode ser definido tecnicamente como um
conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam),
processam, armazenam e distribuem informaes destinadas a apoiar a tomada
de decises em todos os nveis, a coordenao e o controle de uma
organizao.
Espera-se do gestor comercial que ele possua a habilidade de tomar
decises rpidas e precisas. Tal atitude depender da velocidade e da qualidade
com que as informaes so processadas e analisadas. Alcanar o sucesso no
11 Texto apresentado no Grupo de Trabalho de Gesto/Administrao do Seminrio Tecnologia,
Educao e Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.
12 Tecnlogo em Gesto Comercial da Fatec de Itaquaquecetuba/SP, [email protected]. 13 Docente da Fatec de Itaquaquecetuba/SP, Professor Especialista,
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mundo dos negcios est diretamente ligado informao como ferramenta de
estratgia de competitividade.
O sistema Enterprise Resource Planning (ERP) um recurso essencial na
estrutura dos sistemas de informao de uma empresa, tanto para o nvel
operacional como para o nvel gerencial. Este tipo de sistema mitigar
problemas oriundos da m estruturao da informao da organizao, como a
redundncia de dados.
2. Sistema de Informao
A informao um dos ativos mais importantes de uma empresa,
perdendo apenas para as pessoas (TURBAN E VOLONINO, 2013). Ela tornou-
se elemento para obteno do sucesso organizacional, bem como, geradora de
oportunidades frentes aos novos desafios das organizaes.
Segundo Rezende (2008), a informao no pode ser abstrata, de
compreenso difcil, obscura, vaga, irreal ou imaginria. Deve ser real,
verdadeira e concreta. Das ferramentas de que o gestor comercial dispe, os
sistemas de informao esto entre as mais importantes para atingir altos nveis
de eficincia e produtividade nas operaes, especialmente quando combinadas
com mudanas no comportamento da administrao e nas prticas de negcio
(LAUDON; LAUDON, 2011).
Os sistemas de informao tm a capacidade de transformar o ambiente
de negcio. Proporcionam relacionamento mais estreito entre clientes e
fornecedores, melhor tomada de deciso, vantagens competitivas, novos
produtos e servios, novos modelos de negcio e sobrevivncia (LAUDON;
LAUDON, 2011).
H diferentes formas de classificar os sistemas de informao. As
classificaes mais aceitas agrupam os sistemas de informao pela finalidade
principal de uso e pelo nvel organizacional.
Os nveis da informao e de deciso empresarial obedecem hierarquia
organizacional existente nas empresas e so conhecidos como: estratgico,
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ttico e operacional. O tipo de deciso que tomado em cada nvel requer
diferente grau de agregao da informao.
As decises do nvel operacional envolvem gestores operacionais,
abrangem a forma com que a rotina diria deve ser realizada para atender aos
objetivos organizacionais.
As decises do nvel ttico envolvem os gestores do nvel intermedirio,
abrangem os aspectos relacionados eficincia e efetividade da utilizao de
recursos e do desempenho das unidades de negcio em consonncia com os
objetivos organizacionais.
As decises do nvel estratgico envolvem a alta direo, abrangem os
objetivos, recursos e polticas da empresa como um todo em relao ao
ambiente de negcio e necessitam de informaes relativas situao atual e
futura da organizao.
Segundo Audy, Andrade e Cidral (2005), Rezende e Abreu (2013),
Laudon e Laudon (2011) e Turban e Volonino (2013), os SI podem ser
classificados segundo ao suporte a deciso em: sistema de processamento de
transaes (nvel operacional), sistema de informao gerencial (nvel ttico),
sistema de apoio deciso (nvel ttico) e sistema de informao executiva
(nvel estratgico).
Os sistemas de processamento de transaes (SPT) so os sistemas de
informao direcionados ao nvel operacional que executam e registram as
transaes rotineiras que a empresa realiza como parte de seus processos de
negcio.
Os sistemas de informao gerencial (SIG) so os sistemas de
informao que atendem em grande parte os gestores de nvel ttico da
empresa, sendo que sintetizam, registram e relatam a situao em que se
encontram as operaes.
Os sistemas de apoio a deciso (SAD) so sistemas de informao que
auxiliam os gestores de uma empresa a tomar decises, com base em dados
obtidos dos sistemas de informao gerencial (SIG), dos sistemas de
processamento de transaes (SPT) e de fontes externas.
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Os sistemas de informao executiva (SIE) so os sistemas de
informao que auxiliam os executivos do nvel estratgico a tomar decises,
trabalham com os dados no nvel macro, com muitas informaes grficas.
3. Enterprise Resource Planning (ERP)
Empresas que possuem processos empresariais inconsistentes ou
ultrapassados tendem a ter dados de baixa qualidade, gerando impactos nos
processos de tomada de deciso. Focando em resolver este problema
reprojetam os processos e os consolidam em um sistema empresarial integrado.
Os sistemas empresariais integrados so sistemas ou processos que
envolvem a organizao inteira ou suas partes principais. Vrios sistemas
empresariais podem ser encontrados nas organizaes, entre eles o sistema
integrado de gesto ou Enterprise Resource Planning. (TURBAN; RAINER;
POTTER, 2005).
De acordo com Bentes (2008), a finalidade bsica de um sistema ERP
atuar como um facilitador do fluxo de informaes entre todas as atividades
empresariais, desde a fabricao at o RH, passando por reas to distintas
como a logstica e a financeira.
Segundo OBrien e Marakas (2007), o ERP cria uma estrutura de
integrao e aprimoramento dos processos internos de uma companhia,
melhorando significativamente a qualidade e a eficcia do servio de
atendimento ao cliente, da produo e da distribuio. Esta integrao tambm
auxilia na comunicao interna.
Segundo Turban, Rainer e Potter (2007), o sistema ERP apoia os
processos empresariais internos nas seguintes reas funcionais: finanas e
contabilidade, fabricao e produo, vendas e marketing e recursos humanos.
Os ERPs so compostos por mdulos diversos, que atendem a diversas
necessidades, uma empresa pode escolher quais delas implantar e em qual
velocidade isso ser feito. Cada mdulo pode ser dedicado a uma funo ou
tarefa especfica, ou voltado a todo um processo, automatizando os mesmos.
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Uma das principais caractersticas dos ERPs a possibilidade de uso de
um nico banco de dados, embora os dados tenham sido gerados de reas e
departamentos diversos. Segundo Haberkorn (2003), o ERP proporciona a
atualizao dos dados em tempo real e de forma ntegra, formando assim a base
de conhecimento da empresa com uma excelente qualidade.
De acordo com Turban, Rainer e Potter (2007), os sistemas de ERP
possuem algumas desvantagens: podem ser extremamente complexos, caros e
demorados de implantar e as empresas podem ter de mudar os processos
empresariais existentes para se ajustarem aos processos predefinidos do
software.
Outra desvantagem a integrao com outros sistemas, as empresas
podem ter dificuldade em fazer com que outros sistemas operem com o sistema
ERP, necessitando at mesmo de software adicionais para criar essas
conexes. A modernizao da infraestrutura da tecnologia tambm um
diferencial, ao implantar um sistema ERP, a empresa tem a oportunidade de
modernizar e padronizar a tecnologia de informao que utiliza.
4. Estudo de caso
O estudo de caso nico foi realizado no perodo de 01 a 04 do ms de
novembro de 2016, na empresa Alu1000. Fundada em abril de 1999, a empresa
iniciou suas atividades no bairro de Itaquera em So Paulo. Atualmente possui
trs unidades na zona leste da cidade de So Paulo e uma unidade na regio do
grande ABC, no municpio de Mau.
Focando uma melhor preciso dos fatos, foram selecionadas duas
colaboradoras do setor financeiro, pois exercem funes diretamente ligadas aos
principais processos do sistema ERPFlex. Com base na reviso bibliogrfica
foram elaboradas nove questes, a fim de analisar o cenrio anterior e ao
posterior da implantao do sistema ERPFlex.
Foi selecionado para o estudo de caso o processo de emisso de Nota
Fiscal Eletrnica (NFe), pois este processo faz com que a empresa atenda as
legislaes pertinentes da rea fiscal.
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Anteriormente esse processo era realizado atravs do sistema chamado
Ctsystem e fazia uso do emissor gratuito disponibilizado pela Secretaria de
Fazenda (SEFAZ) para transmisso do documento.
De acordo com as informaes das colaboradoras, o processo iniciava-se
com o faturamento do oramento no sistema Ctsystem. Logo aps realizava-se a
exportao do arquivo para NFe, selecionava-se a NFe a ser exportada e em
seguida clicava-se em NFe 3.10 para exportar o arquivo de texto para o disco
local do computador onde estava instalado o certificado digital tipo A3 carto.
As notas fiscais eletrnicas necessitavam ainda de um software para a
sua emisso. A SEFAZ disponibilizava um emissor gratuito de notas fiscais
eletrnicas para envio da NFe, cancelamento e inutilizao mediante assinatura
digital.
O ltimo passo era imprimir o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal
Eletrnica) para obter a verso em PDF para envio ao cliente. Caso o cliente
solicitasse o arquivo XML, era necessrio exportar tambm do emissor em novo
processo.
Analisando as respostas das colaboradoras em relao ao processo
anterior, verificaram-se vrios problemas, como: a dependncia de softwares
adicionais, dificuldades ao acessar vrios mdulos para incluir as informaes
relacionadas emisso de NFe, a demora do processo, a complexidade do
envio do arquivo XML, o fato da emisso de NFe ser possvel somente de um
nico computador, o tempo de atendimento ao cliente e envio de XML por e-mail
era insatisfatrio, a impossibilidade de emisso de NFe de qualquer computador
dentro ou fora da empresa e a inexistncia de funcionalidades que permitiam
consultas rpidas e confiveis.
Com a implantao do ERPFlex, o processo inicia-se com a digitao do
oramento, logo aps acessa-se a tela de Faturamento. No campo Oramento,
digita-se o nmero do oramento que se deseja emitir a NFe. Verifica-se as
informaes contidas nos campos da NFe, inclui-se a forma de recebimento.
Em seguida inicia-se a transmisso utilizando o certificado tipo A1, este
tipo de certificado fica armazenado no servidor, diferente do certificado tipo A3
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33
que era instalado no computador local. Aps a transmisso, o cone NFe
apresenta-se na cor verde.
Analisando as respostas das colaboradoras frente ao processo posterior,
verificaram-se vrios avanos, como: descartou-se a necessidade do emissor
gratuito da SEFAZ, o uso de um banco de dados na nuvem, melhora no
processo de emisso e transmisso da NFe, o envio do arquivo PDF do DANFE
e XML por e-mail e a gerao do boleto bancrio, processo mais simplificado e
gil, tambm houve uma atualizao dos dados em tempo real e de forma
ntegra.
As respostas tambm apontaram algumas dificuldades na adaptao,
justificada no tempo aproximado de trs meses necessrio para acostumar com
o novo sistema e as peculiaridades dos processos financeiros. Tambm foi
destacada a falta de treinamento suficiente como uma barreira para adaptao.
Consideraes finais
O estudo de caso permite afirmar que o processo de emisso de nota
fiscal eletrnica na empresa Alu1000 melhorou muito com a implantao do
sistema ERPFlex.
Confirma-se as afirmaes de OBrien e Marakas (2007), as quais cita
que o ERP cria uma estrutura de integrao e aprimoramento dos processos
internos de uma companhia, melhorando significativamente a qualidade e a
eficcia do servio de atendimento ao cliente.
Os benefcios proporcionados pela utilizao de um sistema de gesto
empresarial levaram a uma maior eficcia e eficincia nos processos de negcio,
evitando informaes erradas e oferecendo maior agilidade.
Referncias
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-
34
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Bookman, 2013.
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35
Uma abordagem sobre as contribuies do curso de gesto comercial na gesto dos recursos pessoais dos
discentes da Fatec Itaquaquecetuba-SP14
Ivonete Maria da Silva Sousa15 Maria Helena Pinedo16
Resumo: No Brasil, normalmente, no se inclui a educao
financeira pessoal, nos currculos institucionais, e na grade
curricular do curso de Gesto Comercial isto tambm, no
diferente. Contudo, em que medida as disciplinas do curso,
que abordam a questo financeira corporativa, influenciam no
controle financeiro pessoal dos discentes? Este estudo
objetiva investigar as contribuies de disciplinas voltadas
teoria financeira, nas finanas pessoais realizadas pelos
alunos, do curso de Gesto Comercial, da FATEC
Itaquaquecetuba. uma pesquisa de abordagem quantitativa,
de carter exploratrio e descritivo, com procedimentos que
envolvem levantamentos bibliogrficos e pesquisa de campo.
Palavras-chave: Educao Financeira. Finanas Pessoais. Controle Financeiro.
Introduo
Com um cenrio econmico de instabilidade no Brasil, determinante,
que as famlias saibam administrar financeiramente seus recursos pessoais, de
modo a no prejudicar o oramento domstico e conduzir efetivamente, os
recursos escassos. A cultura brasileira normalmente, no inclui a educao
financeira pessoal, nos currculos institucionais, o que acarreta no uso
inadequado do dinheiro e na falta de domnio no trato com as finanas pessoais.
A m administrao do dinheiro, por falta de uma educao financeira pessoal,
de acordo com Cerbasi (2004, p. 91) uma realidade nas escolas brasileiras
14 Texto apresentado no Grupo de Trabalho Gesto/Administrao, do Seminrio Tecnologia,
Educao e Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.
15 Tecnloga em Gesto Comercial, [email protected] 16 Professor das Faculdades de Tecnologia de Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes, Mestre em
Ensino da Matemtica, [email protected].
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que infelizmente, torna os indivduos vulnerveis independncia financeira. Tal
reflexo realizada pelo economista em 2004, j vem sendo incorporada nas
escolas ainda que lentamente, desde 2010, com o programa Educao
Financeira nas Escolas, conforme aponta Barbosa (2015, p. 21).
Na grade curricular do curso de Gesto Comercial h disciplinas que
abordam a questo financeira corporativa, tais como: Matemtica Financeira,
Contabilidade, Anlise e Demonstraes Contbeis, Gesto Financeira e
Oramentria e Economia. Contudo, em que medida essas disciplinas
influenciam no planejamento da vida financeira, dos alunos do curso?
O grau de educao financeira de cada indivduo contribui nas atitudes
tomadas sobre suas finanas, quer seja nos gastos, emprstimos e/ou
poupanas. De acordo com Gitman (2010, p. 3), finanas a arte e a cincia de
administrar o dinheiro, e se refere ao processo envolvido na transferncia de
fundos, inclusive entre pessoas.
O presente artigo objetiva investigar as contribuies de disciplinas
relacionadas teoria financeira corporativa, na gesto das finanas pessoais
dos alunos do curso de Gesto Comercial, da FATEC Itaquaquecetuba. Embora,
no exista disciplina especfica educao financeira pessoal, h quelas que
provavelmente, podem auxiliar no controle do fluxo de caixa familiar; em
provveis investimentos ou emprstimos; nas escolhas de taxas de juros; na
forma de pagamento; no nvel de endividamento; enfim, no controle financeiro
desses sujeitos.
Nesse sentido, este estudo se justifica, pois alm de vislumbrar as
finanas pessoais como tema de valor e interesse da comunidade cientfica
(GRSSNER, 2007; CALIXTO, 2007; WOHLEMBERG, BRAUM e ROJO, 2011;
GRANDO et al., 2011; LIZOTE, SIMAS e LANA, 2012; CADORIN, 2012; SILVA,
PAIXO e MOTA, 2014; BARBOSA, 2015), entre outros; tambm, se interessa
em conhecer o aluno, em particular, do curso de Gesto Comercial, enquanto
pessoa e sujeito que administra seus recursos financeiros conforme suas
competncias. Qui, possa instigar professores da rea de finanas e gesto
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oramentria, a orientarem os discentes em posicionamentos corretos de
situaes financeiras domsticas.
2. Metodologia
Utilizou-se uma amostra no probabilstica com 61 alunos do curso de
Gesto Comercial, dos ltimos semestres, tarde e noite. Neste tipo de amostra,
os resultados no podem ser projetados para a populao, pois os elementos
escolhidos no representam estatisticamente a populao, e no possvel
mensurar o erro de amostragem (HAIR Jr. et al., 2005). A excluso dos alunos
dos primeiros semestres se deve, pois a investigao foi direcionada somente,
aos que j cursaram todas as disciplinas de teor financeiro do curso.
A pesquisa de campo por meio de um questionrio, constitudo de 20
questes fechadas, forneceu dados numricos capazes de mensurar o perfil
pessoal e o perfil da estrutura de gesto das finanas pessoais dos alunos. Os
resultados que vem ao encontro do objetivo geral e responde ao problema de
pesquisa, foram sintetizados, analisados e discutidos apoiados na literatura; o
que caracteriza o carter descritivo deste estudo.
3. Resultados e Discusso
Em relao ao gnero, idade, estado civil, com quem mora e se possui
filhos, destacam-se os seguintes resultados: 52,83% so do sexo feminino e o
restante masculino. Do total, 69,81% esto na faixa de 20-29 anos, 20,75% de
30-39 anos e o restante, de 40-54. Ainda, 62,26% so solteiros, 30,19% casados
e 7,55% divorciados, ou vivos ou outra condio. A maioria dos alunos, isto ,
60% moram com os pais, 36% com o cnjuge ou companheiro (a) e 4%,
sozinhos. A pesquisa apontou que 73,58% no possuem filhos, 22,64% tem at
dois filhos e 3,78% possuem exatamente, trs filhos.
Quanto estrutura de gesto dos recursos financeiros dos discentes, os
resultados esto agrupados em quatro segmentos: controle financeiro (Tabela
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1), poupana (Tabela 2), gastos/emprstimos (Tabela 3), e curso de Gesto
Comercial (Tabela 4) a seguir:
Tabela 1 Controle Financeiro
Posicionamento Dados coletados
Realizao 47% sim e 53% no.
Aspectos considerados na realizao
60% consideram receitas, despesas e provisionam reservas; 24% receitas e despesas e 16% despesas.
Forma de realizao 48% planilha eletrnica; 32% papel e caneta e 20% software especfico.
Grau de satisfao na realizao 9% totalmente; 25% bem; 34% pouco; 13% muito pouco; 17% absolutamente em nada; 2% no responderam.
Motivo da no realizao 75% no sentem necessidade e 25% no sabem fazer.
Fonte: Autoras, 2016.
Praticamente, os indicadores revelam um equilbrio entre os alunos que
realizam algum controle de oramento pessoal e/ou familiar, e os que no
realizam. Aqueles que o fazem levam em conta receitas, despesas e ainda,
provisionam um valor para imprevistos. Esta atitude de apontar receitas e
despesas previstas pela famlia sinal de iniciativa de elaborao de um
oramento familiar, que consiste conforme Peixe, Lehnhard e Harres (2000, p.
71), no apontamento das receitas e despesas previstas pela famlia, e deve
envolver todos os gastos e bens financeiros adquiridos naquele perodo.
possvel, que esses indivduos tenham se apropriado de conceitos como,
projeo do fluxo de caixa e elaborao de oramentos, estudados na disciplina
de Gesto Financeira e Oramentria.
A planilha eletrnica a ferramenta mais utilizada por quase metade dos
alunos, e possibilita de acordo com Silva (2012, p. 227), a vantagem de construir
frmulas e relacionar diversos valores digitados em clulas que se modificadas,
podem ser recalculadas automaticamente. Com isso, torna-se fcil realizar
anlises e simulaes financeiras. Por outro lado, quando no se tem acesso ao
computador, o papel e a caneta so considerados por Acqueta (2009, p. 26),
ferramentas mais simples, porm teis no registro das entradas e sadas de
qualquer recurso monetrio.
Esses sujeitos, que j cumpriram as disciplinas relacionadas teoria
financeira, deveriam ter suporte para realizar uma simples planilha de fluxo de
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caixa dirio ou um controle oramentrio mensal, que provocasse satisfao em
mais da metade da amostra. Provavelmente, exista a ausncia de
contextualizao de conceitos, do tipo: demonstraes de recebimento e
pagamento e balano patrimonial (Anlise e Demonstraes Contbeis),
mecanismos de dbito e crdito (Contabilidade), e elaborao de oramentos
(Gesto Financeira e Oramentria).
O sinal do grupo, que no sente necessidade de se planejar
financeiramente, se constitui num indicador perigoso, que demonstra ausncia
de reflexo racional para alcanar desejos e necessidades financeiras
individuais e/ou de seus familiares. Paschoarelli (2007, p. 7) faz referncia ao
desejo de no sentir necessidade do conhecimento, estratgia do avestruz,
que se esconde do problema ao invs de enfrent-lo: toda negociao que
envolve dinheiro representa um jogo, em que se deve conhecer muito bem, as
regras deste jogo, para no ser engolido pelo adversrio. Ainda, subsdios
bsicos para a realizao de algum tipo de oramento, como por exemplo,
apurao de custos e recebimentos e projeo real x orado; foram
desenvolvidos na disciplina de Gesto Financeira e Oramentria.
Tabela 2 Poupana
Posicionamento Dados coletados
Plano de Previdncia Privada 8% possuem e 92% no possuem.
Poupou (ltimos 12 meses) 55% sim e 45% no.
Percentual poupado 10% mais de 30% a.m.; 14% de 20% a 30% a.m.; 17% de 10% a 20% a.m.; 35% at 10% a.m.; e 24% desconhecem o valor.
Fonte: Autoras, 2016.
Grande parte dos alunos no possui Plano de Previdncia Privada e os
poucos que indicaram possuir, desconhecem seu real significado ao citar conta
corrente, ttulos de capitalizao, entre outros. Como a maioria jovem, na faixa
de 20 a 29 anos, solteiro, sem filhos e mora com os pais; talvez, a acomodao
da prpria situao favorvel, possa ser um indicador para o desinteresse de um
Plano de Previdncia Privada.
Os alunos possuem renda destinada poupana, indicando a capacidade
e o desejo de pouco mais da metade, poupar em mdia, 15% ao ms. Na
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disciplina de Economia, contedos como Macroeconomia e Teoria da
determinao da renda, podem ter motivado e auxiliado, na quantidade e na
forma de poupar.
Tabela 3 Gastos/emprstimos
Posicionamento Dados coletados
Pagamento do carto 58% pagam o valor total; 2% pagam o mnimo; 2% no pagaram no ltimo ms e 38% no tm carto.
Pagamento de compras em geral 70% a vista e 30% a prazo
Pagamento de despesas 36% antes do vencimento; 62% na data e 2% depois.
Questionamento da taxa de juros 91% questionam e 9% no.
Opinio sobre o regime de juros adotado
51% juros compostos; 24% juros simples; 19% desconhecem e 6% no responderam.
Antecipao de pagamento que pode sofrer desconto
36% raras vezes; 36% algumas; 19% muitas; 2% sempre e 7% nunca antecipam.
Fonte: Autoras, 2016.
Os resultados quanto forma de pagamento do carto de crdito, revelam
a conscincia da maioria, em relao aos encargos muito altos de juros,
envolvidos nas operaes de carto em atraso. A varivel taxa de juros
trabalhada em diversas situaes do cotidiano, no regime de juros simples e
compostos, na disciplina de Matemtica Financeira; o que pode ter contribudo
no comportamento dos discentes.
A razo se manifesta tambm, na forma de pagamento de compras em
geral, pois grande parte prefere o pagamento vista, tornando a compra mais
vantajosa; conceito este, desenvolvido na disciplina de Matemtica Financeira.
Do mesmo modo, quase que a totalidade costuma pagar seus compromissos
antes ou na data do vencimento, demonstrando um fator positivo dos recursos
financeiros desses alunos, que procuram no ficar inadimplentes.
Outro indicador otimista, diz respeito ao questionamento da taxa de juros
na realizao de um emprstimo pessoal. Quase que a totalidade se interessa e
questiona o valor da taxa a ser inserida na transao do emprstimo, alm da
metade destes, conhecer o regime de juros adotado, que o regime de juros
compostos. A contribuio de conceitos do tipo, juros simples e compostos e
taxas equivalentes, desenvolvidos em Matemtica Financeira deve ser um
indcio desses resultados.
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Por outro lado, a falta de dinheiro de grande parte e/ou o discernimento
quanto a antecipar o pagamento de um compromisso, que pode sofrer desconto,
deixou a desejar. Na disciplina de Matemtica Financeira, desconto, valor
nominal e valor atual, so conceitos desenvolvidos que poderiam ter sido
aproveitados, quando na possibilidade de antecipao de um compromisso.
Tabela 4 Curso de Gesto Comercial
Posicionamento Dados coletados
Realizao de Atividades Complementares (rea financeira)
34% sim e 66% no
Motivo de realizao das Atividades Complementares
65% se interessam pelo tema; 24% relacionam as atividades com o curso e 11% consideram relevante ao futuro gestor
Motivo de no realizao das Atividades Complementares
3% j monitoram disciplinas de teor financeiro; 73% se interessam por lnguas estrangeiras e 24% por outros assuntos.
Grau de viso modificada sobre Controle Financeiro
41,51% muito, 33,96% mdio, 15,09% pouco, 7,55% nada e 1,89% no responderam.
Disciplinas que contriburam no controle financeiro
25% Contabilidade; 25% Matemtica Financeira; 19% Gesto Financeira e Oramentria; 13% Anlise e Demonstraes Contbeis; 10% Economia e 8% nenhuma das disciplinas.
Fonte: Autoras, 2016.
Lamentavelmente, no houve interesse significativo em cursos ou
atividades relacionadas rea financeira, na realizao das Atividades
Complementares exigidas no curso. desanimador a falta de conscincia da
necessidade em buscar conhecimentos que permitam um comportamento
adequado na gesto das finanas pessoais, de grande parte desses sujeitos.
Por outro lado, a maioria revela que houve mudanas significativas na
percepo do controle financeiro pessoal, aps a realizao das disciplinas
relacionadas teoria financeira. Das disciplinas que contriburam na gesto de
suas finanas pessoais, Contabilidade e Matemtica Financeira, so as mais
citadas. Esses resultados vm ao encontro da concepo de Marion (2011, p. 7),
quando afirma que a contabilidade desde o incio da civilizao, possui a funo
de avaliar os acrscimos e decrscimos da riqueza do homem. Alm disso, a
Matemtica Financeira conforme Puccini (2012, p. 11 e 20), estuda a mudana
de valor do dinheiro ao longo do tempo, e as inter-relaes entre as diversas
variveis financeiras.
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Consideraes finais
No curso de Gesto Comercial da FATEC existem disciplinas de cunho
financeiro, importantes e capazes de subsidiar os discentes na administrao do
dinheiro. O objetivo deste estudo consistiu em investigar as influncias dessas
disciplinas na gesto dos recursos pessoais dos discentes do curso, da FATEC
Itaquaquecetuba, no ano de 2016.
A respeito do perfil socioeconmico dos discentes observa-se que a sua
maioria do sexo feminino, tem idade na faixa de 20 a 29 anos, solteiro, no
possui filhos e mora com os pais. Grande parte no tem Plano de Previdncia
Privada, mais da metade do grupo conseguiu poupar nos ltimos 12 meses e
aparentemente, no est em situao de inadimplncia.
Em relao estrutura de gesto de suas finanas pessoais, verifica-se
que: metade dos alunos realiza um oramento domstico, do tipo que envolve
receitas, despesas e proviso para sobras; contudo, est insatisfeita com o
modo de como administra seus recursos pessoais. Alm disso, grande parte no
possui dvidas no carto de crdito; paga seus compromissos na data do
vencimento; porm, no est preocupada com sua segurana financeira futura.
Esses sujeitos reconhecem que Contabilidade e Matemtica Financeira so
disciplinas do curso, que auxiliaram no controle financeiro pessoal; todavia,
Anlise e Demonstraes Contbeis, Gesto Financeira e Oramentria e
Economia tambm, tiveram sua parcela de contribuio.
Infelizmente, a educao financeira escolar no uma realidade atuante
no Brasil. E, portanto, esta pesquisa prope mudanas na metodologia de
ensino dos docentes do curso, interligando os diversos contedos das
respectivas disciplinas de cunho financeiro, com exemplos prticos e estudos de
caso voltados s finanas pessoais. Tal ao tornaria os discentes menos
fragilizados autonomia financeira. Sugere tambm, pesquisas similares, por
meio de mecanismos diferentes e capazes de auxiliar nas tomadas de decises
de recursos financeiros domsticos.
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Referncias
, J. C. Administrao financeira pessoal e sistema de apoio ao controle e tomada de deciso. 2009. 42 p. Monografia apresentada ao Curso de Tecnologia em Informtica, com nfase em gesto de negcios, na FATEC Zona Leste. So Paulo, 2009. BARBOSA, G. S. Educao financeira escolar: planejamento financeiro. 2015. 132 f. Dissertao (Mestrado) Curso de Mestrado Profissional em Educao Matemtica, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2015. CERBASI, G. Casais inteligentes enriquecem juntos: finanas para casais. 3. ed. So Paulo: Gente, 2004. GITMAN, L. J. Princpios de administrao financeira. 12. ed. So Paulo: Pearson Addison Wesley, 2010. HAIR Jr., J. F. et al. Fundamentos de mtodos de pesquisa em administrao. Porto Alegre: Bookman, 2005. MARION, J. C. Teoria da contabilidade. So Paulo: Alnea, 2011. PASCHOARELLI, R. A regra do jogo: descubra o que no querem que voc saiba no jogo do dinheiro. 3 ed. So Paulo. Saraiva, 2007. PEIXE, B. C. S.; LENHARD, N. da S.; HARRES, P. R. Contabilidade familiar: um enfoque oramentrio. Universidade do Paran. Revista Cincias Empresariais UNIPAR, Toledo-PR, v.2, jul./dez., 2000. PUCCINI, E, C. Matemtica financeira e anlise de investimentos. 2.ed. Florianpolis: Departamento de Cincias da Administrao/ UFSC; Braslia: CAPES: UAB, 2012. SILVA, M. G. Informtica: terminologia bsica, Microsoft Windows XP, Microsoft Office Word 2007, Excel 2007, Acess 2007, PowerPoint 2007, 3. ed. So Paulo: rica, 2012
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Mix de marketing em lojas de produtos esportivos no shopping center de Suzano: um estudo comparativo das vises
de consumidores e varejistas17
Marco Aurlio Sanches Fittipaldi18 Amanda Pereira de Souza 19
Resumo: Este estudo tem como objetivo identificar quais fatores
atraem o consumidor para que este escolha o shopping center de Suzano para a compra de calados esportivos. Tambm verificar se h convergncia de fatores na viso de consumidores e varejistas. Adotou-se uma abordagem quantitativa descritiva, foram aplicados questionrios distintos para varejistas e consumidores num total de cinquenta e seis entrevistados. Finalizada a pesquisa, conclui-se que a percepo dos varejistas e consumidores, com relao ao mix de marketing, foi diferente na maioria das assertivas. Sendo assim, pode-se inferir que o esforo de marketing das empresas no est sendo percebido da mesma forma pelos consumidores.
Palavras-chave: Varejo. Consumidores. Varejistas. Mix de Marketing.
1. Introduo
O estudo do comportamento do consumidor de extrema importncia para
que as empresas possam conhecer os seus clientes e assim conseguir traar
um caminho mais adequado para atender as suas necessidades. Pode ser
influenciado por diversos fatores, entre eles o mix de marketing.
O comportamento do consumidor o conjunto de processos desenvolvidos
quando os indivduos ou grupos selecionam, compram, usam ou dispem de
produtos, servios, ideias ou experincias para satisfazer necessidades e
desejos (SOLOMON, 2002). Este estudo tem como objetivo identificar quais
fatores atraem o consumidor para que este escolha o shopping center de
Suzano para a compra de calados esportivos.
17 Texto apresentado no Grupo de Trabalho Gesto / Administrao do Seminrio Tecnologia,
Educao e Sociedade, realizado pela Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, nos dias 15 a 17 de maro de 2017.
18 Professor Doutor da Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, [email protected]
19 Egressa do curso de Gesto Comercial da Faculdade Tecnolgica [Fatec] de Itaquaquecetuba, SP, [email protected]
mailto:[email protected]
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2. Referencial Terico
2.1 Mix de Marketing
O mix de marketing ou composto de marketing formado por um conjunto
de variveis controlveis que influenciam a maneira que os consumidores
respondem ao mercado.
Na concepo de Kotler (2003, p. 151), o mix de marketing descreve o
conjunto de ferramentas disposio da gerncia para influenciar as vendas.
Este composto planejado especificamente para satisfazer as necessidades de
cada mercado-alvo no qual a empresa busca alcanar, alm de auxiliar a
organizao a desenvolver uma estratgia de posicionamento.
Parente (2000) descreve seis variveis do mix varejista: produto, preo,
apresentao, promoo, pessoal, ponto e localizao. O Quadro 1 apresenta as
variveis do mix de marketing e os atributos que podem ser avaliados pelos
varejistas.
Quadro 1 Atributos para avaliao de varejistas Fonte: Parente, 2000, p. 124
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2.1.1. Mix de Produtos
Decidir o mix de produtos consiste em uma das decises mais
fundamentais para o varejista. Para Parente (2000, p. 183) obter mercadorias
que satisfaam suas necessidades a motivao principal dos consumidores
quando compram produtos nas lojas.
Na viso de Kotler e Keller (2006, p. 366), o conceito de produto mais
amplo do que um bem tangvel. Os autores conceituam como algo que
oferecido ao mercado para atender a uma necessidade ou desejo do mercado.
Sendo assim, incluem-se os bens fsicos, servios, experincias eventos,
pessoas, lugares, propriedades, organizaes, informaes e ideias.
2.1.2. Apresentao
O varejista tem percebido que o ambiente da loja pode funcionar como um
diferencial mercadolgico. Sendo assim, projetar um ambiente agradvel, capaz
de atrair os consumidores e estimular as compras passou a ser uma estratgia
dos varejistas atuais (LEVY; WEITZ, 2000).
A atmosfera de compra, a apresentao interna e externa da loja e layout
so atributos que influenciam o comportamento do consumidor. A atmosfera de
compra utiliza os sentidos do cliente como recurso para influenciar na hora da
compra, as cores, formas, tamanho e decorao so alguns dos itens utilizados.
A apresentao externa composta por tamanho, estilo arquitetnico, material
de acabamento, fachada, comunicao visual externa, vitrines, conservao
entre outros; a apresentao interna inclui largura dos corredores temperatura,
som ambiente, limpeza, iluminao etc. (PARENTE, 2000)
Escolher o tipo de layout a ser adotado importante, pois desta maneira
determinado o espao de circulao das pessoas e a disposio de
equipamentos. Sendo assim o layout de uma loja de varejo corresponde forma
como as mercadorias esto dispostas no ambiente da loja, quais as instalaes
presentes, estrutura fsica e como tudo isso organizado para conduzir s
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compras (COBRA, 1997). O varejo trabalha com diferentes tipos de layout
dependendo dos produtos vendidos, pblico-alvo estratgias da empresa.
2.1.3. Preo
O preo uma das variveis que mais sofre alterao do mix de marketing,
pois ela afeta a competitividade, o volume de vendas, as margens e a
lucratividade das empresas varejistas (PARENTE,2000).
O principal objetivo das empresas a obteno de lucros, mas na hora de
determinar a poltica de preos a ser adotada necessrio avaliar os objetivos
que a empresa almeja alcanar. Algumas vezes, esses objetivos podero ser
conflitantes, j que, para conseguir aumentar suas vendas, a empresa ter que
sacrificar suas margens de lucratividade (PARENTE, 2000).
Souza e Serrentino (2002) enfatizam que cada consumidor tem uma
percepo de valor diferente dependendo do momento em que realiza a compra,
os consumidores procuram por maior convenincia, servio, tica, qualidade,
inovao, garantia e informao, mas desejam tambm gastar menos dinheiro,
tempo e esforo.
2.1.4. Promoo
O mix promocional tem o poder de comunicar e tambm de persuadir o
consumidor, influenciando suas atitudes e comportamentos. Para Kotler e
Armstrong (2006, p. 386) as empresas no devem limitar-se a fazer bons
produtos - devem informar os consumidores sobre os benefcios deles e
posicion-los cuidadosamente em suas mentes.
O composto promocional do varejo basicamente formado por:
propaganda, promoo de vendas e publicidade, caso estes trs pontos estejam
bem articulados conseguiro alcanar os objetivos promocionais da empresa
(PARENTE, 2000).
2.1.5. Pessoal e Servios
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Os servios so estabelecidos no contato direto entre servidores e
consumidores, oferecer um bom servio ao consumido