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11 julho 2019 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCI – N.º 4479 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Página 8 Igreja: Portugal tem um novo santo Leitura solene do decreto de canonização de Frei Bartolomeu dos Mártires tem lugar no dia 10 de novembro O Papa promulgou no dia 6 de julho o decreto relativo à canonização de D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590), arcebispo de Braga, arquidiocese que incluía na altura os territórios das dioceses de Braga, Viana do Castelo, de Bragança-Miranda e de Vila Real. No texto publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé pode ler-se que, durante audiência ao cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, o Papa “aprovou os votos favoráveis dos membros da congregação e estendeu o culto litúrgico em honra ao Beato Bartolomeu dos Mártires à Igreja Universal”, “inscrevendo-o no livro dos santos” por “canonização equipolente”. Crismas na Paróquia de Vale de Vargo 7 de julho de 2019 Página 5 HÁ VIDA, HÁ FESTA! Amados irmãos e irmãs: Louvai o Senhor porque é bom cantar, é agradável e justo cele- brar o seu louvor (Sl 147A, 1). Festejar os 250 anos da diocese 1. Venho convocar-vos para a celebração dos 250 anos da restauração da nossa diocese de Beja. São antiquíssimas as suas raízes e há testemunhos de que, mesmo no tempo de domínio muçulmano, a fé cristã, embora muito condicionada, permaneceu nestas paragens. A restauração da diocese de Beja em finais do século XVIII, pouco antes da Revolução Francesa e num mo- mento de difícil relacionamento entre o poder civil e a Igreja, separando-a da arquidiocese de Évora, não foi um processo fácil. Eram os tempos da perseguição dos jesuítas e da supressão da Companhia de Jesus (1773). Em D. Frei Manuel do Cenáculo, homem culto, teve a renovada diocese o seu primeiro bispo, cheio de zelo pelo bem das suas Carta aos Diocesanos de Beja por ocasião das Celebrações dos 250 anos da Restauração da Diocese ovelhas. O século XIX, que viu o triunfo dos liberais e a extinção das Ordens Religiosas, foi um tempo em que esta diocese, tantas vezes mal pastoreada, esteve a ponto de ser suprimida de novo. Graças a Deus e à ação decidida de muitos homens, entre os quais avulta o Cónego Boa- vida, tal não aconteceu. Com o Sr. D. José do Patrocínio Dias, e com os bispos que lhe sucederam (D. Manuel dos Santos Rocha, D. Manuel Franco Falcão e D. António Vitalino Dantas, atual- mente bispo emérito), a diocese de Beja foi consolidada. Chega- mos assim aos 250 anos da sua restauração. É a vida de um quarto de milénio que, com muita alegria, vos convido a festejar. Podemos dizer, com toda a ver- dade, que esta igreja diocesana foi moldada pela pregação e pela ação, pelo suor e pelas lágrimas, não só dos seus bispos mas também dos padres, dos reli- giosos e religiosas e leigos que, em cada tempo, os acompa- nharam. Somos herdeiros, queri- dos irmãos e irmãs, de uma história difícil, por vezes dramá- tica. Convido-vos assim a glori- ficar a bondade e a misericórdia de Jesus Cristo Nosso Senhor, continuamente manifestadas e oferecidas aos fiéis nas comuni- dades celebrantes desta diocese. Foi nessa perspetiva que prepa- rámos as celebrações do próximo ano de 2019-2020. Louvemos a fidelidade do Senhor para com esta Igreja diocesana e peçamos- Lhe também perdão pelos nossos pecados e pelos pecados da- queles que nos precederam. Página 5 O Papa aceitou a renúncia ao cargo do núncio apostólico da Santa Sé em Portugal, D. Rino Passigato, por ter atingido o limite de idade determinado pelo direito canónico, de 75 anos. Num curto comunicado, na sala de imprensa da Santa Sé, refere- se que “o Papa aceitou a renúncia ao cargo do núncio apostólico em Portugal, apresentada por sua excelência o monsenhor D. Rino Passigato, arcebispo titular de Nova César”. D. Rino Passigato, arcebispo natural de Bovolone, Itália, foi nomeado como representante diplomático do Papa em Portugal no dia 8 de novembro de 2008, em substituição do também italiano D. Alfio Rapisarda. Ordenado padre em Verona, no dia 29 de Junho de 1968, foi Papa aceitou renúncia ao cargo do núncio apostólico em Portugal por limite de idade nomeado arcebispo titular de Nova César em 1991 e pró-núncio apostólico no Burundi. Antes de chegar a Portugal, passou pelas nunciaturas apos- tólicas da Bolívia (entre1996 e 1999) e do Peru (1999 – 2008). Em junho, numa cerimónia em que foi condecorado pelo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, com a Cruz de São Jorge, D. Rino Passigato abordou com os jornalistas a sua passa- gem por Portugal. O arcebispo italiano destacou a passagem pelo nosso país como a concretização de um desejo antigo e o culminar “de uma longa vida de serviço diplomático à Santa Sé, de 45 anos e meio”. “Portugal foi para mim a reali- zação de um sonho, de um desejo, e o coroar de uma vida dedicada a este serviço”, apontou D. Rino Passigato, que durante os últimos meses da sua missão em território português trabalhou na con- cretização de um relatório sobre o ponto da situação da Igreja Católica e do país. Até à nomeação de um novo núncio, a representação diplo- mática da Santa Sé em Portugal será liderada pelo monsenhor Amaury Medina Blanco, Encar- regado de Negócios da Nuncia- tura Apostólica no país.

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Page 1: SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ … · - Uma Igreja na qual o pastor é um servidor, que procura amar e entregar-se generosa e abnega-damente, àqueles que lhe estão

11 de julho de 2019

11julho2019

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 • c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4479

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Página 8

Igreja: Portugal temum novo santo

Leitura solene do decreto de canonização de Frei Bartolomeu dosMártires tem lugar no dia 10 de novembro

O Papa promulgou no dia 6 de julho o decreto relativo à canonizaçãode D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590), arcebispo de Braga,arquidiocese que incluía na altura os territórios das dioceses de Braga,Viana do Castelo, de Bragança-Miranda e de Vila Real.No texto publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé pode ler-se que,durante audiência ao cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregaçãopara as Causas dos Santos, o Papa “aprovou os votos favoráveis dosmembros da congregação e estendeu o culto litúrgico em honra aoBeato Bartolomeu dos Mártires à Igreja Universal”, “inscrevendo-ono livro dos santos” por “canonização equipolente”.

Crismas na Paróquia deVale de Vargo

7 de julho de 2019

Página 5

HÁ VIDA, HÁ FESTA!

Amados irmãos e irmãs:

Louvai o Senhor porque é bomcantar, é agradável e justo cele-brar o seu louvor (Sl 147A, 1).

Festejar os 250 anos da diocese

1. Venho convocar-vos para acelebração dos 250 anos darestauração da nossa diocese deBeja. São antiquíssimas as suasraízes e há testemunhos de que,mesmo no tempo de domíniomuçulmano, a fé cristã, emboramuito condicionada, permaneceunestas paragens. A restauraçãoda diocese de Beja em finais doséculo XVIII, pouco antes daRevolução Francesa e num mo-mento de difícil relacionamentoentre o poder civil e a Igreja,separando-a da arquidiocese deÉvora, não foi um processo fácil.Eram os tempos da perseguiçãodos jesuítas e da supressão daCompanhia de Jesus (1773). EmD. Frei Manuel do Cenáculo,homem culto, teve a renovadadiocese o seu primeiro bispo,cheio de zelo pelo bem das suas

Carta aos Diocesanos de Beja por ocasião dasCelebrações dos 250 anos da Restauração da Diocese

ovelhas. O século XIX, que viu otriunfo dos liberais e a extinçãodas Ordens Religiosas, foi umtempo em que esta diocese,tantas vezes mal pastoreada,esteve a ponto de ser suprimidade novo. Graças a Deus e à açãodecidida de muitos homens, entreos quais avulta o Cónego Boa-vida, tal não aconteceu. Com oSr. D. José do Patrocínio Dias, ecom os bispos que lhe sucederam(D. Manuel dos Santos Rocha,D. Manuel Franco Falcão e D.António Vitalino Dantas, atual-mente bispo emérito), a diocesede Beja foi consolidada. Chega-

mos assim aos 250 anos da suarestauração. É a vida de umquarto de milénio que, com muitaalegria, vos convido a festejar.Podemos dizer, com toda a ver-dade, que esta igreja diocesanafoi moldada pela pregação e pelaação, pelo suor e pelas lágrimas,não só dos seus bispos mastambém dos padres, dos reli-giosos e religiosas e leigos que,em cada tempo, os acompa-nharam. Somos herdeiros, queri-dos irmãos e irmãs, de umahistória difícil, por vezes dramá-tica. Convido-vos assim a glori-ficar a bondade e a misericórdiade Jesus Cristo Nosso Senhor,continuamente manifestadas eoferecidas aos fiéis nas comuni-dades celebrantes desta diocese.Foi nessa perspetiva que prepa-rámos as celebrações do próximoano de 2019-2020. Louvemos afidelidade do Senhor para comesta Igreja diocesana e peçamos-Lhe também perdão pelos nossospecados e pelos pecados da-queles que nos precederam.

Página 5

O Papa aceitou a renúncia aocargo do núncio apostólico daSanta Sé em Portugal, D. RinoPassigato, por ter atingido olimite de idade determinado pelodireito canónico, de 75 anos.Num curto comunicado, na salade imprensa da Santa Sé, refere-se que “o Papa aceitou a renúnciaao cargo do núncio apostólicoem Portugal, apresentada por suaexcelência o monsenhor D. RinoPassigato, arcebispo titular deNova César”.D. Rino Passigato, arcebisponatural de Bovolone, Itália, foinomeado como representantediplomático do Papa em Portugalno dia 8 de novembro de 2008,em substituição do tambémitaliano D. Alfio Rapisarda.Ordenado padre em Verona, nodia 29 de Junho de 1968, foi

Papa aceitou renúncia ao cargo do núncio apostólicoem Portugal por limite de idade

nomeado arcebispo titular deNova César em 1991 e pró-núncioapostólico no Burundi.Antes de chegar a Portugal,passou pelas nunciaturas apos-tólicas da Bolívia (entre1996 e1999) e do Peru (1999 – 2008).Em junho, numa cerimónia em quefoi condecorado pelo Chefe doEstado-Maior General das ForçasArmadas, com a Cruz de SãoJorge, D. Rino Passigato abordoucom os jornalistas a sua passa-gem por Portugal.

O arcebispo italiano destacou apassagem pelo nosso país comoa concretização de um desejoantigo e o culminar “de uma longavida de serviço diplomático àSanta Sé, de 45 anos e meio”.“Portugal foi para mim a reali-zação de um sonho, de um desejo,e o coroar de uma vida dedicadaa este serviço”, apontou D. RinoPassigato, que durante os últimosmeses da sua missão em territórioportuguês trabalhou na con-cretização de um relatório sobreo ponto da situação da IgrejaCatólica e do país.Até à nomeação de um novonúncio, a representação diplo-mática da Santa Sé em Portugalserá liderada pelo monsenhorAmaury Medina Blanco, Encar-regado de Negócios da Nuncia-tura Apostólica no país.

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11 de julho de 2019SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

10 de julho de 1770

Data a comemorar

Beja é uma das Dioceses maisantigas do sul da Lusitânia eprovavelmente, durante a ro-manização, sufragânea de Mé-rida (Espanha). Originariamente,teve como seu Bispo, no tempodo rei Visigodo Têudis (531-548)D. Apríngio de Beja ou Pacense,(Pax Julia dos Romanos). Du-rante séculos, as batalhas entreárabes e cristãos, disputando asterras férteis de Beja, os pactosdébeis entre vencidos e vence-dores de modo a facilitar amútua convivência e algumaliberdade no exercício do cultoa troco de dupla contribuiçãoem géneros da terra e pessoal,geraram a instabilidade social epesaram negativamente no pro-gresso da vida religiosa. Ocontacto com muçulmanos ejudeus pesou nos costumestradicionais e terá contribuídopara a introdução de algunserros doutrinais, mormente arespeito da Trindade. Apesar darelativa tolerância, é de assinalar

Editorial

António Novais Pereira, Diretor

algumas exceções, principal-mente na 2ª metade do séc. IX,assinaladas com violentas per-seguições. Nesta época, en-trou na história da Diocese deBeja o sangue do mártir S. Sise-nando, natural de Beja, quepagou com a decapitação suafidelidade à Igreja, em Córdova,a 16 de Julho do ano de 851.Depois da reconquista cristã,concluída em 1.249 com o ReiD. Afonso III, a Diocese tor-nou-se sufragânea de Évora,tendo continuado a sofrer asconsequências nefastas dadesorganização eclesiástica,isolamento, abandono e vidade fé bastante débil.Neste 10 de Julho de 2019,passam 249 anos da Res-tauração da Diocese de Beja,pela Bula de Clemente XIV,Agrum Universalis Ecclesiae,celebrados na Igreja Catedralde Beja com uma Solene conce-lebração da Eucaristia, presi-dida por D. João Marcos, BispoDiocesano. Com a referidaBula, a Diocese alcançou nova-mente a sua autonomia comoDiocese, tendo então comoseu Bispo D. Fr. Manuel doCenáculo Vilas-Boas (1770-1802). A esperança então sus-citada com a criação do novoBispado não impediu a conti-nuidade de alguma desolação,gerada pelas dificuldadesencontradas na reorganização,cujas raízes serão diversas:períodos de “Sede Vacante”,sucessão de bispos com doise três anos de intervalo, faltade ordenações, etc.

O divórcio entre a Fé e a VidaHá uns anos fiquei tocado e fuiprofundamente interpelado poresta frase, proferida pelo “BomPapa” S. João XXIII, nos jálongínquos anos 60. Dizia esteextraordinário Pastor, que o maiorescândalo dos “nossos tempos”era o divórcio entre a Fé e a Vidados cristãos.Ao longo dos anos tenho reflec-tido muitas vezes nesta frase enas suas consequências, se, defacto, a levássemos a sério.Decerto teríamos uma Igreja bemdiferente, uma Igreja como o PapaFrancisco deseja, na linha doConcílio Vaticano II, o grande“Sinal” de Deus para os nossosdias:- Uma Igreja que viva a alegria daFé, que anuncie Cristo e não a siprópria, e que tenha no Homemreal, concreto e histórico, ocaminho a seguir;- Uma Igreja-comunhão, de ir-mãos, marcada pela correspon-sabilidade e participação, mais

próxima e acolhedora, demar-cando-se definitivamente daestrutura piramidal, pré-conciliar,que poderia, hoje, tornar a Igrejauma mera “peça de Museu”;- Uma Igreja empenhada naevangelização, em chegar, nocaso da nossa Diocese, às 97,96, 95, 94 “ovelhas” que estãofora do redil, e menos preo-cupada com questões menorese superficiais;- Uma Igreja que não tem medodos que “estão fora da Igreja”,antes olha para eles como pes-soas a quem Deus ama e que sedevem também sentir desejadosnas nossas Paróquias, Serviçose Movimentos, particularmente,os que se encontram nas peri-ferias humanas e existenciais;- Uma Igreja misericordiosa,capaz de ser “um Hospital deCampanha”, num Mundo cheiode sofrimentos e carente desentido e de Deus;- Uma Igreja menos preocupada

em julgar farisaicamente, combase na objectividade, esque-cendo a pessoa, a sua intenção efinalidade, e as circunstânciasque a rodeiam;- Uma Igreja na qual o pastor éum servidor, que procura amar eentregar-se generosa e abnega-damente, àqueles que lhe estãoconfiados, recusando assumir opapel do funcionário, carreirista,que só atende no horário previa-mente estabelecido;- Uma Igreja mais empenhada emchegar aos jovens, não só comuma nova linguagem, mas, sobre-tudo, com uma nova forma deestar na vida e testemunhar oEvangelho.Termino com outra frase do gran-de Papa e Santo Paulo VI: “onosso Mundo tem mais neces-sidade de testemunhas do que demestres, e só aceita os mestres seeles, antes, forem testemunhas”.

Manuel do Rosário

Prezados colaboradores,assinantes e leitores

Contamos com todos paraa continuidade

e futuro deste jornal.Colabore.

Leia e divulgue o“Notícias de Beja”

Retiro no Trucifal

Nos dias 5, 6 e 7 de Julho decor-reu no Centro de espiritualidadedo Turcifal que pertence à Dio-cese de Lisboa o 4º Encontro comDeus – Um retiro de Silêncio,organizado pelos Irmãozinhos deSão Francisco de Assis. Nomesmo participaram cerca de 140pessoas oriundas da Diocese deBeja e de outros pontos do país.O local escolhido não poderia tersido melhor pelas condiçõeslogísticas propícias que oferece,nomeadamente várias Capelasque nos convidam ao recolhi-mento assim como toda a áreaexterior envolvente repleta deespaços verdejantes e ajardi-nados que convidam ao silêncioe à meditação. Os temas abor-dados, orientados pelos IrmãosDomingos e José Domingos,foram de uma extraordináriariqueza uma vez que nos levarama “mergulhar” na palavra de Deus

e ao mesmo tempo levou a quecada um dos participantes fizessea sua própria reflexão pessoalquestionando-se acerca da suavida enquanto Cristão. Foramvividos momentos fortes deoração individual e comunitáriasendo que os pontos altos cul-minaram na noite de sábado queiniciou com uma vigília no espa-ço exterior e terminou com umaAdoração ao Santíssimo nointerior da Capela assim como amanhã de Domingo com acelebração da Eucaristia presididapelo Padre Abel Ferreira daDiocese de Lisboa onde também,para além dos participantes desteretiro, participou um grupo deJovens da paróquia de SãoTomás de Aquino.Um retiro tem sempre um temacentral como área de aprofun-damento mas o objetivo central ésempre possibilitar uma nova

experiência de Encontro comDeus para reavivar a chama da fépor isso o retiro é um caminhovalioso que permite que a pessoase desligue da sua rotina ofere-cendo não o tempo que lhe sobra,mas o tempo que é precioso eofertado ao Senhor, escolhendoa “ boa parte”. Fazer um retiro éretirar-se da vida quotidiana parareflectir sobre si mesmo e a suarelação com o “Amigo que nuncafalha” e fortalecer a fé e os laçosde comunhão a fim de renovar avida. Um retiro que convida aorecolhimento e à oração é cadavez mais necessário para renovare fortificar a fé e fazer de cadaCristão uma pessoa mais seme-lhante a Cristo.Neste Retiro de silêncio – En-contro com Deus, levei comigouma pergunta inquietante, amesma que São Francisco deAssis fez diante do crucifixo deSão Damião: Senhor, o que Que-res que eu faça? Ao longo destestrês dias fui encontrando eco ,linhas orientadoras mas, a res-posta definitiva encontrei-a noEvangelho de domingo que tevecomo mensagem fazer-nos umconvite a sermos missionários,tal como os setenta e dois que opróprio Evangelho refere; a ser-mos portadores da boa nova, aanunciar a paz de Cristo, porpalavra e por atos, a cada irmãoque se cruze no nosso caminho,seja no trabalho, seja na família,seja na sociedade.

Ana Ramos, CSS

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11 de julho de 2019

Os preceitos do Senhor alegram o coração.

RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

XV Domingodo Tempo Comum

O nosso Domingo

Ano C14 de julho de 2019

Leitura do Livro do DeuteronómioMoisés falou ao povo, dizendo: «Escutarás a voz do Senhor, teuDeus, cumprindo os seus preceitos e mandamentosque estão escritos no Livro da Lei, e converter-te-ás ao Senhor, teuDeus, com todo o teu coração e com toda a tua alma. Estemandamento que hoje te imponho não está acima das tuas forçasnem fora do teu alcance.Não está no céu, para que precises de dizer:‘Quem irá por nós subir ao céu, para no-lo buscar e fazer ouvir, a fimde o pormos em prática?’. Não está para além dos mares, para queprecises de dizer:‘Quem irá por nós transpor os mares, para no-lo buscar e fazerouvir, a fim de o pormos em prática?’. Esta palavra está perto de ti,está na tua boca e no teu coração, para que a possas pôr em prática».

I Leitura

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos ColossensesCristo Jesus é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda acriatura; porque n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e naterra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados ePotestades: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todasas coisas e n’Ele tudo subsiste. Ele é a cabeça da Igreja, que é o seucorpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos; em tudoEle tem o primeiro lugar.Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e por Elefossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz,pelo sangue da sua cruz, com todas as criaturas na terra e nos céus.

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São LucasNaquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesuspara O experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para receber comoherança a vida eterna?». Jesus disse-lhe: «Que está escrito na Lei?Como lês tu?». Ele respondeu: «Amarás o Senhor teu Deus comtodo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forçase com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo».Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem. Faz isso e viverás». Mas ele,querendo justificar-se, perguntou a Jesus: «E quem é o meupróximo?». Jesus, tomando a palavra, disse: «Um homem descia deJerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio-morto. Por coincidência, descia pelo mesmo caminho umsacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita quevinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas umsamaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas deitando azeitee vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para umaestalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a maiseu to pagarei quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido opróximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?».O doutor da lei respondeu: «O que teve compaixão dele».Disse-lhe Jesus: Então vai e faz o mesmo».

O teu próximo é aquele de quemte aproximas

Lc 10, 25-37

Aleluia

António Aparício

Col 1, 15-20II Leitura

Salmo Responsarial Salmo 18 B, 8-11 (R. 9a)

«Por Ele e por Ele tudo foi criado»

«Esta palavra está perto de ti, para que a possas pôr em prática»

Deut 30, 10-14

As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:Vós tendes palavras de vida eterna.

Vem comigo para a escola daSamaria. O Jesus da Samaritana,cansado de te procurar e sentadoà beira do Poço, é um judeu (Jo4,9), um Senhor (v.11), um Profeta(v.19), o Messias (v.26), o Sal-vador do mundo (v. 42), o Maridoque nunca tiveste, a Água vivada tua sede e o Deus da tua vida.Na parábola do bom SamaritanoJesus é aquele que socorres,aquele que escutas e acolhes,

aquele que desculpas e perdoas,aquele que precisa dos teuscuidados. O episódio da Sama-ritana e a parábola do bomSamaritano, são duas vias com-plementares do encontro comJesus! Como Jesus está ao teualcance!1 - «Mestre, que hei-de fazer parater como herança a vida eter-na»? O doutor da Lei, era oteólogo da religião oficial e daespiritualidade judaica. Emboracom alguma duplicidade, fez aJesus uma pergunta cheia desabedoria. A vida eterna não vemdo mérito, é herança, é graça queo “Pai Nosso”, o Pai do Céu”oferece aos seus filhos. Tu ésfilho, és chamado a enriquecer aherança, amando como és amado,fazendo-te próximo e socorrendoaquele que sofre e que é pertençae herança Deus. A prática dosritos litúrgicos deixa-te tranquilo,ou alimenta em ti a dimensãofraterna, a compaixão pelo quesofre? Jesus deixou-nos o man-damento do amor, como caminho

«Quem é o meu próximo?»

cf. Jo 6, 63c.68c

para Ele que é Amor e para opróximo que necessita de amor.Mas é necessário passar dosaber ao viver: «Faz isso e terása vida», lhe diz Jesus. «E qual éo meu próximo»? – questiona oescriba. Nas escolas rabínicas,interpretando o Levítico 19,18,«não te vingarás nem guardarásrancor aos filhos do teu povo,mas amarás o próximo como a timesmo», considerava-se que opróximo era o concidadão, osmembros do povo Israel. A pará-

bola vem rasgar horizontes, vempropor um mundo sem barreirase fronteiras, uma sociedade maisjusta, mais humano e fraterna.2 – O Sacerdote e o Levita,simbolizam toda a religião que serefugia no templo, que descansanos ritos e vive à volta dastradições sem vida e das estru-turas de poder. Esquecem que olouvor a Deus, tem de desem-bocar no serviço de cada homeme da cada mulher, naqueles queDeus ama e por quem Cristomorreu. O que pensaram aquelesdois servidores do templo, onteme hoje? – “Se eu socorrer osinistrado, se tocar no sangue,se arriscar a ajudá-lo, o que mevai acontecer a mim”? SegundoLuther King, a questão do Sama-ritano, foi de ordem inversa: «Senão o socorrer, o que lhe vaiacontecer a ele? «E perante oiminente perigo de vida, o Sama-ritano torna-se salvador daquelede quem se faz próximo: “chegouao pé dele”, “vendo-o”, “en-cheu-se de compaixão”; “apro-

ximou-se”, “ligou-lhe as feri-das”, “deitou nelas azeite evinho”, “colocou-o sobre a suaprópria montada”,” levou-opara uma estalagem” e “cuidoudele”. No dia seguinte, “deuduas moedas ao estalajadeiro”dizendo: “trata bem dele, e tudote pagarei quando voltar”. Aoouvir a resposta sensata doescriba, diz Jesus: “Vai e faz tutambém o mesmo”. Onde foi oSamaritano buscar o segredo dasua atitude? Di-lo a primeiraleitura: «Esta palavra está pertode ti, está na tua boca e no teucoração para que a possas pôrem prática». A vontade de Deus,está gravada no mais íntimo docoração humano. Desperta, acor-da fiel, Igreja, paróquia, asso-ciação, movimento, tu que me lês,torna-te próximo, desce da tuazona de conforto e não passesao lado de quem sofre.3 – Leitura cristológica da pará-bola. A estrada de Jerusalém paraJericó é o caminho por ondepassa toda a humanidade ferida,simbolizada pelo homem que caiuem poder dos salteadores. Aolongo da história, as guerras, alei do mais forte, as ideologias domal, o egoísmo dos países ricos,os vícios e sistemas corruptosinstalados, a opressão e a explo-ração, a fome, reduziram milhõese milhões à situação do sinis-trado da parábola. Havendocomida e medicamentos paratodos, milhões morrem desnu-tridos e milhões morrem obesos.Bento XVI, no seu livro Jesus deNazaré, diz que Jesus é o BomSamaritano que desceu do Céupara pôr nas feridas da huma-nidade o vinho novo do seu amore o azeite da sua graça e dos seussacramentos. Portanto, todossomos alienados e carecidos deredenção. Ele veio amar-nos paranos tornarmos pessoas queamam. Ele fez-se nosso próximo,para que nós nos façamos pró-ximos. Cada pessoa deve sercurada, deve receber este dom eexperiência de cura, para sersamaritano, à imitação de Jesus,nestes tempos novos inaugu-rados pela Páscoa.

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11 de julho de 2019DIOCESE4 – Notícias de Beja

HÁ VIDA, HÁ FESTA!Carta aos Diocesanos de Beja por ocasião das Celebrações dos 250 anos da Restauração da Diocese

Conhecera sua história

2. Festejar a existência danossa diocese é celebrar asua vida como Igreja deCristo. De facto, é só a Ele,Ressuscitado e fonte deVida, que sempre cele-bramos. Convido-vos aconhecê-l’O melhor nassuas obras de amor paraconnosco, a mastigar a suamensagem e a esperar ocumprimento das suas pro-messas, e a amá-l’O comaquele amor primeiro quetodos devemos dar só aDeus. Conhecer o SenhorJesus pelos testemunhosque d’Ele nos chegaram dosprimeiros cristãos e queforam reunidos nos quatroEvangelhos e nos outrosescritos do Novo Testa-mento leva-nos a com-preender que Moisés e osProfetas e toda a Escritura,é d’Ele que falam. E esseconhecimento que d’Elenos dão as Escrituras éprecioso para nós, porquenos ajuda a ler e a com-preender a linguagem dassuas obras, transformandoassim as histórias dasnossas vidas em históriade salvação.Para que a história da nossadiocese seja assim inter-pretada, vivida e celebrada,precisamos de a conhecer.A propósito, quero anun-ciar-vos, caros irmãos efilhos, que em breve tereisnas mãos um resumo daHistória da nossa diocesefeito pelo Padre Luís MiguelTaborda Fernandes e peloCónego António MendesAparício, aos quais agra-deço o esforço feito paratornar possível este desejomeu e de muitos de vós.Será, para muitos, umasurpresa grande conheceralgo acerca de Apríngio deBeja, bispo notável do

tempo dos visigodos, cujaciência e erudição foramelogiadas pelo seu contem-porâneo Santo Isidoro deSevilha, de D. Frei Manueldo Cenáculo e de D. Antó-nio Xavier de Sousa Mon-teiro, para não falarmos dosgrandes bispos do séculoXX, mais conhecidos detodos. Quantas vicissitudes,projetos e trabalhos empre-endidos, quantas persegui-ções e difamações supor-tadas, quantos combatestravados dentro e fora dadiocese, a todos os níveis,para lhe criar condições desobrevivência e para nelafazer crescer a vida cristã!Sim, nós reconhecemos quea existência da diocese deBeja, das nossas comuni-dades paroquiais e de cadaum de nós, é querida peloSenhor, que muito nos ama.Por isso, basta-nos o factode estarmos vivos para noslevar a festejar, agrade-cidos, esta data.

Celebrara Eucaristia

3. Festejar a Cristo NossoSalvador é, antes de mais,celebrarmos, na Eucaristia,a sua passagem da mortepara a Vida, é cantarmos asua vitória sobre a nossamorte. Celebrando a Eu-caristia, memorial da Pás-coa, recebemos o seu Espí-rito Santo «que dá teste-munho ao nosso espírito deque somos filhos de Deus»(Rm 8, 16s), e que vemunir-se ao nosso espíritopara nos ensinar a orar. AEucaristia foi prefiguradanaquela festa celebrada nodeserto pelo povo de Is-rael, saído do Egito (cf. Ex5, 1-3). É a celebraçãoprópria daqueles que jásaíram do Egito e vão ca-minhando para a Terra Pro-metida. Sempre que celebra

a Eucaristia, a Igreja pro-clama e celebra a sua iden-tidade e a sua missão. Re-cordar o seu passado énecessário para viver bemo presente, orientado parao seu futuro. Iluminado porCristo, o povo cristão tomaconsciência das suas ori-gens, da sua situação pre-sente e do futuro que lheestá prometido, quando diz:«Anunciamos Senhor a vos-sa Morte, proclamamos avossa Ressurreição, vindeSenhor Jesus»!De facto, as origens danossa vida cristã estão noBatismo pelo qual mor-remos e fomos sepultadoscom Cristo e com Ele res-suscitámos para vivermos,segundo o Espírito, a vidanova dos filhos de Deus. Eno deserto da vida presenteonde as serpentes do malcontinuam a morder-nos,somos alimentados pelaPalavra e fortalecidos ecurados pelos Sacramen-tos, sobretudo pelo Santís-simo Sacramento da Euca-ristia celebrado ao Do-mingo, onde o próprio Se-nhor Jesus nos alimenta coma sua Palavra e com o seuCorpo e Sangue. E estacelebração abre-nos à es-perança, alicerçada naspromessas de Cristo e ex-pressa nas palavras: vinde,Senhor Jesus!Caros irmãos e irmãs: nesteano vamos fazer memóriado passado desta diocese,assim como foi vivido, comos seus momentos de glóriae também com as suas debi-lidades e fracassos. Anun-ciaremos a Morte do Se-nhor, como o lugar ondenasce a vida da Igreja ecomo o momento no qualCristo Senhor, Sumo Sa-cerdote da Nova e EternaAliança, penetrou nos Céus,na presença do Eterno Pai,com o seu Sangue der-

ramado por todos nós,alcançando-nos o perdãodos pecados e uma Reden-ção eterna. Será um ano também paraproclamarmos a sua Res-surreição pela qual a suavitória sobre a nossa mortenos permitirá amar os nos-sos inimigos e perdoar-lhes,não sete vezes, mas setentavezes sete, ou seja, sempre.Isso, de facto, podemosfazê-lo, porque, libertos domedo de morrer, podemosdar por eles a nossa vida.Será também, sem sombrade dúvida, um tempo novo,projetado para a esperançada vinda de Cristo Senhor.Esta diocese de Beja é hojeum grande terreno que pre-cisa de ser lavrado e se-meado para produzir umaseara nova. Estas festas dos250 anos da restauração dadiocese deverão marcar oinício desse tempo novo.

Com o coraçãoem festa

4. As festas pedem festeirosa condizer. Uma festa gran-de como esta, que espe-ramos seja toda repassadapelo dinamismo da Páscoade Jesus, tem poder paranos purificar e preparar paraparticiparmos na festa eter-na do Reino dos Céus.«Justificados pela fé, esta-mos em paz com Deus, porJesus Cristo Nosso Se-nhor» (Rm 5, 1). Ter ocoração em festa é tê-lolimpo do pecado e alegrepor conhecer e pôr emprática a Lei de Jesus Cris-to. É tê-lo deslumbrado peloamor de Deus para con-nosco e disponível para Oamar acima de tudo. Semesse deslumbramento que éa fé, que festa poderá al-guém fazer? E a fé abre onosso coração à esperança,

pois o Senhor prometeu-nos o Céu, a vida eterna. Aporta que nos introduzirá narealização das promessasde Cristo é a nossa morte,a nossa passagem destemundo para o Pai. Assim,caras irmãs e estimadosirmãos, estas festas, paranos darem aquilo que espe-ramos delas, devemos en-cará-las como um intensoconvite que o Senhor Jesusnos faz à conversão, àfidelidade, e ao amor a Elee aos irmãos, ou seja, avivermos uma vida teologalque tem nele a sua origem,o seu acontecer e o seuobjetivo. As festas que nóscristãos realizamos na terrasão sempre como que umaantecipação da chegada aoCéu e uma preparação paraela. O perdão dos pecadosrecebemolo no Sacra-mento da Penitência, quenos dá o Espírito Santo enos prepara para a Sagra-da Comunhão do Corpo edo Sangue do Senhor nafesta da Eucaristia.Participar da EucaristiaDominical, escutar aí aPalavra do Senhor que nosconverte e sentarmo-nos àsua mesa, é vivermos anossa vida como uma festacontinuada, como prepa-ração para a festa do Céu.Somos cristãos, somos fi-lhos adotivos de Deus.Vamos, neste ano, praticarmais a oração individual efamiliar para que, recebendoo Espírito Santo, apren-damos a viver na docilidadeàs suas inspirações. Ascatequeses para adultos,inspiradas no Catecismo daIgreja Católica, serão, paramuitos, uma boa introduçãoà oração.

D. João Marcos, Bispo de Beja

(Programação: no próximo número)

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11 de julho de 2019 Notícias de Beja – 5DIOCESE

COMUNICADO DO CONSELHOPRESBITERAL DE 04-07-2019

Sob a presidência de D. José João dos SantosMarcos, reuniu no passado dia quatro de julho,nas instalações do Centro Pastoral Diocesano,Seminário Diocesano, o Conselho Presbiteralda Diocese de Beja. A reunião iniciou-se poucoantes da dez horas, com a celebração daEucaristia com Laudes.Após a leitura e aprovação da ata da reuniãoanterior, o Senhor Bispo informou sobre oestado de saúde de alguns membros do cleroda Diocese, e salientou acontecimentos si-gnificativos da vida diocesana e da Igreja.Depois da avaliação da ação pastoral daDiocese à luz do plano de ação pastoral damesma para este ano, até agora mais cele-brativo, do que interventivo, e de ter falado daPeregrinação Diocesana a Fátima e das contasda Diocese, das paróquias e dos serviçosdiocesanos, falou-se da comemoração dos 250ªaniversário da restauração da Diocese de Beja,bem das diversas iniciativas e ações que irãoser empreendidas neste ano e no próximo. Jáestão prontas as lonas, com o ícone pintado peloSenhor Bispo, e os dizeres relativos ao AnoJubilar. A exposição da Diocese irá decorrer emBeja, na Pousada de S. Francisco, nos mesesde março e abril, prolongando-se até 9 de Maio,estando ainda programadas três conferências,pronunciadas por peritos, bem como a par-ticipação de outros três místicos, só referidosgraças ao consagração e à ancião pastoral domesmo.Em seguida foi apresentado o programa daação pastoral para o ano 2019-2020 para aDiocese de Beja, cujo tema será: “Somos Igrejacelebrante”. Tendo sido referido as datas dapróxima Reunião Geral do Clero de Beja, adecorrer em Mértola, no dia 16 de setembro, edo Dia diocesano de Beja, a decorrer em Beja,no dia 22 de setembro, referiu-se que aberturados 250 anos da restauração da Diocese deBeja será assinalada com uma celebração nodia 10 de julho deste ano.

Depois de mais algumas informações, oConselho deu por encerrada a sessão.

O Secretário do Conselho Presbiteral:Fr. Pedro Bravo Pereira da Silva, oc

Crismas na Paróquia de Vale de Vargo7 de julho de 2019

Algumas das paróquias da mar-gem esquerda do Guadiana, con-cretamente as de Brinches, Piase Vale de Vargo, viveram um diamuito especial, em termos espi-rituais. Em todas elas, houvejovens e pessoas menos jovensque receberam, em “timings”diferentes, o Sacramento daConfirmação.Quando o sino da torre da igrejabateu as cinco badaladas, a igrejade Vale de Vargo estava repleta

de pessoas para assistirem àEucaristia presidida pelo SenhorBispo da Diocese de Beja – DomJoão Marcos – e concelebradapelo Senhor Padre Amadeu Lino– pároco desta freguesia. Lá fora,estavam os crismandos e res-petivas madrinhas.A cerimónia religiosa teve o seuinício e decorreu num ambiente aque já nos habituámos na nossaparóquia. Houve os agradeci-mentos habituais, a oferta dos

cabazes, os cânticos abrilhan-tando a cerimónia e o pedido paraque o Senhor Bispo regressassesempre que possível. Esta soli-citação havia-lhe sido feita emfevereiro de 2018. Não levoumuito tempo a que tal acon-tecesse. Este facto desperta emnós uma imensa alegria.O Senhor Bispo não se coibiu demostrar o seu interesse por Valede Vargo, pois é sempre bemrecebido, segundo as suas pala-vras. O ano passado, na suavisita pastoral, também o fora -acrescentou. A juntar a todosestes bons ingredientes queengrandeciam a cerimónia, esta-vam os crismandos que, noesplendor da sua beleza juvenil,para além de se preocuparem coma parte espiritual, também valo-rizaram a própria estética – factoque não é de admirar pois de umgrupo de jovens se trata. As suasvestes estavam adequadas aomomento, de acordo com aindividualidade de cada um.Todos eles foram acompanhadospelos familiares, pelas madrinhase, por se tratar de uma cerimóniapública, também contaram com apresença das pessoas prati-cantes da localidade.A cerimónia religiosa terminou,mas a festa continuou num outroespaço. Havia que confrater-nizar! Mas desta vez só paraconvidados, ou seja, para jo-vens, famílias, madrinhas e ami-gos. Os senhores Bispo e onosso Pároco marcaram tambéma sua presença.

Albertina Capa

Papa desafia a rezar pelos juízes e tribunais «para quea injustiça nunca tenha a última palavra»

O Papa desafiou as comu-nidades católicas a rezarem portodos quantos têm como mis-são administrar a justiça, “paraque a injustiça que atravessa omundo nunca tenha a últimapalavra”.Francisco deixa este reptoatravés da iniciativa ‘O Vídeodo Papa’, já habitual no iníciode cada mês, em que pedeoração pelo trabalho de todosos magistrados, tr ibunais,juízes e advogados envolvi-dos no exercício da Justiçaem todo o mundo.De acordo com o Papa argen-tino, a Justiça não pode sercomo que um traje ocasionalque cada um veste quando dájeito, mas descarta logo de

seguida.Para Francisco, é fundamentalque este setor se guie semprepor critérios de “integridade”,sem interesses escondidos ouintenções ocultas.“Quando a justiça chega tardeou não chega, provoca muitador e sofrimento”, frisa o Papa,que faz votos de que na basede toda as sentenças estejamsempre os ideais da transpa-rência e imparcialidade.“Dos juízes dependem decisõesque influenciam os direitos e osbens das pessoas. A sua inde-pendência deve ajudá-los aserem isentos de favoritismos edas pressões que possam con-taminar as suas decisões”,reforçou.

O ‘Vídeo do Papa’ difunde todoos meses as intenções de ora-ção do pontífice pelos desa-fios da humanidade e da missãoda Igreja.Esta é uma iniciativa oficial dealcance global, desenvolvidapela Rede Mundial de Oraçãodo Papa (Apostolado da Ora-ção), com o apoio do VaticanMedia.Realizado pela Rede Mundialde Oração do Papa, o projetopode ser visto na página oficialde ‘O Vídeo do Papa’, e estátambém disponível através dorespetivo canal do youtube ena rede social facebook.

JCPAgência Ecclesia

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11 de julho de 2019OPINIÃO6 – Notícias de Beja

Crescem os sem-religião na ‘grande Lisboa’

Sílvio Couto

Os dados estão aí: 55,2% da-queles que se afirmam ‘semreligião’ vivem na área metro-politana de Lisboa (AML), queabrange dezoito municípiosnuma população de cerca detrês milhões de pessoas.Embora uma boa parte ainda seconsidere católica – 54,9 % aomenos de tradição – muitosdaqueles que se afirmam sem-religião são procedentes defamílias com alguma identidadecatólica.Estes dados foram apuradosatravés de um estudo intitulado

– ‘identidades religiosas edinâmica social na área metro-politana de Lisboa’ – e que foiapresentado por estes dias, emresultado da auscultação a maisde mil e cem inquiridos aolongo do ano passado.Deste estudo podemos respigar:* budistas e muçulmanos têmidêntica franja social, cerca dequinto por cento para cada umadas expressões religiosas;* apesar de crescente o grupo‘sem-religião’ não é homogéneona sua composição;* os setores evangélicos têmvindo a crescer, nalguns casosà custa da deserção dos cató-licos… noutros casos os evan-gélicos enquadrados em con-textos urbanos, com uma novalinguagem no âmbito musical,vão crescendo no setor jovemda sociedade;* naquilo que toca à militância,os muçulmanos são dos quemenos consideram mudar àsemelhança daquilo que acon-tece com as testemunhas deJeová, com uma percentagem

de 20% dos seus membrossituada na área geográfica daAML.

= Se este estudo lança algumaspistas sobre a complexidade davivência religiosa no nossopaís, não poderemos enjeitar osdados que nos devem fazerrefletir. De facto, a dimensãoreligiosa da pessoa humana écada vez menos tida em conta,mesmo que questões de índoleespiritual sejam transversais àanálise dos problemas destetempo. Mais do que o vínculo auma Igreja vemos crescer ointeresse, que pode ser volúvel,para com alguma espiritualidade,em muitos casos mais com saborsincrético do que comprometidoe claro. Isso mesmo era apon-tado, naquele estudo, para comuma certa vaga de simpatia pelobudismo, na medida em que estevaloriza a experiência da inte-rioridade à mistura com umaoutra capacidade de atrair princi-palmente indivíduos urbanos eescolarizados.

= Quem estiver atento às mani-festações ‘religiosas’ dos nos-sos dias pode ir penetrandonuma apetência de um númerosignificativo de pessoas portemas mais ou menos exoté-ricos, sejam cristãos ou não. Àsvezes é mais fácil mobilizarpessoas para uma ‘peregri-nação’ a uma manifestaçãoreligiosa – temos em mente a‘senhora da bondade’ e outrasmais sigilosas – suspeita doque em conseguir que possamparticipar, regularmente, namissa paroquial de domingo.Por vezes nota-se, em certosmovimentos de incidência ‘espi-ritual’, alguma capacidade (tem-po e gastos económicos) dereceção para fenómenos a roçarquase o bizarro e, por outrolado, não há tempo para umaqualquer reunião mensal queseja de formação mais serena,sensata e progressiva.

= Apesar de tudo creio que osdados revelados pelo estudo

citado exigem de nós, comocristãos, uma reformulação demuitos conceitos e mais doscomportamentos. Com efeito,se continuarmos a refugiar-nosem certos tiques tradiciona-listas não conseguiremos verque estamos a perder o com-boio – ou seja lá o transporteque acharmos melhor! – darefontalização dos valorescristãos aos princípios doEvangelho, que nos fazemreconhecer os e r ros , noslevam a corrigi-los e a mudarde proposta, pois o que se-guimos até agora falhou…Bem razão tinham os filósofosgregos que consideravam o‘homem, um animal religioso’.Nem as doutrinas marxistasateias conseguira coartar esseprincípio sagrado. Teremos, noentanto, de saber qual o modode concretizar esse anseio. Ora,os cristãos, não podem demitir-se da tarefa que lhes estáconfiada. Inspiremo-nos naforma como foi feita a primeiraevangelização e tudo mudará…

Crismas em Vale de VargoUm olhar de quem estava na Assembleia

Enquanto madrinha, senti-meimensamente orgulhosa, quandoao lado da minha afilhada, noúltimo lugar da fila, entravanaquela pequena igreja que,como já é habitual, tinha sidodevidamente ornamentada. Colo-cada naquela posição, dei pormim a pensar na responsabi-lidade que, sem nada ter feito paraa receber, sobre os meus ombroscarregava. Era como se estivessea proteger todos aqueles cris-mandos que procuravam mais Luzpara as suas vidas. Ao mesmotempo, sentia-me confortadaporque atrás de mim, vinham osrepresentantes de Deus – SenhorBispo e Senhor Padre. Estes sim,são os fiéis depositários da Luzemanada pelo Espírito Santo.Só eles têm o poder de, em terra,conduzirem os seus rebanhose partilharem connosco ospoderes espirituais que lhesforam conferidos. Estavam,naquela fila, a proteger-nos:crismandos e madrinhas.A cerimónia religiosa teve o seuinício. Estive muito atenta àspalavras do Senhor Bispo. Forammuito simples, por forma a que a

heterogeneidade dos ouvintes aspudesse compreender. Consi-derei-as de extrema importância,principalmente para quem tivercapacidades metalinguísticasque lhes permitam refletir sobreas questões da linguagem.Para mim, esta Eucaristia tevemúltiplos objetivos. Para além dadimensão religiosa, teve umcaráter profundamente didático/pedagógico, pois o Senhor Bispoaproveitou as descrições bíblicase conseguiu transpô-las para assituações reais do nosso quo-tidiano. Numa das vezes (sem quea ordem da referência seja acronológica), referiu a situaçãoda mulher adultera e dos seusjulgadores para mostrar a im-portância do ato de perdoar. Istopara mostrar que o nosso PAI écapaz de nos aceitar tal comosomos, desde que, também,tenhamos a capacidade de nosarrepender. É como se ELE nosdissesse “Estás perdoado, segueem frente, mas não voltes a fazerisso”. Quem são os pais oueducadores que nunca proferiramtais palavras? Atire a primeirapedra quem se considerar nesta

situação…Num outro momento, o SenhorBispo também realçou a im-portância de alguns númerosbíblicos. De entre eles saliento o1, o 2 e o 12 por serem os quemais me “marcaram”, devido àmensagem que consegui inte-riorizar. O primeiro reporta-se aDeus. Deus é UM. Já o segundosimboliza o par perfeito. Foi estaa condição utilizada por Noé nasua barca. Por fim, o número 12que encerra em si mesmo umsimbolismo tão profundo quecontempla todo o POVO. É onúmero de escolhas: 12 Após-tolos no Antigo Testamento, 12Apóstolos no Novo Testamento,12 legiões de anjos, etc. Foi umaforma brilhante de passar estainformação, pois nem todas aspessoas se encontram no mesmonível de conhecimentos. Para osque não sabiam foi um excelenteexercício de aprendizagem e paraos que sabiam poderão, seacharem conveniente, aprofun-dar um pouco mais as suascompetências litúrgicas, umavez que, na Bíblia, a simbologianumérica está bastante pre-

sente, passando toda ela umamensagem…Na continuidade dos seus “ensi-namentos”, o Senhor Bispoexplicou, de forma contextua-lizada, a todos os presentes oporquê de se rezar o Pai Nosso efazer a saudação da paz (o tãoconhecido abraço da paz), refe-rindo a natureza dos mesmos: averticalidade e a horizontalidade,respetivamente. O PAI no topo,no céu e nós na terra, no primeirocaso. Já o abraço da paz é entreos homens. Este momento temcomo sentido concretizar o queCristo nos pediu antes de co-mungar, isto é, a reconciliaçãocom o irmão antes de nos aproxi-marmos do altar.Utilizando os conhecimentos daassembleia sobre a situaçãovivida em Jerusalém, questionou-a sobre a razão de tamanhainstabilidade. Ele próprio deu aresposta, referindo que Jeru-salém está num corredor. É umlocal de passagem. Mais uma vez,na sua hábil forma de comunicar,fez o paralelismo com o corredorde uma casa. Interpelou ospresentes sobre as funções desta

parte da habitação. É um local depassagem, por onde todos pas-sam... Jerusalém está, precisa-mente, num corredor.Sem que ele o tenha expressadoclaramente, da leitura que fiz dassuas palavras, penso poder inferirque o mesmo tentou alertar-nospara a nossa passagem pela terra.Afinal, também nós estamos depassagem… Nesta passagem, énecessário aprendermos a per-doar, ao mesmo tempo que deve-mos aprender a ser pecadoresconfessos. Estes sim, são ospecadores perdoados. E com asua sábia forma de comunicar,mostrou a diferença entre opecador e o pecador confesso. Oideal é que todos sejamos capa-zes de nos enquadrar nesteúltimo grupo, pois pecadoressomos todos. Todavia, paraintegrarmos o grupo em questão,é necessário querermos e passar-mos das palavras aos atos. PE-CADORES CONFESSOS, foi estauma das frases que mais des-pertou a minha atenção!

Albertina Capa

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11 de julho de 2019

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

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Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

11julho2019

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

REGIONAL Notícias de Beja – 7

Bom humorBom humorBom humorBom humorBom humorCrianças a bordo de um avião

No avião, o piloto já está farto de ouvir os miúdos de uma escolaque não param de fazer barulho.O homem chama uma hospedeira, que era nova no ofício, e diz-lhepara tratar do assunto.Ela vai lá atrás e, quando regressa, já não há barulho.Diz-lhe o piloto:- Você é fantástica. Como é que fez?- Ah, foi fácil. Abri a porta e disse-lhes que podiam ir para o recreio.

Jardins zoológicos

Um menino pede à mãe:- Mãe, pode me levar hoje no jardim zoológico?E a mãe responde:- Não, filho. Quem quiser te ver, que venha aqui a casa.

Escolha difícil

Um rapaz entra numa barbearia e o barbeiro sussurra para o seucliente:- Esta é a criança mais idiota do mundo. Deixe-me provar-lhe.O barbeiro coloca uma moeda de 1 euro numa mão e uma de 20cêntimos na outra, e em seguida, chama o rapaz e pergunta:- Qual delas é que tu queres, filho?O menino pega na moeda de 20 cêntimos e sai.- O que foi que eu disse? - diz o barbeiro - aquela criança nuncaaprende!Mais tarde, quando o cliente sai, ele vê o mesmo rapaz que estava asair da loja de gelados.- Então rapaz! Posso fazer-te uma pergunta? Por que é que pegastena moeda de 20 cêntimos em vez da de 1 euro?O menino lambe o gelado e responde:- Porque no dia que eu ficar com a de 1 euro, o jogo acaba!

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Bejalevou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 1 a 7 de julho, quevisaram a prevenção e o combateà criminalidade violenta, fiscali-zação rodoviária, entre outras,registando-se os seguintes da-dos operacionais:1. Detenções: 12 detidos emflagrante delito: Sete por condu-ção sob o efeito do álcool; Doispor condução sem habilitaçãolegal; Um por tráfico de estupe-facientes; Um por detenção dearma proibida; Um por furto.2. Apreensões: 10 doses de

haxixe; Uma arma de fogo; Umaarma branca; Um aerossol; Doistelemóveis; Um veículo; Ummotociclo; Uma bicicleta.3. Trânsito:Fiscalização: 324 infrações dete-tadas, destacando-se: 148 porexcesso de velocidade; 26 rela-cionadas com tacógrafos; 12 porfalta de inspeção periódica obri-gatória; Dez por condução comtaxa de álcool no sangue superiorao permitido por lei; Oito por faltade seguro de responsabilidadecivil obrigatório; Oito por usoindevido do telemóvel no exer-cício da condução; Oito por

PSP - SUMULA SEMANAL

O Comando Distrital de Beja daPSP (CD Beja), no âmbito dassuas competências de prevençãoe combate permanente à práticade ilícitos criminais e contraor-denacionais, no período de 21 a27JUN2019, na sua área de juris-

dição, registou e destaca osseguintes resultados opera-cionais: Detenção de 3 pessoas,de 25, 27 e 48 anos de idade, porcondução de veículos automó-veis sob o efeito do álcool, tendoacusado uma TAS de 1,43 g/l,

1,38 g/l e 1,56, respetivamente.Operações de Fiscalização: 1Operação de Fiscalização Rodo-viária, em Beja, com recurso aRadar, que contabilizou 1675veículos controlados, com adeteção de 3 infrações; 11 Opera-ções de Fiscalização Rodoviária,enquadradas na Atividade Opera-cional do CD Beja e noPlano Nacional de Fiscalização(com especial incidência nafiscalização de condução sob oefeito do álcool), que conta-bilizaram: 207 Veículos fisca-lizados; 150 Condutores subme-tidos ao teste de alcoolemia; 32Infrações detetadas.Acidentes rodoviários: Em Beja,registo de 5 acidentes rodo-viários, dos quais resultaramdanos materiais e 1 ferido grave.

infrações relacionadas com ossistemas de iluminação e sina-lização; Cinco por falta ou incor-reta utilização do cinto de segu-rança e/ou sistema de retençãopara crianças; Cinco por excessoe/ou mal acondicionamento edisposição da carga; Quatro porinfrações relacionadas com ospneumáticos.Sinistralidade: 36 acidentesregistados, resultando: Um feridograve; Nove feridos leves. 4. Fiscalização Geral: 11 autosde contraordenação, no âmbitoda legislação da proteção danatureza e do ambiente.

CERTIFICO, para fins de publicação, quefoi lavrada neste Cartório Notarial, no diade hoje, de folhas quarenta e cinco a folhasquarenta e seis verso Livro de Notas paraEscrituras Diversas número “Duzentos eOitenta e Seis - E”, escritura de justi-ficação, na qual se declarou que ainstituição particular de solidariedade socialdenominada “Casa do Povo de SãoMartinho das Amoreiras”, é dona elegitima possuidora do seguinte imóvel:Prédio Urbano, situado no lugar efreguesia de São Martinho das Amoreiras,concelho de Odemira; composto de casade rés-do-chão e primeiro andar, parahabitação, com umas dependências equintal, com a área coberta de cento equarenta e sete virgula quarenta metrosquadrados e descoberta de cem metrosquadrados; a confrontar do Norte com RuaPública; a Sul e Poente com Salustiano deCampos Cortes e a Nascente com ManuelLourenço Ribeiro; inscrito na respectivamatriz sob o artigo 93; não descrito naConservatória do Registo Predial deOdemira;

Que este imóvel, conhecido na freguesiapor “Casa do Médico”, veio à posse daassociação sua representada, em dia emês que não pode precisar mas que terásido por volta de mil novecentos e noventa,na sequência da extinção da associaçãodenominada “Liga dos Amigos de SãoMartinho das Amoreiras” que transferiupara aquela o seu património;Que aquele imóvel foi construído por umgrupo de vinte e quatro pessoas, entre asquais Emília Guerreiro da Silva e JoãoBatista Brás, por volta de mil novecentose treze, para habitação e consultório domédico que prestasse serviços nafreguesia, os quais por sua vez doaramao Dr. António Calapez que prestouserviços médicos na freguesia e este porsua vez à “Liga dos Amigos de SãoMartinho das Amoreiras”;Que apesar das apuradas buscas nãoforam encontrados quaisquer títulos dasvárias transmissões efectuadas;Que, assim, a sua representada possuiaquele imóvel há mais de vinte anos, emnome próprio, de boa fé, na convicção de

Cartório Privado de OdemiraNotária: Ana Paula Lopes António Vasques

Certificado

Publ.

ser a única dona e plenamente convencidade que não lesava quaisquer direitos deoutrém, à vista de toda a gente e sem amenor oposição de quem quer que fossedesde o inicio dessa posse, a qual semprefoi exercida sem interrupção, aí desen-volvendo as suas diversas actividades,fazendo obras de conservação e restauro,retirando dele todas as suas utilidades,suportando todos os seus encargos, tudocomo fazem os verdadeiros donos;Trata-se, por conseguinte, de uma posseexercida em nome próprio, de uma formapública, contínua e pacifica;Que, dado o modo de aquisiçãoinvocado, não é possível comprovar oseu direito de propriedade plena pelosmeios extrajudiciais normais;Está conforme, nada havendo na parteomitida além ou em contrário do que secertifica;

Odemira, 03 de Julho de 2019.

A NotáriaAna Paula Vasques

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11 de julho de 2019ÚLTIMA PÁGINA

«Músicanas Catedrais 2019»11 de Julho, na Igreja Catedral de Beja

21h.30m

O Secretariado Nacional para os Bens Culturais daIgreja e a Direção-Geral do Património Cultural(DGPC) promovem a primeira edição do ciclo «Músicanas Catedrais», entre 28 de junho e 26 de Julho.Esta iniciativa, que se enquadra no projeto nacionalRota das Catedrais, é coordenada pelo TeatroNacional de São Carlos (TEC), que asseguradiretamente alguns concertos através do Coro doTeatro Nacional de São Carlos.Neste ciclo também Beja será contemplada com umConcerto na Sé, no próximo dia 11 de Julho (5ª feira),pelo Coro do Teatro Nacional de S. Carlos.Um acontecimento artístico raro, a não perder!

Igreja: Portugal temum novo santo

Em janeiro de 2016, o Papa Francisco já tinha autorizado a canonizaçãode Frei Bartolomeu dos Mártires sem a necessidade de um novo milagreatribuído à intercessão do futuro santo português, num processo queé denominado como canonização equipolente.Frei Bartolomeu dos Mártires, de seu nome Bartolomeu Fernandes,nasceu em Lisboa a 3 de maio de 1514, e é recordado como um modelode benevolência e uma figura ímpar na dedicação à Igreja Católica.O bispo português, que se afirmou como uma das vozes de referênciano Concílio de Trento (1543 – 1563), um momento decisivo na históriada Igreja Católica na altura confrontada com a Reforma Protestante;destacou-se também pela sua missão pastoral à frente dascomunidades católicas do Minho e de Trás-os-Montes, com especialrelevo para o seu gosto pelas visitas pastorais às populações, a quededicava grande parte do seu seu tempo.Ao longo do seu percurso, D. Frei Bartolomeu dos Martires ficoutambém célebre pela sua preocupação com a estruturação da IgrejaCatólica local, do clero às comunidades católicas, e pelo seu empenhonas causas sociais, de modo particular junto dos mais pobres e doentes,Depois de resignar em 1582, por motivos de idade, Frei Bartolomeudos Mártires viria a falecer em 1590, no Convento de Santa Cruz, emViana do Castelo.O bispo português foi declarado venerável a 23 de março de 1845, peloPapa Gregório XVI, e beatificado a 4 de novembro de 2001, pelo PapaJoão Paulo II.Segundo apurou a Agência ECCLESIA, na sequência da decisão doPapa não haverá uma cerimónia de canonização, mas a leitura doDecreto que inscreve Frei Bartolomeu dos Mártires no Livro dosSantos.A cerimónia deverá ter lugar na Arquidiocese de Braga, no dia 10 denovembro, data em que começa a Semana dos Seminários.A ‘canonização equipolente’, a que o Papa Francisco tem recorridosem diversas ocasiões, é um processo instituído no século XVIII porBento XIV, através do qual o Papa “vincula a Igreja como um todopara que observe a veneração de um Servo de Deus ainda nãocanonizado pela inserção de sua festividade no calendário litúrgicoda Igreja universal, com Missa e Ofício Divino”.Dois desses processos levaram à canonização de figuras ligadas àmissionação portuguesa: o padre José Vaz, nascido em Goa, entãoterritório português, a 21 de abril de 1651, que foi declarado santo noSri Lanka; e José de Anchieta(1534-1597), religioso espanhol quepassou por Portugal e se empenhou na evangelização do Brasil.

JCPAgência Ecclesia

JMJ Lisboa: Igreja do Corpo Santovai ser «a casa de oração» até 2022

D. Américo Aguiar, coordenador-geral do Comité OrganizadorLocal da Jornada Mundial daJuventude 2022 (JMJ) em Lisboa,disse, no dia 8, que estão apreparar “um espaço de cele-bração”, para os próximos trêsanos na igreja do Corpo Santo.“Será um espaço consagrado demodo muito especial a todosestes três anos de caminhada atéà Jornada Mundial da Juventudee que será a casa de oração, ocoração de oração”, afirmou ementrevista à Agência ECCLESIA.D. Américo Aguiar adianta que aigreja do Corpo Santo, perto doCais do Sodré em Lisboa, vai sero local onde os Comités Orga-nizadores Diocesanos e de cadamovimento, congregação e ins-tituto religioso e grupo de jovensvão ser “chamados e escalo-nados para terem presença amigae orante” durante os próximostrês anos.

O Patriarcado de Lisboa, adiantao também bispo-auxiliar destadiocese, está a trabalhar para queexista “um espaço burocrático”que vai funcionar em São Vicentede Fora, “pelo menos, até àsvésperas” do encontro mundialde jovens, depois haverá umespaço cedido pela CâmaraMunicipal de Lisboa onde “serãoconcentrados todos os serviçosdas centenas de jovens interna-cionais voluntários que traba-lharão connosco”.O responsável pela área logís-tica-operativa da JMJ 2022,acredita que a sociedade portu-guesa está cada vez mais en-volvida na Jornada Mundial daJuventude 2022 e afirma que nãose pode “deixar esmorecer”, umavez que depois do anúncio, a 27de janeiro, “já passou algumtempo, mas as coisas têm de serfeitas com o seu tempo, comcrescimento normal”.“Temos trabalhado junto demuitas instituições e pessoassingulares, de famílias e de paró-quias, e há uma grande expec-

tativa, mesmo entidades quenão têm nada a ver connosco,mesmo os nossos irmãos deoutras confissões religiosastemos sentido grande dispo-nibilidade e desejo de serpresença”, desenvolveu.D. Américo Aguiar realça que oevento é a Jornada Mundial daJuventude, isto é, “de toda ajuventude”: “De aqueles que emespírito e verdade se respeitam,respeitam os outros e se en-contram para testemunhar osmelhores valores que a huma-nidade tem e quer testemunhar.”Desde 27 de janeiro, quando foianunciado que Lisboa vai recebera JMJ 2022 foi criado o ComitéOrganizador Local (COL), presi-dido pelo cardeal-patriarca e comdois coordenadores-gerais, D.Joaquim Mendes e D. AméricoAguiar, que tem feito um trabalho,“acima de tudo, de bastidores”,onde “todas as dioceses estãoconvidadas” e “todos os portu-gueses estão convocados, dos 8aos 80”.O bispo auxiliar de Lisboa subli-nhou a importância do anúnciodos temas para as JornadasMundiais da Juventude, duasedições diocesanas, em 2020 e2021, e “concentração mundial”em 2022.A 37.ª JMJ (edição portuguesa)vai ter como tema ‘Maria le-vantou-se e partiu apressa-damente’ (Lc 1, 39); No próximoano, o tema da celebração a nível

diocesano é ‘Jovem, eu te digo,levanta-te!’ (Lc 7, 14) e, em 2021,“Levanta-te! Eu te constituotestemunha do que viste!” (At 26,16).“Maria pôs-se a caminho juntodas necessidades do outro, éisso que o Papa nos pede, nósjovens sejamos sensíveis de noscolocarmos imediatamente acaminho daquilo que são asnecessidades dos outros. Etodos os dias vemos como sãourgentes pôr-nos a caminho dosirmãos e das irmãs nas neces-sidades da vida”, comentou D.Américo Aguiar.Outro trabalho que está a serfeito e que “será visível dentrode pouco tempo” é o anúncio doconcurso do logotipo e do hinoda JMJ, uma vez que o COL quer“antecipar todas estas ofertas”.“Para que se possa criar corpocada vez mais sincronizado emaior comunhão e o hino ajudamuito a fazer isso, bem como aprodução de materiais como ologo da JMJ 2022”, referiu, adian-tando que vão decidir se oconcurso vai ser nacional ouinternacional.A organização pretende uma JMJverde, “sem plástico, por exem-plo”, para que “seja ícone, sejauma referência, um marco paratudo aquilo que possa desen-volver e colocar ao serviço detodos” e uma aposta nos paíseslusófonos, que “seja uma marca”.No Domingo de Ramos do pró-ximo ano, a 5 abril de 2020, opatriarcado recebe os símbolosda jornada, a cruz e o ícone deMaria, e “há o desejo profundoque possam circular por algunspaíses” lusófonos.As JMJ nasceram por iniciativado Papa João Paulo II, após osucesso do encontro promovidoem 1985, em Roma, no Ano Inter-nacional da Juventude.

PR/CBAgência Ecclesia